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MIGUEL SARCO

9 Anos, 3 anos de skate, Piracicaba – (SP) / @Miguel_skateboard

Como você descobriu o skate e o que te motivou a começar a praticar?

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Meu pai tinha um skate em casa e, no início da pandemia em janeiro de 2020, comecei a andar por distração. Meus pais me levavam à pista e percebi que as dificuldades em manobrar me davam força para não desistir, e comecei a evoluir. O sentimento de conquista é muito bom, e é o que quero para sempre, o skate.

Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou no início da sua carreira como skatista mirim?

Na verdade, a minha maior dificuldade é o medo, medo de me machucar a cada tombo. O skate é um esporte em que se cai muito, mas a minha maior dificuldade foi conseguir pular os gaps de ollie. Foi uma vitória, um sentimento inexplicável.

Como você lida com a pressão e as expectativas, tanto de si mesmo quanto dos outros, enquanto ainda está no início da sua carreira?

Meus pais sempre me ajudam muito. Quando estou nervoso, eles apenas me dizem: "se divirta, respire, fique calmo e ande leve, sem pressão". E é isso, andar por diversão e assim mostro o meu melhor.

Quais são os seus skatistas profissionais favoritos e como eles influenciam a sua prática?

Rayssa Leal, Felipe Motta. Eles me dão inspiração e me fazem acreditar que somos capazes de conquistar o que queremos, com força de vontade, determinação, foco, treino e, acima de tudo, nunca desistir e sempre persistir.

Quais foram os momentos mais emocionantes ou significativos da sua trajetória como skatista mirim até agora?

Nos campeonatos, eu sempre me emociono quando consigo dar o meu melhor e acertar minha linha.

Como você equilibra a prática do skate com os estudos e outras atividades do dia a dia?

Vou à escola de manhã, à tarde fico em casa e à noite vou para a pista de skate para manobrar e evoluir.

Quais são os seus objetivos e sonhos no skate e o que você está fazendo para alcançá-los?

Meu sonho é ser um skatista profissional. Sou um menino dedicado, focado e sempre procuro evoluir e aprender mais e mais.

Quais são as principais lições que o skate ensinou a você até agora?

Humildade, companheirismo, equipe, skate é família, é você sempre torcer pelo acerto do seu amigo, independentemente da competição.

Como é a relação com outros skatistas mirins na sua comunidade? Vocês costumam se apoiar e se ajudar?

Minha relação com os mirins é muito boa, não é apenas um amigo que ganho, é um irmão. Sempre nos apoiamos e torcemos um pelo outro. Faço parte do PROJETO BASE 2 na casa do HIPHOP aqui em Piracicaba, aprendo com eles que skate não é só um esporte, skate também é cultura. Tenho orgulho de fazer parte desta comunidade tão unida.

Por fim, deixe uma mensagem final e agradecimentos para os skatistas mirins que estão começando sua jornada. Bom, andem por diversão acima de tudo, com leveza, sem pressão. Os tombos virão, mas quando se levantarem, estarão mais fortes e tenho certeza que irão conseguir. Nunca desistam, sempre persistam, pois a cada remada, a cada ollie, vocês já são vitoriosos.

FOTÓGRAFO: JULIANA

MANOBRA: FS ROCKSLIDE

Como você descobriu o skate e o que te motivou a começar a praticar?

Descobri o skate na infância quando meu irmão apareceu em casa com um, mas foi temporária essa conexão com o carrinho. Tive um contato melhor com o skate aos meus 17 anos, quando trabalhava em um lava rápido onde meu ex-patrão era skatista amador. Aí, com meu primeiro salário, montei um skate e, com o tempo, fui dando um upgrade e melhorando as peças do skate. Foi uma paixão duradoura até hoje.

Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou no início da sua carreira como skatista amador?

As principais dificuldades foram a falta de tempo para andar, por conta do trabalho e estudos na época, e também a aceitação nas pistas de skate por ser iniciante e não ter uma noção de manobras e como andar na pista.

Como você concilia a prática do skate com outras responsabilidades, como trabalho ou estudos?

Hoje em dia, trabalho em período integral. Tiro um tempo para estudar e, nos dias de folga do trabalho, aproveito para andar de skate.

Quais são as suas principais fontes de inspiração no mundo do skate?

Minhas maiores inspirações foram meu ex-patrão, que me ensinou a andar de skate, o skatista profissional Chris Cole e meus amigos(as) parceiros de rolê sempre.

Quais foram os momentos mais marcantes da sua trajetória como skatista amador até agora?

Os momentos mais marcantes da minha vida no skate, sem dúvida, foram minha primeira fratura (que ainda achei que só tinha torcido e fui trabalhar 2 dias com o pé quebrado, risos) e quando ganhei minha primeira medalha em um campeonato durante a virada esportiva. Eu e uns amigos tivemos que virar a noite na rua aguardando a estação do metrô abrir, pois estava fechada.

Como você lida com o medo e os desafios que surgem ao tentar manobras mais difíceis?

Lidar com o medo ainda está sendo uma coisa difícil, e quanto mais idade avançada, o medo piora, risos. Mas a gente é skatista, tudo doido, e tem manobras que a gente nem pensa, só vai!!!

Quais são as principais habilidades que você busca desenvolver no skate e como você trabalha para aprimorá-las?

Gosto de ensinar tudo que eu aprendo no skate para o próximo. Faço parte de um projeto social onde dou aula para iniciantes no skate, de qualquer idade. Fico contente quando vejo que o que eu ensino está sendo colocado em prática. Vejo que está valendo a pena.

Como é a relação com outros skatistas amadores e profissionais na sua comunidade?

Aqui em São Paulo, a galera é daora, bem receptiva e fácil de fazer amizade, pelo menos onde eu ando. Hoje em dia, em quase todas as pistas que a gente for colar, o pessoal vai receber bem, não só em São Paulo, mas em outras cidades também. Tive a oportunidade de ir para Sinop em MT e a galera de lá é muito gente boa. A única pista que tinha lá na cidade tinha uma galera que anda muito e são muito firmes.

Quais são as principais competições ou eventos de skate que você participou ou gostaria de participar?

Participei de poucos campeonatos, risos. Comecei participando dos campeonatos do Sampa Skate, e depois fiquei participando dos campeonatos de vila que as marcas de skate organizavam. Tenho vontade de participar dos campeonatos paulistas, o Brasileiro e os PARA-OLÍMPICOS, um campeonato para skatistas PCD.

Quais conselhos você daria para aqueles que estão começando sua jornada como skatistas amadores?

Andem de skate sempre por amor. Se tiverem vontade de se tornar um profissional no skate, corram atrás. Não deixem de fazer suas obrigações antes de andar de skate, e sejam sempre humildes e pacientes com quem está começando a andar de skate.

Qual é o seu maior sonho ou objetivo como skatista amador?

Poder andar até a velhice, fazer minha marca ficar conhecida, viver dela, poder viajar mais e conhecer outras pistas de skate pelo mundo e mais skatistas.

Por fim, deixe uma mensagem final para os skatistas amadores e aproveite para expressar seus agradecimentos.

Agradeço a Deus, primeiramente, à DeccsMagazine pela oportunidade de poder compartilhar minha história no skate com outros skatistas, ao meu ex-patrão Leandro que, se não fosse ele, eu não teria pegado amor pelo skate, aos meus amigos que estão sempre na sessão comigo e a todo mundo que já tive a oportunidade de conhecer através do skate.