A revista .Edu.br Volume 2

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Anoº1 Edição 2 - outubro/12

A+B=C

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Diferentes perfis, desafios semelhantes Holofotes voltados aos Super-heróis: dos gibis à telona

pag. 22

Bons e gostosos motivos para festejar o ano todo!

pag. 36

O preconceito é o pior sintoma

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ÍNDICE

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Editorial Chegamos à 2ª edição da Edu.br, na qual abordaremos assuntos relevantes com a participação importante dos professores da Cruzeiro do Sul Educacional. E por falar em professores, é para eles que é dedicada a matéria de capa. Na verdade, um confessionário sobre os desafios enfrentados por quem está começando o desafio de ministrar aulas e por quem já é veterano na sala de aula e continua aprendendo a aprender e aprender a ensinar. E nesta 2ª edição, dando continuidade à reportagem que abordava o Brasil e a Copa, falaremos sobre o Brasil e Olimpíadas 2016, refletiremos sobre a atual família brasileira, abordaremos como a tecnologia mudou e está mudando o perfil do Engenheiro Civil e até discorreremos sobre super -heróis, aproveitando o gancho do Dia das Crianças. Na editoria de Saúde, retomamos 2 assuntos, na verdade, 2 fantasmas que rodeiam a todos nós: HIV/Aids e a hepatite C. E para finalizar ... dicas e receitas deliciosas para as festas de final de ano. Acha muito cedo para falar disso ?? Até pode ser, mas a próxima edição só em 2013 ! Até mais e boa leitura! Cruzeiro do Sul Educacional

Expediente Edu.br (Revista Web) Editoras: Camila Côrtes, Janaina Fukai, Léa Delling, Stephania Fincatti, Mary Wakabara

e Stephania Fincatti

Redatoras: Aline Ehrlich, Fabiane Mourão, Janaina Fukai, Luciana Allves e Luiza Aragão Capa, diagramação e ilustração: Thiago Balero Joaquim Revisão ortográfica: Rosemary Toffoli Colaboradores dessa edição: Profa. Ms. Andréia Grigoleto,

Prof. Dr. Carlos Augusto Andrade, Prof. Ms. Claudio Brites, Profa. Cristiane Aparecida de Oliveira, Prof. Ms. Elder Linton, Profa. Ms. Fátima Carvalho Franco, Prof. Ms. Gustavo da Frota Simões, Jeniffer Torino, Profa. Ms. Lígia Lopes Simões Baptista, Prof. Dr. Hildebrando Afonso Gomes Santana Carneiro, Prof. Dr. Manoel Rodrigues Neto, Prof. Ms. Misael Rabelo, Profa. Rosana Fernandes Medina Toledo, Prof. Ms Samuel Dereste Santos, Profa. Ms. Simone Ferreira da Silva Domingues e Profa. Tania Emília Fidélis de Oliveira As reproduções podem ser feitas, desde que citadas a fonte. www.cruzeirodosuleducacional.com.br ou marketingcs@cruzeirodosul.edu.br


3 #Mundo 07

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Olimpíadas 2012 e Brasil 2016

#Tecnologia Uma nova Engenharia Civil

#Matéria de capa Diferentes perfis, desafios semelhantes

#Brasil As diferenças existem A grande família

#Economia 21

A eleição presidencial dos Estados Unidos e o Brasil

#Cultura 22

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Holofotes voltados aos Super-herois: dos gibis à telonas

#Saúde O preconceito é o pior sintoma

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Você pode ter hepatite e não saber

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Mitos e verdades sobre o contágio da Dengue

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Onde há fumaça, há perigo!

#Dicas 36

Bons e gostosos motivos para festejar o ano todo!


A CRUZEIRO DO SUL É EL DAS 3 MELHORES UNIVE PRIVADAS DE SÃO PAULO RANKING UNIVERSITÁR FOLHA DE S. PAULO. 4

RANKING DAS UNIVERSIDADES PARTICULARES DA CIDADE DE SÃO PAULO

1o MACKENZIE 2 o PUC-SP 3 o UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

Vontade não Anália Franco • Liberdade


LEITA UMA ERSIDADES LO PELO RIO DA

o é nada sem conteúdo. • Pinheiros • São Miguel

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Olimpíadas 2012 e Brasil 2016 Por Fabiane Mourão

