Cadernodoaluno 2014 2017 vol2 baixa lc linguaportuguesa em 1s

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1 SÉRIE ENSINO MÉDIO Volume 2

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA Linguagens

CADERNO DO ALUNO


GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO ALUNO

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA ENSINO MÉDIO 1a SÉRIE VOLUME 2 Nova edição 2014 - 2017

São Paulo


Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Dione Whitehurst Di Pietro Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri


Caro(a) aluno(a),

O Caderno do Aluno de Língua Portuguesa e Literatura – volume 2 traz algumas experiências de aprendizagem especialmente elaboradas, para que você tenha oportunidade de familiarizar-se com o emprego adequado da língua portuguesa, para utilizá-la com competência nas diferentes situações de comunicação e nas relações com outras pessoas, ao falar, ler ou escrever. Neste volume, com a orientação do professor, você aprofundará os estudos literários, através de uma viagem reflexiva do presente a universos imaginários, que propicia novas experiências que o levam a conhecer sentimentos e sensações valiosos ao crescimento pessoal e intelectual. Além disso, conhecerá mais as características de estilo de época de alguns autores da língua portuguesa. Você enriquecerá seus conhecimentos de leitura e de escrita, principalmente ao estudar os gêneros “entrevista”, “poesia”, “conto” e “texto teatral”. Além disso, será de grande valia o estudo de tempos verbais considerando o valor estilístico do verbo. Acompanhe as explicações do professor, troque ideias, faça perguntas e anotações. Não guarde dúvidas; ajude e peça ajuda aos colegas e ao professor. Organize-se para fazer as tarefas e manter-se sempre em dia com os estudos. Vamos juntos aprender mais e mais a cada dia!

Bons estudos!

Equipe Curricular de Língua Portuguesa Área de Linguagens Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB Secretaria da Educação do Estado de São Paulo



Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 UMA CONVERSA CONTROLADA COM O OUTRO

Nesta Situação de Aprendizagem você vai estudar a função do coautor em um texto, especialmente na entrevista escrita. Como as ideias se unem no texto, a relação entrevistador-entrevistado-leitor é também de grande importância para este estudo.

Para começo de conversa Sob a orientação do professor, discuta com seus colegas: t

"T QFTTPBT TFNQSF GBMBN P RVF QFOTBN

t

$PNP QPEFNPT TBCFS P RVF P PVUSP QFOTB 0V TFKB RVF FTUSBUÏHJBT WPDÐ QPEF VUJMJ[BS QBSB UFOUBS EFTDPCSJS P QFOTBNFOUP EF BMHVÏN

Leitura e análise de texto

© Adão Iturrusgarai

1. Leia silenciosamente os quadrinhos do cartunista Adão Iturrusgarai:

Adão Iturrusgarai, Folha de S.Paulo, 7 mar. 2009, fornecido pela Folhapress.

2. Responda às questões a seguir: a) Que capacidade de leitura a personagem dos quadrinhos utilizou para antecipar a penitência1 RVF MIF TFSJB BUSJCVÓEB

C 1PS RVF B QFSTPOBHFN GPJ DPOWFSTBS DPN BRVFMF RVF MIF BUSJCVJV VNB QFOJUÐODJB

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Penitência são atos, praticados entre os diversos ramos do cristianismo, que os fiéis – ou a Igreja – oferecem a Deus como prova de que estão arrependidos de seus pecados. Alguns exemplos são a leitura e a meditação de passagens da Sagrada Escritura, a vigília, a autoflagelação, o jejum e a esmola. (N. E.)

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

D 0 RVF QFOTB B QFSTPOBHFN TPCSF TVB QFOJUĂ?ODJB

E $PNP WPDĂ? DIFHPV B FTTB DPODMVTĂ?P

DiscussĂŁo oral Discuta com seus colegas, sob a orientação do professor, o signiďŹ cado de cada um dos itens a seguir e em que momentos eles aparecem na sociedade: t VNB DPOWFSTB JOGPSNBM t VNB FOUSFWJTUB t VN RVFTUJPOĂˆSJP

Leitura e anĂĄlise de texto 1. Participe da discussĂŁo oral proposta pelo professor: t 7PDĂ? TBCF POEF mDB B DJEBEF EF 'SBOLGVSU t 0 RVF WPDĂ? TBCF TPCSF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT 2. A seguir vocĂŞ lerĂĄ um texto dividido em trĂŞs partes. ApĂłs a leitura de cada parte, responda Ă s questĂľes: Parte 1 LITERATURA Lygia Fagundes Telles tira gato da sacola "VUPSB GBMB FN 'SBOLGVSU TPCSF QSJNFJSB PCSB JOGBOUJM RVF FTUĂˆ FTDSFWFOEP DPN GFMJOP como protagonista CASSIANO ELEK MACHADO ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

3. Responda: B &N TVB PQJOJĂ?P B RVF HĂ?OFSP UFYUVBM QFSUFODF P USFDIP BOUFSJPS

b) Sobre o que tratarĂĄ um texto que apresenta o tĂ­tulo Lygia Fagundes Telles tira gato da sacola

D &N RVF WFĂ“DVMPT EF DPNVOJDBĂŽĂ?P DJSDVMBN UFYUPT DPN UBM JOĂ“DJP

E 1PS RVF FTUĂˆ FTQFDJmDBEP RVF $BTTJBOP &MFL .BDIBEP Ă? iFOWJBEP FTQFDJBM B 'SBOLGVSUw

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Pesquise na sala de leitura de sua escola, na internet (por exemplo, no Acessa escola, disponĂ­vel em: <http://www.acessaescola.fde.sp.gov.br/Public/Index.aspx>. Acesso em: 3 dez. 2013) ou em MJWSPT EJEĂˆUJDPT RVFN Ă? -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT " TFHVJS FTDSFWB OP DBEFSOP VNB QFRVFOB CJPHSBmB (histĂłrico) em que vocĂŞ mencione as seguintes informaçþes: a) nome completo, cidade e ano de nascimento; b) onde estudou e em que curso se formou; c) qual ĂŠ sua principal ocupação como proďŹ ssional; d) duas ou trĂŞs obras importantes que publicou; e) trĂŞs caracterĂ­sticas de seu estilo de escrita. 7


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Leitura e anĂĄlise de texto Eu, o gato 1. Um desenho qualquer encontrado ao acaso em uma embalagem de algum produto QPEF TFSWJS EF QFSTPOBHFN QBSB VNB IJTUĂ˜SJB &YQMJRVF DPNP JTTP QPEF BDPOUFDFS 2. Leia agora a continuação do texto Lygia Fagundes Telles tira gato da sacola. Parte 2 6NB EPS EF DBCFĂŽB Ă? B NFMIPS MFNCSBOĂŽB RVF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT HVBSEB EB 'FJSB EF -JWSPT EF 'SBOLGVSU 'PJ FN 0 i[VO[VO[VNw EBT DPOGFSĂ?ODJBT IPNFOBHFOT F BVUĂ˜HSBGPT EFJYPV EPSFT QPOUJBHVEBT OB DBCFĂŽB EB FTDSJUPSB i'VJ MPHP OB iBQPUIFLFw GBSmĂĄcia)â€?, lembra. Assim começava a nascer o primeiro livro infantojuvenil da autora de “As meninasâ€?. “A aspirina veio em uma sacola estampada com um gatinho listrado de verde e amarelo. 'JRVFJ BQBJYPOBEB QPS FMFw DPOUB -ZHJB RVF EFDJEJV USBOTGPSNBS P GFMJOP FN QSPUBHPOJTUB de uma “histĂłria jovemâ€?. " NBJPS FTUSFMB CSBTJMFJSB FTUF BOP FN 'SBOLGVSU o RVF WFJP QBSB B GFJSB B DPOWJUF EB Biblioteca Nacional – antecipou para a Folha algumas caracterĂ­sticas do novo personagem, que atende pelo nome de “Eu, o Gatoâ€? e deve estar nas livrarias no inĂ­cio de 2001, com o selo Rocco. Nessa entrevista, a titular da cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras fala sobre gatos e cachorros e indica outro provĂĄvel personagem de livro infantil. Apontando para o lenço de seda com desenho de ferraduras que trazia no pescoço, ela disse: “Gosto mesmo ĂŠ de cavalos. Em outras encarnaçþes, ou transmigraçþes, jĂĄ fui um delesâ€?, completou com um inevitĂĄvel sorriso de gato. ."$)"%0 $BTTJBOP &MFL -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT UJSB HBUP EB TBDPMB Folha de S.Paulo, 21 out. 2000.

B 2VBM Ă? B SFMBĂŽĂ?P FOUSF BT QBSUFT F EP UFYUP RVF MFNPT

C $PNP GPJ RVF -ZHJB UFWF B JEFJB EF FTDSFWFS VN MJWSP JOGBOUPKVWFOJM

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

DiscussĂŁo oral t

$PNP WPDĂ? UFN JEFJBT QBSB FTDSFWFS PT TFVT UFYUPT

t 2VF TFNFMIBOĂŽBT FODPOUSB FOUSF P QSPDFTTP EF FTDSJUB EF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT F P TFV

Leitura e anålise de texto Parte 3 1. Na continuação do texto, hå uma entrevista com a autora sobre o tema apresentado BOUFSJPSNFOUF -FJB BT QFSHVOUBT GFJUBT B -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT QFMP KPSOBMJTUB I.

JORNALISTA – Como foi que a sra. decidiu fazer seu primeiro livro infantojuWFOJM

** +03/"-*45" o " TSB BJOEB UFN B TBDPMB *** +03/"-*45" o $PNP WBJ DIBNBS FTTF MJWSP *7 +03/"-*45" o & DPNP FTUĂˆ TFOEP FTDSFWFS QBSB BT DSJBOĂŽBT RVF TĂ?P UĂ?P JOWFOUJWBT 7 +03/"-*45" o $PNP TF DIBNB P HBUP QSPUBHPOJTUB EF TFV MJWSP JOGBOUPKVWFOJM 7* +03/"-*45" o &MF Ă? iBSUFJSPw DPNP P HBUP EB TBDPMB VII. JORNALISTA – Seu gato tem algum parentesco com o de “Alice no PaĂ­s das .BSBWJMIBTw BRVFMF RVF mDB TFNQSF TPSSJOEP 2. Agora, relacione essas perguntas Ă s respostas a seguir: ( ) A – Telles – Claro. Vou usar a ilustração dela na capa do livro. Ainda nĂŁo terminei de escrever, mas ĂŠ uma histĂłria de amor. ( ) B – Telles – Ele ĂŠ um gato estranho. Ele se sente ao mesmo tempo excluĂ­do e inserido. Ele conversa com outros animais, como o coelho e o macaco, mas sempre que lhe perguntam seu nome, ele diz: “Meu nome ĂŠ gatoâ€?. ( ) C – Telles – Foi uma histĂłria de amor minha com esse gatinho. Ele era listrado de verde e amarelo, as cores de nossa bandeira, e tinha uma expressĂŁo tĂŁo deliciosamente encantadora que decidi que tinha de dividi-lo com os outros. Ele era matreiro e amoroso, malicioso e, ao mesmo tempo, inocente. No desenho, ele estava de pĂŠ, 9


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

com as patas para trĂĄs, como uma criança que cometeu uma arte e pede desculpas. Pensei: essa vai ser minha primeira histĂłria infantojuvenil. Eu nunca ďŹ z nenhuma. ( ) D – Telles – Estou fazendo com a maior facilidade. Eu gosto muito da invenção, do imaginĂĄrio. Comecei a escrever quando criança, antes de saber escrever. Comecei contando histĂłrias. ( ) E – Telles – “Eu, o Gatoâ€?. NĂŁo sei se vai fazer sucesso. Os livros sĂŁo questĂŁo de sorte. O escritor nĂŁo sabe o que vai dar certo ou nĂŁo. Meu pai era jogador. Ele apostava na roleta. NĂŁo ganhava muito, mas dizia: “AmanhĂŁ a gente ganhaâ€?. Eu jogo com as palavras. Em “Invenção e MemĂłriaâ€? (seu livro mais recente) eu nĂŁo apostei tanto, mas recebi muitas ďŹ chas. MemĂłria e invenção sĂŁo uma coisa sĂł. A memĂłria invade ou ĂŠ invadida pelo imaginĂĄrio. Se vocĂŞ vai contar um fato, de repente percebe que estĂĄ inventando. O homem ĂŠ incapaz de viver sem a invenção. A invenção ĂŠ a nossa salvação. Rima e ĂŠ verdade. ( ) F – Telles – NĂŁo. O da Alice ĂŠ, perto desse, muito bonzinho. Meu gato tem algumas malignidades. No começo da vida ele ĂŠ atĂŠ meio enfezado. Espere sĂł pra ver. ( ) G – Telles – Ele começa muito travesso, insubordinado, rebelde, porque ele se sente excluĂ­do. Depois ele ďŹ ca legal. De certo modo, parece que o bem vence. Ele termina um gato bonĂ­ssimo. HĂĄ uma certa selvageria no gato. O cachorro ĂŠ menos selvagem, parecidĂ­ssimo com o ser humano. Os cĂŁes vĂŁo acabar falando que nem nĂłs. O gato mantĂŠm a selvageria. ."$)"%0 $BTTJBOP &MFL -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT UJSB HBUP EB TBDPMB Folha de S.Paulo, 21 out. 2000.

LIĂ‡ĂƒO DE CASA

1. Pesquise em jornais e revistas o conteĂşdo de algumas entrevistas com escritores, atores de televisĂŁo etc. Faça uma lista das caracterĂ­sticas prĂłprias desse gĂŞnero. 2. Responda a estas perguntas no caderno: B 7PDĂ? BDSFEJUB FN UPEBT BT FOUSFWJTUBT RVF MĂ? PV PVWF $PNP TBCFS TF P FOUSFWJTUBEP FTUĂˆ TFOEP WFSEBEFJSP b) A respeito das pesquisas feitas na internet, como saber se as informaçþes publicadas nos sites TĂ?P WFSEBEFJSBT PV DPSSFUBT

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

APRENDENDO A APRENDER Em uma entrevista, entre as partes pergunta e resposta, hĂĄ uma relação de complementaridade, que pode se manifestar das seguintes maneiras: a) Negar ou aďŹ rmar algo: perguntas que apontam para uma escolha entre aďŹ rmar ou negar e a devida resposta “simâ€? ou “nĂŁoâ€?, ou, ainda, um indeciso “nĂŁo seiâ€?. b) Informar e/ou identiďŹ car: QFSHVOUBT DPN i0 RVF w VTVBMNFOUF BQPOUBN QBSB VNB informação especĂ­ďŹ ca que deve ser apresentada pelo entrevistado. c) Causalidade: perguntas sobre as relaçþes de causa e consequĂŞncia, por exemplo, “Por RVĂ? w F B SFTQPTUB i1PS DBVTB w d) Modo: QFSHVOUBT RVF DPNFĂŽBN DPN i$PNP w VTVBMNFOUF BQSFTFOUBN P NPEP PV a forma como se chegou a uma conclusĂŁo, o modo como algo foi feito ou se realizou determinada ação. Veja a seguir um exemplo de relaçþes, tanto de repetição como de complementaridade, no par de pergunta/resposta EB FOUSFWJTUB DPN -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT I–C I. JORNALISTA – Como foi que a sra. decidiu fazer seu primeiro livro infantojuvenil? C. Telles – Foi uma histĂłria de amor minha com esse gatinho. Ele era listrado de verde e amarelo, as cores de nossa bandeira, e tinha uma expressĂŁo tĂŁo deliciosamente encantadora que decidi que tinha de dividi-lo com os outros. Ele era matreiro e amoroso, malicioso e, ao mesmo tempo, inocente. No desenho, ele estava de pĂŠ, com as patas para trĂĄs, como uma criança que cometeu uma arte e pede desculpas. Pensei: essa vai ser minha primeira histĂłria infantojuvenil. Eu nunca ďŹ z nenhuma. Repetição do signiďŹ cado presente nos termos “primeiro livro infantojuvenilâ€?, que na resposta aparece como “minha primeira histĂłria infantojuvenilâ€?. Relação de complementaridade modal entre o interrogativo “Comoâ€? e a ideia de modo na resposta, explicando o QFSDVSTP EF -ZHJB BUĂ? EFDJEJS FTDSFWFS P MJWSP

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Atividade complementar IdentiďŹ que e anote, no caderno, as relaçþes, tanto de repetição como de complementaridade, nos pares de pergunta/resposta EB FOUSFWJTUB MJUFSĂˆSJB DPN -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT

DiscussĂŁo oral t

2VBM Ă? P QBQFM TPDJBM EB FOUSFWJTUB EF KPSOBM

APRENDENDO A APRENDER CaracterĂ­sticas da entrevista 1. Visa colher informaçþes, depoimentos, opiniĂľes, aspectos da vida pessoal ou proďŹ ssional de pessoas consideradas de interesse pĂşblico nos mais variados meios sociais: ambiental, cultural, polĂ­tico, religioso etc. 2. Estrutura: contĂŠm tĂ­tulo e, Ă s vezes, subtĂ­tulo e introdução. 3. O corpo do texto ĂŠ usualmente organizado em perguntas e respostas. "QSFTFOUBĂŽĂ?P EP OPNF EP FOUSFWJTUBEP F EP FOUSFWJTUBEPS BOUFT EB GBMB EF DBEB VN 5. Uso da norma-padrĂŁo da lĂ­ngua portuguesa, com possibilidade de adaptaçþes conforme as caracterĂ­sticas do entrevistado, do veĂ­culo de comunicação e do pĂşblico leitor. 6. O texto ĂŠ desenvolvido na forma oral, mas depois ĂŠ transcrito. Na transcrição, em geral, desprezam-se as marcas de oralidade. 7. A entrevista procura reproduzir o ritmo da conversa prĂłprio da oralidade. 8. Uso dos verbos principalmente no Presente do Indicativo.

