Revista A Imaculada - Julho de 2020

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PARÓQUIA

Julho - 2020

Pe. José Vidalvino Fontanella da Silva, gratidão! Administrador Paroquial da Paróquia Imaculada Conceição, Rio dos Cedros, de 2013 a 30 de maio de 2020. POR PE. RAUL KESTRING

Tive a oportunidade de partilhar com o Pe. José Vidalvino Fontanella da Silva a tarefa de atender pastoralmente a Paroquia Imaculada Conceição de Rio dos Cedros, praticamente em todo o período em que ele permaneceu como Administrador Paroquial da referida comunidade. Foram sete anos! Quando da sua transferência, já expressei minha gratidão a ele por sempre me ter acolhido, principalmente nos finais de semana, quando normalmente, a vontade de Deus para lá me destinava. À medida que o tempo vai distanciando a sua ausência do meio de nós riocedrenses, tenho a impressão de ir percebendo também o legado evangelizador que Pe. José Vidalvino deixou para a história de Rio dos Cedros. Um homem que assume um desafio tão exigente como o de pastorear uma extensa comunidade paroquial, com suas potencialidades, mas também com seus limites, e nesse “sim” persevera, talvez seja o primeiro legado a ser nele reconhecido. Não esqueçamos, que a perseverança é fruto da ação do Espírito Santo numa pessoa, notadamente num sacerdote. Pe. Fontanella perseverou, e agora tem seu nome registrado nos históricos da evangelização na Paróquia Imaculada Conceição de Rio dos Cedros! Obrigado, Pe. José Vidalvino Fontanella! Prossiga perseverando no seu “sim” ao Senhor que Te chamou e enviou!

Produção

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SUGESTÃO DE CONTEÚDO redacao@agenciaarcanjo.com.br

EDIÇÃO

Aline F S Oliveira

facebook.com/agenciaarcanjo

(47) 3227.6640

REVISÃO

Luísa Borges

DIAGRAMAÇÃO Carolina Romão

A revista A Imaculada é uma publicação da Paróquia Imaculada Conceição, sob a responsabilidade do Pe. José Vidalvino Fontanela da Silva e mantida exclusivamente por meio do dízimo dos paroquianos.


IGREJA

Julho - 2020

OS 10 MANDAMENTOS O sexto mandamento da Lei de Deus

POR PE. RAUL KESTRING

“Não pecar contra a castidade” reza o sexto mandamento da Lei de Deus. A palavra castidade significa reconhecer que pertencemos inteiramente a Deus. Foi Ele quem nos criou e deseja que encontremos nossa felicidade somente nEle. Assim, não é verdade que o corpo que recebemos é nosso e podemos fazer dele o que bem entendermos. São Paulo, na sua Carta aos Coríntios, afirma: “Vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor” (Rm 14,8). Até nossos pensamentos devem estar voltados ao Senhor, à sua vontade, ao seu louvor. É por isso que o primeiro mandamento da Lei de Deus nos pede que amemos a Deus “de todo coração, de toda a alma e de todo o entendimento” (Mt 22,35-38). E, qual é o sinal de que amamos realmente a Deus? É o próprio Jesus quem nos responde: “Nem todo que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7,21). Por isso, todo vício, paixão, apego, exploração do outro ou da outra não agrada a Deus, pois esta não é a Sua vontade. E não fazendo a vontade do Senhor, isto é, fazendo a nossa vontade, estamos negando um dever de justiça para com Ele, nosso Criador e Salvador. Dessa forma, nos desviamos de Seu plano de amor, felicidade e salvação. O sexto mandamento nos remete a vivermos uma sexualidade sadia, integrada à nossa existência. Trata-se de uma graça com a qual Deus nos presenteou. Mas não pode ser um fim em si mesma. A luz divina deve iluminá-la, conduzi-la, sublimá-la. Há os que vivem a sua sexualidade no sacramento do matrimônio. Homem e mulher, Deus os criou para que fossem companheiros um do outro (Gn 1,27), ensina o livro do Gênesis, dando-lhes a ordem de crescerem e multiplicarem-se. O verbo crescer indica o caminho da santidade. Multiplicar-se refere-se à complementaridade dos sexos em vista da procriação. “Há, porém os que se tornam eunucos por causa do reino de Deus” (Mt 19,12). São os que se sentem chamados por Deus a consagrarem a sua sexualidade pela vivência do celibato “por causa do reino Deus”: mulheres e homens dedicados totalmente a Deus, à Igreja e aos outros.


