Jornal Mercosul agosto 2014

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Quando o anão moral Israel atacará o gigante Brasil? A reação de Israel à nota diplomática brasileira de condenação dos crimes em andamento em Gaza é consoante ao seu momento de barbárie mais aguda, que faz haver, em suas dirigências civil e militar, cegueira quase que total do que se dá no mundo. Na verdade, sua reação verbal se deu nestes termos porque Israel não pode atacar belicamente o Brasil. Ou seja: atacaram com as palavras com a virulência que se autoimpuseram por não lhes ser possível fazer o que de fato desejavam, qual seja, atacar o Brasil por sua insolente independência, tal qual fazem hoje com Gaza.

tam, seja pela forma com que nasceu Israel, baseado na expulsão de metade ou mais de toda a população palestina, seja pela forma com que existiu até os dias atuais, sempre optando pela guerra em lugar das soluções negociadas, e destas, quando impostas pelas circunstâncias, tendo desviado o quanto pôde, sempre construindo, de tempos em tempos a seguir, e artificialmente, novas razões de ruptura da calmaria que levaram a novos e sucessivos banhos de sangue nos quais foram afogados os palestinos e os povos vizinhos, destacando-se o libanês.

Israel, com isso, prova o quanto é um país agressivo, arrogante, que imagina poder resolver as questões que lhe afetam pela imposição, através das armas ou por meio da chantagem imoral à devassidão, de seus pontos de vista unilaterais e ao arrepio de todo o regramento legal internacional, algo que lhe vinha sendo possível desde que passou a existir sob os escombros e cadáveres da Palestina limpada etnicamente. O atual momento, no qual as realidades parecem destoar do que espera a mimada Israel, leva seus dirigentes à insânia e às manifestações tresloucadas, agora dirigidas contra o Brasil, uma nação soberana e com a qual mantém relações diplomáticas e econômicas plenas.

O mundo precisa estar alerta. A reação despropositada de Israel para com um país que sempre foi, em muitas medidas, seu amigo, nos dá muitas pistas do que de fato está se transformando este estado. O ataque sem precedentes ao Brasil, em linguagem que a diplomacia, em regra, não admite, é equivalente à sua reação às reivindicações palestinas, com a diferença de que contra o povo palestino a reação se dá por meio de armas, sem nenhuma medida de proporcionalidade ou cuidado com as destruições e mortes, olímpicas quando comparadas com qualquer consequência sofrida por Israel. Por enquanto suas reações, ainda que tresloucadas, frente a posturas justas de países como o Brasil, são verbais. No entanto, ela se dará por meio das armas, um dia, contra qualquer país que ouse lhe reprimir frente aos crimes que comete se nada for feito para frear a sanha assassina de Israel, sempre impune graças a um veto na ONU, o dos EUA.

Esta manifestação absolutamente inaceitável é, para muito além de razão de indignação de cada brasileiro, um alerta do que de mais grave há por trás: o quanto Israel representa de perigo para a humanidade, algo já detectado em sondagens de opinião na Europa, nas quais o estado pretendido como judaico é apontado pela maioria dos consultados como o maior perigo à paz mundial. Frente à grosseira manifestação de Israel, repercutida por organizações que se autointitulam representativas das comunidades judaicas, especialmente no Brasil, fica a pergunta: o que este estado fará quando instado pela comunidade internacional, por meio de resoluções cogentes não vetadas pelos EUA, a cumprir com suas obrigações e, ao fim e ao cabo, estar obrigado a reconhecer todos os direitos civis, humanitários e nacionais dos palestinos? Utilizará as armas nucleares que detém sem permitir que sejam inspecionados pela Agência Internacional de Energia Nuclear, e seus arsenais químicos e bacteriológicos, produzidos e armazenados ilegalmente e também não inspecionados, em insana reação armada, com a qual visará intimidar o mundo por meio de ameaça de hecatombe? Não são poucos os que assim suspei-

Além do mais, Israel, na condição de anão moral que é, não reúne nenhuma condição que lhe autorize classificar o Brasil como anão político, algo inclusive longe de ser verdadeiro, visto que este vive, atualmente, seu momento de maior protagonismo internacional, qual seja, deixando de ser o anão político e diplomático que já foi, e nem de irrelevante, ao menos na ilógica e pervertida ótica de Israel, país artificial e baseado na limpeza étnica. Inclusive Israel deve ao Brasil, em boa medida, a aprovação da malfadada resolução 181 da ONU, a da partilha da Palestina, da qual resultou a sua auto criação e a varrição étnica dos palestinos, esta a causa direita do que hoje ocorre nesta parte do mundo, nada mais do que o mero efeito da verdadeira causa. A nossa máxima indignação aos insultos israelenses se dá, inclusive e especialmente, porque o anão diplomático, e que prefere recorrer às armas contra população indefesa, e irrelevante por nada acrescentar o atual momento histórico, inclusive

EXPEDIENTE Editor: José Gil Correspondentes: Dilma de Cássia e Adilson Moreira (Curitiba); Armando Bragança (Rio de Janeiro) Richard Luna (Venezuela), Dmitry Muntean (Rússia), Juan Gonzalez (Equador) O jornal Mercosur é uma publicação do Movimento Democracia Direta do Paraná www.marchaverde.com.br midiaverde@sapo.pt

para o Brasil altivo de hoje, é Israel. Relevantes, para o Brasil, são as nações que respeitam os direitos humanos e o direito internacional, jamais o contrário. Israel, pela sua atitude frente ao Brasil, deu mais provas de sua inaptidão para a diplomacia e de sua já manifesta e perceptível irrelevância para o concerto das nações, já por demais demonstrada, em sucessivas ocasiões na ONU, organismo no qual este estado facínora só conta com seu próprio voto, o dos EUA, este com poder de veto, garantidor da sua olímpica impunidade, e de no máximo mais três a cinco outros votos, não raro de micro estados insulares cujas atividades são “bancárias” e sem fiscalizações, ou seja, que lavam dinheiro oriundo de toda a criminalidade global. O Brasil, ao contrário do que diz Israel, é um gigante em muitos sentidos, dos quais vale destacar, como marca verdadeira de sua já visível condição de potência a: econômica (está entre as seis maiores economias do mundo, a julgar como aceitáveis os atuais anacrônicos parâmetros de medição das riquezas produzidas a cada ano), alimentar, hídrica (hidráulica para a energia e água potável indispensável à vida), biogenética, ambiental, científica, territorial, energética (inclusive e muito fortemente em termos nucleares, com um dos processamentos mais modernos de urânio, em planta industrial nacional, bem como gasífera e petrolífera quase inigualável, para não falar das capacidades e tecnologias em energias renováveis a partir da biomassa), marítima (pela extensão continental de sua costa oceânica e pelo complexo sistema de embarcações e submarinos que vem desenvolvendo para sua defesa, especialmente, neste momento, defesa das riquezas do pré-sal), política e diplomática (lidera o Mercosul e a Unasul e é um dos países integrantes dos chamados BRICs, cuja união e últimas resolução estão a impor um novo mundo multipolar, que desafia o atual, unipolar e no qual se sustentam regimes párias, como o israelense) e, por fim, ainda que haja quem disto não goste, militar, especialmente agora que o Brasil resolveu construir um exército à altura de sua importância estratégica, engajado na defesa nacional frente aos perigos provocados pelos inimigos notórios deste novo mundo que busca nossa nação arquitetar, juntamente com outras grandes nações desejosas deste mesmo novo alvorecer global. As circunstâncias acima elencadas são aquelas em regra perceptíveis para a definição de uma potência, ainda que apenas nascente fosse. Entretanto, há outros fatores menos conhecidos e presentes no Brasil de hoje. Destacam-se dois, ao menos: o combate à miséria e o combate ao racismo. Como o Brasil vem promovendo estas duas agendas internamente com indubitável sucesso, não há dúvidas de que nosso país cria novos paradigmas que servem de exemplos para outros países, o que implica dizer, em grossas palavras, que esta nova potência da solidariedade está, com

