Explorando las Nuevas Fronteras del Turismo. Perspectivas de la investigación en Turismo

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GESTÃO INTEGRADA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL

a perda das características de atratividade originais e, conseqüentemente, prejuízos graves ao seu valor turístico. É por isso que se justifica a necessidade de uma avaliação criteriosa sobre um dos fatores principais do desenvolvimento turístico: os atrativos. É extremamente importante então compreender suas características de diferenciação, de distribuição pelo território, sua proximidade com outros atrativos e o reconhecimento que recebem por parte da população local e de visitantes, bem como as relações que entre eles se estabelecem. É a partir do reconhecimento de interesse turístico pela população local ou por algum viajante que um lugar, objeto ou acontecimento torna-se capaz de motivar fluxos que para ele se deslocarão com objetivo de usufruí-lo. É mediante a continuidade e expansão dos fluxos até estes atrativos, que o turismo é introduzido e fixado em uma determinada localidade. O processo de desenvolvimento turístico decorrente pode assim apresentar muitas formas. Ele é influenciado por fatores que abrangem desde as características de atratividade (implicando, por exemplo, em fluxo de visitantes locais, regionais, nacionais ou internacionais ou ainda em visitantes segmentados ou convencionais) até questões de ordem cultural, política, tecnológica, ambiental, social ou econômica do núcleo receptor. Esta avaliação dos atrativos turísticos e de suas características fundamentais é essencial para orientar o planejamento e a gestão do desenvolvimento turístico. Esta ideia é compartilhada por Plog (2002) que observa que a maioria dos destinos de lazer do mundo não tem observado isto, oferecendo um produto de turismo [...] que ao longo do tempo tornou-se gradualmente desinteressante e comercial demais porque se deu pouca atenção à proteção da beleza natural ou à singularidade da área que originalmente atraiu os visitantes. Por isso, há um declínio contínuo de turistas e graves problemas econômicos. Os cidadãos do local podem não reconhecer essa deterioração porque ela ocorre muito lentamente, mas os visitantes que não aparecem há muitos anos se chocam a ver o quanto declinou a experiência como um todo. (Plog, 2002, p. 267) Este tipo de percepção é compartilhada também por Gunn (2002), ao citar o uso sustentável dos recursos como uma das metas do planejamento turístico. Em suas palavras: [...] a economia do turismo e a satisfação do visitante dependem, sobretudo da absoluta necessidade de parar a degradação dos recursos tão flagrante em volta do mundo. Empresas turísticas, agências governamentais e organizações sem fins lucrativos desenvolvendo turismo – todas poderão ter pouco a promover no futuro, ao menos que atitudes e políticas mudem. (Gunn, 2002, p. 20) O caminho para a formação de destinos turísticos mais sustentáveis passa,

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