Construir & Decorar - Novembro 2012

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Casa

Um projeto adequado torna o imóvel ambientalmente correto

Sustentável móveis em madeira Beleza e sofisticação em todos os ambientes

Aluguel sem incomodação Saiba os direitos e deveres de locadores e inquilinos

A energia do sol

As vantagens do sistema de aquecimento solar.

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Arquitetura sustentável é tendência para economia da família e de recursos naturais.

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madeira nos móveis empresta elegância e sofisticação aos ambientes.

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Sofá bom pra cachorro: saiba que material escolher para os estofados da casa que tem pet.

lazer completo. 06 Condomínio-clube mercado novidades do setor. 09 Coluna deveres de 11 aluguel: locadores e locatários. 34

ENTÃO, É NATAL! crie uma decoração linda.

É OPORTUNIDADE projeto: cozinha DE INVESTIMENTO. ao gosto do cliente. 14 LEILÃO 36 meu casa pronta: inovações em criciúma. 17 feira

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Edição e textos: Litiane Klein e assessorias de imprensa.

energia solar: sistema apresenta vantagens.

você mesmo renovação com a pátina. 25 faça NOVEMBRO/2012 diariodosul.com.br

Diagramação: Adriano Fernandes da Silva Comercial: Evanir Ramos, Flávia Coelho, Giovani Dal-Bó e Jorge Albuquerque

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Editorial A revista Construir & Decorar chega à terceira edição com mais novidades para o leitor. A publicação estreia novas seções, trazendo ainda mais conteúdo para quem se interessa pelo setor imobiliário, por construção e por decoração. A Coluna Mercado é uma das novidades, que vem recheada de informações sobre o setor imobiliário no estado, no Brasil e na região. Duas novas seções foram preparadas. Na Faça Você Mesmo, serão dadas dicas sobre mudanças que podem ser feitas em casa para repaginar o ambiente. Nessa edição, o leitor poderá aprender a fazer uma técnica prática e que dá um charme especial aos móveis – a pátina. Na seção Meu Projeto, arquitetos e designers vão mostrar projetos diferenciados, detalhando as características, os materiais e móveis utilizados, o tipo de iluminação, entre outros aspectos. Nessa edição, é destacado projeto da La Casa Di Mobile, de uma cozinha muito especial. A capa destaca a sustentabilidade, palavra cada vez mais empregada no dia a dia das pessoas, e que chegou à arquitetura. Na área de construção, a revista traz as inovações apresentadas na CasaPronta, feira que ocorreu em outubro em Criciúma, e destaca ainda as vantagens de se investir no aquecimento solar da água. Os direitos e deveres de inquilinos e proprietários na relação de aluguel também são pauta da revista, assim como os condomínios-clube e os leilões de imóveis. Além disso, dicas especiais para a decoração natalina, a sofisticação dos móveis em madeira e sugestões para quem tem pets em casa e quer escolher um sofá que conviva bem com o bichinho.

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Cor na torneira Já imaginou ter água colorida na torneira de casa? Pois a Termo System tem uma novidade que faz a água mudar de cor conforme a temperatura. A Lumen controla a temperatura da água pela cor refletida com luzes de LED. Luz vermelha, por exemplo, indica água muito quente. “A tecnologia evita acidentes com crianças ou idosos que, por descuido, poderiam se queimar com água”, comenta Juliano Rabelo, gerente de Categoria da Cassol Centerlar, que comercializa o produto. A Lumen custa R$ 139,90.

Aconchego inspirado na madeira A Itagres lançou coleção de porcelanatos inspirados nas madeiras. Os modelos da linha Wood remetem às madeiras rústicas desgastadas pelo tempo, inspiradas no charme da madeira de demolição, sem agredir o meio ambiente. As vantagens deste porcelanato em relação à madeira estão na maior resistência, na facilidade de instalação e manutenção, com uma superfície totalmente impermeável e imune a manchas, além de não propagar fogo. As peças são retificadas e comercializadas no formato 17x103cm, nas cores Marfim, Rústico, Brown e Wengué.

Tijolo ecológico A Gaia Ecodesign apresentou na 10ª CasaPronta o tijolo ecológico, que representa uma economia de até 80% no concreto e 70% no ferro utilizado na construção. O produto é oferecido com exclusividade pela empresa no Sul de Santa Catarina. De acordo com a engenheira ambiental e gerente administrativa da Gaia Ecodesign, Angelita Schutz, o tijolo ecológico consegue deixar uma obra pronta na metade do tempo gasto com os convencionais, sem perder na qualidade da alvenaria, além de reduzir em até 40% o custo total da construção. “Os tijolos ecológicos são estruturais e dispensam a coluna feita de concreto armado em caixaria. Eles também não precisam de massa para assentar o tijolo, o que gera economia de tempo e dinheiro na obra”, explica.

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O Matisse, da Eraldo Contruções, possui diversas opções de lazer, como academia

Condomínios-clube: Segurança e lazer sem sair de casa

Morar em um lugar que oferece opções de lazer e mais qualidade de vida é uma tendência cada vez maior. A comodidade dos chamados condomínios-clube tem atraído de forma crescente os compradores em Tubarão e na região. A procura por imóveis multifuncionais tem feito com que construtoras da região explorem esse nicho, buscando agregar valor aos empreendimentos, através da construção de condomínios que oferecem infraestrutura de lazer diferenciada. Em Tubarão, por exemplo, quatro empreendimentos chamam a atenção pelo projeto apresentado: os residenciais Farani, Vittare, Matisse e Jardim Europa. As construtoras Corbetta, Piucco e Eraldo Construções trabalharam conceitos dinâmicos em cada projeto, aliando comodidade e segurança. O Residencial Farani é um destes empreendimentos, e se destaca por possuir 15 andares e 120 apartamentos. A responsável pelo depar-

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Tendência de buscar imóveis em locais que oferecem bem mais que uma simples moradia cresce entre os tubaronenses. As construtoras, por sua vez, investem em projetos diferenciados na cidade azul.

tamento de marketing da Construtora Corbetta, de Criciúma, Paula Corbetta, diz que o investimento da empresa nesse mercado não se limita a Tubarão. “Além do Residencial Farani, temos mais quatro projetos em andamento dentro desse perfil - três em Criciúma e um em Florianópolis. O direcionamento para os condomínios-clube é natural, pois as pessoas buscam, cada vez mais, segurança e praticidade”, destaca Paula. O Farani tem entrega prevista para 2014, e está com 70% dos apartamentos comercializados. Já o Residencial Vittare, na Vila Moema, é um projeto da Construtora Piucco e conta com apartamentos de alto padrão. A área de lazer contempla salão de festas, espaço gourmet, sala de jogos, fitness, brinquedoteca, piscina, lounge e playground. O sócio-administrador e engenheiro civil Ramon Goulart Piucco ressalta que este é o primeiro empreendimento da construtora com lazer completo.