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Estudo da lĂ­ngua 1. Compare as caracterĂ­sticas da entrevista anterior com a lista que vocĂŞ fez na seção “Lição de DBTBw 2VBJT TĂ?P BT TFNFMIBOĂŽBT F EJGFSFOĂŽBT FODPOUSBEBT

2. Observe os verbos no trecho a seguir: JORNALISTA – Como vai chamar FTTF MJWSP Escolha a alternativa correta: a) Usam-se sempre formas verbais no Presente, como no caso de ir e chamar, para falar do futuro. b) A forma do verbo ir no Presente do Indicativo mais o verbo chamar no Futuro apresenta uma hipĂłtese. c) A expressĂŁo formada pelos verbos ir e chamar indica que a ação estĂĄ ocorrendo no momento da fala. d) A expressĂŁo formada pelo verbo ir no Presente do Indicativo mais o verbo chamar no InďŹ nitivo apresenta o valor de Futuro.

APRENDENDO A APRENDER Denomina-se locução verbal a expressĂŁo verbal formada por um verbo principal conjugado em determinado Modo e Tempo mais um verbo auxiliar em uma das formas nominais, ou seja, InďŹ nitivo, GerĂşndio e ParticĂ­pio. HĂĄ, portanto, dois verbos juntos que expressam uma Ăşnica informação. Exemplo: Como vai chamar FTTF MJWSP

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Š Pietro Antognioni

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

1. Auxiliar ir no Presente do Indicativo. 2. Principal chamar no Infinitivo.

3. Substitua a expressão vai chamar (forma analítica) por apenas um verbo (forma sintética), mantendo o mesmo sentido temporal. Reescreva a nova frase a seguir.

LIÇÃO DE CASA

1. Encontre no livro didático alguns exemplos em que o Presente do Indicativo é usado com o sentido de Futuro. Faça a transposição para os tempos verbais do Futuro. 2

A seguir, encontre exemplos de locuções verbais no livro didático adotado e passe-as para a forma sintética (usando apenas uma forma verbal), ou seja, substituindo-as por um único verbo, como feito no Exercício 3 da seção “Estudo da língua”.

A conjugação verbal 1. Complete os quadros a seguir com as formas simples do Futuro:

Futuro do Presente do Indicativo Eu

amarei

beberei beberás

Tu Ele (ou você)

amará

Nós

amaremos

beberá

partirá partiremos

bebereis

Vós Eles (ou vocês)

partirei

amarão

beberão


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Futuro do PretĂŠrito do Indicativo partiria

Eu Tu

amarias

beberias

Ele (ou vocĂŞ)

amaria

beberia

partiria

beberĂ­amos

NĂłs VĂłs

amarĂ­eis

partirĂ­eis

Eles (ou vocĂŞs)

amariam

partiriam

Futuro do Subjuntivo Eu

amar beberes

Tu Ele (ou vocĂŞ)

amar

NĂłs

amarmos

bebermos

VĂłs

amardes

beberdes

partires partir

partirem

Eles (ou vocĂŞs)

2. Complete as frases a seguir de modo coerente. B 2VBOEP FV MFS B FOUSFWJTUB EF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT

C &V MFSFJ B FOUSFWJTUB EF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT

D &V MFSJB B FOUSFWJTUB EF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

3. Encontre as diferenças de sentido entre os próximos segmentos, destacando em que situaçþes usaria um ou outro tempo verbal. I.

O gato conversarĂĄ com outros animais.

II. O gato conversaria com outros animais. III. Quando o gato conversar com outros animais.

LIĂ‡ĂƒO DE CASA 1. IdentiďŹ que na entrevista Lygia Fagundes Telles tira gato da sacola duas locuçþes verbais para reescrevĂŞ-las de forma sintĂŠtica. Escreva qual das duas formas (a usada pela escritora ou a que vocĂŞ escreveu) vocĂŞ prefere no texto, explicando seus motivos. 2. Elabore um resumo, utilizando 5 a 7 linhas, sobre o conteĂşdo dessa entrevista.

A entrevista 1. Em grupo, e sob a orientação do professor, elaborem um projeto da entrevista que pretendem fazer, no qual deve ser indicado: t

RVFN QSFUFOEFN FOUSFWJTUBS

t

RVBOEP PDPSSFSĂˆ B FOUSFWJTUB

t

DPNP TFSĂˆ GFJUB

t

RVF QFSHVOUBT QFOTBN GB[FS

Lembrem-se de que o objetivo ĂŠ entrevistar alguĂŠm que considerem importante na comunidade em que vivem.

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2. Façam, ainda em grupo, a entrevista. Vocês devem seguir de perto as características dadas sobre esse gênero. 3. Depois que o professor corrigir, o texto será devolvido. Reescrevam-no seguindo as orientações dadas. No final, vocês poderão afixar essas entrevistas no mural da classe ou da escola. 70$³ "13&/%&6 Em duplas, escolham um dos assuntos tratados nesta Situação de Aprendizagem (tempo ou MPDVÎÍP WFSCBM DBSBDUFSÓTUJDBT EB FOUSFWJTUB QPS FYFNQMP QBSB GB[FS VN DBSUB[ FN QBQFM " PV FN cartolina com as definições acompanhadas de exemplos. O professor selecionará alguns para afixar no mural da classe.

PARA SABER MAIS -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT FWPDB DPN NBFTUSJB DFOBT EB JOGÉODJB F BEPMFTDÐOcia, captando a suavidade dos estados da alma das personagens. Provavelmente na sala de leitura de sua escola há livros dessa escritora. Selecione um cujo título desperte seu interesse e entre no mundo narrativo da escritora.

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

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SITUAĂ‡ĂƒO DE APRENDIZAGEM 2 LITERATURA E O VOO DAS PALAVRAS

2VBM Ă? B JNQPSUÉODJB EP WFSCP FN VN UFYUP MJUFSĂˆSJP 2VBM Ă? P QBQFM EP DPOUP DPN SFMBĂŽĂ?P Ă‹ PQJOJĂ?P EP TFS IVNBOP TPCSF P NVOEP &TTBT TĂ?P RVFTUĂœFT RVF WPDĂ? QPEFSĂˆ EJTDVUJS OFTUB 4JUVBĂŽĂ?P de Aprendizagem.

A imagem e o texto DiscussĂŁo oral t

7PDĂ? KĂˆ WJTJUPV VNB HBMFSJB EF BSUF PV VN NVTFV 2VBJT GPSBN TVBT JNQSFTTĂœFT EFTTFT MVHBSFT

t

4F OVODB PT WJTJUPV DPNP WPDĂ? BDIB RVF EFWFN TFS FTTFT MVHBSFT &N TVB PQJOJĂ?P DPNP BT QFTTPBT TF TFOUFN OFMFT

t

2VF SFMBĂŽĂ?P QPEF FYJTUJS FOUSF VN UFYUP FTDSJUP F TVB SFQSPEVĂŽĂ?P BSUĂ“TUJDB

ÂŞ 1SJWBUF $PMMFDUJPO ɨF #SJEHFNBO "SU -JCSBSZ ,FZTUPOF ÂŞ 1IPUPUIĂ’RVF 3 .BHSJUUF .BHSJUUF 3FOĂ? i-F UIĂ?SBQFVUFw -JDFODJBEP QPS "657*4 #SBTJM

1. Observe, individualmente e em silêncio, a reprodução do quadro O terapeuta, de RenÊ Magritte. Dedique alguns minutos para observå-lo com atenção em todos os seus detalhes.

RenĂŠ Magritte, O terapeuta (VBDIF TPCSF QBQFM Y DN $PMFĂŽĂ?P QBSUJDVMBS

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

Ao examinar essa reprodução, responda às questões a seguir: B 2VBOUPT QÈTTBSPT BQBSFDFN OB JNBHFN $PNP FMFT FTUÍP

C $PNP P TFS IVNBOP VN IPNFN TFOUBEP Ï SFQSFTFOUBEP

D $PNP FTTF TFS IVNBOP VN IPNFN TFOUBEP TF SFMBDJPOB DPN P FTQFDUBEPS EP RVBESP

E $PN RVF JNQSFTTÍP mDBNPT BP PCTFSWBS P RVBESP

e) Em sua opinião, por que o quadro se intitula O terapeuta

Leitura e análise de texto "HPSB WPDÐ MFSÈ VN DPOUP EF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT JOUJUVMBEP História de passarinho. 1. Antes disso, participe da discussão oral proposta pelo professor: t

0 RVF Ï VN DPOUP

t

0 RVF QPEFNPT FTQFSBS EF VN DPOUP JOUJUVMBEP História de passarinho

t

0 RVF QPEFNPT FTQFSBS EF VN DPOUP FTDSJUP QPS -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT 19


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

2. No conto a seguir, algumas palavras foram suprimidas. Para cada supressão indicada por número há, nas páginas 21 e 22, três possibilidades, e cabe a você escolher a mais adequada. História de passarinho Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que (1) e sumiu de casa. Ele era um santo, disse a mulher (2) os braços. E as pessoas em redor não (3) nada e nem era preciso perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde. Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo, Ô! Pai, (4) P mMIP RVF SBJP EF QBTTBSJOIP Ï FTTF RVF WPDÐ GPJ BSSVNBS O homem ruivo (5) o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro. Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, (6) ele na rua, não sei que passarinho é esse. O menino (7) chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada. Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele (8) certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho (9), o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele. Ai! o canto desse passarinho, (10) a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços, tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto: Bicho mais chato, Pai. Solta ele. Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo (11) ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé, ora noutro e cantando como se não (12) parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir! Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que (13) o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher (14) então a falar e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que (15) ter 20


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

e que o homem ruivo nĂŁo lhe dera, nĂŁo esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o Trem Prateado descendo pela noite atĂŠ o mar. Esse mar que se nĂŁo (16) o Pai (que Deus o tenha!) ela jamais teria conhecido porque em negra hora se casara com um homem que nĂŁo prestava para nada, NĂŁo sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com vocĂŞ, Velho. Ele continuava com o livro aberto no peito, (17) muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razĂŁo de tanta fĂşria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tĂŁo manso que se abrisse a portinhola poderia colhĂŞ-lo na palma da mĂŁo. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele nĂŁo respondia mesmo, ela se calava exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa: Vai, Velho, o cafĂŠ estĂĄ esfriando, nunca pensei que nesta idade eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o cafĂŠ. Numa dessas vezes, (18) de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele entĂŁo (19) no degrau de pedra da escada e ali ďŹ cou pela madrugada, ďŹ xo na escuridĂŁo. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ďŹ cou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tĂŁo feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas nĂŁo disse nada, nem mesmo quando o menino que presenciara a cena desatou a rir, Passarinho mais besta! Fugiu e acabou aĂ­, na boca do gato. Calmamente, sem a menor pressa o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressĂŁo tĂŁo estranha que o menino parou de rir para ďŹ car olhando. Repetiria depois Ă MĂŁe, Mas ele atĂŠ que parecia contente, MĂŁe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher entĂŁo interrompeu o ďŹ lho num sussurro, Ele ďŹ cou louco. Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo mas nĂŁo achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca (20) reparado antes como ele era alto. NĂŁo contou tambĂŠm que estranhou o andar EP 1BJ mSNF F SFUP NBT QPS RVF FMF BOEBWB BHPSB EFTTF KFJUP & SFQFUJV P RVF UPEPT KĂˆ sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portĂŁo aberto e nĂŁo olhou para trĂĄs. 5&--&4 -ZHJB 'BHVOEFT )JTUĂ˜SJB EF QBTTBSJOIP *O Invenção e memĂłria 4Ă?P 1BVMP $PNQBOIJB EBT -FUSBT ÂŞ CZ -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT

(1) enlouquecera

enlouqueceu

enlouquecia

(2) levantando

levantou

levantara

(3) perguntou

perguntava

perguntaram

DBTTPBWB

DBĂŽPBWB

(5) introduzia

introduzira

introduz

(6) pegava

peguei

pegarei

(7) mascava

mascaria

mascando

(8) estive

esteve

estava

DBTPVBWB

21


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

(9) crescia

cresceu

esteve crescido

(10) queixara-se

queixava-se

queixavasse

(11) costumou

costumava

costumara

(12) pode-se

pudesse

pude-se

(13) deixava

deixa

deixavam

QVOIB TF

QVOIBTTF

(15) quis

quiz

quer

(16) fo-se

foce

fosse

(17) gostou

gostĂĄvamos

gostava

(18) esqueceu

esquecia

esquece

(19) sentousse

sentosse

sentou-se

(20) teve

tinha

tenha

QPOIBTTF

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Leia as seguintes frases para responder Ă s perguntas que se seguem. 1. A criança chegou da escola, faminta e cansada de tanto estudar. Com relação ao verbo, assinale a alternativa correta: a) O PretĂŠrito Perfeito do verbo chegar mostra que o fato jĂĄ ocorreu e ĂŠ apresentado ao leitor a certa distância. b) O PretĂŠrito Perfeito do verbo chegar demonstra que o fato jĂĄ ocorreu, mas ainda estĂĄ muito prĂłximo do leitor. c) Dois fatos ocorreram e estĂŁo expressos tanto no PretĂŠrito Perfeito quanto no Presente do Indicativo. d) TrĂŞs fatos ocorreram e estĂŁo expressos nos tempos Passado e no Presente do Indicativo. 2. A criança chega da escola, faminta e cansada de tanto estudar. Com relação ao efeito de sentido do verbo destacado, assinale a alternativa correta: a) O Presente do Indicativo demonstra que o sujeito do verbo chegar nĂŁo pratica a ação. b) O uso do Presente do Indicativo confere ao fato maior objetividade, nĂŁo envolvendo o leitor com o fato narrado. 22


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

c) O uso do Presente do Indicativo mantÊm o leitor mais próximo da ação, envolvendo-o com o fato narrado. d) O verbo estå no Presente do Indicativo, expressando um fato que não se realiza no momento da fala e, por isso, não Ê importante.

A história, o passarinho e o teatro No caderno, faça um resumo do conto História de passarinho e depois responda às seguintes questþes: 2VBM � P UFNB EP DPOUP

&N RVF P IPNFN SVJWP F P QBTTBSJOIP FSBN QBSFDJEPT

3. Transcreva um trecho do texto que prove que o homem ruivo era considerado inĂştil pelo ďŹ lho.

5SBOTDSFWB VN USFDIP EP UFYUP RVF QSPWF RVF P IPNFN SVJWP FSB DPOTJEFSBEP JOĂžUJM QFMB FTQPTB

2VBM Ă? B TVB PQJOJĂ?P 7BMFV B QFOB P QBTTBSJOIP UFS GVHJEP TĂ˜ QBSB TFS DPNJEP QFMP HBUP

6. De acordo com a orientação do professor, em grupos, vocĂŞs vĂŁo imaginar o que aconteceu com o homem depois que ele partiu. " TFHVJS FMBCPSFN VNB QFRVFOB QFĂŽB EF UFBUSP DPN P NFTNP UFNB EP DPOUP EF -ZHJB Fagundes Telles. No texto dramĂĄtico devem aparecer o texto primĂĄrio e o secundĂĄrio, como jĂĄ estudamos no volume 1. Os grupos deverĂŁo escolher o seu texto entre tragĂŠdia ou comĂŠdia, com base nos seguintes critĂŠrios: 23


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

Tragédia Peça de teatro que representa uma ação dolorosa cujo término conduz a uma situação de desgraça, desventura e até morte. Procura-se imitar o sofrimento ou a piedade humanos até o momento do clímax. Comédia Esse gênero ocupa-se do cotidiano de pessoas comuns. Sua principal característica, contudo, é a presença de um final feliz. O objetivo do texto cômico é provocar o riso do público.

