Jornal Água Verde - janeiro 2016

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Coluna do velho Antero

O velho Antero é morador antigo do bairro. Velho safado e bebum, escreve quando está - aparentemente - sóbrio; por isso fica meses sem escrever esta coluna. Carnaval em Curitiba é um saco. Digo e repito que Curitiba não tem carnaval. Carnaval não é isso que esses polacos pensam. Quando escrevo “polaco”, quero dizer descendentes de italianos, alemães, poloneses etc. Filhos de povos europeus, contidos e reprimidos pelo frio, não conseguem se soltar na festa de Momo. Fui em alguns carnavais na Marechal e só vi pequenas tribos de amigos e parentes que nem ao menos olham quem está ao lado. Festejam entre eles, mas só entre eles. Não conseguem pirar, abraçar uma pessoas desconhecida, dançar de olhos fechados para chegar

Porque eu não gosto de gente chata perto do paraíso. Nem pensar. Pecado! Coisa de populacho, de pobre. Jamais. -oMeu vizinho Rafael sai todos os dias com a Bíblia debaixo do braço para rezar. Reza Rafael, mas reza muito. Esfola os joelhos de tanto pagar penitência, porque você deve ter muitos pecados para pagar. Com muita reza, quem sabe você escapa do fogo dos infernos. Mas eu duvido. -oA Abrapar, associação de bares e restaurantes pediu que retirassem os mendigos das ruas e calçadas. Foi um escândalo na imprensa. Até uma comissão de Direitos Humanos foi chamada para opinar. Na frente do hotel mais xique da cidade, o Pestana, todas as noites aparece um bando de mendigos e zumbis do craque, fazendo propaganda negativa para a cidade. A população é obrigada a conviver com esses doentes, mas o poder público não tem o direito de retirá-los das ruas? Tá errado. A cidade não pode pagar pela falta de políticas públicas que atendam pessoas que sobrevivem em péssimas condições. -oA moda agora é falar da corrupção. Roubaram bilhões na Petrobras, nos fundos de pensão, neste e naquele governo, prefeitura, câmara municipal etc. Alguns senadores e deputados começam a ir para a prisão. Tá tudo muito bom, tá tudo bom demais. Mas o que me revolta é ver cor-

ruptos posando de defensores da ética. Paladinos da justiça. Todos os dias ligo a televisão e vejo ladrões condenando a corrupção, que este partido (ainda que enlameado de denúncias) não é corrupto etc. “Venham para o nosso partido”, dizem, quando deveriam dizer “venham para a nossa quadrilha”. O horário de propaganda eleitoral está servindo para fazer propaganda enganosa - paga com dinheiro público. Todos santinhos. Todo mundo honesto, dizem, mas, se fosse assim, não haveria tanta corrupção. A verdade é que sem dinheiro roubado não tem voto comprado. -oO cidadão, funcionário ou policial corrupto, elegeu o político corrupto. -oFalam em combater a corrupção, mas como, se não conseguem nem mesmo acabar com as aposentadorias fraudulentas, as infinitas mordomias de políticos, as pensões indevidas, os funcionários fantasmas? No prédio em que eu moro, metade dos moradores é de corruptos, de alguma forma estão mamando nas tetas do governo. De alguma forma estão levando vantagem indevida, sonegando impostos, superfaturando etc. E depois querem falar em moralidade? Eu escrevo isso com convicção porque eu também não presto. Já dei muito nó cego por aí. Roubei viagra da farmácia. Fiquei devendo na zona. Prometi casar com algumas dançarinas de bordel. Saquei dinheiro da conta da minha mãe-

zinha (que Deus a tenha), fiz ligação direta no carro do meu pai etc. Dirigi sem carteira. Menti que era solteiro quando era casado - hoje sou viúvo. Como dizia minha tia Amélia, “se trocar esse velho pelas fezes do gato, vai sair perdendo”. -oAh os politicamente corretos. Essa gente de nariz empinado que recita o manuel de sobrevivência da Globo e da revista Veja. Esses falsos moralistas. Esses cornos que não aprendem a amar suas mulheres - e justamente por isso são cornos. Esses beatos que pecam somente quando respiram. Essas velhinhas taradas que não tem coragem de me abordar quando passo tropeçando de bêbado na Avenida dos Estados durante a noite. Esses proxenetas de poderosos que posam de exemplos da sociedade para levar vantagem, tirando onda de otários. Odeio os politicamente corretos porque é culpa deles se este mundo está virado num chapéu velho. Só não odeio as vizinhas do apartamento 318 porque elas vestem mini-saias que mostram até aquilo que não deveria ser mostrado - pelo menos em público. -oConvidei o Ivan para tomar uma cerva no meu apartamento. Ele trouxe Skol. Mandei ele embora na hora. Que sacanagem. Sou bêbado mas tenho orgulho próprio. Cerveja tem que ser cerveja. Tem que ter cevada e não milho. Adoro milho, mas não na cerveja.


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O primeiro cancerologista do Paraná e Santa Catarina: Dr. João Batista Neiva ter sido reserva do maior quarto zagueiro da história do Coxa, o clássico Bequinha.

história da Medicina em nosso Estado tem personalidades de destaque, entre os quais o oncologista Dr. João Batista Neiva, o primeiro especialista nesta área no Paraná e Santa Catarina. Vindo de família humilde do interior de São Paulo, pai farmacêutico e mãe professora, o Dr. Neiva aliviava a despesa dos pais jogando futebol, uma de suas paixões. Depois de cursar Medicina em Curitiba, foi a São Paulo para a Residência em Cancerologia. O trabalho estafante e insalubre no necrotério causou-lhe uma tuberculose pulmonar. De volta a Curitiba trabalhou em vários hospitais, dirigiu departamentos e colaborou com o ensino na formação de jovens médicos. Duas grandes paixões marcam a vida do Dr. Neiva. O futebol e a Medicina. Confira na entrevista a seguir. Participaram Gil e colaborador Maçã. O senhor foi jogador do Coritiba ? Dr. Neiva - Tive a honra de ter atuado no time do Alto da Glória no final da década de cinquenta, exatamente quando surgiu o fenômeno Pelé e a primeira Copa para o Brasil. Eu fazia o cursinho preparatório e estava carente do futebol. Fui lá espontaneamente, não tive nenhum "padrinho", e do alambrado falei com o técnico Félix Magno que comandava um coletivo e me atendeu com cortesia. No dia seguinte fiz o primeiro treino e assumi meu posto no time juvenil. Fiquei na base por duas temporadas e então fui contratado para o profissional. E como foi a opção pela Medicina ? Dr. Neiva - Sempre foi o desejo do meu pai, farmacêutico prático, ter um filho médico. Mas como todo moleque brasileiro eu queria ser um craque. Craque mesmo eu logo ví que não seria. A concorrência é muito grande, Pelé um ano mais novo já era campeão do mundo ( risos ). Mas enquanto pude

tentei conciliar as duas coisas. Quando o comparecimento ao Belfort Duarte, hoje Couto Pereira, passou a ser diário, não tive dúvidas em optar pelos estudos. Mas o amor pela bola segue até hoje. Em que faculdade o senhor estudou e como era o ambiente universitário naquela época? Dr. Neiva - Estudei na UFPR ( Universidade Federal do Paraná ) e já havia também o curso médico na PUC ( a Católica ) . Não havia ainda a Evangélica, que seria fundada mais tarde até com minha participação. Foi muito bom o meu tempo de estudante. Havia grande agitação política que culminou com a ditadura militar. Nunca aderi aos movimentos estudantis, ficava praticando no Hospital Evangélico, onde morava. Meus colegas curitibanos, principalmente os Coxas, chegavam a me pedir autógrafos. Era o tempo em que se faziam operações em cães que tínhamos que caçar nas ruas. No Coxa também o ambiente era ótimo e muito me respeitavam por ser futuro médico. O médico era o Dr Acir, irmão do presidente Arion Cornelsen e às vezes me levava para assistir operações no Hospital da Polícia Militar. O diretor de futebol, meu querido Dr. Miguel Cecchia mais tarde veio a ser meu paciente por lesões de menor importância na pele clara. Tinha o apelido de Raposa

Ruiva e deu muitos títulos ao Coxa. Disputei um Campeonato Brasileiro Universitário em Recife, treinador Adão Plínio da Silva. O treinador do Atlético, o divertido João de Pasquale, queria que eu fosse para o rubro-negro. Não fui. Sempre fui bem tratado no Coxa e além disso o vestiário do Estádio Joaquim Américo era um desastre, você tinha que atravessar um túnel banhado e já entrava sujo no campo. Nada a ver com a espetacular Arena de hoje. Ainda como curiosidade fomos disputar em Assunção os primeiros jogas Paraná- Paraguai em 1960. Avião sucata da Segunda Guerra Mundial, bancos de paraquedistas. Juiz paraguaio, jogo noturno, estádio Defensores del Chaco, vai ser dada a saída, o juiz se vira para o lado deles e grita "al Paraguai " e apita. Pouco parcial né? Devo dizer que tenho amigos atleticanos também,e muitos. Vou citar o falecido Capitão Perez e o muito vivo Celso Gottardi, filho do lendário Cajú. Devo dizer também do meu orgulho de

Depois de formado em Medicina fez especialização? Dr. Neiva - Sim, quando me desliguei do Coxa eu fui aceito como Acadêmico Residente no querido Hospital Evangélico. Casa, comida, roupa lavada e aprendizado. Salário não havia mas fazíamos de tudo, dirigir ambulância, parte burocrática, ajudar em cirurgias as mais variadas, banco de sangue, pediatria... De modo que ao me formar eu recusava a idéia de escolher uma especialidade e ficar preso a apenas um setor da Cirurgia. Não se falava em Oncologia e o Hospital AC Camargo de São Paulo enviava cartas-convite a todos os doutorandos do país garimpando vocações. No programa estava o corpo humano completo: cabeça e pescoço, tórax, abdômen, mamas, cirurgia pélvica, tumores ósseos e de partes moles, linfomas, tudo. Abracei a causa e me tornei Cirurgião Oncológico. Tive convites para continuar em São Paulo mas preferi Curitiba, onde os meus professores divulgavam a minha vinda gerando expectativa nas famílias onde haviam pacientes . Então não tive que esperar pela clientela. Ela me esperava. Ocorre que fui diagnosticado como portador de uma lesão tuberculosa no ápice do pulmão esquerdo. Então os três primeiros meses da minha vida profissional eu passei internado em Piraquara. Eu estava muito magro mas me sentia bem. Como a caverna insistisse em não fechar passei a receber sessões de pneumotórax (inje-


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Salas de aula, aplicação e correção de provas,contrôle de frequência... Não me agradam.

