ANTONIO BENSON JUNIOR - MINHA VELHA EXPERIÊNCIA COM A INFORMÁTICA

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MINHA VELHA EXPERIÊNCIA COM A INFORMÁTICA ****(Palestra dada aos alunos do Colégio FECAP em 2017 onde fui aluno há mais de 60 anos)***** NOS IDOS ANOS DA DÉCADA DE 60, ESPECIFICAMENTE EM 1964, AINDA ESTUDANTE DE ECONOMIA, NA PUC-SP, CURSANDO O QUARTO ANO E PLANEJANDO UMA CARREIRA NA ÁREA ECONÒMICA, INCLUSIVE PLEITEANDO UM ESTÁGIO NA ALALC- ASSOCIAÇÃO LATINA AMERICANA DE LIVRE COMÉRCIO, NA ÉPOCA COM SEDE EM SANTIAGO, NO CHILE, FUI “ABDUZIDO” PELO MUNDO DESCONHECIDO DE UMA NOVA ERA, QUE PRECONIZAVA O CONTROLE DAS INFORMAÇÕES DE FORMA ELETRÔNICA, POR UMA MÁQUINA COM NOME ESTRANHO DE “CÉREBRO ELETRÔNICO”. ESTAS MÁQUINAS QUE CONSUMIAM UM ESPAÇO DE VÁRIOS METROS DE CUMPRIMENTO POR UNS DOIS DE ALTURA, QUE MUITAS VEZES, EXIGIAM UMA ADAPTAÇÃO AO AMBIENTE FÍSICO ONDE ERAM INSTALADAS E CUJAS MEMÓRIAS ERAM COMPOSTAS POR VÁVULAS E POSSUIAM CAPACIDADE PARA 60 DIGITOS, CONHECIDOS COMO BYTES (NÃO ERAM 60 KB, NEM 60 MB, MUITOS MENOS 60 GB) ONDE DEVERIAM ESTAR CONTIDOS SOMENTE OS DADOS A SEREM PROCESSADOS. ESTES ERAM INTRODUZIDOS ATRAVÉS DE CARTÕES PERFURADOS E OS RESULTADOS TAMBÉM ERAM OBTIDOS ATRAVÉS DOS MESMOS QUE, POR SUA VEZ, ERAM ORDENADOS POR EQUIPAMENTOS, CONHECIDOS POR “CLASSIFICADORAS” E SUBMETIDOS EM EQUPAMENTOS ESPECIAIS CHAMADOS “TABULADORAS”, QUE OS IMPRIMIAM EM FORMULÁRIOS CONTÍNUOS. O TIPO DE PROCESSAMENTO A SEREM SUBMETIDOS OS DADOS, ERAM CONTROLADOS POR UM PROGRAMA COMPOSTO POR UM PAINEL DE UM TIPO DE PLÁTICO RESISTENTE, FEITO ESPECIFICAMENTE PARA ESTE FIM, COMPOSTO DE ORIFÍCIOS REPRESENTANDO INSTRUÇÕES DE OPERAÇÕES ARITMETICAS, OU DE TRANSFERÊNCIA DE DADOS OU DE TOMADA DE DECISÕES ATRAVÉS DE FIOS DE DIVERSOS TAMANHOS, INTERLIGANDO OS COMANDOS AOS ENDEREÇOS DOS DADOS . A MONTAGEM DESTES PAINEIS LEVAVA ATÉ SEMANAS, DADA A COMPLEXIDADE DAS OPERAÇÕES. MUITAS VEZES, TINHAMOS QUE DESMONTÁ-LOS E REMONTÁ-LOS, POIS FALTAVA RECURSO PARA TANTA COMPLEXIDADE. ESTA TAREFA ERA UMA ATIVIDADE FÍSICA, ARTESANAL E DEMANDAVA TEMPO E PACIÊNCIA. MUITAS VEZES TÍNHAMOS QUE SOLDAR FIOS PARA AUMENTARMOS A DISTÂNCIA DE CONEXÃO DE UM PONTO AO OUTRO. A CAPACIDADE FÍSICA DO PAINEL, LIMITAVA A CAPACIDADE DO PROGRAMA NA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS. MUITAS VEZES TINHAMOS QUE FAZER DOIS OU MAIS PROGRAMAS PARA ATENDER UMA NECESSIDADE ESPECÍFICA, COMO, POR EXEMPLO, O FATURAMENTO DE UMA EMPRESA. ESTA ERA A PARTE MENOS NOBRE DA ARTE DE PROGRAMAR. PASSADO ALGUM TEMPO, O CONCEITO DE “CEREBRO ELETRÔNICO” PERDEU O SENTIDO E A PALAVRA COMPUTADOR ASSUMIU SEU LUGAR. UM BELO DIA, RECEBEMOS A 1 ANTONIO BENSON JUNIOR (11) 9-9242-2792