seu exemplo, mexendo num mundo em que poucas nações se servem justamente da miséria e do racismo para pilhar nações e continentes inteiros, algo que se dá por meio de intrincados mecanismos econômicos, financeiros, políticos e diplomáticos, universo no qual se inserem as malfadadas patentes de alimentos e medicamentos (pequeno exemplo, pois há muito mais) e militares, estes últimos somente possíveis porque o mundo após a chamada 2ª guerra mundial foi arquitetado para obedecer ao que ditado por organismos multilaterais absolutamente hegemonizados pelas potências vencedoras deste conflito armado, no qual, portanto, são possíveis estas guerras desde que deles sejam beneficiárias as mesmas nações que o construíram. E o Brasil não tem se limitado a dar o exemplo. Nestes dois particulares (combates à miséria e ao racismo), o Brasil tem exportado suas experiências, mais fortemente para o continente africano e para outras nações sul americanas, mas já ensaiando leva-las para mais longe. Assim colocada as coisas, não há como restarem dúvidas quanto ao estado que detém a condição de anão, não apenas, no caso, político, mas também moral. Este é olimpicamente Israel, hoje um estado pária, cujos dirigentes, civis e militares, têm seus movimentos limitados a pouquíssimos países devido ao temor de prisão para responderem por seus inauditos crimes de lesa humanidade, mais notoriamente promovidos contra os palestinos, mas não só, posto que já é de conhecimento da humanidade sua implicação em crimes de escala planetária, sendo pequeno exemplo sua atuação ativa em quase todos os golpes militares havidos nas Américas do Sul e central, regimes golpistas aos quais emprestou treinamento em torturas e assassinatos. E, de outro lado, não há nenhuma dúvida quanto ao colossal Brasil como o gigante que é em nossos dias, inclusive como a primeira nação que se faz potência sem ser imperialista, o que coloca, em igual tempo, os anões políticos e diplomáticos nas prateleiras das irrelevâncias históricas que, no caso de Israel, conta com a agravante de ser um anão moral, pois nenhuma outra nação no mundo se serve de aberto regime de apartheid e da limpeza étnica para existir, desde o nascedouro até nossos dias. E se nada disto nos convencesse, restaria a questão: se o Brasil fosse, de fato, um anão político e uma nação irrelevante, ladrariam tão ferozmente os dirigentes sionistas de Israel e alguns de seus lacaios, dentre eles alguns veículos de comunicação, verdadeiras agências de propaganda que se dão ao luxo de ter redações para se afirmarem jornais, revistas ou telejornais? Invertam-se as polaridades e teremos conhecido o verdadeiro anão, moral, ético, político e diplomático, e este não é o Brasil. UALID RABAH Diretor de Relações Institucionais da FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil


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A Gazeta do Povo mente sobre o genocídio em Gaza Exemplo dessa campanha mentirosa é a manchete no site de hoje: “Nove das dez vítimas de novo ataque em Gaza eram crianças - Autoridades palestinas e israelenses culpam-se mutuamente pelo ataque a um parque”. Mentira! As autoridades não se culpam mutuamente. A manchete manipulada procura passar a impressão de que os criminosos podem ser palestinos. Não é verdade. A verdade é que este ataque terrorista é a continuidade de 21 dias de genocídio na Palestina ocupada. Genocídio praticado por Israel. É lamentável que um jornal que busca credibilidade seja obrigado por interesses inconfessáveis a culpar as vítimas por este genocídio. Não há palavras mentirosas que escondam as fotografias mostrando milhares de palestinos – na maioria crianças - assassinados covardemente por Israel. Não é uma guerra. É um genocídio. Gaza não tem Exército, Marinha ou Aeronáutica, portanto não está enfrentando Israel em uma guerra: está sendo bombardeada diante do silêncio criminoso das Nações Unidas, e da cumplicidade da imprensa ocidental que mente descaradamente todos os dias. O Hamas é um partido político e não uma organização terrorista. Foi eleito pelo voto democrático dos palestinos de Gaza. Ao retribuir os ataques com mísseis caseiros o Hamas está exercendo o seu direito de defesa, previsto inclusive pelas Nações Unidas. Esta imprensa que acusa o Hamás de terrorismo não escreve uma linha sobre as bombas atômicas ilegais que Israel possui, à revelia da lei e da ordem internacional. Não é o Hamas que Israel está bombardeando, é a Palestina ocupada, é a Faixa de Gaza, milhares de civis indefesos diante de armas supermodernas. Israel está destruindo Gaza para roubar mais terras dos palestinos. As agências de notícias internacionais que abastecem de mentiras a maioria dos jornais brasileiros – incluindo a Gazeta do Povo – é formada por agências norte-americanas a serviço dos interesses escusos e criminosos do Pentágono. Ao repetir as mentiras dessas agências, a imprensa ocidental está perdendo o pouco da credibilidade que restava. a) Movimento Democracia Direta do Paraná

As últimas notícias publicadas no jornal Gazeta do Povo repetem a estratégia mentirosa praticada pela maioria dos meios de comunicação ocidentais, que tentam criminalizar as vítimas em Gaza e inocentar os criminosos israelenses.


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Soldados dos EUA e da Europa são vistos na Faixa de Gaza Entidade denuncia 6 mil soldados estadunidenses, canadenses e europeus na Faixa de Gaza lutando ao lado do exército israelense contra os palestinos A Rede Euro-Mediterrânea de Direitos Humanos (REMDH) revelou que cerca de seis mil soldados, vindos principalmente dos Estados Unidos, Canadá e Europa estão participando do bombardeio de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza. O exército israelense já confirmou a morte de um soldado francês de 22 anos. Na última semana, o Ministério das Relações Exteriores dos Estados Unidos também já declarou a morte de dois soldados. Fontes palestinas dizem que a medida está sendo tomada porque muitos israelenses se recusam a lutar no campo de batalha e as autoridades são obrigadas a substituílos pelos estrangeiros. 53 soldados de Israel morreram desde o começo da ofensiva contra Gaza. Enquanto do lado palestino, ao menos 1.191 pessoas foram mortas além de mais de 6300 feridas. Crime contra a humanidade Vinte e quatro médicos europeus que estão em Gaza lançaram uma carta aberta descrevendo os ataques de Israel de “um crime contra a humanidade”. “Solicitamos aos nossos colegas que denunciem a agressão de Israel. Estamos combatendo a propaganda do governo que transforma o massacre pela denominada ‘agressão defensiva’. A realidade é que se trata de uma agressão cruel com duração e intensidade ilimitadas”, diz a carta que também reforça que a maioria dos alvos israelense são civis inocentes. Os médicos também denunciam que Gaza está sendo bloqueada, e os feridos não podem buscar socorro em hospitais fora da região, além do acesso a comida e medicamentos ser limitado. “Israel está insultando nossa humanidade, inteligência e dignidade. Os médicos que tentam viajar para Gaza, não conseguem chegar por conta de bloqueios”, denunciam.

Recém nascidos Outro aspecto pouco conhecido da ofensiva israelense em Gaza é a morte de bebês abandonados na região, já que recém-nascidos não podem ser levados pelos seus pais para um local seguro. É o caso da maternidade do hospital Shifa, onde três bebês dividem a mesma incubadora. A falta de energia e de mantimentos nos hospitais fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitasse um “corredor humanitário” para tratar dos feridos. Brasil de


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Imagens que valem por mil palavras Imagens reais que a imprensa ocidental não mostra, por cumplicidade com os criminosos israelenses.

Isto é o que Israel está fazendo na Palestina: genocídio! Não é guerra. É genocídio. Crime contra toda a humanidade.


