Revista A Palavra (Maio/2022)

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EDIÇÃO 123 | MAI/2022 |DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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DUAS DÉCADAS DE DEDICAÇÃO À CASA PAROQUIAL

Conheça a história de vida da Valquíria Suave Mendes. Revista - A Palavra - Maio - Paróquia São Luis Gonzaga.indd 1

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JARDIM DE NOSSA SENHORA

Cada flor ofertada representa o carinho e a devoção dos fiéis a Nossa Senhora.

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RESSURREIÇÃO DE CRISTO

Veja como a Paróquia celebrou o tempo de Quaresma, Tríduo Pascal e Semana Santa.

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EDITORIAL

POR AGÊNCIA ARCANJO

Bem-vindos à revista A Palavra! Iniciamos este Mês Mariano com mais uma edição da Revista A Palavra. O mês de maio é dedicado inteiramente à devoção à Virgem Maria, mãe de Jesus. Ela, que é muito venerada pelos fiéis, é exemplo de amor puro para todas as mães. Além de missas e orações especiais, uma das formas mais singelas de homenageá-la é pela oferta de flores, como acontece todos os anos na Paróquia São Luís Gonzaga. O carinho e a devoção dos fiéis e de toda igreja por Nossa Senhora é tanto, que todos os anos o altar da Igreja Matriz é floreado por pétalas coloridas e perfumadas, e se torna o Jardim de Nossa Senhora. Saiba mais na leitura da matéria central. No mês de abril, encerramos o Tempo de Quaresma para viver o Tríduo Pascal e a Semana Santa, em celebração à Ressurreição de Cristo, que morreu na cruz para nos salvar. Essas e outras matérias você confere nesta edição, que celebra o tempo mariano, um tempo de amor e carinho. Desejamos um Feliz Dia das Mães a todas as mulheres que carregam ou carregaram o milagre da vida em seus ventres. Que o mês de maio possa ser leve, florido, colorido e esperançoso.

mensageirodossonhos.com.br

Uma boa leitura a todos!

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POR PE. DIOMAR ROMANIV, SCJ

PALAVRA DO PÁROCO

Queridos paroquianos, queridos filhos! Maio: mês das mães, mês de Maria! Esse é um mês dedicado ao amor materno! Gratidão elevamos a Deus nestes dias pela mãe que a quem Ele nos confiou! Ela nos gerou, nos alimentou, nos educou, nos ama e cuida de nós! Nosso coração faz memória agradecida dos tantos gestos amorosos de nossa mãe! Louvor entoamos a Deus por Maria, nossa Mãe e Intercessora! Ela reza por nós, nos acompanha e nos conduz no caminho do Seu Filho! A ela ofertamos nossa oração de gratidão e confiança! Às mães aqui na terra, às mães já lá no céu e à Mãe celestial, abrimos o nosso coração de filhos para dizer que as amamos e que as reconhecemos como sinais do Amor Divino! Neste mês, queremos retribuir ao amor delas recebido... e como fazer? Às mães que estão conosco, damos o nosso abraço e expressamos o nosso carinho. Às mães que já não estão conosco, fazemos uma oração e recordamos delas com saudades e gratidão. À Mãe Maria, ofertamos nossas flores no jardim a ela preparado, e fazemos da nossa prece do Rosário uma coroa espiritual de flores, com cheiro de céu! Vivamos estes dias alegres e agradecidos pelo dom da maternidade que enriquece o mundo e a Igreja. É causa de bênção e esperança! Rezemos pelas mulheres grávidas e por aquelas que sonham em ser mãe e não conseguem; rezemos por aquelas que escolheram a maternidade pela adoção! Unamos nossas preces às mães orgulhosas pelos filhos que tem e por aquelas que sofrem pelas dores de seus filhos! Este é um mês de amor e oração àquelas que muito amam e rezam por nós, os seus filhos!

