Revista A Palavra - Agosto 2022

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EDIÇÃO 126| AGO/2022 |DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SEMANA DA FAMÍLIA5 13PARÓQUIA PEREGRINA11 Congresso Nacional da Pastoral Familiar O aconchego na casa da Mãe Aparecida A semana de São Luís Gonzaga ACONTECEU ESPECIAL

Desejamos a você, além da leitura, uma ótima experiência, uma verdadeira imersão na fé e na vida contida em cada trecho dessa edição.

Chegamos ao mês vocacional e, como não poderia ser diferente, apresentamos uma edição recheada de assuntos interessantíssimos que retratam a riqueza da vida de nossa paróquia e seus paroquianos. Inquietude no coração, chamado de Deus, discernimento e alegria de viver a vocação, tudo isso é retratado na vida do irmão Paulo, que culmina na sua ordenação, conforme você pode conferir na Central. Com foco na família, o berço das vocações e a vivência vocacional dos casais, alguns acontecimentos são destaques este mês, como o ícone da Sagrada Família que estará em nossa paróquia, a Semana da Família, e o XVI Congresso Nacional da Pastoral Familiar que será acolhido pela nossa Arquidiocese. Nessa edição, temos a entrevista com o Superior Geral da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ), padre Carlos Luis Suárez Codorniú. Para celebrar tantos acontecimentos, o Aconteceu Especial traz uma linha do tempo das celebrações e festividades que envolveram a Semana de São Luís Gonzaga.

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2 | REVISTA A PALAVRA EDITORIAL POR AGÊNCIA ARCANJO

Querido paroquiano, Ao celebrar o mês vocacional temos a oportunidade de fazer memória do chamado que de Deus recebemos e de meditar sobre o modo como estamos respondendo e vivendo nossa vocação. Os dias desse mês e a riqueza de acontecimentos na Igreja e em nossa Paróquia nos ajudarão a viver nossa vocação como um caminho de santidade.Emcadadomingo

3 | REVISTA A PALAVRA PALAVRA DO PÁROCOPOR PE. DIOMAR ROMANIV, SCJ

O Senhor nos chama: “vem e segue-me”

seremos convidados a rezar por uma vocação específica: sacerdotes, família, consagrados e consagradas, leigos e leigas. Uma prece diária somos convidados a fazer especialmente pelas crianças e jovens para que descubram e respondam com alegria e fé a vocação para a qual foram chamadas.

O Senhor nos envia: “ide e evangelizai”

Nossa paróquia será agraciada pelo sim vocacional do Monge trapista, Diácono Paulo, que será ordenado sacerdote no mosteiro em Campo do Tenente (PR). Mais um fruto da oração e da vida pastoral de nossaPorparóquia!isso,gostaria de propor, para a sua oração diária, a oração pelas vocações: Jesus, Mestre divino, que chamastes os Apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas, e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens. Dai coragem às pessoas convidadas. Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas para o bem do Povo de Deus e de toda a humanidade. Amém!

Teremos uma semana inteira – a Semana da Família – para refletir e rezar pela nossa família e por todas as famílias. Serão dias intensos de espiritualidade e celebrações para a santificação das famílias.

A alegria de ser chamado!

Realizada com sua profissão, Jéssica deixa a seguinte mensagem para quem corre atrás dos seus objetivos e sonhos. “O que me faz acordar motivada todos os dias é saber o tanto de possibilidades e oportunidades que a vida me reserva. Estamos sempre aprendendo e adquirindo novas experiências. Professores, continuem firmes na missão de transmitir o conhecimento, vocês são essenciais para a educação”, enaltece. A professora Jéssica Fernanda Goes Schlindwein, 29 anos, fala sobre a missão de ensinar

