Revista do PMDB Verde

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REVISTA DO

INFORMATIVO DO PMDB VERDE • ANO I • NÚMERO 1 • ABRIL DE 2010

COMPROMISSO COM O RIO

André Lazaroni cria o PMDB Verde

O Rio das grandes causas

A luta contra a covardia

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PÁGINAS VERDES: Entrevista exclusiva com o Governador Sérgio Cabral


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O verde é tão grande, que não cabe numa só bandeira. EXPEDIENTE

REVISTA PMDB VERDE

PMDB - Presidente Regional Deputado Estadual Jorge Picciani

Projeto Editorial Dalva Lazaroni

Projeto Gráfico Pablo Machado

Tiragem 5.000 exemplares

PMDB Verde Deputado Estadual André Lazaroni

Diretor André Lazaroni

Produção Gráfica Carlos Augusto Marinho

Impressão Gráfica Formato

Editor Lula Vieira Editora Executiva Jussara Martins


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Assim como a paz, a fraternidade entre pessoas e nações, o desenvolvimento humano, a solidariedade e o bem-estar social, o verde (ecologia) não cabe numa só bandeira. Ele é de todos os brasileiros, como também é um patrimônio da Humanidade. Por isso, o PMDB também é verde. Nasceu forte, e com muita disposição de luta, o PMDB Verde. Agora neste grande partido brasileiro – o PMDB de Ulysses Guimarães – tenho o mesmo sonho do início de minha militância política em favor da vida na Terra, com todos os seus seres. O sonho de que um dia nossas escolas ensinarão a nossas crianças noções básicas de direito e cidadania, para que elas aprendam como se defender das ameaças e injustiças de toda sorte. Assim elas crescerão e se tornarão pessoas cientes de tudo aquilo que uma sociedade democrática e socialmente mais justa tem obrigação de lhes proporcionar e garantir. Em consequência, a Revista do PMDB Verde também nasceu com esses mesmos propósitos maiores e fundamentais. Ela vai servir, sempre, à grande causa – cada vez maior – do respeito total à natureza, da luta permanente pelo desenvolvimento sustentável e pela implantação, no Rio de Janeiro e no Brasil, das determinações da Agenda 21. Vamos estar unidos! Sempre!

André Lazaroni Deputado Estadual • PMDB Verde


P Á G I N A S

Cabral elogia PMDB Verde e mostra como o governo vem protegendo o meio ambiente

O Governador Sérgio Cabral afirma que, com a criação do Foto: Fabiana Perlucio

PMDB Verde, o maior partido político do país passa a ter uma “postura propositiva em relação à convivência entre a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável”.


V E R D E S Qual a importância da criação do PMDB Verde? Sérgio Cabral - Claro, a frase é boa porque hoje a questão ambiental vai além dos partidos políticos. Os temas do meio ambiente estão presentes em toda a sociedade, no mundo inteiro. E os partidos sérios, como o PMDB, precisam atuar nessa discussão, aprimorar o seu conhecimento para ter uma postura propositiva em relação à convivência entre a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. É por isso que criamos o PMDB Verde.

Quais são os principais projetos do Governo do Estado na área do meio ambiente que já estão dando resultado? Sérgio Cabral - Temos avançado muito desde a nossa primeira medida para essa área, que foi a garantia da aplicação integral dos recursos do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental) no meio ambiente. A lei já existia, mas não era cumprida. Por meio do Fecam, estamos com investimentos de mais de R$ 530 milhões em projetos de conservação ambiental e desenvolvimento urbano em todo o estado. Criamos o Instituto Estadual do Ambiente, o Inea, que unificou os órgãos ambientais do estado – Serla, Feema e IEF – e agilizou as ações referentes ao licenciamento ambiental. Uma licença que levava um ano para sair, hoje demora no máximo seis meses. Em três anos, já foram retiradas 14 mil toneladas de resíduos de 22 km de rios e canais em todo o estado, principalmente na Baixada Fluminense. Lançamos também o programa Pacto Pelo Saneamento, que vai ampliar de 25% para 80% a coleta e o tratamento de esgoto.