CENTRAL

Julho - 2020

POR PE. RAUL KESTRING E MORGANA BERTOLDI

No dia 24 de maio, na Matriz Nossa Senhora Imaculada Conceição, em celebração eucarística presidida por Dom Rafael Biernaski, Bispo Diocesano de Blumenau, tomou posse como pároco, Pe. Fernando Steffens, até então vigário paroquial na Catedral São Paulo Apóstolo. Em nome de todas as pastorais e coordenadores de comunidades, é com grande alegria que te abraçamos e te recebemos com amor, sabendo que vai conquistar e ser conquistado por esta paróquia. Os desafios são muitos, mas tenha certeza de que você nunca estará só. Como comunidade paroquial, carregaremos todos juntos a cruz que nos leva à alegria da ressurreição! Que você possa exercer sua missão com muito amor, oração, fidelidade, prontidão e, que através das suas mãos ungidas, possa derramar as suas bênçãos em nosso meio. Seja bem-vindo e conte sempre conosco! Agora esta é a sua comunidade!


CENTRAL

Julho - 2020

Entrevista com o novo Pároco

REVISTA A IMACULADA

Qual o seu sentimento ao saber que seria o novo pároco da Matriz de Rio dos Cedros?

PE FERNANDO: Sem sombra de dúvidas, de surpresa, num primeiro momento. Jamais imaginava uma notícia dessas, numa quinta-feira de manhã chuvosa. Mas em seguida, a disposição para acolher a vontade de Deus na obediência ao Bispo, conforme todo padre promete no dia da ordenação. Por fim, vem a mistura de sentimentos: ter que deixar a comunidade onde eu estava, as pessoas com quem já havia feito amizade, os trabalhos em andamento, tudo isso junto aos medos diante do novo desafio, a alegria de poder oferecer a minha vida e meu ministério a um povo que precisa, a confiança depositada em mim nesta missão. Ouvi uma vez que “a vocação é a resposta de Deus a alguém que está precisando”, como Abraão foi a resposta de Deus ao povo que pedia ajuda. A mística que nasce dessa consciência ministerial sempre tem me ajudado muito a dizer meu sim.

REVISTA A IMACULADA

O que espera para este novo desafio?

PE FERNANDO: Embora soe estranho, mas com toda a sinceridade do meu coração, não espero nada. Conto com a graça de Deus para fazer bem o que Ele deseja realizar com minha limitada, porém, disponível ajuda. Por outro lado, o carinho por parte dos riocedrenses na acolhida que tenho tido desde minha chagada, já é manifestação plena dessa graça. Mas se eu tivesse que dizer o que espero, digo como Maria: “Faça-se em mim segundo vossa vontade” e que o povo tenha misericórdia de mim, porque sou um pobre pecador.

REVISTA A IMACULADA

Qual sua mensagem aos paroquianos?

PE FERNANDO: Mensagem de esperança de que dias melhores virão e nós também temos responsabilidade para que isso aconteça. Mensagem de solidariedade a todos que estão sofrendo por não poderem participar da Santa Missa. Mensagem de comunhão com todos os paroquianos que professam a fé recebida no batismo e agora contam com minha ajuda no que estiver ao meu alcance. Mensagem de fraternidade ecumênica aos irmãos de outras denominações religiosas. Mensagem de um novo cidadão destas terras que deseja contribuir junto ao povo simples, humilde e trabalhador e àqueles que, como eu, têm grande papel na construção de uma sociedade sempre mais justa, solidária e fraterna.