A professora Jéssica Fernanda Goes Schlindwein, 29 anos, é a entrevistada deste mês para a revista A Palavra. A profissional, formada em Pedagogia, Educação Especial e pós-graduada em Neuropsicopedagogia, trabalha há cinco anos como professora, lecionando e se dedicando na educação dos alunos da Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (APAE) de Brusque. Apaixonada por crianças, Jéssica entrou na faculdade com o objetivo de conviver com os pequeninos, ajudálos a crescer como seres humanos e prepará-los para enfrentar os desafios que virão. “Desde pequena gostava de brincar de escolinha, sempre no papel de professora. Vivia com uma mochila cheia de cadernos antigos. Hoje, com muito orgulho, posso dizer que realizei meu maior sonho”, expressa. Para Jéssica, os desafios e as vantagens dessa profissão são inúmeros. Segundo ela, é preciso tornar o processo de aprendizagem mais atraente, fazer com que os alunos se interessem pelas aulas e, consequentemente, fazer com que os pais possam ser estimulados a serem mais participativos. “É preciso repensar suas próprias regras, seu próprio modo de atuar e suas práticas dentro da escola ou instituição. É preciso, também, influenciar, aconselhar e servir de inspiração e de exemplo para os alunos”, argumenta. Firmes na missão Jéssica acredita que, além da formação acadêmica, o professor contribui para a formação e desenvolvimento do aluno enquanto membro da sociedade, pois proporciona para ele experiências que vão além do âmbitoSobreintelectual.otemada Campanha da Fraternidade deste ano, que trata de educação, a profissional considera uma excelente escolha de reflexão em comunidade. “Esse tema veio para dar mais esperança aos educadores que se sentem desanimados e desmotivados. É preciso que haja respeito com essa classe. Que a Campanha da Fraternidade possa servir como alento para todos os profissionais na área da educação”.

Jéssica Fernanda Goes Schlindwein participou da solenidade de Lava-Pés, na Quinta-Feira Santa, na celebração da igreja Matriz.

Amor comunidadecomcompromissoeducação,pelaa 4 | REVISTA A PALAVRA MATÉRIA POR CHARLES GODINI

“É preciso repensar suas próprias regras, seu próprio modo de atuar e suas práticas dentro da escola ou instituição. É preciso, também, influenciar, aconselhar e servir de inspiração e de exemplo para os alunos.”

O mês de agosto, que é o mês vocacional, coloca também a centralidade da família como berço das vocações e a vivência vocacional dos casais!

POR PE. DIOMAR

Neste contexto se celebrará a Semana da Família (14 a 20 de agosto) e nossa Arquidiocese acolherá o XVI Congresso Nacional da Pastoral Familiar (26 a 28 de agosto).Essesdois momentos são iluminados pelo X Encontro Mundial das Famílias, que aconteceu no mês de junho em Roma, com o tema: “Amor familiar: vocação e caminho de santidade”, uma proposta do Papa Francisco para concluir o Ano da Família Amoris Laetitia. Na preparação para o Congresso Nacional, em Florianópolis, peregrina pelo Estado de Santa Catarina o ícone da Sagrada Família, inspirando cada família a viver a partir dos valores da família de Nazaré. Momentos durante a visita do ícone da Sagrada Família O ícone da Sagrada Família estará em nossa paróquia nos dias 17 e 18 de agosto. Na igreja Matriz, dia 17 de agosto (quarta-feira) teremos a Santa Missa às 19h e depois a oração do Santo Terço na intenção dasNofamílias.dia18 de agosto (quinta-feira) iniciaremos com a Santa Missa às 07h e durante todo o dia teremos Adoração ao Santíssimo Sacramento, rezando pelas famílias. Concluiremos estes dias de graça com a Santa Missa às 19h.

14 de Agosto (Domingo) 15 de Agosto (Segunda-Feira) 16 de Agosto (Terça-Feira) 17 de Agosto (Quarta-Feira) 18 de Agosto (Quinta-Feira) 19 de Agosto (Sexta-Feira) 20 de Agosto (Sábado) 21 de Agosto (Domingo) | A PALAVRA ROMANIV, SCJ

REVISTA

Família... vocacionados!somos

MATÉRIA

Missas na Semana da Família Cada uma das comunidades da Paróquia se organizará para acolher as famílias e com elas celebrar a Santa Missa. Você e sua família já estão convidados. 13 de Agosto (Sábado) Como de costume em cada Comocomunidadedecostume em cada 19h3019hcomunidade-Matriz-Santa Paulina 19h - Matriz 19h - N. Sra. Lourdes 19h - São Francisco 19h30 - SCJ 19h - Matriz 19h - Santa Rita 19h30 - Santo Antônio 07h - Matriz 19h - Matriz 19h - Cristo Rei 19h - São João Batista 19h - Matriz 19h - N. Sra. Fátima 19h30 - São José Como de costume em cada Comocomunidadedecostume em cada 10hcomunidade-SantaRita

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6 | REVISTA A PALAVRA ENTREVISTA POR GUEDRIA MOTTA

“Sonhamos juntos com novos projetos, estimulamos a colaboração e mantemos os horizontes abertos.”