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A história por trás de Gaza, que os israelenses não contam Só nessa tarde, o escore de uma semana de mortes é de 1.240 mortos palestinos e 48 mortos israelenses. Passemos agora à história de Gaza de que ninguém falará nas próximas horas. É terra. A questão é terra. Os israelenses de Sderot estão recebendo tiros de rojões dos palestinos de Gaza, e agora os palestinos estão sendo bombardeados com bombas de fósforo e bombas de fragmentação pelos israelenses. É. Mas e como e por que, para início de conversa, há hoje 1 milhão e meio de palestinos apertados naquela estreita Faixa de Gaza? As famílias deles, sim, viveram ali, não eles, no que hoje há quem chame de Israel. E foram expulsas – e tiveram de fugir para não serem todos mortos – quando foi inventado o estado de Israel. E – aqui, talvez, melhor respirar fundo antes de ler – o povo que vivia em Sederot no início de 1948 não eram israelenses, mas árabes palestinos. A vila palestina chamava-se Huj. Nunca foram inimigos de Israel. Dois anos antes de 1948, os árabes de Huj até deram abrigo e esconderam ali terroristas judeus do Haganah, perseguidos pelo exército britânico. Mas quando o exército israelense voltou a Huj, dia 31/5/1948, expulsaram todos os árabes das vilas... para a Faixa de Gaza! Tornaram-se refugiados. David Ben Gurion (primeiro primeiro-ministro de Israel) chamou a expulsão de “ação injusta e injustificada”). Pior, impossível. Os palestinos de Huj, hoje Sderot, nunca mais puderam voltar à terra deles. E hoje, bem mais de 6 mil descendentes dos palestinos de Huj – atual Sderot – vivem na miséria de Gaza, entre os “terroristas” que Israel mente que

Israel bombardeou 8 escolas e 5 hospitais até agora, onde centenas de crianças estavam refugiadas, assassinando a maioria delas. Não é uma guerra. É um genocídio. Israel quer eliminar o povo palestino. Quer matar todos os homens, mulheres e crianças palestinas, para roubar suas terras. estaria caçando, e os quais continuam a atirar contra o que foi Huj. A história do direito de autodefesa de Israel, é a história de sempre. Hoje, foi repetida e a ouvimos mais uma vez. E se a população de Londres estivesse sendo atacada como o povo de Israel? Não responderia? Ora bolas, sim. Mas não há mais de um milhão de ex-moradores de Londres expulsos de suas casas e metidos em campos de refugiados,

logo ali, numas poucas milhas quadradas cercadas, perto de Hastings! A última vez em que se usou esse falso argumento foi em 2008, quando Israel invadiu Gaza e assassinou pelo menos 1.100 palestinos (escore: 1.100 mortos palestinos, a 13 mortos israelenses). E se Dublin fosse atacada por foguetes – perguntou então o embaixador israelense? Mas nos anos 1970s, a cidade britânica de Crossmaglen no norte da Ir-

landa estava sendo atacada por foguetes da República da Irlanda – nem por isso a Real Força Aérea britânica pôsse a bombardear Dublin, em retaliação, matando mulheres e crianças irlandesas. No Canadá em 2008, apoiadores de Israel repetiram esse argumento fraudulento: e se o povo de Vancouver ou Toronto ou Montreal fosse atacado com foguetes lançados dos subúrbios de suas próprias cidades? Como se sentiriam? Não. Os canadenses nunca expulsaram para campos de refugiados os habitantes originais dos bairros onde hoje vivem. Passemos então para a Cisjordânia. Primeiro, Benjamin Netanyahu disse que não negociaria com o ‘presidente’ palestino Mahmoud Abbas, porque Abbas não representava também o Hamás. Depois, quando Abbas formou um governo de unidade, Netanyahu disse que não negociaria com Abbas, porque ‘unificara’ seu governo com o “terrorista” Hamas. Agora, está dizendo que só falará com Abbas se romper com o Hamas – quando, então, rompido, Abbas não representará o Hamas... Nada do que se vê hoje na Palestina tem a ver com o assassinato de três israelenses na Cisjordânia ocupada, nem com o assassinato de um palestino na Jerusalém Leste ocupada. Tampouco tem algo a ver com a prisão de militantes e políticos do Hamas na Cisjordânia. E nem o que se vê hoje na Palestina tem algo a ver com foguetes. Tudo, ali, sempre, é disputa por terra dos árabes. Robert Fisk www.marchaverde.com.br

Socorro Gomes pede posição firme do governo contra massacre em Gaza A presidenta do Conselho Mundial da Paz - baseado em mais de 100 países - e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta Paz (Cebrapaz), Socorro Gomes, enviou uma carta à presidenta Dilma Rousseff, instando o governo brasileiro a se posicionar de maneira mais firme contra o massacre dos palestinos, perpetrado por Israel. Leia a íntegra do documento a seguir. Exma. Presidente Dilma Rousseff; Dirijo-me mui respeitosamente a Vossa Excelência como cidadã brasileira que exerce ativismo pela paz mundial e acompanha com consternação a recente ofensiva lançada pelo Governo de Israel contra a Faixa de Gaza. O número de mortes entre os palestinos é elevado e cresce em ritmo acelerado, vitimando principalmente civis e inúmeras crianças inocentes, com a devastação visível da infraestrutura básica para a sobrevivência e de tantos lares. Embora o discurso do Governo israelense busque formas de justificar a agressão contra os palestinos, são flagrantes as violações do Direito

Internacional Humanitário, apontadas por diversas organizações de defesa dos direitos humanos e, de forma ainda insuficiente, pela Organização das Nações Unidas. Saudamos a Declaração de Fortaleza emitida pelos líderes do BRICS, sob a liderança de Vossa Excelência, que contém um posicionamento claro sobre o ocorrido na Palestina. A assimetria de poder e a "punição coletiva" dos palestinos - termo empregado pela ONU precisa ser esclarecida. Considero necessário que a comunidade internacional condene em peso o massacre sistemático dos palestinos. Não se trata de uma guerra enquanto os palestinos, já submetidos a um bloqueio persistente que empobrece e agrava a sua situação humanitária, são alvos diretos dos bombardeios realizados por ar, terra e mar, e a sua resistência é deslegitimada por Israel enquanto "terrorista". Apelamos ao Governo do Brasil para que tome medidas diretas neste momento de extrema urgência, assim como temos apelado, enquanto parte de um movimento mundial, massivo

e extenso, a todos os governos, no esforço para contribuir com a pressão global sobre as autoridades israelenses que comandam a ofensiva e são responsáveis pelas mortes de tantos civis, de tantas crianças, mães e pais. Sugerimos ações para demonstrar a nossa oposição à agressão, enquanto nação que defende a soberania dos povos, o respeito ao direito internacional e à diplomacia, para condenar de forma prática a agressão já preenchida de flagrantes crimes de guerra. Entre as medidas, destacamos a suspensão de negociações no âmbito do Mercosul para o estabelecimento do livre comércio, assim como o rompimento dos acordos de cooperação militar com Israel. Não podemos permitir que o governo israelense saia novamente impune de mais uma ofensiva tão virulenta contra os palestinos; precisamos fazer o que estiver ao nosso alcance para deter imediatamente esse massacre. As manifestações pelo mundo e inclusive dentro de Israel elevam a voz de uma grande parcela da população do planeta que rechaça a contínua impunidade frente à

opressão dos palestinos, levada a cabo há tantas décadas, enquanto o mundo negligencia sua responsabilidade com esse povo martirizado. Contando com o firme posicionamento do Governo brasileiro neste momento trágico, renovo meus protestos da mais elevada estima e consideração. Cordialmente, Maria do Socorro Gomes Coelho Presidenta do Conselho Mundial da Paz


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Genocídio: Israel continua destruindo Gaza As fotografias que circulam na internet - e não na imprensa mercenária - mostram uma realidade que as palavras mentirosas da imprensa ocidental não consegue esconder: Israel pratica genocídio na Palestina ocupada. Avança destruindo, assassinando, torturando, massacrando, tentando eliminar até o último palestino para roubar suas terras. Na foto ao lado o que restou do bairro Al-Shojaeya, outrora um bairro próspero apesar do boicote e perseguições israelenses. A imprensa ocidental insiste em tentar mostrar este genocídio como guerra entre Israel e Hamas. Mentira! Não há guerra entre uma potência bélica nuclear - Israel - e um partido político democraticamente eleito pelo povo palestino, o Hamas, que resiste heroicamente lutando com as armas de que dispõem, em função de viver em um verdadeiro campo de concentração - Gaza - cercado por muros e inimigos - governos egípcio e israelense.

