Livro negro: o lado oposto do amor

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LI V R O NEGRO. O LADO OPOSTO DO AMOR Direitos reservados

Antonio Ilson Kotoviski Filho Almirante TamandarĂŠ 2008

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Apresentação Com uma linguagem carregada de metáforas, os versos do Livro Negro expressam mais que simples palavras de terror. Reportam o lado sombrio que o ser humano desperta, devido ao fato de muitos não aceitarem os ensinamentos do amor não correspondido no que tange sua universalidade, e não apenas o seu lado romântico. O amor, um sentimento tão bom, tão necessário, tão puro. Oculta uma face indeterminada, maléfica e daninha, quando não controlado e compreendido no que tange a decepção do fato de não possuir aquilo que se ama. Do amor se ramifica a dor. Um sentimento diferente do literalmente expressado. Pois, a dor do amor é tão grande ou idêntico a dor causada em consequência da morte. O amor é um sentimento mutante e metamórfico. Deleitado no auge do descontrole, se transforma em raiva, que vira ódio, que traz a morte. Amor é diferente de atração, que se diferencia da paixão, e que não é romance. O amor é um primórdio sentimento sagrado, divino, humano! É instinto natural de proteção dos genitores. Mas amor é passivo, cego, mudo, surdo e ignorante. Por amor muita gente viveu, renasceu. Mas em virtude do seu lado negro, muitos seres morreram, guerras foram travadas, impérios caíram, fortunas se consumiram, pessoas se tornaram amargas. É esse amor que corrompe, que aparece onde não se imagina, e desaparece quando não se espera. Um sentimento celestial que é o começo da vida. Mas o atalho para as sombras. Muitos se perderam pelos caminhos do amor, e nunca mais se acharam. O vicio hoje é o seu parceiro. O amor é como a bebida alcoólica, se deve beber com moderação. Pois, caso contrário, só o destino sabe onde se vai parar. Diante disso não se brinca com o sentimento alheio. Já que, um apaixonado enganado, é um ser renegado, que muitas vezes liberta seu lado sombrio, involuntariamente e inconscientemente. Mas o amor não deve ser temido, mas experimentado com responsabilidade. A presente obra vai assustá-lo, porque vai demonstrar o lado negro do amor. Sem fazer referência a ele. Pois, irá falar dos atos daqueles que foram corrompidos por ele. De ações realizadas por pessoas que amaram demais, mas que experimentaram o lado negro e se perderam no caminho da vida. Serão os versos mais apavorantes que irão ler. Mas, alguém tinha que abordar esta realidade. Pois, muitos falam de amores, até descrevem os desamores. Mas poucos são os que mostram a realidade nua do mal passional.

Antonio Ilson Kotoviski Filho kotovski@ig.com.br 3


POST SCRIPTUM PRAETER LEGEM

ANCIPTIS USUS Vocation in ius O poder de interpretação, Liga-se intimamente ao potencial da visão. Não basta ler e imaginar, Quando se tem que vivenciar, Para começar a compreender, O que não se quer perceber. A jornada começou, Alguém pelo caminho gritou, Um horizonte se avistou, Mas ninguém lá, ainda chegou. Lá não é o fim, mas o começo, A custa de um duro preço. O valor das coisas, E as coisas de valores, Muitos dizem serem poucas, Já que o supérfluo é corrompido por amores. Aprendidos em lousas, Passando despercebidos nossos maiores temores. O organismo maior sente a doença, Que se alimenta da crença, Que nasce na descrença, Do renegado vital. Elemento fundamental, Que alimenta um sistema mortal. Falsos profetas e profecias, Descrevem os contemporâneos derradeiros dias, Servindo de vias, Para fundamentar utopias, Que abrem falência na simples intenção de revelia, De quem não encontra respostas para as intimas agonias. Palavras sem ação, Questão sem solução. Enferma reação. 4


Domesticada pela legislação, Uma oculta manipulação, Guiada sempre por uma religião. Metáforas sem nexo, Descrevem um universo complexo, Que se resume na contradição do amor e do sexo, Produzindo diferentes reflexos, Carregando o ser com anexos, De textos perplexos. O nosso mundo não acabou, E tão pouco o fim começou. Porém o relacionamento mudou, E o que é vital se alterou, Abrindo caminho para algo que não se aceitou, Mas que evolui, transforma-se, mas que não desabrochou. Acelerou-se o processo, Necessita-se de um regresso, É o custo do excesso, E do rompimento expresso, Do que me faz, o seu universo, Já que somos a continuação desse verso. ULTRA VIRES SOCIETATIS Urbi et orbi. O que se esconde, Por detrás da reputação de um Conde. Por que ninguém responde? Aonde? Passou o bonde, Cala-se, exclamou o visconde! Tudo possui um segredo, Mas não aponte o dedo. Se queres levantar amanhã cedo. Ficou com medo? Um favor lhe concedo. Mas viva como um bêbado. O reflexo da sociedade, É a sua realidade, Esta é a prova da verdade, Que não se mede com moralidade, Que alimenta uma falsa humanidade, Que mal reconhece sua própria identidade. Discursos bonitos e receptíveis, São incompatíveis, 5


Com os complexos desníveis, Entre os atos sensíveis, E os corruptíveis, Que passam por nós invisíveis. Vimos o que fazem, Percebemos os poucos que reagem, Apagamos esta imagem, Recriamos a coragem, Escrita com o sangue que corre pelo caminho da viagem, A sociedade é a mão de um ser selvagem. O predador acordou, A caça começou, A preza se rebelou, E parece que nada mudou, Pois a população aceitou, No momento que não mais lutou. Nova era, E o que te espera, O filho revoltado vira fera, E o liquido vital escorre na terra, Esta é uma guerra, Onde o equilíbrio não mais impera. Da cidade, A toda humanidade, Gritos de liberdade, Soam com outra tonalidade, Tingida pela vitalidade, Nos cenários da mortalidade.