Superior Geral da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, padre Carlos Luis Suárez Codorniú, visitou a Paróquia São Luís Gonzaga No dia 4 de julho, a Paróquia São Luís Gonzaga recebeu a visita do Superior Geral da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ), padre Carlos Luis Suárez Codorniú, na ocasião acompanhado pelo Conselheiro Geral para países da América Latina, padre Levi dos Anjos Ferreira. Além de conversar individualmente com o pároco, padre Diomar Romaniv, e com os demais vigários paroquiais, o Superior Geral presidiu a missa das 19h, na igreja Matriz. Ele aproveitou para falar um pouco sobre esta visita e atuação à Revista A Palavra. Revista A Palavra: Qual é o sentimento de estar em Brusque, por onde Padre Dehon também já passou e onde se inicia a história da Congregação SCJ no Sul do Brasil? Padre Carlos Luis Suárez Codorniú: São dois sentimentos. O primeiro é de muita gratidão ao reencontrar essa presença da congregação que é tão importante e que tem raízes na mesma visita do padre fundador. É uma presença que me faz pensar em tantos padres e irmãos que trabalharam aqui, que deram sua vida. Esta presença também recorda tantas pessoas que ajudaram, desde o início, a vida da congregação: famílias, amigos e benfeitores que, um dia após o outro, tornaram possíveis as obras, os trabalhos, as casas. Sou grato, também, pelas vocações que saíram daqui; vocações que formaram padres na nossa família religiosa. Nossa congregação foi muito abençoada até agora. O segundo sentimento é o de responsabilidade. Como Superior Geral, sinto a responsabilidade de continuar o trabalho de Padre Dehon, com toda dignidade, mas também com muita alegria. Entendo que não é um trabalho que faço sozinho, mas junto com os outros. Um trabalho que só é possível partilhando a vida e a missão com os irmãos, com os leigos e com toda

Revista A Palavra: Quais os elementos marcam uma paróquia dehoniana?

Revista A Palavra: Brusque concretiza três sonhos de Padre Dehon: o ir ao povo, através da paróquia; a educação das pessoas, através do Colégio e Faculdade; e a formação do clero, já próximo de completar 90 anos do ensino de Filosofia. O senhor pode comentar sobre estas três dimensões que encontrou na cidade?

Padre Carlos Luis Suárez Codorniú: Nas muitas paróquias que visitei, o povo de Deus me chama a atenção sobre isso. Uma das coisas que marca a presença dehoniana é a cordialidade, a proximidade dos religiosos para acolher e acompanhar, para visitar as famílias, para ir além do templo, ao encontro dos outros. É um elemento importante sermos reconhecidos como gente de coração. Somos conhecidos, também, pela disponibilidade para a escuta, por buscar soluções junto às pessoas que chegam, para dificuldades atravessadas em família, no trabalho ou na saúde. Outro elemento que me parece característico é disponibilizar horários e lugares para a Adoração durante a semana, que ajuda a atender nossa dimensão contemplativa de vida cristã.

Padre Carlos Luis Suárez Codorniú: Sim, é verdade. O lugar é pequeno, mas podemos dizer que encontramos expressões de orientações apostólicas que o padre fundador tinha no seu coração e na sua mente. Antigamente, o trabalho da paróquia sempre foi um serviço às vocações e comunidades, em acompanhar a vida das pessoas na fé, mas não apenas isso, ao se mostrar sensível à realidade e contribuir com pessoas em alguma necessidade especial. A paróquia é um lugar privilegiado para celebrar. Também é um lugar onde vivemos nossa adoração eucarística, tão importante para a espiritualidade das comunidades cristãs e para as vocações religiosas. Nossa congregação nasceu em uma escola. Então, ter em Brusque uma presença educativa tão significativa, desde os mais pequenos até os mais grandes, é cobrir o caminho da vida, o caminho da formação educacional. Oferecer este serviço à sociedade é uma graça. É a expressão da integridade e do empenho do padre fundador com a vida de comunidade, no serviço da evangelização e da cultura, no desenvolvimento humano e social. Por fim, Padre Dehon sempre pediu aos religiosos para atender a dimensão formativa do clero, formando não apenas discípulos, mas também servidores, com competência para acompanhar a caminhada do povo de Deus e, à luz da Palavra, oferecer uma reflexão oportuna sobre o que vivemos.