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Para todos os bolsos Para quem pensa que as facilidades são luxo para poucos, se engana. O Jardim Europa, localizado próximo à Sede Náutica do Clube 29, contará com quiosques para churrascos, playground, salão de festas com espaço gourmet, espaço fitness externo, espaço para leitura ou descanso, alameda e, tudo isso, subsidiado pelo Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. “O empreendimento já é sucesso garantido.

O resultado do investimento diferenciado reflete na comercialização de mais de 60% do condomínio, em apenas dois meses e ainda na planta”, comemora a gerente de marketing da Eraldo Construções, Luciane Tokarski. Os residenciais Farani, Vittare, Matisse e Jardim Europa são vendidos através da Imobiliária Vendelar, que tem exclusividade na comercialização dos empreendimentos.

Salão de festas com espaço gourmet faz parte das opções oferecidas aos moradores

Qualidade de vida

Projeto do Residencial Vittare, da Construtora Piucco: localização privilegiada e lazer completo

Com base em pesquisa de mercado, a Construtora Piucco optou por empreendimentos com áreas de lazer, com a proposta de oferecer qualidade de vida. “Por isso, buscamos unir o conforto de morar bem e a segurança na prática de atividades físicas e de lazer”, valoriza Ramon. Seguindo a linha de condomínio-clube, a Eraldo Construções apresenta duas propostas com áreas de lazer bem estruturadas: os residenciais Matisse e Jardim Europa. Localizado na avenida Pedro Zapellini, o Matisse está em construção e projeta espaço fitness, quiosques com churrasqueiras e salão de festa com espaço gourmet.

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Reajuste no Minha Casa, Minha Vida

Mercado

Construir & decorar Litiane KleIn

Lançamentos em Criciúma A Construtora Corbetta lançou em outubro mais dois empreendimentos na cidade de Criciúma. Os residenciais Mistral e Malmo são constituídos de apartamentos de 2 e 3 quartos, e já comemoram sucesso nas vendas. Doze unidades do Mistral foram comercializadas em apenas duas semanas. “Estamos com boa comercialização, como era nossa expectativa. Pretendemos continuar investindo no mercado de Criciúma, que está aquecido”, salienta Paula Corbetta, do departamento de marketing da empresa.

Os valores máximos para habitações adquiridas pelo programa Minha Casa, Minha Vida foram reajustados pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de acordo com as cinco classificações de municípios e regiões metropolitanas por número de habitantes. O teto de R$ 170 mil, válido para o Distrito Federal e regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, foi corrigido para R$ 190 mil. Os municípios com mais de 1 milhão de habitantes, que tinham teto de R$ 150 mil, passam para R$ 170 mil; de 250 mil pessoas em diante, de R$ 130 mil para R$ 145 mil; com população acima de 50 mil habitantes, onde se encaixa a cidade de Tubarão, o teto passa de R$ 100 mil para 115 mil; e nos demais municípios, o valor aumenta de R$ 80 mil para R$ 90 mil.

De olho nas novidades da China

Bienal de Desing 2015 será em SC Florianópolis será a sede, em 2015, da 5ª Bienal Brasileira de Design (BBD), considerado o maior evento nacional na área. A candidatura catarinense foi aprovada em 22 de outubro, pelo comitê gestor da Bienal. “É um evento de cerca de 45 dias e que deve receber um público na ordem de 100 mil pessoas”, explica o diretor de educação e tecnologia do Senai/SC, Antonio José Carradore, que defendeu a candidatura do estado. A BBD envolve os segmentos de mobiliário, utensílios para a casa, moda e meios de transporte. NOVEMBRO/2012 diariodosul.com.br

A Feira de Importação e Exportação da China (Canton Fair), evento realizado há 53 anos, contou em 2012 com a presença de um empresário tubaronense. O proprietário da Eraldo Construções, Eraldo Tadeu da Rosa, esteve na mostra, de olho nas novidades do mercado chinês. “As tecnologias e materiais chineses, antes procurados somente pelo baixo custo, hoje respeitam exigências de qualidade e economia de recursos naturais”, reforça Eraldo.

Seven A Eraldo Construções, aliás, lançou mais um empreendimento na cidade azul. Trata-se do Seven, que recebeu este nome em alusão à Praça 7 de Setembro, localizada em frente ao terreno onde será instalado o empreendimento. Os nove andares de salas comerciais terão vista especial para a Praça e para o Rio Tubarão, pois serão projetados com vidraças extensas, para aproveitamento da luz natural.

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Locação tem que ter segurança

Alugar um imóvel é algo que pode se tornar uma grande dor de cabeça, tanto para quem vai ser inquilino, quanto para o locatário. Se os direitos e deveres de cada um não ficarem bem claros no contrato de locação, os problemas são quase certos. Tomando os cuidados necessários, porém, é possível se livrar de situações indesejadas, evitar surpresas e garantir que o negócio seja bom para os dois lados. O advogado Guilherme Zumblick Aguiar explica que os deveres e direitos de locadores e locatários estão previstos na Lei 8.245/91, que foi atualizada pela Lei 12.112, de 2009. No entanto, o contrato é um fator imprescindível para esclarecer o que foi

Na hora de alugar um imóvel, locadores e locatários devem redobrar o cuidado para que todas as situações que possam causar problemas futuros estejam previstas no contrato, evitando disputas e insatisfações entre as partes envolvidas no negócio. combinado entre os negociantes em cada caso. Um ponto que deve ficar claro, por exemplo, é a questão das benfeitorias no imóvel. É preciso constar em contrato que as melhorias feitas pelo locatário serão ressarcidas. A gerente da Imobiliária Siga, Ana Paula Bitencourt Soares, destaca que, no caso dos imóveis alugados através da empresa, o inquilino tem que solicitar autorização antes de fazer reparos, ainda que estes representem melhorias no imóvel. “O local deve ser entregue da forma como foi recebido. Se o locatário fizer mudanças não autorizadas, o locador não é obrigado a reembolsá-lo”, pontua.