INFORMAÇÃO DE QUE ESSES PAINEIS SERIAM ABANDONADOS E UMA NOVA FORMA DE PROGRAMAÇÃO ESTAVA SENDO CRIADA. AS INSTRUÇÕES, EM VEZ DE TEREM CONEXÕES FÍSICAS ESPECÍFICAS, FORAM SUBSTITUIDAS POR UMA LETRA INSERIDA NA MEMÓRIA, ATRAVÉS DE COMANDOS PELA CONSOLE (UMA TELA ACOPLADA A UM TECLADO, TAL QUAL UMA MÁQUINA DE ESCREVER), LETRAS, COMO POR EXEMPLO “S” COMBINADA COM ENDEREÇOS REAIS DE MEMÓRIA REPRESENTADOS POR LETRAS, SÍMBOLOS E NÚMEROS ERA INDICAÇÃO DE QUE UMA SOMA DESTES DADOS SERIA EFETUADA. ESTA NOVA FORMA DE PROGRAMAÇÃO PASSOU A SE CHAMAR DE “PROGRAMAÇÃO INTERNA”. CONTUDO, AGORA, PROGRAMA E DADOS DEVERIAM OCUPAR A MEMÓRIA E DESTA FORMA, ESTA DEVERIA SER EXPANDIDA E O FOI, GANHANDO 4 KB OU SEJA 4.096 BYTES. O PROGRAMA ERA INTRODUZIDO NA MEMORIA POR COMANDOS NA CONSOLE DO COMPUTADOR. ESCREVÍAMOS INSTRUÇÃO POR INSTRUÇÃO, SEGUINDO UMA TABELA QUE INDICAVA A LETRA PARA CADA OPERAÇÃO E OS ENDEREÇOS CARACTERIZADOS POR SÍMBOLOS E LETRAS. AGORA, O TRABALHO INICIAL DO PROGRAMADOR, ERA PLANEJAR O USO DA MEMÓRIA, DE FORMA QUE PUDESSE CONTER OS DADOS E O PROGRAMA EM SI. O INTERESSANTE, NESTA ÉPOCA, É QUE OS LEIGOS ACHAVAM QUE NÓS, PROGRAMADORES, ERAMOS GÊNIOS. MUITOS DOS COLEGAS, USAVAM CACHIMBOS PARA ESNOBAREM OS LEIGOS E AS PESSOAS QUE TRABALHAVAM AO REDOR, NAS EMPRESAS USUÁRIAS DE COMPUTADORES, COMO SE FOSSEM SERES SUPERIORES. O CONCEITO DE EDP (ELETRÔNIC DATA PROCESSING) OU PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS DOS AMERICANOS, FORMADO POR UM COMPUTADOR CENTRAL E VÁRIAS UNIDADES PERIFÉRICAS SE SOLIDIFICOU. O AMBIENTE QUE REUNIA TODOS ESSES EQUIPAMENTOS PASSOU A SER CHAMADO DE CPD (CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS). O CÉREBRO DO COMPUTADOR PASSOU A SE CHAMAR DE CPU (CENTRAL PROCESSOR UNIT). MAS ESSE MODO DE PROGRAMAR ATRAVÉS DA INSERÇÃO DE CÓDIGOS NA MEMÓRIA DO COMPUTADOR, ERA AINDA TRABALHOSO E PARA TORNAR O PROCESSO MAIS PRÁTICO, FOI CRIADO UM TIPO DE LINGUAGEM CHAMADA “ASSEMBLER” EM QUE OS COMANDOS, TAIS COMO, TRF (TRANSFERIR DADOS) OU SMD (SOMAR DADOS) ERAM ESCRITOS (EM INGLÊS OBVIO), NUMA SEQUÊNCIA LÓGICA, NUMA FOLHA ESPECIAL E DEPOIS DIGITADA EM CARTÕES PARA A MONTAGEM DO PROGRAMA. ISTO FACILITAVA A PROGRAMAÇÃO E EVITAVA A NECESSIDADE DE SE DAR CÓDIGOS QUE NÃO ERAM TOTALMENTE MNEMÔNICOS (CONJUNTO DE TÉCNICAS PARA FACILITAREM A MEMORIZAÇÃO). ESTA LINGUAGEM ERA CHAMADA DE BAIXO NÍVEL (NÃO DE EXCELÊNCIA, MAS DE DETALHES). MAS AINDA ASSIM ERA DIFICIL A PREPARAÇÃO DE PROGRAMADORES E A INDÚSTRIA DA INFORMÁTICA CRESCIA RAPIDAMENTE.