Revista A Palavra: Quais os desafios para a congregação no mundo pós-pandemia? Padre Carlos Luis Suárez Codorniú: Buscamos fortalecer a comunhão da congregação e construir pontes com todos os países, que é um movimento interessante. Sonhamos juntos com novos projetos, estimulamos a colaboração e mantemos os horizontes abertos. Cada local tem suas próprias necessidades e urgências, mas compreendemos que somos uma congregação internacional e sem fronteiras. Devemos nos sentir em casa em todas as partes do mundo. Não podemos esquecer o que aprendemos durante a pandemia: a vida é frágil. Não podemos pensar na nossa vida separada do outro. Somos mais relacionados do que imaginamos. Nenhuma área geográfica deixou de ser atingida e nos tornamos solidários ao viver juntos o sofrimento e a perda de familiares e amigos. A pandemia renovou a nossa humanidade e nos pede mais atenção e compreensão, porque ninguém fica de fora do mundo ou, como o Papa Francisco fala, da nossa casa comum. Na pandemia estivemos nas mãos de Deus. Foi necessário abandonar projetos, cancelar agendas. E espero que não percamos essa agilidade de repensar e de encontrar novas maneiras para fazer diferente. Como sacerdote, sigo confiando em Padre Dehon, que nos deixa o mais belo dos tesouros, o coração de Jesus. É no coração de Cristo que encontramos nossa fonte de inspiração.

7 | REVISTA A PALAVRA ENTREVISTAPOR GUEDRIA MOTTA

a família dehoniana. Esta responsabilidade significa não diminuir no espírito de doação que tiveram os primeiros missionários, os primeiros religiosos que chegaram aqui e que fizeram tantas coisas. Não diminuir e continuar a semear o Evangelho, que é nossa tarefa.

Celebração na Abadia Nossa Senhora do Novo Mundo reúne familiares e amigos da Paróquia São Luís Gonzaga.

Neste dia 15 de agosto, durante a solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, Renato dos Santos da Fonseca, que em 8 de dezembro de 2007 assumiu o nome de irmão Paulo, será ordenado sacerdote. A celebração acontece na Abadia Nossa Senhora do Novo Mundo, em Campo do Tenente (PR) e deverá contar com a presença da Paróquia São Luís Gonzaga, com ênfase aos familiares e amigos que formam sua antiga Comunidade – Nossa Senhora de Fátima, no bairro Jardim Maluche. É ali que ainda moram seus pais, Eva Francisca e Marcos Bueno da Fonseca, e os irmãos, Rodrigo, Renival e Marcos Jr.

8 | REVISTA A PALAVRA POR GUEDRIA MOTTACENTRAL

Em 2005, Renato começou a ser acompanhado pelo padre Francisco Hellmann (in memoriam), que residia no Convento SCJ. “Procurava orientação para aquele oceano revolto dentro de mim. Padre Chico me aconselhou a fazer um discernimento vocacional. Eu tinha trabalho, namorava e não queria aumentar esta tormenta. De fato, nunca consegui me enxergar como um padre servindo numa paróquia ou como religioso envolvido em atividades pastorais. Sentia o apelo para a consagração, mas não me identificava com as formas com as quais tinha contato”, conta. encontro com os evangelhos, mais do que qualquer celebração”, recorda.

A infância Irmão Paulo é natural de Palotina (PR), mas viveu até os 13 anos em Francisco Alves (PR), em uma área rural e distante do centro da cidade. Por lá havia apenas cultos dominicais, celebrados por Ministros da Eucaristia. A missa com a presença do padre ocorria durante a semana, uma vez por mês. “Aos 12 anos eu li os evangelhos e aquela leitura me marcou profundamente. Como um garoto, gostava de ouvir histórias, sobretudo quando contadas por pessoas de idade e que falavam de lugares e tempos que eu desconhecia. Se há uma marca religiosa em minha infância, foi desse O despertar vocacional Em 2002, aos 21 anos, Renato buscava um caminho para a vida. Foi assim que ele voltou a se interessar pelo movimento da igreja, com apoio e incentivo de amigos que formavam o Grupo de Jovens Davi, na Paróquia São Luís Gonzaga. “Sentia inquietação (cor inquietum) religiosa, mas não queria crer que se tratasse de alguma vocação específica. Até porque era bastante cru na vivência da fé e naturalmente desconfiado, mais de mim mesmo do que de qualquer outra pessoa. Porém, o cor inquietum me atormentava. Às vezes, sentia que iria enlouquecer”, afirma.