Até que ponto a criação do PMDB Verde pode levar a uma onda de rejuvenescimento ao maior e um dos mais antigos partidos do país?

Sérgio Cabral - Na medida em que os jovens estão cada vez mais conscientes da importância de defender o meio ambiente. O jovem de hoje é bem informado, conectado com o mundo, e questões como desmatamento, aquecimento global e desenvolvimento sustentável estão na ordem do dia. É esse jovem que vai oxigenar um partido tão grande e importante como o PMDB.

A iniciativa privada tem apoiado o governo na luta pela preservação ambiental? Existem muitos projetos compartilhados em execução? Sérgio Cabral - A preservação ambiental já é uma realidade na agenda das grandes empresas e dos empresários comprometidos com um desenvolvimento que respeite o meio ambiente. A iniciativa privada é cada vez mais uma grande parceira do nosso governo e do nosso estado. Esse é o caso, por exemplo, do Grupo EBX, que está ajudando a Cedae a despoluir a Lagoa Rodrigo de Freitas. É um projeto que tem investimentos de cerca de R$ 28 milhões. Um outro exemplo importante, e aí com o setor público – mas que mostra a integração com o governo do presidente Lula – é a recuperação dos canais do Cunha e do Fundão. Essa obra, que há mais de 15 anos não saía do papel, está em andamento e tem um custo de R$ 185 milhões, integralmente bancados pela Petrobras. Além da retirada de mais de 2,2 milhões de metros cúbicos de sujeira daquela região que é a porta de entrada do Rio, a obra inclui a canalização do esgoto sanitário para a Estação Alegria, o reflorestando das matas ciliares dos rios que ficam no entorno, a construção de ecobarreiras e um amplo trabalho de educação ambiental nas comunidades da região. É claro que ainda estamos longe do ideal, mas a população do nosso estado sabe que nunca se fez tanto pelo meio ambiente como agora. REVISTA DO


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ANDRÉ LAZARONI

cria o PMDB VERDE Através do PMDB Verde, quero realizar um movimento pela vida. Mudei de partido, justamente para ampliar a luta ambientalista. O presidente da Alerj, Deputado Jorge Picciani, o deputado André Lazaroni e o Governador Sérgio Cabral, em solenidade de lançamento do PMDB Verde, na Associação Brasileira de Imprensa


Fotos: Jotha R

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Em defesa do meio ambiente “Em 2002, comecei minha trajetória parlamentar, ao ser eleito deputado estadual. Tinha 26 anos. Desde então, aprendi muito, principalmente com as pessoas envolvidas nas questões ambientais, como cientistas e pesquisadores, ecologistas, políticos, jornalistas, professores e alunos, membros de equipes, amigos, correligionários e até mesmo adversários políticos”, destaca. “Confesso, que não foi sozinho que consegui encontrar o novo caminho. Fora da família, de onde tiro grande parte de minha energia, encontrei pessoas que me ajudaram a pensar e a decidir. E, aqui, eu destaco o governador Sérgio Cabral, o deputado Jorge Picciani, presidente da Alerj, o deputado Paulo Melo, o prefeito Eduardo Paes e o vice-prefeito do Rio, Carlos Alberto Muniz. Eles me abriram as portas do partido para que eu criasse o PMDB Verde”.

A cerimônia de filiação do deputado André Lazaroni ao PMDB reuniu centenas de pessoas no auditório da associação de jornalistas brasileiros, em clima de grande vibração.

Nova proposta de vida “É com alegria que me filio ao PMDB, o partido que sempre liderou os grandes movimentos que estão mudando a história do Brasil e que está empenhado em mobilizar a sociedade na luta ambiental, para garantir a sobrevivência do homem no Planeta Terra”, proclamou André Lazaroni, ao discursar, consciente de sua nova missão. “O PMDB Verde traz uma nova proposta de vida!” – sintetizou o parlamentar, arrancando aplausos da numerosa platéia na cerimônia que ele reiterou como sendo a mais importante de sua carreira política e que contou com a presença do governador, do presidente da Alerj, do vice-prefeito e dos principais dirigentes do PMDB.