Problemas devem ser comunicados No caso de necessidade de reparos no imóvel – como por danos no sistema elétrico ou hidráulico -, o proprietário do apartamento é responsável apenas se o problema decorre do desgaste do imóvel. Se for comprovado mau uso, o locatário deve arcar com os custos. Ana Paula conta que, na Siga, o inquilino deve comunicar à imobiliária qualquer problema no imóvel. O locador, por sua vez, deve entregar o imóvel em perfeitas condições. Isso deve ser cobrado pelo inquilino no momento da entrada no imóvel, para evitar problemas futuros. “Deve ser realizada uma vistoria que será detalhada em um termo, que contém informações sobre o estado do imóvel e dos pertences”, salienta Guilherme.

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A hora de sair

Grande parte dos problemas de locação ocorre por indefinições sobre a saída do inquilino do imóvel. Este item deve estar claro no contrato e pode ser negociado, sendo sempre preferível um acerto entre as partes.

O sócio-proprietário da Siga, Maycon César Rosa, aponta que o contrato feito pela imobiliária é de 30 meses, com prazo mínimo de 12 meses para saída. Ou seja, o inquilino pode entregar o imóvel antes de um ano, mas ele pagará a multa prevista em contrato. Depois do prazo de 12 meses, o locatário pode deixar o imóvel sem o pagamento de multa, sendo solicitado apenas o aviso prévio de 30 dias. Caso o locatário seja transferido pela empresa, a lei o isenta do pagamento de multa. Já em relação às obrigações do dono do imóvel, ele também tem regras que devem ser seguidas para o pedido de saída do locatário. Dentro do período de 12 meses, é previsto o pagamento de multa se o locador pedir o imóvel. Após este período a multa não é paga, mas também é exigido um aviso prévio de 30 dias. “Normalmente estas situações são negociadas entre as partes. Se em 30 dias o locatário não conseguir outro imóvel, pode-se estabelecer um novo prazo para a saída”, afirma Maycon. A legislação do inquilinato também reza que o locador pode solicitar o imóvel sem pagamento de multa se for para moradia própria, mas, nesse caso, ainda é necessário o aviso com 30 dias de antecedência. Caso o proprietário resolva vender um imóvel alugado, o inquilino tem preferência na compra, desde que esta seja feita pelo valor real do negócio, conforme salienta Guilherme.


A saga do fiador Uma das maiores dificuldades para quem procura um imóvel para alugar é encontrar o fiador. Grande parte das imobiliárias exigem dois fiadores com imóvel próprio e quitado, ou um fiador com dois imóveis. Além da dificuldade de encontrar pessoas que preencham os requisitos, pedir fiança é uma situação que pode ser bastante constrangedora. O advogado Guilherme Zumblick explica que a alteração na Lei da Locação, feita pela Lei 12.112, implementa um sistema que pode dar a oportunidade para que a pessoa que tem um bom histórico, mas não dispõe da garantia de um fiador, possa alugar um imóvel. Com as mudanças, o locador pode dispensar a necessidade de fiador e, nesse caso, cabe uso de liminar para a retomada do imóvel, caso o aluguel não seja pago ou alguma outra cláusula do contrato, descumprida. Guilherme pontua, porém, que a dispensa de garantias para se enquadrar na Lei 12.112 é facultativa, ou seja, o locador não tem a obrigação de adotá-la. “Como não há uma cultura nesse sentido, esse recurso, que pode garantir que uma pessoa idônea, mas que não tem fiador possa alugar um imóvel, ainda não é muito utilizado na cidade”, acrescenta o advogado.

A importância do contrato A melhor dica para quem pretende alugar um imóvel, seja como inquilino ou locador, é procurar uma imobiliária credenciada para cuidar do negócio. “Dessa forma os riscos ficam muito reduzidos, porque a imobiliária cuida dos detalhes do contrato, protegendo as partes e intermediando problemas que ocorram no curso da locação”, afirma Maycon. Sob qualquer circunstância, porém, é necessário que seja feito um contrato, e que este não seja apenas um contrato padrão, mas pensado para a proteção das partes envolvidas no negócio. “A pessoa não pode fazer um negócio se ela desconhece os detalhes que podem trazer problemas futuros. Por isso, aconselho que ela busque a ajuda de quem está dentro do setor imobiliário e pode fazer um contrato seguro”, aconselha Guilherme.

Guilherme Zumblick, advogado

Maycon César Rosa, sócio-proprietário da Siga

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Quem dá

mais?

Já pensou em comprar um imóvel com um desconto de até 40% do valor de mercado? Nos leilões imobiliários, isso é uma possibilidade viável. Embora possam ser uma boa oportunidade de adquirir um imóvel, os leilões exigem cuidados como a checagem de documentos, a verificação do bem que está sendo leiloado, e muita atenção para a situação do imóvel em termos de ocupação. Para Everton Balsimelli Staub, advogado especialista no mercado imobiliário, o leilão é interessante para o investidor e para quem não tem pressa de pegar as chaves, dado que, por diversas razões, a posse do bem pode demorar. “A compra em leilão não é aconselhá-

Leilões imobiliários podem ser uma boa oportunidade de negócio, mas é preciso avaliar se a compra pode atender as necessidades do futuro proprietário, além de se ter alguns cuidados para não ver a oportunidade se tornar crise. vel para quem está no aluguel, por exemplo, e precisa de agilidade na mudança. Também não é aconselhável para quem vai financiar”, aponta. Como todo negócio, comprar imóveis em leilões também possui um grau de risco. Por isso, o comprador de um imóvel tem que tomar diversas medidas antes de fechar um negócio, seja em leilão ou não. Segundo Everton, o ideal é contratar um profissional para realizar uma auditoria imobiliária independente sobre o bem pretendido. “É necessário checar previamente toda a documentação do imóvel, além do estado deste em termos físicos”, aconselha o advogado.


Imóvel ocupado exige cuidado redobrado

Para comprar um imóvel em leilão: A documentação é um dos mais importantes pontos a serem analisados. Deve ser checado o registro imobiliário, a situação dos impostos, condomínio e a situação de quem ocupa o imóvel. Certidões devem sempre ser exigidas;

Everton ainda avalia que é preciso muita atenção para imóveis que estão ocupados, pois se existe alguém na posse, esta pode ser legítima. “Nestes casos, é bom se informar quem é que ocupa o imóvel e a que título está ocupando. Visitar o local é fundamental”, pontua. Uma boa alternativa é contratar uma auditoria independente, que, segundo Everton, custa cerca de 1% do valor da negociação, e o comprador terá acesso a informações idôneas e independentes. “Mas é essencial que este auditor não seja vinculado a qualquer das partes interessadas no negócio”, salienta o advogado.