LIÇÃO DE CASA Pesquise, na sala de leitura de sua escola ou na internet, a vida, o estilo e a importância literária do poeta Olavo Bilac. Faça no caderno uma síntese de sua pesquisa.

Leitura e análise de texto Textos diferentes com o mesmo tema Os mesmos grupos que realizaram o Exercício 6 da seção “A história, o passarinho e o teatro” devem ler o poema a seguir e explicar as relações de semelhança e de diferença encontradas entre este poema e o conto História de passarinho. O pássaro cativo Armas, num galho de árvore, o alçapão E, em breve, uma avezinha descuidada, Batendo as asas cai na escravidão. Dás-lhe então, por esplêndida morada, A gaiola dourada; Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos e tudo. Por que é que, tendo tudo, há de ficar O passarinho mudo, "SSFQJBEP F USJTUF TFN DBOUBS É que, criança, os pássaros não falam. Só gorjeando a sua dor exalam, Sem que os homens os possam entender; Se os pássaros falassem, Talvez os teus ouvidos escutassem Este cativo pássaro dizer:


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

“NĂŁo quero o teu alpiste! Gosto mais do alimento que procuro Na mata livre em que voar me viste; Tenho ĂĄgua fresca num recanto escuro Da selva em que nasci; Da mata entre os verdores, Tenho frutos e ores Sem precisar de ti! NĂŁo quero a tua esplĂŞndida gaiola! Pois nenhuma riqueza me consola, De haver perdido aquilo que perdi... PreďŹ ro o ninho humilde construĂ­do De folhas secas, plĂĄcido, escondido. Solta-me ao vento e ao sol! $PN RVF EJSFJUP Ă‹ FTDSBWJEĂ?P NF PCSJHBT Quero saudar as pombas do arrebol! Quero, ao cair da tarde, Entoar minhas tristĂ­ssimas cantigas! 1PS RVF NF QSFOEFT 4PMUB NF DPWBSEF Deus me deu por gaiola a imensidade! NĂŁo me roubes a minha liberdade... Quero voar! Voar!â€? Estas cousas o pĂĄssaro diria, Se pudesse falar, E a tua alma, criança, tremeria, Vendo tanta aição, E a tua mĂŁo tremendo lhe abriria A porta da prisĂŁo... BILAC, Olavo. O pĂĄssaro cativo. In: Obra reunida de Olavo Bilac. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996.

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Faça uma entrevista em casa com os seus pais, irmĂŁos ou com algum vizinho. Nela, procure identiďŹ car o que eles pensam sobre a importância da literatura. VocĂŞ pode, por exemplo, usar algumas das seguintes perguntas: t

2VBM � B JNQPSUÉODJB EB MJUFSBUVSB FN TVB WJEB QFTTPBM

t

2VBJT TĂ?P TFVT BVUPSFT QSFGFSJEPT

t

2VBJT TĂ?P PT HĂ?OFSPT EF UFYUP RVF NBJT HPTUB EF MFS 25


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

Com base nas respostas, escreva um pequeno texto sobre a influência da literatura na vida das pessoas. 70$³ "13&/%&6 Considere tudo o que você estudou nesta disciplina até o momento, reflita sobre os conteúdos desenvolvidos nesta Situação de Aprendizagem e responda: B 2VBJT PT DPOUFÞEPT RVF GPSBN BHSBEÈWFJT EF FTUVEBS 1PS RVÐ

C 2VBJT GPSBN QPVDP JOUFSFTTBOUFT 1PS RVÐ

D 2VBJT WPDÐ DPNQSFFOEFV UÍP CFN RVF QPEFSJB FYQMJDBS TFN QSPCMFNBT QBSB VN DPMFHB

E 2VBJT WPDÐ HPTUBSJB RVF GPTTFN FYQMJDBEPT EF OPWP QPSRVF OÍP DPOTFHVJV FOUFOEFS CFN

PARA SABER MAIS Leia o livro Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach (EUA, 1970). A história trata do fascínio de Fernão pelas acrobacias que modificam e transtornam o grupo de gaivotas do seu clã. É uma linda história sobre liberdade, aprendizagem e amor. Há também o filme, de 1973, com direção de Hall Bartlett, classificação livre e com 99 min. de duração. Tanto o livro quanto o filme fazem uma analogia entre o homem e a gaivota, mostrando as dificuldades para superar os limites.

26


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

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SITUAĂ‡ĂƒO DE APRENDIZAGEM 3 INSTALAĂ‡ĂƒO POÉTICA

Leitura e anĂĄlise de texto 1. Discuta oralmente sob a orientação do professor: t 0 RVF TBCFN TPCSF "OHPMB t 2VF SFMBĂŽĂœFT FTTF QBĂ“T UFN DPN P #SBTJM 2. Acompanhe atentamente a letra da mĂşsica “Morena de Angolaâ€?, que o professor apresentarĂĄ. Agora vocĂŞs devem, de acordo com a orientação do professor, anotĂĄ-la no caderno. 3. Discuta oralmente o sentido da letra da mĂşsica. &TDPMIB VN WFSTP EB MFUSB EB NĂžTJDB FN RVF BQBSFĂŽB VN UFSNP EF TFOUJEP EFTDPOIFcido. Pesquise o sentido do termo no contexto e no dicionĂĄrio. Em seguida reescreva o verso, substituindo o termo por um sinĂ´nimo.

5. Pelo sentido da letra da mĂşsica, podemos aďŹ rmar que Catumbela ĂŠ: a) uma doença. b) um lugar. c) uma parte do corpo. d) um momento do dia. e) um medo. 27


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

6. Escolha um verso da letra da mĂşsica que pareça bastante interessante do ponto de vista sonoro. B -FWBOEP TF FN DPOUB P BTTVOUP EB MFUSB EB NĂžTJDB P RVF TVHFSF B TPOPSJEBEF EP WFSTP

b) Transcreva outro verso que tenha a mesma sonoridade do verso anterior.

Continue explorando as sugestĂľes sonoras encontradas em algumas palavras, como as que seguem: t TVTTVSSP t QJOHVF QPOHVF t DPDIJDIP

t ninar

t DIJBEP

t NBNĂ?F

t SBTHBS

APRENDENDO A APRENDER A lĂ­ngua portuguesa tem seis sons oclusivos ou explosivos nĂŁo nasais: B/P; D/T; G; K. SĂŁo chamados explosivos porque sugerem uma pequena explosĂŁo quando sĂŁo pronunciados. TambĂŠm sĂŁo chamados nĂŁo nasais porque vocĂŞ nĂŁo solta ar pelo nariz para pronunciĂĄ-los. Os sons nasais da lĂ­ngua portuguesa, geralmente representados na escrita pelos grafemas M, N ou NH, muitas vezes sugerem doçura ou carinho, podendo tambĂŠm ser usados para prolongar uma sensação, como quando lemos “Mmmmmmâ€? em uma histĂłria em quadrinhos, por exemplo. Outros sons que sugerem continuação de algo sĂŁo os normalmente representados por S e R. O som do S ĂŠ um som sibilante, como o produzido por uma cobra, e o R ĂŠ chamado de vibrante.

Sons e sentidos poĂŠticos 1. Leia atentamente a seção anterior, “Aprendendo a aprenderâ€?, e responda: Que ideias as consoantes reforçam na palavra pingue-pongue 28


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

2. Observe como o som do “râ€? reforça o sentido deste famoso trava-lĂ­ngua: O rato roeu a roupa do rei de Roma e a rainha raivosa rasgou o resto. 0 RVF P TPN DPOTUBOUF EP iSw TVHFSF BP MFJUPS

O nível fonÊtico do poema Leia com atenção a estrofe a seguir:

[...] Vozes veladas, veludosas vozes, volĂşpias dos violĂľes, vozes veladas, vagam nos velhos vĂłrtices velozes dos ventos, vivas, vĂŁs, vulcanizadas. [...] CRUZ e SOUSA, JoĂŁo da. ViolĂľes que choram. In: FarĂłis. DisponĂ­vel em: IUUQ XXX EPNJOJPQVCMJDP HPW CS QFTRVJTB %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@PCSB Acesso em: 3 dez. 2013.

A repetição da constritiva labiodental sonora [v] e das constritivas alveolares [s] e [z] sugere: a) o vento, levando consigo sons, músicas e vozes. b) o desejo de fuga da realidade sentido pelo eu lírico. c) que o poeta não consegue fazer um bom uso da língua portuguesa, revelando falta de criatividade. d) que o leitor vai se cansar rapidamente ao ler um poema que repete tanto os mesmos sons. e) a angústia de todos os que vão ler o poema. 29


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Responda Ă s questĂľes no caderno. 1. Em um poema: B 0 RVF TĂ?P BMJUFSBĂŽĂœFT &ODPOUSF OP MJWSP EJEĂˆUJDP PV FN PVUSP NBUFSJBM EF FTUVEP VN exemplo de aliteração. C 0 RVF TĂ?P BTTPOÉODJBT &ODPOUSF OP MJWSP EJEĂˆUJDP PV FN PVUSP NBUFSJBM EF FTUVEP VN exemplo de assonância. D 0 RVF TĂ?P SJNBT &ODPOUSF OP MJWSP EJEĂˆUJDP PV FN PVUSP NBUFSJBM EF FTUVEP VN FYFNQMP de rima. 2. Desperte o poeta dentro de vocĂŞ e escreva um poema em que apareçam exemplos de aliteração, assonância e rima.

O nĂ­vel morfossintĂĄtico do poema 1. Observe: I.

Os campos ďŹ caram verdes.

II. Os campos verdejaram. 3FTQPOEB OP DBEFSOP 2VBM EBT EVBT GSBTFT MIF QBSFDF NBJT QPĂ?UJDB 1PS RVĂ? 3FTQPOEB OP DBEFSOP 2VBM EBT EVBT GSBTFT B TFHVJS WPDĂ? DPOTJEFSB NBJT QPĂ?UJDB 1PS RVĂ? I.

O menino melancĂłlico me emocionou.

II. A melancolia do menino me emocionou.

O nĂ­vel semântico-ďŹ gurativo do poema 1. Relacione adequadamente os trĂŞs grupos: ďŹ gura – deďŹ nição – exemplo. FIGURA: ( A ) AntĂ­tese ( B ) MetĂĄfora ( C ) MetonĂ­mia (D) Sinestesia 30


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

DEFINIĂ‡ĂƒO: ( ) Relação de planos sensoriais diferentes, tais como olfato com paladar ou olfato com audição. ( ) Aproximação de palavras em que um termo substitui outro em vista de uma relação de semelhança entre os elementos designados por esses termos. ( ) Aproximação de palavras ou ideias com signiďŹ cados opostos. ( ) Emprego de um termo por outro, uma vez que se veriďŹ ca a possibilidade de associação entre eles. EXEMPLO: ( ) Ela tem o mais lindo sorriso de luz que eu jĂĄ vi. ( ) Ouvi Jota Quest enquanto vinha para a escola. ( ) Nos seus cabelos negros eu respiro o odor suave da escuridĂŁo. ( ) “Quem tudo quer, nada temâ€? (provĂŠrbio popular). 2. Leia com atenção este conhecido verso do poeta portuguĂŞs LuĂ­s Vaz de CamĂľes: “Amor ĂŠ fogo que arde sem se verâ€?. ApĂłs a discussĂŁo em sala de aula, complete a anĂĄlise desse verso com as palavras do quadro a seguir. Observe que uma das palavras do quadro vai sobrar:

opostos – arde – fogo – antítese – aquece – visível – oximoro – olhar

/FTTF WFSTP P BNPS Ă? DPNQBSBEP BP @@@@@@@@@@@@@@@@@@ BMHP EFWPSBEPS RVF DPOTPNF BP NFTNP UFNQP RVF @@@@@@@@@@@@@@@@ 0 FV MĂ“SJDP WBJ BMĂ?N F OPT EJ[ RVF OĂ?P TF USBUB EF VNB FTQĂ?DJF RVBMRVFS EF BNPS NBT EBRVFMF RVF @@@@@@@@@@@@@@@@ TFN TF WFS "RVJ P MFJUPS FODPOUSB VNB @@@@@@@@@@@@@@@@ UPEP GPHP RVF BSEF Ă? @@@@@@@@@@@@@@@@ NBT P BNPS JOEP DPOUSB UPEB B MĂ˜HJDB BSEF F OĂ?P TF WĂ? ² DIBNBEB EF @@@@@@@@@@@@@@@@@@ B mHVSB EF MJOHVBHFN RVF IBSNPOJ[B EPJT DPODFJUPT @@@@@@@@@@@@@@@@@ FN VNB ĂžOJDB FYQSFTTĂ?P

LIĂ‡ĂƒO DE CASA 1. No caderno, escreva uma frase em que se note a mesma ďŹ gura de linguagem presente no verso de LuĂ­s Vaz de CamĂľes: “O mundo todo abarco e nada apertoâ€?. 31


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

2. No caderno, escreva uma frase em que se note a mesma figura de linguagem presente na frase do escritor brasileiro Alphonsus de Guimaraens: “Nasce a manhã, a luz tem cheiro...” .

Fazendo arte: do poema à instalação 1. Sob a orientação do professor, a classe será dividida em nove grupos. Cada grupo trabalhará como se fosse uma agência de produção e direção de arte e deverá escolher um nome que reflita o conceito da equipe sobre o que é arte.

APRENDENDO A APRENDER Produção de arte é a atividade de elaborar e executar projetos ligados à arte e à cultura. Direção de arte é a atividade de usar todo o conhecimento disponível para tornar algo visualmente agradável e artístico aos olhos dos outros.

2. A agência de produção e direção de arte recebeu um importante trabalho: vai participar de uma mostra cultural da comunidade local. Para isso, produzirá uma instalação que traduza um determinado nível de significação da linguagem poética em um poema. Nesta Situação de Aprendizagem, concentramo-nos em três níveis específicos de significação do poema: fonético, morfossintático e semântico-figurativo. Recapitulem esses conteúdos já estudados.

© Luiz Flávio

3. Observe a reprodução fotográfica da instalação do artista brasileiro Luiz Flávio.

Luiz Flávio, Paisagens portáteis, 2006. Miniatura do Château de Chenonceau, 10 quadros de mercado e espelho negro. 30 ⫻ 160 ⫻ 80 cm.

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

Um espelho negro, uma maquete de um castelo francês e dez quadros obtidos no mercado criam a ilusão de mundo imaginário, mágico e controlado pelo público, que pode, até mesmo, alterar a paisagem circundante. Sobre a instalação de Luiz Flávio podemos afirmar que se trata de: I.

um jogo de ilusões em que podemos nos sentir capazes de mudar tudo ao nosso redor.

II. uma tradução do egoísmo que priva os seres humanos do direito de terem uma vida perdulária de luxo e satisfação individualista. Estão corretas: a) Apenas I. b) Apenas II.

© Luiz Flávio

c) I e II.

Luiz Flávio, Paisagens portáteis, 2006. Detalhe.

Dez quadros de paisagens adquiridos em lojas populares são posicionados lado a lado, de forma a criar um cenário de fundo para a maquete de papel. Um espelho negro serve de base e reflete a cena.

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Š Luiz Flåvio

Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Luiz FlĂĄvio, Paisagens portĂĄteis, 2006. Detalhe.

APRENDENDO A APRENDER Chamamos de instalação a obra de arte que procura instalar-se em um espaço produzindo efeitos sensoriais no público. Ela valoriza tanto a obra como o espaço onde Ê exposta, transformando-o em obra de arte. As instalaçþes podem ser visuais, mas tambÊm sonoras, olfativas etc. O importante Ê que elas sejam um momento de encontro do público com a arte instalada em um espaço.

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Lena nĂŁo compreendeu bem as explicaçþes sobre o que ĂŠ uma instalação. Observe o que ela conversa com Cadu, pela internet, e complete adequadamente as falas de Cadu:

Lena diz: 2VF DIBUB B BVMB EF QUH LBSB /BVN FOUFOEJ OBEB EB JOTUBMBĂŽĂ?P 2 FI JTTV CSPV Cadu diz: Ah, Lena, nem eh taum complicado assim...


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Lena diz: "I FI &OUBVN NF FYQMJDB BF NFX .BT FYQMJDB EF VN KFJUP R FV FOUFOEB Cadu diz: 0L

Lena diz: *I EBI QSB WD NF EBS VN FY Cadu diz: Claro.