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MATÉRIA

POR CHARLES GODINI

“As paredes de um hospital já ouviram orações mais sinceras do que as paredes de uma igreja”

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Camila Moreli fala sobre a educação de pais para com seus filhos. A educação (tema escolhido para a Campanha da Fraternidade 2022), em casa ou na escola, é fundamental para o desenvolvimento de valores éticos e morais de qualquer ser humano, seja ele criança ou adulto. A revista A Palavra conversou com a tabeliã, Camila Morelli Hort, 33 anos, mãe dos gêmeos Martin e Zayn, de 1 ano e dois meses, sobre maternidade e educação, assuntos que viraram rotineiros para a mãe de primeira viagem. Devota de Nossa Senhora Aparecida, Camila teve uma gravidez complicada, mas, com a ajuda da Santa, seus bebês estão fortes e saudáveis. Casada há 8 anos com Sidnei Hort, 40 anos, ela divide seu tempo trabalhando como tabeliã designada, cuidando dos pequenos, do marido e da casa. Camila tinha uma visão totalmente diferente da maternidade e, com a chegada dos gêmeos, aprendeu muito sobre diversos sentimentos. “Aprendi a ser mais paciente, calma e serena. Aprendi que ser mãe era diferente do que as pessoas me falavam, e que tudo depende do ângulo em que se analisam as coisas. Aprendi que as paredes de um hospital já ouviram orações mais sinceras do que as paredes de uma igreja. Que o amor incondicional existe. Entendi o que é se doar inteiramente para um outro ser. Mudou a minha percepção do mundo, a percepção que eu tinha de mim mesma, do que é prioridade e do que é importante. Aprendi a lidar, de uma maneira mais fácil, com as mudanças, e a aproveitar melhor meu tempo”, expressou.

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POR CHARLES GODINI

ARTIGO

Segundo ela, a educação é um dever da família. É em casa que se deve aprender os princípios morais e éticos. Para ela, a escola serve de base para novos aprendizados acerca da sociedade e do mundo.“Hoje, nossos filhos são bebês e frequentam a creche. Pensamos muito em qual instituição queríamos que eles estudassem; quais os valores que seriam passados para eles fora de casa nesse momento de estudo. Em casa, antes de dormir, sempre rezamos o Anjo da Guarda com eles; os pequenos já juntam as mãozinhas quando começamos a oração. Na escolinha eles também fazem isso. Rezam antes das refeições e as professoras também ensinam como se deve rezar. Acreditamos que, estando presentes e ensinando os valores que nos foram repassados por nossos pais, desde bebê, ensinando a serem pessoas educadas, respeitosas, trabalhadoras e dispostas com a comunidade, estaremos formando cidadãos de bem, preparados para o mundo, porém, sabendo que nosso maior amigo e parceiro é Jesus”.

Ser presença: Ainda, segundo Camila, os pais devem estar presentes em todos os momentos, sem exceção, na criação de um filho, e prestar toda a assistência necessária, inclusive psicológica. “Esse processo está sendo construído com muito diálogo entre eu e meu marido. Conversamos sobre nossos valores e de que maneira queremos educar nossos filhos. Eu, por exemplo, desde muito cedo fui incentivada por minha mãe e irmã mais velha a participar dos movimentos da igreja. Em casa, minha mãe sempre ajudou nas tarefas escolares; sempre tivemos total apoio e incentivo. Desde muito cedo, nossos pais nos ensinaram sobre educação financeira. Isso nos ajudou muito, e ajuda até hoje. Eles nos educaram da forma que achavam ser correto, e, hoje, levamos muitos desses aprendizados para nossos filhos. Tentamos, no dia a dia, repassar esses valores através de conversas e exemplos cotidianos. Rezamos, sempre, para que a Sagrada Família de Nazaré seja nosso exemplo e guia. Que Maria me abençoe como mãe e São José dê suas bênçãos sobre o pai, para que sejamos abençoados nessa difícil tarefa de educar os filhos”, compartilhou.

Camila e seu marido, Sidnei, com os gêmeos Martin e Zayn, participaram da solenidade de Quinta-feira Santa, na igreja Matriz São Luís Gonzaga.