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ERA SUMAMENTE IMPORTANTE A FORMAÇÃO DE NOVOS PROGRAMADORES E PARA FACILITAR ESTE TREINAMENTO, FOI CRIADA UMA LINGUAGEM MUITO MAIS SIMPLES, CHAMADA COBOL (COMMON BUSINES ORIENTED LANGUAGE) OU LINGUAGEM COMUM ORIENTADA PARA NEGOCIOS, UMA LINGUAGEM DE ALTO NÍVEL, ISTO É, DETALHES ERAM IGNORADOS E MUITAS INSTRUÇÕES ESTAVAM EMBUTIDAS NUM SÓ COMANDO. PARA CADA COMANDO, VÁRIAS OPERAÇÕES PODERIAM SER DESENCADEADAS PELO COMPUTADOR. CRIOU-SE ENTÃO UMA LINGUAGEM TOTALMENTE MNEMÔNICA, OBVIAMENTE ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA. PARALELAMENTE OUTROS TIPOS DE LINGUAGENS FORAM DESENVOLVIDOS, A FIM DE ATENDEREM OUTROS SEGMENTOS DE PROCESSAMENTO, COMO O “FORTRAN IV”, VOLTADA PARA A MATEMÁTICA, “RPG”, ESPECÍFICA PARA EXTRAÇÃO DE RELATÓRIOS GERENCIAIS E MUITAS OUTRAS QUE FACILITAVAM SEU USO ATRAVÉS DE NÃO PROGRAMADORES, ISTO É, FUNCIONÁRIOS DE OUTRAS ÁREAS DA EMPRESA. NESTA FASE, SÓ UM PROGRAMA ERA EXECUTADO PELO COMPUTADOR. CONTUDO, COMO OS ENGENHEIROS, DESENVOLVEDORES DE NOVOS MODELOS DE COMPUTADORES, DE VÁRIOS FABRICANTES DIFERENTES E CONCORRENTES, PERCEBERAM QUE, ENQUANTO DADOS ERAM IMPRESSOS, A CPU (CENTRAL PROCESSOR UNIT) OU UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO ONDE OS DADOS SE PROCESSAVAM, ESTAVA PARADA, PODERIA SER UTILIZADA POR OUTRO PROGRAMA QUE PRECISA IMPRIMIR DADOS, POR EXEMPLO. CONTUDO, PARA TER DOIS PROGRAMAS TRABALHANDO E REPARTINDO RECURSOS, HAVIA NECESSIDADE DE UM OUTRO PROGRAMA CHAMADO SUPERVISOR, CONTROLANDO-OS, ISTO É, ENQUANTO UM PROGRAMA PRECISAVA DA CPU, O OUTRO PODERIA USAR AS UNIDADES IMPRESSORAS OU AS UNIDADES DE GUARDA DE DADOS OU SEJAM AS FITAS MAGNETICAS E OS DISCOS MAGNETICOS). DAÍ SURGIU O PROGRAMA CHAMADO “SISTEMA OPERACIONAL” OU “OS” (COMO EXEMPLO, ANDROID OU O.S. PARA CELULARES ). ESTES PROGRAMAS SOFISTICADOS ERAM OS GERENTES DOS PROGRAMAS DO USUÁRIO, (COMO EXEMPLO, APPs NOS CELULARES) EM EXECUÇÃO. NUM DADOS MOMENTO NO COMPUTADOR . ASSIM OS DADOS ERAM PREPARADOS PELOS USUÁRIOS E ENVIADOS PARA O CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS (CPD) PARA SEREM DIGITADOS, PARA DEPOIS RECEBÊ-LOS NUMA MÍDIA, SEJA CARTÃO PERFURADO, FITA DE PAPEL PERFURADA, FITA MAGNÉTICA, RELATORIOS IMPRESSOS ETC, CONFERIDOS PARA SE CHECAR A EXATIDÃO DA INFORMAÇÃO E POSTERIORMENTE ENTREGA-LOS AO CPD COM A ORDEM DE SERVIÇO A FIM DE QUE OS PROGRAMAS FOSSEM EXECUTADOS. PARA CUMPRIR UMA ROTINA DE TRABALHO, OS USUÁRIOS PRECISAVAM RETIRAR NUM HORÁRIO DETERMINADO O RESULTADO DO PROCESSAMENTO EM FORMA DE RELATÓRIOS. CONTUDO MUITO TEMPO SE PERDIA DIARIAMENTE, POIS A QUALIDADE DOS DADOS PASSAVAM POR PROCESSOS DE CONTROLE QUE MUITAS VEZES DEMANDAVAM CORREÇÕES. POR ISSO, PENSOU-SE EM PROCESSAMENTO DE ENTRADA DE DADOS DISTRIBUIDA, USANDO-SE A LINHA TELEFÔNICA. 3 ANTONIO BENSON JUNIOR (11) 9-9242-2792


