Cadernodoaluno geografia 2º vol 01

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2 SÉRIE ENSINO MÉDIO Caderno do Aluno Volume 1

GEOGRAFIA Ciências Humanas


GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO ALUNO

GEOGRAFIA ENSINO MÉDIO 2a SÉRIE VOLUME 1

Nova edição 2014 - 2017

São Paulo


Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretário-Adjunto João Cardoso Palma Filho Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Ana Leonor Sala Alonso Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri


Caro(a) aluno(a), Agora, na 2a série do Ensino Médio, você está convidado(a) a aprofundar os seus conhecimentos sobre a realidade brasileira em todas as suas potencialidades, reconhecendo as etapas e transformações que contribuíram para a atual configuração do território brasileiro. Por meio das atividades e Situações de Aprendizagem propostas neste volume, você terá a oportunidade de compreender os processos histórico-geográficos responsáveis pela atual configuração territorial do Brasil, os principais aspectos econômicos, os ciclos econômicos, a gênese das fronteiras brasileiras e a consolidação das fronteiras políticas e dos limites do território, as políticas de integração nacional e a relação Brasil–mercados internacionais. A sociedade brasileira, em menos de meio século, tornou-se fundamentalmente urbana. Por meio de um processo migratório intenso, surgiram grandes concentrações urbanas em eixos específicos e um esvaziamento do campo. Esses processos estão relacionados aos circuitos de produção, internos e externos, e resultam na configuração atual do território brasileiro. Com o auxílio da Cartografia, da literatura, de charges, de textos etc., você poderá refletir sobre o fenômeno urbano, a cultura que o caracteriza e, mais que isso, sobre as desigualdades socioeconômicas que se refletem na produção do espaço geográfico brasileiro.

Tenha um excelente estudo!

Equipe Curricular de Geografia Área de Ciências Humanas Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB Secretaria da Educação do Estado de São Paulo



Geografia – 2a série – Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 A GÊNESE GEOECONÔMICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

Para começo de conversa Converse com seus colegas e seu professor sobre o lugar em que vocês vivem. 1. Qual atividade econômica impulsionou a formação da cidade em que você vive?

2. Nos dias atuais, nas paisagens do lugar ou da região em que você vive, é possível observar aspectos relacionados com a atividade econômica identificada na questão anterior? Quais?

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Geografia – 2a série – Volume 1

Leia, interprete e discuta os mapas de acordo com o roteiro de questões apresentado a seguir.

A economia e o território no século XVI

Natal Filipeia Olinda

São Cristóvão Salvador São Jorge dos Ilhéus Santa Cruz Porto Seguro

N. Sra. da Vitória Espírito Santo São Paulo

Santos São Sebastião do Rio de Janeiro N. Sra. da Conceição de Itanhaém Cananeia

Meridiano de Tordesilhas Pau-Brasil Cana-de-açúcar Pecuária Limites das capitanias hereditárias Capitanias reais Cidades e vilas

0 Fonte: Baseado em Manoel Mauricio de Albuquerque, Atlas Histórico.

500 km

© HT-2003 MGM-Libergéo

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005, p. 35. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; fronteiras atuais; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

A economia e o território no século XVII

Belém Cametá

São Luís Fortaleza Natal Paraíba Olinda Recife Porto Calvo Penedo São Cristóvão Salvador São Jorge dos Ilhéus Santa Cruz Porto Seguro

N. Sra. da Vitória Espírito Santo

Meridiano de Tordesilhas

Taubaté São Paulo Itanhaém

Ouro Drogas do sertão Cana-de-açúcar Pecuária Eixo de expansão da pecuária Limite dos Estados atuais Região ocupada pelos Holandeses

São Sebastião do Rio de Janeiro Santos São Vicente Cananeia Paranaguá

Laguna

Cidades e vilas 0

500 km

© HT-2003 MGM-Libergéo

Fonte: Baseado em Manoel Mauricio Albuquerque, Atlas Histórico.

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005, p. 37. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; fronteiras atuais; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

A economia e o território no século XVIII

Macapá Barcelos Olivença

Barra do Rio Negro

Óbidos

Cametá

Belém Alcântara

São Luís

Santarém

Parnaíba

Fortaleza

Borba Natal

Quixeramobim

Paraíba Olinda Recife Penedo São Cristóvão Salvador

Vila Bela Cuiabá São Pedro del Rei

São Jorge dos Ilhéus Santa Cruz Porto Seguro

Vila Boa

Sabará Mariana São João del Rei São Paulo Sorocaba Santos Iguape Curitiba Cananeia Paranaguá

Algodão Ouro e diamantes Drogas do sertão Cana-de-açúcar Pecuária Eixo de transporte Limite dos Estados atuais

Lajes

Ouro Preto

Vitória Espírito Santo

Rio de Janeiro

Desterro Laguna

Porto Alegre

Cidades e vilas 0 Fonte: Baseado em Manoel Mauricio de Albuquerque, Atlas Histórico.

500 km

© HT-2003 MGM-Libergéo

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005, p. 39. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; fronteiras atuais; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

A economia e o território no século XIX

Belém Manaus

São Luís Fortaleza

Natal Paraíba Recife Maceió Aracaju Salvador Cuiabá Goiás

Café Mate Cacau Fumo Algodão Ouro e diamantes Drogas do sertão e borracha Cana-de-açúcar

Ouro Preto Vitória

São Paulo

Rio de Janeiro Santos

Curitiba

Cananeia

Pecuária Ferrovia Limite dos Estados atuais Cidades e vilas

Florianópolis

Porto Alegre

0 Fonte: Baseado em Manoel Mauricio de Albuquerque, Atlas Histórico.

500 km

© HT-2003 MGM-Libergéo

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005, p. 41. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; fronteiras atuais; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

1. Quais assuntos estão relacionados nos títulos dos mapas? Após identificá-los, observe se as legendas exprimem a mesma relação.

2. Com base na observação dos mapas, identifique as atividades econômicas que se destacaram no século XVI e descreva como elas evoluíram até o século XIX.

3. Nos mapas Brasil: a economia e o território no século XVII e Brasil: a economia e o território no século XVIII, observe a evolução das cidades e vilas. No decorrer do tempo, o número delas diminuiu ou aumentou? Justifique.

Desafio! 1. A partir da leitura dos mapas, quais informações permitem identificar no território brasileiro uma organização em “ilhas” e “arquipélagos” econômicos?

2. Como o estudo da história territorial de nosso país pode ajudá-lo a compreender características atuais do território brasileiro? Cite exemplos.

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Geografia – 2a série – Volume 1

LIÇÃO DE CASA Com base nas aulas e nas discussões realizadas em sala de aula sobre os aspectos históricos e geoeconômicos da formação do território brasileiro, responda: 1. Explique o tipo de colonização que ocorreu nos territórios que hoje pertencem ao Brasil.

2. Qual o significado da expressão “espaços extrovertidos” quando nos referimos à produção e à organização do espaço geográfico durante o Período colonial brasileiro?

3. Com base no mapa Brasil: a economia e o território no século XIX (p. 9), justifique o emprego da noção de “arquipélago econômico” para explicar a economia e a configuração geoeconômica do território brasileiro no início do século XX.

4. Cite exemplos de características atuais do território brasileiro cuja origem remonta ao passado colonial do país.

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Geografia – 2a série – Volume 1

A partir das orientações do seu professor, frequente com seu grupo a biblioteca da escola e pesquise em livros e enciclopédias conteúdos sobre a América Portuguesa. Nos textos selecionados e consultados, coletem e organizem informações sobre os chamados “ciclos econômicos” (cana-de-açúcar, mineração, café) por meio da elaboração de um quadro-síntese sobre os períodos, principais áreas de ocorrência dessas atividades e destino da produção. Para complementar a pesquisa e apresentar os resultados obtidos, elaborem um mapa com título e legenda sobre as informações organizadas no quadro-síntese, representando-as no mapa mudo da página a seguir.

“Ciclo econômico”

Cana-de-açúcar

Mineração

Período

Principais áreas de ocorrência

Destino da produção

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Café


Geografia – 2a série – Volume 1

Título: _____________________________________________________________________________________________

0

500 km

Atelier de Cartographie de Sciences Po. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território não estão representadas em detalhe; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

VOCÊ APRENDEU? 1. Retome os mapas sobre a economia e o território brasileiros do século XVI ao XIX (p. 6-9) e leia o trecho a seguir. [...] a colonização não se orientara no sentido de constituir uma base econômica sólida e orgânica, isto é, a exploração racional e coerente dos recursos do território para a satisfação das necessidades materiais da população que nela habita. Daí a sua instabilidade, com seus reflexos no povoamento, determinando nele uma mobilidade superior ainda à normal dos países novos. PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo [1942]. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 75.

Com base nos mapas e no texto fornecido, justifique a noção de “arquipélago econômico” estudada nas aulas.

2. Fuvest 2001 – Quanto à formação do território brasileiro, podemos afirmar que: a) a mineração, no século XVIII, foi importante na integração do território devido às relações com o Sul, provedor de charque e mulas, e com o Rio de Janeiro, por onde escoava o ouro. b) a pecuária no Rio São Francisco, desenvolvida a partir das numerosas vilas da Zona da Mata, foi um elemento importante na integração do território nacional. c) a economia no século XVI, baseada na exploração das drogas do sertão, integrou a porção centro-oeste à região Sul. d) a economia açucareira do Nordeste brasileiro, baseada no binômio plantation e escravidão, foi a responsável pela incorporação, ao Brasil, de territórios pertencentes à Espanha. e) a extração do pau-brasil, promovida pelos paulistas por meio das entradas e bandeiras, foi importante na expansão das fronteiras do território brasileiro. 14


Geografia – 2a série – Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 A GÊNESE DAS FRONTEIRAS BRASILEIRAS

Leia e interprete o mapa da próxima página com base no roteiro fornecido. 1. Observe o título e a legenda. Qual é o assunto retratado no mapa?