Mais de 80 organizações pedem que Brasil rompa relações com Israel Um manifesto com mais de 80 assinaturas de organizações da sociedade civil e de ativistas políticos pede ao governo brasileiro medidas mais enérgicas em relação à Israel como forma de sanção pelos ataques à Faixa de Gaza. O documento, protocolado no escritório da Presidência da República em São Paulo no dia 25, é encabeçado pelo movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e pede o rompimento imediato das relações militares, comerciais e diplomáticas com Israel. As entidades cobram também o fim do Acordo de Livre Comércio do Mercosul com o país e de contratos com empresas israelenses. No texto, as entidades lembram que os ataques iniciados por Israel no início deste mês já resultaram na morte de mais de 1.600 palestinos, sendo a maioria civis, 3 mil feridos e 40 mil desabrigados. “É imperativo, nesse sentido, isolar militar, econômica e politicamente Israel. Não se trata apenas de um dever moral do Estado brasileiro, mas também de uma obrigação jurídica”, assinala o manifesto. As organizações que assinam o documento destacam que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) considerou ilegal a construção de um muro por Israel na Cisjordânia. O manifesto lembra ainda o apelo internacional de ganhadores do Nobel da Paz e acadêmicos para que os países assumam um embargo militar a Israel. “Na contramão disto, lamentavelmente, o Brasil permanece o quarto maior importador de tecnologia militar israelense no mundo”, criticam os signatários. Agência Brasil


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Obama, Netanyahu, Holland e David Cameron são piores que traficantes de drogas Alguns governantes da atualidade conseguem ser mais nefastos, fazer mais mal para a civilização, que os traficantes de drogas. São eles: Barak Obama (presidente dos EUA), Benjamin Netanyahu (primeiro ministro de Israel), Françoa Hollande (presidente da França) e David Cameron (primeiro ministro da Inglaterra). Enquanto o traficante consegue matar dezenas de pessoas ao vender drogas que cusam vício e violência, as autoridades citadas conseguem matar milhares e milhares de pessoas inocentes, que não foram atrás de vício ou drogas, como no caso dos traficantes, embora o objetivo de todos eles - traficantes de drogas e autoridades citadas - seja o lucro, dinheiro. Os governantes precisam vender armas, por dois motivos: 1 - Armas são produtos que, como

os demais, tem prazo de vencimento. Quando as armas perdem a utilidade são desmontadas ou armazenadas em local próprio, o que causa prejuízos para as Forças Armadas. 2 - São usadas para derrubar governos para que seus países imperialistas roubem petróleo, gás natural e outras riquezas minerais dos povos submetidos com desculpas das mais variadas, por mentiras plantadas na imprensa ocidental. Portanto, o objetivo dos governantes citados é fazer guerras para roubar os povos que não tem tecnologia e armamento suficiente para enfrentá-los. O comércio de armas está ao lado dos mais lucrativos do mundo, aolado do comércio de drogas e da prostituição. Outro motivo é a corrrupção da

indúsria bélica. A cada nova arma vendida ao governo, as empresas fabricantes praticam corrupção de oficiais militares dos mais altos escalões. Uma vez que não pode haver livre concorrência na compra e venda da maior parte das armas, por motivo de soberania, os valores são superfaturados. Em resumo, quando os governos dos EUA,Israel, França e Inglaterra

fizeram a guerra de ocupação para destruir o país, atingiram seus objetivos: roubar petróleo e ganhar dinheiro. Ficaram ainda mais ricos. Hoje quando milhares de pessoas inocentes são assassinadas na Faixa de Gaza pelos bombardeios israelenses, as autoridades acima estão ficando mais ricas porque estão lucrando com o comércio de armas, o “comércio da morte”.


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Curitiba promove Ato pela Paz em Gaza na Catedral Metropolitana Cúpula do Mercosul manifesta solidariedade ao povo palestino

Centenas de pessoas participaram do Culto Inter-religioso por Gaza, pela Palestina, realizado neste sábado na Catedral Metropolitana de Curitiba. O ato foi marcado por manifestações de líderes religiosos de diversas religiões, autoridades e sindicalistas pedindo o fim do genocídio israelense em Gaza O Comitê de Solidariedade Árabe Brasileiro, participante do Culto Interreligioso, elogiou o evento que coloca Curitiba entre as milhares de cidades em todas as partes do mundo a condenar os massacres praticados pelo governo de Israel na Palestina ocupada. Fotos: Rafael Oliveira

A 46ª Cúpula do Mercosul, reunida em Caracas, revelou um sentimento profundamente humano de solidariedade com o povo palestino, de exigência de cessar-fogo, de que sejam retomados os caminhos das conversações para a paz e o respeito ao direito do povo palestino a viver, a existir. Os chefes de Estado e de Governo dos países do Mercosul, reunidos em Caracas na 46ª Cúpula do bloco instaram ao restabelecimento do diálogo que conduza a cessar permanentemente as ações militares na Faixa de Gaza, com o pleno respeito ao Direito Internacional Humanitário e a observância dos Direitos Humanos como única saída a este conflito que está causando um número importante de vítimas civis, ao tempo que respaldaram os esforços realizados pelo secretáriogeral das Nações Unidas e por distintos governos para chegar a um acordo de cessar-fogo. Igualmente, os líderes do Mercosul instaram a um imediato levantamento do bloqueio que afeta a população de Gaza, que permita o livre trânsito de pessoas, a entrada de alimentos, medicamentos e ajuda humanitária, tanto por via terrestre como por via marítima.


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Ataque de Israel mata 20 palestinos em escola da ONU Um ataque israelense matou 20 palestinos refugiados na manhã desta quarta-feira (30) em uma escola da ONU no norte da Faixa de Gaza, informaram os serviços de emergência. Disparos de tanques atingiram em cheio duas salas de aula da escola da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) no campo de Jabaliya, revelaram os serviços de emergência. Um responsável da UNRWA confirmou a morte de ao menos 19 pessoas, namaioria crianças. Muitos civis palestinos se refugiaram nas escolas da UNRWA, especialmente em Jabaliya, após a advertência do Exército hebreu sobre a possibilidade de bombardeios em massa contra seus bairros. No total, cerca de 180 mil habitantes do território palestino estão refugiados, em condições muito precárias, nas 83 escolas geridas pela UNRWA. No dia 24 de julho, um disparo de artilharia atingiu outra escola da

Observador palestino recolhe restos em sala de aula de escola da ONU bombardeada em Gaza. A instituição mantida pela UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina funcionava como abrigo para refugiados ONU na Faixa de Gaza, em Beit Hanun, matando cerca de 15 palestinos. O Exército israelense negou sua responsabilidade neste crime, como sempre faz, tentando enganar aopinião pública mundial.

Israel acusa o movimento islâmico Hamas de usar a população como escudo humano para proteger seus arsenais e centro operacionais instalados em igrejas, mesquitas e escolas da Faixa de Gaza. É mais uma mentira disseminada

na imprensa ocidental que procura criminalizar as vítimas palestinas e inocentar os criminosos israelenses. Não é o Hamas que Israel busca, mas a eliminação total de todo o povo palestino, para roubar suas terras.

