O Bazófias - Número 34

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Informática Para os pais:

Blur possui a classificação ESRB de M/1 0. A única violência existente no jogo reside nos acidentes, sendo muito minimizada pelo irrealismo destes. O modo para vários jogadores no mesmo sistema pode ser uma boa aposta para passar algum tempo a jogar em família.

Q

uando carregamos Blur pela primeira vez, ficamos com a sensação de estar perante um jogo de condução no estilo das versões Underground da série Need for Speed. A apresentação gráfica é bastante similar e os carros disponíveis, baseados em modelos reais, também são o que esperaríamos ver num Need for Speed. Esta sensação mantém-se ao entrarmos na pista, mas dissipa-se rapidamente assim que percorremos os primeiros metros. Apesar de os gráficos in-game continuarem a lembrar um Need for Speed (ou até mesmo um Burnout), a jogabilidade traz imediatamente à memória Mario Kart. O motivo é simples: power ups. Existem 8 power ups que podem ser recolhidos durante a corrida, podendo ser acumulados. Há power ups defensivos, como o escudo de protecção (de curta duração) ou o nitro para aumentar de velocidade, e power ups ofensivos, como o shunt (uma espécie de bola de fogo teleguiada) ou os bolts (que precisam de alguma pontaria para ser usados a longa distância). A utilização adequada

destes power ups pode alterar por completo o rumo da corrida, pois uns power ups utilizados no momento adequado podem levar-nos rapidamente à liderança mesmo que estejamos em último lugar (ou fazer-nos perder a liderança, se forem usados pelos nossos adversários). As corridas são bastante caóticas, com 20 carros em pista na maior parte dos modos de jogo. As pistas são geralmente bastante largas e possuem vários atalhos que podemos tomar, mas mesmo assim é fácil juntarem-se 7 ou 8 carros em determinada zona da pista. Adicionem a esta equação os power ups e ficam com uma ideia da confusão que daí pode resultar. O modo para um só jogador é relativamente fácil. O jogador vai percorrendo vários eventos, obtendo novos veículos à medida que ganha fãs – o que se consegue vencendo corridas ou cumprindo determinados objectivos. Ocasionalmente defronta alguns pilotos especiais em corridas de um contra um. Apesar de existir alguma variedade, pode tornar-se monóto-

no, pois os adversários não colocam grande desafio. Felizmente, Blur inclui também um componente multi-jogador, tanto pela Internet como no mesmo computador (com ecrã dividido). É este o ponto forte do jogo, pois a imprevisibilidade dos condutores humanos aumenta ainda mais o caos existente no jogo, tornando-o substancialmente mais divertido. Em conclusão, Blur é um razoável jogo de corridas quando jogado sozinho. Possui um estilo de condução marcadamente arcade e uma boa variedade de carros e pistas, assim como um elevado número de adversários em cada corrida. No entanto, se tiverem alguns amigos com quem o jogar, torna-se bastante mais interessante. Não chega ao nível de diversão de um Mario Kart, pois a jogabilidade não é tão boa (e falta-lhe também o carisma do título da Nintendo), mas é suficientemente divertido para valer a pena organizar umas sessões de jogos com os amigos. ● Pedro Amaro

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