Reflexões em busca de esperança

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cabou! E já tem um tempinho. Muitas surpresas e algumas decepções fizeram parte dos nossos dias durante os jogos olímpicos de Londres neste ano. Sarah Meneses foi a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha de ouro no judô, para o Brasil. Arthur Zanetti fez história com a primeira medalha de ouro na ginástica, e o vôlei feminino trouxe mais uma vez a medalha dourada para o Brasil. Já o futebol e o vôlei masculino, esportes tidos como preferidos, por nós brasileiros, ficaram com a prata. Com isso, o Brasil ficou na vigésima segunda colocação, com três medalhas de ouro, cinco de prata e nove de bronze, atrás de países mais pobres como Jamaica e Cazaquistão. Faltou só investimento? Como explicar, então, conquistas surpreendentes de atletas de países menos desenvolvidos e o sucesso de Bolt, considerado o homem mais rápido do mundo? Uma coisa devemos levar em consideração: o número de medalhas que são distribuídas em cada modalidade. Esportes como atletismo, nos quais a Jamaica conseguiu doze medalhas, distribuíam 142 durante os jogos, e seis apenas para o futebol – mas, isso é assunto para outro dia. Nesta edição, vamos falar sobre um tema determinante na jornada de superações de um atleta: o


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fator psicológico. O coordenador do curso de Psicologia do UDF, Prof. Dr. Manoel Rodrigues Neto, Doutor em Psicologia do Esporte, defende que o controle emocional, está diretamente ligado ao aproveitamento das capacidades físicas e habilidades técnicas do atleta. “O ideal seria ter um psicólogo dentro da comissão técnica do atleta, ao lado do preparador

físico, do treinador, da nutricionista, para que pudesse ser feito um acompanhamento diário sobre as queixas apresentadas, sobre as dificuldades emocionais existentes, podendo, assim, ser feito um trabalho coletivo com os outros profissionais”, explica. Para o professor, falta um trabalho preventivo, principalmente em longo prazo com crianças e adolescentes. “Nossos atletas

e comissões técnicas ainda são muito ingênuas quanto à importância de um bom preparo psicológico para um bom rendimento global do atleta, principalmente no alto rendimento. É preciso informar e divulgar a contribuição que a Psicologia pode dar à área esportiva”, conclui. Atletas, embora bem preparados fisicamente, podem “amarelar” no momento decisivo e não conseguir alcançar o objetivo, ora por não lidar bem com a pressão exercida em grandes eventos esportivos, ora pela pressão que a torcida exerce. Como explicar tal situação? Simples: se o atleta não tiver um preparo psicológico e um controle de suas emoções, essas situações podem gerar ansiedade, medo, perda de concentração, descontrole sobre habilidades motoras e uso da força, entre outras dificuldades. Para saber lidar com a derrota ou a vitória, é preciso estar preparado. Não deve ser fácil carregar o peso de ter errado o pênalti que decidiria a partida, ou ter cometido uma falta grave que gerou a expulsão do campo. Uns podem ver na derrota, uma oportunidade de crescimento, de restabelecer novas metas, outros podem sofrer tanto, que chegam a desistir de competir, ou tem o desempenho afetado, afirma Manoel Rodrigues. Segundo o professor, o psicólogo não está ali somente para ouvir as lamentações e as fraquezas de um atleta. É preciso estar preparado até para vencer. É lógico que não pode se usar a fragilidade psicológica como desculpa para o rendimento de um atleta. Seu preparo é um conjunto de fatores físicos, técnicos, táticos, nutricionais e psicológicos. Um não caminha sem o outro. Mas, afinal, existe receita para


#Mundo

Olimpíadas 2012 e Brasil 2016 um atleta campeão? O professor afirma que não. “Dedicação, metas bem estabelecidas e alcançáveis, e os meios necessários para se atingir tais metas devem ser viáveis e razoáveis para as possibilidades e necessidades do atleta. Atletas de alto rendimento devem ser consequência, e não o objetivo de bons trabalhos na formação e educação do povo brasileiro”, concluiu. Seria esse o segredo do sucesso de atletas como o jamaicano Usain Bolt? Em entrevistas a diversos veículos mundiais, ele afirmou que muitos treinam tanto quanto ele, mas poucos têm a determinação, disciplina e preparo psicológico que ele tem.

Rio 2016 A escolha do Rio de Janeiro

como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 é o reconhecimento mundial de que o Brasil tem condições, sim, de receber um evento dessa magnitude. Além de aumentar a importância do Brasil no cenário global, eventos desse porte deixam enormes legados como melhoramento da infraestrutura, criação de centros olímpicos, e um crescimento significativo na economia, explica o professor de economia do UDF, Prof. Ms. Elder Linton. Para ele “a ampliação do fluxo de turistas gera necessidade de ampliação das condições estruturais das cidades, desde a hotelaria até os transportes e opções de lazer e cultura, essas movimentações geram mais emprego e renda”, conclui. Os investimentos para essas olimpíadas estão integrados aos da Copa do Mundo de 2014. De