ção de ar na pleura) Meu médico, mais que um pai , o Dr. Rached Smaka, ficou sabendo que eu fugia do hospital nos sábados à tarde para jogar peladas inter hospitalares. E então dizia " como V não para eu paro o seu pulmão ". Gratidão eterna, mestre. Depois passou a dar aulas também de Medicina? Dr. Neiva - Isso. O saudoso Dr. Daniel Egg, diretor do Hospital Evangélico, estava empenhado em criar a terceira faculdade de Medicina em Curitiba e precisava de Currículos para cumprir exigências do MEC. Não tive dúvidas em aderir e começar por criar meu Serviço de Oncologia no Hospital Evangélico, hoje sob a égide do meu querido discípulo Dr. João Carlos Simões, que já foi presidente da Associação Médica do Paraná. Depois desta experiência como professor qual foi o passo seguinte ? Dr. Neiva - Eu nunca me considerei realmente um professor, embora tivesse este título. Gostava e ainda me agrada transmitir ensinamentos práticos na beira do leito ou da mesa cirúrgica.

Depois passou para um consultório, um hospital próprio? Dr. Neiva - Comecei atendendo no Evangélico, que é um hospital geral, onde me deram uma sala e a espera era no corredor. Pacientes em mau estado, com sondas, gemendo, alguns exalando mau cheiro, passaram a atrapalhar o andamento da rotina hospitalar. Então montei consultório próprio. Mas estive sempre ligado ao Evangélico. Depois da morte do Dr. Daniel, não tive mais vontade de trabalhar lá. Fui diretor do São Vicente por um período, trabalhei no antigo São Judas, no Santa Cruz, tenho Serviço de Radioterapia anexo ao N S das Graças. Mas nosso grande Serviço hoje é no Angelina Caron, que neste ano passará a efetuar transplantes de medula óssea. Atualmente como trabalha na área? Dr. Neiva - Como esta entrevista mistura futebol com Medicina, preciso saber de que área estamos falando. Na grande área evito fazer falta e procuro limpá-la. (risos) Tenho 76 anos, já não tenho a pegada de antes, tenho quatro filhos e nove netos. Gosto de fazer escada para os jovens cirurgiões, ensino e aprendo com eles e sigo atendendo regularmente meu consultório, mas só até morrer ( risos ) Onde começou a jogar futebol? Dr. Neiva - Na rua, descalço, com bola de meia. Com valeta de esgoto. Bola molhada acaba o jogo. "Salvar"

uma bola da valeta valia mais que gol. Nossas peladas infantís tinham regras próprias. Irmão caçula jogava pra não ficar chorando e atrapalhando o jogo. Era chamado de " café com leite " e não valia nada do que fizesse. Quem marcava o pênalti era a própria vítima e podia bater mais de um , de acordo com a raiva causada pela agressão. Em qual posição? Dr. Neiva - Queria ser ponta direita, fã de Julinho Botelho da Portuguesa, que para nós, bairristas paulistas era melhor que Garrincha. Mas quando cheguei para o juvenil do São Bento o treinador achou que eu

Sanfor, Batista Neiva, Gonzaga e Capitão Peres.

Seleção Paranaense Universitária de 1964 - Herói, Carazai, Barchi, Bandeira, Luizão, Casagrande, Batista Neiva, Paulo Abas, Artur Kumochi, Wilson do Rosário, Juquinha e Atos. era alto e me botou na zaga. Acabei me adaptando no meio do campo. Hoje seria um volante tranca-rua pouco criativo e bom de desarme.

motivo do estresse, entre outros. Dr. Neiva - Eu não creio que o estresse em si possa causar o câncer. Mas pode sim baixar a resistência e contribuir. Tive uma paciente dada como curada. Ela teve que assistir à tortura e execução do marido. Tremendo abalo emocional. Sua doença voltou em seguida.

Voltando à atualidade, dizem que os casos de câncer hoje aumentaram muito e talvez se deva à alimentação, ou à vida moderna. A que o senhor atribui este aumento? Dr. Neiva - primeiro porque melhorou muito o DIAGNÓSTICO. No passado muito "nó na tripa", muita "ferida brava", na verdade eram manifestações de câncer. Muita gente viveu com câncer de próstata sem o saber. O aumento da média de vida responde por grande parte desse aumento. Os agrotóxicos e os conservantes seguem matando muita gente. A poluição ambiental, a camada de ozônio, os raios UV (ultra-violeta). Conseguimos suprimir a propaganda do cigarro na TV. Mas esta encantadora Verão aproveita o incauto boquiaberto para jogar álcool na goela dele. Ela mesma não bebe.

Dr. Neiva - Vou tentar um enfoque diferente. Em primeiro lugar o PESO. Quem não se preocupa com a obesidade e com sua aparência exterior, não há de se preocupar com seus órgãos internos. A gula mata tantos quanto a fome. Os fatores cancerígenos atingem nossa pele e entram pela nossa boca ( álcool e conservantes ) e pelo ar inalado. Estabilidade emocional. Seja bom, seja autêntico. O eterno infeliz atrai as doenças.

Alguns médicos chineses afirmam que o modo de vida moderno ocidental facilita o surgimento do câncer, por

Nota da redação: Visite o blog do Dr. João Batista Neiva em www.jbneiva.blogspot.com

Quais conselhos para quem gostaria de levar uma vida mais saudável?


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Após briga de gangues, Shopping Palladium proíbe entrada de menores desacompanhados emanas atrás o Shopping Palladium foi palco de uma briga de gangues de menores. No tumulto algumas pessoas foram furtadas e algumas lojas fecharam as portas temporariamente. Os menores, de gangues rivais, se encontraram no shopping e iniciaram uma briga. Os seguranças do shopping controlaram a situação. Após conseguir uma liminar judicial o Shopping Palladium barrou a entrada de menores desacompanhados dos pais ou de maiores de idade aos domingos em Curitiba. Menores de 18 anos estão sendo impedidos de entrar no empreendimento pelos seguranças. Para entrar no shopping, os seguranças exisgem a apresentação de documentos. A medida ocorre após um tumulto dentro do shopping no fim de semana de retrasada, que levou ao fechamento de lojas e à detenção de jovens– segundo o Palladium, a decisão foi solicitada em função do temor de novos confrontos dentro do shopping ou no entorno. A liminar foi concedida pelo juiz Paulo Bezerril Tourinho, de Curitiba. A impunidade de menores de idade tem favorecido a delinquencia

e atos de vandalismos não apenas em alguns shoppings, mas em toda a cidade. Anos atrás o Shopping Curitiba enfrentou problemas com menores que se reuniam nas escadarias para marcar brigas e confrontos. A situação foi controlada pela Polícia Militar e nunca mais se repetiram. Segundo o estudante Anésio Maurício Fortato, morador do bairro Portão e frequentador do Shopping Palladium, “alguns menores de idade vindos da favela do Parolin e Uberlãndia estão rondando o shopping para roubar celulares. Ao se reunir em grupos eles entram em alguns shoppings da região. Felizmente os seguranças e a Polícia Militar tem combatido esses pequenos marginais”. Após a ação dos seguranças e da Polícia Militar não se registraram mais problemas, brigas ou tumultos dentro do Shopping Palladium no bairro Portão. No fechamento desta edição a Justiça havia determinado a extensão da liminar concedida ao Shopping Palladium, de Curitiba, que permite aos seguranças do local impedirem a entrada de menores de idade que estejam desacompanhados dos pais aos domingos.


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MIL E UMA NOITES

Receita do mês com a Chef Malu Bonilauri Pensando no verão a receita do mês de janeiro é o Tabule uma saladinha refrescante que vai muito bem com quibe cru ou assado, ou mesmo sozinha para quem dispensa a proteína.