A ERA DO TELEPROCESSAMENTO FOI CRIADA PARA QUE CADA USUÁRIO CUIDASSE DA ENTRADA DE SEUS DADOS DE FORMA CONFIÁVEL E AGILIZASSE SEU PROCESSAMENTO, JÁ QUE A EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS NÃO ERA MAIS RESPONSABILIDADE DE OPERADORES DO CPD. POR OUTRO LADO, A CONSULTA AOS RESULTADOS PODERIA SER DIRETA, ATRAVÉS DE TERMINAIS COM TELAS, TAL QUAL UM TELEVISOR COM TECLADO, IGUAL AO DA CONSOLE E DESTA FORMA SURGIU O PROCESSAMENTO DE ENTRADA E ACESSO A DADOS DISTRIBUIDO, OPERANDO AINDA COM UM COMPUTADOR CENTRAL, ONDE SE PODERIA CONSULTAR OS RESULTADOS E ALTERA-LOS DE FORMA INTERATIVA. COM O BARATEAMENTO DOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS E SUA PROGRESSIVA COMPACTAÇÃO, O COMPUTADOR CENTRAL DE PORTE GRANDE, FOI SISTEMATICAMENTE SUBSTITUIDO POR PEQUENOS COMPUTADORES DISTRIBUIDOS PELAS VÁRIAS ÁREAS DA EMPRESA, INTERCONECTADOS ENTRE SI NUMA REDE, TORNANDO O PROCESSAMENTO DISTRIBUIDO E MUITO MAIS ÁGIL. HOJE VEMOS PEQUENAS FUNÇÕES SENDO EXECUTADAS POR LAPTOPS, NETBOOKS, NOTEBOOKS, TABLETS E ATÉ POR CELULARES SMARTPHONES, DESONERANDO O COMPUTADOR DA ÁREA ADMINISTRATIVA A QUAL SERVE, FACILITANDO O ACESSO A INFORMAÇÕES DE FORMA EXTREMAMENTE RÁPIDA. DESTA FORMA, O CONCEITO DE CPD FICOU TOTALMENTE OBSOLETO. A INFORMÁTICA (EXPRESSÃO ORIUNDA DO FRANCÊS “INFORMATIQUE” ) TORNOUSE COMUM NO NOSSO LINGUAJAR, SUBSTITUINDO A AMERICANA EDP (“ELETRONIC DATA PROCESSING”) OU PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS, POIS TRATA-SE DE ALGO MUITO MAIS ABRANGENTE, INTERLIGANDO GRANDES BANCOS DE DADOS À DIVERSAS PLATAFORMAS DE EMPRESAS OU ORGÃOS ESTATAIS, DANDO ORIGEM A UMA FERRAMENTA FUNDAMENTAL HOJE, QUE É A “INTERNET”, SUPORTADA POR LINGUAGENS INTERESSANTES COMO OS FAMOSOS NAVEGADORES (INTERNET EXPLORER, MOZILLA, FIREFOX, CHROME,SAFARI, ENTRE OUTROS) E ATÉ PROGRAMAS PESQUISADORES COMO O GOOGLE QUE NOS PROVÊ PESQUISAS INTERESSANTES DO DIA A DIA E SUBSTITUI NOSSAS EXTENSAS BIBLIOTECAS. MINHA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL FOI BASTANTE GRATIFICANTE, POIS TRABALHEI QUASE DEZ ANOS NA SPERRY HAND CORPORATION, DIV. UNIVAC, QUE FOI A FABRICANTE DO PRIMEIRO COMPUTADOR, CHAMADO ENIAC, ONDE FUI RECRUTADO E SELECIONADO NA UNIVERSIDADE E APÓS 6 MESES DE CURSOS INTENSIVOS “FULL TIME” SEM QUALQUER REMUNERAÇÃO, NEM AJUDA DE CUSTOS, JUNTAMENTE COM MAIS DE 50 JOVENS ESCOLHIDOS DE TODO O PAÍS, CUJO OBJETIVO ERA SE CONTRATAR CINCO PESSOAS DO GRUPO, QUE TIVESSEM AS MELHORES NOTAS NAS DIVERSAS FASES DO TREINAMENTO, TIVE A FELICIDADE DE SER O SEGUNDO COLOCADO, GRAÇAS AO MEU “BACK GROUND”, ADQUIRIDO NA FECAP (FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ALVAREZ PENTEADO), NO CURSO DE TÉCNICO DE CONTABILIDADE, (MELHOR ATÉ QUE O CURSO DE CIÊNCIAS ECONOMICAS 4 ANTONIO BENSON JUNIOR (11) 9-9242-2792