No edital, o participante deve ficar atento às características do imóvel como metragem, número da matrícula e quem é o proprietário; Lembre-se: só é dono quem registra. Por isso, o comprador deve levar o mais rápido possível o título aquisitivo ao registro de imóveis, e depois ao município, para transferir o IPTU, e também às concessionárias de serviços públicos; Para quem deseja conferir de perto, as informações sobre leilões podem ser obtidas junto a sites de leiloeiros e diretamente nos Fóruns Estaduais e Federais, e também com os bancos.

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Feira em Criciúma foi palco de inovações A mostra foi uma possibilidade dos visitantes conhecerem inovações na área da construção, mobiliário e decoração. Um dos produtos que chamou a atenção foi levado pela Poligress Shop - uma jacuzzi dupla com cromoterapia e hidromassagem, que foi vendida já no evento, pelo valor de R$ 4,5 mil. “Eu não esperava que viessem visitantes de tantos lugares do Brasil. Conquistamos um cliente até de Minas Gerais”, revelou a vendedora Edna Fernandes. Outro destaque apresentado pela Poligress foi um SPA com capacidade para oito pessoas. O equipamento possui 50 jatos de hidromassagem, TV de LCD, sistema de som, aquecimento central e outras opções pelo valor de R$ 18 mil. Já a cerâmica Ouro Preto levou a telha da linha Prime, que vem preparada com encaixes e suporta ventos de até 80 km/h. “Nosso comércio é mais para o Sudeste e Centro-Oeste, e com a CasaPronta pretendemos ampliar o mercado na região Sul”, declarou a gerente financeira, Giselly Pereira. A Art Piscinas chamou atenção com o Robô XT5, responsável pela limpeza das piscinas. Com ele o cliente evita proliferação de algas e bactérias, além de economizar no uso de cloro e outros produtos químicos. “Tenho oito agendamentos de clientes interessados neste equipamento por conta da CasaPronta. É a terceira vez que participo e, este ano, a feira trouxe um grande público que passou as fronteiras da nossa região”, comentou o diretor e proprietário, Jairo Fortunato.

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Fotos: Filipe Casagrande

A CasaPronta, feira que ocorreu entre 17 e 21 de outubro, em Criciúma, comemorou recorde de público – mais de 55 mil pessoas passaram pelo Pavilhão José Ijair Conti -, e também foi palco de muitas novidades levadas pelos mais de 170 expositores de cinco estados.

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Aquecimento

solar pode ser alternativa de economia O sistema de aquecimento solar ainda é pouco utilizado, muitas vezes pelo medo de que ele não funcione como deveria. No entanto, ele apresenta vantagens, como economia e, quando bem dimensionado, não há risco de falta de água quente. Economia de energia elétrica se tornou quase um mantra nos últimos anos, em tempos nos quais a sustentabilidade do planeta é um tema que exige uma preocupação cada vez maior. Dentro das possibilidades para este fim, o sistema de aquecimento de água com energia solar é uma opção que pode se traduzir em benefícios para a família, como economia na conta de luz. De acordo com Luigi Antônio de Araújo Passos, engenheiro pesquisador da LEPTEN/ Labsolar, da Ufsc, o chuveiro elétrico representa cerca de um quarto da conta de luz. Além disso, ele é o principal responsável pelo pico de consumo na demanda do setor residencial. “Dessa forma, a integração do sistema de aquecimento nas residências promove uma redução no uso dos chuveiros elétricos e, consequentemente, uma redução no consumo de energia das residências”, aponta Luigi. NOVEMBRO/2012 diariodosul.com.br

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Aproveitar a energia solar para o aquecimento da água é uma alternativa mais sustentável e pode representar economia no final do mês. O retorno do investimento feito para a implantação do sistema é obtido em cerca de cinco anos.

Com isso o consumidor é diretamente beneficiado com um valor menor da conta de energia, e o setor elétrico também é favorecido, visto que se evita uma sobrecarga do sistema, exigindo menos investimentos em geração, transmissão e distribuição, decorrentes do aumento da demanda. “Esses investimentos, além de gerarem custos para o setor, também trazem impactos ambientais negativos”, detalha o engenheiro. Embora o sistema de aquecimento solar não seja algo novo, ainda é pouco utilizado nas residências do País. Para quem deseja investir nessa alternativa que promete ser mais econômica e sustentável, porém, a boa notícia é que é possível encontrar hoje no mercado uma grande variedade de sistemas, com diferentes preços. Mas também é preciso ficar atento à qualidade do produto, para que o custo não se torne elevado no final. Conforme Luigi, um sistema adequado para atender uma residência que efetue, em média, três banhos diários, custa entre R$ 1.500 e R$ 2.000. “Estudos realizados no Labsolar indicam que o investimento em um sistema desse porte é viável, com um tempo de retorno de cinco anos”, afirma o engenheiro.


Entendendo o sistema O sistema de aquecimento solar de água funciona basicamente através da utilização de três equipamentos: o coletor solar, o reservatório térmico e o aquecimento auxiliar. O coletor solar deve ser instalado na área externa das residências, de modo a captar radiação solar. Este coletor possui uma superfície absorvedora que transforma a energia solar na forma de calor, que é transferido para a água, aumentando assim sua temperatura. “Uma vez que esta água esteja aquecida, ela é armazenada no reservatório térmico para ampliar o tempo de utilização da água coletada, já que a água quente estará sendo coletada, mas não necessariamente utilizada. Dessa forma, a água quente pode ser utilizada em períodos posteriores, como a noite ou períodos curtos de baixa insolação”, explica Luigi. Ele completa que é fundamental também que haja um dispositivo de aquecimento auxiliar integrado, para que nunca falte água quente na residência, nos casos de períodos longos de baixa insolação ou aumento significativo da demanda normal de água quente. Este dispositivo de energia auxiliar é acionado quando a energia disponível pelo sistema solar não for suficiente.

