Revista Marketing Católica - Edição 22

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Artigo

Na vida de Jesus, existem três montanhas muito importantes e intimamente unidas uma às outras, que funcionam como três elos de uma corrente. Poderíamos dizer que os três acontecimentos mais importantes da vida de Jesus aconteceram nestas montanhas: o Monte Tabor, onde Jesus viveu uma nova experiência do amor de Seu Pai por Ele. O Monte Calvário onde Ele foi entregue por amor a todos nós. E o Monte das Oliveiras onde Ele viria a a ser glorificado. Ora, amigos e amigas, se este foi o caminho de Jesus, então, deve ser também a estrada de cada um de nós e de todos os seus seguidores no futuro, pois este é o itinerário da vida cristã. E essa é a relação que existe entre estes três lugares: não se pode ir até o Monte das Oliveiras onde Jesus o sobe para ser glorificado pelo Pai, sem antes termos passado pelo Monte do Calvário. Da mesma forma, nós não somos capazes de escalar o Monte Calvário sem antes termos vivido a gratificante experiência do Monte Tabor, onde nos abasteceremos da força necessária para carregarmos a Cruz do discípulo e, em seguida, sermos ressuscitados com Ele, para então proclamarmos O Seu nome até os confins do Terra, como Ele nos ordenou.

1.

O Monte Tabor

Quando os ventos da contradição se aproximaram, Jesus quis tomar um fôlego que O refrescaria e, ao mesmo tempo, iria fortificá-Lo para a luta final que estava se aproximando. Foi quando Ele subiu até o alto do Monte Tabor onde Seu Pai lhe reafirmou o Seu amor incondicional ao dizer-Lhe: “Tu és o meu filho amado”. Logo, antes de subir o Calvário, Jesus ascendeu ao Monte Tabor, porque o Seu destino doloroso só pode ser visto por nós sob a perspectiva do amor de Deus. O Monte Calvario só parece bom a partir de um monte mais alto do que ele: o Tabor. Esta situação, segundo nos diz o evangelista Lucas, nos mostrou o encontro de Jesus com Moisés, protótipo da Lei e também com Elias, protótipo dos Profetas que, em síntese, reúnem todo o Antigo Testamento. Jesus falou com ambos sobre a próximidade da divisão deste mundo que estaria iminente. Por isso, antes de subir para o Gólgota, Ele recebe do Pai a comprovação de que era o Filho muito amado, em quem o Pai coloca toda a Sua complacência. Se Jesus viveu a experiência do Tabor antes da experiência do Calvário, é porque nenhum de nós pode passar pelo sofrimento e pela Cruz, se, como Ele, antes não tivermos experimentado o amor de Deus. Assim como não há Páscoa da Ressurreição se não existir o Calvário, este também não nos é possível (nem suportável) sem uma subida ao Tabor, onde impulsionados pela experiência do Amor de Deus, poderemos tomar a firme decisão de fazermos a vontade do Pai: uma decisão consciente e pessoal. Somente aqueles que ouviram a voz de Deus: que lhes declara o Seu amor incondicional e pessoal, pode, a exemplo de Jesus, depois dizer “mas, não se faça a minha vontade, Pai amado, mas sim a Sua.”

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