2. Sugira outro título para o mapa.

3. O que o mapa revela sobre o Brasil com relação ao assunto retratado?

4. Por que o Brasil não consta da lista de conflitos atuais?

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O Estado de S. Paulo, 7 out. 2007, p. A-18. Mapa original (sem escala; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

Leia o texto a seguir e com o auxílio de um dicionário esclareça os termos e expressões desconhecidos, anotando-os ao lado do texto ou em seu caderno. Não há necessidade mais imperiosa para um Estado do que ter fronteiras certas e reconhecidas, e foi a essa tarefa que Rio Branco deu o melhor de sua vida, retomando em vários casos os trabalhos (...) de seu pai, por quem tinha admiração extraordinária. No caso do Acre criou uma nova fronteira, na maior incorporação territorial de nossa vida de país independente, nos outros manteve as divisas que achávamos ser as nossas. Fez mais, mas o que fica para a história são os tratados de limites. Não é exagero dizer que uma obra dessa magnitude e valorizada moralmente por ter sido feita sem guerras é sem par nos anais da diplomacia universal. Por isso Rio Branco tem o prestígio que nenhum outro diplomata tem, em nenhum outro país. Num livro recente, com o bonito título de O corpo da pátria, o geógrafo Demétrio Magnoli diz que, diferente do que geralmente se afirma, apenas 17% de nossas fronteiras vêm dos tempos coloniais (o Rio Guaporé, por exemplo), a maior parte, 51%, foi estabelecida no período imperial (como a divisa no Pantanal), e 32% devem-se exclusivamente a Rio Branco (os limites do Acre) para falar nos três trechos da fronteira boliviana. Preferimos ficar com a opinião tradicional, que julga ter sido o grande feito da Colônia o estabelecimento das fronteiras do Brasil. Como diz o historiador de nossos dias Francisco Iglésias: “o mapa da América do Sul, quanto ao Brasil, foi fixado no principal ainda no período português. Só acertos mínimos se fizeram depois”. Na verdade o que há são camadas que se sobrepõem, de precisão cada vez mais nítida. Madri e Santo Ildefonso são a grande mancha colonial: afinal, o primeiro mapa que apresenta o Brasil, como um triângulo, ocupando metade do triângulo da América do Sul, é o Mapa das Cortes, de 1750. No Império tentou-se fixar bilateralmente todo o contorno terrestre do Brasil e muito se conseguiu; mas ainda sobraram para a República trechos em aberto, e seu fechamento, vimos, é a grande obra do Barão. Podemos até aceitar os números de Magnoli, admitindo como definitivos os acordos prévios. Desde Tordesilhas... Rio Branco assinou tratados de limites com nove dos 11 vizinhos do Brasil (hoje são 10, o Equador tinha então a aspiração a chegar ao Amazonas). Com a Venezuela, tínhamos já o acordo de 1859 e, com o Paraguai, as fronteiras haviam sido estabelecidas, aliás, pelo Visconde de Rio Branco, em 1871. O Paraguai é exceção curiosa, porque era uma das especialidades de Rio Branco: as clássicas páginas que Nabuco dedica à Guerra do Paraguai em seu Um estadista da República (que se constituíram em livro isolado, em espanhol) muito incorporam das opiniões do Barão. Como exemplo de variação de acordos, lembremos que a linha de limites do Brasil de certa forma se interrompeu quando o Peru cedeu, em 1922, a soberania sobre o trecho Tabatinga-Apapóris à Colômbia (o chamado Trapézio de Letícia). Só em 1928, na gestão profícua de Octávio Mangabeira no Itamaraty, a Colômbia voltou a aceitar a linha de 1909, que era a mesma do tratado de 1851, 17


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com o Peru. Muito importante, aliás, por ser o primeiro do Império e por estabelecer a doutrina do uti possidetis, que, sob certas condições, vigorou até Rio Branco. Então, pode-se dizer que Rio Branco acabou com os problemas de fronteiras do Brasil? De certa forma, sim: depois dele, o que pode haver são problemas “na” fronteira, mas não problemas “de” fronteira, estes já resolvidos definitivamente por acordos bilaterais. Uma ilha que muda de lugar em relação ao talvegue do rio, um marco mal colocado, um trecho não bem caracterizado no tratado de limites, até, como vimos, a mudança de soberania sobre um trecho lindeiro; tudo isso pode acontecer. Será preciso, então, resolver esses problemas práticos, mas sem mexer na teoria, incorporada aos acordos. Guimarães Rosa, durante muitos anos Chefe da Divisão de Fronteiras do Itamaraty, nos momentos de trabalho mais intenso, dizia com humor: “Só aceitei esse lugar porque me garantiram que o Barão já havia demarcado todas as fronteiras do Brasil...”. GOES FILHO, Synesio Sampaio. Fronteiras: o estilo negociador do Barão do Rio Branco como paradigma da política exterior do Brasil. In: CARDIM, Carlos Henrique; ALMINO, João (Orgs.). Rio Branco, a América do Sul e a modernização do Brasil. Rio de Janeiro: EMC, 2002. p. 123-125. Disponível em: <http://www.funag.gov.br/biblioteca/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=364&Itemid=41>. Acesso em: 31 jul. 2013.

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Realize uma segunda leitura do texto, mais atenta, e sintetize o conteúdo de cada parágrafo atribuindo um título a cada um deles.

Ɣ

Nos segundo e terceiro parágrafos, o autor do texto dialoga e se posiciona em relação ao estudo de um geógrafo. Ele concorda com esse estudo? Converse com seus colegas e com seu professor sobre isso.

Ɣ

O sexto parágrafo pode ser lido como a conclusão do autor diante do que foi exposto e explicado principalmente nos quarto e quinto parágrafos. Com o auxílio do professor, faça um resumo das ideias e informações apresentadas nesses três parágrafos.

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LIÇÃO DE CASA 1. Quais são as etapas usuais do estabelecimento das fronteiras políticas internacionais?

2. Diferente de outros países da América Latina, o Brasil não possui atualmente conflitos fronteiriços relacionados à delimitação e fixação de seus limites territoriais. a) Comente, com suas palavras, o que foi a chamada “Era Rio Branco” e qual a importância desse período para entender o fato citado.

b) Dê sua opinião quanto à importância, para um país, da delimitação de fronteiras sem a ocorrência de conflitos.

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A partir das orientações de seu professor, você e seu grupo vão frequentar a biblioteca da escola e pesquisar em livros e enciclopédias conteúdos sobre o estabelecimento das fronteiras políticas do Brasil e a chamada “Era Rio Branco”. Cada membro do grupo pode escolher um ou mais textos para a leitura e o estudo. Após esta etapa, organizem as informações reunidas e elaborem um texto que resuma as principais ideias sobre a “Era Rio Branco”.

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No site da Fundação Alexandre de Gusmão, você pode encontrar textos sobre a “Era Rio Branco” para download na Biblioteca Digital na seção “Livro na Rua – Diplomacia ao Alcance de Todos”. Disponível em: <http://www.funag.gov.br>. Acesso em: 31 jul. 2013.


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No que diz respeito às fronteiras e aos limites atuais do território brasileiro, assinale a alternativa correta sobre fatos relativos à sua demarcação e consolidação. a) Antes mesmo de o país ser uma nação soberana, o território brasileiro já estava completamente delimitado. Para tanto, muito contribuiu a assinatura do Tratado de Madri (1750) e do Tratado de Santo Ildefonso (1777), que separaram as terras espanholas das terras portuguesas na América. b) Pela arbitragem ou pelo acordo direto, sem conflitos armados acirrados que resultaram em grande número de mortes, até o final do século XVII os diplomatas brasileiros estabeleceram as fronteiras atuais do território do Brasil, com base em documentação cartográfica, na história e no princípio do uti possidetis, ou direito de posse, consagrado no Tratado de Madri. c) O trabalho de delimitação foi concluído no século XIX e contou com a participação ativa de vários diplomatas brasileiros, notadamente o Visconde do Rio Branco. Nos primeiros anos do século XX, os graves problemas de limites ainda pendentes foram solucionados pela ação direta do Barão do Rio Branco. d) Com uma fronteira marítima de 7 367 quilômetros, o Brasil tem limites terrestres com 11 países da América do Sul: Equador, Chile, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, e com o Departamento Ultramarino Francês da Guiana, em uma extensão da ordem de 16 886 quilômetros. 21


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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO “CONTINENTE”

Leia e interprete a coleção de mapas e, com o auxílio do professor, atenda ao que é solicitado. Brasil: do arquipélago ao continente Anos 1940

Anos 1890

0 500 km © HT-2003 MGM-Libergéo

0 500 km © HT-2003 MGM-Libergéo

Anos 1990

Distrito Federal Capital de Estado Zona de influência dos principais focos econômicos Centro de gravidade econômico Espaço realmente integrado à economia nacional Grande eixo rodoviário Rota marítima ou fluvial Principais correntes migratórias Frentes pioneiras e eixos de progressão

0 500 km © HT-2003 MGM-Libergéo

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005, p. 43. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; fronteiras e divisas atuais; sem indicação de norte geográfico).

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1. Observe a localização do Distrito Federal nos três mapas. Que relação pode ser feita entre sua localização em 1940 e a atual com a abrangência dos espaços realmente integrados à economia nacional?

2. Analise a evolução do “tamanho” das capitais e das suas respectivas zonas de influência nos três mapas. Que fatores interferiram nesse processo?

3. No mapa referente aos anos 1890, qual é o sentido da principal corrente migratória? Que atividade econômica impulsionou esse fluxo migratório?

4. No mapa referente aos anos 1940, quais Estados estavam realmente integrados à economia nacional?

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Considerando o exercício com a coleção de mapas Brasil: do arquipélago ao continente (p.22) e as discussões feitas em sala de aula sobre os períodos de sucessão dos meios geográficos no Brasil, responda às questões a seguir. 1. Caracterize a principal diferença entre meio natural e meio técnico.

2. Relacione a coleção de mapas Brasil: do arquipélago ao continente com os conceitos de meio natural, meio técnico e meio técnico-científico-informacional. Justifique suas escolhas.

3. Dê exemplos do seu cotidiano que demonstrem a presença do meio técnico-científico-informacional no espaço brasileiro.

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Em grupo, e com o auxílio do professor, conheça a letra da canção Bye, Bye, Brasil (1979) – e se possível escute a música –, composição de Chico Buarque e Roberto Menescal, criada para o filme de mesmo título, de Carlos Diegues. 1. Após trocar ideias sobre o conteúdo e o vocabulário da letra da música, respondam: Seria possível dizer que a narrativa da letra da música possui relações mais estreitas com um dos mapas Brasil: do arquipélago ao continente? Em caso afirmativo, qual deles e por quê?

2. Observem os elementos gráficos dos mapas e ouçam com atenção o andamento e o ritmo da música. A partir das sensações visuais e sonoras, a música nos remete para qual dos três mapas apresentados?