CHARTA MORTIS Action mortalis. Caminhe Anjo da Morte, Por um novo norte, Leve o terror, Semeie a dor, Entre os demônios que assustam a humanidade, Sem nenhuma piedade. A hora da colheita, Deve ser todo dia feita, Mas cuidado com os seres da espreita, Eles não são seus inimigos, Tão pouco, amigos. São pares que caminham contigo. 6


O sangue derramado, Deixa o solo contaminado. Uma vez começado, Deve ser pacificado, Para que não seja condenado, Pelo caçado. A anomalia tem sentimento, Mas que muda a qualquer momento, A decapitação é o espírito levado pelo vento, A espada é a compaixão, O fogo, a purificação, A forca, nosso perdão. Caminhe entre conspiradores, E pise em roedores, Escute suas suplicas, E considere isto como uma rubrica, Em um livro finalizado, Que será censurado. A ação mortal, Se tipifica como mal. Fere a ordem astral, Mas é necessária para a manutenção vital, Já que tem efeito contra o que é real, E não o que dizem ser especial. O clima se deprime, O demônio se exprime, O liquido sagrado escorre, A alma corre, A visão é apavorante, Mas a intenção é gratificante. Praeter legem. O principio chegou, O prazo se esgotou. Esta será a condenação, Para a demoníaca infração. O terror é a mínima condição, Sem limite para a máxima condenação. Se ajoelhe anomalia, Hoje chegou o seu dia. Não adianta lutar, Você já renegou o seu lugar. O que lhe resta é rezar, Falar com aquele que viveu a desprezar. Começa com o vandalismo, 7


Termina em terrorismo! E quando se acha que se esta mandando, O Anjo da Morte, aparece te chamando. Você descobre que não é nada, E acaba sua história encantada. A morte é engraçada, Começa com ação desesperada, Depois se sente a alma pacificada. Daí a dor se transmite aos amigos e parentes, Que fazem desse dia, o seu eterno presente. Um castigo corrente! Status civitatis. Coragem cidadão, Você é a solução, O tijolo da Nação. O apoio ao seu irmão, Na luta contra a dominação, Do mal que tange o seu coração. Cidadão de bem, Este status vale para quem? Quando sua honra e rasgada, E sua sede de justiça é de lado deixada? Você não deve ser um bom cidadão, Pois lhe confundem com o chão. Uns cara adoram o diabo, Outros falam do alheio rabo. Uns fazem o bem, para esconder o mal, E tudo isto é legal! Cidadão! Este é o mundo que você ajuda na construção? Levante-se em guerra, É a sua Terra, Que abriga estas feras, Que nas trevas te espera. E esperarão, Você, e a tua futura geração. Lute por uma nova condição, Este é seu status cidadão, Enfrente a pressão, Não estará sozinho na revolução, Mesmo parecendo, Vai sempre alguém estar te protegendo.

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Res non verba. Escrito com sangue, No forjar do derrame, São coisas de um devaneio vexame, Atacado por um enxame, E um coral grito de reclame, Marcam o certame. São coisas difíceis de explicar, Principalmente quando começam a se realizar. Não existe uma iluminação, Mas uma instintiva ação, Sobreviver, Ou morrer! A erva daninha destrói as plantações, A prisão sem muro acaba com nossas ilusões, Somos escravo de um Estado, Também escravizado. O caos para alcançar a paz, Dura realidade que se faz. Certas coisas que eu não sei dizer, Que ninguém quer ver, Mas se puder dela viver, Que se deixe o mundo sofrer. Não é mais o meu mundo, Ele esta imundo. Que venha a tempestade, Que dela se viva como realidade, Que o liquido vital, Traga o equilíbrio natural, Afogando o mal, Libertando o ultimo Anjo Celestial. Já esta acontecendo, Pra variar, ninguém ta vendo! É melhor assim, O Guardião atinge melhor o seu fim. Mas a tempestade é longa e se propaga, Pois, cresce mais rápido a praga. MODUS IN REBUS Ius puniendi É o fim, Que seja assim. Caçar ou ser caçado, De um jeito ou de outro, já estamos condenados. Morrer lutando, 9


É melhor que viver se ajoelhando. É o dever, Do direito de viver. É nascer, Para quando for a hora morrer. Vamos renascer, No futuro que a nossa geração colher. Lhe condeno a caminhar, Como um verme rastejar, Por ter feito eu lhe caçar, A prisão sem muro ira te abrigar, E pela morte ira suplicar, Mas o perdão não irei lhe dar. Que sua vida seja a punição, Que a sorte seja a sua perdição. A fim só chegará sob a judiação. O que amas, sofrerá, E este sofrer a ti transmitirá. Este é o caminho que tu encontrará. Anomalia, seu dever é aceitar a punição, Para não virar diversão, E corromper sua geração. É nosso direito te condenar, Pois solto você ira nos matar, Com o seu simples ato de pensar. Ipso facto. Sua ação, É a minha reação. Minha sorte, É a sua morte. Meu mundo, Quer você em um buraco profundo. Seu ato é um social dissídio, O meu é genocídio. Quem é o cara que faz a classificação? É mais um bundão! Que cospe na sua própria e na minha geração. Um cego que acha que tem boa visão. Mesmo peso e medida, É esta a Teia da Vida. Ela me andou cobrando, O que o homem fez com o dom que ela andou dando. Só fiquei escutando, E pensando. 10


Pelo mesmo fato, Você é meu prato, Servido frio, Com requintes que darão calafrios, O sangue virara rio, A Teia cortou seu fio. Tanto ódio e crueldade, Você plantou esta realidade. Colha os seus frutos, Veja como são brutos. Bem vindo ao seu mundo, Ser imundo. Ius abuntendi. Livro sombrio, Redigido com sangue, Em noite febril, A barbárie me feriu, Quando o mal riu. O predador naquele dia surgiu. Uma vez deliberado, Se torna um viciado. A doença só acaba, Quando a fonte desaba. É o preço do fim, A regra é assim. O predador é insaciável, Não é domesticável, Não existe arrependimento em seu caminho, Já que tem que proteger o ninho. A morte do impuro é seu alimento, E a construção da paz, o seu divertimento. Ele sabe que esta condenado, Por caçar renegados, Não tem mais nada a perder, Só tem uma nova historia para escrever. Este é o seu dever, O terror entre os demônios, trazer. Abusar da violência, Sem consciência, É um direito para proteger a sobrevivência, Para garantir a independência, Da humana existência, Sem deixar referencia. 11


Meta optata. Que bom que esta rindo, Afasta a tensão da colheita que esta vindo. Quanto absurdo e besteira! Vamos jogar isto na fogueira. É só ficção, De um louco com magoa da decepção. Não sei quem é que lê neste momento, Pois deixei o vento, Escolher a forma de propagação, Para mostrar o que é mais que uma utópica ação. Muitos até mim virão, É esta a intenção. Você que já nos investiga, Vocês já sabem a forma que queremos que nos siga. Você é esperto, Nos reparamos quando ao seu lado estamos perto. Mas você é precioso, Pois seu universo para a nossa missão é extremamente valioso. Se este documento chegou até você, Foi porque você em nos crê. Nos sempre acreditamos nas suas idéias, Agora compartilhamos a uma grande platéia. Somos o seu Anjo e Demônio, Meu amigo “anônimo”. Ria, isto mesmo ria. Se seu coração estiver puro, Você sempre terá futuro, Mas se sua alma for fria, Acaba sua vital magia, Assim que você se tornar desnecessário para os nossos dias! Dies ad quem. Parece profético, Um lixo poético, De um ser patético. Mas o prazo se exauriu, E o castelo caiu, Quando sua base ruiu. Bem vindo a invisível nova era. Liberte a fera. E deixe acontecer, Pro sol nascer, O que mais você pode fazer. Se render? 12