A ordenação sacerdotal

9 | REVISTA A PALAVRA POR GUEDRIA MOTTA CENTRAL

O discernimento Em novembro de 2006, Renato passou quatro dias no Mosteiro Trapista. Lá, pôde compartilhar suas inquietações com o padre Lázaro, responsável pelas vocações na época. Entre tudo que ficaria para trás, entre o futuro projetado que deixaria de existir, entre todos os medos, dúvidas e inseguranças, Renato teve a coragem de ouvir o próprio coração. “Deus não dá explicações. Porém, a luz que emana de Sua Palavra, por virtude do Espírito Santo, ampara e orienta os passos a serem dados. Somente um de cada vez, mesmo sem as garantias que a nossa insegurança gostaria de ter. Pude experimentar isso desde então. Uma força para sustentar e perseverar na decisão que tomou forma dentro de mim”, expressa. A vida monástica No dia 4 de agosto de 2007, Renato iniciou a vida religiosa monástica e, em 8 de dezembro do mesmo ano, recebeu o nome de Irmão Paulo. “Em menos de uma semana no mosteiro todas as novidades acabam. A rotina é estruturada: 3h10 levantar-se; 3h30 Vigílias, Oração Pessoal, café, Lectio Divina; 6h15 Laudes e Missa; 8h10 reunião capitular e Tercia; 8h30, trabalho; 12h Sexta e almoço; 13h tempo livre; 14h Noa, trabalho e estudos; 17h30 Vésperas, jantar e leitura; 19h30 Completas; 20h repouso. Isso todos os dias. Vivo essa rotina há quase 15 anos e nunca tive um dia O primeiro retiro Em 2006, Renato decidiu fazer um retiro. Cativado pelos escritos e pelo humor de Santa Teresa d’Ávila, ele optou pela experiência junto aos Carmelitas, em São Roque (SP). “Fiquei dois dias ali. Mas nada de significativo. No retorno dessa viagem, porém, lembrei-me de uma visita que fiz no Mosteiro Trapista, em 2003. Todas as impressões que tive começaram a emergir com vivacidade e simplicidade. Sutilmente, notei apresentar-se dentro de mim a sugestão de que este seria o meu lugar. Assim, a tormenta tomou proporções tsunâmicas”, detalha. Desde aquele momento, Renato tentou continuar a vida de leigo, até compreender que chamados vocacionais nem sempre vêm acompanhados de explicações.

“Deus não dá explicações. Porém, a luz que emana de Sua Palavra, por virtude do Espírito Santo, ampara e orienta os passos a serem dados. Somente um de cada vez, mesmo sem as garantias que a nossa gostariainsegurançadeter.”

igual ao outro”, afirma. Segundo ele, a vida monástica nasce do desejo inatodo ser humano de encontrar a Deus. “É uma forma de vida anterior ao cristianismo e se encontram variações dela em outras religiões. São João Batista é um “tipo” de monge e, de certa forma, o próprio Jesus, quando é batizado por ele. Esta é a forma de vida religiosa mais antiga na Igreja Católica”, explica.

Ordem dos monges Trapistas

Atualmente os “Trapistas” contam com 160 mosteiros de monges e de monjas ao redor do mundo, nos cinco continentes. No Brasil, a única casa de monges desta Ordem é onde Irmão Paulo mora, além de uma casa de monjas em Rio Negrinho (SC). Em Campo do Tenente, o mosteiro existe desde 1977 e foi fundado por monges do Mosteiro de Genesee. As monjas chegaram ao Brasil em 2010, oriundas do Mosteiro de Quilvo, no Chile.

Irmão Paulo destaca que alguns monges acabam sendo ordenandos sacerdotes. “O exercício do ministério sacro será consoante com a vida monástica. É isso que permite também que padres ingressem num mosteiro e possam se tornar monges”, esclarece. Mesmo sabendo desta possibilidade, Ir. Paulo queria ser monge. Foi no último ano, em uma conversa com o superior naquele momento da comunidade, Dom Gerard de Souza, Abade de Genesee (NY, USA), que foi discutida esta questão. “Sabia que chegaria o momento de dar uma resposta. Rezei, refleti e aceitei assumir o exercício desse serviço sacro”.

A Casa de Retiro Pe. Dehon comemorou, no dia 2 de agosto, 40 anos de fundação. Ao longo de quatro décadas, centenas de pessoas passaram pelo local e puderam sentir a profunda paz e serenidade que envolvia e envolve cada canto deste espaço. “A paz é um bem precioso, dom de Deus. A casa é fruto de um caminho interior e todo o espaço e estruturas favorecem esse percurso. Ao longo desses 40 anos, centenas de encontros foram realizados e muitas vidas transformadas. Pessoas que conseguiram despertar para a vivência da fé e de uma religiosidade adormecida”, comenta o ecônomo e diretor da Casa de Retiro Pe. Dehon, Pe. Anísio José Schwirkowski. Tudo o que a Casa Padre Dehon oferece faz parte da missão dos sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus. “É um centro de espiritualidade, que proporciona condições para um encontro pessoal com Deus e a revitalização da vida interior”, explica

Nova direção Em fevereiro deste ano, Pe. Anísio assumiu a administração da Casa Padre Dehon. Ele afirma que está sendo uma alegria cuidar e administrar o espaço, justamente quando se completam quatro décadas desta obra. “Pessoalmente, é uma graça particular, pois fui beneficiado por esse espaço. Quando jovem, fiz retiro com o Padre Léo e com o Padre Zezinho. Participei, também, de muitas assembleias de nossa Província e de retiros para seminaristas. Hoje é a minha vez de cuidar e promover a espiritualidade nesse lugar. É uma honra”, expressa. De acordo com Padre Anísio, 40 anos é um tempo significativo de missão. “Padre Dehon dizia que para tempos novos devemos ter obras novas. Então, é preciso renovar sempre e ficar atento aos apelos de Deus, pois é Ele que faz novas todas as coisas”.