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ENTREVISTA

POR JULIANE FERREIRA

Duas décadas de amor ao trabalho na casa paroquial

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Conheça um pouco do trabalho de quem cuida da cozinha e lavanderia da casa dos padres

Há 20 anos que a rotina diária de trabalho conduz Valquíria Suave Mendes a uma casa especial: a residência dos padres da Paróquia São Luís Gonzaga, no Centro de Brusque. Lavar, passar, fazer as compras e as refeições, esses são os seus afazeres. Nessas duas décadas, Valquíria dedica sua organização, discrição e zelo aos serviços de cozinha e lavanderia da casa. Ela começa o dia preparando o café que será servido aos padres. E é na cozinha que seu dom exala com amor: desde o sabor que dá aos alimentos, ao tempero que os padres já conhecem muito bem. Natural de Guabiruba, casada e mãe de dois filhos, Valquíria serve com alegria aos padres na casa onde moram seis sacerdotes. No final de 2001, o Padre Eli Lobato dos Santos, pároco da época, procurava por alguém para trabalhar na casa paroquial quando conheceu Valquíria. Era janeiro de 2002 quando ela começou a trabalhar na residência paroquial. O talento na cozinha ela herdou da mãe, e de mão em mão o dom passou para seus filhos, de 17 e 29 anos, que hoje mantêm uma padaria em Guabiruba. “Com o tempo a gente vai conhecendo o jeitinho de cada um dos padres e adaptando isso ao dia a dia. Para mim, é uma satisfação trabalhar com eles. Eu adoro cozinhar e faço o que eu realmente gosto. Trabalhar aqui é diferente, porque a gente sente uma energia boa, um lugar que chego e encontro paz, em um clima calmo e sereno”, revela.

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POR JULIANE FERREIRA

ENTREVISTA

Dia do Trabalho Na Encíclica Laborem Exercens, do Papa João Paulo II (1981), sobre o trabalho humano, tem-se que “com a palavra trabalho é indicada toda a atividade realizada pelo homem, tanto manual como intelectual, quer dizer, toda a atividade humana que se pode e deve reconhecer como trabalho”. Para homenagear os homens pelo dom ao trabalho, foi instituído o Dia do Trabalhador ou Dia Internacional dos Trabalhadores, 1º de maio, celebrado anualmente em vários países do mundo, sendo feriado no Brasil, em Portugal e em outros.

São José Operário No calendário litúrgico, o Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré. O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esquecer de que ao seu lado estão Jesus e Maria. São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras é o mais desejoso de trabalhos santificados:

“Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa… O Senhor é Cristo” (Col 3,23-24).

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CENTRAL

POR AGÊNCIA ARCANJO

Nossa Senhora, como verdadeira mãe, nunca abandona os seus filhos. A ela, nossa veneração é por tudo o que ela foi e por tudo o que ela é. Cultivamos o amor por ela, pois foi ela que, em seu ventre milagroso, carregou o Filho de Deus. É ela quem nos abençoa com suas graças, quem nos ampara com seu colo, quem ouve nossas aflições e tira as angústias dos nossos corações. Como símbolo de nossa devoção eterna à mãe de Jesus, celebramos neste mês de maio o Mês Mariano, um mês dedicado inteiramente à Maria. A Paróquia São Luís Gonzaga comemora todos os anos com um espaço para homenagear a Nossa Senhora e, também, o Dia das Mães. Nomeado como Jardim de Nossa Senhora, o espaço é florido com flores e arranjos, e até um buquê foi depositado por uma noiva no jardim, representando o carinho e a devoção dos fiéis e de toda a Igreja por Nossa Senhora. Juntas, as flores compõem a paisagem magnífica do Jardim de Nossa Senhora, cuja visão é de tirar o fôlego dos fiéis. O evento ocorre anualmente, sempre no mês mariano, para homenagear a Virgem Maria, mãe de Deus. Cada pétala transmite uma prece ou um agradecimento, e o perfume das flores é o amor das mães pelos seus filhos, que nunca os abandonam, assim como inspira Maria.

