Revista Automotive Business - edição 22

Page 63

FREDERICO BATTAGLIA, da Peugeot, CLÁUDIO RAWICZ, da Fiat Industrial, PEDRO KUTNEY, de Automotive Business, CARLOS MORENO, da Nissan, e ARTHUR WONG, da Mercedes-Benz

OUSADIA DRIBLA BAIXO ORÇAMENTO VÍDEOS COMO LELEK, DO CLASSE A, E PÔNEIS MALDITOS, DA FRONTIER, RENDERAM DESTAQUE PARA MERCEDES-BENZ E NISSAN

M

ontadoras que não dispõem de grandes orçamentos para chamar a atenção sobre seus produtos têm de recorrer à inovação e ousadia para atingir seus objetivos. Um dos exemplos mais recentes é o vídeo viral do Mercedes-Benz Classe A, em que o carro “dança” ao som do funk da periferia. Arthur Wong, gerente de marketing de automóveis da marca, sabia que o vídeo seria polêmico, mas ressaltou que o resultado foi muito bom. “Foi um case de sucesso. Eu jamais usaria o vídeo na TV, que requer outro tipo de comunicação. Como viral deu excelentes resultados”, disse. Carlos Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan do Brasil, admite que entre 2010 e 2012 o foco da empresa era deixar de ser “marca de macarrão”, já que era confundida

com a Nissin. “Como não tínhamos muito dinheiro nem tempo de mercado, apostamos no caminho mais criativo. A ousadia e criatividade compensaram a falta de dinheiro.” Claudio Rawicz, diretor de eventos e propaganda da Fiat Industrial, falou sobre o desafio de concorrer com marcas tradicionais de caminhões tendo apenas 15 anos de mercado. “Nossa primeira estratégia foi associar a Iveco à Ferrari, uma marca premium forte, e ao piloto Felipe Massa”, explicou. Outra ação foi centrada na mídia digital, com o desenvolvimento do primeiro blog de montadoras de caminhões, em 2008. Frederico Battaglia, diretor de marketing da Peugeot do Brasil, acrescentou que é preciso convencer as outras áreas da empresa de que a estratégia escolhida vai dar certo. No caso da

propaganda de TV para o 208, que remete à Corrida Maluca, ele conta que foram feitos vários testes para que a ideia fosse aceita. Sobre a internet, Moreno reforçou que a decisão de usar a mídia é feita claramente por questões financeiras. “É mais barato e dá retorno grande. É um meio democrático que dá a liberdade para fazermos o conteúdo que quisermos”, avaliou. Vinicius Picollo, diretor de planejamento estratégico da Dentsu Brasil, reforçou que grandes soluções nem sempre precisam de grandes verbas. “Trabalhamos com inteligência na gestão das campanhas.” Ele disse que, com frequência, busca ideias para uma campanha em outros países: “A Dentsu atua globalmente e observamos boas iniciativas de vários cantos do mundo.” (Sueli Osório)

$XWRPRWLYH%86,1(66


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.