TABULE Ingredientes 100g trigo para quibe hidratado 1 tomate picado sem sementes 1 punhado de salsinha picada Limão Azeite de Oliva

Tempero Sírio Hortelã picada Preparo Lave muito bem o trigo para quibe. Deixe de molho por 30 minutos. Escorra a água do trigo reservandoa, aperte o trigo para extrair o excesso de água Misture o tomate, a salsinha, hortelã e o trigo. Tempere com o limão, sal, pimenta síria e o azeite de oliva. Para saber mais sobre aulas curta a minha fanpage malu bonilauri cozinha gourmet

Durante um bom período de minha vida profissional, freqüentei assiduamente o jornal Gazeta do Povo ali na Praça Carlos Gomes. Entre as dezenas de pessoas com quem me relacionei e se tornaram amigos, quer destacar um – em especial – pela singularidade de sua personalidade. Vou chamá-lo de Zé Carlos, preservando assim sua identidade, já que sua história não é politicamente correta em nossa sociedade. Zé Carlos veio contratado pelo jornal, lá do Rio de Janeiro. Especialista em um setor importante da mídia impressa, ele logo foi se tornando figura de relevo e muito conhecido de todos. Fizemos amizade fácil e rápida e nosso relacionamento, embora estritamente profissional, era muito prazeroso. Com cerca de uns dois anos de Casa, para surpresa geral, Zé Carlos resolveu pedir a conta e voltar ao Rio. Ao tomar conhecimento do fato, um pouco espantado, procurei-o para me inteirar de sua decisão que achei inesperada. Fui até sua sala saber da realidade. Recebeu-me com grande afeto e explicou – convincentemente- de sua decisão de voltar ao Rio e retomar o posto que deixara em um jornal carioca. - Estou decidido, falou. Vou, mas levo minhas duas famílias, claro! - Não entendi. Que duas famílias, perguntei admirado e surpreso. - Tenho duas famílias; não me diga que você não sabia? Todo mundo sabe!

Pensei de imediato em uma brincadeira do Zé Carlos, mas ele sério, prosseguiu: - Eu tenho realmente duas famílias. Não é uma família e uma amante. Não! Tenho uma esposa com dois filhos numa casa e tenho outra mulher, também com dois filhos, em outra casa. Todo o conforto que tem na primeira casa tem, igualmente, na outra. Isto quer dizer que trato as duas famílias com o mesmo carinho e atenção. Espantadíssimo, perguntei sob o relacionamento das mulheres e dos filhos... - Minha primeira esposa não conhece a segunda, ou finge não conhecer; a segunda, claro, conhece a “original”, disse sorrindo. Elas se aceitam muito bem como também as crianças. Certa ocasião, eu estava sem emprego fixo, assim o dinheiro estava curto para manter as duas famílias. As crianças eram ainda pequenas; sabe o que minha mulher fez? Começou a fazer doces e salgadinhos para vender lá no bairro no Rio. Quando eu chegava em casa ela estava com uma bandeja de bolinhos para que eu levasse “pra outra” para atender as crianças que estariam precisando... Estarrecido fiquei de boca aberta vendo a narrativa do amigo, tão aberta e sincera como se essa história fosse a coisa mais normal do mundo. Vendo meu espanto, concluiu: - Olhe, eu já tenho essas famílias há mais de 15 anos. Uma casa se localiza, quase sempre, mais ou menos próxima da outra; então, um dia eu durmo numa, no outro, na outra. Assim, como você pode ver, eu nunca durmo fora de casa! E lá foi o Zé Carlos de volta para o Rio.


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Antonina terá carnaval. Prefeito muda de ideia. Considerado por muitos o melhor carnaval do Paraná, Antonina terá carnaval neste ano, apesar do anúncio anterior. A cidade tem 20 mil habitantes. No carnaval a população chega a 80 mil habitantes aproximadamente. lém do melhor carnaval do Paraná, Antonina é famosa pelas belezas naturais, rios, cachoeiras e baía de águas calmas com passeios de barcos. A cidade conta também com excelentes restaurantes, bares, hotéis e pousadas. Tudo isto faz do carnaval de Antonina um evento único no Paraná, e soma-se ainda um excelente trabalho na área de segurança pública que traz tranquilidade, paz e segurança aos turistas. Mas para garantir o carnaval deste ano foi necessário muita pressão dos moradores. A princípio o prefeito em exercício Wilson Clio de Almeida Filho (PSC) anunciou que o carnaval estaria suspenso por causa da dengue. Em entrevista à Banda B, o prefeito afirmou que revogou o decreto porque recebeu um laudo técnico da Secretaria Estadual de Saúde explicando que a cidade não oferece riscos

em relação à doença. “Quando assinei o decreto adiando o carnaval de Antonina para julho ainda não tinha recebido o laudo da Secretaria de Saúde informando que não havia risco para a cidade em relação a dengue. Assim que recebi o laudo, re-

voguei o decreto. Além disso, os dois casos de dengue aqui no município são de pessoas que foram contaminadas em Paranaguá, não aqui”, afirmou. O prefeito revogou o decreto do dia anterior que adiava o carnaval

da cidade para julho por causa da dengue. A mudança aconteceu depois que representantes de escolas de samba e blocos carnavalescos do município foram até a sessão da Câmara Municipal pedir que a festa não fosse cancelada. Os manifestantes levaram bateria e muito barulho, e conseguiram o que queriam: a festa está mantida em fevereiro. Entre os manifestantes também estavam vários comerciantes e donos de hotéis e pousadas da cidade, que teriam um grande prejuízo com o cancelamento do carnaval este ano. Paranaguá é atualmente a cidade paranaense com o maior número casos de dengue, com 614 pessoas contaminadas, motivo pelo qual o carnaval permanece suspenso. Além de Antonina, o carnaval está confirmado em Guaratuba, Pontal e Matinhos.

Paranaguá registra maior volume em exportações da história do Paraná O Porto de Paranaguá fechou 2015 com o maior volume em exportações da história, com 30,3 milhões de toneladas embarcadas, 8,8% a mais que em 2014. O resultado reflete a resistência do agronegócio do Paraná diante da crise econômica brasileira, o aumento dos investimentos no porto e da agilidade na movimentação de cargas. A soja foi o produto mais movimentado em Paranaguá em 2015, com 8,5 milhões de toneladas exportadas – um recorde no porto paranaense, que tinha como melhor marca as 7,7 milhões de toneladas movimentadas do grão em 2013. O farelo de soja também ganhou espaço e chegou a 5,4 milhões de toneladas embarcadas, outro recorde. Com isso o chamado “complexo soja” teve 9,8% de aumento nas exportações por Paranaguá. As carnes congeladas também registraram aumento e recorde: 1,9 milhão de toneladas exportadas, crescimento de 14% em relação ao total movimentado em 2014. O desempenho também elevou o Porto de

Paranaguá ao posto de líder na exportação de carne de frango. Os números também mostram a força do agronegócio paranaense. Segundo a Organização das Cooperativas do Paraná, as cooperativas fecharam 2015 com expor-

tações de US$ 2,4 bilhões, o que representa uma alta de 4% em relação ao ano anterior. Já a receita delas teve crescimento de 12%, chegando a R$ 49 bilhões. Nos últimos cinco anos, foram registrados recordes na operação de quase

todos os produtos movimentados pelo Porto de Paranaguá, o que dinamizou e impulsionou a economia do Estado. “O País enfrenta um momento complicado, mas o agronegócio do Paraná continua fazendo seu papel e imprimindo excelentes resultados. Com os diversos investimentos feitos no porto, conseguimos corresponder aos anseios do produtor”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Os recordes foram alcançados mesmo com um volume de chuvas 44% superior em relação ao ano anterior e com a paralização parcial de alguns berços para a troca de equipamentos. “Isto evidencia o ganho em produtividade que tivemos. Conseguimos trabalhar mais e melhor, mesmo com estes empecilhos. O resultado é fruto dos mais de R$ 511 milhões investidos nos portos do Paraná ao longo dos últimos anos”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.


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ACP quer solução para o problema dos moradores de rua Álvaro Dias no PV O senador mais votado na história do Paraná, Álvaro Dias, entrou para o PV (Partido Verde) e trabalha para sair candidato a Presidente da República. Explicando sua decisão de optar pelo PV, justificou: “Estava buscando um partido que não estivesse envolvido direta ou indiretamente com a Operação Lava Jato”.

O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Antonio Miguel Espolador Neto, diretores e conselheiros da entidade resolveram expressar conjuntamente sua preocupação com o agravamento da questão dos moradores de rua em Curitiba. “A situação chegou a seu limite, exigindo providências imediatas a bem da cidade, do comércio e da população”, resumiu Espolador. O problema tem gerado grande insatisfação, tendo em vista os sérios prejuízos causados ao comércio, e exige a pronta ação das autoridades constituídas. “Num período de retração econômica, os comerciantes, especialmente aqueles estabelecidos na rua XV de Novembro, como já acon-

tece com muitos, podem ter o seu negócio inviabilizado”, comentou. Observa-se hoje na área central de Curitiba que grande número de pessoas passou a ocupar espaços nas vias públicas, dormindo sob marquises ou nas praças, assim como ocorre também em muitos bairros. “Essas pessoas, ao invés de perambularem ao relento deveriam ser encaminhadas a instituições aparelhadas e preparadas para oferecer-lhes abrigo digno e, acima de tudo dar a elas a oportunidade de se readequar para o convívio social”, disse. “Os proprietários de estabelecimentos comerciais têm reclamado de preju-

Antonio Miguel Espolador Neto ízos, e com razão”, argumentou Espolador lembrando que “muitas vezes os clientes evitam entrar nas lojas por causa da aglomeração de pessoas e até mesmo de animais domésticos”. No centro, a chamada população em situação vulnerável ocupa vários espaços ao longo da rua XV de Novembro, um dos principais cartões postais de Curitiba e espaço obrigatório de circulação dos turistas que escolhem a cidade para passar parte das férias.