Mas isso ĂŠ arte? Do poema Ă instalação 1. Seguindo as orientaçþes do professor, cada agĂŞncia de produção e direção de arte vai criar uma instalação artĂ­stica que traduza de modo original e inventivo a interpretação que vocĂŞs ďŹ zerem de um poema. Observe que mais importantes do que as explicaçþes do livro didĂĄtico sĂŁo as conclusĂľes a que vocĂŞs chegarĂŁo com base nos diferentes nĂ­veis de signiďŹ cação do poema, tais como o fonĂŠtico, o morfossintĂĄtico e o semântico-ďŹ gurativo. HĂĄ, portanto, trĂŞs movimentos importantes: I.

compreender bem a teoria do nĂ­vel de signiďŹ cação estudado;

II. aplicĂĄ-lo no processo de interpretação de um poema; III. transformar essa interpretação em uma instalação. Recapitulando: sĂŁo nove grupos, cada um ďŹ carĂĄ responsĂĄvel por explorar um nĂ­vel semiĂłtico do texto poĂŠtico, como segue: 35


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

1. Nível fonético a) aliterações e assonâncias b) rimas 2. Nível morfossintático a) verbos b) substantivos c) adjetivos 3. Nível semântico-figurativo a) antíteses b) metáforas c) metonímias d) sinestesias É importante também fazer a escolha dos poemas. Siga as orientações do professor. Alguns poetas que poderão servir de base para a produção da instalação: t

"EÏMJB 1SBEP

t

"MQIPOTVT EF (VJNBSBFOT

t

«MWBSFT EF "[FWFEP

t

"OUØOJP (FEFÍP

t

"OUØOJP /PCSF

t

"SMJOEP #BSCFJUPT

t

$BSMPT %SVNNPOE EF "OESBEF

t

$BTUSP "MWFT

t

$FDÓMJB .FJSFMFT

t

$PSTJOP 'PSUFT

t

$SV[ F 4PVTB 36


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

t

&VHÐOJP EF $BTUSP

t

'FSSFJSB (VMMBS

t

(POÎBMWFT %JBT

t

.BOPFM EF #BSSPT

t

.BOVFM #BOEFJSB

t

0MBWP #JMBD

t

0TXBME EF "OESBEF

t

0TXBMEP "MDÉOUBSB

t

3VZ %VBSUF EF $BSWBMIP

Lembre-se! Os artistas geralmente têm uma proposta para a sua obra de arte. Ou seja, embora os trabalhos possam, em um primeiro momento, parecer estranhos, levando-nos até a pensar iNBT JTTP Ï BSUF w PT BSUJTUBT UÐN VN QSPQØTJUP DPNVOJDBUJWP BP SFBMJ[BS TVBT PCSBT P RVF coloca alguns limites na interpretação que delas podemos fazer. Assim, antes de tudo, ao fazermos a nossa obra de arte, é importante perguntarmo-nos: 0 RVF OØT EFTFKBNPT NPTUSBS BP QÞCMJDP

APRENDENDO A APRENDER É sempre bom lembrar que nem todo texto que está na internet aparece com a devida autoria. É comum haver mentiras e fraudes, o que nos obriga a ficar alertas sobre quais são os sites apropriados a consultar. Ao final desta Situação de Aprendizagem, você encontrará diversos endereços eletrônicos nos quais poderá realizar a pesquisa.

2. Ao examinar atentamente a foto da instalação da artista brasileira Sara Ramo, observe como o material se transforma ao ser instalado em um espaço. Leia atentamente as especificações sobre a obra, colocadas após a foto. 37


Š Sara Ramo

Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Š Sara Ramo

O jardim das coisas do sĂłtĂŁo *OTUBMBĂŽĂ?P EF 4BSB 3BNP o UĂ?DOJDB NJTUB o N2.

O jardim das coisas do sĂłtĂŁo *OTUBMBĂŽĂ?P EF 4BSB 3BNP o UĂ?DOJDB NJTUB o N2.

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Š Sara Ramo

Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

O jardim das coisas do sĂłtĂŁo *OTUBMBĂŽĂ?P EF 4BSB 3BNP o UĂ?DOJDB NJTUB o N2.

Sobre a instalação de Sara Ramo, podemos aďŹ rmar: I.

A instalação permite-nos pensar na transformação social, cultural e individual do ser humano: o abandonado torna-se novidade, surpreendendo a nossa atenção.

II. O encontro entre a memĂłria e a criatividade altera os valores dos objetos. Aquilo que aparentemente nĂŁo tem mais utilidade ĂŠ “reinventadoâ€?, transformado em jardim. III. Ao olharmos a nova utilidade para aquilo que antes nĂŁo tinha mais serventia, podemos repensar a nossa relação com o mundo. EstĂŁo corretas: a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e III. d) Todas. e) Nenhuma.

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APRENDENDO A APRENDER Material de papelaria, material reciclĂĄvel, objetos do cotidiano, tudo pode “virarâ€? obra de arte.

3. Cada trabalho de instalação deverĂĄ ser acompanhado de uma ďŹ cha na qual o grupo explica as suas ideias e o poema que deu origem Ă obra de arte. O projeto, com todas as alteraçþes da ďŹ cha que acompanharĂĄ o trabalho, poderĂĄ ter a seguinte estrutura: 4. OcorrĂŞncias importantes desse nĂ­vel no poema.

1. Proposta do grupo. 2. Poema escolhido.

5. Explicaçþes e interpretaçþes.

3. NĂ­vel semiĂłtico trabalhado.

1. Título da obra: 2. Nome dos participantes-autores: 3. Poema analisado: "VUPS EP QPFNB 5. Informaçþes sobre o autor: 6. Nível semiótico (linguagem verbal + linguagem não verbal) privilegiado: 7. Proposta da obra: 8. Esboço da obra (entregar anexo): 9. Observaçþes importantes (se necessårio):

Com as anotaçþes que vocĂŞs produziram durante as aulas, serĂĄ fĂĄcil preencher essa ďŹ cha! "OUFT EP JOĂ“DJP EB BQSFTFOUBĂŽĂ?P EPT USBCBMIPT PT HSVQPT EFWFSĂ?P QSPEV[JS VN GĂ™MEFS QSPNPDJPnal do evento. O fĂ´lder ĂŠ um impresso publicitĂĄrio com dobras que transmite grande quantidade de informaçþes. Usualmente, a folha do fĂ´lder ĂŠ dobrada em duas ou trĂŞs partes. Cada grupo terĂĄ de produzir um fĂ´lder, apresentando ao pĂşblico a proposta da sua instalação.


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O fôlder deve terminar com as seguintes informaçþes, como no exemplo: Título da exposição: Nove instalaçþes produzidas pela 1a sÊrie do Ensino MÊdio. Curadoria: Nome do professor. Onde: Nome da escola, espaço usado e endereço. Quando: Data (dias da semana e horårio) da exposição.

5. Em grupo, sob a orientação do professor, a turma discutirå o nome da exposição dos trabalhos e se haverå uso ou não de algum logotipo especial.

70$³ "13&/%&6 Seguindo as orientaçþes do professor, durante a exposição você farå um resumo detalhado que serå usado na próxima Situação de Aprendizagem.

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Utilizando sua experiĂŞncia com o texto literĂĄrio nesta Situação de Aprendizagem, explique no caderno o sentido do seguinte texto:

Muitos textos literĂĄrios “pedemâ€? ao leitor alguma paciĂŞncia e a virtude da esperança. Neles, as palavras desaďŹ am a primeira leitura e convidam-nos a um segundo olhar, para que procuremos nelas a construção artĂ­stica.

PARA SABER MAIS Os sites a seguir poderĂŁo ajudar vocĂŞ a encontrar poemas e outros textos literĂĄrios: t IUUQ XXX SFMFJUVSBT DPN "DFTTP FN EF[ t IUUQ XXX CJCMJP DPN CS "DFTTP FN EF[ t IUUQ XXX EPNJOJPQVCMJDP HPW CS "DFTTP FN EF[


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4*56"±°0 %& "13&/%*;"(&. AS VOZES DO OUTRO E A NOSSA NA RESENHA

Após trabalhar com uma instalação, nesta Situação de Aprendizagem você participará do processo de construção de uma resenha, texto que apresenta um olhar específico dentro de uma determinada situação. Discutam, em classe e sob a orientação do professor, as impressões de todos sobre a exposição. Leitura e análise de texto 1. Você vai ler um texto do crítico Lauro Lisboa Garcia sobre a apresentação da cantora Marcia Castro. Ao terminar de ler a resenha, você será capaz de responder à questão: t

1PS RVF P BVUPS EP UFYUP SFDPNFOEB P show EF .BSDJB $BTUSP

Marcia Castro combina arte e boa diversão Cantora ganha a plateia pela inteligência mesmo com repertório pouco conhecido Crítica: Lauro Lisboa Garcia Marcia Castro já deixou claro no álbum de estreia, Pecadinho, que se faz de porta-voz da irreverência. Não é à toa que sintoniza com as estripulias sonoras do outsider Tom Zé, um de seus ídolos e coautor, com Tuzé de Abreu, do Frevo (Pecadinho), que abre o CD e encerra o show em cartaz no Teatro Crowne Plaza. No palco, ela aplica seu aprendizado em teatro musical, como se atuasse em esquetes cômicos de cabaré. Tem algo da ironia de Cida Moreira F EP EFCPDIF EF 4JMWJB .BDIFUF NBT Ï DPNP TF BTQJSBTTF UBNCÏN B JOUFHSBS B HBMFSJB EF "SBDZ de Almeida, Maria Alcina e Cássia Eller, com estágio em Angela Ro Ro, mas sem rancor. No show de estreia, entre goles de água e de outra bebida que o copo de plástico branco ocultava, a cantora baiana foi subindo a temperatura a cada música, até que quando chegou na hilária Vergonha (Luciano Salvador Bahia), não se sabia se ela estava fazendo tipo, com a voz empastada, por causa do personagem bebum da canção, ou se realmente estava “em águas”, como se diz na Bahia. De qualquer maneira, esse combustível contribuiu para a performance. As canções, mesmo as mais sérias como Medo (J. Velloso), Em Nome de Deus (Sérgio Sampaio) e Coração Selvagem (Belchior), não escapam da flecha do ceticismo. Quando escancara no humor, como em Futebol para Principiantes (Kleber Albuquerque), Barraqueira (Manuela Rodrigues) e Você Gosta (Tom Zé), é pândega. Como Tom Zé, ela compensa certas insuficiências vocais buscando soluções no canto falado, na interpretação vigorosa. O efeito de seus “pecadinhos” é imediato: mesmo com repertório praticamente desconhecido, ganha a plateia em cada canção, bulindo com a inteligência e a sexualidade, evidenciando cada letra esperta.


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Os mĂşsicos que a acompanham no palco – guitarra, teclado, bateria, trompete e baixo – nĂŁo sĂŁo os mesmos do CD, mas aďŹ nam com as caracterĂ­sticas do projeto. Tanto sĂŁo aptos a romper em experimentalismo, provocando estranhamento logo de inĂ­cio, como caem no samba de Roque Ferreira (Barulho F OP SPDL EF $IJDP #VBSRVF Jorge Maravilha), com desenvoltura. É uma prazerosa combinação de diversĂŁo, arte e ousadia, que anda fazendo falta por aĂ­. Serviço Marcia Castro. Teatro Crowne Plaza (153 lugs.). Rua Frei Caneca, 1.360. 3a, 21 horas. R$ 20. AtĂŠ 25/3. GARCIA, Lauro Lisboa. Marcia Castro combina arte e boa diversĂŁo. O Estado de S. Paulo. Fonte: <http://www.estado.com.br/editorias/2008/03/10/cad-1.93.2.20080310.13.1.xml>. Acesso em: 18 jun. 2009.

2. IdentiďŹ quem, no caderno, os elementos a seguir: a) O nome do artista. b) O local, a hora e o dia da apresentação. c) O ponto de vista do enunciador do texto sobre o show. d) Um trecho do texto em que o enunciador apresenta um pequeno resumo do show. e) Outro trecho do texto em que se apresente uma opiniĂŁo do enunciador (Lauro Lisboa Garcia). f ) A ďŹ nalidade do texto no cotidiano da sociedade. 3. Em certo momento do texto, o enunciador aďŹ rma: “De qualquer maneira, esse combustĂ­vel contribuiu para a performanceâ€?. Os mesmos grupos do exercĂ­cio anterior deverĂŁo se reunir para discutir se o texto incentiva o alcoolismo ou nĂŁo. As opiniĂľes deverĂŁo ser defendidas usando argumentos claros e inteligĂ­veis, e nĂŁo apenas opiniĂľes pessoais. 0 UFSNP EF PSJHFN JOHMFTB performance pode ser adequadamente substituĂ­do por: a) desempenho. b) perfeição. c) competição. d) ďŹ nal. e) permanĂŞncia.


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LIĂ‡ĂƒO DE CASA No texto a seguir, destaque as ideias que respondem Ă s perguntas: ParĂĄgrafo 1: B 0 RVF Ă? VNB SFTFOIB C 1BSB RVF TFSWF 1BSĂˆHSBGP 2VBM Ă? B EJGFSFOĂŽB FOUSF VNB SFTFOIB F VN TJNQMFT SFTVNP ParĂĄgrafo 3: B 0 RVF EFWFNPT FWJUBS BP FTDSFWFS VNB SFTFOIB C 2VBJT TĂ?P BT QBSUFT PCSJHBUĂ˜SJBT EF VNB SFTFOIB O que ĂŠ uma resenha? 1. Trata-se de uma sĂ­ntese que expressa a opiniĂŁo do resenhista sobre um fato cultural: um livro, um ďŹ lme, um jogo de futebol, uma peça de teatro, uma exposição, uma novela, um show, um conto etc. O objetivo da resenha ĂŠ orientar o leitor em relação Ă enorme quantidade de produção cultural que a cada dia aumenta e, por vezes, confunde. A opiniĂŁo apresentada, devidamente argumentada, pode ser favorĂĄvel ou nĂŁo ao fato cultural analisado. 2. Embora possa conter um resumo, a resenha deve ir diretamente a seu objetivo, concentrando-se em provar, dentro do texto resenhado, a opiniĂŁo do resenhista. Isso resulta em uma mistura, no corpo do texto, de alguns momentos de pura descrição com outros em que se faz uma crĂ­tica fundamentada. NĂŁo podemos esquecer que a resenha ĂŠ um texto argumentativo, ou seja, deve conter um ponto de vista. O objetivo ĂŠ equilibrar resumo e opiniĂŁo pessoal sem que o texto perca sua qualidade. 3. Durante a escrita de uma resenha – ou de qualquer texto cujo objetivo seja convencer o outro – devem-se evitar expressĂľes tais como “eu achoâ€?, “nĂŁo gosteiâ€?, bem como gĂ­rias. AlĂŠm disso, em uma resenha, devem aparecer o tĂ­tulo, a referĂŞncia da obra resenhada e o resumo ou a sĂ­ntese do conteĂşdo contemplado pela avaliação crĂ­tica. Elaborado especialmente para o SĂŁo Paulo faz escola.

Projeto de resenha crítica Orientada pelo professor, a classe se organizarå para elaborar um projeto de resenha crítica a respeito da exposição das instalaçþes que realizaram na Situação de Aprendizagem anterior e entregå-lo ao professor. Considerem que vocês serão avaliados com base em quatro critÊrios:


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t

QSFTFOĂŽB EPT FMFNFOUPT RVF DPNQĂœFN P HĂ?OFSP iSFTFOIBw

t

PSUPHSBmB F VTP EB OPSNB QBESĂ?P BUFOĂŽĂ?P FTQFDJBM BP WFSCP

t

WFSBDJEBEF EBT JOGPSNBĂŽĂœFT F SFTQFJUP BPT EJSFJUPT IVNBOPT

t

QFSUJOĂ?ODJB EBT PQJOJĂœFT BQSFTFOUBEBT

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Uma vez pronto, usem o projeto para escrever a resenha da exposição das instalaçþes que realizaram na Situação de Aprendizagem anterior. Considerem os critĂŠrios de correção a seguir. Completem a parte de vocĂŞs somente depois de produzido o texto. Minha opiniĂŁo CritĂŠrios

EstĂĄ o.k.

Precisa melhorar

OpiniĂŁo do professor EstĂĄ o.k.

Precisa melhorar

Presença dos elementos que compĂľem o gĂŞnero “resenha crĂ­ticaâ€? OrtograďŹ a e uso da norma-padrĂŁo (atenção especial ao verbo) Veracidade das informaçþes e respeito aos direitos humanos PertinĂŞncia das opiniĂľes apresentadas

70$Âł "13&/%&6 Depois que o professor corrigir a resenha crĂ­tica, ela serĂĄ devolvida. Compare o ponto de vista do professor com o seu. Discuta em classe aspectos da escrita que todos os alunos podem aprimorar. Reescreva o texto seguindo as orientaçþes dadas e devolva-o para correção ďŹ nal, com a primeira versĂŁo.


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PARA SABER MAIS Os sites a seguir poderĂŁo ajudĂĄ-los em suas pesquisas sobre resenhas: t

IUUQ XXX QVDST CS HQU SFTFOIB QIQ "DFTTP FN EF[

t IUUQ XXX NPPEMF VGCB CS NPE SFTPVSDF WJFX QIQ JE "DFTTP FN 3 dez. 2013.