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POR JULIANE FERREIRA

CENTRAL

Rosita Baumgart Pereira Sacristã da igreja Matriz São Luís Gonzaga A jardineira de Nossa Senhora Discreta e disposta a zelar por um jardim especial, com a dedicação que se assemelha ao cuidado de mãe. Seu nome se origina de uma flor, a rosa. Rosita Baumgart Pereira é sacristã da Igreja Matriz, mas em maio é também a jardineira de Nossa Senhora. Não cai uma pétala que ela não veja. Há flores que duram dias. Cada uma tem seu lugar, todas são vistas e especiais. “Uma mulher que deu seu Sim para Deus é digna de todo cuidado, carinho, dedicação e amor. Uma mulher que permaneceu de pé diante das dores sofridas que seu Filho amado sofreu é digna de todo respeito e admiração. Uma mulher que nos foi dada por um Deus que entregou a vida pra nos salvar é merecedora do nosso sim para com os céus. Diante de tanta admiração e amor dedicado a essa mulher é que a igreja dedica um mês todinho à Ela, em forma visível de um amor incondicional que recebemos. Por isso, entregamos com mais intensidade flores a ela neste mês, como um aniversário prolongado.

Tenho o cuidado com todo e qualquer vaso que chega, e sempre penso em mantêlo bonito pelo maior tempo possível. Assim, quando a pessoa volta e vê seu presente bem cuidado, fica feliz. Meu trabalho é regar, limpar e tirar as embalagens, assim as flores duram mais. É feito sempre com muito amor, carinho e dedicação. Quanto mais flores, mais tempo precisa… para isso, sempre venho em uma parte do dia, manhã ou tarde. Duas vezes na semana é feita a limpeza nos vasos. Tiro as folhas secas, as flores murchas e rego cada vaso. Neste tempo que passo ali, cuidando do jardim, ofereço à Virgem Maria novamente cada flor, peço a Ela que cuide bem da pessoa que trouxe e, se foi entregue com um pedido, se for possível, que seja atendido.“ “Quando a flor fica “vencida”, sou obrigada a descartar, mas têm muitas que são replantadas no jardim do morro da igreja. Pra mim, cuidar do jardim de Nossa Senhora não é trabalho, é uma bênção”.

Cada fiel que chega à Igreja Matriz São Luís Gonzaga com uma flor para a Mãe não traz somente o visível, mas traz em seu coração uma prece ou um agradecimento, e por isso que o jardim fica magnífico. O espaço onde fica a imagem é bem amplo, por isso há o cuidado em fazer alguma ornamentação inicial para incentivar os fiéis a trazerem as flores.

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MATÉRIA

POR JULIANE FERREIRA E ANIZIA BEPPLER

Maio: um mês que tem Maria como Mãe Em nossa paróquia, são três as comunidades Marianas que trazem por nome Lourdes, Aparecida e Fátima

A Paróquia São Luís Gonzaga tem a honra e alegria de, no mês de maio, poder celebrar e festejar com as comunidades, e com o povo católico, o mês de Nossa Senhora. Em âmbito paroquial, são três as comunidades Marianas: Nossa Senhora de Lourdes, no bairro São Pedro, Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Maluche, e Nossa Senhora Aparecida, no bairro Steffen. Nossa Senhora de Lourdes Dia 11 de fevereiro celebra-se, anualmente, Nossa Senhora de Lourdes, a padroeira dos Enfermos. Segundo a história da Igreja Católica, as primeiras aparições aconteceram quando a jovem camponesa, hoje conhecida como Santa Bernadete, tinha apenas 14 anos. De acordo com a jovem, quando procurava por lenha com sua amiga, próximo ao caminho do Rio Gove, ela avistou uma dama dentro de uma gruta. Era dia 11 de fevereiro de 1858. Nossa Senhora teria aparecido para Bernadete por vários anos, até que afirmou ser a Imaculada Conceição. Comunidade Nossa Senhora de Fátima A primeira aparição se deu em 13 de maio de 1917. Nossa Senhora de Fátima profetizou a três pastorinhos: Lúcia, Jacinta e Francisco, sendo um dos mais marcantes fatos de nosso tempo. Ela pedia orações e sacrifícios em reparação pelos pecados cometidos contra Deus, e pela conversão dos pecadores, recomendando a eles que rezassem o terço todos os dias. A segunda aparição ocorreu em 13 de junho de 1917. Nossa Senhora revelou que levaria em breve Jacinta e Francisco, mas Lúcia ficaria por mais algum tempo, sendo instrumento