Não abriram a porta do inferno, Mas você pode ser um interno, É a sua vontade, Você é que escolhe o que é verdade. Seja bem vindo a realidade, Viva a sua particularidade. Facio ut facias, Exempli gratia. In dúbio pro libertate, Ultra vires societatis, Exceptio proprietatis, Intra vires hereditatis. Iura novit cura. Reconhecemos seu direito. Deliberamos sua morte. Nossa lei, é milenar, Além do que o homem pode julgar. Somos supremos em ação, Esta é a nossa maldição. Nossa lei não está no Alcorão, Na Bíblia dos Cristão, Nem no livro Sagrado do Cão. Não está na leis dos homens, Tão poucos dos seres que seguem o Livro de Nod. Nossa lei é erga omnes. É uma lei que me faz mal, Que rompe com o celestial, Que conspira contra o infernal, Não agradando nem o que é fora do normal. Pois ela não é especial, Que rege a Terra para evitar o nosso final. Todo mundo é nosso inimigo, Para fazermos todos ficarem amigos. As coisas devem se equilibrar, Para voltarmos na luz caminhar. Pois onde não existe vida, Não existe lida. É difícil decidir qual anomalia é pior, Pois elas provocam sempre um mal especifico maior. Não se interligam se quer artificialmente, Já que seus universos são diferentes, Mas provocam conseqüências paralelamente, Que se fundem de forma independente. 13


A inquisição, não se baseia em palavras, Se funda em atitudes, Ex cathedra. A única defesa é a boa virtude. Cessão do júri é o dia-a-dia, A sentença é o fim de sua energia. In articulo mortis. Só quem vivencia entende, E estas palavras, sente. Mas pouco entende, Até onde se estende, A contaminação com a irradiação vital, Que se dispersa no momento fatal. O ambiente parece reconhecer o momento derradeiro, Ficando em lusco-fusco por inteiro. Carrega o momento com tensão, E ocorre uma variação de pressão, E um vento passa sem nenhuma previsão. A um vácuo e um silencio em formação. Rompe-se a energia, E existe um breve desequilíbrio que se expressa em agonia, Parece que a energia procura um receptor, O clima é contaminado, Por uma depressão que deixa o fraco desesperado. Não se deve ficar muito tempo junto ao condenado. Quando a ação é rápida, Com ataque passageiro, O não contato, não deixa a nossa carcaça ser contaminada, Desde que não seja visualizada! O problema vem depois nos sonhos, Já que a energia contaminante, nos trás os rostos da presa vitimada. A quem convive com isto, Mas este é o risco. Pode ser amenizado, Mas não expulsado. Começa ocorrer um envelhecimento, Parece que a nosso corpo sofre um enfraquecimento. A morte é universal, Não se foge sendo mortal. O que fica é uma parcela de energia, Que se apresenta nos dias, Transportadas por nossas gerações, Sem maiores ações. Assustado? 14


Nunca tinha observado? Respondi o que lhe tem o apavorado? Bem vindo ao mundo encantado! O limite vital, para o ciclo não ser quebrado, Mas que deve ser reequilibrado. ABERRATIO ICTUS Mutatis matandis. Quando castelos viram cárceres, Os homens agonizam em seus lares. A liberdade é tirada, Da pessoa vitimada, Que fica condenada, Pelos filhos da sociedade renegada. Inverteram-se os valores, Se aceita os horrores, Provocados pelos desabores, De um grupo de marginais, Que afrontam as ordens sociais, De um mundo de duvidosos ideais. Mudanças radicais, Gritam por dias infernais. De contestação, A esta nova condição, Que não merece o perdão, Do verdadeiro cidadão. A lei é insignificante, Neste dias radiantes, Pois o sistema está saturado, Enfraquecido está o Estado. Morrer para viver, Lutar para se salvar. Suum cuique tribuere. Se cada um tem o que merece, O afetado deve começar a fazer sua prece. Explorou o medo no incapaz, Por isto vai ruir a sua paz. Quem mandou acordar seu algoz, Um ser alimentado de ódio, muito feroz. Se gritar por piedade, Terás a atrocidade. Pois muito lhe pediram, E vocês riram. Chegou a sua hora, 15


O perigo esta lá fora. Não saberá de onde ou quem vem, Tão pouco o potencial que o seu predador tem. Será surpreendido, Rendido, Se tiver sozinho não vai ver nenhuma cabeça rolar, Mas antes de partir, você vai gritar. Foi isto que plantou, Por que por Deus gritou! É a nossa pacificação, A sua purificação. Pegue o que é seu, E diga adeus. Sua família vai assistir, Enquanto vamos rir, E talvez se divertir, Já que vamos levar o prazer, Para as fêmeas que insistir e por ti se derreter. É bom filha, irmão, esposa, namorada,... , não ter! Até estou sentido aquela sensação, De paz depois da missão. Principalmente quando tem diversão. Principalmente quando as kunoichi fazem a pacificação. Se tens, filho, irmão, pai,... , rezem por salvação. Isto é fruto de sua plantação! Per faz et nefas. Não escolhemos quem proteger, Protegemos todo e qualquer ser. Se hoje vitima, amanha um afetado, Ele com o tempo será procurado. Esta é lei, É injusto, eu sei. Todos devem ter uma segunda oportunidade, Porem evite nos procurar na sua realidade. Pois a inquisição, É rápida na condenação. Se mudar antes de ser caçado, Você é um cara abençoado. Nos caçamos o que vemos e investigamos, Com fofocas não nos preocupamos. Caçar é a nossa missão, E a anomalia é um ser a experimentar a extinção. É a minha salvação, Essa é a real situação. 16


TEMPUS LEGENDI Ab origine. Sob o verão austral, Percebi a ronda do mal, Que me privava da liberdade, Afrontava minha dignidade, Mesmo na estando livre, limpo e vivente, Presenciava coisas que passaram a ser precedentes. O sangue por minhas mãos já escorreu, Muita anomalia desapareceu. Muito bandido por isto respondeu. Mas estava só, limitado pela minha humana condição, Era difícil uma maior ação. Mas logo vi no horizonte a solução. Uma década, caçando, Voluntários se apresentando. Pelo mundo se espalhando. E ninguém desconfiando. Porque é assim que tem que ser, E coragem tem que ter. A anomalia cresceu, Mais do que se conteu. Os sinais da saturação se expressaram, Os homens se condenaram. Tudo tem um começo, meio e fim. Mas não tão rápido assim. Extermínio especial, Primeiro ceifar todo o mal, Para não ter que sacrificar os descentes, Que não vivem, por causas dos dementes. Bandido é descartável, Pois tem uma fonte renovável. A cada bandido e anomalia que morre, A humanidade se socorre. Quanto mais rápido for o processo, Mais a chance de salvar o mundo se torna um sucesso. Sobra mais ar, espaço e alimento, E harmonia, que é o nosso principal sustento. Actio de damno infecto. Homossexual, seu propagador do mal! Viciado, seu patrocinador de marginal. Ateu exaltado, já não cansou de ver o chão por sangue molhado. 17