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Geografia – 2a série – Volume 1

Consulte um ou mais capítulos de livros didáticos de Geografia sobre as migrações, a dinâmica do povoamento, da economia e da organização do espaço geográfico do Brasil ao longo do tempo. Durante sua consulta e leitura, anote as informações e ideias que considerar importantes. Posteriormente, com o auxílio do professor e junto aos seus colegas, apresente e discuta o que aprendeu, tire suas dúvidas e enriqueça as informações obtidas com as fornecidas pelos demais.

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Geografia – 2a série – Volume 1

A produção e a organização do território do Brasil são obra contínua, inacabada. Além da dinâmica da sociedade e da economia, o país conta com iniciativas e investimentos governamentais como a instalação de infraestruturas (rodovias, portos, aeroportos, hidrelétricas etc.) essenciais para a maior integração entre as regiões brasileiras. Com seu grupo de trabalho, realize uma pesquisa na internet e em jornais e revistas sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Elabore um relatório destacando os principais pontos do Programa. Busque informações que permitam ao grupo comparar a opinião de pessoas favoráveis e/ou contrárias ao PAC ou a algumas das ações do programa.

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A pesquisa sugerida poderá ser iniciada consultando-se os seguintes sites: Ɣ Programa de Aceleração do Cres-

cimento. Disponível em: <http:// www.pac.gov.br>. Acesso em: 31 jul. 2013. Ɣ UOL Notícias – Especial PAC.

Disponível em: <http://noticias. uol.com.br/especiais/pac/>. Acesso em: 31 jul. 2013.


Geografia – 2a série – Volume 1

Observe o mapa e assinale a alternativa correta sobre o critério utilizado na regionalização do Brasil. Regiões brasileiras

REGIÃO AMAZÔNIA REGIÃO NORDESTE REGIÃO CENTRO-OESTE REGIÃO CONCENTRADA

Fonte: SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. LXIV. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

a) O mapa retrata a nova divisão regional do Brasil proposta pelo IBGE em 2007, tendo por base a densidade demográfica e a expansão industrial. b) O mapa reflete a divisão regional do Brasil por regiões geoeconômicas, subdividindo-o em três complexos regionais. Formulada pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, sua primeira versão é de 1967 e, no plano especial, espelha os resultados da integração promovida pela concentração industrial no Sudeste, além de levar em consideração o grau de polarização econômica em cada uma das regiões. Os principais critérios para essa regionalização foram a história da ocupação do espaço geográfico e as diferenças socioeconômicas. c) O mapa retrata a tradicional divisão regional do Brasil formulada pelo IBGE a partir de 1969. O Brasil é dividido em macrorregiões homogêneas, agrupando Estados com características comuns por critérios naturais, econômicos e demográficos. Para sua delimitação foram utilizados critérios como a análise de população, formas de ocupação do solo, aspectos culturais, hábitos e tradições e também o estágio de desenvolvimento de cada região. d) O mapa organiza uma síntese das regionalizações do Brasil segundo critérios como formas de ocupação do solo, aspectos culturais, hábitos e tradições das populações dos Estados brasileiros. e) O mapa representa a proposta do geógrafo Milton Santos, divulgada em 2001. Diante de outras divisões regionais do Brasil, determina um novo conjunto regional que se estende de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, tendo por núcleo o Estado de São Paulo. Essa divisão regional baseia-se no impacto da revolução técnico-científica na vida de relações do território brasileiro, acompanhada pela densidade dos fluxos de capital, mercadorias, pessoas e informações.

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Geografia – 2a série – Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 O BRASIL E A ECONOMIA GLOBAL: MERCADOS INTERNACIONAIS

Leia e interprete as tabelas e o mapa a seguir com base no roteiro de questões apresentado nas páginas 32 e 33.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria do Comércio Exterior. Balança Comercial Brasileira - Dados Consolidados 2012. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1365787109.pdf>, p. 29. Acesso em: 18 nov. 2013.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria do Comércio Exterior. Balança Comercial Brasileira - Dados Consolidados 2012. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1365787109.pdf>, p. 19. Acesso em: 18 nov. 2013.

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Fonte: AliceWeb Ministério do desenvolvimento, indústria e comércio exterior

Exportações

Importações

4 003 México 1 473 Bolívia

15 041 Países Baixos

26 849 Estados Unidos

41 228 China

(milhões de dólares US$)

Exportações e importações do Brasil em 2012

Exportações e importações do Brasil em 2012

Déficit

Superávit menor

Superávit grande

Saldo da balança comercial

0 2 000 km no Equador

THÉRY, Hervé; MELLO-THÉRY, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil. 2. ed. Prelo.

N

© HT 2013

Geografia – 2a série – Volume 1


Geografia – 2a série – Volume 1

1. Qual é o significado dos termos balança comercial, superávit e déficit?

2. Há correspondência entre o título do mapa e os aspectos indicados na legenda? Justifique.

3. Analisando o mapa, identifique com quais países do mundo o Brasil mantém intensas relações comerciais.

4. Observando no mapa as semicircunferências nos Estados Unidos, China e Nigéria, o que você pode concluir a respeito da participação desses países no comércio exterior brasileiro?

5. Compare o mapa e as tabelas e responda: a) Quais foram os quatro países que mais exportaram para o Brasil em 2012? 32


Geografia – 2a série – Volume 1

b) O Brasil apresenta saldo comercial negativo ou positivo com os países mencionados na resposta da questão anterior?

c) Qual foi o país que mais importou produtos brasileiros em 2012?

d) O que aconteceu com as importações brasileiras para o país mencionado na resposta anterior entre 2011 e 2012?

LIÇÃO DE CASA

1. Explique o que é o G-3 ou Fórum Ibas (Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul).

2. O que é o G-20?

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Geografia – 2a série – Volume 1

3. Qual é o principal objetivo do G-20 junto à OMC?

O Ibas (também conhecido como G-3) é o acrônimo de Índia, Brasil e África do Sul (em inglês, IBSA). Constitui um fórum de diálogo de iniciativa trilateral desses países com o objetivo de promover a cooperação Sul-Sul. Criado oficialmente em 6 de junho de 2003, em Brasília, o Ibas realiza encontros anuais para dar seguimento aos objetivos do fórum.

Para iniciar sua pesquisa, sugerimos:

Realize uma pesquisa sobre o Fórum Ibas em jornais, revistas e internet, identificando as áreas de cooperação entre os países que o integram. Após pesquisar, reunir e ler textos sobre o assunto, elabore uma dissertação sobre o tema “A política externa brasileira e a cooperação Sul-Sul”.

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Ministério das Relações Exteriores. Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul - IBAS. Disponível em: <http://www.itamaraty. gov.br/temas/mecanismos-inter-regionais/ forum-ibas>. Acesso em: 31 jul. 2012.

Ɣ

Texto “A inflexão da política externa brasileira para o Sul e o Fórum Ibas”, de Joana Laura Marinho Nogueira. Disponível em: <http://www.pucminas. br/imagedb/conjuntura/CNO_ARQ_ NOTIC20080710140105.pdf>. Acesso em: 31 jul. 2013.


Geografia – 2a série – Volume 1

Fuvest 2008 – Uma das características do setor agropecuário, na atualidade, é a alta especialização produtiva, que reforça a necessidade de circulação de alimentos pelo planeta. Como, todavia, os custos de produção são muito distintos nas diferentes porções do globo, políticas de subsídios agrícolas e de barreiras protecionistas foram e continuam sendo adotadas por alguns Estados, no sentido de proteger seus produtores rurais. Sobre políticas de subsídios agrícolas e barreiras protecionistas: a) Cite dois países que as utilizam de forma sistemática e, ao menos, um produto por país citado.

b) Analise criticamente as ações recentes do Estado brasileiro junto à OMC e os resultados alcançados.

35


Geografia – 2a série – Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (I): O ESPAÇO INDUSTRIAL

Para começo de conversa Leia a letra da canção Três apitos, de Noel Rosa, e observe a reprodução da obra Operários, de Tarsila do Amaral, na página a seguir.

Três apitos (1933) Noel Rosa

Quando o apito Da fábrica de tecidos Vem ferir os meus ouvidos Eu me lembro de você

Mas você é mesmo Artigo que não se imita Quando a fábrica apita Faz réclame de você.

Mas você anda Sem dúvida bem zangada E está interessada Em fingir que não me vê.

Nos meus olhos você lê Que eu sofro cruelmente Com ciúmes do gerente impertinente Que dá ordens a você.

Você que atende ao apito De uma chaminé de barro Por que não atende ao grito tão aflito Da buzina do meu carro?

Sou do sereno Poeta muito soturno Vou virar guarda-noturno E você sabe por quê

Você no inverno Sem meias vai pro trabalho Não faz fé com agasalho Nem no frio você crê...

Mas você não sabe Que enquanto você faz pano Faço junto do piano Estes versos pra você.

36


© Tarsila do Amaral Empreendimentos

Geografia – 2a série – Volume 1

Operários, de Tarsila do Amaral, 1933. Óleo sobre tela, 150 x 205 cm. Fonte: Acervo Artístico Cultural do Palácio do Governo do Estado de São Paulo/Coleção Governo do Estado de São Paulo. Indicação complementar: <http://www.tarsiladoamaral.com.br>. Acesso em: 31 jul. 2013.

1. Quais são os elementos nas duas obras que sugerem a época em que elas foram criadas?

2. Como se caracteriza o período de industrialização que o Brasil vivenciou na época em que a canção e o quadro foram criados?

37


Geografia – 2a série – Volume 1

3. A partir dos elementos da canção e do quadro, quais foram as prováveis transformações ocorridas no espaço geográfico a partir da industrialização, particularmente no Rio de Janeiro e em São Paulo?