para tornar Nossa Senhora mais conhecida. Teve ainda mais quatro aparições: 13 de julho de 1917, 19 de agosto de 1917, 13 de setembro 1917 e a última aparição em 13 de outubro de 1917. Nossa Senhora revelou-se como sendo a Senhora do Rosário. Pediu que fizessem uma capela no local em sua honra e profetizou que a guerra terminaria em breve. Comunidade Nossa Senhora Aparecida Celebra-se em 12 de outubro a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a padroeira do Brasil. Tudo começou com a imagem de Nossa Senhora Conceição Aparecida pescada no Rio Paraíba, na segunda quinzena de outubro de 1717, quando os pescadores Domingo Garcia, Felipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixe no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem: era de Nossa Senhora da Conceição, mas sem a cabeça. Lançou novamente e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante os peixes chegaram em abundância para três humildes pescadores. Com o passar do tempo, a devoção à Nossa Senhora Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais.

Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Nossa Senhora de Fátima: intercedei e rogai por nós! 10 | REVISTA A PALAVRA

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POR PADRE MARIANO WEIZENMANN, SCJ

COMUNIDADE

Marialogia, o que é isso? Nas quatro quintas-feiras de maio, a Paróquia São Luís Gonzaga oferecerá um curso sobre Nossa Senhora. Academicamente tal abordagem é conhecida por Marialogia ou Mariologia. Trata-se da disciplina teológica que estuda o lugar de Maria no projeto salvífico de Deus em Jesus Cristo e sua relação com a Igreja. O genuíno discurso cristão sobre Maria é bem expresso por Paulo VI na Exortação sobre o culto à Virgem Maria: “Em Maria tudo se refere a Cristo e dele depende” (MC 25). É no intuito de conhecer melhor Jesus que a comunidade cristã encontrou Maria. Ela não é o centro do cristianismo, mas está no centro por estar vitalmente associada a Jesus. Qual o fundamento da reflexão católica sobre Maria? É a fé, a partir da Bíblia, para chegar à vida, passando pela oração, pelo dogma e pela pastoral. Podemos sintetizar o percurso assim: Maria na Bíblia (fé inspirada e fundamentada), na liturgia (fé orada e celebrada), no dogma (fé tematizada e oficializada), na pastoral (fé explicada e atualizada) e na vida (fé vivenciada e testemunhada). A fé católica sobre Nossa Senhora está sintetizada no Catecismo da Igreja Católica, onde é apresentada em dois blocos: 1) Os números 484 a 511, sob o título de “Concebido pelo poder do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria”, mostram Maria referida a Jesus Cristo; 2) Os números 963 a 975, sob o título “Maria Mãe de Cristo, Mãe da Igreja”, apresentam Maria referida à Igreja, Corpo Místico de Cristo. Esses pressupostos cobram da marialogia algumas tarefas irrenunciáveis: situar Maria em relação à Trindade e à Igreja; fazer conhecidas as grandes intuições e contribuições da vida e da missão de Maria em relação a Jesus e à Comunidade; incentivar a participação nas celebrações oficiais da Igreja e orientar as práticas devocionais; fazer compreensíveis as verdades dogmáticas para os fiéis de hoje; colaborar no diálogo ecumênico, com as demais igrejas cristãs; e oferecer critérios de interpretação para as aparições marianas.