Traficante, genocida disfarçado. Mafioso, seu terrorista ganancioso, Corrupto, seu genocida ocioso. A lista maligna, Que a sociedade indigna, Mas que ninguém faz nada, Pois temem a posterior estrada. Mas a ação é necessária, Já que a vida é precária. Afetados de pequena periculosidade, Logo vai recair a infernal realidade. O mundo esta saturado, E o homem justo não pode ser caçado. Ação de repressão, Esta é a condição. Extermínio necessário, Sem julgamento desses otários, Forca, mutilação, Extermínio de sua geração. Eles não merecem prisão. Esta é a condição. Tempos de apocalipse. Mas que bobice. São tempos de pacificação, Em toda e qualquer região. Demônios; chegamos! E seus sonhos, confiscamos. Como é viver no inferno? Vai precisar de um terno! E uma breve demonstração, Além da imaginação. Acho que ira participar de um ritual, Que coisa brutal. Não se assuste, são os novos tempos, Cortantes como o frio vento. Escuros e inseguros, Não vai haver prisão com muros. Esteja condenado, Ser infectado. Dura lex sed lex A vida seria fácil de viver, Se o ser humano aprender, E cumprir o seu dever. Dizem ser complicado, 18


Por causa do ser renegado, Que vive acomodado. Quando qualquer lei recai, Começa o aiaiai! Até parece que esqueceram que estavam errado, Daí começam arranjar culpados. Quem está com a razão, E quem age dentro do que rege uma região. O problema é que muita gente quer o errado, Achando que está certo, Pois recebe valores condenados, Que deixam seus pensamentos incertos. Só existe um caminho, E este se aprende no ninho. A realidade social, Se muda no seu pilar fundamental. Que não necessita de ajuda estatal. Pois é uma obrigação moral, Do chefe patriarcal, Conter na família o mal. Se não tem condição, Não promova a procriação, Pois irresponsabilidade, Gera a desumanidade, O pior que todos disso sabem, Mas pouco sobre isto fazem. A lei é dura para proteger, Para você crer. Que ninguém pode se esconder, Quando a luz aparecer. Se regras existem, Os questionamentos não persistem. ULTIMATUM Voces inanes Palavras desabafadas, Foram propagadas, Sem peso e medida, Foram malditas, Carregando o desprezo, Por aquilo que deveria estar prezo. Mortal expressão, Que carrega a devida ação. Um gesto de humanidade, 19


Diferente do que é pregado na realidade. Pois muito já foi consentido, E muito mal se tem colhido. Chega de anarquia, Sem uma consciente guia. O sangue foi derramado, Agora o mundo tem que ser pacificado. São palavras sem sentido, Como este mundo perdido. Pactum Sem ritual, Apenas uma razão especial, Basta caçar, E pelo sucesso em missões provar, Que serve para guardar, Algo além do que se pode expressar. Você é seu teste, Você diz o que lhe compete. É sua livre vontade, Que se adapta a sua realidade. A morte é nosso elo, E a anomalia o nosso inimigo no duelo. Quando avistar a tempestade, Ali será sua realidade. Ali estará seu inimigo, E seu verdadeiro amigo. Tempestades demoram a passar, Não deixe a liberdade voar. In rem verso. Se seu irmão lhe pede ajuda, Primeiro lhe aponte a sua culpa. Depois lhe guie pela tempestade, Pois só lá aprenderá com a verdade. Caminhos de flores e ensolarados, O tornará mais renegado. As pessoas devem ser ajudadas, Mas não, carregadas. Pois precisam aprender com a dor, O que não aprenderam através do amor. Isto é ser humano, O que não ensina, é desumano. Não dê. Empreste! 20


Faça sua ajuda ser valorizada, Para que ela consiga ser encantada. Recupere a vontade, Em que se guia pela obscuridade. Quem ensina o próximo a se virar, Consegue o mundo transformar, Sem necessitar do poder, Para se obedecer. Que cala consente, Quem cruza os braços, morre doente. Volenti non fit iniuria Se ninguém reclamar, Quem vai parar. Se ninguém fazer nada, Será a depredação na estrada. Os covardes se escondem, Não liga se o mal os rondem. Quem abaixa a cabeça uma vez, Vira freguês, Bota culpa no burguês, Falando em outras línguas, Em um longo jogo de xadrez, Enquanto cai em míngua. A tal da passividade, Que se confunde com civilidade, Está condenando a humanidade. Esta é a moral? Pregada no universo social. Cadê o ser racional? Vae victis O homem vencido, É um ser esquecido, Que para ser lembrado, Tem que ver o mundo alterado, Por vias erradas, respeitado. Mas vai continuar sempre culpado. Para quem nada tem a perder, Não existe o sentimento de se arrepender. Esconde sua condenação, Dando vazão a afetada manifestação, As drogas de ocasião, E os seus sonhos de televisão. Não se pisa em um derrotado, 21


Extermina o condenado. Pois um ser movido por vingança, Age como uma criança. Não existe previsão, De sua ação. Não existe vitoria, Onde se faz historia. Tudo é mutável, Nada é estável. Tudo é conseqüência, De danosas eloqüências. Dolus bonus O que parece maligno, Tem a força do benigno. É a ação da destruição, No contexto da preservação. Que ganha criticável visão, De quem nada fez até então. O moralismo, É um tipo de paganismo, Que deixa prejuízo, Ao nosso juízo. Bandidos tem que morrerem, Para as pessoas de bem, viverem Tem gente que faz o bem, Vendo a quem. Para colher frutos de projetos, Muitas vezes incertos. Interesses diversos, Circulam pelo universo. Em dias de guerra, A gente que espera, Tirar proveito do sofrimento, Para ganhar reconhecimento, E se propagar com o vento, Não importando qualquer sentimento. O que é bom ou ruim, Não se descobre assim. Se analisa com profundidade, Em relação a realidade. Mas o ser inferior gosta de ser enganado, Por isto anda apavorado.