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SITUAĂ‡ĂƒO DE APRENDIZAGEM 5 O ESTILO NOSSO DE CADA ÉPOCA

Venha ver o pĂ´r-do-sol 1. Leia atentamente a conversa que Priscilla e Kalu estĂŁo tendo pela internet. Complete as falas que faltam com o que vocĂŞ imagina que poderia ser a resposta de cada um dos colegas.

Pri diz: Entaum, rolou isso mesmo. Kalu diz: 1SJ EFJYB FV NVEBS EF BTTVOUP 7D MFV P DPOUP EF QPSUVHB QBSB B QSĂ˜YJNB BVMB Pri diz: 1VYB FSB QSB MFS OĂ? "JOEB OĂ?P UJWF UFNQP $PNP DIBNB NFTNP Kalu diz: *I OĂ?P MFNCSP QFSBĂ“ WPV WFS "I UĂˆ BLJ Venha ver o pĂ´r-do-sol. Pri diz: E o q vc pode esperar de um conto chamado Venha ver o pĂ´r-do-sol ,BMV Kalu diz: 0 RVF FV QPTTP FTQFSBS 7FKBNPT


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Pri diz: Legal, Kalu...

2. Agora vamos ler o mesmo conto que Pri e Kalu leram, Venha ver o pĂ´r-do-sol.

Leitura e anĂĄlise de texto Venha ver o pĂ´r-do-sol Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira. Ă€ medida que avançava, as casas iam rareando, modestas casas espalhadas sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da rua sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, algumas crianças brincavam de roda. A dĂŠbil cantiga infantil era a Ăşnica nota viva na quietude da tarde. Ele a esperava encostado a uma ĂĄrvore. Esguio e magro, metido num largo blusĂŁo azul-marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinha um jeito jovial de estudante. – Minha querida Raquel. Ela encarou-o, sĂŠria. E olhou para os prĂłprios sapatos. – Veja que lama. SĂł mesmo vocĂŞ inventaria um encontro num lugar destes. Que ideia, Ricardo, que ideia! Tive que descer do tĂĄxi lĂĄ longe, jamais ele chegaria aqui em cima. Ele riu entre malicioso e ingĂŞnuo. o +BNBJT 1FOTFJ RVF WJFTTF WFTUJEB FTQPSUJWBNFOUF F BHPSB NF BQBSFDF OFTTB FMFHÉODJB 2VBOEP WPDĂ? BOEBWB DPNJHP VTBWB VOT TBQBUĂœFT EF TFUF MĂ?HVBT MFNCSB o 'PJ QBSB NF EJ[FS JTTP RVF WPDĂ? NF GF[ TVCJS BUĂ? BRVJ o QFSHVOUPV FMB HVBSEBOEP P MFOĂŽP OB CPMTB 5JSPV VN DJHBSSP o )FN – Ah, Raquel... – e ele tomou-a pelo braço. – VocĂŞ estĂĄ uma coisa de linda. E fuma agora uns cigarrinhos pilantras, azul e dourado. Juro que eu tinha que ver ainda uma vez UPEB FTTB CFMF[B TFOUJS FTTF QFSGVNF &OUĂ?P 'J[ NBM o 1PEJB UFS FTDPMIJEP VN PVUSP MVHBS OĂ?P o "CSBOEBSB B WP[ o & RVF Ă? JTTP BĂ“ 6N DFNJUĂ?SJP Ele voltou-se para o velho muro arruinado. Indicou com o olhar o portĂŁo de ferro, carcomido pela ferrugem.


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– CemitĂŠrio abandonado, meu anjo. Vivos e mortos, desertaram todos. Nem os fantasmas sobraram, olha aĂ­ como as criancinhas brincam sem medo – acrescentou, apontando as crianças rodando na sua ciranda. Ela tragou lentamente. Soprou a fumaça na cara do companheiro. o 3JDBSEP F TVBT JEFJBT & BHPSB 2VBM Ă? P QSPHSBNB Brandamente ele a tomou pela cintura. – Conheço bem tudo isso, minha gente estĂĄ enterrada aĂ­. Vamos entrar um instante e te mostrarei o pĂ´r-do-sol mais lindo do mundo. Ela encarou-o um instante. E vergou a cabeça para trĂĄs numa risada. o 7FS P QĂ™S EP TPM "I NFV %FVT 'BCVMPTP GBCVMPTP .F JNQMPSB VN ĂžMUJNP FOcontro, me atormenta dias seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, sĂł mais uma WF[ TĂ˜ NBJT VNB & QBSB RVĂ? 1BSB WFS P QĂ™S EP TPM OVN DFNJUĂ?SJP Ele riu tambĂŠm, afetando encabulamento como um menino pilhando em falta. – Raquel, minha querida, nĂŁo faça assim comigo. VocĂŞ sabe que eu gostaria era de te levar ao meu apartamento, mas ďŹ quei mais pobre ainda, como se isso fosse possĂ­vel. Moro agora numa pensĂŁo horrenda, a dona ĂŠ uma Medusa que vive espiando pelo buraco da fechadura. o & WPDĂ? BDIB RVF FV JSJB – NĂŁo se zangue, sei que nĂŁo iria, vocĂŞ estĂĄ sendo ďŹ delĂ­ssima. EntĂŁo pensei, se pudĂŠssemos conversar um pouco numa rua afastada... – disse ele, aproximando-se mais. Acariciou-lhe o braço com as pontas dos dedos. Ficou sĂŠrio. E aos poucos, inĂşmeras rugazinhas foram-se formando em redor dos seus olhos ligeiramente apertados. Os leques de rugas se aprofundaram numa expressĂŁo astuta. NĂŁo era nesse instante tĂŁo jovem como aparentava. Mas logo sorriu e a rede de rugas desapareceu sem deixar vestĂ­gio. Voltou-lhe novamente o ar inexperiente e meio desatento. – VocĂŞ fez bem em vir. 5&--&4 -ZHJB 'BHVOEFT Venha ver o pĂ´r-do-sol e outros contos FE 4Ă?P 1BVMP ÂŤUJDB ÂŞ CZ -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT

3. Responda no caderno: B %FQPJT EB MFJUVSB EP DPOUP EF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT DPN RVF JNBHFN mDBNPT EBT QFTTPBT EB TPDJFEBEF BUVBM C $PNP Ă? P FTUJMP EF FTDSJUB EFTTB BVUPSB D 2VF DBSBDUFSĂ“TUJDBT OP FTUJMP EB BVUPSB QPEFNPT DPOTJEFSBS BUVBJT PV JOPWBEPSBT LIĂ‡ĂƒO DE CASA 1. Elabore, no caderno, uma sĂ­ntese do conto Venha ver o pĂ´r-do-sol, com no mĂĄximo 60 palavras.


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2. Procure, no livro didĂĄtico e em outros materiais de pesquisa, como livros na biblioteca e sala de MFJUVSB F OB JOUFSOFU B CJPHSBmB EF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT 2VFN FMB Ă? 0OEF F RVBOEP OBTDFV 1PS RVF FMB Ă? DPOTJEFSBEB VNB BVUPSB JNQPSUBOUF 3FTQPOEB B FTTBT QFSHVOUBT OP DBEFSOP

Estilo e imagem de autor

APRENDENDO A APRENDER Consideramos estilo o conjunto de procedimentos linguĂ­sticos selecionados por quem escreve o texto. Essa seleção cria uma imagem de autor que produz no leitor o efeito de individualidade – singular ou coletiva. Na leitura a seguir, pense em que imagem de autor o texto produz em nĂłs, leitores.

< > &OSJRVFDFSB VN QPVDP Ă? WFSEBEF NBT DPNP B RVF QSFĂŽP IJQPUFDBOEP TF B um diabo, que lhe trouxera oitenta contos de rĂŠis, mas incalculĂĄveis milhĂľes de desgostos e vergonhas! Arranjara a vida, sim, mas teve de aturar eternamente uma mulher que FMF PEJBWB & EP RVF BmOBM MIF BQSPWFJUBS UVEP JTTP 2VBM FSB BmOBM B TVB HSBOEF FYJTUĂ?ODJB %P JOGFSOP EB DBTB QBSB P QVSHBUĂ˜SJP EP USBCBMIP F WJDF WFSTB *OWFKĂˆWFM TPSUF OĂ?P havia dĂşvida! [...] AZEVEDO, AluĂ­sio. O cortiço. DisponĂ­vel em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@PCSB "DFTTP FN EF[

Responda no caderno. B $PNP P BVUPS WĂ? P DBTBNFOUP b) Qual ĂŠ a imagem de autor que o trecho de O cortiço QSPEV[ FN OĂ˜T MFJUPSFT 0 BVUPS QBSFDF TFS TĂ?SJP *SĂ™OJDP .PEFSBEP &YBHFSBEP &YQMJRVF LIĂ‡ĂƒO DE CASA 3FTQPOEB OP DBEFSOP 0 RVF Ă? FTUJMP 2VBOEP QPEFNPT BmSNBS RVF VNB JOEJWJEVBMJEBEF UFYUVBM Ă? TJOHVMBS 2VBOEP QPEFNPT BmSNBS RVF VNB JOEJWJEVBMJEBEF UFYUVBM Ă? DPMFUJWB 50


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$PNQMFUF P UFYUP DPN BT QBMBWSBT EP RVBESP B TFHVJS /PUF RVF EVBT QBMBWSBT WĂ?P TPCSBS

estilo – individual – leitores – mundo – escritores – diålogo – história – coletiva – Êpoca

O ĂŠ resultado de uma visĂŁo de e do diĂĄlogo com que um enunciaoutros estilos e pontos de vista. O estilo deďŹ ne o dor mantĂŠm com os seus leitores e projeta a imagem que esses farĂŁo do autor do texto. No correr da da humanidade, deďŹ niram-se diferentes estilos de , de acordo com o momento histĂłrico em que viveram os .

Estilo de Êpoca da literatura em língua portuguesa 1. Leia, com muita atenção, o seguinte esquema.

PerĂ­odo Medieval (do ďŹ nal do sĂŠculo XII ao ďŹ nal do sĂŠculo XV) ClĂĄssico (do sĂŠculo XVI ao XVIII)

Estilo de Época Portugal

Brasil

Ă frica lusĂłfona

Trovadorismo

–

–

Humanismo

–

–

Renascimento

Quinhentismo

–

Barroco

–

Arcadismo ou Neoclassicismo

–

Romantismo Moderno (a partir do ďŹ nal do sĂŠculo XVIII)

Realismo-Naturalismo –

Parnasianismo Simbolismo Modernismo

51

Formação da Literatura: tendência romântica


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2. A seguir, relacionamos textos curtos que apresentam as principais características das escolas literárias. Reúnam-se em duplas e, utilizando o livro didático de que dispõem ou outros materiais de apoio, identifiquem a que estilo de época cada texto se refere. ( ) Movimento próprio do século XX que se estende até os dias atuais e no qual domina a pluralidade de estilos. ( ) Define-se a partir do domínio do capitalismo e da presença de um novo público leitor: a burguesia. Literatura que valoriza, entre outras coisas, a idealização, as emoções pessoais, o exotismo, a religião, a pátria, o exagero e o amor romântico. ( ) Período de transição entre o pensamento medieval teocêntrico e as ideias antropocêntricas do Renascimento. Corresponde à época em que Portugal inicia sua expansão marítima. ( ) Procura o renascer dos ideais antropocêntricos da civilização greco-latina: o ser humano é a principal preocupação de quem escreve. É importante cultivar o equilíbrio, a sobriedade, a perfeição e o gosto pela eternidade. ( ) Nomeia os momentos de formação da literatura brasileira, que engloba a literatura jesuítica de catequese, com mentalidade antropocêntrica, e os registros de viagens de exploração realizadas no Brasil. Seu nome faz referência ao século XVI, época em que os textos são produzidos. ( ) Reage aos exageros do Barroco, buscando reinstaurar a visão de equilíbrio do Renascimento, mas já atendendo a certos desejos do capitalismo nascente. É predominante a visão de vida simples e natural exemplificada na figura do pastor. ( ) Reage ao exagero do Romantismo, desejando apresentar a realidade com mais objetividade. Defende e questiona, por meio dos textos, os principais conhecimentos científicos da época. ( ) Reage ao excesso da suposta objetividade do Realismo. Valoriza a intuição do poeta, a sonoridade, as sugestões e os símbolos. ( ) Reúne principalmente poemas feitos por trovadores (cantigas feitas para as festas da Idade Média) e narrativas de cavalaria. Predomina o pensamento teocêntrico: Deus é o centro de tudo o que acontece na vida do ser humano. ( ) Movimento poético que se caracteriza pelo culto da forma, teoricamente desprezando o conteúdo do poema. ( ) Representa o momento de crise do antropocentrismo, em que os valores religiosos mascaram a visão do homem sobre si. O equilíbrio apregoado pelo Renascimento é substituído pela expressão angustiada do ser humano, que se sente pequeno diante da realidade em que vive. Por isso se fala muito da brevidade de vida. O leitor é conduzido à confusão, os textos criam uma ideia de instabilidade. Valoriza-se o jogo de oposições e contrastes. (A) Trovadorismo (B) Humanismo 52


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(C) Renascimento (D) Quinhentismo (E) Barroco (F) Arcadismo ou Neoclassicismo (G) Romantismo (H) Realismo-Naturalismo (I) Parnasianismo (J) Simbolismo (K) Modernismo

LIÇÃO DE CASA Consulte o livro didático ou outro material de pesquisa e encontre alguns nomes da literatura em língua portuguesa que exemplifiquem os estilos literários a seguir. Anote-os no caderno. t

Trovadorismo

t

Humanismo

t

Renascimento

t

Quinhentismo

t

Barroco

t

Arcadismo ou Neoclassicismo

t

Romantismo

t

Realismo-Naturalismo

t

Parnasianismo

t

Simbolismo

t

Modernismo

Estilo de época 1. Agora é o momento de entrar em contato com alguns textos literários para identificar traços do estilo de época. Leia este pequeno trecho – propositadamente, retiramos o nome do autor.

53


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[...] 4BCFJT P RVF Ă? FTTF EFTQFSUBS EF QPFUB É o ter entrado na existĂŞncia com um coração que transborda de amor sincero e puro por tudo quanto o rodeia, e ajuntaram-se os homens e lançarem-lhe dentro do seu vaso de inocĂŞncia lodo, fel e peçonha e, depois, rirem-se dele. É o ter dado Ă s palavras – virtude, amor pĂĄtrio e glĂłria – uma signiďŹ cação profunda e, depois de haver buscado por anos a realidade delas neste mundo, sĂł encontrar aĂ­ hipocrisia, egoĂ­smo e infâmia. É o perceber Ă custa de amarguras que o existir ĂŠ padecer, o pensar descrer, o experimentar desenganar-se, e a esperança nas coisas da terra uma cruel mentira de nossos desejos, um fumo tĂŞnue que ondeia em horizonte aquĂŠm do qual estĂĄ assentada a sepultura. [...] t

3FTQPOEB OP DBEFSOP " RVF FTUJMP EF Ă?QPDB P UFYUP QFSUFODF 1PS RVĂ?

2. Leia, com muita atenção, este novo trecho: Nasce o Sol, e nĂŁo dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contĂ­nuas tristezas a alegria. 1PSĂ?N TF BDBCB P 4PM QPS RVF OBTDJB 4F Ă? UĂ?P GPSNPTB B -V[ QPS RVF OĂ?P EVSB $PNP B CFMF[B BTTJN TF USBOTmHVSB $PNP P HPTUP EB QFOB BTTJN TF mB Mas no Sol, e na Luz falte a ďŹ rmeza, Na formosura nĂŁo se dĂŞ constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enďŹ m pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A ďŹ rmeza somente na inconstância.

t

3FTQPOEB OP DBEFSOP " RVF FTUJMP EF Ă?QPDB QFSUFODF P GSBHNFOUP BDJNB 1PS RVĂ?


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Um cĂŁo com uma lata amarrada no rabo LIĂ‡ĂƒO DE CASA Escreva, no caderno, um texto curto com dois parĂĄgrafos sobre o tema Um cĂŁo com uma lata amarrada no rabo.