1. Leia o texto a seguir. Vargas e as bases do desenvolvimento [...] Em seus 19 anos de governo, e especialmente no último mandato, Getúlio promovera a criação de uma série de agências para estudar, formular e implementar políticas de desenvolvimento, sempre dentro de uma ótica que valorizava a ação do Estado, a iniciativa local e o nacionalismo. Entre esses empreendimentos figuravam o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE, hoje BNDES) e a Petrobras, e ainda vários outros, de caráter setorial ou regional, como o Plano Nacional do Carvão, a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, o Banco do Nordeste, que visavam o mesmo objetivo de promover o desenvolvimento econômico a partir do dirigismo estatal. Grande parte desse trabalho de planejamento foi elaborada pela Assessoria Econômica da Presidência da República criada por Getúlio em 1951 e comandada por técnicos de recorte nacionalista [...]. Uma das tarefas desse grupo foi exatamente a de planejar a instalação de uma indústria automobilística para o país, o que se tornaria uma das marcas registradas da administração de JK. A exemplo de Vargas, JK incentivou a formação de comissões técnicas que deram continuidade a estudos em andamento. Essas comissões ou grupos de trabalho tinham sido amplamente acionadas por Vargas como instrumentos para contornar a tradição clientelística do Brasil e facilitar 38


Geografia – 2a série – Volume 1

a formação de bolsões de excelência capazes de lidar com questões de planejamento que exigissem decisões rápidas [...]. JK beneficiou-se de um aparelho de Estado já montado, com capacidade de planejar, taxar, executar, financiar e cobrar, para pôr em marcha um plano de governo que lhe daria notoriedade. Valeu-se do planejamento, que já era uma marca registrada no país desde os anos 30, e dos corpos técnicos que o Brasil havia formado. A par de tudo isso, soube dar legitimidade política às suas ações prestigiando as instituições representativas e domesticando os descontentamentos militares. Maximizou os recursos que o país tinha e criou fatos novos (como a construção de Brasília), sempre orientado pela visão estadocêntrica de desenvolvimento, tão predominante na época [...]. O Brasil que Vargas deixou. In: Os anos JK. Rio de Janeiro: CPDOC/FGV. Disponível em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/ OBrasilQueVargasDeixou/BasesDesenvolvimento>. Acesso em: 31 jul. 2013.

© Juca Martins/Pulsar Imagens

Após a leitura do texto, observe a foto a seguir, que mostra outra iniciativa de Getúlio Vargas: a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Localizada no Vale do Paraíba, em Volta Redonda (RJ), a CSN foi criada em abril de 1941 e iniciou suas operações em outubro de 1946. Constitui um marco da industrialização brasileira, pois o aço é matéria-prima fundamental para diversos setores industriais. Resultado de um projeto autônomo de desenvolvimento industrial na década de 1940, a CSN foi privatizada em 1993.

Foto recente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

39


Geografia – 2a série – Volume 1

a) A empresa registrada na fotografia foi construída com recursos estatais e inaugurada na década de 1940. Considerando o tipo de produto ali produzido, explique a sua importância estratégica para a economia nacional daquela época.

b) De acordo com o texto, qual foi o legado que a chamada Era Vargas deixou para o governo Juscelino Kubitschek (JK)?

c) Por que, segundo o texto, Juscelino Kubitschek manteve uma “visão estadocêntrica de desenvolvimento” ao assumir a Presidência da República?

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Geografia – 2a série – Volume 1

2. A industrialização fazia parte do Plano Nacional de Desenvolvimento, elaborado em 1955 pela equipe de governo de Juscelino Kubitschek. Com o lema “crescer 50 anos em 5”, esse plano ficou conhecido simplesmente por Plano de Metas. Leia mais sobre ele no texto a seguir. 50 anos em 5: o Plano de Metas [...] O Plano de Metas mencionava cinco setores básicos da economia, abrangendo várias metas cada um, para os quais os investimentos públicos e privados deveriam ser canalizados. Os setores que mais recursos receberam foram energia, transportes e indústrias de base, num total de 93% dos recursos alocados. Esse percentual demonstra por si só que os outros dois setores incluídos no plano, alimentação e educação, não mereceram o mesmo tratamento dos primeiros. A construção de Brasília não integrava nenhum dos cinco setores. As metas eram audaciosas e, em sua maioria, alcançaram resultados considerados positivos. O crescimento das indústrias de base, fundamentais ao processo de industrialização, foi de praticamente 100% no quinquênio 1956-1961. [...] SILVA, Suely Braga da. 50 anos em 5: o Plano de Metas. In: Os anos JK. Rio de Janeiro: CPDOC/FGV. Disponível em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Economia/PlanodeMetas>. Acesso em: 31 jul. 2013.

Após a leitura do texto, observe a figura a seguir.

Fonte: Previsão de “tempos” no Plano de Investimentos. In: Diretrizes gerais do Plano Nacional de Desenvolvimento, 1955. Rio de Janeiro: CPDOC/FGV/Arquivo Anísio Teixeira. Disponível em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Economia/PlanodeMetas>. Acesso em: 31 jul. 2013.

41


Geografia – 2a série – Volume 1

a) De acordo com a figura, o plano previa uma curva na distribuição dos investimentos no decorrer do governo JK. Quais seriam os anos de maior investimento? Discuta com os colegas e o professor e registre que efeitos esse investimento teria na recuperação econômica do país.

b) Segundo o texto, quais foram os setores considerados prioritários para os investimentos no Plano de Metas?

c) Por que a indústria de base era considerada fundamental para a aceleração do processo de industrialização brasileira?

Façam uma pesquisa em materiais didáticos existentes na biblioteca a respeito das fases da industrialização brasileira. Comparem, pelo menos, dois textos didáticos diferentes, verificando como são abordados os seguintes períodos: Ɣ Ɣ Ɣ Ɣ Ɣ

de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954, com a Política Nacionalista da Era Vargas; de 1956 a 1961, com o Plano de Metas do governo JK; de 1964 a meados de 1980, com os projetos de crescimento econômico do Regime Militar; a chamada “década perdida” (1980); a década de 1990, o neoliberalismo e a globalização da economia em um período marcado pela abertura econômica e pela política de privatizações.

Com base em suas leituras, elaborem uma resenha com o seguinte tema: “O processo de industrialização do Brasil em textos didáticos de Geografia”.

A resenha é uma espécie de resumo que envolve, ao mesmo tempo, uma crítica ou um comentário pessoal. É importante identificar, ao final do texto, os livros que você consultou. 42

Combinem com seu professor o modo de entrega da resenha.


Geografia – 2a série – Volume 1

1. Com base no mapa descreva a distribuição espacial da atividade industrial no Brasil, em 2009. Distribuição espacial da indústria, 2009 – Empresas industriais -70°

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Fontes: Cadastro Central de Empresas 2009. In: IBGE. Sidra: sistema IBGE de recuperação automática. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/ cempre/default.asp?o=1&i=P>. Acesso em: mar. 2012; e Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2010. Brasília, DF: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, 2010. Disponível em: <http://www.anp.gov.br/?pg=57662#Se__o_2>. Acesso em: mar. 2012.

IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, p. 136. Mapa original. Adaptado (supressão de escala numérica).

43


Geografia – 2a série – Volume 1

2. Relacione sua resposta anterior com a distribuição espacial dos principais setores industriais brasileiros, representada nos mapas a seguir. Principais setores industriais, 2009 Metalúrgico

Químico

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Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2009.

IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, p. 137. Mapa original. Adaptado (supressão de escala numérica).

44


Geografia – 2a série – Volume 1

1. Observe o mapa Expansão da indústria no Estado de São Paulo e, consultando um mapa detalhado do Estado de São Paulo, localize e escreva no mapa a seguir as cidades: São Paulo, Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Presidente Prudente. Expansão da indústria no Estado de São Paulo

© HT-2003 MGM-Libergéo mapa sem escala THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005, p. 157. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território não estão representadas em detalhe; sem escala; sem indicação de norte geográfico). Adaptado (supressão da representação de estradas).

45


Geografia – 2a série – Volume 1

2. Com base no mapa anterior, descreva a expansão da atividade industrial no Estado de São Paulo.

VOCÊ APRENDEU? 1. Explique por que o Brasil pode ser chamado de país de industrialização tardia ou retardatária.

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Geografia – 2a série – Volume 1

2. Assinale o que for correto em relação ao desenvolvimento, à expansão e aos problemas da indústria brasileira: a) A queda no crescimento dos tradicionais centros industriais brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro, devido ao processo de descentralização do parque industrial, significou a perda de sua importância no comando da nossa industrialização. b) As grandes reservas de carvão existentes na região Sudeste, particularmente em São Paulo, foram o principal fator de localização das indústrias nessa região. c) Em sua fase inicial, caracterizada pela substituição das importações (governos Vargas e JK), a industrialização brasileira não contou com a iniciativa estatal, uma vez que o interesse prioritário do Estado era manter a política de exportação do café. d) Pouca oferta de mão de obra qualificada e deficiências nos diferentes níveis de educação formal são alguns dos vários obstáculos que se colocam para uma inserção plena do Brasil na Terceira Revolução Industrial ou Tecnológica. e) No Estado de São Paulo, as maiores concentrações industriais ocorrem nos eixos rodoviários, principalmente no centro-norte, noroeste e oeste do Estado, nas regiões de São José do Rio Preto, Araçatuba e Presidente Prudente.

47


Geografia – 2a série – Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6 OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (II): O ESPAÇO AGROPECUÁRIO

Para começo de conversa

© Folhapress

Observe a manchete de jornal, a fotografia e a tabela a seguir.

Fonte: Folha de S.Paulo. Caderno Mercado. São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 2007.

48


© Regina Santos/Tyba

Geografia – 2a série – Volume 1

Passeata de trabalhadores rurais do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, em Cristalina (GO), fev. 1998.

Estrutura fundiária do Brasil, 2003 Tamanho dos imóveis rurais (área total de ha)

% dos imóveis

% da área ocupada por imóveis rurais

Até 10

31,5

1,8

De 10 a 25

26,0

4,5

De 25 a 50

16,1

5,7

De 50 a 100

11,5

8,0

De 100 a 500

11,4

23,8

De 500 a 1 000

1,8

12,4

De 1 000 a 2 000

0,9

12,2

Mais de 2 000

0,8

31,6

100,0

100,0

Total

Fonte: Cadastro do Incra, ago. 2003.

49


Geografia – 2a série – Volume 1

1. Qual(ais) o(s) assunto(s) principal(ais) da manchete de jornal, da fotografia e da tabela? O que você sabe sobre esse(s) assunto(s)?

2. Com base em seus conhecimentos, como você explica o enorme montante de exportações do agronegócio, representado na manchete de jornal, ao lado de pessoas sem terra para trabalhar, como apresentado na fotografia?