Curitiba perde mais de 1,2 bilhão em 4 greves de ônibus em 2 anos O vereador Jorge Bernardi, líder da Rede Sustentabilidade na Câmara Municipal, afirmou ontem que a economia de Curitiba perdeu R$ 1,2 bilhão nas quatro greves do transporte coletivo que ocorreram nos últimos dois anos da administração Gustavo Fruet. “Alguém deve ser responsabilizado por isto. Afinal o transporte público possui caráter essencial e este tipo de situação não pode continuar, pois a população como um todo perde”, afirmou o vereador que foi presidente da CPI do Transporte Coletivo em 2013. Para Bernardi, segundo estudos da Associação Comercial do Paraná, um dia de greve causa um prejuízo de, no mínimo, R$ 100 milhões de reais na

economia da cidade. As quatro greves do transporte coletivo realizadas a partir de 2014, somaram 12 dias de paralização dos ônibus. “Curitiba deixou de movimentar na sua economia, uma fortuna quatro vezes superior ao valor das empresas que operam o transporte coletivo, cujo valor de mercado é de R$ 250 milhões” - afirmou. Para Jorge Bernardi a sociedade civil deve se organizar para cobrar responsabilidades, exigindo das autoridades municipais a intervenção nas empresas de ônibus e a realização de uma nova licitação. “A licitação de 2010, realizada nos governos Richa/ Ducci é nula, há indícios de fraude, formação de cartel e outras irregularidades que foram apuradas na CPI

do Transporte Coletivo, Tribunal de Contas, e outras auditorias” – afirmou. As quatro graves de ônibus realizadas na gestão Fruet ocorreram em: 26 de fevereiro a 01 de março, com 4 dias de duração; de 26 de janeiro a 29 de janeiro de 2015, também 4 dias de duração: 01 de dezembro de 2015, um dia de duração: e de 12 a 14 de janeiro de 2016, com 3 dias de duração. “Há fortes indícios, em todas as greves, de lockout, ou seja os patrões estão por traz destas paralizações, já que ocorreram no período de aumento de tarifa. A Policia e o Ministério Público deveriam investigar se houve crime por parte dos empresários” – declarou Bernardi.

Vereador Jorge Bernardi

André Vargas (ex-PT) tinha ‘esquema profissional de corrupção’ ex-deputado federal pelo PT André Vargas, ex-vice presidente da Câmara dos Deputados, continua preso respondendo a diversas acusações de corrupção junto a órgãos federais, através de verbas publicitárias. Conhecido como "Bocão", em função da sua voracidade, financiou diversas campanhas de petistas no Paraná. Para avivar ainda mais o "inferno astral" vivido por André Vargas, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que o ex-

1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, o ex-petista André Vargas (PR), tinha um "esquema profissional de corrupção e lavagem de dinheiro". As afirmações do magistrado, que condenou o deputado cassado a 14 anos e quatro meses de prisão, serão analisadas pela ministra Cármen Lúcia. Vargas foi condenado em setembro de 2015 por três crimes de corrupção e 64 atos de lavagem de dinheiro em um esquema em que recebeu 1,1 milhão de reais em propina desviados de contratos de publicidade da Caixa Econômica e do Ministério da Saúde. O publicitário

Ricardo Hoffmann (genro do ex-governador Jaime Lerner), réu no mesmo processo, também foi condenado, mas posto em liberdade por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF, após pagar fiança de quase 1 milhão de reais. Anos atrás, assim que Gleisi Hoffmann assumiu uma cadeira no Senado da República, diversos jornais de bairros de Curitiba passaram a receber publicidade da Caixa Econômica Federal. Coincidentemente ou não, assim que André Vargas começou a "dar as cartas" na Caixa, os jornais de bairros de Curitiba pararam de receber a publicidade.


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MP-PR auxilia na coleta de 50 mil assinaturas em apoio à campanha “10 Medidas Contra a Corrupção” ais de 50 mil assinaturas em apoio à campanha “10 Medidas Contra a Corrupção” já foram coletadas no Estado em iniciativas que tiveram a participação do Ministério Público Paraná. Tais atividades envolveram membros, servidores e estagiários do MP-PR que foram às ruas para mobilizar a sociedade em defesa de medidas que podem aprimorar o sistema jurídico, de modo a prevenir e reprimir a corrupção e a impunidade no país. A campanha, idealizada pelo Ministério Público Federal, conta com a adesão do MP-PR desde agosto de 2015. O principal objetivo é reunir assinaturas dos cidadãos para que as propostas anticorrupção sejam levadas, como um projeto de lei de iniciativa popular, ao Congresso Nacional. Para isso, é necessário coletar no mínimo 1,5 milhão de assinaturas em todo o país. “Essa campanha não tem um dono; ela é de todos os cidadãos brasileiros. O Ministério Público apenas protagoniza e tenta materializar, nessas propostas, o sentimento de indignação do povo brasileiro com a cultura da corrupção e do favorecimento, na busca incessante da construção e consolidação de um Brasil cada vez melhor e mais justo para todos”, afirmou o procuradorgeral de Justiça do MP-PR, Gilberto Giacoia. Segundo levantamento do MPF, por meio do “Assinômetro”, em todo o país já foram coletadas cerca 1 milhão e 200 mil assinaturas. Deste total, 204 mil foram somente no Paraná, o segundo Estado em número de assinaturas (São Paulo coletou 238 mil). Balanço – Desde que o MP-PR aderiu à campanha, 25 comarcas do interior do Estado noticiaram, por

meio do site de notícias da Instituição, seus esforços para fomentar a mobilização e para conseguir a adesão dos paranaenses: Apucarana, Arapongas, Arapoti, Barracão, Cafelândia, Campo Mourão, Cidade Gaúcha, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Londrina, Mandaguari, Maringá, Paranaguá, Pinhais, Ponta Grossa, Porecatu, Prudentópolis, Santo Antônio do Sudoeste, São Mateus do Sul, Telêmaco Borba, Tibagi, Toledo, Tomazina, Xambrê. Até o momento, foram contabilizadas 50.293 assinaturas coletadas no Paraná com participação do MP-PR. Dessas, 18 mil já foram entregues, em mãos, pelo procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, a representantes do

MPF: parte foi entregue em 24 de setembro ao coordenador da Rede de Controle da Gestão Pública, o procurador da República Alessandro José Fernandes de Oliveira, e o restante foi entregue em dezembro, durante as comemorações do Dia Nacional do Ministério Público, ao procurador da República Deltan Dallagnol. As demais assinaturas foram remetidas ao MPF diretamente pelas Promotorias de Justiça do interior e da capital. Ações – Entre as ações desenvolvidas por procuradores, promotores de Justiça, servidores e estagiários, destaca-se a disponibilização de listas para assinaturas nas Promotorias; parcerias com representantes do comércio, de organiza-

ções, escolas, igrejas, Observatório Social e outras entidades; audiências com a comunidade para falar de prevenção e combate à corrupção e sobre o conteúdo das medidas; dentre outras. Somente na comarca de Toledo, foram coletadas 13.773 assinaturas, superando a expectativa de coletar o correspondente a 1% do eleitorado da cidade (4.650 assinaturas). O trabalho, coordenado pelos promotores de Justiça Sandres Sponholz e Alex Fadel, contou com a participação da Associação Comercial e Empresarial de Toledo e do Observatório Social de Toledo. Outras comarcas com números expressivos registrados foram Apucarana (3.332 assinaturas), Porecatu (2.334), Foz do Iguaçu (2.656), Laranjeiras do Sul (3.643), Guarapuava (6.003), Mandaguari (3.721) e Campo Mourão (5.781). Além disso, a ProcuradoriaGeral de Justiça recebeu mais de 3 mil assinaturas coletadas individualmente, por cidadãos, empresas, comerciantes, estudantes, dentre outros. Destaca-se, ainda, a mobilização realizada pelo procurador de Justiça Eliezer Gomes da Silva, que coletou 292 assinaturas na Faculdade de Direito da UEPG, e pela procuradora de Justiça Emilia Ribeiro Arruda de Oliveira, que coletou 470 assinaturas com amigos e familiares. Propostas – As “10 Medidas Contra a Corrupção” tiveram como ponto de partida a experiência de atuação do Ministério Público, e foram desenvolvidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato, do MPF. A elaboração da proposta de número 6, que trata da reforma no sistema de prescrição penal, contou com a colaboração do MP-PR, por meio do promotor de Justiça Fábio André Guaragni. As medidas, em seu conjunto, visam, basicamente, agilizar a tramitação das ações de improbidade administrativa e das ações criminais; criminalizar o enriquecimento ilícito; aumentar as penas para corrupção de altos valores; responsabilizar partidos políticos e criminalizar a prática do “caixa 2”, etc. Confira a íntegra de todas elas. Saiba mais! Acesse o hotsite da campanha e saiba como participar!