QUE TIVE PELA PUC) E CERTAMENTE O MELHOR CURSO QUE TIVE NA VIDA, PELA ABRANGÊNCIA DE CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS, ATRAVÉS DE EXCELENTES PROFESSORES QUE ME FORMARAM COMO PROFISSIONAL E COMO HOMEM. O INTERESSANTE É QUE, NESTA ÉPOCA, ESPECULAVA-SE NÃO TER MAIS DE 50 PESSOAS, NO BRASIL TODO, CUIDANDO DESTA ATIVIDADE. QUANDO EU DIZIA AOS MEUS COMPANHEIROS DE ESCOLA QUE ESTAVA TRABALHANDO COM CÉREBROS ELETRÔNICOS, ELES RESPONDIAM : -“ UÉ, VIROU CIENTISTA?” NESTA EMPRESA, FIZ CURSOS NO EXTERIOR E FORMEI-ME COMO PROGRAMADOR E DEPOIS ANALISTA DE SISTEMAS. O GRANDE MERCADO DA UNIVAC ERA A ÁREA BANCÁRIA E MEU PRIMEIRO GRANDE TRABALHO FOI DESENVOLVER E IMPLANTAR O SISTEMA DE CONTAS CORRENTES DO ANTIGO BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S/A, BANESPA, ONDE ME CADASTREI COMO PRIMEIRO CORRENTISTA E HOJE, COMO CLIENTE DO BANCO SANTANDER, QUE INCORPOROU O BANESPA, SOU O CLIENTE MAIS ANTIGO DA INSTITUIÇÃO. POSTERIORMENTE RECEBI CONVITE DO SERPRO, SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS, ONDE PARTICIPEI DO DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DO PRIMEIRO SISTEMA DE IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. POSTERIORMENTE, COMO COORDENADOR DE PROJETOS, LIDEREI O GRUPO QUE DESENVOLVEU E IMPLANTOU O SISTEMA PIS – PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL, PARA TODO O BRASIL. APÓS ALGUNS ANOS FUI CONTRATADO PELO BANCO NOROESTE ONDE FUI GERENTE DE PROJETOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E LIDEREI O DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE CONTAS CORRENTES, SISTEMA DE FGTS, SISTEMA DE COBRANÇA DE TÍTULOS, CONTROLE DE TÍTULOS DESCONTADOS ETC. POR ULTIMO, FUI CONVIDADO PELA CESP CIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO, COMO GERENTE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ONDE DESENVOLVEMOS SISTEMA DE FATURAMENTO, SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUES, SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS, SISTEMA DE CONTROLE DE RECURSOS HUMANOS E INTEGRAMOS OS BANCOS DE DADOS DA EMPRESA, ONDE PASSEI MEUS ULTIMOS 18 ANOS DE TRABALHO ATÉ ME APOSENTAR. PARALELAMENTE, DURANTE ESTE PERÍODO, TIVE A OPORTUNIDADE DE DESENVOLVER, EMPRESTADO PELA CESP, POR SOLICITAÇÃO DA ELELTROBRÁS, NA BOLÍVIA, A PEDIDO