Apelo aos Homens - Charles Chaplin by ONG Meu sonho não tem fim

Apelo ao os Homens - Charles Chaplin No filme “O grande g ditador” (1940), um dos maiores clássicos da rica ica filmografia filmog afia de Charles Cha les Chaplin, Chaplin um m humilde barb beiro vira herói alemão por acaso durante a I Grande G Guerra e alguns anos depois e prestes a terr inicio a II Grande Guerra passa a ser perseguido por p ser judeu. Enquanto isso, o sósia dele, o terrív vel ditador Hynkel, da Tomânia (uma clara referên ê cia a Adolf Hitler), imagina ter o mundo aos seus pés s. Neste contex xto, desenrola-se este filme genial que Chaplin escre eveu, dirigiu e protagonizou. Neste filme ele mostra dois tipos p distintos em q quase tudo ((o humilde barb beiro judeu e o ditador), contrapostos nos papéis de algoz e vítima, e, no entanto, sósias. Muito mais do d que uma das geniais comédias chaplinianas,, o filme foi concebido e lançado num momento em m que já era impossível ignorar as ameaças imp postas pelos nazistas e seus simpatizante es. A percepção de Chaplin com relação a dimensão do d mal que assolaria o mundo era tão precisa que o roteiro original do filme foi registrado um anos antes do início da guerra na Europa, ocorrido em setembro de 1939. 1939 Charles Chap plin examinou detalhadamente a retórica persuasiva de Adolf Hitler para compor os personagens s principais de “O grande ditador”. Para poder confrontar esta retórica doentia ele deixa de lado sua relu utância em utilizar diálogos nos filmes, filmes mesmo após s uma década do advento do sonoro. O discurso final de “O grande ditador” justifica, brilhantemen nte, o fim dessa recusa na medida em que ele ofere ece a Chaplin um conteúdo necessário, não uma fala a qualquer, mas um sermão em um momento em m que era necessário á se posicionar e enfrentar o mal m supremo que se anunciava.

Apelo aos a Homens - Charles Chaplin (trecho do discurso d final de “O grande ditador”)

“Pena, mas não n quero ser um imperador. Não é o meu negócio o. Não quero nem governar, nem conquistar o que quer que seja. Gostaria G t i d de ajudar, aj d se possível, í l os cristãos, i tã os judeus... tan nto os negros como os brancos. Todos nós temos o desejo de nos ajudar uns aos outros. As pessoas civilizadas c são assim. Queremos viver de nossa felicida ade mútua... não de nossa mútua desgraça. Nã ão queremos nos desprezar e odiar mutuamente e. Neste mundo, há lugar para todos. E a boa terra é rica, r apta a fornecer a subsistência de cada um. O caminho c da vida pode ser livre e magnífico, mas m perdemos esse caminho. A voracidade e envenenou a alma dos homens,, rodeou o mundo com m um círculo de ódio e nos fez entrar no passo de gan nso da miséria e do sangue. Evoluímos na velocidade, mas somos escravos dela. A mecanização o, que traz a abundância, nos legou o desejo. Noss sa ciência nos tornou cínicos. Nossa inteligência nos n tornou duros e brutais. Pensamos de emais e não sentimos o bastante. É de espírito humanitário, mais que de mecanização, que precisamos. Mais que inteligência, precisamos de amabilidade e gentileza. Sem essas qualidades, a vida só pode ser violenta, violenta e tudo estará perdido. perdido A aviação e o rádio nos aproximaram uns dos outros. A pró ópria natureza dessas invenções evocava no homem h a bondade, reivindicando uma fraternidade universal para a união de todos.

Apelo aos a Homens - Charles Chaplin (trecho do discurso d final de “O grande ditador”)

Nesse mome ento, minha própria voz atinge milhares de criaturas pelo mundo. Àqueles que podem me ouvir, digo: não desesperem. A desgraça que caiu sobre nós é desesperem apenas o res sultado de um apetite feroz, da amargura de e homens que temem a via do progresso humano. O ódio ó dos homens passará, os ditadores perecerão, e o poder que eles usurparam do povo voltará ao po ovo. E, enquanto homens souberem morrer, a libe liberdade d d não ã perecerá! á! Soldados, nã ão se entreguem a esses brutos... homens que os desprezam e tratam como escravos, dispõem de suas s vidas, impõem-lhes seus atos, seus pensamentos s, seus sentimentos; que os adestram, tratam-nos como c gado e se servem de vocês como carne para o abate! Não se entre eguem a esses homens contra a natureza, a esses e homens-máquinas nos corações de máquinas q s. Vocês não são máquinas! q Vocês não são gado! Vo ocês são homens! Vocês carregam o amor pela hu umanidade em seus corações! Não tenham ódio! Só os que não são amados odeiam. Os que não são amados e os anormais... Soldados, não lutem pela escravidão! Lutem pela liberdade. No décimo sé étimo capítulo do Evangelho de São Lucas está es scrito: ‘O reino de Deus está no próprio homem.’ Não o em um único homem, ou em um grupo de hom mens, mas em todos os homens! E vocês! Vocês s, o povo, vocês têm o poder de criar máquinas O poder de criar a felicidade. máquinas. felicidade

Apelo aos a Homens - Charles Chaplin (trecho do discurso d final de “O grande ditador”)

Vocês, o pov vo, têm o poder de criar essa vida livre e esplêndida.... de fazer dessa vida uma radiosa aventura. En ntão, em nome da democracia, utilizemos es sse poder... unamo-nos todos! Lutemos por um mund do novo, novo um mundo limpo que dê a todo homem a possibilidade de trabalhar, à juventude um m futuro, e ponha os idosos ao abrigo da necessida ade. Ao prometer essas coisas, os ambiciosos subiram ao poder. d M Mas eles l mentiram! ti ! Não Nã cumpriram i suas promessas, nunca n as cumprirão! Os ditadores se libertaram, mas m domesticaram o povo. Agora, lutem mos para cumprir essa promessa. Lutemos por um mundo equilibrado... Um mundo de ciência em que o progresso leve à felicidade de todos! Em nome da democracia, vamos nos unir!”

Homenagem m da ONG “Meu sonho não tem fim” ao seu querrido, inesquecível e saudoso “grande sonhador” Charles C Chaplin.

Charles Spencer Chaplin 16/04/1889 - 25/12/1977