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O Dicionário das Tristezas Obscuras riado pelo artista John Koenig, o Dicionário das Tristezas Obscuras, é uma coleção de palavras inventadas, que servem para oficializar emoções que as pessoas sentem mas não conseguem explicar. Aqui estão algumas delas. Para ver todas e também os vídeos que Koenig faz com suas palavras, visite o site do projeto.

espirais de creme se formando no café – o que, por fim, leva a uma avassaladora constatação da fragilidade da vida. 4. Anchorage O desejo de segurar o tempo enquanto ele passa, como tentar se segurar em uma pedra no meio de um rio com muita correnteza. 5. Anecdoche Uma conversa em que todo mundo está falando mas ninguém está ouvindo. 6. Anemoia Nostalgia de um tempo no qual você nunca viveu. 7. Anthrodynia Um estado de exaustão ao perceber o quão horríveis as pessoas podem ser umas com as outras. 8. Chrysalism A tranquilidade confortável de se estar dentro de casa durante uma tempestade.

1. Adronitis Frustrar-se com a quantidade de tempo necessário para se conhecer bem alguém.

9. Ecstatic Shock A onda de energia que surge ao olhar de relance para alguém que você gosta.

2. Aimonimia O medo de que aprender o nome de algo – um pássaro, uma constelação, uma pessoa bonita – vai estragar tudo. Transformando uma descoberta do acaso, em uma casca conceitual vazia.

10. Ellipsism Uma tristeza por não ser capaz de saber como a história vai terminar.

3. Ambedo Um tipo de transe melancólico no qual você se torna completamente absorto por pequenos detalhes sensoriais – pingos de chuva escorrendo pela janela, árvores altas se dobrando lentamente com o vento,

11. Énouement A sensação agridoce de ter chegado no futuro, visto como tudo aconteceu, mas não ser capaz de contar para o seu ‘eu’ do passado. 12. Exulansis A tendência de desistir de tentar falar sobre uma determinada experiência por-

que as pessoas são incapazes de se relacionar com ela. 13. Gnossienne O momento em que você percebe que alguém que você conhece há anos tem uma vida interna, privada e misteriosa. 14. Jouska Uma conversa hipotética que você repete compulsivamente na sua cabeça. 15. Kairosclerosis O momento em que você percebe que está feliz – e tenta conscientemente aproveitar essa sensação – o que obriga seu intelecto a identificar e colocar a sensação em um contexto, onde a felicidade lentamente se dissolve até se tornar pouco mais do que um retrogosto. 16. Kenopsia A atmosfera misteriosa e desamparada de um lugar que normalmente está cheio de gente, mas que agora está aban-

donado e quieto. 17. Lachesism O desejo de ser atingido por um desastre – sobreviver a uma queda de avião, ou perder tudo em um incêndio. 18. Lalalalia Dar-se conta, enquanto fala sozinho, que outra pessoa pode estar escutando, o que o leva a rapidamente transformar as palavras em algum cantarolar sem sentido. 19. Lapyear A idade em que você se torna mais velha do que seus pais eram quando você nasceu. 20. Lethobenthos O hábito de esquecer o quão importante uma pessoa é para você, até o momento em que você a encontra pessoalmente. Noosfera


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Richa vai atuar contra fechamento de usina de xisto da Petrobras governador Beto Richa garantiu nesta quarta-feira, em reunião com lideranças políticas e empresários de São Mateus do Sul, que o governo estadual dará todo o apoio necessário para evitar o possível fechamento da Unidade de Industrialização do Xisto, da Petrobras, localizada no município. “A manutenção dessa unidade terá o apoio integral e irrestrito do nosso governo, que entende que o fechamento da mineradora traria reflexos nocivos para economia e geração de empregos no município”, disse. Richa afirmou que convocará a bancada federal e pedirá uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, para conversar sobre o tema. “Vamos nos mobilizar para atender ao pedido da comunidade de São Mateus do Sul que está preocupada com os impactos do fechamento da unidade, que é vital para a economia da região”, destacou. Desde 1972, a Petrobras extrai petróleo e gás do xisto betuminoso na formação Irati, em São Mateus do Sul, pela subsidiária Petrosix. A produção é de aproximadamente 7,8 mil barris de petróleo de xisto por dia. O xisto betuminoso é uma rocha rica em material orgânico. Em suas camadas, é possível encontrar óleo semelhante ao derivado do petróleo. Com a atual situação financeira da Petrobras, a companhia estaria estudando o fechamento de algumas unidades no país. O prefeito interino de São Mateus

do Sul, Clóvis Distéfano, explica que não existe um posicionamento formal da empresa confirmando a intenção de fechar a usina de xisto do município. “Mesmo sem o anúncio oficial, estamos nos mobilizando para evitar o encerramento das atividades na unidade. É importante contar com o apoio do governador”, afirmou. Ele falou que, nos últimos anos, a produção e a geração dos empregos têm caído. “Vemos uma tendência para o fechamento. Por isso, não podemos fi-

car de braços cruzados”, disse. A unidade de xisto da Petrobras possui mil empregos diretos e três mil indiretos. “Considerando uma média de quatro pessoas por família, teremos um total de 16 mil pessoas que serão impactadas com a medida. Os impactos com o fechamento da unidade seriam trágicos. Nossa cidade inteira depende dessa unidade. Temos várias empresas instaladas na cidade que foram atraídas pela usina de xisto”, avalia o prefeito. Outro impacto do fechamento seria na ar-

recadação municipal e estadual. Atualmente, a unidade recolhe aproximadamente R$ 98 milhões em impostos e royalties. Desse total, R$ 20 milhões ficam em São Mateus do Sul, e R$ 60 milhões são repassados ao Governo do Paraná. O prefeito explica que esse valor representa 48% da renda do município, que atualmente, tem 45 mil habitantes. ECONOMIA - Com a saída da usina do município, a previsão é que 10 mil pessoas saiam da cidade a procura de emprego em outras regiões. O impacto atingiria diretamente o comércio da região, já que esses trabalhadores representam a população com a maior renda de São Mateus do Sul. “Estamos preocupados e buscamos uma saída para esse problema, se não vários empreendimentos comerciais serão fechados gerando mais desemprego”, avalia o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de São Mateus do Sul, Edson Dacorégio. Além do desemprego e da queda de arrecadação, o município teria problemas com a interrupção do fornecimento de calcário e com o lixo urbano que atualmente é depositado nas cavas da usina. Estavam presentes no Palácio Iguaçu o presidente da Fecomércio-PR, Darci Piana, o presidente da Assembleia, Ademar Traiano, o líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli, e os deputados estaduais Hussein Bakri e Alexandre Curi, além de lideranças municipais e empresários.


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Jornais de bairros de Curitiba voltam a se reunir Jantar festivo reuniu ontem diretores e representantes de 20 jornais de bairros de Curitiba no restaurante Ancoradouro, na avenida Água Verde, atendendo convite dos jornais Comércio do Hauer e Água Verde. A reunião foi coordenada por Ricardo Dias, diretor do jornal do Comércio Hauer, que falou da retomada da mobilização de jornais de bairros da cidade e região metropolitana. Vários assuntos foram discutidos e nova reunião ficou marcada para os próximos dias.

A diretora do Jornal da Barreirinha, Daiane Gonzaga, falou que os jornais de bairros precisam de unir para fortalecer a atividade junto às suas comunidades. Elisângela Jubanski, diretora do jornal do Santa Quitéria, falou em iniciar um trabalho para profissionalizar os jornais de bairros e melhorar a qualidade. Segundo Paulo Nascimento, do jornal Voz Tatuquarense, “esta oportunidade precisa ser aproveitada para construir um movimento sério e responsável, para fazer fren-

Paraná Clube deve vender mais patrimônio para pagar dívidas

Grama sintética na Arena do Atlético Paranaense é novidade no futebol

Mesmo vendendo parte da sede da sede social na avenida Kennedy venda aprovada há 3 meses - o Paraná continua com dificuldades para pagar suas dívidas. Nos próximos dias o clube convoca reuniões do Conselho Deliberativo para discutir a alienação de mais uma parte de seu patrimônio. Duas pendências estão em pauta: dívida com o empresário Léo Rabello, e uma com Renê Bernardi, da BASE, empresa que gerenciava o Ninho até o rompimento do contrato por parte do Tricolor. A pendência com Léo Rabello data de 2007, é causada por irregularidades na transferência do meia Tiago Neves. Dos cerca de R$ 36 milhões que o carioca cobra na Justiça, o Tricolor pode encerrar o débito e a ação pagando aproximadamente R$ 4 milhões, conforme acordo firmado. Quanto à dívida com Renê Bernardi, porém, existe risco de alienação patrimonial do clube a ser decretada pela Justiça. Por este motivo O Ninho da Gralha pode ser vendido. O empresário nega ter chegado a um acordo com o Tricolor. “Tive uma conversa com o Paraná há algum tempo. Mas não acertamos nada sobre um possível pagamento da dívida”, diz.

