Versos imperfeitos intenções verdadeiras

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Peça derradeira Uma nova era, Mas os velhos problemas, O cenário é contemporâneo, Os atores renovados. Mas o roteiro continua o mesmo. Fala-se de mudança, Mas não se da credibilidade a novas idéias, Idéias que revolucionem, E não idéias que marcarem a realidade. Realidade que fazemos parte, querendo ou não. Somos vítimas, Mas fazemos vítimas, Pois alimentamos um ciclo vicioso, De pisar nos outros quando temos a oportunidade, E de ser pisado quando necessitamos da oportunidade. Nos calamos quando existe a necessidade de falar, E tagarelamos quando não temos razão, Somos a praga do planeta. Pois queremos sempre conhecer a verdade, Mas não a suportamos quando à conhecemos. Nada nos agrada, Pois buscamos sempre um agrado exclusivo, E assim encenamos uma peça derradeira, Onde os atores e a platéia, Revezam-se em atos diferentes. Marcas de uma cegueira Em minha frente, Já esteve o que poderia ser um grande amor, Mas só fui perceber agora! Em mais uma de minhas viagens, Ao interior do meu ser. Que hoje se confunde entre a realidade e o sonho. Dizem que em momentos de confusão, Deve-se escutar o coração. Mas como poço acreditar nele? Se foi ele que me guiou até a uma paixão, Á qual, não vejo uma boa resolução,

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