3. Em sua opinião, a fotografia e a tabela tratam de assuntos relacionados entre si ou não? Justifique.

50


Geografia – 2a série – Volume 1

Desafio! O complexo agroindustrial Juazeiro-Petrolina, situado no semiárido nordestino, no submédio São Francisco, tem apresentado acelerado crescimento da produção agrícola irrigada. Com base nos dados do mapa a seguir, identifique quais são os principais mercados de seus produtos. Em seguida, procure explicar quais são as vantagens comparativas dos produtores de Juazeiro-Petrolina em relação aos produtores da região Sudeste do Brasil. Polo Juazeiro-Petrolina: localização no semiárido nordestino e principais mercados

PARÁ MARANHÃO

CEARÁ

RIO GRANDE DO NORTE PARAÍBA

PIAUÍ

ESTADOS UNIDOS

PERNAMBUCO

TOCANTINS

Polo Juazeiro-Petrolina

EUROPA ÁSIA

ALAGOAS SERGIPE

BAHIA

OCEANO GOIÁS

ATLÂNTICO

N

MINAS GERAIS ESPÍRITO SANTO

0

302 km

Fonte: FRANÇA, Francisco Mavignier Cavalcante (Coord.). Documento referencial do polo de desenvolvimento integrado Petrolina-Juazeiro. Fortaleza: ETENE/Banco do Nordeste, 1997, p. 9, 12. Disponível em: <http://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/etene/rede_irrigacao/Docs/ Documento Referencial do Polo Juazeiro-Petrolina.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2013.

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Geografia – 2a série – Volume 1

O uso da terra no Brasil tem sido objeto de debate, uma vez que envolve, entre outros interesses, a produção de alimentos e de produtos agrícolas destinados à exportação. Em 8 de março de 2006, como ato comemorativo do Dia Internacional da Mulher, representantes dos movimentos da Via Campesina Brasil, organizados pelo Movimento de Mulheres Camponesas, fizeram uma ação de protesto no canteiro de produção de mudas da Aracruz Celulose, localizado em Barra do Ribeiro (RS). Segundo os manifestantes – que, infelizmente, se excederam, praticando alguns atos de vandalismo –, a ação expressou a defesa da produção de alimentos e a insatisfação com o uso indiscriminado de terras brasileiras para expansão da monocultura do eucalipto. Leia o texto a seguir e responda quais são os impactos provocados pelo plantio de eucaliptos. Derrubai a árvore! Mulheres, indígenas e quilombolas contra o Império de Papel [...] A ação organizada e sistemática dos movimentos de índios, mulheres e quilombolas contra a Aracruz Celulose, revela a clareza com que estes movimentos avaliam o crescimento acelerado e violento do setor do agronegócio florestal no Brasil nos últimos anos, movido a pesados investimentos públicos, descumprimento de legislação ambiental, tráfego de influência com governantes municipais, estaduais e nacionais, expansão do controle de terras e águas de populações tradicionais e excelentes resultados financeiros nas transações e especulação internacional. A Aracruz Celulose S/A é uma multinacional controlada por quatro acionistas majoritários (...): Grupo Lorentzen da Noruega (28%), Banco Safra Internacional (28%), Votorantim (28%) e BNDES (12,5%). Junto com a Stora Enso, uma empresa sueco-finlandesa, produtora de papel e celulose, é dona da Veracel Celulose, uma grande empresa do sul da Bahia. (...) A cadeia produtiva da celulose é talvez a que mais traz destruição ambiental. Desde o plantio do eucalipto, até a produção do papel, o extermínio da natureza é sem tamanho! É uma situação alarmante, mas que não aparece na imprensa. Afirma-se que o plantio de eucalipto causa seca de poços artesianos de até 30 metros de profundidade. Para se produzir um quilo de madeira são necessários 350 litros de água. Quando sua produção era de 450 mil toneladas, a Aracruz lançava seis toneladas diárias de um aditivo químico altamente poluente na maior bacia pesqueira do Oceano Atlântico no sul da Bahia; hoje, sua produção chega a quase três milhões de toneladas, quase seis vezes mais. [...] Fonte: Conflitos no campo Brasil, 2006. Disponível em: <http://www.cptnacional.org.br/index.php/component/ jdownloads/finish/43/244?Itemid=23>, p. 76. Acesso em: 20 nov. 2013.

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Geografia – 2a série – Volume 1

Observe o mapa a seguir. Geografia das ocupações de terra no Brasil, 1988-2004

JINKINGS, Ivana; SADER, Emir (Coord.). Latinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe. São Paulo: Boitempo Editorial, 2006, p. 49. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; sem indicação de norte geográfico).

1. Crie uma manchete de jornal para expressar a ideia central do mapa.

2. Em uma folha avulsa, elabore uma representação visual do tema expresso pelo mapa. Se preferir, você poderá fazer uma colagem, com fotografias e ilustrações pesquisadas em jornais e revistas. 53


Geografia – 2a série – Volume 1

1. Analise o mapa a seguir. Avanço territorial da produção de soja no Brasil, 1990-2002

JINKINGS, Ivana; SADER, Emir (Coord.). Latinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe. São Paulo: Boitempo Editorial, 2006, p. 51. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

Descreva a expansão da soja no território brasileiro entre 1990 e 2002.

2. Leia o texto sobre a expansão da monocultura da soja na Amazônia e no Cerrado. [...] a monocultura da soja, em geral, se expande a passos largos sobre a Amazônia e o Cerrado, repetindo um modelo de desenvolvimento obsoleto e predatório. Caso emblemático da crise socioambiental que esse cenário anuncia é a pressão sofrida pelo Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, por conta da expansão do cultivo do grão nas áreas que circundam seu perímetro. Nelas estão localizadas as nascentes dos formadores do Rio Xingu, que atravessa o parque e é a base da sobrevivência das comunidades indígenas locais. [...] Instituto Socioambiental. O Xingu na mira da soja. Outubro de 2003. Disponível em: <http://www.socioambiental.org/esp/soja/1.shtm>. Acesso em: 31 jul. 2013.

Segundo o texto, quais são os problemas socioambientais gerados pela expansão da monocultura da soja no Parque do Xingu?

Com a orientação do professor, você e o seu grupo vão fazer um levantamento de material em artigos de jornais e revistas sobre os seguintes temas: Ɣ

O agronegócio, a insegurança alimentar e os impactos socioambientais.

Ɣ

A estrutura fundiária brasileira e os conflitos e movimentos sociais no campo.

Ɣ

A expansão da fronteira agrícola na Amazônia (o caso da soja). 55

Combinem com seu professor o modo de organização e de entrega da pesquisa.


Geografia – 2a série – Volume 1

1. Complete a tabela a seguir, calculando o percentual de cada um dos usos da terra no Brasil, em 2006.

Brasil: uso da terra nos estabelecimentos agropecuários, 2006 Uso da terra

Em hectares

Lavoura

76 697 324

Pastagem

172 333 073

Matas e florestas Área total

Em porcentagem

99 887 620 348 918 017

100,0 Fonte: IBGE. Censo Agropecuário, 2006.

2. Com base nos dados da tabela, elabore um gráfico de setores (o conhecido “gráfico de pizza”) no espaço a seguir.

Ɣ

Você precisará de compasso, transferidor e régua.

Ɣ

100% da área dos estabelecimentos agropecuários equivalem aos 360º da circunferência.

3. Descreva em seu caderno o uso da terra no Brasil pelos estabelecimentos agropecuários, considerando o gráfico que você elaborou. 56


Geografia – 2a série – Volume 1

© Delfim Martins/Pulsar Imagens

© Delfim Martins/Pulsar Imagens

1. Observe as fotografias a seguir e suas legendas e responda:

Colheita de uvas cabernet para indústria vinícola. Vale do São Francisco. Casa Nova (BA), maio 2006.

Plantações e colheita de soja. Sinop (MT), nov. 2005.

A modernização da agricultura brasileira nas últimas décadas modificou a organização da produção e as relações de trabalho no campo. A fruticultura e a soja, por exemplo, são cultivos que sofreram transformações nesse processo, apesar de conservarem diferenças importantes em seus respectivos sistemas produtivos. Indique e explique ao menos uma dessas diferenças.

57


Geografia – 2a série – Volume 1

2. Tema polêmico e que compõe a pauta de discussões entre governo, trabalhadores sem terra e grandes proprietários, a reforma agrária no Brasil guarda relações diretas com a concentração fundiária do país e com um dos aspectos mais perversos do processo de produção do espaço nacional: a transformação da terra em um bem que pode gerar renda mesmo sem ser utilizada, sendo essa uma das bases da concentração fundiária. A tabela a seguir retrata a estrutura fundiária brasileira.

Estrutura fundiária do Brasil, 2003 Tamanho dos imóveis rurais (área total de ha)

% dos imóveis

% da área ocupada por imóveis rurais

Até 10

31,5

1,8

De 10 a 25

26,0

4,5

De 25 a 50

16,1

5,7

De 50 a 100

11,5

8,0

De 100 a 500

11,4

23,8

De 500 a 1 000

1,8

12,4

De 1 000 a 2 000

0,9

12,2

Mais de 2 000

0,8

31,6

100,0

100,0

Total

Fonte: Cadastro do Incra, ago. 2003.

De acordo com a interpretação dos dados informados, podemos afirmar que os imóveis com área: a) de até 50 ha ocupam menos de 10% da área e representam mais de 60% dos imóveis. b) de 50 ha até 500 ha ocupam menos de 35% da área e representam mais de 35% dos imóveis. c) de 500 ha até 1 000 ha ocupam menos de 24% da área e representam mais de 15% dos imóveis. d) de 500 ha até 2 000 ha ocupam menos de 25% da área e representam menos de 3% dos imóveis. e) a partir de 500 ha ocupam mais de 50% da área e representam mais de 5% dos imóveis. 58


Geografia – 2a série – Volume 1

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!