Segundo ele, a Casa Padre Dehon está sempre de portas abertas para receber encontros e retiros voltados para a espiritualidade. Além disso, assembleias e congressos também ocorrem no local. “Em 2023, queremos promover muitos encontros, como retiros para catequistas, ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, retiros para casais, para homens e outro só para mulheres, além de retiros para sacerdotes e religiosas”, enfatiza o diretor da casa.

“É um centro de espiritualidade, que proporciona condições para um encontro pessoal com Deus e a revitalização da vida interior.”

10 | REVISTA A PALAVRA POR CHARLES GODINIMATÉRIA

11 | REVISTA A PALAVRA COMUNIDADEPOR VIVIANE DALLAGNOLI HABITZREUTER

Peregrinos na casa da Mãe Aparecida

marcada por um sentimento de fraternidade de todos os paroquianos. Consagramos à Nossa Sra. Aparecida o Jubileu dos 150 anos da nossa querida paróquia. Naquele momento intenso e de profunda oração, trouxemos aos nossos corações todos os irmãos que não puderam seguir conosco. A Mãe juntou todos os seus filhos... éramos uma só família, não faltou ninguém, a paróquia estava completa. No domingo de manhã, com sentimento de despedida, nos deslocamos ao Santuário para a última missa, e a saudade já apertava nosso coração. Dom Orlando nos falava sobre Maria, aquela que acolheu e contemplou Jesus, e de Marta, que cuidou de Jesus e se colocou à serviço. Com grande sabedoria nos ensinou que estas duas mulheres representam a Oração e o Trabalho, que são os pulmões da igreja, e que devem ser para nós fonte de inspiração. Nestes dias, fomos à casa da Mãe para nos abastecer por meio da oração; e agora, fortalecidos na fé, no amor e na esperança, voltamos renovados e reanimados para continuar nossa missão à serviço da Igreja e dos irmãos. N. Sra. da Conceição Aparecida, rogai por nós!

No início da noite de quinta-feira, 14 de julho, partíamos de Brusque rumo à casa da Mãe Aparecida. Na bagagem, muito além dos pertences pessoais, carregávamos preces, pedidos de oração e agradecimentos à Rainha do Brasil. A sensação de todos era composta por um misto de ansiedade, alegria e emoção. Estávamos inquietos, somente a oração nos acalmava: Maria passa na frente... Ao chegarmos à Canção Nova, pela manhã, pudemos sentir o acolhimento do Pai das Misericórdias, quando recebe o filho que volta para casa. Nesta oportunidade, Pe. Diomar nos recordou que “somos peregrinos enquanto estamos neste mundo”, e caminhamos rumo à Jerusalém Celeste. Logo à tarde nos dirigimos ao Santuário Nacional, onde a Mãe nos esperava. Quanta alegria ao ver sua imagem tão linda e singela. Não foi possível conter a emoção, o coração estava transbordando. Aos pés de Nossa Sra. Aparecida, apresentamos nossos rogos e nossa gratidão. Na tarde de sábado, a oração do terço foi

Um dos movimentos mais antigos da Igreja Católica, o Apostolado da Oração, está comemorando 125 anos de presença na cidade de Brusque. Ele foi criado no dia 19 de agosto de 1897, pelo sacerdote jesuíta, Pe. Antônio Eising, na comunidade matriz da Paróquia São Luís Gonzaga. O Apostolado da Oração surgiu em 1844, numa pequena cidade francesa chamada Vals. No Brasil, o movimento começou a ganhar força em 1867, na capital pernambucana e, logo depois, se espalhou por todo o país, sendo considerado como uma forma de ajudar diariamente a missão de Cristo na Igreja através da oração e da revisão de vida.

12 | REVISTA A PALAVRA POR CHARLES GODINIESPIRITUALIDADE

“Somos um serviço da igreja. Comungamos um caminho de oração e ação, tendo como modelo a espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus. Muito mais do que seguir uma devoção, somos convidados a viver a humildade, a mansidão, o amor e a misericórdia. Estamos disponíveis para a missão”, comenta a coordenadora paroquial do Apostolado da Oração da matriz São Luís Gonzaga, Sueli Faria Lauritzen.