Aquecedor Belosol, da ThermoSystem: sistema de aquecimento com tecnologia durável e de baixo custo

Requisitos para implantação

Acoplado Transsen: ideal para residências com até cinco pessoas e maior consumo de água. O conjunto é certificado pelo Inmetro

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O sistema de aquecimento solar pode ser instalado em qualquer tipo de residência que cumpra os requisitos mínimos necessários para sua implementação, ou seja, que se tenha uma área externa exposta ao sol disponível para colocação dos coletores, e uma instalação hidráulica própria para água quente com acumulação. Ele pode ser usado em apartamentos, mas somente se o prédio atender estes requisitos. Luigi sublinha que um sistema bem dimensionado é projetado para atender em média 70% da demanda total de energia utilizada para o aquecimento de água. “Nenhum sistema de aquecimento solar é viável utilizando somente energia solar. Com isso, em dias nublados o sistema pode utilizar energia elétrica para o aquecimento de água”, aponta.

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Projetos completos

são diferencial da Zanelatto Design Oferecer soluções para todas as etapas do projeto de arquitetura e decoração de imóveis é o trabalho da Zanelatto Design, empresa localizada em Imbituba, mas que atende todo o estado de Santa Catarina. De acordo com a designer e proprietária Sílvia Zanelatto, a empresa inicia seu trabalho já na prestação de assessoria para a escolha do acabamento do imóvel – como a definição do porcelanato, iluminação e cores, tudo de acordo com a necessidade de cada cliente. Depois desta etapa, tudo fica por conta da designer Silvia Zanelatto, que desenvolve projetos personalizados, adequados à necessidade de cada pessoa. A empresa fornece móveis planejados, sofás, colchões, cadeiras, poltronas, granitos, espelhos, cortinas e decorações para cada ambiente. “A personalidade e necessidade do cliente é o foco do projeto”, diz Silvia. A Zanelatto Design não quer que o cliente se preocupe com absolutamente nada, por este motivo faz um atendimento personalizado e diferenciado, que garante qualidade, beleza e preço justo. A empresa também desenvolve a parte de decoração. “Fazemos o projeto completo, de todo apartamento ou de apenas um ambiente, conforme a necessidade do cliente. O pagamento pode ser dividido em até 58 vezes pelo Construcard, mas também oferecemos opções de financiamento direto com a empresa”, detalha Silvia. “O cliente que contrata um projeto da Zanelatto Design recebe o apartamento completo, desde os móveis até a limpeza e instalação, pronto para morar”, conclui a designer.

Zanelatto Design | Rua: João de Carvalho 2588, Nova Brasilia Imbituba-SC. www.zanelattodesign.com.br. Facebook: Zanelatto Design. Tel: 48 3255-6023 / 48 9661-5312. Email: contato@zanelattodesign.com.br

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faça

Móveis renovados com a

pátina

você mesmo

Dar um novo visual para a casa não significa necessariamente gastar muito dinheiro. Existem maneiras simples de renovar o ambiente, que podem, além de sair bem em conta, ser ainda uma distração. Uma dica é dar cara nova aos móveis com a pátina.

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O primeiro passo é lixar o móvel até retirar todo o verniz ou tinta, deixando ele pronto para receber a nova pintura;

Renovar os móveis é uma opção econômica e que não é tão difícil quanto pode parecer. Existem técnicas de pintura que podem ser empregadas para isso, que significam baixo custo e uma casa completamente diferenciada. Entre elas, a pátina é uma das mais famosas, pelo efeito que é obtido – que deixa os móveis com aparência envelhecida e muito mais bonitos. A pátina é uma técnica de pintura que pode ser aplicada nos móveis em madeira, e o segredo é escolher uma cor nova, deixando aparecer, porém, traços do branco por baixo da pintura, o que confere o efeito envelhecido. Por isso, o aspecto que é a marca registrada dessa técnica é obtido através do uso de duas tintas. Para começar, é preciso ter os materiais indispensáveis em mãos – tintas, verniz, lixas, massa corrida e removedor. Confira passo a passo como fazer:

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Para que o móvel fique perfeito, você pode passar massa corrida nas imperfeições, com uma espátula, e, depois de seco, retire os excessos com uma lixa mais grossa;

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Limpe o móvel e use um rolo para aplicar tinta látex branca;

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Com o rolo limpo, passe a tinta da cor escolhida e, com ela ainda fresca, passe palha de aço ou uma lixa, sempre no mesmo sentido, para dar o efeito riscado;

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Para completar, passe duas mãos de verniz fosco.

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W W W . I T A G R E S . C O M . B R Disponíveis no formato 17x103 cm Ambiente Arq. Alessandra Lobo

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O aproveitamento de água por fontes naturais, aquecimento de água solar e tratamento de esgoto por zona de raízes são empregados na casa, localizada em Braço de Camboriú

A arquitetura sustentável é baseada em projetos que buscam utilizar da maneira mais eficiente possível os recursos naturais, reduzindo ao máximo o impacto do espaço construído sobre o entorno. Como fazer isso, porém, ainda é um tema pouco discutido. De acordo com o diretor da Gobbi Arquitetos Associados, de Florianópolis, Paulo Cezar Gobbi, um projeto sustentável deve considerar os recursos disponíveis, os gastos energéticos com o transporte destes materiais, a durabilidade e a resistência, e ainda os gastos energéticos e a quantidade de CO² para a produção dos mesmos. Na prática, isso se traduz em contemplar soluções mais ambientalmente corretas, como sistemas de aquecimento de água solar, iluminação em LED, reaproveitamento da água da chuva, ventilação cruzada e orientação solar correta, de maneira a evitar o uso de aquecedores e aparelhos de ar-condicionado, por exemplo. Embora o projeto de uma construção sustentável NOVEMBRO/2012 diariodosul.com.br

Foto: Studio1 Produções Fotográficas

Casa do bem

O tema sustentabilidade é algo que tem sido cada vez mais discutido no planeta. Porém, sobre ele ainda existem muitas dúvidas. E há quem diga que é dentro de casa que cada um pode contribuir para este objetivo que afeta toda a população atual e futura

seja pensado deste a sua concepção, existem, garante Paulo, maneiras de, no dia a dia, tornar a casa ou apartamento um local menos agressivo ao meio ambiente. “A substituição gradual das lâmpadas comuns por lâmpadas LED já representa uma economia significativa de energia”, cita. Outros exemplos são a ampliação das aberturas externas de maneira a aumentar a iluminação natural e proporcionar mais troca de ar, a coleta da água pluvial em reservatórios apropriados, a destinação correta do esgoto, a retirada do excesso de pisos para aumentar a drenagem do solo, e a utilização de coberturas com cores mais claras para não aumentar tanto a temperatura do ambiente. “Cabe ressaltar que a sustentabilidade ambiental não depende apenas dos sistemas empregados para tal função, mas também da consciência ambiental da população em atitudes no dia a dia, tais como a coleta de lixo seletivo, deixar o automóvel em casa quando possível, fechar bem as torneiras e outros”, pontua Paulo.