Leitura e anĂĄlise de texto HĂĄ muitas possibilidades de construir diĂĄlogos com o passado literĂĄrio. Uma delas ĂŠ proposta pelo escritor brasileiro Machado de Assis. No conto Um cĂŁo de lata ao rabo, um mestre-escola da cidade de ChapĂŠu d’Uvas resolveu fazer um torneio de composição e estilo com o tema Um cĂŁo de lata ao rabo. Algo parecido Ă lição de casa que vocĂŞ realizou. O conto apresenta as trĂŞs composiçþes que “encheram de pasmo o jĂşriâ€?. Em cada uma delas, Machado de Assis lança seu olhar crĂ­tico e irĂ´nico sobre alguns dos estilos de ĂŠpoca anteriores. A seguir, leia, com atenção, o inĂ­cio da primeira composição. [...] O cĂŁo atirou-se com Ă­mpeto. Fisicamente, o cĂŁo tem pĂŠs, quatro; moralmente, tem asas, duas. PĂŠs: ligeireza na linha reta. Asas: ligeireza na linha ascensional. Duas forças, duas funçþes. EspĂĄdua de anjo no dorso de uma locomotiva. 6N NFOJOP BUBSB B MBUB BP SBCP EP DĂ?P 2VF Ă? SBCP 6N QSPMPOHBNFOUP F VN EFTMVNCSBNFOUP &TTF BQĂ?OEJDF RVF Ă? DBSOF Ă? UBNCĂ?N VN DMBSĂ?P %J MP B mMPTPmB /Ă?P di-lo a etimologia. Rabo, rabino: duas ideias e uma sĂł raiz. A etimologia ĂŠ a chave do passado, como a ďŹ losoďŹ a ĂŠ a chave do futuro. [...] ASSIS, Machado de. Um cĂŁo de lata ao rabo. DisponĂ­vel em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@PCSB "DFTTP FN EF[

1. Pela leitura do texto, descreva, no caderno, qual ĂŠ a imagem do narrador que se formou em sua mente.

APRENDENDO A APRENDER Machado de Assis viveu no Rio de Janeiro, no ďŹ nal do sĂŠculo XIX, em uma ĂŠpoca em que circulavam estilos especĂ­ďŹ cos de escrita, como o Romantismo, o Naturalismo e 55


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

o Parnasianismo, bem como inuências de estilos do passado, como o Barroco. AlÊm disso, o próprio escritor desenvolveu um estilo próprio, que Ê reconhecido atÊ os nossos dias como obra de arte da literatura.

2. ApĂłs a socialização das respostas, feita em sala de aula sob orientação do professor, anote as principais caracterĂ­sticas que surgirem desse narrador, separando-as em dois grupos. Transcreva no caderno o quadro a seguir e depois o complete. NĂŁo se esqueça de deixar um nĂşmero suďŹ ciente de linhas.

CaracterĂ­sticas fĂ­sicas

CaracterĂ­sticas psicolĂłgicas

3. Responda no caderno: Quais das caracterĂ­sticas a seguir melhor identiďŹ cam o estilo imitado no UFYUP EF .BDIBEP EF "TTJT I.

Uso de palavras consideradas difĂ­ceis.

II. Tom intimista e familiar. III. Presença de pausas, interrogaçþes e frases curtas. IV. Exagero (ou hipÊrbole). V.

Desrespeito Ă s normas gramaticais.

VI. Comparaçþes de valor emocional sem pesquisa cientĂ­ďŹ ca. VII. Tom convincente. &MBCPSF OP DBEFSOP VNB MJTUB DPN BT DBSBDUFSĂ“TUJDBT EF FTUJMP FODPOUSBEBT OP UFYUP FTDSJUP EB seção “Lição de casaâ€?, com o mesmo tema.

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Vamos, agora, pensar no estilo contemporâneo de escrita: B $PNP BT QFTTPBT EF NPEP HFSBM FTDSFWFN b) Quais sĂŁo as caracterĂ­sticas da comunidade em que vivem que sĂŁo encontradas no estilo de Ă?QPDB

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Estilos contemporâneos de escrita 1. Reúnam-se em duplas e leiam atentamente a seguinte descrição.

Suzana ĂŠ secretĂĄria, nem bonita, nem feia, mas sempre bem arrumada. Muito bem vestida e maquiada, mas sem exageros. Muito pontual para o trabalho, anda, ultimamente, um pouco cansada e tem perdido a hora. Ela gosta muito de fazer palavras cruzadas e adora quando alguĂŠm lhe fala uma palavra que ela ainda nĂŁo conhece. Nos ďŹ nais de semana, gosta de passear no campo ou na praia. Ali, reserva sempre um momento para ďŹ car sozinha, para olhar as coisas procurando uma relação nova entre aquilo que vĂŞ e o que pensa e sonha. Em casa, ela gosta muito de ler poesia brasileira e crĂ´nicas, ouvir mĂşsica no rĂĄdio – ela adora MPB! –, e na televisĂŁo nĂŁo perde nunca um ďŹ lme romântico ou uma comĂŠdia engraçada, mas detesta ďŹ lmes violentos. Elaborado especialmente para o SĂŁo Paulo faz escola.

1FOTFN FN 4V[BOB $PNP TFSĂˆ RVF FMB FTDSFWF $BEB EVQMB EFWFSĂˆ FMBCPSBS OP DBEFSOP VNB lista das caracterĂ­sticas de estilo que pensa encontrar no texto de Suzana. O professor registrarĂĄ na lousa as caracterĂ­sticas levantadas. 2. Em seguida, as mesmas duplas escreverĂŁo uma crĂ´nica ou um poema como se fossem Suzana, mantendo as caracterĂ­sticas de estilo deďŹ nidas na lousa e com base nas orientaçþes do professor. Considerem os critĂŠrios de correção do quadro. Completem a parte de vocĂŞs somente depois de produzido o texto.

Minha opiniĂŁo CritĂŠrios

EstĂĄ o.k.

Presença dos elementos que compĂľem o gĂŞnero escolhido: crĂ´nica ou poema OrtograďŹ a e uso da norma-padrĂŁo CaracterĂ­sticas de estilo deďŹ nidas como parte do estilo de Suzana Criatividade e uso adequado dos conhecimentos aprendidos nesta Situação de Aprendizagem 57

Precisa melhorar

Professor EstĂĄ o.k.

Precisa melhorar


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

70$Âł "13&/%&6 1. Depois que o professor corrigir os textos, eles serĂŁo devolvidos Ă s respectivas duplas. Compare o ponto de vista do professor com o seu. Discuta em sala de aula aspectos da escrita que todos os alunos podem aprimorar. Reescreva o texto seguindo as orientaçþes e devolva-o para correção ďŹ nal, com a primeira versĂŁo. 2. Reveja as anotaçþes feitas neste Caderno, bem como no livro didĂĄtico e no seu caderno. Depois, reita: t

2VF DPOUFĂžEPT mDBSBN DMBSPT F GPSBN CFN DPNQSFFOEJEPT

t

2VF DPOUFĂžEPT OFDFTTJUBN EF OPWB FYQMJDBĂŽĂ?P QPS QBSUF EP QSPGFTTPS

PARA SABER MAIS No site Releituras, disponível em <http://www.releituras.com>, você encontra diverTPT UFYUPT EF -ZHJB 'BHVOEFT 5FMMFT "DFTTP FN EF[ O conto de Machado de Assis, Um cão de lata ao rabo, Ê encontrado no endereço eletrônico: IUUQ XXX EPNJOJPQVCMJDP HPW CS QFTRVJTB %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@ BDUJPO DP@PCSB "DFTTP FN EF[

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

?

!

SITUAĂ‡ĂƒO DE APRENDIZAGEM 6 O ESTILO QUE CRITICA O MUNDO

Para começo de conversa Nesta Situação de Aprendizagem, você vai estudar os seguintes conteúdos: t

interação entre estilo de Êpoca, estilo de autor e obra literåria;

t

a crĂ­tica social na literatura: Os LusĂ­adas, de LuĂ­s Vaz de CamĂľes;

t

valor estilĂ­stico dos artigos e dos numerais.

DiscussĂŁo oral t 2VF EJmDVMEBEFT WPDĂ? FTQFSB FODPOUSBS BP MFS VN UFYUP FTDSJUP OP TĂ?DVMP 97* t &N TVB DPNVOJEBEF P RVF BT QFTTPBT BTTPDJBN Ă‹ WFMIJDF

O velho do Restelo VocĂŞ lerĂĄ uma das principais passagens da literatura em lĂ­ngua portuguesa, O velho do Restelo, de Os LusĂ­adas. Essa obra, escrita pelo portuguĂŞs LuĂ­s Vaz de CamĂľes, narra as aventuras do navegador Vasco da Gama e de sua tripulação, que, em ďŹ ns do sĂŠculo XV, partem de Portugal em busca de um caminho para as Ă?ndias. É justamente quando a esquadra de Vasco da Gama estĂĄ saindo para a viagem que o velho profere as palavras que leremos.

Canto IV FTUSPGF FQJTĂ˜EJP EP WFMIP EP 3FTUFMP

[...] Mas um velho, d’aspeito venerando, Que ďŹ cava nas praias, entre a gente, Postos em nĂłs os olhos, meneando TrĂŞs vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando,

PINHEIRO, Columbano Bordalo. Velho do Restelo. ÂťMFP TPCSF UFMB DN Y cm. Museu Militar de Portugal.

59

Š ExĂŠrcito PortuguĂŞs – Museu Militar de Lisboa

Leitura e anĂĄlise de texto


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Que nĂłs no mar ouvimos claramente, Cum saber sĂł de experiĂŞncias feito, Tais palavras tirou do experto peito: [...] CAMĂ•ES, LuĂ­s Vaz de. Os LusĂ­adas. DisponĂ­vel em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@PCSB "DFTTP FN EF[

Responda no caderno Ă s questĂľes a seguir. 0 UFYUP FTUĂˆ FTDSJUP FN WFSTP PV FN QSPTB )Ăˆ QBMBWSBT OP UFYUP RVF EJmDVMUBSBN B DPNQSFFOTĂ?P 4F SFTQPOEFV BmSNBUJWBNFOUF RVBJT GPSBN 0 RVF WPDĂ? GF[ QBSB MJEBS DPN FTTF QSPCMFNB %F BDPSEP DPN P UFYUP P WFMIP EP 3FTUFMP Ă? DPOUSB PV B GBWPS EB WJBHFN EF 7BTDP EB (BNB JustiďŹ que sua resposta.

Š Jairo Souza Design

0 EJDJPOĂˆSJP EFmOF P BEKFUJWP venerando como “respeitadoâ€? ou “que merece ser acatadoâ€?. De BDPSEP DPN P UFYUP RVBM Ă? B GPOUF EPT DPOIFDJNFOUPT EP WFMIP

Viagem para as �ndias feita por Vasco da Gama e sua tripulação (conforme sugestþes fornecidas pelo relato de Os Lusíadas).

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Procure nos livros didĂĄticos, em particular de LĂ­ngua Portuguesa e de HistĂłria, bem como em sites e em material de pesquisa na sala de leitura ou biblioteca da escola, informaçþes sobre Vasco da Gama e sua viagem para as Ă?ndias. Responda no caderno: 60


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

B 2VFN GPJ 7BTDP EB (BNB C 2VBOEP PDPSSFV FTTB WJBHFN QBSB BT ÂśOEJBT D 2VBJT PT PCKFUJWPT EBT WJBHFOT GFJUBT QFMPT QPSUVHVFTFT QBSB BT ÂśOEJBT E /BRVFMB Ă?QPDB WJBKBS QBSB BT ÂśOEJBT FOWPMWJB RVF UJQPT EF SJTDP

Leitura e anĂĄlise de texto 1. Preste atenção agora ao que o velho do Restelo, desde a praia, fala aos navegadores portugueses. Canto IV (estrofes 95 e 96) [...] o Âť HMĂ˜SJB EF NBOEBS Ă˜ WĂ? DPCJĂŽB Desta vaidade, a quem chamamos Fama!

Cua aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vĂŁo que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas! Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desemparos e adultĂŠrios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de impĂŠrios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo dina de infames vitupĂŠrios; Chamam-te Fama e GlĂłria soberana, Nomes com quem se o povo nĂŠscio engana! [...] CAMĂ•ES, LuĂ­s Vaz de. Os LusĂ­adas. DisponĂ­vel em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@PCSB "DFTTP FN EF[

61

ÂŞ 1BUSJDL -BOENBOO 41- -BUJOTUPDL

Âť GSBVEVMFOUP HPTUP RVF TF BUJĂŽB


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

2. Imagine que vocĂŞ nĂŁo tem tempo para explicar toda a estrofe do episĂłdio do velho do Restelo e sĂł pode expressar uma ideia ou uma frase a respeito. Qual das frases a seguir faz a melhor sĂ­ntese EFTTF FQJTĂ˜EJP O velho do Restelo: a)

elogia o desejo dos portugueses de se lançarem ao mar.

b) condena a vaidade daqueles que arriscam a vida pela fama. c) agradece a coragem dos navegadores dispostos a morrer para que as navegaçþes tragam glĂłria a Portugal. d) enaltece as açþes heroicas dos portugueses em alto-mar. e) lamenta a sua idade avançada, que o impede de tambĂŠm participar dessa aventura em alto-mar. 3. Pesquise, no livro didĂĄtico, sobre o Renascimento, CamĂľes e a epopeia Os LusĂ­adas. Depois, assinale V ou F, conforme forem, respectivamente, verdadeiras ou falsas as aďŹ rmativas a seguir: ( ) A epopeia ĂŠ um gĂŞnero textual literĂĄrio narrativo escrito em versos e dividido em estrofes. ( ) A epopeia relata um acontecimento comum na vida de uma pessoa. ( ) A linguagem usada em uma epopeia ĂŠ sempre elevada, em razĂŁo da importância do assunto narrado. ( ) Os LusĂ­adas ĂŠ um poema ĂŠpico, dividido em dez capĂ­tulos, que chamamos de cantos, por sua vez divididos em estrofes e versos. ( ) CamĂľes escreveu Os LusĂ­adas orientado pelo estilo literĂĄrio do Barroco. ( ) O Renascimento ĂŠ um estilo de ĂŠpoca da Era ClĂĄssica. ( ) A inuĂŞncia da ĂŠpoca em que viveu ĂŠ tamanha que CamĂľes nĂŁo apresenta um estilo pessoal, prĂłprio (estilo de autor). /P DBEFSOP SFFTDSFWB BT BMUFSOBUJWBT DPOTJEFSBEBT GBMTBT GB[FOEP BT BMUFSBĂŽĂœFT OFDFTTĂˆSJBT QBSB que elas se tornem verdadeiras. 5. Em certo momento de sua fala, o velho do Restelo aďŹ rma que a vaidade pela busca da fama, nas grandes navegaçþes, ĂŠ “fonte de desamparos e adultĂŠriosâ€?. Responda no caderno: De que modo JTTP Ă? QPTTĂ“WFM LIĂ‡ĂƒO DE CASA Releia o texto transcrito de Os LusĂ­adas e identiďŹ que elementos da crĂ­tica feita pelo velho do Restelo que ainda sĂŁo atuais. 62


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

O artigo de luxo!!!

DiscussĂŁo oral 2VF EJGFSFOĂŽBT EF TFOUJEP WPDĂ?T FODPOUSBN FOUSF BT GSBTFT B TFHVJS t

CamĂľes, grande poeta, morreu pobre.

t

CamĂľes, o grande poeta, morreu pobre.

1. Observe atentamente o uso do termo um no trecho a seguir:

Mas um velho, d’aspeito venerando, Que ďŹ cava nas praias, entre a gente CAMĂ•ES, LuĂ­s Vaz de. Os LusĂ­adas. DisponĂ­vel em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@PCSB "DFTTP FN EF[

Responda no caderno: O termo um Ă? BSUJHP PV OVNFSBM &YQMJRVF 2. Os parĂĄgrafos do texto a seguir estĂŁo numerados. Para cada parĂĄgrafo, elabore duas perguntas, anote-as no caderno e sublinhe, no texto, as respostas.

1) Consideramos artigo a palavra que antecede um substantivo, particularizando e determinando (artigos deďŹ nidos) ou generalizando (artigos indeďŹ nidos) o sentido. JĂĄ o numeral ĂŠ a palavra que expressa a quantidade exata de seres ou coisas ou o lugar que eles ocupam em certa ordem ou sequĂŞncia. 2) A diďŹ culdade para o estudioso da lĂ­ngua portuguesa surge em distinguir entre o artigo indeďŹ nido singular e o numeral cardinal um(a). Apenas sabendo a intenção do enunciador podemos encontrar uma resposta satisfatĂłria. 3) Tomemos o exemplo de CamĂľes em “Mas um velho, d’aspeito venerandoâ€?. Se a intenção de CamĂľes era informar a quantidade exata de velhos que estavam na praia do Restelo, vendo o navio partir e inconformados com a avidez e a ganância demonstradas pelas geraçþes mais novas, entĂŁo podemos considerar o termo como numeral. Nesse caso, 63


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

o texto destaca a situação de exceção, ou seja, ĂŠ como se apenas um velho pensasse daquele jeito. $POUVEP TF P PCKFUJWP FSB HFOFSBMJ[BS QPOEP B Ă?OGBTF OB FYJTUĂ?ODJB EF VNB WP[ RVF OĂ?P estava de acordo com o empreendimento, independentemente de quantos, efetivamente, pensavam assim, estamos diante de um artigo. O artigo indeďŹ nido reforça a imprecisĂŁo e o mistĂŠrio e traduz, com frequĂŞncia, o espanto e a complicação da alma. Nesse caso, traduziria o espanto do poeta diante do fato de haver outra maneira, mais polĂŞmica e ousada, de pensar as grandes navegaçþes, uma maneira que enxergava aquilo que todos se negavam a ver: a ganância e o gosto pela fama que alimentavam tal ação tĂŁo arriscada.