Igreja Católica recebe aviso de bombardeio israelense O CONIC recebeu, na manhã desta terça-feira, 29, um apelo da Rede de Voluntários do Programa Ecumênico de Acompanhamento na Palestina e Israel - organismo promovido pelo Conselho Mundial de Igrejas - com a informação de que uma igreja Católica em Gaza foi orientada pelo Exército Israelense a evacuar o edifício que ocupa. O problema é que tal igreja mantém, abrigadas ali, crianças deficientes e idosos, fato que praticamente inviabiliza a evacuação. A informação foi publicada originalmente pela agência de notícias Independent Catholic News. Enquanto Conselho de Igrejas, o CONIC reforça o apelo da rede de voluntários do PEAPI no sentido de que o Exército israelense pare de atacar áreas civis e negocie um cessarfogo imediato. Vale ressaltar que a Secretaria-Geral do CONIC já encaminhou o apelo do CMI (a seguir) ao Itamaraty e à Embaixada israelense em Brasília.

APELO HUMANITÁRIO A situação da ofensiva israelense na Faixa de Gaza continua se agravando, enquanto a comunidade internacional assiste de forma passiva o número de mortos superar a marca de 1.100, já se aproximando do recorde de mortes em uma ofensiva militar israelense em Gaza. Nesta manhã, através dos contatos locais do Programa de Acompanhamento Ecumênico na Palestina e Israel do Conselho Mundial de Igrejas com seu Escritório em Jerusalém, recebemos o apelo da comunidade Católico Romana de Gaza, da Igreja da Sagrada Família. Na mensagem, o padre local informa que a Igreja Católica da Sagrada Família, recebeu ordem de evacuação por parte do Exército Israelense, que planeja bombardear a região durante a noite. Diz o padre: "A igreja de Gaza recebeu uma ordem de evacuação... eles vão bombardear a área de Zeitun e as pessoas já estão fugindo. O problema é que o padre George e as três irmãs [da congregação de] Madre Teresa têm 29 crianças portadoras de deficiências e nove senhores [ido-

sos] que não podem andar. Como eles farão para sair? Se alguém pode interceder com alguém no poder, e orar, por favor, faça! Nós estamos tentando... que a nossa impotência seja tomada pela Tua Onipotência." A paróquia possui um projeto chamado a “Casa de Cristo em Gaza”, uma casa de cuidados dedicada a cuidar de crianças portadoras de deficiência. Contudo, estas crianças já foram removidas da Casa e transferidas para a Igreja da Sagrada Família, uma vez que o Exército Israelense já bombardeou a região onde se encontrava o projeto. Por isso, a Paróquia apela por orações e o clamor levantado pelo CMI é para que as igrejas e governos espalhados pelo mundo possam se mobili-

zar através da pressão diplomática para impedir mais este ataque. A ideia é que o Exército Israelense não realize a ofensiva e, além disso, pare da atacar áreas civis e negocie um cessar-fogo com as autoridades palestinas. Obs.: envie esta mensagem para os seus Deputados, Senadores e para o Ministério das Relações Exteriores, assim como para suas autoridades eclesiásticas, bispos, padres e pastores. O Brasil precisa se posicionar mais firmemente e exercer pressão para que o massacre da população palestina tenha um fim, e as negociações caminhem para um processo de paz justa e duradoura na região.


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Igreja Presbiteriana de Detroit adere ao boicote a Israel No mês passado a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana, reunida em Detroit, votou por 310 a favor contra 303 a vender as ações que a comunidade tinha das empresas Caterpillar, HewlletPackard e Motorola Solutions, incrementando a decisão já tomada em 2012 de boicotar os produtos israelenses fabricados nos Territórios Palestinos Ocupados.

gos Fiduciários", que gerencia o fundo para os Quakers dos EUA, e o Comitê Central Menonita. Na última semana, a equipe de pensão da Igreja Metodista Unida, a principal corrente protestante nos EUA, revelou planos de vender posses no valor de 110.000,00 US$ da G4S, que oferta equipamentos de segurança e tem contratos com o sistema penitenciário israelense. Contudo, a Igreja Metodista Unida rejeitou um amplo desinvestimento da igreja. Omar Barghouti, cofundador do Movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), considerou a votação como uma "doce vitória dos direitos humanos", dizendo que os apoiadores presbiterianos dos direitos palestinos introduziram o desinvestimento no coração dos EUA e deram aos palestinos "verdadeira esperança diante da incessante e galopante crueldade do regime de ocupação, colonização e apartheid israelense".

"Porque nós somos uma igreja historicamente pacifista, o que nós fizemos foi apoiar meios não violentos de resistência à opressão e nós mandamos uma mensagem clara a uma sociedade beligerante, que nós apoiamos seus esforços de resistir por meios não violentos à opressão deflagrada contra eles", disse o Reverendo Jeffrey DeYoe, da Missão Israel/Palestina. Dois pequenos grupos religiosos dos EUA desinvestiram em protesto contra as políticas israelenses: "Grupo de Ami-

Carta exige suspensão de acordo comercial Mercosul-Israel Em uma carta assinada por 22 entidades e cidadãos vinculados aos movimentos sociais da Argentina, Venezuela, Guatemala e Colômbia, e remetida aos chanceleres dos países do Mercosul, solicitam a suspensão do Tratado de Livre Comércio (TLC) do Mercosul com o Estado de Israel, ante os crimes de lesa humanidade praticados na Faixa de Gaza contra civis palestinos. A carta foi enviada a Héctor Timerman, da Argentina; David Choquehuanca, da Bolívia; Luiz Alberto Figueiredo, doBrasil; Eladio Lozaiga, doParaguai; Luís Almagro, doUruguai; e Elias Jaua Milano, da Venezuela. O Acordo Marco de Comércio foi aprovado pela Decisão CMC Nº 22/05, durante a XXIX Reunião do Conselho Mercado Comum, realizada no dia 08 de dezembro de 2005, aprovada por decisão CMC Nº 22/05 com efeito de começar a negociação de um Acordo de Livre Comércio. No dia 18 de dezembro de 2007, foi assinado, em Montevidéu, Uruguai, o Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e Israel. "Cabe destacar que nossa solicitação de suspensão do Acordo de Comércio se baseia na flagrante violação de Direitos Humanos perpetrada pelo Estado de Israel sobre a população civil da Faixa de Gaza, Estado Palestino, que configura crimes de guerra e/ ou crimes de lesa humanidade, mencionados na Convenção Interamericana sobre Desaparecimento Forçado de Pessoas e na Convenção sobre a imprescritibilidade dos crimes de guerra e dos crimes de lesa humanidade”, assinala o documento. Uma das condições essenciais para aprovar tratados com Estados latino-americanos ou demais Estados estrangeiros é que se respeitem os direitos humanos. "Também exigimos ante os Estados Parte do Mercosul, por meio de seu presidente Pro Tempore, Nicolás Maduro Moros, que ative os mecanismos legais necessários para o tratamento dessa solicitação no próximo dia 29 de julho, na Cúpula de Presidentes do Mercosul, que acontecerá na cidade de Caracas.

Os signatários da carta são: Agrupamento 5 de marzo (Argentina); Coletivo Noalcopirrait; Grupo Campesinos por la Semilla Orgánica (Argentina); Coletivo 16:25; Agrupamento La Plata Libre (Argentina.); Agrupamento de Estudiantes Tiza Roja (Argentina); Coletivo Rosario Libre (Argentina.); Agência Popular Matrizur.org (Argentina); Coletivo Patria Grande(Venezuela); Mariadela Villanueva (Venezuela); Percy Francisco Alvarado Godoy (Guatemala);Nicolás Álvarez Guevara (Argentina); Eduardo M.