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7 REDES E HIERARQUIAS URBANAS

1. Observe o mapa a seguir. Brasil: rede urbana, 2007 -70°

-60°

-50°

-40°

Boa Vista

Macapá

Castanhal

Belém Santarém

São Luís

Pinheiro

Parnaíba

Manaus

Tefé

Santa Inês

Fortaleza

Sobral Bacabal

Tabatinga Quixadá

Caxias

Teresina

Marabá

Mossoró

Crateús

Imperatriz

Natal

Pau dos Ferros Caicó

Iguatu

Sousa

Floriano

Guarabira

Araguaína

Picos

Cajazeiras

João Pessoa

Patos

Juazeiro do Norte

Cruzeiro do Sul

Campina Grande

Redenção

Recife

Serra Talhada

Porto Velho

Caruaru Garanhuns

Palmas

Rio Branco

-10°

Paulo Afonso

Petrolina

Maceió

Arapiraca

-10°

Ji-Paraná Jacobina

Aracaju

Irecê

São Félix do Araguaia Sinop

Barreiras

ico

Feira de Santana

Salvador

ânt

Santo Antônio de Jesus

Jequié

Guanambi

Vitória da Conquista Barra do Garças

Brasília

Regiões de Influência

Anápolis

Rondonópolis

Goiânia Patos de Minas

Montes Claros

Manaus

Rio Verde Teixeira de Freitas

Teófilo Otoni Itumbiara Tabatinga

Governador Valadares

Uberlândia

Ipatinga

Uberaba

Campo Grande

Manhuaçu

Passos

Catanduva

Araçatuba

Ribeirão Preto Alfenas

Varginha

Bauru

Ourinhos

Londrina

A

Macaé

Botucatu

Volta Redonda

Campinas

São Paulo

Curitiba

Pato Branco

ARGENTINA Santa Maria

Os tracejados representam redes de múltiplas vinculações.

Joinville

Chapecó

Curitiba

Blumenau

Hierarquia dos Centros Urbanos

Joaçaba

Florianópolis

Erechim

Passo Fundo Tubarão

Criciúma

Bento Gonçalves Lajeado

PACÍFICO

Uruguaiana

Santa Cruz do Sul

Porto Alegre

OCEANO

Pelotas

0

90

180

360

540

Rio do Sul

Lages

Capital Regional C

Metrópole Nacional

Centro Sub-regional A

Metrópole

Centro Sub-regional B

Cruzeiro odo Sul Bagé

Itajaí

-30° .

Grande Metrópole Nacional

Caxias do Sul Novo Hamburgo

Paranaguá

Joinville

Porto Alegre Goiânia Brasília

Guarapuava Francisco Beltrão

Ijuí Ponta Grossa

Rio de Janeiro

Santos Ponta Grossa

Cascavel Foz do Iguaçu

Rio de Janeiro

Santo Ângelo

Oceano

São José dos Campos

-20°

Curitiba

São Paulo

Sorocaba

Cabo Frio

São José dos Campos

CHILE Sorocaba

Santa Rosa

Blumenau

Piracicaba

Apucarana Umuarama Campo Mourão Toledo

Nova Friburgo

Pouso Alegre

Limeira

Campos dos Goytacazes

Volta Redonda

Londrina Rio Claro

Rio de Janeiro São Paulo

Juiz de Fora

Pouso Alegre

Campinas

Maringá

Paranavaí

Juiz de Fora

São João da Boa Vista

Jaú

Piracicaba

Cachoeiro de Itapemirim Varginha

Marília

Santos

Caçador

Bauru

Itaperun

Poços de Caldas

São Carlos

Pacífico

Marília

Dourados

Barbacena

Ribeirão Preto Araraquara

Presidente Prudente

Muriaé

Ubá

Lavras

Araraquara

Belo Horizonte Vitória

Araçatuba

-20°

Divinópolis

São José do Rio Preto

Ponte Nova

São José do Rio Preto

Fortaleza Recife Salvador

Belo Horizonte

Divinópolis Franca Barretos

São Mateus

Colatina

ea

Ipatinga

Belo Horizonte

Uberaba

Belém

no

Governador Valadares Presidente Prudente

Oc

Uberlândia

Atl

Ilhéus

Cuiabá Cáceres

Projeção Policônica. Datum: SIRGAS2000 Meridiano Central: -54° / Paralelo Padrão: 0°

Florianópolis -70°

-60°

-50°

Capital Regional A

Centro de Zona A

Capital Regional B

Centro de Zona B

720 Km

-30°

-40°

-30°

Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia, Regiões de Influência das Cidades 2007.

IBGE. Regiões de influência das cidades 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008, p. 12. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território não estão representadas em detalhe; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

a) Reflita sobre os termos utilizados na legenda e analise o padrão de distribuição espacial representado. O que esses dados lhe sugerem?

b) Explique a posição ocupada por São Paulo na rede e na hierarquia urbanas brasileiras.

c) Considerando suas respostas anteriores, defina metrópole.

2. As aglomerações urbanas mantêm e reforçam laços interdependentes tanto entre si como também com as regiões que elas polarizam dentro de um determinado território, o que dá a ideia de polarização. Comparando os mapas da notícia da próxima página com o mapa Brasil: rede urbana, 2007, dê três exemplos de centros urbanos de dimensões variadas e com relações dinâmicas entre si.

60


Fonte: Folha de S.Paulo, Caderno Ribeirão, segunda-feira, 31/10/2005. p. C 8.

Geografia – 2a série – Volume 1

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Geografia – 2a série – Volume 1

O professor Cláudio Egler, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, propôs a seguinte periodização da formação territorial brasileira, considerando as condições de controle do processo de acumulação capitalista no país: 1. Formação Territorial Escravista Atlântica, [cujo funcionamento se deu segundo a] lógica de funcionamento do comércio triangular atlântico [...] em uma economia submetida ao monopólio mercantil e ao controle metropolitano, durante a fase colonial, ou de estruturas de poder oligárquicas e latifundiárias, durante o período de formação dos Estados nacionais. No caso do Brasil, essas duas fases são muito explícitas, correspondendo ao Período Colonial (de 1500-1534 até 1808-1822) e ao Império Nacional (1808-1822 até 1870-1889*). [...] 2. Formação Territorial Agromercantil Nacional (de 1870-89 a 1930-45), quando as condições de controle do processo de acumulação consolidaram-se no território nacional, constituindo-se o campo a principal fonte de riquezas, e a cidade seu locus de comercialização, seja para o mercado mundial, seja para o mercado doméstico que começa a se expandir. [...] 3. Formação Territorial Urbano-industrial Nacional, que nos interessa mais particularmente neste capítulo, consolida-se a partir da década de 30, e caracteriza-se pelo processo de industrialização que passa a determinar a lógica da acumulação endógena. Esse processo apresenta três fases distintas: Ɣ

Fase da industrialização restringida: de 1930-45 a 1956-60, quando a lógica da acumulação ainda dependia visceralmente da capacidade de exportar bens agrícolas, em função de sua dependência da importação de bens de produção do mercado mundial;

Ɣ

Fase da industrialização pesada: de 1956-60 a 1975-79. O Plano de Metas e a industrialização pesada comandada pelo Estado, que se estende até o II Plano Nacional de Desenvolvimento, foram responsáveis por uma expressiva aceleração no ritmo de crescimento do mercado doméstico, que se expressa em novas relações cidade/campo, iniciando o processo de constituição da rede urbana integrada em âmbito nacional. Essa rede era a expressão do dinamismo do mercado doméstico, que deu sustentação ao processo de industrialização;

Ɣ

Fase de internacionalização financeira: de 1975-79 a 1991-95, caracterizada pela crise e esgotamento fiscal e financeiro do Estado Nacional, cuja capacidade de comandar o processo de industrialização foi seriamente comprometida pelo endividamento interno e externo. [...] O período caracteriza-se pela redução do ritmo de crescimento das grandes metrópoles (São Paulo e Rio de Janeiro) e pela emergência de novos centros dinâmicos fora do eixo consolidado (Fortaleza, Manaus, Brasília-Goiânia, dentre outros).

Nota * A periodização inclui o lapso de tempo que corresponde aos momentos históricos de transição, isto é, de ruptura com o anterior e consolidação do novo padrão. EGLER, Cláudio A. G. Subsídios à caracterização e tendências da rede urbana do Brasil. Configuração e dinâmica da rede urbana. Petrópolis, mar. 2001. p. 38-39. Disponível em: <http://www.laget.igeo.ufrj.br/egler/pdf/redeur.pdf>. Acesso em: 31 jul. 2013.

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Geografia – 2a série – Volume 1

Agora, observe atentamente o mapa a seguir e o da próxima página.

EGLER, Cláudio A. G. Subsídios à caracterização e tendências da rede urbana no Brasil. Petrópolis, RJ: 2002, p. 40. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; divisas atuais; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

EGLER, Cláudio A. G. Subsídios à caracterização e tendências da rede urbana no Brasil. Petrópolis, RJ: 2002, p. 41. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território nacional não estão representadas em detalhe; divisas atuais; sem indicação de norte geográfico).

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Geografia – 2a série – Volume 1

Por meio da leitura e da interpretação do texto e dos mapas, produza um relatório mostrando as relações entre o processo de formação territorial na constituição da rede e a hierarquia urbana nacional. Em seu texto, utilize também os conhecimentos adquiridos nos estudos de Geografia desde o início do ano letivo e os seguintes aspectos da formação territorial brasileira: Ɣ

a interiorização do fato urbano em Minas Gerais e Goiás com a mineração de metais e pedras preciosas;

Ɣ

a dispersão do assentamento urbano na Bacia Amazônica e no Golfão Maranhense com a extração das drogas do sertão;

Ɣ

o assentamento urbano para o interior da antiga província de Mato Grosso, ao longo da bacia do Rio Paraguai, com a expansão da fronteira meridional;

Ɣ

o desenvolvimento da cafeicultura e o crescimento urbano no Vale do Paraíba e no Planalto Ocidental Paulista.

Diante do avanço tecnológico e da globalização da economia, as relações entre as cidades contemporâneas sofreram inúmeras transformações. Analisando o esquema a seguir, explique em seu caderno as transformações ocorridas. Relações entre as cidades em uma rede urbana Esquema Clássico

Esquema Atual

metrópole nacional metrópole regional

metrópole regional metrópole nacional centro regional

centro regional cidade local

cidade local vila

vila

Fonte: Unicamp 2001 – Caderno de Questões. Campinas, 2001. p. 122-123.

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Geografia – 2a série – Volume 1

Leia o texto a seguir e responda às questões.