DO GOVERNO DE LÁ, UM PROJETO DE REORGANIZAÇÃO DA EMPRESA “ELFEC” ELETRICIDADE DE COCHABAMBA, TANTO NA SUA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, COMO TAMBÉM NA REFORMULAÇÃO DOS SEUS PRINCIPAIS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ONDE GANHEI OS MEUS PRIMEIROS E ÚNICOS DOLARES DE REMUNERAÇÃO, POIS ALÉM DE RECEBER MEU SALÁRIO DA CESP, ERA TAMBÉM PAGO EM DOLARES PELA EMPRESA BOLIVIANA. 5 ANTONIO BENSON JUNIOR (11) 9-9242-2792


PREOCUPADO SEMPRE COM MEU CONSTANTE APERFEIÇOAMENTO, FIZ O CURSO DE “ENGENHARIA DE SISTEMAS” MINISTRADO NA UNIVERSIDADE MACKENZIE E COORDENADO PELA ELETROBRÁS, COMO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO, DESTINADO AOS FUNCIONÁRIOS DAS EMPRESAS DA ÁREA ELÉTRICA DO BRASIL, COM CARGA DIÁRIA “FULL TIME”, DURANTE QUATRO MESES. PARALELAMENTE ÀS MINHAS ATIVIDADES, FUI CONVIDADO A LECIONAR EM ALGUMAS FACULDADES, TAIS COMO : FEI – FACULDADE DE ENGENHARIA INDUSTRIAL, FMU– FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS, PUC-SP E UNIVERSIDADE MACKENZIE, PRIORITARIAMENTE NA ÁREA DE INFORMATICA COM CADEIRAS COMO ANALISE DE SISTEMAS, PROGRAMAÇÃO FORTRAN, PROGRAMAÇÃO COBOL, CONCEITOS DE LÓGICA PARA INICIAÇÃO Á PROGRAMAÇÃO, ALÉM DE MATERIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL E TÉCNICAS GERENCIAIS. APÓS VISITAR A UNIVERSIDADE DO TEXAS, DE AUSTIN, CAPITAL DO ESTADO, EM 1975, À CONVITE DE UM CONSULTOR AMERICANO, QUE EU CONHECERA QUANDO TRABALHEI NO SERPRO E QUE PRESTOU SERVIÇOS AO MESMO DURANTE MUITOS ANOS, TIVE A OPORTUNIDADE DE TOMAR CONTATO COM O BASIC, UMA LINGUAGEM COMO O FORTRAN, SÓ QUE INTERATIVA E DECIDI IMPLANTA-LA NA FEI, SUBSTITUINDO O FORTRAN IV. CREIO TER SIDO UMA DAS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DO USO DESTA LINGUAGEM EM ESCOLAS AQUI NO BRASIL. POR VOLTA DE 1990, CANSADO DE VER OS ALUNOS FORA DAS SALAS DE AULA, JÁ QUE TINHAM COMPANHEIROS QUE ASSINAVAM SUAS PRESENÇAS, AS CANTINAS DOS CAMPUS REPLETA DELES, TOMANDO CERVEJA E DEPOIS DISCUTIR COM OS MESMOS QUANDO ERAM REPROVADOS, DECIDI ENCERRAR MINHAS ATIVIDADES COMO PROFESSOR, POIS HAVIA PERDIDO O PRAZER DE LECIONAR E TENTAR PASSAR MINHA EXPERIÊNCIA E MEUS CONHECIMENTOS. FIQUEI BASTANTE FRUSTRADO AO PERCEBER QUE O ÚNICO OBJETIVO DE MUITOS DELES ERA APENAS O DIPLOMA, O QUE EU SEMPRE ACHEI UM ERRO LAMENTÁVEL, POIS SÓ O CONHECIMENTO LEVA O PROFISSIONAL AO SUCESSO. ALIÁS, DURANTE UMA DE MINHAS ESTADAS, PEL.A SPERRY UNIVAC, NOS ESTADOS UNIDOS, OFERECERAM-ME POR 4.500 DOLARES, DIPLOMAS DO MIT, HARVARD, BERKELEY OU QUALQUER OUTRA UNIVERSIDADE, À ESCOLHA, COM ASSINATURAS OBVIAMENTE FALSIFICADAS DOS REITORES DA ÉPOCA. CLARO QUE RECUSEI