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IN FUTURUM Horizonte terminal. O perigo veio do infinito, E o medo reinou perpetuo e soberano. As vidas dos homens se tornaram um labirinto. Tão grande, que a saída se tornou impossível. Um milagre, Uma revolução. Em um mundo séptico! O inferno é aqui! Mas onde está o Rei desse inferno? E a vida no planeta se resumia no ser humano. E no que ele conservou. O fim tão próximo! Que escravizou os sentimentos humanos. O começo fantasiado? O homem pouco sabia, Sobre o que realmente acontecia. O destino é uma conseqüência? Ou uma eloqüência? Castigo ou não, O homem começava a sentir o inferno. Seus atos pareciam persegui-lo. Mas nem tudo era natural, Apenas um plano artificial, Tendo a Terra como alvo principal. A história apenas começava. E o destino o condenava, Sem saber a verdade, Que permeava a realidade. O novo apocalipse? O céu ganhou mais estrelas. Só que essas além de brilharem, Mexiam-se! Um espetáculo que trazia o medo. Um contraste da beleza, Com o real sentimento. Uma história bem diferente, Do clássico “A bela e a fera”. Uma história onde o horizonte, Não trazia mais um futuro promissor. Uma história; 23


Que já se sabia o fim! As mentiras, lendas e estórias, Tornam-se verdades. E as verdades! Tornam-se palavras derradeiras. O Apocalipse torna-se o livro do momento. Um momento sem dono! Tensão apocalíptica. A chuva passou, Mas a tempestade se formou. Proteger-se do inevitável, Poderia isto ser aceitável. Apenas tensão, Uma enorme pressa. Sem efeito de ação! Quando será a invasão? Passa o tempo, Sopra o vento. E não chega o momento. Um destino perdido! Enfrentar o que não pode ser vencido? Tudo se tornava indefinido! Tempos de terror. O sangue regou a terra, O cheiro da morte se propagou pela atmosfera. O ódio e a vingança, Sustentavam a esperança! O mundo da servidão, Chegou com a invasão. E o homem virou pão, De um povo sem emoção. Pouco se fazia, Mas era tudo que podia. Em condições tão caóticas, Tudo era uma atitude heróica. O medo de viver, Era maior do que o de morrer! Sobreviver era sofrer, Até para quem ainda iria nascer!

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Revolução no destino. Onde a servidão, Haverá revolução. Milagres acontecerão. O destino é soberano, Tudo acontece dentro de um plano. E as ações plantadas, São conseqüências vingadas. Um sistema em rebeldia, Para todos existe um dia. Até para quem não compreendia, Tudo aquilo que acontecia. Tudo virou aparência. Começava a luta pela sobrevivência. Fora do padrão de existência. Mal passivo, Mal ativo. O novo mundo, Era o próprio inferno! Mas fora de controle, Sem um Rei! A morte, Era a vida... A luz, Era a morte! Do sangue, Fez-se os oceanos. Da barbárie, Fez-se a justiça. O céu ganhou um novo astro. Um símbolo, com nome de vitória. Mas o destino, É um horizonte além do próprio horizonte! Decadência da civilização? Onde houve prosperidade, Agora há fogo e solidão. Onde era azul, Agora predomina o vermelho. O mar é a ultima fronteira, Para todos! 25


Mas pequeno, Para conter o ódio e a vingança. A água que trás a vida, Tornou-se um elixir mortífero. A superfície é um contraste, Com as lembranças gravadas em documentos oficiais. Os homens estão livres! Os homens estão á mercê do fim! Os homens voltaram a sonhar! Os homens viraram história! DESAMOR Sentimentos infernais. A dor chegou com a decepção, Palavras mágicas que abriram a porta do coração. Pelo amor, se explorou-se o prazer, Foi impossível a mentira não se perceber. Uma noite de loucura, Agora uma expressão obscura, Que carregou a alegria, Mas enche de falsa esperança o dia. O ser não voltou, Se aproveitou, De alguém que pensou que amou. Se colhe dor e agonia, E um sentimento de rebeldia, De uma justiça maldosa e fria. Alucinado Pelos caminhos que fazem a vida, Não ocultados como é provida, Do amor que vira prazer, Muitos não conseguem se conter. Pela força e violência, Muitos perdem a inocência, Entrando em demência, Rejeitando o amor em plena consciência. Satisfação pessoal, Não é instinto natural. É falta de controle emocional, Que alimenta o mal. 26


O ódio brota, A vingança bate na porta. A morte é chamada, Mas uma alma condenada. O lado oposto do amor. O essencial e vital, Sentimento celestial e universal. Que possui um equilíbrio natural, Entre o bem e o mal. O amor pode virar desamor, Da felicidade transforma-se em dor. Da “posse”, se debate com a perda irrecuperável, Um elemento muito instável. O lado oposto do amor é a morte, Pois todas as conseqüências negativas dele, levam a este norte. As sensações, Até as derradeiras situações. O amor é traiçoeiro, Um oculto justiceiro. Caçador de irresponsáveis, Por caminhos inimagináveis. Em nome de Deus. As palavras de salvação, Esta deveria ser a intenção, Mas o que se vê é só doutrina e religião, Propagando o caos pela nação. Quem precisa seguir o demônio? Se o mal se propaga autônomo, Já que a busca de fieis na Terra, Virou guerra! Guerra Santa, Isto espanta, Pois se propaga com palavras a paz, Mas a atitude não a traz. Estes são valores da sociedade, Forjados na realidade. Onde esta a verdade? Quanta obscuridade!

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PRETIUM DOLORES Umbra, ae A sombra é conseqüência da luz, Que aparece em um caminho que seduz. Sonhos que viram pesadelos, Falsos vitais modelos. Só no meio da escuridão, Que sente-se a pressão, De tomar a decisão, Referente a melhor decisão. Tudo gera conseqüência, Mas os ocasionados nos momentos de eloqüência, São os mais doloridos, Os mais sofridos. Lusco-fuscos eterno, Dias de inferno, Clima de inverno, Sofrimento interno. Causa turpis Andar sem direção, Por livre convicção, É uma eloqüente decisão, Que esbarra com os perdidos na escuridão. Paixões materiais, Sonhos sociais, Devaneios intelectuais, Não somos mais animais! A sobrevivência, Virou uma escancarada vivencia, Com valorização da imprudência, Torpe coerência. Pessoas morrem por prazeres, Por que a escada é a cabeça de outros seres. Mundos são extintos, Pois, se desprezam os instintos. Ficta possessio. A quem pertence a vida? Pergunta descabida, Seria de uma religião, Ou de uma situação? 28