Scolnik (Argentina); Marx José Gómez Liendo ( Ve n e z u e l a ) ; C o l e c i v o K i n k a l l a Vi s u a l (Venezuela); Federação de Trabajadores Minero-Energeticos de Colombia (Funtraenergética);Maximiliano Pedranzini (Argentina);Alberto Rabilotta (ArgentinaCanadá);Alfonso Rodríguez; Força Bolivariana Universitaria,Universidade de Los Andes (Mérida, Venezuela);Fernando Bossi - Portal Alba (Venezuela); e Projeto Poder en la Red (Venezuela). Adital


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O conflito na Síria segundo o Cônsul Dr. Abdo Abage Dr. Abdo - A expectativa é que as forças do governo sírio continuem retomando e recuperando as áreas invadidas pelos terroristas mercenários que tem deixado destruição e morte por onde passam. Não acredito que esses terroristas irão lograr êxito no intuito de acabar com a Síria e seu povo. Não é possível que uma corja de bárbaros se imponha a um povo e a um governo que ao tempo da invasão em março de 2011, gozava de uma boa estabilidade política, econômica e social, situando-se entre os países de melhor condição de vida dentro do Oriente Médio, bem como o único país laico daquela região do mundo.

O Cônsul da Síria para o Paraná e Santa Catarina, empresário Dr. Abdo Abage, fala sobre o conflito na Síria e suas repercussões nacionais e internacionais. Confira: Fale sobre a reeleição do presidente Bashar Al Assad à Presidência da Síria. Dr. Abdo - A reeleição do Presidente Bashar Al Assad à presidência da Síria, foi uma conseqüência natural da sua política de preservação da integridade do território da nação e do esforço hercúleo de impedir que tropas de mercenários fortemente armados e financiados por potencias estrangeiras continuem a dizimar a população da nação síria, tal como Israel aproveitando-se das atenções voltadas para a crise na Síria, vem fazendo criminosamente com a população palestina. O que existe na Síria hoje é uma guerra ou tentativa de ocupação? Dr. Abdo - O que de fato existe na Síria, desde os primeiros a acontecimentos em março de 2011, é uma guerra de invasão de tropas de mercenários vindos de várias par-

O Cônsul Dr. Abdo Abage ao lado do padre Simão Nassri da Igreja Católica Ortodoxa São Jorge de Curitiba

tes do mundo, dentre as quais podemos citar a Chechenia, o Paquistão, a Turquia, o Afeganistão, a Arábia Saudita, o Katar, e até de países como Israel, França, Inglaterra e Estados Unidos. Pior do que uma tentativa de ocupação, é que esses países têm o intuito de claramente dividir o território da Síria em três ou quatro

partes, tal como aconteceu também criminosamente com a sua partilha quase ao final da 1ª guerra mundial, em 1916, com o acordo SikesPicot perpetrado pela França e pela Inglaterra, quando a Síria foi dividida em 6 partes e nunca mais se reintegrou. Fale sobre os prejuízos da Síria com esta agressão estrangeira. Dr. Abdo - Os prejuízos que a Síria sofreu e ainda vem sofrendo são incalculáveis. Além da morte de mais de 170.000 pessoas vemos os refugiados fugindo do horror da guerra, a maior parte para os países vizinhos, mormente o Líbano e parte deles também para o Brasil, um dos poucos países no mundo que abriu suas fronteiras para esse sofrido povo. Cabe ressaltar ainda que a economia da Síria está em frangalhos, tendo em vista que a maioria das indústrias do país localizadas em Alepo, na região norte, foi destruída e incendiada pelas tropas de mercenários. A reconstrução do parque industrial levará muitos anos para se concretizar. É imperioso citar a destruição do patrimônio histórico e cultural da Síria, grande parte danificada e parte simplesmente destruída. O bazar da cidade de Alepo, tipo como o shopping center mais antigo do mundo, foi inteiramente incendiado. É a riqueza histórica da Mesopotâmia sendo jogada literalmente no lixo. Qual a perspectiva para os próximos meses em relação à agressão atual?

Fale sobre a paz e o futuro da Síria. Dr. Abdo - Desde quando o Presidente dos Estados Unidos George W. Bush ordenou a implosão das torres gêmeas de Nova York, para ter uma justificativa para a invasão do Afeganistão, então a maior reserva de gás natural do mundo, e posteriormente a invasão do Iraque, então a terceira reserva de petróleo do mundo, a paz que todos os povos almejavam e buscavam ficou infinitamente mais distante. Costumo dizer até que a partir daquele infausto acontecimento, o Presidente Bush desencadeou uma terceira guerra mundial não declarada, que aos poucos vai se disseminando por todas as regiões do mundo. Hoje vivemos situações de tensão criadas e fomentadas pela indústria bélica, as quais não se sabe minimamente como irão terminar. E para quem não sabe, a implosão das torres gêmeas foi constatada pela própria comunidade técnica e científica americana, que comprovou de maneira cabal todas as evidências do fato. É profundamente lamentável que a imprensa americana, terrivelmente dependente das verbas de publicidade, não tenha a coragem de denunciar ao mundo esse terrível crime cujo responsável sempre se apresentou como o Presidente da maior nação democrática do mundo. Quem viver, um dia saberá. O futuro da Síria está nas mãos de Deus. E do juízo dos homens. Chega de dor e sofrimento. Não à guerra. Sim ao entendimento e a paz entre os homens.


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Sírios de Curitiba comemoram reeleição do presidente Bashar Al Assad Na terça-feira passada, dia 22, o Consulado da Síria para o Paraná e Santa Catarina organizou um coquetel no Salão Social da Igreja Ortodoxa São Jorge de Curitiba para festejar a reeleição do presidente da Síria, Dr. Bashar Al Assad. O evento foi dirigido pelo Cônsul Dr. Abdo Abage e reuniu lideranças da comunidade árabe síria em Curitiba, entre eles o padre Simão Nassri (Igreja Ortodoxa São Jorge), o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, vereador Paulo Salamuni,

que em seu discurso homenageou o presidente Bashar Al Assad e o povo sírio, e falou da necessidade de prestar solidariedade “aos nossos irmãos palestinos que estão sofrendo mais um massacre na Faixa de Gaza”. O Dr. Abdo Abage destacou o papel fundamental do presidente Dr. Bashar Al Assad na preservação territorial da Síria. “ASíria jamais será vencida”, falou, e recebeu aplausos do público. Sobre a Palestina, lembrou que o país foi dividido destinando 52% das terras para os ju-

Síria: Bashar Al Assad toma posse para terceiro mandato

Al-Assad jurou sobre o Alcorão, perante os deputados reunidos em sessão extraordinária, no palácio presidencial, e na presença de mais de mil convidados. "Sírios, anos passaram desde que alguns gritaram 'liberdade'", disse, no início do discurso de tomada de posse, em referência aos terroristas que tentam derrubar o governo do país desde março de 2011. "Quiseram uma revolução, mas os verdadeiros revolucionários estão aqui. Felicito-vos pela vossa revolução e vitória", declarou Al-Assad. “A bússola apontou o rumo claramente contra os manipulados e desviados, porque caíram as máscaras de 'liberdade e revolução' e apareceram suas autênticas faces barbáricas" O presidente Al-Assad foi reeleito em 3 de junho. Ele indicou que as eleições foram a batalha do povo para defender a soberania, a legitimidade, a decisão nacional e a dignidade da Síria". "Foi também um referendo a favor da soberania contra o terrorismo em todas as suas for-

mas", afirmou. Al-Assad também destacou que o ocidente colonialista segue ainda com métodos distintos e com o apoio de governos árabes servis em relação à Síria. "Eles fracassaram, mas isto não quer dizer que tenham renunciado à alternativa de sangrar a Síria, por meio de alguns sírios lamentavelmente vendidos", afirmou. O presidente também criticou o uso do termo "guerra civil" para descrever o que está acontecendo na Síria, porque com ele se pretende dar aos terroristas a legitimidade como parte de uma contenda entre os próprios sírios e não como uma ferramenta vil nas mãos de estrangeiros. O que acontece na Síria é uma guerra de ocupação financiada pelos governos dos Estados Unidos da América, Israel, Turquia, França, Inglaterra, Catar e Arábia Saudita. Os governos desses países tentam derrubar o presidente sírio, eleito com a maioria esmagadora da população, para tentar colocar em seu lugar um fantoche obediente aos criminosos sionistas e imperialistas.