PRONTAMENTE O OFERECIMENTO DE UMA PESSOA, HOSPEDADA NO MESMO HOTEL QUE EU E QUE APROVEITANDO DE UM PAPO DESCONTRAIDO NUM DOS SALÕES DO MESMO E SABENDO SER EU ESTRANGEIRO E FAZENDO ESTAGIO EM SEU PAIS, TENTOU ME VENDER UM DIPLOMA QUE, AOS OLHOS DE UM LEIGO, IRIA IMPRESSIONAR MUITO. POR ISSO, QUANDO VEJO DIPLOMAS DE INSTITUIÇÕES ESTRANGEIRAS, EXIBIDOS NAS PAREDES DOS ESCRITORIOS COMERCIAIS E DE CONSULTÓRIOS MÉDICOS, FICO SEMPRE DESCONFIADO DE SUAS LEGITIMIDADES. 6 ANTONIO BENSON JUNIOR (11) 9-9242-2792


HOJE, COLOCO-ME COMO UM SIMPLES USUÁRIO DESTAS FERRAMENTAS, APRENDENDO CONSTANTEMENTE, ÀS DURAS PENAS, SEU FUNCIONAMENTO E INSERIDO NOS MILHÕES DE USUÁRIOS DESTE PAÍS, MAS ORGULHOSO DE TER FEITO PARTE DESTE FORMIDÁVEL MUNDO NOVO DO CONHECIMENTO, HOJE DENOMINADO T.I. , TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, COMO UM DOS ÚLTIMOS “DINOSSAUROS” QUE, EMBORA TENHA FEITO, AO LONGO DA VIDA, CURSOS DE MAIS DE 25 LINGUAGENS DE COMPUTAÇÃO, MAIS DE 10 SISTEMAS OPERACIONAIS DE GRANDE PORTE E DEZENAS DE FERRAMENTAS (MEU ÚLTIMO CURSO FOI DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL) AINDA CONTINUO APRENDENDO MUITO MAIS DO QUE ENSINANDO, POIS AS FERRAMENTAS DO PASSADO SÓ SERVEM PARA O MUSEU E AS NOVAS TECNOLOGIAS SE MULTIPLICAM EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA, IMPEDINDO A GENERALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO E IMPELINDO CADA INDIVÍDUO AO CONHECIMENTO ESPECIALIZADO DE ALGUMA FERRAMENTA OU PLATAFORMA, QUE PORVENTURA ESTEJA NECESSITANDO, NO MOMENTO. ENFIM, ESTA É A MINHA EXPERIÊNCIA DE VIDA, QUE QUERO COMPARTILHAR COM TODOS VOCÊS, QUE DISPENDERAM SEU TEMPO OUVINDO ESTA PALESTRA OU NA LEITURA DESTE TEXTO, ESCRITO DE FORMA SUCINTA PARA QUE NÃO SE PERDESSE MUITO DO SEU PRECIOSO TEMPO E SE TIVESSE QUE DAR ALGUM CONSELHO A QUEM SE INTERESSASSE, EU DIRIA : “- ESTUDEM BASTANTE, PREPAREM-SE PROFISSIONALMENTE QUE A OPORTUNIDADE CERTAMENTE APARECERÁ EM SUAS VIDAS, TAL QUAL UM CAVALO ENCILHADO QUE PASSA EM SUA FRENTE E SE VOCÊS NÃO ESTIVEREM PREPARADOS PARA CAVALGA-LO, SERÁ DIFICIL TEREM UMA NOVA OPORTUNIDADE. BOA SORTE”.

ANTONIO BENSON JUNIOR “SOU ALVARISTA COM ORGULHO O DIGO, É MINHA ESCOLA, MEU BOM ABRIGO.”

Obs. RECOMENDO A LEITURA DO LIVRO “O DIABÓLICO CÉREBRO ELETRÔNICO” DE DAVID GERROLD, HEMUS EDITORA, 1972, QUE RETRATA EM FORMA DE FICÇÃO ESSA MÁQUINA FABULOSA E ATÉ PROJETA GRANDE PARTE DE SUA EVOLUÇÃO FUTURA, TAL QUAL O ESCRITOR FRANCÊS JULIO VERNE O FEZ EM RELAÇÃO AO UNIVERSO, EM SEUS LIVROS :.

Viagem ao centro da Terra (1864), Da terra à lua (1865), Vinte mil léguas submarinas (1870),

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