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venturatrindadearquitectos

2008

fotografia: rita figueiredo, arq.


venturatrindadearquitectos

2008


‘Observar pelo canto do olho é, em ciência, começar a elaborar a hipótese. O que é observado pelo centro do olho é o evidente, o óbvio, aquilo que é partilhado pela multidão. Na ciência, como no mundo das invenções, observar pelo canto do olho é ver o pormenor diferente, aquele que é o começo de qualquer coisa de significativo. Observar a realidade pelo canto do olho, isto é: pensar ligeiramente ao lado. A isto chama-se criatividade. Daqui sairam todas as teorias científicas importantes.’ Gonçalo M. Tavares in ‘Breves Notas sobre a Ciência’, Relógio d’Água Editores, Abril 2006


VENTURA TRINDADE, ARQUITECTOS

PERFIL Os trabalhos desenvolvidos no atelier incorporam, desde o início, outras áreas disciplinares como a engenharia de estruturas e a arte contemporânea, procurando tirar partido de modos de abordagem ao projecto opostos mas complementares. A equipa de trabalho resultante desta associação, multidisciplinar e de maior dimensão, permite fazer face a projectos de diferentes escalas e graus de complexidade.

www.venturatrindade.com/perfil

A racionalidade do conhecimento técnico e tecnológico, introduzida pelos engenheiros da equipa, tem sido tão decisiva como a componente estética e a dimensão artística resultante da permanente colaboração com Fernanda Fragateiro.

© atelier venturatrindadearquitectos

ARQUITECTURA coordenação JOÃO MARIA DE PAIVA VENTURA TRINDADE Évora, 1972 Arquitecto pela ESBAL/ FAUTL (1995). Inicia actividade em atelier próprio em 2003. Docente na Faculdade de Arquitectura da Universidade Lusíada de Lisboa, na disciplina de Projecto do 2º e 5º ano curriculares, desde 1998. Entre 1993 a 2002 colaborou em regime de exclusividade no atelier de João Luis Carrilho da Graça, tendo sido coordenador do atelier a partir de 1998. Foi consultor da ParqueExpo e do Ministério do Ambiente, responsável pela gestão dos Projectos de Referência do Programa Polis. Fundou em 2003 o atelier SOMA, com Pedro Matos Gameiro e Carlos Crespo, arquitectos, e Paulo Cardoso e Pedro Romano, engenheiros. colaboração NUNO FERNANDO AFONSO MARCOS Lisboa, 1979 Arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Lusíada de Lisboa (2005). Colaborou no Atelier NORIGEM do Arqº Bernardo Pimentel (2003/2004) e com o Arqº Leonel Lopes (2004/2005). Colaborou pontualmente com a Arqª Gabriela Gonçalves (2005) e com os Arqºs Sérgio Spencer e Jorge Spencer (2006). Estagiou no Atelier Ventura Trindade Arquitectos do Arqº João Maria Trindade (2006/2007) onde foi convidado a continuar a colaboração. FILIPE MIGUEL RIBEIRO NUNES Mafra, 1980 Arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Lusíada de Lisboa em 2005. Entre 2002 e 2007 colaborou no atelier de Gabriela Gonçalves, Nuno Matos teixeira e Leonel Lopes. Participou no Workshop de Arquitectura na Universidade Autónoma de Lisboa em 2004 e no Workshop de Arquitectura na Universidade Lusíada de Lisboa em 2005. Colabora com a companhia de dança “Amalgama” desde 2002. ANA RITA DA SILVA FIGUEIREDO Aveiro, 1981 Arquitecta pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Lusíada de Lisboa (2005). Estagiou na Unidade de Projecto do Bairro Alto e Bica/ Departamento de Conservação e Reabilitação Urbana da Câmara Municipal de Lisboa (2005/2006). Em 2007, colaborou no atelier do Arq. Diogo Cardoso Martins e Pedro Pimpão, na Parede. ANDRÉ MONTEIRO DIAS DE PAIVA ROSA Lisboa, 1983 Arquitecto pela Universidade Lusiada de Lisboa (2008). LOURENÇO VAN INNIS Brugge, 1983 Arquitecto pela Universidade Lusiada de Lisboa (2008). Em 2007/ 2008 frequentou a Brno University of Technology, Czech Republic, no âmbito do Programa Sócrates/ Erasmus, tendo obtido a classificação máxima de 20 valores na disciplina de Projecto.