ENTREVISTA

Julho - 2020

Reunião do CPP

POR PE. FERNANDO STEFFENS

“Pai, que todos sejam um” (Jo 17,23)

Há fatos que estão para além do nosso controle e dos quais acabamos vítimas. Um deles: a pandemia. Contudo, mesmo em meio à situações adversas, há outra realidade que sempre mostra uma força imbatível: a fé. A pergunta que muito se ouve nesses tempos é: como alimentar a fé sem poder ir à Igreja? As pessoas dizem comovidas: “Padre, eu sinto falta da missa, da Eucaristia”. Isso é tocante. Quando um padre chega para assumir uma nova missão, o ardor vem junto. O desejo de conhecer as pessoas, de celebrar nas comunidades, de sentir-se família com seu povo, de sugerir ideias novas, de dar continuidade ao que já há e, claro, deixar em cada pessoa um pouco de perfume, do seu jeito de ser, uma filigrana dos tesouros que há em seu coração sacerdotal, um pedacinho de si mesmo na missão de anunciar o Cristo. E, foi bem desse jeito que eu cheguei a Rio dos Cedros. Porém, eis a pandemia, que impede que seja assim. Não obstante, faz-se necessário dar conta do que é possível. Nesse sentido, a primeira reunião com o CPP foi um momento extraordinário de proximidade com toda a realidade paroquial e a oportunidade de expressar aquilo em que acredito, a partir da Palavra: a comunhão no que é essencial. Por ora, pouco é possível, mas “nada do que é feito com amor, é pequeno” (Chiara Lubich). O essencial é fazer, mesmo o pouco, com amor, dedicação, obediência, liberdade, honestidade, verdade, docilidade, diálogo, firmes neste alicerce que nos faz suportar qualquer provação, a fé. Sigamos esse caminho!


Julho - 2020

GERAL

CELEBRAÇÃO DE CORPUS CHRIST POR MORGANA MARIA BONA BERTOLDI

Diante do cenário que nos encontramos, o Corpus Christi em nossa paróquia foi celebrado a portas fechadas. O corpo de Cristo, que neste dia circula as ruas de nossa cidade, este ano se restringiu apenas a uma pequena equipe de liturgia, necessária para que a missa acontecesse. A Eucaristia foi transmitida pelas redes sociais, fato histórico para a Igreja Católica e para nossa paróquia, já que todos os anos as pastorais e comunidade se dedicam na confecção dos tapetes coloridos que percorrem o centro de nossa cidade, lembrando da importância que damos a este momento tão especial de nosso calendário litúrgico. Nossa celebração foi diferente, mas não deixou de ser especial, pois um cenário foi carinhosamente montado para criar o clima para este momento, iniciando com a Santa Missa e, ao final, o Santíssimo percorreu o corredor central até a porta da frente, que foi aberta para o Padre Fernando abençoar a cidade, num ato de fé e compaixão por todos os fiéis que ali não puderam estar presentes. Voltando para o interior, a igreja permaneceu aberta e muitos vieram durante todo o dia para rezar, pedir e adorar o Senhor. Após, iniciou-se uma adoração transmitida pelas redes sociais, finalizando com a bênção do Santíssimo. Mesmo com todo este momento que estamos passando, e o Corpo do Senhor não passando nas ruas, Ele não vai deixar de nos conduzir, porque Ele é o nosso guia, o nosso Mestre, Aquele que conduz nossos caminhos e que orienta nossa vida. Esta pandemia mudou apenas a forma de celebrar, mas não mudou nossa fé e nossa confiança no Corpo de Nosso Senhor Jesus.


Julho - 2020

GERAL

São Cristóvão POR ARISTIDES CAMPESTRINI

São Cristóvão foi um mártir da fé. As tradições atestam que era um homem muito forte, de grande estatura e que, após converter-se a Cristo, foi morto pelo imperador Décio, por volta do ano 250. Há muitas lendas em torno da sua figura. Um fato notável é que, um dia, atravessando o rio, tendo nos ombros um menino, sentiu lhe pesar muito e descobriu que era Jesus, o Senhor do mundo, que carregava nas costas.