Ainda, segundo a coordenadora, a essência dos integrantes do grupo é ser apóstolos da oração. “É rezar com Jesus no período da manhã, durante o dia e à noite, oferecendo nossas intenções, fazendo uma revisão de tudo o que vivemos ao longo do dia e, no final dele, agradecer”, completa a coordenadora. Convite O Apostolado da Oração convida toda a comunidade brusquense a participar da missa solene em comemoração aos 125 anos de presença do movimento em Brusque. A celebração será realizada no dia 19 de agosto, às 19h, na igreja Matriz da Paróquia São Luís Gonzaga. Antes da missa, às 18h, haverá adoração ao Santíssimo. O rito contará com a presença de todas as comunidades pertencentes à paróquia e da forania de Brusque. Conceição Aparecida, rogai por nós!

Domingo, 19 de junho Uma noite para comemorar o aniversário de um templo exuberante, no Centro de Brusque.

13 | REVISTA A PALAVRA PARÓQUIAPOR JULIANE FERREIRA

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Quarta-feira, 22 de junho Dando sequência à Semana do Padroeiro, a Santa Missa da quarta-feira foi presidida pelo padre Aléssio da Rosa, scj, com presença do padre Diomar, scj, pároco. Novamente, a missa contou com a grande presença dos fiéis no interior do templo e do público que prestigiou o cachorro-quente no salão paroquial.

Divulgação.Imagem:Imagem:Divulgação.

Terça-feira, 21 de junho Dia de São Luís Gonzaga

Nossa igreja Matriz recebeu na noite do dia 21 de junho a missa festiva em honra ao nosso padroeiro, São Luís Gonzaga. A cerimônia reuniu fiéis de diversos locais e das 12 comunidades que integram a paróquia, bem como fez parte dos festejos em comemoração ao padroeiro dos jovens e seminaristas. Ao longo da celebração, a comunidade relembrou a história de vida de São Luís Gonzaga, que foi apresentado a Deus por sua mãe, ainda criança, e desde então começou a se interessar pelos caminhos da fé. Além do cachorro-quente, este dia também marcou uma estrondosa venda de pastéis no salão paroquial.

Divulgação.Imagem:

Solenemente nos encontramos na missa das 19h, no dia 19 de junho, para celebrarmos as seis décadas de fundação da atual igreja Matriz. Com missa presidida por Dom João Francisco Salm, bispo da diocese de Novo Hamburgo (RS), e presença dos padres que atuam na paróquia e convidados, a celebração também oficializou a abertura da Semana do Padroeiro. Já na sexta-feira, 17 de junho, dia oficial da inauguração da igreja, a paróquia acolheu padre Eli Lobato dos Santos - pároco de 1996 a 2002, que celebrou a missa das 19h. Segunda-feira, 20 de junho Na segunda-feira, padre Zaqueu Suczeck, scj, presidiu a Santa Missa, concelebrada pelos padres Diomar e Claudionor. Vivíamos a segunda noite da Semana do Padroeiro em uma profunda experiência e testemunho de fé, com a bênção à equipe que trabalharia na Semana de São Luís Gonzaga. Logo no primeiro dia, a venda de cachorro-quente foi um sucesso!

De 19 a 26 de junho, nossa paróquia se dedicou a celebrar seu padroeiro, São Luís Gonzaga, em uma semana inteira com missas e confraternizações. Em todos os momentos, a participação da comunidade fez a diferença. Seja na proatividade de quem trabalhou no evento ou a cada pessoa que prestigiou a programação, não faltou espiritualidade, envolvimento e participação. Este tempo especial também celebrou o Sagrado Coração de Jesus, o Imaculado Coração de Maria e São João Batista. Espiritualidade esta que dá sentido à Igreja, também no contexto de 60 anos da atual igreja Matriz e a preparação para os 150 anos da paróquia. Recordamos, com alegria, dessa bonita semana!

