Explorando las Nuevas Fronteras del Turismo. Perspectivas de la investigación en Turismo

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GESTÃO INTEGRADA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL

Os autores assim descrevem cada uma das fases do ciclo de vida dos destinos proposto por Butler (1980 apud Lohmann, Panosso Netto 2008, p. 357-359): • Exploração: estágio em que os primeiros turistas chegam a um determinado destino turístico, geralmente sendo o tipo de turista que Cohen classificou como “exploradores” e Plog como “aventureiros”. Praticamente não há nenhuma infraestrutura de acomodação, sendo que os elementos exóticos, o desconhecido e a pouca chance de encontrar outros visitantes são os quesitos que mais atraem os turistas neste estágio; • Envolvimento: o segundo estágio é marcado pela existência de alguns serviços turísticos prestados pelos habitantes locais. Aliás, o contato dos turistas com os habitantes é bastante intenso neste estágio de desenvolvimento do destino; • Desenvolvimento: neste estágio, organizações de fora do destino turístico passam a investir na infraestrutura turística e na prestação de serviços turísticos, o que estimula ainda mais o crescimento do número de visitantes. As relações com os turistas se tornam mais formais, uma vez que o contato se dá por meio de uma estrutura mais comercial; • Consolidação: caracterizada pelo domínio das empresas que mantêm a competitividade do local perante outros destinos; • Estagnação: na luta pela sobrevivência, por meio da quantidade de turistas que precisam lotar os equipamentos para viabilizá-los economicamente, os preços baixam e passam a atrair demanda de menor poder aquisitivo. A localidade passa por um desgaste econômico, social e ambiental. Os equipamentos físicos começam a se degradar e as atrações criadas para o atendimento dos turistas nas fases de desenvolvimento e consolidação envelhecem, saem de moda e perdem a atratividade. O ambiente natural, que antes era o ponto de atração, deteriora-se pelo mau uso da paisagem na construção de hotéis e de outros equipamentos, e número de visitantes excede os limites da capacidade de carga. Depois desses cinco estágios, o destino pode apresentar outros estágios que irão variar de acordo com a resposta dos planejadores e administradores do destino turístico. Vários cenários são possíveis, incluindo uma estagnação continuada, o declínio ou o rejuvenescimento. (Lohmann, Panosso Netto 2008, p. 357-359) O território é, portanto, ao mesmo tempo, causa e conseqüência dos processos de desenvolvimento turístico. Nele se encontram distribuídos os diversos elementos que são objetos de interesse turístico (os atrativos), provocando a circulação dos viajantes (os fluxos). É nele também que ficam registradas as características do processo de movimentação e permanência destes fluxos conforme evidencia a implantação de infraestruturas e serviços para atenderem os visitantes, bem como de outros elementos associados como a propaganda de negócios turísticos e infraestruturas e serviços de apoio ao desenvolvimento turístico. Neste sentido, a observação atenta do território permite identificar nele características relacionadas à motivação dos visitantes (pelos tipos de atrativos e espaços valorizados turisticamente), assim como os impactos que sobre ele são causados pelo des-

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