Condutor de Cristo e guia dos motoristas, São Cristóvão é protetor dos que trafegam pelas estradas. Sua festa é celebrada no dia 25 de julho. Em nossa cidade, há o costume de fazer uma missa com procissão e bênção dos carros, caminhões e motoristas. Neste tempo de pandemia, a fé na intercessão do padroeiro dos motoristas não é menos intensa. Porém, o modo tradicional de celebrá-lo terá que ser conforme as circunstâncias de agora. Divulgaremos pelos meios de comunicação, o modo como procederemos, excepcionalmente, este ano.

Nas ondas do rádio POR DENISE TOMASELLI

A Paróquia Imaculada Conceição desenvolve seu trabalho de evangelização de diversas formas. Dentre elas, destaca-se a participação na mídia local. A Cedro FM, rádio comunitária da cidade, sempre divulgou as ações da Paróquia e disponibiliza um espaço diário para três momentos de oração. O projeto conta com a ajuda de apoiadores e traz orações católicas tradicionais, como a Ave-Maria, Consagração a Nossa Senhora, Oração do Angelus, entre outras, sempre com reflexões e bênção do Pe. Fernando. A comunidade é convidada a acompanhar esses momentos diariamente, às 6h, 12h e 18h, sintonizando o rádio em 98,3 ou entrando no site: www. cedrofm.com.br


Julho - 2020

GERAL

Retorno das Missas Presenciais Tendo em vista a reabertura das Igrejas Matrizes para as Missa com presença dos fiéis, a partir de 04/07, iremos ter quatro horários de missas por final de semana, conforme gráfico. Isso para que todas as comunidades tenham oportunidade justa de participar, respeitando os 30% da capacidade total da Igreja (180 pessoas). Intercalaremos entre final de semana A e B, sucessivamente. Havendo necessidade, mudaremos esta estratégia.

Final de semana A Sáb

Dom

Escala das Comunidade A

16h30

02

01

Matriz

19h

01

02

Santa Ana

N.S. Glória

8h

01

S. Sebastião

S. Paulo

10h

03

S. Judas

S. João Batista

N. S. Aparecida

N. F. de Salles

Escala A

Final de semana B

Dom

S.José

N. S. Rosário

INÍCIO DIA 04/07

Sáb

03

Escala das Comunidade B 04

04

19h

01

N. S. Fátima

S. Roque

8h

01

N. S. Auxiliadora

S. Jorge

10h

05

S. Paulina

S. Antônio (Avencal)

N.S. Dores

S. Miguel

Escala B

INÍCIO DIA 11/07

S. Bernardo

05

16h30

S. Terzinha

S. Antônio N. S. Caravaggio

ORIENTAÇÕES: Uso de máscaras é OBRIGATÓRIO; nas portas haverá recipiente com álcool gel para higienização das mãos; os bancos terão lugares demarcados, distanciamentos recomendados e serão higienizados antes e após cada celebração; pessoas dos grupos de riscos ou que apresentam sintomas gripais recomendamos não participem; evite-se aglomerações.


Julho - 2020

ESPECIAL

PE. FERNANDO STEFFENS

em palavras

O poeta em busca Sem mais me surgiu isso: pelo quê a vida valeu a pena? E lá me vou, embrenho-me floresta adentro farejando os “quês” que justificam a beleza, a bondade e a verdade do ato sublime do estar vivo. Pelo quê a vida valeu a pena? Pelo copo d’água, dado ou recebido, pelas dores de parto, pelos funerais, por uma amizade, que até hoje me surpreende, pelas coisas que não tive quando criança, por um único dia de chuva, por causa de um beijo e de um olhar e por causa desta foto em que a vida se prostra. A vida é um madeiro, sempre vivo.


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