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Secretária Estadual do Ambiente:

Temos que acab Foto: Divulgação CDMA

A Secretária Estadual do Ambiente, Marilene Ramos, tem

entre suas prioridades a solução de um problema que se arrasta há muitas décadas: os chamados lixões. Assim, o principal programa da Secretaria é o Pacto pelo

Saneamento, que inclui o subprograma Lixão Zero, de

coleta e tratamento de esgotos.


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bar com os lixões “ É muito importante o apoio da população, que precisa mudar seu comportamento para atividades sustentáveis. “O que faço com meu lixo? Para onde ele vai? Será que desperdiço água? Enfim, é preciso entrar em sintonia com práticas sustentáveis e não ficar apenas no discurso”, acentua. Outra prioridade da Secretaria Estadual do Ambiente é a recuperação do desastre ambiental, ocorrido em Angra dos Reis, em 31 de dezembro passado. Esses trabalhos vem sendo feitos com apoio da Comissão do Meio Ambiente da Alerj.

“Digo sempre que lixo e esgoto são problemas que precisamos abolir. O Governo está lançando as bases para levar esses serviços a toda população, incluindo o subprograma Rio Limpo. Nossa proposta é viabilizar investimentos de cerca de R$ 7,5 bilhões em 10 anos, o que representa levar tratamento de esgoto a 8,5 milhões de habitantes”, salienta Marilene, acrescentando: “Buscamos foco em investimentos a fundo perdido de até R$ 500 por habitante servido por sistema de coleta e tratamento, e já trabalhamos visando à execução de projetos dentro do conceito de compra de esgoto tratado”.

Foto: Luiza Reis

“O desastre de Angra dos Reis traz a tona o quesito da expansão urbana desordenada. Portanto, a atuação da Secretaria de Estado do Ambiente é crucial. Precisamos compatibilizar a ocupação do solo com o desenvolvimento sustentável, assegurando a não ocupação de áreas frágeis, de risco e de proteção ambiental. Assim, estamos agora auxiliando a Prefeitura na questão do

reassentamento de famílias com a viabilização de áreas adequadas para novas moradias”, destaca, acrescentando: “Além disso, junto com a Diretoria de Recursos Minerais, vistoriamos áreas para identificar novos pontos de risco e vamos instalar uma estação de monitoramento para alerta quando os índices de chuva excederem limites que colocam em risco áreas de encostas”.

Marilene Ramos, Secretária Estadual do Ambiente


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O RIO DAS GRA

1968

Passeata dos Cem Mil • Cinelândia • 26 de junho de 1968 Agência JB - Foto de Evandro Teixeira

1984

Diretas Já • Av. Pres

Agência JB - Foto de Alm

Foto: Pablo Machado

Toda vez que o povo carioca se junta em defesa de uma causa, não há força contrária capaz de derrubar essa união. Forma-se uma corrente humana motivada pela coragem, embalada pelo indestrutível senso de humor, tão enraizado nessa gente alegre e colorida, mas que sabe fazer a hora para tudo acontecer. Foi justamente nessas longas cruzadas pela defesa dos interesses mais sérios do povo brasileiro que o carioca alterou a rotina de mandatários e agora, novamente indignado, levanta-se em protesto histórico contra a apropriação dos benefícios de uma das maiores riquezas de seu estado.


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ANDES CAUSAS

sidente Vargas • 10 de agosto de 1984

mir Veiga

1992

O deputado André Lazaroni, vice-líder do governo, afirma que jamais uma questão econômica mobilizou tanto a população do Estado do Rio como a defesa dos royalties do petróleo. “O maior exemplo foi o sucesso da passeata contra a emenda Ibsen Pinheiro, que reuniu cerca de 150 mil pessoas no centro do Rio, apesar da chuva que caiu durante todo o dia”, assinala o parlamentar. Citando pesquisa realizada pelo Instituto DataRio, André Lazaroni destaca que o mais importante é que a população está conscientizada: “Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, 87% da população já têm conhecimento da gravidade da questão e sabem que a emenda Ibsen Pinheiro é um absurdo e não pode ser aprovada no Congresso Nacional”.