Especulações de todos os tipos estão sendo feitas sobre a grama sintética que está sendo instalada na Arena do Atlético Paranaense. Jornalistas, comentaristas e até curiosos fazem todos os tipos de projeções possíveis e inimagináveis – alguns idiotas fazem até acusações infundadas. O contrato para instalação do gramado sintético foi assinado pelo então presidente do clube, Mario Celso Petraglia, e os representantes da empresa GV Group, que reúne duas empresas especializadas em processos construtivos e gramados artificiais da Europa. O acordo foi fechado durante a visita de Petraglia a Portugal, semanas atrás. A Arena da Baixada será o primeiro estádio do Brasil a utilizar o produto desenvolvido pela empresa. O material é usado com sucesso em alguns estádios da Europa. O diretor comercial da GV Group, Rogério Azzi, informou que o gramado

te à atual crise que assola o país”. Para o diretor do jornal Água Verde, José Gil, “os jornais de bairros são os verdadeiros porta-vozes das comunidades. Um jornal de bairro

Mário Celso Petraglia assinando o contrato de aquisição da grama sintética

é muito diferente dos formatos tradicionais sintéticos e substitui a borracha, que dá adesão à grama, por um composto orgânico. Essa borracha é a principal reclamação de jogadores, pois o atrito com ela machuca a pele nos momentos de choque. Os tombos nos gramados sintéticos também são considerados mais perigosos e doloridos. Entretanto, afirma Azzi: “

Coritiba assina com a Adidas

não pode ser criado por políticos ou empresários, de cima para baixo, mas deve partir das comunidades, por pessoas engajadas nas lutas dos moradores”.

É um gramado que precisa de irrigação, pois tem um composto orgânico que também evita a variação de temperatura do gramado e é de manutenção bastante simples. O gramado tem aprovação da Fifa e obedece padrões desenvolvidos pela entidade”. Pelo Twitter, o presidente do AtléticoPR defendeu a instalação do gramado sintético na arena da Baixada. Entre os benefícios apresentados, ele falou da dificuldade de iluminação solar no gramado, muita umidade e o fato do estádio estar em fundo de vale e perto de um rio. O técnico Cristóvão Borges também defendeu a mudança do gramado da Arena Atleticana, afirmando que “o clube tem dificuldades para fazer a manutenção do gramado tradicional, em função da localização do terreno. O rubro-negro paranaense tem um estádio maravilhoso e precisamos de um gramado à altura da modernidade do estádio”.

Foi assinado o contrato do Coritiba com a Adidas para o fornecimento de material esportivo a partir de junho. A multinacional alemã já mostrou para o dirigente as camisas 1, 3 e 4 e nos próximos dias deverá ser apresentado o uniforme número 2. “Eles estão muito bonitos, a torcida vai ficar contente. O torcedor tem uma ligação especial com a Adidas por causa do uniforme utilizado em 1985, quando fomos campeões brasileiros”, afirmou o vice-presidente Alceni Guerra. De acordo com o contrato assinado, o Coxa ainda terá direito a 50% do lucro com a venda de material.


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A guerra na Síria em debate na Universidade Tecnológica Federal do Paraná Estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, reunidos no Comitê de Solidariedade à Luta dos Povos, organizaram o IV Seminário sobre o tema “Guerra na Síria”. O evento lotou o auditório da UTFPR e contou com participação do industrial e engenheiro civil Dr. Abdo Abage, cônsul honorário da República Árabe da Síria para o Paraná e Santa Catarina. Em sua palestra o Dr. Abdo falou sobre a importância na Síria na história da civilização humana, de sua contribuição em todas as áreas do conhecimento e apresentou fotografias sobre sítios arqueológicos milenares. De família cristã ortodoxa originária

Dr. Abdo Abage

O Brasil que queremos

Wilson Quinteiro Nosso país passa por uma aguda crise moral sem precedentes. Várias de nossas autoridades políticas e ocupantes de funções delegadas relevantes da administração pública sucumbiram ao ganho fácil e ilícito, deixando de lado a ética e a moralidade no desempenho de seus cargos. Alguns já foram presos; outros, embora livres da prisão, estão severamente comprometidos por suas ações ou omissões graves. Diante deste quadro, é natural que nós, como brasileiros, nos questionemos. Afinal, que país é este? Será que os cidadãos de bem terão de se curvar aos desmandos da corrupção? E aqueles que, ocupando um cargo público, mantêm firme seu compromisso com a ética? Precisarão se render e acatar perniciosos esquemas corruptos para continuarem em seus cargos e mandatos? A resposta é não. Não podemos assumir o comportamento daqueles que sucumbiram ao egoísmo desenfreado e adotaram o desmando como regra. Neste momento da história, em que sentimos vergonha pelos atos escusos de alguns de nossos representantes, precisamos ter coragem. Há uma convocação pessoal a cada brasileiro para resistir e não aceitar o que é errado. Não podemos nos calar diante da corrupção e nem nos omitir diante da opressão. É preciso combater, dia a dia, os desvios de conduta. Os filhos da Pátria não podem fugir desta luta. Ao Poder Judiciário, grande aliado nesse combate, cabe a missão de julgar e punir aqueles que adotam condutas ilícitas, sem-

pre respeitando o direito à ampla defesa e ao contraditório, prescritos pelo Estado Democrático de Direito. Os governantes, mandatários e detentores de funções delegadas não podem esquecer que têm o dever de cumprir a lei de maneira exemplar, sob pena de serem afastados. Economicamente, nós também precisamos não perder de vista que somos uma nação forte para resistir aos desmandos e decisões políticas equivocadas. Um setor produtivo cada vez mais desenvolvido, moderno e competitivo é fundamental para a geração de mais emprego e renda. Por isso, é necessário haver mais estímulo à produção, como investimentos em infraestrutura, ampliação das Parcerias Público-Privadas (PPP), financiamentos que possam auxiliar o empreendedor a crescer de forma ética, sem ter de recorrer a instrumentos escusos para sobreviver no mercado. Reorganizar o Estado brasileiro de modo que ele possa efetivamente cumprir sua função de proporcionar bem-estar a todos os cidadãos também é uma necessidade urgente. Precisamos de uma reforma política que fortaleça a democracia e as instituições e legitime a representação política e de uma reforma tributária que torne o sistema fiscal mais ágil e menos opressivo aos brasileiros. Outro ponto fundamental é repensar o pacto federativo para que haja o compartilhamento adequado dos recursos entre os entes federativos (estados e municípios), pois hoje a esfera federal concentra a maior parte das riquezas produzidas, gerando distorções graves que precisam ser sanadas. Há muito a ser feito, sem dúvida. Mas cabe a nós brasileiros insistir e buscar com todo o empenho possível a concretização desse Brasil que queremos. Wilson Quinteiro é advogado, diretor de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE)

da cidade de Antioquia, a cidade onde até os dias de hoje se fala o aramaico, a língua de Jesus Cristo, o Dr. Abdo falou que a religião está sendo usada como artifício pelo imperialismo e pelo sionismo para promover guerras no mundo árabe, especialmente na Síria e Iraque. Sobre a guerra na Síria, afirmou que não se trata de uma guerra interna, como quer fazer crer a imprensa ocidental, mas que trata-se “de uma guerra de forças estrangeiras contra a Síria. Milhares de mercenários vindos de diversos países, financiados por governos estrangeiros, estão promovendo a destruição de diversas cidades, vilas e aldeias sírias, com objetivos geoestratégicos para beneficiar EUA e Israel”. A participação da Rússia no conflito foi aborda pelo Dr. Abdo que lembrou a base militar russa em Tartus, “a única base militar russa na região”, e a guerra por gasodutos para levar gás e petróleo à Europa. Ele considerou positi-

va a participação da Rússia no combate aos terroristas que atuam na Síria. “Na verdade o povo sírio está sendo vítima de guerra causada por interesses econômicos e estratégicos na região. Os motivos e razões apontadas pela mídia ocidental, como a deposição do presidente Bashar Al Assad, é apenas desculpa para encobrir o verdadeiro motivo da guerra”, disse. Ele lembrou que o presidente Bashar Al Assad conta com apoio majoritário do povo árabe sírio, como ficou provado nas últimas eleições, inclusive em países estrangeiros. “Em Curitiba, por exemplo, o nosso consulado participou das últimas eleições, e entre os sírios registrados no consulado (do Paraná e Santa Catarina) o presidente Bashar teve o apoio de 95% dos votantes”. Ao final de sua palestra, o Dr. Abdo falou sobre o atentado ao Word Trade Center nos EUA. Ele disse que na qualidade de engenheiro civil e construtor, jamais acreditou na versão do governo norte-americano sobre os atentados. “Tudo não passou de uma farsa montada pelo governo norte-americano para deflagrar guerras no Iraque e Afeganistão”. Ele lembra que nas torres gêmeas trabalhavam 31 mil pessoas, mas que no dia dos atentados apenas 3.300 foram trabalhar, mesmo sendo dia útil. Ao final da palestra o Dr. Abdo participou de debate com os estudantes presentes e finalizou parabenizando os integrantes do Comitê da Solidariedade à Luta dos Povos da UTFPR, “por permitir que a verdade dos fatos seja debatida apesar da manipulação midiática em vigor”.