Regiões metropolitanas A expansão econômica brasileira desencadeada principalmente a partir da década de 1970 pode ser considerada a grande responsável pela ampliação e, também, pela concentração da rede urbana brasileira. Dado o perfil concentracionista da nossa industrialização, os principais empreendimentos industriais e de serviços localizados em determinados pontos do território passaram a ofertar empregos, tornando-se áreas de atratividade intensa e crescimento irregular. Assim, se, de acordo com dados do IBGE, apenas três cidades brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo e Recife) possuíam mais de 500 mil habitantes até 1950, no início do século XXI cerca de 30 cidades já atingiam esta marca. Este crescimento, em geral, desordenado, da concentração demográfica dessas cidades – provocou a unificação de muitos sítios urbanos, e cidades vizinhas uniram-se em um único bloco urbanizado, fator conhecido por conurbação. Nessa nova realidade, o grande problema das administrações municipais passou a ser a dificuldade de administrar estas áreas comuns. As estradas, por exemplo, que antes eram apenas ligações rodoviárias entre dois municípios, transformaram-se em avenidas e passaram a incorporar o sistema viário das duas cidades; nestes casos, a grande dúvida era definir para qual município recairia a responsabilidade pela qualidade e manutenção da infraestrutura e dos serviços públicos nela existentes. Isto explica a necessidade de se criar o conceito de região metropolitana, já que a unificação entre dois ou mais municípios fez com que fosse necessário criar mecanismos que permitissem às prefeituras administrar a integração funcional* entre núcleos urbanos interligados. Essa foi a motivação para a instituição, em 1973, da Lei complementar no 14, que criou as nove primeiras regiões metropolitanas brasileiras (Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Grande Belo Horizonte, Grande Recife, Grande Porto Alegre, Grande Salvador, Grande Fortaleza, Grande Curitiba e Grande Belém). De acordo com a legislação brasileira, considera-se região metropolitana o conjunto de municípios contíguos e integrados com serviços públicos e infraestrutura comuns. Tais estruturas configuram unidades de planejamento integrado e devem contar com um conselho deliberativo e um conselho consultivo com a participação dos membros das administrações dos municípios envolvidos. Quando de sua criação, as regiões metropolitanas deviam possuir densidades demográficas superiores a 60 hab./km2, e cerca de 65% da população ativa devia estar empregada em atividades urbanas. Desde o final do século XX, o intenso crescimento das cidades médias e a intensificação do processo de conurbação entre muitas delas conduziram à criação de novas regiões metropolitanas, totalizando, em 2008, 29 regiões metropolitanas, conforme quadro a seguir.

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Geografia – 2a série – Volume 1

Regiões metropolitanas – 2010

Número de municípios

Regiões metropolitanas – 2010

Número de municípios

Manaus (AM)

8

Rio de Janeiro (RJ)

19

Belém (PA)

6

Baixada Santista (SP)

9

Macapá (AP)

2

Campinas (SP)

19

Grande São Luís (MA)

5

São Paulo (SP)

39

Sudoeste Maranhense (MA)

8

Curitiba (PR)

26

Cariri (CE)

9

Londrina (PR)

11

Fortaleza (CE)

15

Maringá (PR)

25

Natal (RN)

10

Carbonífera (SC)

25

Campina Grande (PB)

28

Chapecó (SC)

25

João Pessoa (PB)

13

Florianópolis (SC)

22

Recife (PE)

14

Foz do Rio Itajaí (SC)

9

Agreste (AL)

20

Lages (SC)

23

Maceió (AL)

11

Norte/Nordeste Catarinense (SC)

20

Aracajú (SE)

4

Tubarão (SC)

18

Salvador (BA)

13

Vale do Itajaí (SC)

16

Belo Horizonte (MG)

48

Porto Alegre (RS)

31

Vale do Aço (MG)

26

Vale do Rio Cuiabá (MT)

13

Grande Vitória (ES)

7

Goiânia (GO)

20

Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010. Elaborado a partir da tabela População residente, por situação do domicílio e sexo, segundo as Regiões Metropolitanas, as Regiões Integradas de Desenvolvimento – RIDEs e os municípios, 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_da_populacao/ caracteristicas_da_populacao_tab_rm_zip_xls.shtm>. Acesso em: 1 nov. 2013. *

Considera-se integração funcional todas e quaisquer infraestrutura urbana e rede de serviços destinadas a suprir as necessidades das populações que residem em áreas unificadas do ponto de vista urbano. Elaborado por Angela Corrêa da Silva especialmente para o São Paulo faz escola.

1. O que são “regiões metropolitanas”?

67


Geografia – 2a série – Volume 1

2. Por que elas foram criadas?

68


Geografia – 2a série – Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8 A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO E AS CIDADES

Para começo de conversa © Angeli

A charge é uma forma de expressar a realidade. Veja os exemplos a seguir:

Fonte: Angeli. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/angeli/>. Acesso em: 31 jul. 2013.

1. O que dizem as charges? Quais são as críticas que elas expressam? Justifique sua resposta.

2. Que relações podemos estabelecer entre as charges e os conteúdos estudados em Geografia?

69


Geografia – 2a série – Volume 1

1. Observe o mapa a seguir. Cidades globais, 1999 0º

Minneapolis São Francisco

Toronto

Chicago Dallas

Montreal Boston Pequim

Nova Iorque Washington Atlanta

Los Angeles Houston

Seul Tóquio

Xangai Osaka

Miami

Taipé

Cidade do México

Equador

Kuala Lumpur

OCEANO PACÍFICO

Cingapura Jacarta

Cidades globais

Alpha (10 pontos) Beta (9 pontos)

OCEANO ATLÂNTICO

São Paulo

Alpha (12 pontos)

Buenos Aires

Beta (8 pontos) Beta (7 pontos) Gama (6 pontos)

N

Gama (5 pontos) Gama (4 pontos)

Johanesburgo

Santiago

0

2 588 km

Meridiano de Greenwich

0

Manila

Bangcoc

Caracas O

OCEANO PACÍFICO

Hong Kong

OCEANO ÍNDICO

Sydney Melbourne

OCEANO ATLÂNTICO Estocolmo Moscou Copenhague Amsterdã Londres Bruxelas Paris Zurique Genebra

Hamburgo Berlim Dusseldorf Frankfurt Praga Munique

Varsóvia

Budapeste

Milão M

AR

Madri

Roma Barcelona

AD

RI

Istambul

ÁT

N

IC

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767 km

Organizado por Sergio Adas especialmente para o São Paulo faz Escola, 2008. Fonte dos dados: BEAVERSTOCK, J.V.; SMITH, R.G.; TAYLOR, P.J. A roster of world cities. Cities, 16 (6), (1999), 445-458 (Table 7). Disponível em: <http://www.lboro.ac.uk/gawc/rb/rb5.html>. Acesso em: 1 nov. 2013.

Considerando o mapa, procure explicar a distribuição espacial das cidades globais.

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2. Leia o texto a seguir. [...] O tipo ideal que se construiu para definir a cidade global partiu das características comuns observadas nas metrópoles que sofreram o impacto da globalização da economia. O que foi a princípio compreendido como especificidade histórica vivida por algumas metrópoles passou a se constituir em atributo a partir do qual se poderia designar como “global” determinadas cidades. Seria, portanto, “global” a “cidade” que se configurasse como “nó” ou “ponto nodal” entre a economia nacional e o mercado mundial, congregando em seu território um grande número das principais empresas transnacionais; cujas atividades econômicas se concentrassem no setor de serviços especializados e de alta tecnologia, em detrimento das atividades industriais; quando, por consequência, o mercado de trabalho fosse polarizado gerando novas desigualdades sociais e uma forma de segregação urbana dualizada (Levy, 1997; Véras, 1997; Marques e Torres, 1997*). [...] * LEVY, E. Democracia nas cidades globais: um estudo sobre Londres e São Paulo. São Paulo: Studio Nobel, 1997. VÉRAS, M. P. B. Novos olhares sobre São Paulo: notas introdutórias sobre territórios, espaços e sujeitos da cidade mundial. Margem. São Paulo: Educ, n. 6, dez. 1997. p. 129-153. MARQUES, E.; TORRES, H. São Paulo no sistema mundial de cidades. Encontro Alas, São Paulo, 1997, Mimeo. CARVALHO, Mônica. Cidade global: anotações críticas sobre um conceito. Revista São Paulo em Perspectiva. Metrópole & Globalização. v. 14. n. 4. Fundação Seade, out.-dez. 2000.

As cidades globais, que funcionam como “nós” dos fluxos econômicos internacionais, não apresentam problemas ligados à segregação ou à exclusão socioeconômica. A autora concorda com essa ideia? E você? Justifique.

Desafio! Partindo da leitura do texto a seguir, elabore na próxima página um texto sobre as desigualdades sociais e a segregação territorial na cidade em que você vive. É preciso diversificar. Tornar o centro da cidade uma miscelânea de classes sociais, de usos como comércio, habitação e diversão. É necessário que os conjuntos habitacionais populares não contribuam para levar os pobres para ainda mais longe. E é importante que os condomínios fechados se abram para o mundo que São Paulo abriga. O receituário, pronunciado em forma de mantra por especialistas em urbanismo e habitação, reflete a preocupação com a segregação entre áreas ricas e pobres que, dizem eles, acomete hoje a cidade e pode intensificar-se nos próximos 20 anos. [...] Os espaços para a classe média também deverão rarear. E, apesar de suas habitações ganharem mais cômodos ou um pouco mais de tamanho, a tendência é o preço do imóvel tornar-se cada vez mais alto, principalmente por causa do marketing sobre a segurança feito pelo mercado imobiliário, que constrói prédios e casas em condomínios fechados, criando espaços artificiais de lazer. 71


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Para especialistas, a habitação na cidade, se não houver mudanças, caminha para a convivência entre iguais, com todos os prejuízos que isso acarreta, como o desaparecimento do espaço público e o aumento da intolerância, do preconceito e da tensão social. [...] Os prognósticos não são fruto de “achismo”. Estão baseados em fatos históricos e na realidade atual. [...] Para urbanistas, isolamento da elite em condomínios fechados acirra tensão social. Chico de Gois e Simone Iwasso. Folha de S.Paulo, 24 jan. 2004. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u89030.shtml>. Acesso em: 31 jul. 2013.

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As cidades brasileiras, independentemente de seu porte, possuem características cada vez mais semelhantes, ditadas por padrões de consumo (como das redes de fast-food ou de lojas de marcas famosas) e pela divisão entre os diferentes, separados pelos muros dos condomínios fechados. Uma forma de controlar esse espaço é o desenvolvimento de sistemas de segurança, que vigiam 24 horas por dia o movimento das pessoas por meio de vídeos e câmeras monitoradas. Em seu caderno, faça um relato de uma situação vivida por você em alguma cena cotidiana. Descreva algum fato que lhe impediu, ou a alguém que você conhece, o acesso a algum lugar ou alguma situação que você observou nessa cidade fechada e vigiada. Essas experiências cotidianas da turma serão objeto de discussão em sala de aula.