O Estado é seu dono, Da mesma forma que você possui um mordomo. O banco é o seu senhor, Pois é ele que alivia ou aumenta sua dor. Quanto mais os dias se passam, Para outros donos nossas posses se repassam, Somos escravos de nossas atitudes, Desprovidas de virtude. Quando se deve enfrentar a causa da dor, Se percebe a cara de horror, Nos mesmo que reclamam do terror, Mas que invocam um salvador! VIS MAIOR Sacer, cra, crum. Invoco o desconhecido, Por força do passado conhecido, Em tudo acredito, Menos no que foi me dito. Oh! Forças incontroláveis, Tornem meus desejos viáveis. Eu busco a salvação, Em troca serei o seu cão, Mesmo não tendo o perdão. Pois sou filho da paixão, Que me faz rastejar no chão, Nos momentos de falta de direção. Imploro pelo que foi perdido, Temo o que foi concebido, Pois o fiz despercebido, Quando estava desprovido, Da verdade universal, Obscurecida pelo mal. Pelo sagrado e pelo profano, O meu reflexo é de um ser insano, Que anda cercado, Por um mundo condenado, Com valores renegados, Que procuram voluntários para serem sacrificados. Non plus ultra O que esta ocultado, Não deveria ser desafiado. 29


Pois se não controlado, Torna-se terror, Que traz do mundo interior, O verdadeiro significado da dor. O que vem do Além, Não se curva a ninguém, Complexa energia, Que corrompe o dia, São segredos bem guardados, Mistérios do profano e do sagrado. O que se conhece do bem e do mal, É uma pequena parcela do que é natural. Mais que isto é fatal, E se regula ao sobrenatural, Longe do mundo vital, Onde tudo é parcial. Witch. Energias desconhecidas, Realidades corrompidas. Sem nada a perder, Mas o impossível querer. Necessidade de satisfazer, Com o que não deveria se ter. Um ser sem vontade, Que perde a personalidade, Desconhecida doença, Que vai contra a íntima crença. Como entender, Se não se consegue ver. Quem libera a energia, Não possui a paz em seus dias. Tudo vai, tudo volta, Universal revolta. Rastejar é a penalidade, A Rede não possui piedade. A magia é a ultima esperança, A pior vingança. O bruxo é um demônio mortal, Que desconhece o verdadeiro bem e o mal. Subestimando o que invoca, Com rituais que só lhe enforca.

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AB ALIO SPECTES ALTERI QUOD FECERIS Odiu. Semeada a dor, No auge do amor. Venenoso sabor, Que corrompe o desamor. Quem o bebe com a alma, Ou morre ou mata com maligna calma. A confiança e a traição, Antônimos que se configuram em conspiração. A dor vira rancor. O sofredor se levanta querendo o sangue do traidor. Pois a esperança, Se torna vingança. A foice da morte, O mal em sua essência humana mais forte. Sem piedade, Predadora necessidade. Satisfação de justiça, Que o lado negro cobiça. Bonis nocet qui malis parcit O perdão, É uma decisão, Para o inicio da conspiração. O amor em torno da ilusão, Que acredita em mudança, E rege a vigança. Para o mal não se dá chance, Pois ele encara como revanche. Fere o espirito, O fim começa a ser descrito, A guerra se processa, A morte é a promessa. O mal perdoado, Mal propagado, Mais gente sofrendo, Mais vingança ocorrendo. Bandido não é vitima. É presa que não se estima.

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Lignum tortum haud unquam rectum. Quem não foi ensinado, Caminhará condenado. Com passos de renegado. A morte é a sua companheira, A mentira sua parceira. Vivendo a rastejar, Sem a nenhum lugar chegar. Um mal exemplo, Para quem não segue o templo. Um defeito de personalidade, O lixo produzido pela sociedade. Onde o mal floresce, Não adianta prece. Pois quem o permitiu, o merece. Know all men. Saibam todos o que se oculta, Ao redor da sociedade inculta. Uma proteção inconsciente, De seres eloqüentes. Quem cria os valores, São os Senhores, Que dependem da multidão, Para alimentar a sua jurisdição. A sociedade vai contra a lei, Culpa o rei, Mas não vê no seu reflexo, Os seus anseios sem nexo. Se hoje não se colhe o desamor, Saibam que somos o principal causador. Desse mundo de terror, Onde tudo se paga sem saber o valor. Naturalia negotii. Se acha natural, Alguém lhe fazer mal, Deixar passar, Para as coisas piorar. Saiba que propagou o mal, A um igual, Que também achou normal, 32


Porque esta é a realidade social. Isto não é um negocio natural, Que surge da evolução social. Mas um acuamento, De quem não sentiu o ferimento. HOMO HOMINI LUPUS Zealous witness. Aceitar a anomalia, É arriscar a vital energia, Por sofrer de covardia, Com receio de retaliação contra a família. Defender a legião, É perder a convicção, Da verdadeira evolução, Que não se liga a religião ou a legislação. Demônios com o poder do pensamento, São propagadores do tormento, Que leva o sentimento, Ao cemitério do conhecimento. Sociedade vendida, Covardemente escondida, Atrás de palavras subversivas, Que se apresentam como alternativas. Jus rationis abest, ubi saeva potentia regnat Pelas forças que regem o mal, Se invocou o infernal, Se renegou o celestial, Em troca do material. A força se faz presente, E isto se consenti. Nasce o direito ausente. A covardia, É a alegria, Da anomalia. Não se exige proteção do rei, Quando não se utiliza a lei. Esta é a mínima condição, Para se invocar a proteção.

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Quae vult rex fieri, sanctae sunt congrua legi Um ato covarde, Não é um ato de maldade. É uma ação que permite a injustiça, Quando não se faz justiça. É fácil culpar as autoridades, Pois elas nunca fariam mal a sociedade. Mas apontar para a anomalia, É enfrentar mais que a própria covardia. Quem usa a lei, Chama o rei. Quem enfrenta o mal, Ganha proteção celestial. Não busque justificação, Pela sua falta de ação, O Estado não é o único culpado, Pela propagação do renegado. General Law. A sobrevivência é universal, O afrontamento dela é fatal. Quem não luta para sobreviver, Esta fadado a morrer. Uma regra comum vital, De cunho natural, Que não aceita o anormal, Combatendo-o de forma radical. O instinto da sobrevivência, Entrou em falência, Depois da pacificação, Do honesto cidadão. A anomalia planta sua extinção, Mas não pela mão do cidadão! Mas pela sua própria propagação, Que guerreara entre pares da sua própria geração. Esta é a lei geral, A lei real, A lei vital. O nosso final.

