Textos da XI Assembleia Nacional da AMI

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LINHA IDEOLÓGICA

ataque está ai sempre, também pode ser útil visibilizar agressons silenciosas e constantes, como som a maioria, fora da agenda mediática. A opressom nom é umha situaçom conjuntural de crise. Nom é que se justifique a resposta por vivermos umha crise ou por um conflito laboral concreto, a resposta justifica-se desde o momento em que o ponto de partida é um sistema criminal e genocida. Mesmo nos seus anos de “bonança”. E qualquer açom deve executar-se, sempre, desde umhas sólidas medidas de segurança que minimizem riscos. Ante o argumento de que a violência revolucionária o único que consegue é reforçar a violência do Estado: Cumpre desacreditar a “nom-violência” e o pacifismo como formas reacionárias de conivência como o poder. Nom-violentos que nom fazem nada enquanto Estados assassinos massacram comunidades ou pessoas. Non-violentos que fecham os olhos ante o machismo institucionalizado ou as mortes baixo custódia. Nom-violentos que nom trabalham para a aboliçom dos exércitos profissionais e da polícia armada. Entenderia-se como umha acçom de “nom-violência”, por exemplo, queimar armamento ou veículos militares ou sabotar estruturas do Estado ou grandes empresas do capital, mas nom vemos que a vanguarda do pacifismo faga mais do que condenar os movimentos populares defendendo-se. Ligase portanto “nomviolência” apenas a “nom-poder”.

Entenderia-se como umha acçom de “nom-violência”, por exemplo, queimar armamento ou veículos militares ou sabotar estruturas do Estado ou grandes empresas do capital, mas nom vemos que a vanguarda do pacifismo faga mais do que condenar os movimentos populares defendendo-se. Liga-se portanto “nom-violência” apenas a “nom-poder”. É a mesma atitude covarde da presa que nom protestar ante o carcereiro por medo a que lhe deam umha malheira, e que se protesta outra presa a repreende, por medo a que o carcereiro tome represálias contra todas. Nega-se assim o legítimo direito à autodefesa (a situaçom de partida é umha prisom), e atua-se de maneira submissa e cúmplice com quem oprime. A parte esmagada num conflito nom é responsável de que o agressor ataque, mesmo como reaçom a umha ofensiva popular. Seria como justificar que um homem bate na mulher porque esta é rebelde e nom se guía. Finalmente este tipo de “argumentário” som apenas um apelo à submisom. Mas partimos da máxima de que a liberdade nom é regalada, é conquistada, sabemos que nom nos vam dar nada e vamos ter que colhe-la nós.

Também, ligado a esta posiçom, defendemos a necessidade estratégica de umha escola juvenil que forme também na visibilizaçom e asunçom do conflito, como colchom para quem queira participar deste enfrentamento e de legitimaçom e apoio de quem queira desenvolver umha autodefesa.

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