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Fique por dentro do Rotary Clube Por certo, em algum momento, você já terá ouvido falar em ROTARY INTERNATIONAL, ROTARY CLUBE, ou simplesmente em ROTARY. Eventualmente poderá até ter participado de alguma forma de um evento realizado por um clube de Rotary. Mas cá entre nós, honestamente, será que o amigo sabe realmente o que é Rotary? - Será que sabe o que faz o Rotary? – O que fazem e porque o fazem, seus membros chamados de rotarianos? Pois bem, são estes os esclarecimentos que neste momento vimos oferecer-lhe através desta pequena literatura. O ROTARY é a maior ONG - Organização Não Governamental do mundo, e se identifica sempre por uma marca, logotipo, que é uma Roda Denteada. Os rotarianos a usam em forma de um pequeno distintivo, como forma de se identificarem. O ROTARY é membro permanente das NAÇÕES UNIDAS. Na fundação desta importante organização, em 10/12/1948, mais de 40% das pessoas envolvidas na sua fundação, eram rotarianos. A "ONU", como é conhecida, é uma entidade internacional de caráter político, uma Assembléia Internacional de países, e só tem três membros que não são países, mas que, pela sua importância, têm assento naquela Assembléia: a CRUZ VERMELHA, o VATICANO e o ROTARY. O Rotary, como organismo a nível mundial, é formado por distritos e distritos são áreas geográficas onde se reúnem vários clubes de Rotary. Cada clube é uma célula do organismo mundial, sendo autônomo por si, mas respeitando a hierarquia e as normas básicas emanadas da direção geral, que é comandada por um Presidente Mundial. Como uma multinacional que tem mais de 1.200.000 associados, o Presidente Mundial tem para seu auxílio, vários gestores, e a estes se dá o nome de Governadores Distritais, ou seja, cada distrito é administrado por um Governador, e cada clube é dirigido por um Conselho Diretor, comandado por um Presidente. Todos estes cargos tem mandatro de apenas 1 (um) ano, o que garante ampla democracia e permanente renovação. O período de gestão é o ano rotário, que começa sempre em 1o de julho e vai até 30 de junho do ano seguinte. Todos os cargos são honoríficos, portanto, não remunerados. O Rotary é formado por pessoas de ambos os sexos, que são profissionais de todas as atividades dignas, de vida particular respeitável, que são líderes em sua atividade e se destacaram de alguma forma, tendo por isso mesmo sido lembrados por associados de um clube da região, que os convidam para também ingressarem em Rotary, por reconhecerem neles, as qualidades e os méritos para fazerem parte desta formidável alavanca de trabalho em favor do próximo, dos menos favorecidos, sempre tendo em mente algumas premissas, tais como: "DAR DE SÍ ANTES DE PENSAR EM SÍ" Partindo da premissa de que toda pessoa que, tendo sido um pouco mais bem aquinhoada pela sorte, deve ser solidária com seus irmãos menos favorecidos, os

rotarianos, através de sua organização, canalizam seus esforços, para que, num movimento coordenado, possam dar o máximo de rendimento aos projetos que conseguem colocar em prática, e aos serviços que prestam em caráter de solidariedade. O rotariano acredita que, pelo companheirismo que procura desenvolver entre as pessoas, contribuirá significativamente para criar novas amizades e muito mais boa vontade entre todos para a solução dos problemas que afligem o mundo. É importante destacar que para ser rotariano não quer dizer que você precisa ser “rico”. Basta ter condições de pagar uma mensalidade compulsória. O Rotary é feito de gente normal e simples ! O rotariano, segue e aplica um código de ética, denominado PROVA QUADRUPLA ROTARIA, que diz o seguinte: De tudo o que pensa, diz ou faz, 1 - É a VERDADE ? 2 - É JUSTO para todos os interessados ? 3 - Criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES ? 4 - Será BENÉFICO para todos os interessados ? OBJETIVO DO ROTARY O objetivo do Rotary é estimular e fomentar o ideal de servir como base de todo o empreendimento digno, promovendo e apoiando: 1 º - o desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir; 2 º - o reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a difusão das normas de ética profissional; 3 º - a melhoria da comunidade pela conduta exemplar de cada um na sua vida pública e privada, e 4 º - a aproximação dos profissionais de todo o Mundo, visando a consolidação das boas relações, da cooperação e da paz entre as nações. O rotariano orgulha-se da organização a que pertence e por isso mesmo, ele ostenta, geralmente em sua lapela, o distintivo que o identifica como pertencente a esta magnifica organização de prestação de serviços, via de regra beneficiando a quem sequer conhece, pela simples satisfação de ter contribuído com o seu esforço para que todos tenhamos um mundo melhor. Anualmente, cada gestão é simbolizada por um lema do Presidente Mundial, lema este que é sempre acompanhado por um logotipo alusivo. O Presidente Mundial deste ano rotário 2015-16 é do SRI LANKA (antigo CEILÃO) e seu nome é RAVI RAVINDRAN. O Governador Distrital que reúne os municípios da região sudeste do estado do Paraná é de Curitiba e seu nome é HERBERT BERNARDINO ALVES MOREIRA. Saiba mais visitando o site www.rotary4730.org.br e se caso se interesse em fazer parte desta emblemática organização de serviços, faça contato conosco através do e-mail sede@rotary4730.org.br e JUNTE-SE A NÓS ! HERBERT BERNARDINO ALVES MOREIRA ROTARY INTERNATIONAL - D4730 GOVERNADOR DISTRITAL - GESTÃO 2015-16 LEMA: SEJA UM PRESENTE PARA O MUNDO

História de Joanir Zonta vira livro “Um paranaense” Biografia escrita pelo jornalista Nilson Monteiro reuniu toda a trajetória do presidente e fundador do Condor A história de vida do presidente e fundador do Condor Super Center, Pedro Joanir Zonta, está registrada no livro “Um Paranaense”, do jornalista Nilson Monteiro, lançado recentemente. Como a história do empresário paranaense foi construída junto com a da sua empresa, além de contar fatos desde a infância de Zonta, a biografia também reúne todos os detalhes da trajetória dos 40 anos do Condor, e como uma pequena loja de bairro com 110m² e cinco funcionários se transformou na empresa que hoje tem 41 lojas espalhadas por 15 cidades do estado do Paraná e mais de dez mil colaboradores. Além de ser um empreendedor de sucesso, Zonta é dono de uma humildade e carisma inigualável e apaixonado pela sua criação: o Condor. Um dos importantes fatos de sua trajetória é de quando ele se recusou a vender a sua empresa para as multinacionais que chegavam no país na década de 90 e que acabaram comprando algumas redes regionais. Ele conta que estava em uma encruzilhada, mas que ao invés de aceitar as ofertas dos grandes players, preferiu modernizar as suas lojas e traçar metas de expansão. Para poder crescer, Zonta tinha que encontrar um sócio ou pegar financiamentos. Ele optou pela segunda opção e, assim, o Condor lançava um voo sem limites para se tornar uma das maiores redes supermercadistas do Brasil. Muitos foram os percalços encontrados, mas sua determinação, visão para os negócios e a sua li-

derança nata, fizeram ele superar um a um e construir uma equipe de profissionais leais e comprometidos com a empresa. O autor do livro destaca que Zonta é a alma do seu negócio e que o Condor é um prolongamento de si próprio. Monteiro também ressalta as características que moldaram o empreendedor e que fazem dele mais do que um empresário. “Constatei o DNA de um cidadão forjado na pobreza e na simplicidade, cujos valores são respeitados e ultrapassam o mundo empresarial, onde ele é vencedor”. Além das entrevistas com o empresário, Monteiro também conversou com os familiares, amigos e colegas de trabalho dele. O último capítulo do livro trata sobre a sucessão da empresa, que segundo Zonta já está sendo preparada com consultorias, conversas com outras empresas e também em cursos, feitos por ele e pelos três filhos. Para o leitor se sentir ainda mais próximo da trajetória de Zonta, a obra conta com fotos do acervo da família, além de imagens da estrutura e da equipe de diretores da rede. O livro “Um paranaense” tem uma tiragem de 30 mil exemplares, que serão distribuídos para os mais de 10 mil colaboradores da rede, imprensa, fornecedores, autoridades, entidades ligadas ao setor, bibliotecas públicas do estado e instituições de ensino públicas e privadas do Paraná e as principais do país que tenham cursos voltados para o setor. Também pode ser conferido e baixado no site da empresa www.condor.com.br.


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Joãozinho foi preso. Na delegacia ele ameaçou: - Me soltem senão vou chamar meu irmão da assembléia de Brasília, minha irmã promotora e meu pai procurador! Ele foi solto. Quando já estava no portão, um policial disse: - Joãozinho, me explica essa história dos seus parentes. - É que meu irmão é da Assembléia de Deus, minha irmã é promotora da Avon e meu pai é procurador de emprego. -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oO bêbado chegou no bar e disse: - Compadre, eu sou Deus. O dono do bar disse: - Para de blasfemar, você já disse isso mais de mil vezes! O bêbado falou: - Eu vou te provar, vem comigo! Chegando na igreja o padre reconhece o bêbado e diz: - Meu Deus! Você aqui de novo! -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oO fanho no motel O fanho liga pra recepção do motel: - Pode ver a minha conta? - O que o senhor consumiu? - 3 cervejas, 2 águas, 2 fodas. - Ah, esse último item o senhor resolve aí mesmo com a moça. - É foda limonada fua besta! -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oA mulher entra no confessionário de uma igreja em Hollywood. - Padre, quero me confessar! - Pois não minha filha, quais são os seus pecados? - Fui infiel ao meu marido padre. Sou maquiadora de artistas e há duas semanas dormi com o Leonardo Di Caprio. Na semana passada, dormi com o Brad Pitt e ontem dormi com o George Clooney. - Lamento filha, mas não posso dar-lhe a absolvição. - Mas por quê? A misericórdia do senhor não é infinita? - Sim filha, a misericórdia de Deus é infinita. Mas ele jamais vai acreditar que você está arrependida. -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oAbordagem policial - Onde você mora? - Com meus pais. - Onde seus pais moram? - Comigo. - Onde todos moram? - Juntos. - Onde é sua casa? - Ao lado da casa dos meus vizinhos. - Onde moram seus vizinhos? - Se eu disser, você não vai acreditar. - Diga. - Do lado da minha casa. -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oO sujeito pergunta na loja de jardinagem: - Moça, quanto custam estes vasos? E ela responde: - O bom custa R$ 10,00 e o ruim R$ 100,00. - Mas por que o ruim é mais caro? - É porque vaso ruim não quebra!