Impeachment de Fernando Collor • 14 de agosto de 1992 Agência JB - Foto de Ricardo Serpa

As extrações do petróleo, do ouro, das pedras preciosas, do granito e do mármore, do minério de ferro e de outras riquezas existentes no solo brasileiro, provocam o desequilíbrio ambiental. A exploração do petróleo é responsável pela descaracterização de muitas das nossas cidades, pela destruição de muitas de nossas riquezas, principalmente as existentes no fundo do mar, comprometendo a vida. Quem vai pagar essa conta? O que pretendem fazer com o Estado do Rio é uma covardia!


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Disque Denúncia é sucesso na luta contra crimes ambientais

“Com o projeto de fiscalização ambiental, através de vistorias realizadas em parceria com os órgãos do governo estadual, obtivemos resultados concretos no combate ao tráfico de animais silvestres, poluição industrial, ocupação irregular de faixa marginal de proteção, pesca predatória, lixões clandestinos e muitas outras irregularidades ambientais”, destaca o parlamentar. Outra iniciativa importante é a realização do diagnóstico da Lagoa Rodrigo de Freitas, que vai sediar provas dos Jogos Olímpicos de 2016, e que acaba de sofrer nova mortandade de peixes. “Estamos elaborando um roteiro de fiscalização de crimes ambientais em todos os lagos, lagoas e rios do Estado. Essa tarefa, aliás, tem como base as queixas dos habitantes, justamente através do Disque Meio Ambiente, que criamos na Alerj”, diz o parlamentar.

Mais de 3 mil denúncias A Comissão de Defesa do Meio Ambiente tem recebido mais de 3 mil denúncias por ano, referentes à poluição ambiental ou sonora, tráfico de animais, desmatamento, acúmulo de lixo, proliferação de ratos e insetos e construções irregulares. Cerca de 40% das denúncias do Disque Meio Ambiente tiveram solução definitiva, mas todas as demais queixas foram encaminhadas Fotos: Divulgação CDMA

A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, presidida pelo deputado André Lazaroni, está ampliando significativamente suas atividades, com diversas ações de resultado imediato, através da fiscalização mais direta e rigorosa, que é facilitada pelas próprias denúncias da população, em ligações gratuitas para o Disque Meio Ambiente (0800 282 0230).


REVISTA DO PMDB VERDE I 13 a outros órgãos públicos, e têm sua tramitação acompanhada pelos especialistas da CDMA. As ligações para o Disque Denúncia acabaram fundamentando a realização de 150 vistorias (regiões Sul Fluminense, Costa Azul e Costa Verde, Norte e Noroeste), nove audiências públicas e oito reuniões ordinárias da comissão. E esse trabalho avançou para as discussões e pareceres a projetos de lei que tramitaram na Alerj. “Entre as audiências, destacou-se a que buscou soluções para os problemas ambientais e construções irregulares na Região dos Lagos”, aponta André Lazaroni, acrescentando que o problema afeta praticamente todos os municípios do estado do Rio.

O deputado André Lazaroni (centro) e sua equipe promovem fiscalização direta e rigorosa, apoiados por denúncias da população

A luta contra o tráfico e comercialização de animais Em 2009, depois de realizar uma Audiência Pública sobre o combate ao tráfico de animais e de mobilizar o plenário da Alerj com artistas, ecologistas e representantes de ONGs defensoras dos direitos dos animais, o deputado André Lazaroni deu entrada em uma lei para tratar com mais rigor a questão do tráfico de animais silvestres e domésticos. “Quero equiparar o crime de tráfico de animais ao crime de tráfico de drogas. Não podemos deixar que acabem com a fauna brasileira. É bom lembrar que quem compra animais silvestres está cometendo um crime de receptação”, afirma o parlamentar. “Esta lei pretende acabar com as lacunas existentes na legislação, coibindo a comercialização de animais de maneira mais eficaz. A lei facilitará a aplicação de penas às quadrilhas de animais”, acrescenta André Lazaroni, anunciando também a elaboração de um Plano Estadual de Gestão Integrada de Combate ao Tráfico e Maus Tratos de Animais, pelo governo Sergio Cabral, do qual é vice-líder.