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Economia para o planeta e para a família Investir em soluções mais sustentáveis pode trazer, além da sensação de dever cumprido para com o planeta, economia no final do mês. Isso porque muitos sistemas, como a captação de água pluvial e aquecimento solar de água, apresentam vantagens econômicas para o morador. “Dependendo do uso, em menos de um ano pode-se recuperar o valor do investimento”, afirma Paulo. Nesse contexto, o especialista em construção sustentável Fabrício Lorenzetti, de Gravatal, avalia que, apesar de uma construção sustentável ser cerca de 15% mais cara que uma convencional, os sistemas mais eficientes e naturais requerem menos manutenção e dependência de energia. “Dessa forma, eles prolongam o ciclo de vida da edificação e a saúde de seus moradores. Nessa conta a economia se revela e garante a viabilidade do investimento”, analisa. Para Paulo, os sistemas de aproveitamento da água da chuva e sistemas de aquecimento de água estão cada vez mais eficientes e acessíveis economicamente ao consumidor final. “Isso reduz significativamente o tempo de retorno de investimento e a redução das despesas passa a representar uma economia para o proprietário”, pontua.

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De olho nas promessas Alimentado pela crescente demanda por soluções menos agressivas ao planeta, o mercado de produtos da linha sustentável vem crescendo muito nos últimos anos. Na área da construção civil, isso se reproduz. Embora muitos desses produtos sejam o reflexo de um real esforço dos fabricantes para atender à demanda da população, é preciso ter cuidado para que a preservação do meio ambiente prometida não fiquei apenas na intenção de quem compra. Nos últimos anos, segundo Paulo, tem havido uma corrida enorme por parte dos fornecedores para dispor ao consumidor produtos ecológicos. “Apesar disso, hoje muitos desses produtos denominam-se sustentáveis mais como uma estratégia de marketing do que por serem materiais que realmente tenham gastos energéticos reduzidos na sua confecção”, alerta. O arquiteto afirma que mesmo uma tinta ecológica

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precisa utilizar-se de solvente e outros ingredientes químicos que ainda são agressivos ao meio ambiente. “A madeira autoclavada, apesar de ser de uma produção específica para este fim (reflorestamento), utiliza em seu processo produtos químicos bastante agressivos e de difícil dissolução na natureza”, revela. Fabrício sublinha que é importante ficar de olho na certificação. “Produtos certificados são de qualidade comprovada, tendo características especificas para seu uso, e são aplicáveis em todas as obras que optem por ser mais sustentáveis”, aponta. Paulo cita medidas como o reaproveitamento dos plásticos, associados a outros materiais, que já estão gerando decks de madeiras plásticas. Alguns pisos reaproveitam resíduos de outras indústrias, e a serragem já está sendo agregada para a composição de madeiras para rodapés, vistas e laminados de madeira.

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Fotos: Lio Simas

A casa utiliza pinus e eucalipto autoclavado, e tem captação de água pluvial. O tratamento de esgoto é por zona de raízes


Foto: Willian Silveira

Localizada no bairro João Paulo, também na capital, a casa possui captação de água pluvial e aquecimento de água solar

Fatores avaliados numa construção sustentável: • O projeto não deve agredir a topografia local e deve manter o máximo possível a área drenante do terreno, o que contribui muito para a redução de deslizamentos de terra e enchentes; • Dispor as aberturas externas conforme a análise da orientação solar e dos ventos para evitar o uso de iluminação artificial e de sistemas de condicionamento de ar; • A integração urbana com respeito à paisagem local; • Um bom planejamento da obra de maneira a evitar desperdícios e perdas de material; • A correta seleção dos materiais para a execução da obra; • Dispor de uma equipe executora que entenda e/ou queira apreender a executar uma obra com o mínimo desperdício, buscando a maior racionalidade do canteiro de obra e do reaproveitamento das sobras geradas; • Preocupação com o uso das águas e seu reaproveitamento dentro do possível.

Verde Vida Bioarquitetura | Margem da Rodovia SC-438, próxima ao trevo de Termas do Gravatal. Tel: (48) 3648-2690/ (48) 9947-4908 Gobbi Arquitetos Associados | Muguel Daux, 118 – Coqueiros, Florianópolis/SC Tel: (48) 3244-8282/ (48) 9911-8283. www.gobbiarquitetos.com.br

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Foto: Lio Simas



Fotos: Elegance de Orleans

Aconchego e sofisticação marcam projeto Um projeto atual, priorizando o conforto e o aconchego, que aproveita o uso da madeira e as cores escuras. Estes foram os elementos que a arquiteta Tatiani Felisbino Brighenti utilizou no projeto de interiores deste apartamento em Orleans. O custo médio do projeto foi de R$ 11 mil para este imóvel, que tem 160 m². Na sala de estar/TV foi usado sofá de camurça marrom, com acento retrátil, para proporcionar aconchego, reforçado pelo tapete de fita de seda, na cor ouro. A pintura em laca é empregada em diversos móveis. A sala contém iluminação cênica para ver TV e uma iluminação ampla e clara para dias de festas. A madeira aparece na sala de jantar, com mesa acoplada à bancada da churrasqueira, propiciando um ambiente integrado e agradável. A cozinha conta com cores marcantes, como no revestimento berinjela da pastilha, e painel de fórmica, em madeira escura.

Arquiteta Tatiani Felisbino Brighenti | Rua Rui Barbosa, 34 - Centro Orleans/SC. Tel: (48) 3466-4893/ (48) 9978-0617 contato@tatiani.arq.br

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Decoração de Natal diferenciada O artesanato pode ser uma boa opção para quem quer ter uma decoração natalina mais aconchegante e exclusiva em casa. Peças como bonecos, trilhos para mesa, decoração para as portas, jogos americanos e outras podem dar um charme especial às festas de final de ano

Ceia especial

Na noite de Natal, quem quer fazer uma ceia, além de gostosa, linda, encontra uma variedade de opções para deixar a mesa muito especial, entre os produtos da De Nó em Nó. São os trilhos bordados para mesa, jogos americanos com motivos natalinos, portapanelas, porta-guardanapos, cobre bolos, velas, enfim, tudo para decorar a mesa para receber a família e os amigos na festa de Natal.