deus e 48% para os palestinos, e que após sucessivas invasões, massacres e ocupações ilegais, os palestinos viram seu território reduzido para menos de 20% atualmente. O presidente do partido Bass a nivel nacional, Hassan Abas, falou que “o povo brasileiro tem apoiado o povo sírio de forma exemplar, como fazem os povos irmãos”, e disse que “o presidente Dr. Bashar Al Assad tem o apoio de todo o povo sírio para continuar sua luta heróica contra os estrangeiros que querem invadir a Síria para colocá-la a serviço do sionismo e do imperialismo, mas “jamais conseguirão este objetivo porque a Síria milenar jamais se renderá, e historicamente venceu todas as guerras e batalhas”. O presidente do Conselho Administrtivo da Igreja Ortodoxa e presidente do Partido Bass no Paraná e

Santa Catarina, Ghassan Youssef, falou que a Síria está enfrentando potências estrangeiras que “desejam submeter o país, mas o povo sírio é invencível, e sob a liderança do presidente Dr. Bashar Al Assad vencerá mais este desafio, porque está lutando pela verdade e pela justiça”. Para Youssef Mousmar, escritor e tradutor, da Associação Cultural Síria , “devemos manifestar nosso apoio e solidariedade ao povo sírio em todas as oportunidades, e ao presidente Dr. Bashar Al Assad, porque trata-se de uma luta contra os inimigos não só da Síria, mas de toda a humanidade. São governos colonialistas e opressores que desejam mudar a geopolítica no oriente médio, que seguem massacrando os palestinos em Gaza,mas que não conseguirão porque o povo está unido e lutando pelos seus direitos e deveres”.


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Propaganda para encobrir as atrocidades que Israel comete Patrick Cockburn, Counterpunch - Tradução: Vila Vudu Os porta-vozes israelenses já têm muito trabalho tentando explicar como os israelenses assassinaram mais de 1.600 palestinos em Gaza, a maioria dos quais civis, em comparação com apenas 3 civis mortos em Israel por foguetes e fogo de morteiro do Hamás. Mas pela televisão e pelo rádio e pelos jornais, porta-vozes do governo israelense hoje, como Mark Regev, parecem menos enroladores e menos agressivos que predecessores, que eram muito mais visivelmente indiferentes ao número de palestinos mortos. Há pelo menos uma boa razão para esse ‘aprimoramento’ das capacidades de Relações Públicas dos porta-vozes de Israel. A julgar pelo que se os veem dizer, já estão trabalhando conforme um estudo feito por profissionais, bem pesquisado e confidencial, sobre como influenciar a mídia e a opinião pública nos EUA e na Europa. Redigido pelo especialista em pesquisas e estrategista político dos Republicanos, Dr. Frank Luntz, aquele estudo foi encomendado há cinco anos por um grupo chamado “The Israel Project” [Projeto Israel], que mantém escritórios nos EUA e em Israel, para ser usado “por todos que estão na linha de frente da guerra midiática a favor de Israel”. Cada uma das 112 páginas do folheto é marcada com “proibido distribuir ou publicar” [orig. “not for distribution or publication”], e é fácil entender por quê. O relatório Luntz – oficialmente intitulado “Dicionário de Linguagem Global do Projeto Israel 2009” [orig. “The Israel project’s 2009 Global Language Dictionary] vazou quase imediatamente para Newsweek Online, mas até hoje só muito raramente mereceu atenção, e sua verdadeira importância ainda mão foi devidamente considerada. Deveria ser leitura obrigatória para todos, sobretudo para jornalistas interessados em conhecer a política de Israel, por causa da lista de “Faça/diga X” e “Nunca faça/diga Y” dirigida aos porta-vozes de Israel. Aquelas duas listas são altamente iluminadoras para que se compreenda a distância imensa que separa o que funcionários e políticos israelenses pensam e creem, e o que eles dizem; o que eles dizem é modelado por pesquisa mantida ativa minuto a minuto, para detalhar o que os norte-americanos desejam ouvir. Com certeza, nenhum jornalista deveria arriscar-se a entrevistar qualquer porta-voz de Israel sem conhecer muito bem aquele manual e ter-se preparado para contra-perguntar sobre os muitos temas – e sempre com as mesmas palavras e frases – que se ouvem hoje da boca do Sr. Regev e seus colegas. O panfleto é cheio de saborosos conselhos sobre como eles devem modelar suas respostas, para diferentes audiências. Por exemplo, o estudo diz que “os norte-americanos aceitam que ‘Israel tem direito a ter fronteiras defensáveis’. Mas

Israel não tem vantagem alguma em definir com precisão que fronteiras são essas. Evitem falar em fronteiras em termos de pré- ou pós-1967, porque isso só faz relembrar aos norte-americanos o passado militar de Israel. Essa expressão prejudica os israelenses, sobretudo no campo da esquerda. Por exemplo, o apoio da direita israelense a fronteiras defensáveis cai de 89% para menos de 60% sempre que vocês falam em termos de 1967.” E quanto ao direito de retorno dos refugiados palestinos que foram expulsos ou fugiram em 1948 e nos anos seguintes, e que nunca mais puderam retornar às próprias casas e terras? Aqui, o Dr. Luntz é muito sutil nos conselhos que dá aos porta-vozes israelenses; diz que “o direito de retorno é questão difícil para que os israelenses falem dela com eficácia, porque praticamente toda a linguagem israelense soa muito semelhante à fala de ‘separados, mas iguais’ dos racistas segregacionistas dos anos 1950s e dos defensores do Apartheid nos anos 1980s. De fato, os norte-americanos não gostam, não acreditam nisso e não aceitam o conceito de ‘separados, mas iguais’.” Assim sendo, como devem os porta-vozes enfrentar questões que até o manual considera ‘difíceis’? Recomendam que a coisa seja chamada de “demanda” – porque os norte-americanos detestam gente que faz demandas. O manual ensina: “Digam portanto: ‘os palestinos não estão satisfeitos com o estado que têm. Agora, estão demandando mais territórios dentro de Israel.”

Outras sugestões para resposta israelense efetiva incluem dizer que o direito de retorno deve ser item de um acordo final “algum dia, no futuro”. O Dr Luntz observa que os norte-americanos em geral temem qualquer imigração em massa para dentro dos EUA, "portanto falem sempre de 'imigração palestina em massa para dentro de Israel' –, e os norte-americanos sempre rejeitarão a ideia. Se mais nada funcionar, digam que a volta dos palestinos faria 'descarrilhar o esforço para alcançar a paz'”. O relatório Luntz foi redigido logo depois da Operação Chumbo Derretido em dezembro de 2008 e Janeiro de 2009, quando morreram 1.387 palestinos e nove israelenses. Um capítulo inteiro é dedicado a “isolar o Hamás, apoiado pelo Irã, como obstáculo à paz.” Infelizmente, agora, quando está em curso a Operação Fio Protetor, iniciada dia 6 de junho de 2014, e nova matança de palestinos, há um problema grave para a propaganda de Israel, porque o Hamás está rompido com o Irã por causa da guerra na Síria e está completamente sem contato com Teerã. Só reataram relações amistosas há poucos dias – e por causa da invasão israelense. Muitos dos conselhos do Dr Luntz tratam do tom e do modo de expor o pensamento de Israe0l. Diz que é absolutamente crucial mostrar vastíssima simpatia pelos palestinos: “Os persuasíveis [sic] não dão importância ao que você saiba, até que se convençam de que você lamenta muito, do fundo do coração, toda a situação. Mostre empatia PELOS DOIS LADOS!”