3. DĂŞ um tĂ­tulo ao texto com o qual vocĂŞ trabalhou na questĂŁo anterior. No caderno, justiďŹ que sua resposta. 3FTQPOEB OP DBEFSOP 2VBM Ă? P TFOUJEP RVF P BSUJHP DPOTUSĂ˜J OB GSBTF B TFHVJS t

Pedro Paulo nĂŁo ĂŠ um bom mĂŠdico, ele ĂŠ o NĂ?EJDP FOUFOEF

LIĂ‡ĂƒO DE CASA

Com base na reexĂŁo que estamos fazendo sobre o uso do artigo, elabore, no caderno, um exercĂ­cio de estudo da linguagem sobre o artigo. NĂŁo se esqueça de acrescentar a resposta.

APRENDENDO A APRENDER Ao analisarmos o episĂłdio do velho do Restelo, ĂŠ tambĂŠm importante tomar cuidado e nĂŁo confundir crĂ­tica social com estilo de autor. O fato de fazer crĂ­tica social nĂŁo signiďŹ ca, em si, a presença de estilo de autor. CamĂľes foi original na maneira de fazer sua crĂ­tica social e a fez em uma ĂŠpoca em que o estilo dominante apregoava o equilĂ­brio e a satisfação intelectual.

DiscussĂŁo oral t

Como a literatura pode reetir a maneira de ser da sociedade e, ao mesmo tempo, QPTJDJPOBS TF EF GPSNB DSÓUJDB


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Trabalhando juntos: criando um estilo literĂĄrio 1. Sob a orientação do professor, criem um estilo literĂĄrio que reita a identidade da turma. Em seguida, façam uma lista das caracterĂ­sticas desse estilo. Deem um nome (escolhido pela classe) para o estilo de ĂŠpoca criado. 2. No caderno, anote as caracterĂ­sticas e o nome desse estilo criado pela classe. 3. Escreva um texto seguindo as caracterĂ­sticas do estilo de ĂŠpoca escolhido pela classe. O texto deverĂĄ pertencer a um dos seguintes gĂŞneros narrativos: conto, crĂ´nica ou tragĂŠdia (peça de teatro). AlĂŠm disso, seguindo o modelo deixado por CamĂľes, acrescente caracterĂ­sticas prĂłprias do seu estilo individual. O texto deverĂĄ ser um instrumento de crĂ­tica social a algum problema da comunidade em que ele serĂĄ lido. NĂŁo se esqueça de dar-lhe um tĂ­tulo. Antes, porĂŠm, faça um projeto do seu texto para ter uma ideia geral do que pretende escrever.

APRENDENDO A APRENDER

Conto: ĂŠ a forma narrativa, em prosa, caracterizada pela concisĂŁo e, consequentemente, pela extensĂŁo menor. Os contos objetivam, de modo geral, provocar no leitor uma unidade de efeito, ou seja, conseguir, com o mĂ­nimo de meios, o mĂĄximo de efeitos. Por isso, esse texto se concentra em um Ăşnico foco de interesse, ao contrĂĄrio do romance, que possui muitos focos. CrĂ´nica: atualmente, a crĂ´nica ĂŠ um gĂŞnero que pode (ou nĂŁo) ser narrativo e que procura captar o imaginĂĄrio coletivo em suas manifestaçþes do dia a dia. Seu objetivo ĂŠ recolher um fragmento do cotidiano, nĂŁo a sua totalidade. É o gĂŞnero literĂĄrio que procura, de diferentes maneiras, apropriar-se do instante, preservando-o para a eternidade. TragĂŠdia: peça de teatro que concentra a ação importante e completa, executada por seres humanos de carĂĄter elevado, e visa provocar tristeza e sentimento de piedade no pĂşblico.

$POTJEFSF PT DSJUĂ?SJPT EF DPSSFĂŽĂ?P B TFHVJS $PNQMFUF TVB QBSUF TPNFOUF EFQPJT EF QSPEV[JEP P texto. 65


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

Aluno Critérios

Está o.k.

Precisa melhorar

Professor Está o.k.

Precisa melhorar

Adequação entre título e texto Adequação ao estilo definido pela classe Presença de crítica social Respeito às características do gênero textual escolhido: crônica, conto ou tragédia Uso da norma-padrão da língua portuguesa, a menos que haja alguma razão de estilo

70$³ "13&/%&6 Reveja as anotações feitas neste Caderno do Aluno, bem como no livro didático e no seu caderno. Depois, reflita: t

2VF DPOUFÞEPT mDBSBN DMBSPT F CFN DPNQSFFOEJEPT

t

2VF DPOUFÞEPT OFDFTTJUBN EF VNB OPWB FYQMJDBÎÍP QPS QBSUF EP QSPGFTTPS

t

Qual a importância que você dá aos conteúdos aprendidos nesta Situação de AprendizaHFN 1PS RVÐ

t

0 RVF WPDÐ QPEF GB[FS QBSB RVF BT BVMBT TFKBN NBJT QSPWFJUPTBT

66


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

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!

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7 O CORDEL COM A CORDA TODA!

O sertanejo e a caatinga 1. Discuta com seus colegas: t

0 RVF WPDÐ TBCF TPCSF B (VFSSB EF $BOVEPT

t

$PNP WPDÐ EFTDSFWFSJB P TFSUÍP OPSEFTUJOP

2. Leia o trecho a seguir, da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha:

As caatingas Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças; e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante... Embora esta não tenha as espécies reduzidas dos desertos — mimosas tolhiças ou eufórbias ásperas sobre o tapete das gramíneas murchas — e se afigure farta de vegetais distintos, as suas árvores, vistas em conjunto, semelham uma só família de poucos gêneros, quase reduzida a uma espécie invariável, divergindo apenas no tamanho, tendo todas a mesma conformação, a mesma aparência de vegetais morrendo, quase sem troncos, em esgalhos logo ao irromper do chão. É que por um efeito explicável de adaptação às condições estreitas do meio ingrato, evolvendo penosamente em círculos estreitos, aquelas mesmo que tanto se diversificam nas matas ali se talham por um molde único. Transmudam-se, e em lenta metamorfose vão tendendo para limitadíssimo número de tipos caracterizados pelos atributos dos que possuem maior capacidade de resistência. CUNHA, Euclides da. Os Sertões. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000153.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2013.

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

3. Responda Ă s questĂľes a seguir no caderno. a)

Faça uma breve pesquisa sobre Euclides da Cunha e sua obra, Os Sertþes.

b)

Pesquise uma imagem de vereda sertaneja e outra de caatinga e aponte uma diferença e uma semelhança entre elas.

c)

Faça uma interpretação do 3o parågrafo, produzindo um desenho ou colagem que pareça traduzir a impressão que o texto passa da caatinga.

E " QBSUJS EP RVF Ă? EJUP OP UFYUP QPS RVF P OBSSBEPS UFSNJOB DPN B JEFJB EF SFTJTUĂ?ODJB &YQMJRVF e)

Relacione o texto de Euclides da Cunha com o episódio do velho do Restelo, que aparece em Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camþes. Lembre-se: você estudou essa passagem na Situação de Aprendizagem 6.

Discussão oral Após a explicação do professor sobre o início da literatura no Brasil, responda oralmente: t

7PDĂ? TBCF P RVF Ă? VN DBOHBDFJSP &YQMJRVF

t

)Ăˆ BMHVN DBOHBDFJSP OB IJTUĂ˜SJB EP #SBTJM EP RVBM WPDĂ? KĂˆ UFOIB PVWJEP GBMBS 2VFN 0 RVF WPDĂ? DPOIFDF TPCSF FMF

Leia agora o trecho a seguir de literatura de cordel.

Antonio Silvino – o rei dos cangaceiros O povo me chama grande E como de fato eu sou Nunca governo venceu-me Nunca civil me ganhou Atrås de minha existência Não foi um só que cansou. Jå fazem 18 anos Que não posso descansar 68

Š J. Victtor

Leitura e anĂĄlise de texto


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Tenho por proďŹ ssĂŁo o crime Lucro aquilo que tomar, O governo Ă s vezes dana-se 1PSĂ?N RVF KFJUP IĂˆ EF EBS O governo diz que paga Ao homem que me der ďŹ m, PorĂŠm por todo dinheiro 2VFN TF BUSFWF B WJS B NJN NĂŁo hĂĄ um sĂł que se atreva A ganhar dinheiro assim. [...] BARROS, Leandro Gomes de. Antonio Silvino – o rei dos cangaceiros. DisponĂ­vel em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ QFTRVJTB %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@PCSB "DFTTP FN EF[

Responda Ă s questĂľes a seguir no caderno.

2. Imagine que Antonio Silvino, o rei do cangaço, Ê seu vizinho. Escreva-lhe um bilhete dizendo o que você pensa sobre ele e por quê. 3. Responda oralmente: t

O que vocĂŞ sabe sobre literatura de corEFM

t

Que caracterĂ­sticas do gĂŞnero “literatura de cordelâ€? podemos encontrar no UFYUP EF -FBOESP (PNFT EF #BSSPT

"QĂ˜T B EJTDVTTĂ?P F BT BOPUBĂŽĂœFT GFJUBT QPS vocĂŞ e pelo professor na lousa, deďŹ na, no caderno, o conceito de literatura de cordel. Construa seu texto da seguinte forma: sua colega da turma, Anabela, estĂĄ doente e perdeu as Ăşltimas aulas de portuguĂŞs. Escreva, 69

Venda de literatura de cordel.

Š Wagner Santos/Kino

1. Qual Ê o tema presente em Antonio Silvino – o rei dos cangaceiros


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

no caderno, um e-mail para ela explicando o que ela perdeu nas aulas e o que é literatura de cordel.

APRENDENDO A APRENDER A origem da literatura de cordel está ligada à tradição medieval, quando um narrador contava suas experiências por meio de histórias repletas de ações, conselhos, humor e moral. De modo geral, no Brasil, a produção de cordel está ligada principalmente à região Nordeste. No entanto, hoje, com o fluxo de nordestinos ocorrido nas últimas décadas, é possível encontrar a literatura de cordel também em São Paulo.

LIÇÃO DE CASA 1. Pesquise, no livro didático ou na sala de leitura da escola, textos de literatura de cordel. Selecione um entre os de que você gostou. 2. Copie, no caderno, duas estrofes do texto que você escolheu e sublinhe as palavras que rimam entre si. Tente usar uma cor diferente de caneta para cada par igual de rima.

A escansão

APRENDENDO A APRENDER A escansão poética implica a contagem das sílabas como são ouvidas, não pela divisão gráfica. Além disso, a divisão poética, na língua portuguesa, conta as sílabas somente até a última sílaba tônica (de som mais forte) do verso. Desse modo, não consideramos a última sílaba átona (de som mais fraco) do verso. É o que ocorre nos versos finais em que as sílabas átonas finais aparecem entre parênteses.

1. Veja a seguir a contagem das sílabas poéticas (chamada de escansão) da primeira estrofe do poema de Antônio Silvino, que você leu: 70


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

1 O E Nun Nun A NĂŁo

2 po co ca ca trĂĄs foi

3 vo mo go ci de um

4 me de ver vil mi sĂł

5 cha fa no me nha e que

6 ma to eu ven ga xis can

7 gran(de) sou ceu(-me) nhou tĂŞn(cia) sou

A B C B D B

Com base no exemplo, faça a escansão e encontre o esquema rítmico da terceira estrofe:

1

2

3

4

5

6

7

3FTQPOEB OP DBEFSOP 2VBOUBT TÓMBCBT UFN DBEB WFSTP EB FTUSPGF BOUFSJPS 3. Um verso de sete sílabas Ê tambÊm chamado de redondilha maior. É um verso típico do uso popular, que estå muito presente nas cantigas infantis de roda, por exemplo. Observe:

1 A Mas

2 ti o

3 rei ga

4 o to

5 pau nĂŁo

6 no mor

7 ga(to) reu

APRENDENDO A APRENDER Hå tambÊm outra composição literåria em versos, mais popular, formada por redondilha menor, que se constitui de versos com cinco sílabas, tambÊm chamados de pentassílabos.

71


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

%F BDPSEP DPN B SFHSB HSBNBUJDBM EB OPSNB QBESĂ?P EB MĂ“OHVB QPSUVHVFTB P WFSCP fazer, quando indica tempo cronolĂłgico ou tempo climĂĄtico, ĂŠ impessoal, portanto, apenas conjugado na terceira pessoa do singular. A norma-padrĂŁo incentiva-nos a dizer “faz frioâ€? ou “faz quatro horas que JoĂŁo saiuâ€?. Reformule, no caderno, o seguinte verso do texto de Barros, adequando-o Ă norma-padrĂŁo: “JĂĄ fazem 18 anosâ€?. 5. Considere o descuido com a norma gramatical no verso “JĂĄ fazem 18 anosâ€? e o uso da redondilha maior no texto de Leandro Gomes de Barros. Escolha a alternativa correta: a) ( ) Por ser um texto popular, a escolha de “fazemâ€?, em vez do que ĂŠ exigido pela norma-padrĂŁo, reete bem a ignorância e a incapacidade do poeta. b) ( ) A presença da redondilha maior faz parte da construção de todos os textos de carĂĄter popular. c) ( ) “Fazemâ€? aumenta o verso em uma sĂ­laba, tornando-o uma redondilha maior, o que reforça o carĂĄter popular da literatura de cordel. d) ( ) O uso da norma-padrĂŁo nesse verso, em vez de “fazemâ€?, nĂŁo modiďŹ caria a estrutura silĂĄbica do poema.

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Responda Ă s seguintes questĂľes sobre o texto Antonio Silvino – o rei dos cangaceiros. B 0 UFYUP BQSFTFOUB VNB JEFJB EF IVNJMEBEF PV EF BMUJWF[ JTUP Ă? EF BSSPHÉODJB &YQMJRVF usando indĂ­cios da primeira estrofe que comprovem sua resposta. b) Pesquise no livro didĂĄtico o que ĂŠ um pronome e traga suas anotaçþes para a prĂłxima aula.

O pronome e o discurso Discussão oral Discuta com seus colegas que diferenças hå entre: t

Eu vi ela ontem Ă tarde.

t

Eu a vi ontem Ă tarde.

B 2VBOEP TFSJB NBJT BQSPQSJBEP GBMBS EF VN NPEP PV EF PVUSP 1PS RVĂ? C 2VBM Ă? B QFTTPB QSPOPNJOBM RVF NBJT BQBSFDF OP UFYUP EF #BSSPT 72


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

1. ReĂşnam-se em duplas. Imaginem que, em vez de o prĂłprio cangaceiro contar a sua vida para nĂłs, leitores (como aparece no texto), fosse alguĂŠm, um de vocĂŞs, contando as mesmas coisas ao cangaceiro. Veja o exemplo: O povo lhe chama grande Continue essa estrofe atĂŠ o seu ďŹ m, fazendo no caderno adequadamente as modiďŹ caçþes dos pronomes. Use a norma-padrĂŁo. 2. Sob a orientação do professor, leia em voz alta o novo texto produzido. 3. No caderno, compare o texto elaborado no ExercĂ­cio 1 com o original que estamos examinando (Antonio Silvino – o rei dos cangaceiros 2VF EJGFSFOĂŽBT WPDĂ? FODPOUSB FOUSF FMFT 0 UPN EP UFYUP TF BQSFTFOUB NBJT IVNJMEF PV NBJT BSSPHBOUF /B TVB PQJOJĂ?P UFSJB TJEP NFMIPS P BVUPS EP UFYUP UFS FTDPMIJEP BMHVĂ?N RVF TF EJSJHJTTF BP DBOHBDFJSP FN WF[ EF TFS P QSĂ˜QSJP DBOHBDFJSP B GBMBS 1PS RVĂ? 3FTQPOEB OP DBEFSOP

DiscussĂŁo oral O tĂ­tulo do texto, A seca do CearĂĄ, remete-nos a que aspectos do texto As caatingas, de &VDMJEFT EB $VOIB

Leitura e anĂĄlise de texto 1. Leia a seguir o texto A seca do CearĂĄ, de Leandro Gomes de Barros, mesmo autor do texto sobre o cangaceiro. A seca do CearĂĄ Seca as terras as folhas caem, Morre o gado sai o povo, O vento varre a campina, Rebenta a seca de novo; Cinco, seis mil emigrantes 73


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

Flagelados retirantes Vagam mendigando o pão, Acabam-se os animais Ficando limpo os currais Onde houve a criação.