acordo com a Controladoria Geral da União, entre as verbas alocadas por meio do Ministério do Esporte e convênios com entidades ligadas à organização dos jogos, foram aplicados, até 2011, cerca de R$ 100 milhões em estudos preparatórios e aquisição de equipamentos para treinamento de atletas. O investimento específico para a infraestrutura ligada às Olimpíadas de 2016 é de 12,5 bilhões de reais. O governo também tem investido em cursos gratuitos de capacitação para população interessada em se beneficiar com a vinda de eventos grandes como Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. No Distrito Federal, os cursos são oferecidos pelo SENAC, SENAI, SESC, SESI, SENAT e institutos federais de educação profissional. Para o coordenador do curso de Educação Física do UDF, Prof. Ms. Misael Rabelo, ainda assim, o Brasil investe muito pouco no esporte e nas tecnologias que melhorariam o desempenho dos atletas. “Todo dinheiro usado nas Olimpíadas de 2016 está sendo em infraestrutura dos espaços, o Brasil corre grande riscos de não conseguir medalhas olímpicas por pouco incentivo aos atletas.”

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atletas deslizem mais na água, possibilitando mais velocidade e, consequentemente, melhor rendimento. Tecnologias computadorizadas podem melhorar as observações que os treinadores têm de seus atletas, mas, infelizmente, o Brasil tem pouquíssimo incentivo nessas tecnologias, concluiu o coordenador. Com investimento ou sem, no que depender da torcida e do calor humano dos brasileiros, os nossos atletas darão um show nessas Olimpíadas.

Novas tecnologias

Equipamentos e algumas vestimentas podem influenciar o rendimento dos atletas como, por exemplo, os nadadores. As roupas se assemelham à pele de tubarão, fazendo com que os

Confira o clipe oficial dos Jogos Olímpicos de 2016


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Uma nova Engenharia Civil

Por Luciana Allves

Tratando-se de um dos setores que mais oferece oportunidades de emprego no Brasil, a Engenharia Civil já incorporou nas empresas inovações tecnológicas na construção de grandes empreendimentos.


#Tecnologia

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Com a implantação da tecnologia, no segmento de Engenharia Civil, o perfil de mão-de-obra, o acesso a materiais e equipamentos de ponta, industrialização, sistemas modernos de gestão, deixaram de seguir as metodologias e filosofias tradicionais. Para explicar de que forma a tecnologia insere-se na Engenharia Civil, a Revista .edu.br convidou o Prof. Ms. Samuel Dereste Santos, docente do curso de Engenharia Civil da Cruzeiro do Sul. Confira o que ele tem a dizer sobre esse mercado que muitos desconhecem. Desenvolvimento tecnológico da Engenharia Civil brasileira: atendendo às demandas do futuro A construção e o projeto de casas, prédios, pontes, barragens, aeroportos, ferrovias, entre outros, são fruto do trabalho do Engenheiro Civil. Em cada escala, cabe a ele a definição da tecnologia construtiva ou da inovação tecnológica que será empregada, visando sempre ao atendimento das necessidades do cliente, seja uma pessoa física ou um órgão público. No Brasil, a Engenharia Civil avança ao encontro da utilização de novos materiais e tecnologias, visando à obtenção de recursos de alto valor tecnológico agregado.

Racionalização da construção O processo de produção dos edifícios vem sofrendo constantes inovações. O emprego de componentes prontos, como elementos pré-moldados de concreto, de Kits de instalação hidráulica e a utilização de escoramentos metálicos são algumas das inovações de racionalização que despontam no

Burj Khalifa Bin Zayid - Dubai mercado brasileiro. O emprego de tais componentes permite controlar o processo produtivo, acelera o prazo de execução e melhora o controle da qualidade final do edifício, minimizando as perdas.

Novos materiais de construção civil Como fruto do aperfeiçoamento tecnológico, os materiais comumente empregados na Construção Civil vêm sofrendo contínuos estudos, visando à sua aplicação de maneira otimi-

zada. Dessa maneira, a alvenaria estrutural, que no início era empregada apenas em obras de pequeno porte, hoje já pode ser empregada em edifícios de até 20 andares, utilizando blocos de diferentes resistências. A vantagem da utilização dessa tecnologia está na racionalização produtiva, baixa perda de materiais, alta produtividade e facilidade de adaptação da mão-de-obra, pois é um processo muito semelhante à construção civil convencional.


12 recursos na fase de operação.