Telefonei para a vidente. Ela atendeu: - Quem está falando? Desliguei na hora. Não senti confiança. -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oTrês amigos saem para beber. Na madrugada, já bêbados, decidem pegar um táxi. O taxista percebe que estão muito bêbados e resolve sacanear. Eles entram no carro. O taxista liga o veículo, deixa funcionando por alguns minutos e desliga o motor: - Chegamos. Ficou em 50 reais. O primeiro bêbado paga e desce do carro. O segundo bêbado também desce. O terceiro dá um tapa na cabeça do motorista. Pensando que o bêbado havia descoberto seu golpe, o taxista pergunta: - Por que me bateu? O bêbado: - Pra você aprender a não correr como louco. -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oO professor pergunta o Joãozinho: - Arroz é com S ou com Z? E o Joãozinho responde: - Aqui na escola eu não sei, mas lá em casa é com feijão. -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oA mulher entra no bar nua e pede uma cerveja. O dono do bar a olha dos pés à cabeça, depois vai ao freezer e pega uma cerveja geladíssima. Ela toma rapidamente e pede outra. O dono do bar olha para a mulher, olha, olha, olha, fica olhando, olha e olha de novo, até que a mulher diz: - O senhor nunca viu uma mulher pelada, não?! E o dono do bar, tranquilo, responde: - Ver eu já vi, só estou querendo saber de onde você vai tirar dinheiro pra pagar as cervejas! -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oA triste história de um homem Hoje é o dia do meu aniversário... Meus pais, minha esposa e meus filhos não me parabenizaram. Eu fui para o trabalho, chegando lá, meus colegas agiram como se fosse um dia normal e também não me felicitaram. Quando entrei no meu escritório, minha secretaria disse: - Feliz aniversário, patrão!! Depois do almoço, ela me convidou para ir ao seu apartamento. Eu fui até lá com ela. Então, ela me disse: - Você se importa se eu for no meu quarto por um minuto? Eu disse: - Ok, tudo bem! 5 minutos depois ela volta... com um bolo, minha esposa, meus pais, meus filhos e colegas gritando: - Surpresa! Eu estava esperando no sofá... PELADO!


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O melhor filme do mês: “Os Oito Odiados” “Os Oito Odiados” - Tiros e falação por Cloves Geraldo Cineasta ítalo-estadunidense Quentin Tarantino passeia por vários gêneros para espelhar amoralismo e violência cotidiana dos EUA de hoje. Nada mais imagético num filme do cineasta ítalo-estadunidense Quentin Tarantino do que um banho de sangue em estética pop. Neste “Os Oito Odiados” o caçador de recompensas Major Warren Marquis (Samuel L. Jackson) se une ao novo xerife de Red Rock (Pedra Vermelha), Chris Mannix (Walton Goggins), para liquidar uma quadrilha. Não se trata de acerto de contas entre facínoras, mas de metáfora da exacerbada violência cotidiana nos EUA, onde assassinatos e execuções se confundem. Tarantino pega arquétipos do western, caçador de recompensa, carrasco, xerife e vilões, e borra a distância entre eles. Marquis e Mannix formam um trio com o carrasco John Ruth (Kurt Russell), para enfrentar os parceiros da sentenciada à morte Daisy Domerge (Jennifer Jason Leigh), pensando apenas na recompensa em dólares. Ao longo dos cinco capítulos, em que se divide o filme, eles irão tentar decifrar as intenções dos misteriosos albergados na paragem da diligência, devido à nevasca. Nenhum deles se destaca pelo respeito à moral, à ética, à solidariedade, tal a vontade de livrar-se uns dos outros. Marquis é o único a tentar se diferenciar, por ser afrodescendente e se dizer amigo do presidente dos EUA Abraão Lincoln (1809/ 1965). Ruth é frio e truculento. Seus constantes murros no rosto de Daisy o transformam numa máscara. Daisy não usa charme ou seduz Ao contrário de suas congêneres em “Jackie Brown (1997) e “Kill Bill I e II (2003/2004), cujo objetivo é a vingança, ela suporta os maus tratos sem valer-se da sedução. Aliás, nos oito filmes de Tarantino, as mulheres, embora belas, não se valem do corpo para dominar seus oponentes, sim de revólver ou espada. Isso só ocorre com Shosanna (Melanie Laurent), em “Bastardos Inglórios (2009)”, mesmo assim para

atrair o oficial nazista para uma cilada, não por paixão. Ainda assim, ela não é diferente dos “desconhecidos” que ocultam suas intenções. Oswaldo Morley (Tim Roth) é o carrasco profissional à espera do fim da nevasca, o cowboy John Cage (Michael Madsen) se mostra enigmático e o mexicano Bob (Demien Bichir) não se manifesta. Resta o idoso general sulista Sanderly Smithers (Bruce Dern), ainda remoendo a derrota na Guerra da Secessão (1880/ 1864), preso à cadeira de rodas. Como numa trama policial de Agatha Christie (1890/1976), Marquis e Mannix se esforçam para desmascará-los, sem Hercule Poirot. Com esta estruturação, Tarantino foge ao western clássico. Inexiste a dualidade, a coragem, a superação de “No Tempo da Diligências (1939)”. John Ford (1895/ 1973) deu-lhe uma trama psicológica, com

os personagens espelhando as fraquezas humanas. A diligência irrompendo a planície gelada, na longa sequência de abertura de “Os Oito Odiados”, é uma referência a esse clássico, em bela fotografia de Robert Richardson. Não há mocinhos, apenas bandidos No entanto, ela também serve para situar a história e os personagens principais, que entram num impasse do qual nem o Cristo crucificado, visto em primeiro plano na nevasca, os salvam. Mesmo assim, Marquis, Ruth e Mannix pouco se importam com as artimanhas de Daisy, enfrentam-na e a seus parceiros numa batalha onde o mal é absoluto e não tem lado. Impossível diferenciar os supostos mocinhos dos claramente bandidos. Assim o espectador se defronta com a estética do faroeste espaguete (Por Um

Cine Guarani Lançamento do filme CALIFÓRNIA Descrição: Início dos anos 1980. Estela é uma adolescente que vive os conflitos típicos da idade, de identidade, amizade e amor. Ela tem um ídolo, o tio Carlos, jornalista musical que vive nos Estados Unidos. E o maior sonho da menina é visitá-lo na Califórnia, durante as férias. Os planos dela vão por água abaixo, no entanto, quando ela descobre que é ele quem está voltando para o Brasil, magro, debilitado por conseqüência de uma doença sobre a qual a medicina apenas começava a se debruçar. Direção: Marina Person Elenco: Clara Gallo, Caio Blat, Paulo Miklos Ingresso: R$12,00 e R$6,00 Data(s): 21/01/2016 a 31/01/2016 - 3ª, 4ª, 5ª e 6ª feira, sábado e domingo Horário(s): 19h Público Dirigido: não Classificação: 14 anos Espaço Cultural: Cine Guarani – Portão Cultural - Em frente ao Terminal Portão

Punhado de Dólares, Sérgio Leone, 1964), os filmes de kung fu, os policiais de John Woo (Fervura Máxima, 1992) e, principalmente, os faroestes de Sam Peckinpah (Meu Ódio Será Sua Herança,1969). Estes, sim, recorrentes à violência estilizada de Tarantino. A troca de tiros, os corpos estilhaçados, o sangue cobrindo o assoalho, em meio à incessante falação dos personagens, terminam por destacá-la. Não são diálogos, sim monólogos espichados em linguagem de rua estadunidense. Recurso usado por Tarantino para prolongar a ação, entremeando palavrões às falas, citações depreciativas do “negro, negro, negro”, a tal ponto que o racismo se dilui, se tornando um vício de linguagem. O que ao invés de ojeriza provoca o riso, pois Marquis também o repete devolvendo ao outro a estigmatização a ele dirigida. Mas isto não apaga o racismo. Existência acaba sem gratificação Com este tratamento, difícil não ver em “Os Oito Odiados” metáfora da violência entranhada na sociedade estadunidense, com armas vendidas à granel e corpos se acumulando em escolas, ruas, parques e prédios. As poças de sangue a cobrir o assoalho, com os mortos espalhados pela parada de diligência dão um clima de terror, de que a existência em ambos espaços se esvai sem gratificação alguma na vida real e na ficção. Se Tarantino quis traçar ou não este paralelo difícil saber, embora afirme não fazer citações às realidades sociais. Contudo, obras de arte ensejam leituras, referências e simbologias, e elas proliferam neste western-pop, que se assemelha a um filme de terror igualmente pop. “Os Oito Odiados”. (The Hateful Eight). Western. EUA. 2015.168 minutos. Edição: Fred Raskin. Música. Enio Morricone. Fotografia; Robert Richardson. Roteiro/direção: Quentin Tarantino. Elenco: Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Jennifer Jason Leigh, Walton Goggins, Tim Roth. Em cartaz no Cinemark Barigüi Cineplex Batel (Shopping Novo Batel) Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal) UCI Palladium


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