Desafio! Agora é a sua vez! Escolha uma das situações relatadas na socialização da Lição de casa e, a partir dela, faça uma charge em uma folha avulsa. Lembre-se de que o importante não é a precisão do desenho, mas a expressão de suas ideias de maneira bem-humorada.

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PARA SABER MAIS

Filmes Ɣ

Desmundo. Direção: Alain Fresnot. Brasil, 2003. 101 min. 14 anos. Ambientado em 1570, o filme retrata a época em que os portugueses enviavam órfãs ao Brasil para se casar com os colonizadores. O objetivo era minimizar o nascimento dos filhos com as mulheres indígenas, além de tentar assegurar casamentos cristãos. Ao narrar o caso de Oribela, uma dessas jovens que acaba se casando obrigada com Francisco de Albuquerque, o filme proporciona um ótimo contato com aspectos interessantes sobre os modos de vida e a cultura do Brasil colônia.

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O Barão. Direção: Eduardo Escorel. Brasil, 1995. 25 min. Em virtude da solução diplomática das questões limítrofes ao longo de suas fronteiras, o Brasil apresenta mais de 120 anos de paz ininterrupta com seus dez países vizinhos. O documentário (produzido por Itaú cultural, “perfis e personalidades”) traça o perfil e conta a história da atuação do principal responsável por esse feito: José Maria da Silva Paranhos Júnior (1845-1912), mais conhecido como Barão do Rio Branco.

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Cabra marcado para morrer. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil, 1984. 119 min. O filme, que estava sendo rodado em 1963, sobre a vida e a morte de João Pedro Teixeira, líder e fundador da liga camponesa de Sapé (PB), foi interrompido pelo movimento militar de 1964. Após dezessete anos, o diretor Eduardo Coutinho retorna ao Nordeste para completá-lo, passando a contar a história de sua interrupção, apresentando depoimentos dos camponeses participantes do filme, a luta das Ligas Camponesas de Sapé e Galileia e o destino de Elizabeth Teixeira, viúva do líder.

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Terra para Rose. Direção: Tetê Morais. Brasil, 1987. 84 min. No período da Nova República, em 1985, mais de mil famílias ocuparam a Fazenda Anoni, no Rio Grande do Sul. Esse filme enfoca a luta dos sem-terra, retratando seu cotidiano em busca de terra para plantar. O filme não deixa também de apresentar os outros participantes envolvidos no mesmo processo: o governo e o proprietário.

Livros Ɣ

ADAS, Melhem. Fome: crise ou escândalo? São Paulo: Moderna, 2004. (Coleção Polêmica). Após conceituar o que é fome e quais os seus tipos, o autor examina as suas causas. Refuta as teses conservadoras segundo as quais a fome resultaria do crescimento populacional, a produção de alimentos não seria suficiente para atender a todos ou, ainda, a fome seria decorrente de causas naturais, como a adversidade do meio físico. A partir da história e de dados estatísticos diversos, demonstra que a 74


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fome é fruto de um modelo político-econômico excludente que não tem sido capaz de criar justiça social. O desenvolvimento do capitalismo com base no colonialismo, no neocolonialismo e na divisão internacional da produção determinada pelos países centrais, ao estimular o desenvolvimento da agricultura comercial e de exportação em substituição à agricultura de produtos alimentares nas colônias (herança histórica que se faz ainda bastante presente nos países periféricos), tem um peso significativo na existência da fome. Ɣ

AMARAL LAPA, José Roberto do. A economia cafeeira. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. (Col. Tudo é História, 72). Em linguagem clara e acessível, o autor apresenta o contexto histórico da economia cafeeira no Brasil, na passagem do século XIX ao XX, abordando as transformações no espaço geográfico decorrentes dessa atividade econômica e seus efeitos para o processo de industrialização do país.

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ANDRADE, Manuel Correia de; ANDRADE, Sandra Maria Correia de. A Federação brasileira: uma análise geopolítica e geossocial. São Paulo: Contexto, 1999. (Col. Repensando a Geografia). Os autores discutem como o Brasil foi organizado em uma única Federação de Estados e territórios, ao passo que outros vizinhos hispano-americanos dividiram-se em numerosos Estados nacionais. Além de oferecerem uma visão de conjunto bem organizada sobre a conquista territorial e as atividades econômicas ao longo da história brasileira, abordam o povoamento e a territorialização nos séculos XIX e XX e as desigualdades regionais no país.

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FURTADO, Junia Ferreira. Cultura e sociedade no Brasil colônia. São Paulo: Atual, 2000. (Col. Discutindo a História do Brasil). De forma didática, a autora percorre vários aspectos da vida cotidiana no Brasil Colônia, descrevendo e analisando a vida religiosa, o contato entre europeus e indígenas e a vida familiar. De particular interesse, no capítulo 3 é tratada a questão das “Frotas e caminhos”, onde somos levados a compreender um pouco melhor o povoamento e a precariedade das comunicações no território colonial brasileiro.

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GEIGER, Pedro Pinchas. As formas do espaço brasileiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. (Col. Descobrindo o Brasil). De maneira didática e fluente, o livro aborda a localização geográfica e as transformações no espaço brasileiro sob a perspectiva das mudanças em sua configuração social e cultural. Desse modo, analisa a espacialidade do território brasileiro, em conexão com sua história e a conformação de sua sociedade.

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MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. O projeto da Alca: hemisfério americano e MERCOSUL na ótica do Brasil. São Paulo: Moderna, 2003. (Col. Polêmica). O livro aborda com rigor conceitual e didatismo as questões geopolíticas e geoeconômicas relacionadas à formação de blocos econômicos no continente americano, privilegiando a análise sobre o lugar ocupado pelo Brasil diante de diferentes projetos de integração como também perante a globalização.

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STÉDILE, João Pedro. Questão agrária no Brasil. São Paulo: Atual, 1997. De caráter introdutório, esse livro demonstra como poucas sociedades passaram, nas últimas décadas, por 75


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tão profundas e rápidas transformações como a sociedade brasileira. Aborda os temas da passagem da sociedade agrária para a urbano-industrial e os graves problemas decorrentes; é suficientemente abrangente para subsidiar as discussões em sala de aula, ajudando você a destacar as diversas correntes de opinião acerca da questão agrária no Brasil. Sites Ɣ

Brasil. República Federativa do Brasil – Ministérios. Disponível em: <http://www.brasil.gov. br>. Acesso em: 31 jul. 2013. Página com links para os sites dos ministérios da República Federativa do Brasil. Consultando-se o Ministério dos Transportes, da Integração Nacional e das Comunicações, por exemplo, podem ser obtidas informações sobre o território nacional e projetos de desenvolvimento em curso.

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IBGE Teen. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.htm>. Acesso em: 31 jul. 2013. Site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com seções e páginas sobre temas de interesse para a Geografia do Brasil. Sugerimos acessar a seção “Brasil: 500 anos de povoamento”, que disponibiliza conteúdo bem organizado sobre a construção do território e o povoamento.

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Mercosul. Disponível em: <http://www.mercosul.gov.br>. Acesso em: 1 ago. 2013. Site do Ministério das Relações Exteriores do Brasil sobre o Mercosul, com informações sobre os principais temas da agenda do bloco econômico.

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Instituto Rio Branco. Disponível em: <http://www.institutoriobranco.mre.gov.br/pt-br/>. Acesso em: 1 ago. 2013. Site do órgão do Ministério das Relações Exteriores responsável por recrutar, selecionar, formar e treinar diplomatas brasileiros. Recomendamos, em particular, a leitura do texto “Um personagem da República”, de autoria de Rubens Ricupero, a respeito do Barão do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos Júnior.

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Organização Mundial do Comércio – OMC. Disponível em: <http://www.wto.org> (em inglês). Acesso em: 1 ago. 2013. Site da OMC com informes, textos e publicações sobre os temas de interesse comercial, como a Rodada Doha.

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Revista Pangea. Disponível em: <http://www.clubemundo.com.br/pages/default.aspx>. Acesso em: 20 nov. 2013. Geografia e política internacional são os temas do site, que oferece material de excelente qualidade, inclusive sobre temas da Geografia brasileira, com textos críticos produzidos por autores conceituados. Possibilita o acesso a todas as edições anteriores, que podem ser consultadas para pesquisas escolares.

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Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores. Disponível em: <http://www. dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/temas-brasileiros-1/portugues>. Acesso em: 1 ago. 2013. Disponibiliza material de excelente qualidade visual e de conteúdo sobre diversos temas, como indústria, energia e direitos humanos no Brasil.

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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov. br>. Acesso em: 1 ago. 2013. O portal do IBGE disponibiliza um relatório completo sobre o perfil dos municípios brasileiros organizado em mais de 20 temas.

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Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br>. Acesso em: 1 ago. 2013. O Ipea é subordinado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e seu portal apresenta um vasto e confiável material, resultante de pesquisas realizadas pelo instituto. Na seção publicações, estão disponíveis inúmeros textos para discussão e documentos sobre as questões da urbanização e do espaço rural, entre outros assuntos relacionados. Na seção Temas especiais, encontra-se disponível também o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil.

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Revista Consciência.net. Disponível em: <http://www.consciencia.net>. Acesso em: 1 ago. 2013. A página dessa revista eletrônica coloca à disposição, na seção Questão Agrária, material sobre a questão fundiária no Brasil. Apresenta também outros textos de excelente qualidade, escritos por renomados estudiosos nos cenários nacional e internacional.

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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL NOVA EDIÇÃO 2014-2017 COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Coordenadora Maria Elizabete da Costa Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escola Valéria Tarantello de Georgel Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Smelq Cristina de 9lbmimerime :oeÅe EQUIPES CURRICULARES Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrela. Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira. Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira. Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves. Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce. Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes. Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.

Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves.

Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati. História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy Fernandez. Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani. PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero. Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres. Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,

Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati. Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi. Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus. Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal. Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano. História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas. Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir. Apoio: Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE CTP, Impressão e acabamento Plural Indústria GráÅca Ltda.


GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS

FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida. Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Vanessa Leite Rios. Edição e Produção editorial: R2 Editorial, Jairo Souza Design GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!.

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini coordenadora! e Ruy Berger em memória!. AUTORES Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira. Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira. LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo. LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González. Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos. Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli. Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira. Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas. História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari. Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers. Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo. Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume. Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume. Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião. Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educação do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos*deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei no 9.610/98. * Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. * Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).



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