Textos da XI Assembleia Nacional da AMI

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LINHA IDEOLÓGICA

por fim se desborda a raiva da desesperaçom aparece a polícia e já só com a sua presença dá a conhecer que as formas de vida que o “poder escolheu polo povo’ e ordenou como corretas ao parecer só podem ser defendidas e impostas nom com argumentos mas com ajuda de paus, camions hidrantes e pistolas lanza-gases”. O mesmo poder que condena a prisom a jovens por queimarem um caixeiro, mas deixa livre de toda condena os responsáveis dumha catástrofe ecológica como o Prestige. Ante o argumento de que o inimigo é muito mais forte e melhor armado, com o qual levamos sempre as de perder: As experiências da guerra de guerrilhas, experimentada desde a Galiza durante décadas de franquismo, no Vietnam ou em Cuba demonstram todo o contrário, que umha organizaçom popular de autodefesa no seu próprio território, mesmo com umhas capacidades militares técnicas e numéricas extremamente inferiores tenhem altas possibilidades de debilitar o inimigo. Em qualquer caso esta nom é a situaçom atual da Galiza, mas a resposta violenta nom tem por objetivo necessariamente um combate aberto de forças, mas de luita simbólica: A nossa posiçom política é contrária à organizaçom opressora do Estado espanhol e da ordem económica mundial; é coerente e imprescindível, portanto, o desrespeito às leis que som contra nós.

A guerra já está aqui e nom fomos nós quem a provocamos, nas nossas maos está defendermo-nos ou deixarmo-nos zugar e zugar. Simbolicamente está a possibilidade de manter-se em pé com a cabeça alta ou baixar as calças e tapar os olhos. O enfrentamento é inevitável se se está contra do atual estado de cousas. A nossa posiçom política é contrária à organizaçom opressora do Estado espanhol e da ordem económica mundial; é coerente e imprescindível, portanto, o desrespeito às leis que som contra nós.

O incumprimento da lei é umha necessidade política, baseada na simples e básica desobediência. Resulta incoerente e mentiroso falar como “anti-sistema” fazendo parte e respeitando as regras do jogo que o mesmo marca. Sair da dinâmica de caminhar polos carreiros antepostos e nom colaborar implica romper em todos os níveis da vida essa relaçom de submisom às leis do sistema. Aliás, um dos primeiros passos precisos para denunciar a violência estrutural é visibilizála, visualizar o conflito e os seus culpáveis, para isto torna-se imprescindível respostar as agressons. E ainda, ter conta da importância de que quem agride nom sinto impunidade total para agir contra o povo. Retomando palavras de G. Anders: “considero iniludível que assustemos a todos aqueles que tenhem o poder e nos (um nos milhons de vezes) ameaçam. Nom fica outro caminho que respostar às suas ameaças com ameaças e fazer inefetivos a todos aqueles políticos que com toda irresponsabilidade e por interesses egoístas levam o mundo à morte.

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