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MEMENTO MORI Contra vim mortisnon est medicamen in hortis Homens nascem para morrer. Morrem na continua e involuntária ação de viver. Sua missão é sobreviver, E disso tudo se desenvolver. Sem muita coisa entender. Apenas ao tempo se submeter. Não existe hora marcada, Desta derradeira jornada. Mas pode ser antecipada, Por simples atitudes tomadas. É a condição de viver de forma descontrolada, Uma caminhada condenada. É o espírito da liberdade, A independente vontade. Definida desde sedo pela sociedade, Que impõem um padrão, Para uma simples decisão. Aceitar ou não. Só quem morre consegue entender, O significado de viver. O resto é superstição, É o controle da religião, E o fim em si próprio, Por um destino ilusório. Extremis morbis, extrema, exquisita remedia optima sunt. A vida é fadada a se auto-destruir, Para poder contribuir, Com o equilíbrio universal, Que regula o mundo natural. É um processo cíclico, Porém fatídico. O caos é a destruição, É o destino da civilização, Não importando sua condição, Renascendo a criação. Ação, reação. Sempre sob uma nova concepção. Shiva voltou! O mundo acabou. Um novo começou, O equilíbrio retornou. 35


Uma nova era, Novas feras. O homem teme o destino nuclear, Os fenômenos da terra, água e ar. Repudia a Guerras, E o sangue derramado sobre a terra. Mas não vê perigo na sua própria perpetuação, Um mal cheio de previsão. O planeta tão amado, Esta sendo condenado. Um processo normal, No processo natural. O progresso, Refletido no regresso. Yong Imunidade ilusória, Que o tempo deixa na memória. Período decisivo, Para viver perdido. Jovem não entende a morte, Pois a vida é seu norte. Cai no vicio, pensando estar vivendo, Mas mesmo perto do fim, não percebe que esta morrendo. Juventude perdida, Legião bandida. Seres sem personalidade definida, Manipulação destemida. Fim derradeiro, Caminho efêmero. A libertinagem impera, Ela os enterra. Óstrakon A indicação do exilado, Começa a ser talhado, Por sua própria mão, Determinado por sua vontade e condição. Exílio eterno, No desfrute do inferno, Não há como escapar, Do novo lar. A morte antes de chamar, 36


Espera o sofrimento vingar, E a sombra caçar. O demônio criado, É para sempre lembrado, Pois foi nas páginas da vida, gravado. Error in vigilando São tempos de guerra, O verme se rebela na Terra. Entre sombras jazem lanças quebradas, Cabeças, braços, mãos, pernas,... espalhadas. Praças, muros, calçadas... Com sangue são marcadas. Correndo na escuridão, Escondendo-se da solidão. De frente com a extinção, O coração cegando a razão. Um covarde rezando a legislação, O mal nasce com a sua aceitação. Chorai inimigos meus, Estes atos são seus, Entendei que com esses eventos, Os seus destinos foram lançados ao vento. Captados pela morte nesse momento, Desde o inicio do tormento. Os soldados passam a sua frente, Mas de forma demente, Os vê com olhar de doutrinas doentes, Onde o homem é um ser inocente, Mas que deve ser vivente, Protegendo o incoerente. IN EXTREMIS Defensor ex officio. Um mal que não é visto por ninguém, Nas atitudes de quem pensa estar fazendo o bem. O mal se propagando e ganhando força, Mas construindo uma grande forca. Defensores da sociedade, Não identificam a verdadeira face da realidade. No discurso da não violência, Uma demagógica incoerência. Não saber o que esta defendendo, 37


É estar aos poucos morrendo, E ver o fim nascendo, Nos olhos de um cidadão que está sofrendo. Defender o que? Se preocupar pra que! Se não se pode ver, O que é certo para crer. Não dá para esperar o amanhecer, Para se defender, Se ainda estamos no entardecer. Pois o perigo se apresenta ao anoitecer. Societas sceleris. Se organizam os sindicatos, O grito dos ingratos, Formam-se os partidos, Os homens divididos. Panelinhas se formaram, Coisas indeterminadas se plantaram, Algumas começam a vingar, Outras esperam para despertar. Sociedades criminosas, Abertamente dolosa, Legalmente poderosa, Popularmente famosa. Fazemos partes dessas sociedades, Deliberamos a partir de nossas vontades, Nós definimos o destino da liberdade, Dentro de uma demagógica civilidade. Delirium tremens Ideologias sem nexo, Cheias de complexos. Guiam idiotas, A se tornarem hipócritas. Delírios de viciados, Buscando culpados, Em uma sociedade estragada, Por íntimos erros, marcada. Ideologia, Preciso de uma para morrer, Demagogia, É apenas o que consigo ver. 38


Palavras dolosas, Doutrinas criminosas, Delírios disfarçados de conhecimento, Que não se forjam com o momento. Átheu O ser cruel é um indigno. O ateu é um ser maligno. A crueldade nasce na realidade, Corrompida por quem acha que sabe a verdade. Negar a existência de um ser sobre natural, É semear a essência do mal. Ateísmo, A face oculta do demonismo. A simples negação, Não atinge a religião. Mas a espiritualidade, O amor essencial da humanidade. A sociedade se desagrega, Com a evolução da missão que o ateu carrega. Ele não tem consciência, Que é o propagador indireto de toda a violência. Não precisa participar, Basta negar e fundamentar. Um povo sem espiritualidade, Cultiva a maldade, Mas não a reconhece na realidade. Vive o desamor, Na sua forma de terror. Tornando-se um ser sofredor. Mors omnia solvit A morte é pacificadora, A mais competente doutora, Nos casos onde a harmonia foi quebrada, E necessita ser resguardada. Com a morte se vai tudo, Um grande esgoto imundo, Que esta a céu aberto no mundo. Mesmo escorrendo por um vale profundo. Mas a morte não esta sendo suficiente, Para curar o mundo doente. As pessoas seu cheiro sentem, Mas não mais a temem. 39


O homem é o predador da morte, Pois criou um norte, Onde tudo não passa de manipulação, Da religião. Conscientia. Temendo a luz do dia, A noite é uma agonia. Caminhar escondido, Para não ser reconhecido. Não há como fugir da consciência, Que age sem clemência, Praticando a mais cruel violência. Mas quando se tem o mal como essência, A razão, valores,..., pouco exerce influência. Pois, a demência, É a norteadora coerência. Para o maléfico a luz do dia não é temida, A noite é bem dormida, Mesmo conhecendo os riscos para sua vida. Modus vivendi. O modo de viver, Define o modo de morrer. Influencia o caminho de quem vai nascer. A noite é sempre encarada, Na nebulosa estrada. Uma professora rígida, Com didática dolorosa para a vida. Viver é sobreviver, É aprender morrer, É saber esquecer. Modo de morrer, Vontade própria de tecer, O seu ultimo parecer. Antecipando o fim que deveria ter. Xenophon Vozes que surgem do nada, Que aparecem nos cruzamentos da estrada. Vozes sem dono, Mas que sabem quem somos. 40


Vozes perdidas, Vozes da partida. Vozes sem eco ou nexo, Ressoam por um sistema complexo. Vozes com dois lados, Propagadora de dois estados. Palavras repassadas por telepatia, Recepcionando com calafrio e magia. Estranha voz que nasce lá no fundo, Do interior mundo. Onde a energia tem sua fonte, Na divisa de dois horizontes. Vozes diferentes, Lá do inconsciente, Independentes, Influentes.