Não se vê uma folha verde Em todo aquele sertão Não há um ente d’aqueles Que mostre satisfação Os touros que nas fazendas Entravam em lutas tremendas, Hoje nem vão mais [a]o campo É um sítio de amarguras Nem mais nas noites escuras Lampeja um só pirilampo. [...] Alguém no Rio de Janeiro Deu dinheiro e remeteu Porém não sei o que houve


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Que cĂĄ nĂŁo apareceu O dinheiro ĂŠ tĂŁo sabido Que quis ďŹ car escondido Nos cofres dos potentados Ignora-se esse meio Eu penso que ele achou feio Os bolsos dos agelados. [...] BARROS, Leandro Gomes de. A seca do CearĂĄ. DisponĂ­vel em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@PCSB "DFTTP FN EF[

3FTQPOEB OP DBEFSOP /P UFYUP IĂˆ QBMBWSBT RVF EJmDVMUBSBN TVB DPNQSFFOTĂ?P 2VBJT 3. Sua colega Anabela nĂŁo entendeu esse texto e lhe telefonou apĂłs a aula e pediu esclarecimentos sobre o assunto. Reproduza, no caderno, a conversa em que vocĂŞ dĂĄ explicaçþes a ela. &ODPOUSF BP NFOPT VNB TFNFMIBOĂŽB FOUSF FTTF UFYUP F P USFDIP EF Os LusĂ­adas (episĂłdio do velho do Restelo) que foi estudado na Situação de Aprendizagem anterior. Escreva-a no caderno. 5. IdentiďŹ que, no texto, a quem se referem os pronomes pessoais nos versos: “Eu penso que ele achou feio Os bolsos dos ageladosâ€?. Responda no caderno.

LIĂ‡ĂƒO DE CASA Indique, no caderno, a ambiguidade presente nos pronomes destacados nas frases a seguir. Depois, proponha uma solução para eliminĂĄ-la. Observe o modelo: 75


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

Paulo encontrou seu sobrinho no escritório dele. O escritório pode ser do Paulo ou do sobrinho. A ambiguidade pode ser solucionada se forem acrescentados outros elementos à frase, por exemplo: Quando Paulo chegou ao escritório, seu sobrinho o estava esperando. a) Marta participou da reunião empresarial com Irene, na qual ela voltou a pedir o livro de contabilidade. b) Amilton não contou à namorada o paradeiro de seu gato. c) Os alunos do grêmio estudantil entregaram ao diretor a resposta às suas dúvidas.

O poema de cordel 1. Reúnam-se em dupla ou trio. Vocês vão elaborar agora um poema de cordel. Ele deve ter título e apresentar a seguinte estrutura: I.

Uma situação inicial.

II. Indícios de desequilíbrio da situação inicial. III. A constatação desse desequilíbrio. IV. A tentativa de recuperar o equilíbrio do início. V. A volta ao equilíbrio inicial. Os critérios para correção que o professor usará são os seguintes: t

adequação entre título e texto;

t

adequação ao estilo definido pela classe;

t

presença de crítica social;

t

respeito às características do gênero textual escolhido: poema de cordel;

t

criatividade coerente com a realidade textual produzida.

Antes de entregar o texto ao professor, troquem-no com outro grupo, dupla ou trio, para verificar pontos que talvez estejam confusos ou ambíguos. 76


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

2. Mantendo ainda os grupos, completem a parte que lhes corresponde nesta tabela: Aluno Critérios

Está o.k.

Precisa melhorar

Professor Está o.k.

Precisa melhorar

Adequação entre título e texto Adequação ao estilo definido pela turma Presença de crítica social Respeito às características do gênero textual escolhido: poema de cordel Criatividade e sensibilidade artística 3. Após as explicações de avaliação discutidas em sala de aula, cada grupo reescreverá o seu texto, sob a orientação do professor. Alguns textos serão afixados no mural da sala de aula. LIÇÃO DE CASA Traga para a próxima aula uma resenha de jornal ou revista sobre um filme, um livro, uma música etc. Explique no caderno o motivo de sua escolha. Essa atividade será a base da próxima aula.

70$³ "13&/%&6 Escreva uma carta para o professor contando o que conseguiu aprender plenamente nesta Situação de Aprendizagem e o que você gostaria que lhe fosse explicado mais detalhadamente. Aponte, no texto, os motivos que contribuíram para o sucesso ou não dessa aprendizagem. Explique, minuciosamente, o que você tem feito para superar suas dificuldades.

PARA SABER MAIS Se você se interessou pela literatura de cordel, vale a pena ler alguns textos de João Antonio de Barros (conhecido como Jotabarros). Ele foi um dos grandes divulgadores da poesia popular nordestina no Sudeste.

77


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

?

!

SITUAĂ‡ĂƒO DE APRENDIZAGEM 8 A ANĂ LISE CRĂ?TICA EM SALA DE AULA

A resenha e a arte 1. Pesquise, no material de consulta de que dispĂľe, o signiďŹ cado do termo resenha. A seguir, indique, entre as opçþes, as palavras ou expressĂľes que vocĂŞ considera estarem diretamente ligadas Ă s caracterĂ­sticas desse gĂŞnero textual: a) (

) sĂ­ntese

b) (

) diĂĄlogo

c) (

) argumentação

d) (

) crĂ­tica

e) (

) narração

f) (

) convencer

g) (

) opiniĂŁo

h) (

) gĂ­rias

%JTDVUB PSBMNFOUF %F BDPSEP DPN P RVF WPDĂ? KĂˆ FTUVEPV P RVF Ă? VNB SFTFOIB 3. Escreva no caderno o conceito de resenha com base na discussĂŁo feita em sala de aula.

APRENDENDO A APRENDER Ao analisarmos um texto, podemos simplesmente dizer qual ĂŠ o assunto que ele aborda ou expressar os sentimentos que o texto desperta e a visĂŁo de mundo que ele expĂľe. Nesse caso, estamos interpretando o texto literĂĄrio.

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Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

$PNQMFUF B GSBTF B TFHVJS RVF FYQSFTTB P DPODFJUP EF JOUFSQSFUBĂŽĂ?P EP UFYUP MJUFSĂˆSJP 6TF BQFnas algumas das palavras indicadas: formas – compreensivo – contextos – unidade – expectador – elementos

Por interpretação do texto literårio entendemos analisar de modo com linguagem adequada as , os conteúdos e os . que constituem a obra literåria como

e ,

Explique, no caderno, com suas palavras, o que a frase anterior signiďŹ ca. 5. Sublinhe, no texto do quadro a seguir, as ideias que respondem Ă s seguintes perguntas: No parĂĄgrafo 1: Quais sĂŁo os trĂŞs aspectos que devem ser observados para a interpretação de um UFYUP MJUFSĂˆSJP No parĂĄgrafo 2: 0 RVF TĂ?P PT FMFNFOUPT GPSNBJT EP UFYUP No parĂĄgrafo 3: 0 RVF FOUFOEFNPT QPS BOBMJTBS P DPOUFĂžEP EF VNB PCSB MJUFSĂˆSJB No parĂĄgrafo 4: 2VBJT TĂ?P PT EPJT UJQPT EF DPOUFYUP RVF TF QPEFN DPOTJEFSBS FN VN UFYUP No parĂĄgrafo 5: O que se deve tambĂŠm considerar em uma anĂĄlise crĂ­tica, alĂŠm dos aspectos FYUFSJPSFT F JOUFSJPSFT EP UFYUP

(1) Interpretar um texto literĂĄrio ĂŠ analisar de modo compreensivo e com linguagem adequada as formas, os conteĂşdos e os contextos que constituem a obra literĂĄria como um todo. (2) Forma: ĂŠ quando fazemos o levantamento dos elementos formais, ou seja, aqueles ligados Ă construção do som, da formação e dos sentidos das palavras do texto. (3) ConteĂşdo: ĂŠ quando identiďŹ camos os signiďŹ cados do texto, em especial aqueles efeitos de sentido com os quais deparamos a partir das formas encontradas no texto. Contextos: nesse caso, consideramos tanto o contexto de produção do texto RVBOEP 0OEF $PNP 1PS RVFN 2VBM Ă? P TFV FTUJMP DPNP EF MFJUVSB RVFN MĂ? FTTF UFYUP 2VBOEP 1PS RVĂ? (5) A anĂĄlise crĂ­tica do texto procura relacionar os aspectos exteriores (contextos) Ă queles mais prĂłprios da sua estrutura (forma e conteĂşdo), sem deixar de lado, nesse processo, a manifestação do gosto do leitor. 79


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

LIĂ‡ĂƒO DE CASA

1. Jonas estå conversando pela internet com um amigo da 2a sÊrie do Ensino MÊdio que acabou de conseguir seu primeiro emprego, por meio de um centro de integração entre empresas e escolas. Complete adequadamente o texto.

> Paulo diz: Cara, consegui ďŹ nalmente meu primeiro emprego como estagiĂĄrio. JĂĄ era IPSB EF HBOIBS NFV EJOIFJSP OĂ? > Jonas diz $PN DFSUF[B NBOP 2VBM WBJ TFS TFV FTUĂˆHJP &V UBNCĂ?N

> Paulo diz: Eu vou trabalhar na sede de uma empresa muito grande. Por enquanto, vou ser auxiliar de um cara que ĂŠ responsĂĄvel por escrever e enviar comunicados aos funcionĂĄrios da sede. > Jonas diz: Isso signiďŹ ca que > Paulo diz $PNP BTTJN > Jonas diz: Ora, mano, se vocĂŞ souber dominar bem a escrita

> Paulo diz: Cara, nĂŁo vou mais perder as aulas de portuguĂŞs, senĂŁo

> VocĂŞ diz:

1BSB WPD� RVBM � B JNQPSUÉODJB EF FTDSFWFS CFN QBSB TF JOTFSJS OP NFSDBEP EF USBCBMIP

A anålise crítica De acordo com as explicaçþes do professor, elabore um projeto de texto de anålise crítica conforme as orientaçþes a seguir. O seu objetivo Ê produzir a anålise crítica de um dos textos literårios elaborados em sala de aula: conto, crônica, tragÊdia ou poema de cordel. 80


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

Orientaçþes 1. TĂ­tulo do texto produzido; 2. Obra analisada; 3. GĂŞnero a que pertence; *OGPSNBĂŽĂœFT TPCSF P BVUPS 5. OpiniĂŁo sobre a obra; 6. Elementos formais importantes; 7. Elementos de conteĂşdo importantes; 8. Argumentos; 9. Exemplos retirados da obra literĂĄria que apoiam os argumentos; 10. Observaçþes importantes (se for necessĂĄrio).

Criticando a crítica Escreva agora o seu texto. Antes de entregå-lo ao professor, preencha o que lhe corresponde na seguinte grade de avaliação, que serå utilizada para avaliar sua produção escrita.

Aluno CritĂŠrios

EstĂĄ o.k.

Adequação entre tĂ­tulo e texto Presença de projeto de texto Ponto de vista adequado e original Breve resumo da obra adequado Ă proposta do texto Desenvolvimento eďŹ ciente ConclusĂŁo eďŹ ciente Uso adequado da norma-padrĂŁo da lĂ­ngua portuguesa (em especial: pronomes) 81

Precisa melhorar

Professor EstĂĄ o.k.

Precisa melhorar


Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 2

Entregue sua resenha, acompanhada do projeto de texto e da avaliação anterior, para o professor.

LIÇÃO DE CASA Responda no caderno: t

Que benefícios os conhecimentos desenvolvidos até aqui trarão para a minha vida profisTJPOBM

t

$PN SFMBÎÍP B FTTFT DPOIFDJNFOUPT P RVF HPTUBSJB EF NFMIPSBS

Discussão oral Tendo como base o que você escreveu nas duas seções “Lição de casa”, discuta com seus colegas: t

2VBM Ï P DBSÈUFS QSÈUJDP EBT BVMBT BTTJTUJEBT BUÏ BHPSB OB NJOIB WJEB QFTTPBM

t

%F RVF NBOFJSB FTDSFWFS CFN UFSÈ JOnVÐODJB OB NJOIB USBKFUØSJB QSPmTTJPOBM

t

O que eu ainda considero importante aprender nesta disciplina para ter um bom EFTFNQFOIP QSPmTTJPOBM OP GVUVSP

1. Identifique os pronomes indefinidos nas frases a seguir:

© Jairo Souza Design

Recapitulação gramatical

a) Mais confiança e menos dúvidas. b) Ninguém respondeu à pergunta do professor. c) Eu trouxe-lhe algo para você se distrair. d) Algum dia você será reconhecido pelo seu trabalho. e) Alguns querem que o estudo seja feito, outros não. 2. Escreva uma nova frase para cada pronome encontrado no exercício anterior. 82


Língua Portuguesa e Literatura – 1a sÊrie – Volume 2

70$Âł "13&/%&6 Considere tudo o que vocĂŞ estudou nesta disciplina atĂŠ o momento, reita e responda Ă s questĂľes a seguir no caderno. A respeito dos conteĂşdos estudados nesta Situação de Aprendizagem: B 2VBJT GPSBN BHSBEĂˆWFJT EF BQSFOEFS 1PS RVĂ? C 2VBJT GPSBN QPVDP JOUFSFTTBOUFT 1PS RVĂ? D 2VBJT FV DPNQSFFOEJ UĂ?P CFN RVF QPEFSJB FYQMJDĂˆ MPT TFN QSPCMFNBT QBSB VN DPMFHB E 2VBJT FV HPTUBSJB RVF GPTTFN FYQMJDBEPT EF OPWP QPSRVF FV OĂ?P DPOTFHVJ FOUFOEĂ? MPT CFN

PARA SABER MAIS Se vocĂŞ jĂĄ estĂĄ começando a se interessar por sua carreira proďŹ ssional, consulte um guia de proďŹ ssĂľes. Nele, vocĂŞ encontrarĂĄ muitas informaçþes que podem ajudĂĄ-lo a decidir seu futuro proďŹ ssional. Se a carreira desejada estiver ligada Ă arte, por exemplo, entĂŁo combine a leitura sobre a proďŹ ssĂŁo escolhida com resenhas sobre arte em geral, que podem ser encontradas em revistas especĂ­ďŹ cas sobre esse assunto.

Consideraçþes ďŹ nais A seguir, disponibilizamos as referĂŞncias dos dois textos apresentados para atividade na seção “Estilo de ĂŠpocaâ€?, Situação de Aprendizagem 5. O primeiro texto ĂŠ um trecho do romance Eurico, o presbĂ­tero, de Alexandre Herculano (1810-1877), autor do Romantismo portuguĂŞs. O texto estĂĄ disponĂ­vel em: IUUQ XXX EPNJOJPQVCMJDP HPW CS QFTRVJTB %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@ PCSB "DFTTP FN EF[ O segundo texto ĂŠ um trecho do poema Inconstância dos bens do mundo, que faz parte da obra Seleção de obras poĂŠticas. O autor, GregĂłrio de Matos (1636-1696), ĂŠ um expoente do Barroco brasileiro. DisponĂ­vel em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ %FUBMIF0CSB'PSN EP TFMFDU@BDUJPO DP@PCSB "DFTTP FN EF[

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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL NOVA EDIÇÃO 2014-2017 COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Coordenadora Maria Elizabete da Costa Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escola Valéria Tarantello de Georgel Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Suely Cristina de Albuquerque BomÅm EQUIPES CURRICULARES Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrella. Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira. Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Beatriz Pereira Franco, Ana Paula de Oliveira Lopes, Marina Tsunokawa Shimabukuro e Neide Ferreira Gaspar. Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves. Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce. Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes. Física: Anderson Jacomini Brandão, Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

Química: Ana Joaquina Simões S. de Mattos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior, Natalina de Fátima Mateus e Roseli Gomes de Araujo da Silva. Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira. Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati. História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos Benedicto e Walter Nicolas Otheguy Fernandez. Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani. PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budiski de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero. Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres. Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,

Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves. Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati. Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi. Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus. Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal. Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano. História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas. Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir. Apoio: Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE CTP, Impressão e acabamento GráÅca e Editora Posigraf


GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS

FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

Presidente da Diretoria Executiva Mauro de Mesquita Spínola GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Editorial: Amarilis L. Maciel, Ana Paula S. Bezerra, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Giovanna Petrólio Marcondes, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Maíra de Freitas Bechtold, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Pietro Ferrari, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Renata Regina Buset, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida. Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Dayse de Castro Novaes Bueno, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro, Vanessa Bianco e Vanessa Leite Rios. Edição e Produção editorial: Jairo Souza Design GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!.

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini coordenadora! e Ruy Berger em memória!. AUTORES Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira. Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira. LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo. LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González. Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos. Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli. Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira. Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas. História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari. Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers. Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo. Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume. Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume. Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião. Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educação do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos*deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei no 9.610/98. * Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. * Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).


Validade: 2014 – 2017


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