Fotos: Lougans Duarte

Confeccionando peças artesanais diversas, a De Nó em Nó, de Tubarão, formulou uma linha exclusiva de artigos natalinos. Segundo Teresa Cristina Bitencourt Carvalho, uma das sócias do projeto, com as peças artesanais é possível decorar a casa com pequenos detalhes que fazem toda a diferença. “Temos, por exemplo, os bonecos de Natal, os papais noéis de porta, além de acessórios como trilhos de mesa, capas de cadeira e móbiles, que se integram à decoração natalina, formando um todo bem original”, opina. Teresa conta com a parceria da irmã, Luiza Albertina Bitencourt, e da amiga Abigail Cabral Damiani na confecção das peças, todas feitas manualmente. “Sempre gostamos de fazer trabalho artesanal, e resolvemos

juntar nossos talentos para produzir peças para vender”, conta Luiza. As sócias trabalham em casa e atendem os pedidos por encomenda. “Aceitamos encomendas de toda a região. A pessoa pode também entrar em contato, e vamos até a casa dela levar os produtos para ela conhecer”, salienta Abigail. Semestralmente, as artesãs realizam um evento que reúne os clientes, para que estes conheçam as novidades que estão sendo produzidas. “É uma forma diferente de trabalhar, um momento de integração e diversão, no qual nos reunimos, tomamos um chá, e já mostramos nossos produtos”, detalha Luiza.

Luiza, Abigail e Teresa realizam bazar para mostrar seus produtos aos clientes

De Nó em Nó Encomendas: (48) 3622-2851 (48) 9966-5000 (48) 8804-2652

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meu projeto

Uma cozinha pra lá de especial

Um espaço social e que, ao mesmo tempo, fosse feito para a prática de uma paixão do cliente – a culinária. Este foi o desafio do projeto desenvolvido pela La Casa di Mobile para uma família de Florianópolis que tem um apego especial pela cozinha

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O armário foi feito com vidro pintado, um material moderno e que também empresta leveza à cozinha. O vidro pintado é fácil de limpar, bonito e prático

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Davi salienta que a localização dos móveis e eletrodomésticos foi toda planejada para a atividade de cozinhar. Para guardar os objetos, a escolha foi por gavetões com amortecedores, priorizando o conforto e praticidade no manuseio.

Abaixo da bancada foi utilizada iluminação em LED, emprestando mais sofisticação ao ambiente.

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Tornar a cozinha um lugar acolhedor, integrado com a casa, bonito e prático era fundamental para a família, que participou de cada etapa do projeto. A tradutora e linguista forense Luciane Frohlich explica que seu marido é apaixonado por cozinhar. “Ele tem a culinária como um hobby muito sério, e por isso resolvemos fazer a reformulação da cozinha.” O prazer de Antônio Augusto, professor universitário e marido de Luciane, com a culinária é tão grande que eles fazem viagens nas quais experimentam novidades, buscam novos temperos e depois tudo é testado em casa. “Antônio vive buscando receitas novas, e agora está aprendendo francês para poder ler receitas da França”, conta. Diante da necessidade de integrar a cozinha com o restante da casa, para que ela fosse, além de altamente preparada para a culinária, um ambiente para a socialização, o designer de interiores Davi Cascaes, da La Casa, precisou pensar um ambiente diferenciado. “O primeiro passo foi abrir o espaço, para que ele fosse integrado à área social da casa. Todo o projeto foi desenvolvido pensando no cliente, e com a parceria dele, aceitando sugestões e trazendo elementos pessoais do casal”, detalha Davi. No projeto, foi utilizada uma bancada suspensa com pés de aço inox, para que o ambiente ficasse mais leve, separado, mas sem estar fechado. O material da bancada é o granito com detalhes em madeira.

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Movimento no ambiente Para abrigar os valiosos temperos de Antônio, a La Casa recorreu aos nichos de vidro, que deixam o ambiente mais leve e bonito. Sobre os nichos, foi utilizado um espelho, para dar movimento ao ambiente. Completa o projeto um painel em fórmica e papel de parede. O piso foi trocado, substituído pelo porcelanato marfil 90X90. A iluminação também foi pensada para o conforto do cozinheiro. “Utilizamos uma iluminação de foco, fixa, para proporcionar uma visão melhor para quem está trabalhando no ambiente”, pontua Davi. Para Luciane, o esforço da reforma valeu a pena. “O projeto tem a nossa cara. Foi preciso derrubar parede, mexer no teto, comprar móveis novos, mas no fim ficou como queríamos”, comemora. “Temos hoje uma cozinha linda, moderna, e funcional”, opina. Ela conta que o custo total da reforma, desde as mudanças estruturais, o desenvolvimento do projeto, até a compra de móveis e eletrodomésticos foi de R$ 70 mil.

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Madeira

é sinônimo de sofisticação Maior durabilidade, resistência à umidade, muita elegância e uma decoração diferenciada. Estas são algumas das vantagens que os móveis em madeira trazem a um imóvel.

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Cama em capitonê floral, o criado e a cômoda recebem entalhe manual com detalhes em flor de lis. O dossel em formato de concha completa a decoração provençal.

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A beleza e a sofisticação dos móveis em madeira podem fazer toda a diferença em um ambiente. Além da questão estética, o uso da madeira como matéria-prima pode trazer outras vantagens, como a resistência do material, conferindo maior durabilidade. Novas técnicas utilizadas para a confecção desses móveis também podem conferir um material de alta qualidade. “A madeira pode ser usada em qualquer móvel, e o que a deixará rústica ou sofisticada é o acabamento e design, ou seja, podemos ter peças totalmente diferentes usando a mesma matéria- prima”, opina a arquiteta e gestora das Redes Chateau Blanc – lojas que vendem as linhas da Kleiner Schein -, Paula Isidoro. A madeira é também uma matéria-prima que pode ser utilizada para

todos os ambientes, como salienta a arquiteta. A Kleiner Schein, por exemplo, produz móveis que permitem compor uma casa completa. “Desenvolvemos cozinhas com estilo provençal, quartos, toda a linha Bebê, Home, Hall, enfim, temos soluções para a casa toda”, pontua. Paula acentua que os produtos fabricados com madeira têm maior resistência e menos absorção de umidade, o que resulta em durabilidade. “O sistema finger, também utilizado pela Kleiner Schein, garante maior qualidade, pois ele elimina da madeira todos os nós, rachaduras e imperfeições e faz com que a retração e a expansão da matéria-prima seja bem menor”, pontua. Segundo Paula, este sistema fornece uma emenda precisa e resistente, rápida e com excelente qualidade final do produto.