LATU SENSU In verbis. Isto não é uma ideologia, É apenas poesia, Que tenta mostrar, Um lado que poucos conseguem enxergar. É a última escritura, Desvirtuada em sua estrutura, Já que conclui uma sinistra visão, Do mundo cão. Escrevi muito sobre o amor, Mais nunca sobre a dor. De onde provem o terror. O objetivo era a reflexão, Dos agravantes da “boa ação”. Ocultadas no lado negro do coração. Tradens Da mesma forma que dois mais dois são quatro, O destino da sociedade está longe de ser abstrato. Não são proféticas observações. Mas são lógicas previsões. População crescendo, 41


Problemas vão aparecendo. “Cidadãos” lucram com esta situação, Controlando o processo da solução. Bem vindo ao real sistema, Um mundo de acordos e esquemas. Não é uma rede de conspiração, Mas sim o pior lado da ganância e da corrupção. Basta olhar pela janela para ver os conspiradores, Olhe no espelho e veja o patrocinador, Que serve demônios com cara de salvadores. Duvida? Então comece a serem mais observadores. Nesses tempos de demagogia, Em que a noite se confunde com o dia, Normalmente se propaga a fobia, Que alimenta uma eterna agonia. Sponte sua. É difícil ver e aceitar, Tanta gente se ajoelhar, Perante o seu executor, Sem expressar um simples gesto conspirador. Enquanto a lei e a justiça não exaurem seu potencial, Não convêm um ato radical. Com o exaurimento do mecanismo estatal, Não se deve pedir ajuda a seres mortais ou a qualquer ser sobrenatural. Torne-se a lei e o juiz, Um vingador que extermina o mal pela raiz. Pois, caso contrário, o seu pedido de ajuda, Vai se tornar mais uma ação de Judas. A justiça se faz a sangue frio, E as provas se jogam no rio, Na mais completa escuridão, Junto com o silencio vigiado continuamente pela razão. Não tenha esperança, Busque a vingança, É um ato reacionário, Com efeito revolucionário. A sociedade perfeita é utopia, Mas a paz se conquista todos os dias, E sua manutenção não pode ser tardia, Nem ter a esperança como guia.

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Aequitas. O problema é que a anomalia apenas morre, Mas sua essência não se decompõe, Ela se propaga e escorre, Dentro de um sistema que a compõe. A anomalia nasce de uma fonte, Em uma montanha de lixo além do horizonte, Produzida por todos dentro da sociedade, Dentro de uma artificial realidade. Não basta caçar e aterrorizar o produto, Tão pouco cortar a arvore que gerou tal fruto, Deve-se eliminar a essência, Que vive em nossa consciência. É legal ter religião, É bonito ser cidadão, Mas viver de palavras e derradeiras ações, É alimentar demoníacas situações. Liberte-se da fé demagógica, Da cidadania filosófica, Dos arreios que guiam para a esperança. Nós não somos inocentes crianças. Esperança! Fé sem ação. Sonhar com uma grande revolução, Esperar por um salvador, Sem correr o risco de sofrer dor. O problema é que quem cria a anomalia não conhece a covardia, Pois, não possui o sentimento da esperança como guia, Já quem sofre com a anomalia, É um covarde que vive de poesia. Ante acta. Ensinar a sobreviver, É fazer o ser humano crescer, A parar de viver, Com esperança de alguém o proteger. Irracional ou racional, A sobrevivência é um dom natural, Que o homem moldou-a de forma artificial. Renegando por completo seu lado animal. O homem é filho da Natureza, Esta deve ser encara como uma deusa, E suas leis observadas e respeitadas. 43


Pois, vivemos dentro de uma rede pré-determinada. Sobreviver não é só trabalhar, É entender e respeitar, A legislação natural, Mesmo parecendo irracional. Se as pessoas buscassem a evolução, Aprendessem e aceitassem a sua real missão, A sobrevivência não seria uma complexa questão. Infelizmente era virou uma louca reflexão.

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BIOGRAFIA

Antonio Ilson Kotoviski Filho. Nasci em uma manhã de primavera austral do dia 10 de outubro do ano de 1976. Fui abençoado em nascer em “berço de ouro”; rico em carinho, amor, atenção e cuidados. Sou tamandareense nato com muito orgulho. Aprendi a gostar e admirar minha terra, desde os meus primeiros passos. E a cada dia a admiro mais. Sou formado licenciado em Estudos Sociais e História, bacharel em Direito, especialista em História do Brasil e Geografia do Brasil e Mestre em Ciências da Educação. Atualmente sou professor de História na Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, onde leciono até este momento em colégios e escolas do município de Almirante Tamandaré-PR. Sou um amante incondicional do esporte. Fui jogador de futebol do Clube Atlético Paranaense, categoria cobrinhas, mas o futebol não é minha única paixão. Pois pratiquei Kung-Fu e Karatê. Porém o Mountain Bike me deu satisfações e lembranças inesquecíveis. Sou torcedor fanático do Clube Atlético Paranaense, tal paixão me faz escrever muitas colunas com comentários sobre a vida do Furacão, nas páginas da rede mundial de computadores. Já minha história como poeta surgiu como consequência de um ato romântico, o qual foi o percussor do desabrochar do dom de poeta que existia em mim.

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Divulgando. A satisfação de um escritor é saber que suas criações foram bem aceitas pelos leitores. E mais ainda, é saber que existe uma busca e curiosidades sobre novas obras. Diante de tal fato meus livros são:

1. AMOR DESCRITO POR UM APAIXONADO PELA VIDA! (Poesias); 2. SONHANDO ESCREVI SOBRE O AMOR, (Poesias); 3. VERSOS IMPERFEITOS. INTENÇÕES VERDADEIRAS, (Poesias); 4. VIAGEM VERSADA, (Poesias); 5. POESIAS: O REFUGIO DE UMA ALMA ROMÂNTICA, (Poesias); 6. INSPIRAÇÃO DERRADEIRA, (Poesias); 7. ESCRITURAS ROMÂNTICAS, (Poesias); 8. VOZ INTERIOR! (Poesias); 9. REFLEXOS DE MUITOS MOMENTOS, (Poesias); 10. A HISTÓRIA DA HUMANIDADE EM VERSOS, (Poesias); 11. A HISTÓRIA BRASILEIRA EM VERSOS, (Poesias); 12. OS PAÍSES DO PLANETA TERRA EM VERSOS, (Poesias); 13. LIVRO NEGRO. O LADO OPOSTO DO AMOR, (Poesias); 14. HORIZONTE TERMINAL. (Romance); 15. A INDISCIPLINA NO CONTEXTO ESCOLAR. (Dissertação); 16. O INTEGRALISMO NO BRASIL. (Monografia); 17. RELATOS DE UM TAMANDAREENSE. HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ, (Histórico Científico).

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