Desde sua criação, a divisão de Proteção a Animais da Comissão de Defesa do Meio Ambiente já apurou mais de 300 denúncias, tendo salvado mais de 2 mil animais e levado à justiça mais de 30 criminosos ambientais. A defesa dos animais silvestres ganhou força na CDMA através das diversas vistorias realizadas em feiras-livres em Duque de Caxias, Honório Gurgel, Tijuca e São Gonçalo, entre outras. Ao mesmo tempo, foi aumentada a fiscalização dos comerciantes e abrigos de animais. Essas ações acabaram servindo como laboratório para a criação de uma comissão mista, com representantes de órgãos do Executivo (Ibama e Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais) e da sociedade civil, por meio de ONGs. A comissão formou o 1º Grupo de Trabalho dirigido pela CDMA e voltado à causa animal, que por sua vez, desenvolveu o projeto 2428/2009, que estabelece normas para a proteção animal no estado do Rio de Janeiro, cuja aprovação solucionará definitivamente a questão da subjetividade dos maus tratos a animais.


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A Comissão de Defesa do Meio Ambiente mostra seus resultados

Desse total, cerca de 1.500 denúncias foram referentes ao comércio de animais silvestres, seguido de poluição sonora (nos bairros de Copacabana, Lapa e Campo Grande, no Rio, e nos municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Magé) e de ocupação irregular. Cerca de 40% das denúncias foram solucionadas e todas receberam encaminhamento por ofício e acompanhamento

Fotos: Divulgação CDMA

A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, presidida pelo deputado estadual André Lazaroni, do PMDB Verde, recebeu mais de 3.500 denúncias, de fevereiro de 2008 a dezembro de 2009, pelo Disque Meio Ambiente (0800-2820230) referentes à poluição hídrica, visual, sonora, do solo, tráfico de animais, proliferação de ratos, desmatamento, acúmulo de lixo e ocupação de áreas verdes protegidas.

nos órgãos competentes. Além das denúncias, a Comissão realizou 150 vistorias (regiões Sul Fluminense, Costa Azul e Costa Verde, Norte e Noroeste), 9 audiências públicas, 8 reuniões ordinárias, e criou 2 grupos de trabalho para elaboração ou alteração de projeto de lei.

Balanço da CDMA

150

vistorias, 9 audiências públicas, 8 reuniões ordinárias e a criação • de 2 grupos de trabalho para elaboração ou alteração de projeto de lei.

900

• animais resgatados em feiras livres como Duque de Caxias e Honório Gurgel e na região de Angra dos Reis.

3.500

• denúncias, de fevereiro a dezembro de 2009, pelo Disque Meio Ambiente


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Discussão sobre mortandade de peixes extrapola o problema da Lagoa Rodrigo de Freitas Convocada e presidida pelo deputado André Lazaroni, a Audiência Pública realizada na primeira semana de março, na Alerj, extrapolou a pauta da Comissão de Defesa do Meio Ambiente sobre a última mortandade de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas e avançou para uma discussão bem mais ampla, sobre as questões ambientais na cidade e no Estado do Rio Janeiro, com destaque para mais um problema enfrentado no local. Com participação de representantes da Prefeitura, do Governo estadual e da iniciativa privada, incluindo lideranças da Colônia de Pescadores Z - 13 e de associações de moradores e de ONGs ambientais, assim como dirigentes de clubes (Jockey e Piraquê), a Audiência Pública investigou também os problemas causados pelos últimos temporais. Na realidade, as águas de março caíram pesado e trouxeram conseqüências imediatas. O nível da água subiu, o que fez a Lagoa transbordar, enchendo algumas ruas adjacentes do entorno, que formaram grandes lagos, chegando até a cobrir automóveis, enquanto um alto banco de areia se destacava nas águas fétidas e poluídas no Canal da Avenida Visconde de Albuquerque, no final do Leblon. Esse quadro caótico foi presenciado pelo próprio presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado André Lazaroni (vicelíder do governo estadual e criador da facção PMDB Verde), que reside nas proximidades da Lagoa Rodrigo de Freitas. “É uma vergonha”, desabafou Lazaroni, diante de uma platéia de mais de cem convidados que lotou o auditório Nelson Carneiro, no 6º andar do Palácio Anexo da Alerj.

