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Uma família de militares em Portugal, séculos XVII-XIX

Das Guerras da Aclamação, 1640-1668, à Guerra Civil Liberal, 1832-1834

Balthazar de Almeida Pimentel nasceu em outubro de 1786 na Praça e Vila de Almeida, no seio de uma família de militares e foi, como podemos constatar ao longo das páginas seguintes, um dos mais brilhantes oficiais portugueses do século XIX. Desde muito novo seguiu, tal como seu pai e antepassados, a carreira das armas. Serviu no Regimento de Penamacor, aquartelado em Almeida, do qual o pai era Comandante, tendo integrado a Legião Portuguesa (Legião Lusitana) comandada pelo 3.º Marquês de Alorna 1 , durante o período das Terceiras Invasões Francesas 2 , que ocorreram em território nacional entre 1807 a 1812. Neste enquadramento esteve nas principais batalhas onde a Legião Portuguesa participou, desde França, Alemanha e Rússia, atingindo o posto de Capitão, desempenhando funções de comando, as quais lhe foram muito úteis para o futuro e carreira das armas.

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Regressado a Portugal em 1814 apresentou-se ao Ministro da Guerra em 1 de novembro desse mesmo ano, sendo integrado no Exército como oficial sem emprego, encontrando-se na cidade do Porto em 1820, no advento da Revolução Liberal.

Em 1822 foi chamado a exercer funções de chefia à frente de uma coluna militar, dirigindo-se à cidade de Braga para acabar com a insurreição do General Silveira 3 , que pretendia ocupar a cidade, incumbência que desempenhou com esmero e reconhecimento por parte dos seus superiores. Pelas funções anteriores, foi nomeado

1. D. Pedro de Almeida Portugal (1754-1813).

2. Também designadas em Portugal como Guerra Peninsular e em Espanha como Guerra da Independência.

3. Francisco da Silveira Pinto da Fonseca Teixeira (1763-1821), 1.º Conde de Amarante, político e General do Exército Português, que se destacou na Guerra Peninsular.