Divulgação.Imagem: Sexta-feira, 24 de junho Sagrado Coração de Jesus Celebramos na sexta-feira, na igreja Matriz, a missa solene em honra ao Sagrado Coração de Jesus. O rito foi presidido pelo padre Anísio José Schwirkowski e concelebrado pelo pároco, padre Diomar Romaniv, e pelos padres vigários, Claudionor José Schmitt, Paulo Riffel e Rodrigo Taschek. Na ocasião, a comunidade do Sagrado Coração de Jesus levou a imagem do seu padroeiro, que chegou na igreja Matriz São Luís Gonzaga em procissão. Na sexta, o prato servido no salão paroquial foi polenta com galinha. Quinta-feira, 23 de junho “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (João 3,30). Com a presença da Comunidade São João Batista, vinda do bairro Bateas, a celebração de quinta-feira acolheu com muito carinho São João, que teve sua natividade celebrada solenemente neste ano no dia 23 de junho. Na paróquia, o padre Silvano Costa, scj, conduziu a celebração, que também contou com a presença do Emaús, movimento que tem o santo como padroeiro. A missa foi concelebrada pelos padres Rodrigo, scj, e Claudionor, scj.

Divulgação.Imagem: Sábado, 25 de junho Imaculado Coração de Maria “Vivat Cor Iesu, per cor Mariae!”. Celebramos a Santa Missa em honra ao Imaculado Coração de Maria no sábado pela manhã, com missa às 7h30, e à noite, na missa das 19h, outro momento especial marcou nossa semana: a apresentação do hino, o símbolo e a oração do Jubileu dos 150 anos da paróquia. A celebração foi presidida pelo padre Joãozinho, scj, autor da letra e música, e concelebrada pelos padres Diomar e Claudionor. “Do coração de Brusque, ao Coração de Jesus” é o lema do Jubileu, que inspira nossa cidade a bem viver este tempo de preparação. No Salão Paroquial, o pirão com linguiça deu sequência às festividades.

Divulgação.Imagem: Domingo, 26 de junho Missa com os festeiros No domingo, dia 26, chegou ao fim a Semana do Padroeiro, com missa celebrada na igreja Matriz. Mais de 200 festeiros acompanharam este momento, que encerrou no Salão Paroquial, com um almoço em comunidade. Os elogios não foram poupados; desde a organização da festa, que, com zelo e carinho, cuidou de cada detalhe, do início ao fim, às celebrações na Matriz, com igreja lotada quase todos os dias. São Luís Gonzaga, rogai por nós!

14 | REVISTA A PALAVRA PARÓQUIA POR JULIANE FERREIRA

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Festa de Santa Paulina A comunidade Santa Paulina celebrou na noite de sábado, 9 de julho, a missa solene em honra a sua padroeira. Os festejos tiveram início dia 6 de julho, com o tríduo preparatório e missa. O rito, presidido pelo pároco, Pe. Diomar Romaniv, scj, foi prestigiada por moradores de diversos bairros da cidade.

cachorro-quente,

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Festa de São João Batista No bairro Bateas, a Comunidade São João Batista organizou sua programação em honra ao padroeiro com tríduo preparatório, missa solene e festividades. No sábado, 9 de julho, a celebração foi presidida pelo padre Rodrigo Fernando Tascheck, e concelebrada pelo padre Rudinei Willers. Filme dos Coroinhas Integração, partilha e convivência. Essas três palavras inspiraram o primeiro ‘Cinema com os Coroinhas’. O auditório paroquial recebeu cerca de 80 coroinhas que assistiram ao filme Divertidamente. “Além de divertido, pensamos em um tema que as fizesse refletir”, afirma a coordenadora paroquial dos coroinhas, Francine Baron. Superior Geral O sucessor de Pe. Dehon, Pe. Carlos Luis Suárez Cordoniú, scj, visitou a Casa Pe. Dehon. Lá se encontrou com os leigos que vivem o mesmo carisma que os padres e religiosos dehonianos. Esse momento com o Superior Geral foi descontraído e cheio de significado. Sagrado Coração de Jesus A Comunidade Sagrado Coração de Jesus realizou nos dias 1 e 2 de julho a programação em honra ao padroeiro. Os membros da comunidade estiveram unidos na venda do da cuca caseira e na preparação solene da liturgia, que contou com a celebração pelo dia do SCJ e a entronização da imagem do Imaculado Coração de Maria.

SUGESTÃO DE (47)facebook.com/agenciaarcanjowww.agenciaarcanjo.com.brredacao@agenciaarcanjo.com.brCONTEÚDO3227-6640 Esta é uma publicação da Paróquia São Luís Gonzaga, sob responsabilidade do Pe. Diomar Romaniv, scj e da Pascom da Paróquia, situada na Rua Padre Gatone, 75 - Centro, www.paroquiasaoluisgonzaga.comBrusque/SC. IMPRESSÃORosaneDIAGRAMAÇÃODenegredo Gráfica REVISÃOVolpato Ana MárioEDIÇÃOSanchesAugusto Arcanjo Brusque/SC. 1.500TIRAGEMexemplares

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