“Se a recente mortandade de peixes me trouxe preocupações, a situação que presenciei com o temporal me deixou em estado de alerta, especialmente sobre o papel cada vez mais diligente que tem sido cumprido na Comissão de Defesa do Meio Ambiente. Nosso dever é a fiscalização permanente do ambiente, com a cobrança de medidas efetivas do Poder Executivo”, afirmou o parlamentar, ressaltando que esta é a parte que lhe parte no quadro da administração do Estado do Rio de Janeiro. “Até agora, a Comissão já realizou mais de 30 audiências públicas, com grande sucesso. Está provado que são encontros eficientes. E pela mobilização que exerce sobre a sociedade atual, temos a certeza de que o assunto sobre o meio ambiente ainda leva a discussões apaixonadas, mas que podem nos conduzir a novos caminhos e encontrar soluções democráticas para os problemas ambientais, que ainda são terríveis e acontecem por toda parte”.

Foto de Sérgio Zalis para o livro “Rio de Janeiro Vista do Céu” idealizado por Edgardo Martolio, Editora Caras, publicado em 2005.


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Mudança de hábitos preserva o ambiente O mundo está mudando e, mais do que nunca, precisamos fazer a nossa parte. Até porque não adianta cruzar os braços, esperando que milagres caiam do céu. A luta pela melhoria da qualidade de vida em nosso planeta só será possível quando implantarmos uma verdadeira revolução de hábitos em nossos lares e em nossas vidas. Vamos juntar a família e a coletividade que nos cerca para repensarmos o papel de cada na rotina para conquista de dias melhores? Aqui vai um pequeno passo para isso, as Dicas do André.

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Como fabricar sabão

Minha primeira dica para esta seção é sobre o aproveitamento do óleo de cozinha usado. Afinal, todos já sabem, o óleo é um resíduo altamente poluente: entope o ralo das pias e causa enorme prejuízo ecológico, ao cair no esgoto e desaguar nos rios.

Misture 2 litros de água com 1 quilo de soda de escama ou líquida, que você compra em casa de material de construção ou supermercado. Tire um copo dessa mistura (que você depois pode usar para desentupir algum cano) e adicione nela um copo de Pinho Sol. Depois, acrescente a essa mistura 4 litros de óleo usado e coado e l litro de álcool. Mexa a mistura por 10 a 15 minutos num recipiente de alumínio. Use colher de pau. O sabão vai começar a borbulhar e dobrar de volume. Quando estiver no ponto parecido com massa de bolo, coloque em um tabuleiro forrado com pano, deixe secar por 4 dias e depois corte em barras. Cada mistura que você fizer rende 40 barras de sabão.

* As dicas do André foram transcritas do jornal O Terminal.


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Poupe água

O Brasil possui uma das maiores reservas de água do planeta, mas é também um dos países que mais desperdiçam este recurso. É uma situação que traz preocupações porque um dos grandes problemas do mundo atual é a falta d’água. E isso leva muita gente a acreditar que, no futuro, ela vai valer mais do que o petróleo. As dicas que vou dar aqui podem evitar o desperdício de água e dinheiro.

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• Prefira duchas rápidas aos banhos de banheira. Feche o chuveiro, enquanto se ensaboa. • Não deixe a torneira aberta, ao escovar os dentes, lavar as mãos e fazer a barba. Em cinco minutos, uma torneira gasta pelo menos 12 litros de água. Economizando, você gasta só de 1 a 2 litros. • Conserte as torneiras que estão pingando. Torneira com defeito pode desperdiçar mais de 40 litros de água por dia. • Pisos e calçadas não devem ser lavados com esguicho. Use vassouras e baldes na limpeza, reutilizando a água da lavagem das roupas. • A máquina de lavar roupa deve ser usada com a carga máxima e deve ser ligada, no máximo, três vezes por semana.