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ESPIRITUALIDADE

JULIANE FERREIRA E SANDRA CANI

Santa Rita de Cássia: admirável obediência “Admirável era a sua obediência, profunda era a sua humildade, grandes eram as suas mortificações e penitências”. Maio também é um mês de devoção a uma santa que, em vida, foi exemplo de filha obediente, esposa amável, mãe dedicada, viúva e irmã religiosa. Ela cultivava uma fé inabalável em Jesus e Nossa Senhora. A santa recebeu o apelido carinhoso de Rita. Margherita era filha única, fruto do amor de Antônio e Amata Ferri. Nasceu no ano de 1381, em Roccaporena, na Itália, a cinco quilômetros de Cássia, onde foi batizada. Santa Rita de Cássia, que mais tarde foi invocada por todos os seus devotos. Por vontade dos pais, casou-se aos 15 anos. É chamada também de “esposa mártir”, pois seu marido, de gênio difícil, a fez sofrer muito. Viúva, seus sofrimentos como mãe continuaram, porque seus dois filhos tinham um gênio semelhante ao do pai. Com a morte prematura dos filhos, Rita se empenhou em realizar sua vocação: se consagrar inteiramente a Deus na vida religiosa. Foi numa Sexta-feira Santa que, depois de ouvir uma meditação sobre as dores de Cristo, na sua Paixão, recebeu um sinal na fronte, que a acompanhou até a morte, em 22 de maio de 1457. Depois, foram inúmeros os acontecimentos extraordinários e os milagres que se sucediam, e deram-lhe o título de “Santa dos Casos Impossíveis”. Os Símbolos Ritianos mundialmente conhecidos são: as abelhas brancas na infância; o estigma na fronte; a videira; a rosa e os figos.

Dia devocional a Santa Rita Com o nome da santa, o bairro em que está situada a comunidade Santa Rita de Cássia celebra todo dia 22 a missa devocional a sua padroeira, e o seu mês é maio. Por isso, uma programação especial é celebrada com muitos devotos na missa. São pessoas de diversas regiões, que buscam agradecer a santa pelas graças recebidas. Devotos, fiéis e peregrinos que trazem rosas para serem bentas, figo, mel ou outros pertences que representam a santa para serem sorteados. Dia 22 de maio é um dia de muita fé em uma santa que é considerada um grande exemplo para seguirmos.

Sede minha protetora, Rita bem-aventurada!

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POR JULIANE FERREIRA

PARÓQUIA

Quaresma • Semana Santa • Páscoa Da alegria à dor, da acolhida ao desprezo, da vida à morte para a Ressurreição. Sempre em paz!

Quaresma A Campanha da Fraternidade inicia oficialmente com o período da Quaresma para os católicos. Outro rito litúrgico que simboliza o período acontece no primeiro dia deste tempo: a imposição das cinzas. Assim, também iniciamos e tão bem vivemos, como Paróquia, este tempo de profunda espiritualidade, orientados à prática da oração, do jejum e da caridade. A cor roxa está desde o altar aos elementos que compõem as vestes dos padres. Um roxo que simboliza a interiorização deste tempo, dando sentido ao silêncio que ora, jejua e vive o processo da conversão. Imagem: Divulgação.

Todas as sextas-feiras da Quaresma foram dedicadas à oração da Via Sacra.

Centenas de brusquenses rezaram pela paz durante 24 horas, na presença do Santíssimo Sacramento, exposto no altar da Igreja Matriz São Luís Gonzaga. O movimento teve início com a missa das 19h, na sexta-feira, dia 25 de março, e chegou ao fim durante a celebração de sábado, também às 19h.

Imagem: Divulgação.

24h com o Senhor

Imagem: Divulgação.

