Revista Automotive Business - edição 22

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TECNOLOGIA

ROTA DA EFICIÊNCIA COM ELETRIFICAÇÃO A MEIO-TERMO ANTES DA ADOÇÃO DA TRAÇÃO ELÉTRICA PURA OU HÍBRIDA, SISTEMAS ELÉTRICOS VÃO AJUDAR (E MUITO) A REDUZIR CONSUMO E EMISSÕES PEDRO KUTNEY, DA ALEMANHA

A

rota da eletrificação veicular passa, necessariamente, pelo aperto da legislação de emissões de CO2 nos maiores mercados do mundo, como Estados Unidos, China e Europa. Nos próximos anos, a eletrificação do powertrain mostrará vários níveis, que começam na adoção de sistemas elétricos para aliviar a força mecânica do motor a combustão, entram no uso de propulsão elétrica auxiliar (caso dos híbridos) e vão até o carro 100% elétrico. Todas essas tecnologias de propulsão vão conviver por um bom tempo, mas os velhos motores a combustão interna, em versões muito eficientes, continuarão soberanos, ainda que com muita ajuda de sistemas elétricos. Apesar da evolução recente dos veículos elétricos e híbridos – principal-

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mente na Europa, onde eles ajudam a puxar para baixo a meta média de emissões de CO2 de cada fabricante –, nos mercados onde são vendidos esses modelos recebem considerável carga de incentivos governamentais para compensar o preço alto. O fato é que a tecnologia ainda é muito cara, sem condições de competir com veículos de propulsão convencional. Por isso, antes da eletrificação, o que se busca é maior eficiência energética. COMBUSTÃO EFICIENTE “Os motores a combustão vão ficar tão eficientes que a propulsão não precisará de eletrificação para atender aos limites de emissões de CO2 até 2020”, aposta Bernd Bohr, que até julho era chefe da divisão automotiva da Bosch. Em junho, pouco antes de se aposentar, Bohr apresentou à imprensa o que

a empresa prepara para atender as demandas por maior eficiência energética de seus clientes, as montadoras. A Bosch trabalha com o cenário de que os veículos híbridos e elétricos vão representar, respectivamente, apenas 2,8% e 0,7% das vendas no mundo em 2015 (ante 2% em 2012). Em 2020 os elétricos devem subir para 2,2% das compras de carros novos, os híbridos para 5,7% e os híbridos plug-in (que podem ser recarregados na tomada) para 2,7%. Portanto, os carros movidos só com motores convencionais ainda seriam quase 90% das unidades vendidas no fim desta década, ante 98% em 2012. Para modelos subcompactos, nenhuma eletrificação da propulsão se faz necessária, apenas o uso de motores leves e eficientes é suficiente para cumprir até a mais rígida legisla-


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