"Árvores do Mundo" por Luís César Teixeira

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Árvores do Mundo

Luís César Teixeira

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Luís César Teixeira Árvores do Mundo

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TÍTULO

“Árvores do Mundo”

AUTOR

Luís César Teixeira

EDITORA

Almalusa, Portugal

https://issuu.com/almalusa.org

DIRECÇÃO

Jorge Pinto Guedes

SELECÇÃO DE TEXTOS

JORGE PINTO GUEDES

DESIGN

Evandro Martin para ALMALUSA

PREFÁCIO

Luís César Teixeira

DATA DE PUBLICAÇÃO

Março de 2023

administracao@almalusa.org © Copyright of the Book: Almalusa

NOTA DO EDITOR: Este livro teve por base fotografias em papel Fuji que posteriormente foram digitalizadas em scanner EPSON V750 PRO.

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Aí está uma óbvia boa pergunta mas para a qual nós próprios não temos resposta. E as razões são múltiplas.

Logo porque intitular- mo -nos fotógrafos seria um insulto aos pesos pesados da arte.

Depois porque o que nós fotografávamos era uma maluquice – ÁRVORES – o que só a nós dava gozo e nos transmitia uma enorme paz de espirito ( vá lá saber-se por quê … ), espirito tanto quanto elas em constante mutação.

Também porque a “maquineta” era vulgar de lineu à medida de um bolso para poder acompanhar nas suas viagens pelo mundo este “ fotografador “ ambulante.

Finalmente ( muitas outras poderíamos acrescentar em defesa da nossa “não resposta” ) porque há muito as fotos estavam literalmente esquecidas no fundo de um baú de velharias onde amontoámos recordações de uma vida.

Mas, voltemos ao principio. Então se não temos resposta para o “por quê” e o “para quê ” e a publicação existe quem é o culpado?

Um. E em exclusivo. Jorge Pinto Guedes , o qual numa manhã solheira na esplanada do “Manolo” , entre dois goles de café , em roda formada “ad-hoc”, conversava sobre fotografia.

Conversas de élite. Falava-se de ângulos, luz, planos (coisas de catedráticos) e mostravam-se imagens de encher o olho, de apurada sensibilidade captadas por objectivas bem artilhadas , quando metemos a nossa colherada pouco açucarada – “ coisas belas essas. Nós só fotografamos ÁRVORES”

De sopetão o amigo Jorge Pinto Guedes, por cortesia, (só o poderia ter sido) atalhou _ “quero ver isso”.

Encontro combinado, observou o acervo ( nem de uma só ARVORE conseguimos dar-lhe a localização … ), e leu a sentença.

“ Luis, isto não pode ficar esquecido no fundo de um baú, temos que lhe dar vida “ , explicando-me qual a sua ideia. Achámos então, como ainda achamos agora, que pelas fotos ninguém investiria um euro na obra, mas concordámos. Afinal as ARVORES MERECEM MORRER DE PÉ.

Apenas lhe dissemos que ficava temporariamente fiel depositário do “arvoredo” e dele fizesse o uso que entendesse com uma condição _ que o produto da venda de um, dez ou cem exemplares, da minha parte reverteria integralmente para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Cruz da Trapa. Esse era o nosso único ponto de honra.

E assim … das trevas se fez luz. Pálida se as fotos figurassem a seco. Brilhante acompanhada da qualidade da selecção dos textos da responsabilidade do arquitecto da publicação.

Fomos funcionário alfandegário, secretário de sindicato de profissionais de “desporto” (SIMBOL) , vitrinista, bancário, presidente federativo, secretário associativo, dirigente do orfeão da Foz do Douro e da AHBVSCT , fundámos um club de voleibol ( Creif ). Fomos jornalista, locutor desportivo , radialista , secretário técnico no Belenenses e FCPorto (sem o mundo que nos permitiu conhecer não haveria ARVORES DO MUNDO. (talvez só ARVORES DO MEU QUINTAL ) e “poeta” sem musa, nas horas vagas.

Agora aos 78 anos poderemos acrescentar ao curriculo – “pseudo-fotógrafo” de ARVORES (reparem como uma simples ÁRVORE pode ser uma das maravilhas da natureza.

Obrigado amigo Jorge Pinto Guedes.

PS - Temos que ver onde arrumámos a velhinha Yashica Minitec para a mandar para o museu . Calculamos que ainda, albergue um rolo por revelar.

Agora é a era do Digital e a música é outra.

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Por quê e para quê esta publicação?

Acontecem coisas espantosas na floresta: as árvores que comunicam entre si (enviando sinais electricos através de uma rede subterrânea de fungos). Árvores que cuidam não só dos seus rebentos como também dos seus vizinhos, doentes, velhos ou órfãos. Árvores que têm sensibilidade, sentimentos e memória.

Petter Wohlleben in “A Vida Secreta das Árvores”

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A árvore que move alguns até às lágrimas de alegria é a mesma que, aos olhos de outros, não passa de uma coisa verde que lhes barra o caminho. Um homem é aquilo que vê,

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