www.venturatrindade.com/equipa

FILIPE DANIEL DA SILVA CARVALHO Torres Novas, 1985 Arquitecto pela Universidade Lusiada de Lisboa (2008). Em 2007/ 2008 frequentou a Brno University of Technology, Czech Republic, no âmbito do Programa Sócrates/ Erasmus, tendo obtido a classificação máxima de 20 valores na disciplina de Projecto.


VENTURA TRINDADE, ARQUITECTOS equipa

CONSULTORES PERMANENTES Engenharia JOÃO PAULO GONÇALVES SILVA CARDOSO Elvas, 1973 Licenciado em Engenharia Civil em 1996 pelo Instituto Superior Técnico. Frequentou, no âmbito do Programa Erasmus, em 1997, a parte curricular do curso “Master of Conservation of Historical Towns and Buildings” na K. U. Leuven (Universidade Católica de Lovaina - Bélgica). Entre 1997 e 2004 integrou os quadros técnicos da firma Estiplano — Estudos e Projectos de Engenharia, lda. Fundou a empresa Pedro Romano e Paulo Cardoso, engenheiros, lda., em 1999. Entre 2003 e 2006 íntegra o atelier SOMA (composto por matos gameiro + carlos crespo arquitectos, lda., ventura trindade arquitectos, lda. e pedro romano e paulo cardoso engenheiros, lda). Autor de projectos de estabilidade e coordenador das restantes especialidades em diversas obras públicas e particulares, assenta a sua actividade de projectista na procura de uma abordagem multidisciplinar e integrada em estreita colaboração com os diversos ateliers de arquitectura com que colabora. PEDRO MANUEL GONÇALVES SILVA ROMANO Elvas, 1972 Engenheiro Civil pelo IST / FAUTL (1995). Inicia actividade em escritório próprio em 1999. Docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre, nas disciplinas de Betão Armado e Projecto, desde 2001. Entre 1996 a 1997 colaborou com a ETECLDA. Entre 1998 e 2000 colaborou com a Geratriz, Estudos e Projectos, Lda. Fez parte do Gabinete técnico Local de Monforte de 2001 a 2005. Fundou em 2003 o atelier SOMA, com Pedro Matos Gameiro e Carlos Crespo, arquitectos, e João Maria Ventura Trindade CARLOS CERTAL Nasceu em Melgaço em 1976. Licenciado em Engenharia Civil em 2006 pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Iniciou a sua actividade profissional em 2004, ainda como estudante, no atelier PRPC Engenheiros, com direcção técnica dos Engenheiros Pedro Romano e Paulo Cardoso, local onde realizou o estágio de acesso à Ordem dos Engenheiros. HUGO VERÍSSIMO Nasceu em Lisboa em 1977. Licenciado em Engenharia Civil em 2001 pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Iniciou a sua actividade profissional em 2002, no gabinete de projecto Estiplano, com direcção técnica do Engenheiro Paulo Reis, envolvendo-se em diversos projectos de estabilidade de obras civis de diversas escalas e complexidade, utilizando materiais e soluções estruturais distintas. Mais tarde, desenvolveu colaborações com diversos gabinetes como “freelancer” e trabalhou durante o ano de 2006 por conta própria em estreita colaboração com o atelier de arquitectura MOA.a, dos arquitectos Pedro Sousa e João Navas. Em 2007, entrou no atelier PRPC, com direcção técnica dos engenheiros Pedro Romano e Paulo Cardoso.