Na limpeza, use produtos caseiros

Ao fazer a limpeza doméstica, use produtos caseiros, que não poluem e não são prejudiciais à saúde. Essa recomendação vale também como sinal de alerta. A grande maioria dos produtos à venda utilizam solventes, encontrados na composição de desengordurantes, inseticidas, material de limpeza e lavagem a seco, que podem causar disfunções hormonais, alergias, câncer e diversos outras problemas.

• Utilize vinagre para desengordurar e bicarbonato para limpar pias, bidês e vasos sanitários. Deixe descansar por algumas horas e depois enxágüe. • Não utilize produtos de limpeza com cloro, formaldeído e solventes como tricloroetileno, metileno, nitrobenzeno, benzno etc. • Prefeira produtos biodegradáveis. • Não compre produtos de limpeza ou inseticida sem embalagem própria e rótulo com informações sobre a composição química e o fabricante. • Use panos ou trapos de tecidos na limpeza da casa ao invés de toalhas descartáveis

www.andrelazaroni.com.br


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PORQUE ESTAMOS CONTRA A COVARDIA

Fotos: Jotha R

T odos juntos pelo R io !


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A, EM DEFESA DO RIO Se passar pelo Senado e não for vetada pelo presidente da República, a malfadada emenda vai nos deixar sem dinheiro para pagar aposentadorias e até inviabilizar a realização de eventos esportivos que nos custaram muito caro para conquistar: a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016! Como presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, militante do movimento ecológico desde a juventude e na condição de advogado ambientalista, garanto que o setor ambiental será o que terá as mais pesadas perdas. Hoje, com os royalties do petróleo, o Estado recebe 250 milhões de reais por ano, como recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). Com a emenda Ibsen, passará a receber 5 milhões. Os recursos do Fecam representam 70% da receita do setor ambiental. Todos os programas ambientais serão paralisados. Um deles é vital para a Baixada Fluminense: o Projeto Iguaçu, de controle das inundações nos municípios. Outra grave consequência: será inviabilizada a meta de ampliar de 25% para 80% o saneamento nos 92

municípios até 2018, com a erradicação total dos lixões e a construção de aterros sanitários. Ainda sem o dinheiro do Fecam não haverá recursos para aplicação no meio ambiente e saneamento básico, poluindo mais a Baía de Guanabara, lagoas e rios. Como bem lembrou o governador Sérgio Cabral, a tragédia que se avizinha não para por aí: Cabo Frio, que recebe 350 milhões de reais/ano, passará a receber um milhão. Macaé, onde se encontra o maior cenário de operações do petróleo, que recebe 600 milhões/ano, terá apenas 2 milhões. Em Macaé, o crescimento da indústria petrolífera provocou grande aumento populacional, com a chegada de gente de todo o país e do mundo. Ali a população triplicou: são mais de 200 mil habitantes. Dez por cento são estrangeiros. Como pagar todo o custo? Por tudo isso, entramos em estado de alerta! A democracia e a cidadania estão em jogo. Unidos numa só voz não permitiremos que essa injusta e miserável emenda passe no Congresso Nacional! Os legítimos interesses de cariocas e fluminenses não serão derrotados! Com a nossa união, a vitória é certa! Foto: Wilton Júnior/Agência Estado

Por que estamos protestando “Contra a covardia, em defesa do Rio”? Porque estamos defendendo um direito legítimo, que a miserável emenda parlamentar Ibsen Pinheiro nos quer tirar! Sem esse direito, que se traduz em 4 bilhões de reais por ano, pouco ou nada poderemos fazer pelo desenvolvimento do nosso estado!


O verde é tão grande, que não cabe numa só bandeira.

PMDB - Rio de Janeiro Rua Almirante Barroso, 72 - 8º andar • Centro - Rio de Janeiro • Cep: 20.031-001 Tel: (21) 2532-9651


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