Via Sacra

Missa com os professores Os professores, protagonistas da Campanha da Fraternidade deste ano, foram homenageados em uma missa especial, no dia 17 de março. A celebração foi inspirada pelo tema deste ano, cujo lema é “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Cf. Pr 31,26). 13 | REVISTA A PALAVRA Revista - A Palavra - Maio - Paróquia São Luis Gonzaga.indd 13

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PARÓQUIA

POR JULIANE FERREIRA

Quinta-feira Santa

O ápice da fé cristã. A Semana Santa é a semana principal dentro do calendário litúrgico da Igreja, na qual celebramos o Mistério Pascal, com a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Inicia-se com o Domingo de Ramos e, como Paróquia, celebramos na Matriz e nas Comunidades este dia que faz memória à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Diferente dos últimos dois anos, o Domingo de Ramos foi marcado pela bênção dos ramos e a procissão.

No dia 14 de abril, iniciamos o Tríduo Pascal: uma única celebração, dividida em três partes. Na Última Ceia, Jesus, antecipando a Sua doação total, entrega aos discípulos o sacramento do amor: a Eucaristia. A data inspira a oração pelos sacerdotes, seminaristas e vocações sacerdotais. Antes do Canto das Oferendas, um gesto de humildade: o Lava-Pés, com a presença de doze pessoas da comunidade, entre adultos e crianças, que representavam os discípulos de Jesus.

Imagem: Divulgação.

Domingo de Ramos

Sem a bênção final, uma procissão conduziu o Santíssimo Sacramento, com velas e incenso, ao auditório paroquial. A procissão foi acompanhada por um gesto de fé e adoração silenciosa até o início da vigília com os grupos, que seguiu em oração e adoração até a meia noite, relembrando os sofrimentos de Jesus. Imagem: Divulgação.

Imagem: Divulgação.

Transladação do Santíssimo

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POR JULIANE FERREIRA

PARÓQUIA

Sexta-feira Santa

Imagem: Divulgação.

“O Senhor é a pessoa que muito nos ama, ao ponto de dar sua vida”. Silêncio e compenetração marcaram a Solenidade de Paixão e Morte de Jesus, na Sexta-feira Santa, na Igreja Matriz e nas Comunidades. A celebração foi concluída com a procissão com o Senhor morto pelas ruas da cidade, no entorno da igreja. Também na Sextafeira Santa, a Comunidade Sagrado Coração de Jesus Caminhada realizou a Caminhada Penitencial ao Santuário de Azambuja.

Sábado Santo

Domingo de Páscoa A Semana Santa encerrou no domingo, dia 17 de abril, com a celebração da Páscoa. O anúncio da Ressurreição de Cristo aconteceu às 6h, durante a aurora festiva. Logo após, missas foram celebradas ao longo do dia, na Igreja Matriz e nas Comunidades.

Imagem: Divulgação.

“Eis a luz de Cristo!” No Sábado Santo, a Igreja Matriz e as Comunidades que formam a Paróquia São Luís Gonzaga concluíram as celebrações do Tríduo Pascal. A liturgia desta noite é bem longa, com um significado profundo, marcada por ritos específicos deste tempo, onde tem presente à Páscoa do Senhor a sua passagem da morte para a vida. A celebração é dividida em quatro partes: liturgia da luz, da palavra de Deus, batismal e eucarística.

Imagem: Divulgação. 15 | REVISTA A PALAVRA Revista - A Palavra - Maio - Paróquia São Luis Gonzaga.indd 15

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EDIÇÃO Mário Augusto Arcanjo

Esta é uma publicação da Paróquia São Luís Gonzaga, sob responsabilidade do Pe. Diomar Romaniv, scj e da Pascom da Paróquia, situada na Rua Padre Gatone, 75 - Centro, Brusque/SC. www.paroquiasaoluisgonzaga.com

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DIAGRAMAÇÃO Letícia Sales SUGESTÃO DE CONTEÚDO redacao@agenciaarcanjo.com.br www.agenciaarcanjo.com.br facebook.com/agenciaarcanjo (47) 3227-6640

REVISÃO Ana Sanches IMPRESSÃO Gráfica Volpato TIRAGEM 1.500 exemplares

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