Catálogo 24º AmadoraBD 2013

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24º AMADORA BD 2013 Cenários

Um herói familiar num universo de fantasia (1948-1967) No final da Segunda Guerra Mundial, a popularidade dos super-heróis começou a decrescer mas o Super-Homem parecia invulnerável à tendência, impulsionado pela presença importante que já tinha nos outros media. Nos EUA, ao longo da década de 50 há um boom económico, as famílias mudam-se em massa das cidades para os subúrbios e a ficção de recorte familiar passa a ter um impacto significativo, até pelas limitações à violência na BD cada vez mais impostas pelo Comics Code. Apesar do ambiente ser inverso ao que o viu nascer, o Super-Homem adapta-se e continua a disparar em popularidade, tornando-se cada vez mais popular em todas as frentes. Fora dos imensos lucros estavam Siegel e Shuster, que ainda continuavam a assinar uma parcela das aventuras do Super-Homem na BD, e que em 1947 processaram a DC para tentar recuperar os direitos da personagem, sem qualquer tipo de sucesso. O novo Super-Homem ficou cristalizado em 1948, na atualização da sua origem surgida no número 53 de Action Comics, desenhado pelo mais emblemático desenhador do herói na época: Wayne Boring. O desenho era agora mais delicado e ilustrativo, com uma figuração fisicamente mais poderosa e maciça da personagem. O estilo era seguido por Al Plastino, outro nome importante da época. Mais importante, porém, era o reforço do lado familiar da série, representado pelo êxito cada vez maior das aventuras de Superboy, um recuo à adolescência do Super-Homem na cidadezinha de Smallville, que surgiu em 1945 e ganhou direito a revista própria logo em 1949. As sólidas virtudes morais da América rural passavam assim a ser parte integrante do mito deste herói urbano. A família e amigos foram, aliás, aumentando por estes anos, com o aparecimento do amor de juventude Lana Lang em 1950, o cão Krypto em 1955 e a prima Supergirl em 1959. Jimmy Olsen e Lois Lane até passaram a ter direito a revista própria, o primeiro com Superman’s Pal Jimmy Olsen em 1954 e a segunda com Superman’s Girlfriend Lois Lane em 1960. Com a corrida ao espaço a começar a fascinar os americanos e com Mort Weisinger, um fanático de ficção científica, a editar a personagem durante as décadas de 50 e 60, os elementos fantásticos amplificaram-se cada vez mais nas histórias de Super-Homem, para gáudio dos leitores da época. Por

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