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Cuidados necessários Os móveis em madeira requerem certos cuidados, o primeiro deles referente à limpeza. Como a madeira pode ter diferentes tipos de acabamento, o primeiro passo é identificar qual deles foi empregado. No caso de madeira pintada, os móveis podem ser limpos com uma esponja ou um pano, mas não se deve utilizar lustra-móvel e outros produtos que possam causar manchas. Se o acabamento for encerado, o lustra-móvel pode ser usado, mas com cautela – apenas uma ou duas vezes no mês. Já a cera deve ser evitada, porque pode ressecar a madeira nesse caso. Para móveis envernizados ou laqueados, podese utilizar o lustra-móvel ou a cera. A limpeza com

pano seco ou apenas úmido deve ser regular, para retirar marcas de dedos e sujeiras. Outro cuidado importante é durante o transporte das peças, pois batidas e arranhões podem danificar os móveis. Os temidos cupins são outro problema que pode ser evitado pelo cuidado na hora de comprar os móveis. Peças tratadas com produtos que impermeabilizam a madeira e a própria tinta utilizada são eficientes para retardar o aparecimento dessas pragas. No entanto, ao primeiro sinal de cupim, deve-se buscar uma empresa ou profissional especializado para realizar o tratamento da madeira, evitando que a infestação se espalhe.

A cadeira Maria Antonieta empresta charme ao ambiente. As mesinhas de apoio são entalhadas à mão e a mesa Rocale, com tampo tingido, quebra o branco do restante dos móveis

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Tecnologia e precisão

O dossel e a cama possuem acabamentos perfeitos e entalhes manuais em formato de concha

Outra técnica que permite o aumento da qualidade do produto é o corte a laser, também utilizado pela Kleiner Schein. Ele permite um corte de extrema precisão da peça, a realização de formatos variados e a gravação na madeira. “Isso é praticamente impossível se fazer com tanta delicadeza e precisão se for via outro sistema. O corte é feito com um raio de laser com maquinário italiano de última geração”, destaca Paula. A madeira pintada com poliuretano (PU) permite, conforme a arquiteta, uma pintura perfeita e extremamente branca, que não amarela com o tempo. “Em nossa coleção também temos peças com cores diferenciadas, pinturas em alto brilho ou fosca, nas cores wengue e preto”, detalha.

Sem danos ao meio ambiente

Para o quarto das crianças, delicadeza e estilo na combinação de móveis, desde o berço até os acessórios de decoração

Na sala, os móveis em madeira pintada com recortes diferenciados conferem elegância e leveza ao ambiente

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Utilizar móveis em madeira não significa deixar de lado a sustentabilidade. Afinal de contas, as grandes empresas utilizam, em sua maioria, madeira de reflorestamento. É o caso da Kleiner Schein, como conta Paula. “Nossos produtos são fabricados em eucalipto 100% de reflorestamento e em plantio próprio, sendo que alguns detalhes das peças podem ser em MDF”, revela. A arquiteta ainda acentua que a Kleiner Schein investe em reflorestamentos de eucaliptos e pinus. “Atualmente mais de 1 milhão de árvores já foram plantadas, garantindo que a empresa tenha a principal matéria-prima, como também aos clientes um produto ecologicamente correto”, conclui.

ChateauBlanc Rua Albino Effting, 35 - São Martinho / SC Tel: (48) 3623-4115

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Sofás e pets: uma combinação

que pode dar certo

Foto: Denise de Medeiros

Quem tem um bichinho de estimação sabe que manter um sofá em casa pode se tornar um problema. Ter um cachorro ou gato é sinônimo de muitas alegrias para os donos, e alguns cuidados na hora de comprar o sofá podem garantir uma casa em ordem, além de assegurar mais saúde para o animal.

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A primeira dica para quem tem um pet que costuma frequentar os sofás, ainda que de forma não autorizada, é evitar produtos com botões, apliques e outros detalhes que possam ser puxados pelo bichinho, o que danifica o produto e também pode representar perigo para o animal. O representante comercial Gustavo Seger, que vende produtos da marca Herval, destaca que para quem tem pets em casa, qualquer material nos sofás requer muito cuidado, especialmente para animais que possuem unhas pontiagudas, como os gatos. “O risco de avarias no revestimento sempre existe, mas pode se indicar o couro legítimo ou então algum sintético de boa qualidade, que além de maior resistência também facilitam a questão de limpeza”, salienta. Estes também são os materiais mais indicados para quem tem bichinhos que soltam pelos, e para o caso de acidentes, como o animalzinho fazer xixi sobre o sofá. Como não absorvem a umidade, a limpeza é mais fácil, mas deve-se tomar cuidado para evitar manchas. “Deve-se utilizar somente água e sabão neutro para limpeza, pois alguns produtos podem manchar o sofá”, ensina Gustavo. Uma dica para que o estofado não esteja sempre manchado de patinhas é optar pelas cores mais escuras no revestimento.

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Um sofá três vezes resistente A preocupação com os bichinhos de estimação que tem em casa foi o que definiu a escolha do sofá da massoterapeuta Dilma de Medeiros. Dona de três cachorros – Romeu, Princesa e Lua -, ela e a filha, Denise, procuraram um material mais durável para que a sala pudesse estar sempre bonita. “Quando fomos comprar o sofá, nossa principal preocupação era com o Romeu, pois ele vivia subindo no móvel, então procuramos algo que fosse fácil de limpar, não acumulasse tanto pelo e fosse mais resistente”, conta Denise. A solução foi buscar um produto indicado para quem tem animais de estimação. Depois da compra do sofá, pelo desgaste natural que o móvel sofre, foi necessário trocar o revestimento duas vezes. “Na primeira vez, escolhemos um material que não era adequado, e estragou rápido. Por isso, voltamos a pesquisar sobre o revestimento, e escolhemos um mais resistente”, detalha.

Tecidos mais indicados: O brim é resistente e pode ser lavado na máquina; O aquablock é um tecido impermeável e com boa durabilidade, usado para móveis que ficam nas áreas externas. Pode ser uma boa alternativa para quem tem animais domésticos também; O couro legítimo ou sintéticos são mais fáceis de limpar, não absorvem muito a umidade e são mais resistentes; A lona é um tecido pesado e grosso, que acabou ganhando destaque na decoração justamente pela sua durabilidade. Pode ser usado para capas de estofados, pufes e almofadas.

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