Isso provavelmente explica por que tantos porta-vozes israelenses vão praticamente às lágrimas quando falam do sofrimento dos palestinos bombardeados por bombas e mísseis israelenses. Em frase escrita em negrito, sublinhada e toda em maiúsculas, o Dr Luntz diz que os porta-vozes ou líderes políticos israelenses NÃO DEVEM, NÃO PODEM, nunca, de modo algum, justificar “o massacre deliberado de mulheres e crianças inocentes”, e devem reagir agressivamente contra qualquer voz que acuse Israel por tal crime. Vários porta-vozes israelenses esforçaram-se muito para seguir esse conselho na 5ª-feira passada, quando 16 palestinos foram mortos num abrigo da ONU em Gaza. Há uma lista de palavras e frases a serem usadas e uma lista de palavras e frases a serem evitadas. Há de tudo: “O melhor meio, o único meio, para alcançar paz duradoura, é alcançar respeito mútuo.” O mais importante é que o desejo de paz de Israel com os palestinos tem de ser sempre enfatizado, porque é o que os norte-americanos mais querem que aconteça. Mas se se observarem pressões para que Israel realmente faça alguma paz, a pressão deve ser imediatamente reduzida; nesse caso, os israelenses devem dizer: “um passo de cada vez, um dia depois do outro” – expressões que serão facilmente aceitas como “abordagem de bom senso, para a equação ‘deem-nos A terra, que lhes damos a paz’.” O Dr Luntz cita como exemplo de “pegada israelense muito eficaz” a seguinte frase: “Quero muito particularmente falar às mães palestinas que perderam seus filhos. Nenhum pai ou mãe deveria ter de enterrar suas crianças.” O estudo admite que o governo israelense não quer, de fato, qualquer solução de dois estados, mas diz que isso não pode ser declarado publicamente, porque 78% dos norte-americanos são favoráveis àquela solução. Devem-se enfatizar sempre as muitas esperanças de que os palestinos progridam economicamente. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é citado com elogios, por ter dito que “já é hora de alguém perguntar ao Hamás: o que, afinal, estão fazendo para melhorar a vida de seu povo?!" A hipocrisia, aí, é inacreditável: é Israel, com os sete anos de bloqueio econômico que impõe a Gaza, quem reduziu Gaza ao estado de pobreza e miséria em que vive hoje. Em todos os casos e ocasiões, o modo como porta-vozes israelenses apresentam os fatos é planejado para dar a norte-americanos e a europeus a impressão de que Israel desejaria muito a paz com os palestinos e estaria disposta a ceder para chegar à paz. Todas as evidências, e também o Manual do Dr. Luntz, sugerem que tudo aí, são mentiras. Embora não tenha sido requisitado ou produzido com essa finalidade, poucos estudos mais reveladores foram jamais escritos sobre a Israel contemporânea, em tempos de guerra e paz. *****


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Obama debe responder por el genocidio palestino

Piloto de caça Su-25 da Ucrânia assume ter derrubado Boeing da Malásia Um piloto ucraniano assumiu, em entrevista ao site alemão Wahreit fuer Deutschland (Verdade para a Alemanha), a responsabilidade pela queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, em Donetsk, na quinta-feira, 17. Ele afirmou que pilotava um Su-25 da Força Aérea da Ucrânia e que disparou contra o avião comercial que saiu de Amsterdã para Kuala Lumpur.

Segundo o piloto, cujo nome foi mantido em segredo, provavelmente o caça que aparece nas fotos de satélite apresentadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia é o avião que conduzia. Ele explica que a aeronave, além de mísseis, estava equipada com um canhão de dois canos de 30 milímetros, que teria utilizado para abater o Boeing 777. Fonte: HispanTv

El mundo debe hacer que el presidente de EE.UU., Barack Obama, responda por los barbáricos actos de genocidio cometidos por Israel contra el pueblo palestino, ya que pudo detenerlos pero no lo hizo, opina el exembajador de Sudáfrica en Cuba. Tras el genocidio contra el pueblo palestino perpetrado por Israel y apoyado y no detenido por Obama, la comunidad internacional tiene la obligación moral de cuestionar el papel de liderazgo hipócrita y traidor de EE.UU. que ha conducido al imperialismo en el ámbito de la política internacional, escribe el político sudafricano, Phatse Justice Piitso en su artículo. "Los pueblos del mundo no deberían continuar siendo simples espectadores cuando un puñado de líderes de las superpotencias están violando las leyes fundamentales que garantizan la paz y la estabilidad internacionales. La verdad es que el presidente Barack Obama tiene en su armario los cadáveres de los

inocentes palestinos masacrados por el Estado racista y despiadado de Israel", afirma Phatse Justice Piitso. "Los poderes que le han sido otorgados al presidente de EE.UU. le permiten detener la carnicería del régimen de terror [israelí] y el homicidio de personas inocentes en los territorios ocupados de la Franja de Gaza. El Gobierno fascista de Israel es el puesto avanzado colonial de EE.UU., que llevó el imperialismo en Oriente Medio", asegura el político. Justice Piitso está convencido de que "la ofensiva terrestre y los bombardeos aéreos contra la población inocente en la Franja de Gaza por parte del régimen fascista de Israel, patrocinado por el Gobierno de Obama, son una declaración de guerra para las personas amantes de la paz en el mundo. De hecho, tiene unas consecuencias catastróficas sobre las posibilidades inmediatas de paz y estabilidad internacionales". Los horribles actos de genocidio por parte del Gobierno de Israel representan una violación sistemática de los derechos fundamentales de los palestinos, y Barack Obama debe responder por estas atrocidades y crímenes perpetrados contra la humanidad, porque los apoya y no quiere detenerlos, concluye el exembajador de Sudáfrica en Cuba. Actualidd RT


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Uma criança palestina é uma criança O governo de Israel e a imprensa mercenária querem enganar o mundo. Pensam que todos são idiotas. A imprensa mente todos os dias quando fala ou escreve sobre o genocídio israelense na Faixa de Gaza, onde o governo de Israel está assassinando milhares de civis palestinos indefesos. Uma criança palestina é uma criança. Não tem diferença entre uma criança palestina, brasileira, europeia, africana. Criança é criança em qualquer lugar do mundo. Tem o carinho e o amor dos pais, tios, avôs, parentes em geral. Ilumina com sua alegria e inocência todos os lares, dos mais ricos aos mais pobres. A criança é tão especial que o próprio Jesus Cristo falou: “Ai daquele que fizer mal a um desses pequeninos!” Israel está matando as crianças palestinas todos os dias. Israel quer eliminar, matar, assassinar, todas as crianças palestinas. Israel pensa que matando todas as crianças palestinas poderá roubar as terras dos palestinos, porque não haverá mais ninguém para lutar pela terra. Uma criança palestina é uma criança que, como todas as outras, sorri, canta, sofre, chora. As crianças palestinas estão sendo assassinadas por Israel na Faixa de Gaza e a imprensa ocidental é cúmplice porque mente para tentar inocentar os assassinos israelenses. Oh meu Deus! Oh Deus dos cristãos e Deus dos muçulmanos, que é o mesmo Deus. Salvai as crianças palestinas dos assassinos israelenses. Protegei as crianças palestinas, Pai eterno, porque não suportamos mais ver este banho de sangue que ceifa as vidas de milhares de ciranças palestinas todos os dias. Não suportamos mais ver Israel assassinar impunemente civis indefesos - crianças na maioria - para vender armas, para roubar terras palestinas, para comprar champagne e caviar com gosto de sangue. Que as fotografias publicadas neste jornal não se repitam em mais nenhuma parte do mundo. Que os homens possam viver em paz em todos os países, sem que os governos dos Estados Unidos da América, França, Inglaterra e Israel façam guerras estúpidas para ganhar dinheiro. Salvem as crianças palestinas!


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