Arquitectura CARLOS MANUEL FERNANDES CRESPO Elvas, 1970 Entre 1998 e 2005 foi sócio do atelier Matos Gameiro + Carlos Crespo arquitectos, lda., que fundou com Pedro Matos Gameiro. Integrou o atelier SOMA, com João Maria Trindade (Ventura Trindade, arquitectos lda.) e Paulo Cardoso e Pedro Romano (PRPC — engenheiros, lda.). De entre os projectos em que participou como co-autor conta-se a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. LUIS EDUARDO CARVALHO BAMOND Nasceu em Torres Vedras em 1980. De 1999 a 2001 ferquenta o Curso Profissional de Técnicas de Construção em Hameln, Alemanha. Entre 2002 e 2004 frequenta a Licenciatura em Arquitectura no Instituto Superior de Arquitectura em Hildesheim, Alemanha. Em 2005 continua atelier venturatrindadearquitectos a Licenciatura em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Em 2007© inicia colaboração no atelier, com Carlos Crespo. Arte FERNANDA FRAGATEIRO Nasceu no Montijo em 1962, mas vive e trabalha em Lisboa. Estudou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, começou a expor o seu trabalho em 1981, desenvolvendo uma prática artística diversificada. Os seus projectos vão desde a escultura e a instalação, às intervenções em espaços públicos à ilustração e a colaborações em projectos de arquitectura ou paisagismo.

CONSULTORES REGULARES ENERGIA TÉCNICA - Eng. João Mira;

NATURAL WORKS - Eng. Guilherme Carrilho da Graça;

CONSULTORES - Eng. António Adão da Fonseca/ Eng. Pedro Morujão;

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ADF, ENGENHEIROS

AEROPROJECTO - Eng. José Galvão Teles;

RUBEN CORREIA SOBRAL;

SILVA! DESIGNERS - Jorge Silva/ Levina Valentim;

João Gomes da Silva;

NPK - ARQUITECTURA PAISAGISTA - Arq. Leonor Cheis;

ENG.

GLOBAL, ARQUITECTOS PAISAGISTAS - Arq.

ACÚSTIPROJECTO - Eng. Luis Santos Lopes; GERMANO RODRIGUES, Segurança e Saúde

LUIS EMÍLIO DA SILVA acústica;


venturatrindadearquitectos rua da madalena, 139, 2º 1100-319 lisboa tel. 218 821 476 fax. 218 821 477 geral@venturatrindade.com www.venturatrindade.com Š venturatrindade 2008

























CASA NAS JANELAS VERDES, LISBOA 2002

© sérgio mah

A casa inscreve-se no interior de um quarteirão, numa zona antiga da cidade de Lisboa, próximo do rio Tejo. O crescimento da cidade, ao longo de vários séculos, tornou estas àreas centrais densamente construídas, o que gerou habitações de características actualmente difíceis de aceitar. A casa não tem fachada. Não abre para uma rua. Nem sequer para as traseiras do prédio. A sua condição de habitabilidade é tenuemente assegurada por um volume que se escava no quarteirão e possibilita um pátio. A intervenção consiste em organizar o programa de uma habitação individual em pouco mais de 30m2. E em dois pisos. Todo o espaço que foi possível reunir, em cima, permitiu uma sala comprida e estreita, aberta sobre o pátio à altura da copa da àrvore, que se conseguiu, a custo, não fosse cortada. Lateralmente organizam-se a casa de banho (com banheira e duche, em separado...) e a cozinha, com um espaço para refeições junto à janela. Em baixo entalou-se uma cama entre as quatro paredes, organizou-se uma zona de roupas sob a escada e, ainda, o acesso ao pátio. A altura máxima disponível em toda a casa é menos de 2,20m. A pouca luz chega de Norte, através do pátio, filtrada pelas folhas da àrvore. Pintar tudo de branco permitiu um verdadeiro milagre de multiplicação da luz.

www.venturatrindade.com/projectos/janelasverdes

A proprietária trabalha há alguns anos numa galeria de arte de Lisboa e foi coleccionando um razoável conjunto de telas de pintores portugueses contemporâneos. A casa, branca e comprida, com a luz difusa de Norte, proporcionou-lhes o espaço de exposição desejado.


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