Obras de grande porte: aeroportos, hidrelétricas e pontes

O concreto, material tradicional na Construção Civil, também sofre contínuos aperfeiçoamentos. O concreto de alto desempenho (CAD) é uma variante de concreto que possui alta resistência final, o que permite a execução de estruturas mais esbeltas e com menor consumo de material por metro cúbico. A evolução dessa família de concretos está permitindo a execução de projetos diferenciados, como os Edifício E-Tower e, recentemente, o Brookfield Malzoni, com um vão de 40 metros de Concreto de Alto Desempenho protendido. Outra variante da evolução dos concretos, o Concreto translúcido ou Light Transmitting Concrete – Litracon, é uma combinação de fibras ótica e concreto. No mercado, esse produto pode ser encontrado em formato de blocos pré-fabricados e painéis. Devido ao pequeno tamanho das fibras, elas se misturam ao concreto, tornando-se um componente do material, como agregado ao composto. Assim, o resultado é um material homogêneo em sua estrutura interna e em suas superfícies principais. Segundo seu criador, o concreto translúcido pode ser utilizado estruturalmente, pois as fibras

de vidro não têm efeito negativo sob à compressão do concreto. Os blocos podem ser produzidos em vários tamanhos e com isolamento térmico incorporado.

Construção civil e sustentabilidade Os selos ambientais passaram a fazer parte da agenda técnica da Construção Civil, buscando fazer com que os edifícios, grandes geradores de CO2 e de impacto ambiental, minimizem a sua interferência no meio ambiente. Algumas construtoras já adotam os Selos de Certificação como fator de venda dos empreendimentos em São Paulo. Os principais fatores analisados pelas entidades certificadoras são o desempenho energético da edificação, uso de ar condicionado, reuso de água, entre outros. Como exemplo, podemos citar o Rochaverá Corporate Towers, maior complexo de escritórios de alto padrão de São Paulo, que recebeu a certificação Green Building, na categoria Gold, seguindo o sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Foram obtidos, nesse edifício, a Redução de impactos durante a construção e máximo aproveitamento dos

A construção de Obras de Grande Porte é fundamental para o desenvolvimento do País. A obra de ampliação e execução do Terceiro Terminal de Passageiros do Aeroporto de Guarulhos, por exemplo, está envolvendo diversos profissionais no aumento da capacidade do aeroporto. A Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, todavia, é uma grande obra polêmica pelo seu impacto ambiental, porém é extremamente necessária, analisando a demanda energética do País em função da necessidade de aumento do parque industrial nacional. Outro exemplo é a ponte Octávio Frias de Oliveira, localizada na marginal Pinheiros, em São Paulo. A ponte é formada por duas pistas estaiadas em curvas que cruzam o rio Pinheiros, sendo a única ponte estaiada do mundo com duas pistas em curva conectadas a um mesmo mastro. Os avanços tecnológicos apontam uma evidente mudança tecnológica na área da engenharia civil, que exige do profissional um acompanhamento contínuo sobre o lançamento dos novos produtos e da sua correta utilização. Por outro lado, a sustentabilidade e a melhoria de desempenho, exigências do mercado e dos consumidores modernos, ganham cada vez mais importância, exigindo atualização profissional contínua e colocando a engenharia civil no mesmo patamar das áreas de informática, que precisam ser constantemente atualizadas.


#Matéria #Tecnologia de capa

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Diferentes perfis, desafios semelhantes Por Luiza Aragão

Tempo de carreira e experiência em lecionar proporcionam sensações semelhantes em diferentes tipos de mestres No dia 15 de outubro, mais um ano do mestre educador que faz da sala de aula continuação do lar, é celebrado. De acordo com historiadores, em outubro de 1827, dia consagrado à educadora Santa Tereza de Ávila, Pedro I - Imperador do Brasil, baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Esse decreto abordava diversos temas entre a descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, caso tivesse sido cumprida, teria sido ótima. Mas, somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado aos professores. A partir disso, o perfil do professor “novato” e do “veterano” foi traçado para analisar quais as visões e ambições de cada um, anos depois de criação dessa data. Pode-se perceber que professores veteranos ou não têm qualidades e desafios parecidos.

Tania Emília Fidélis de Oliveira

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rasiliense. Tania Emília Fidélis de Oliveira tem como hobby estar com os amigos e jogar uma boa conversa fora. Em um comparativo entre o novato e o veterano, a professora é o exemplo de mestres que, até a presente data, ainda não haviam lecionado. Graduada no UDF, a novata professora acredita que lecionar é um grande aprendizado. “O que me levou a lecionar foi a procura por desafios. A vontade de conhecer o desconhecido. E, sinceramente, em pouquíssimo tempo como professora, estou adorando a experiência.” Marcado por ser um período muito importante da história profissional do professor, o que determina o futuro e a relação com o trabalho, o aprendizado


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com os alunos é fundamental. Para Tânia Oliveira, o maior objetivo dessa nova etapa como professora é poder ver o sucesso dos alunos na vida acadêmica e profissional, e ter a certeza de que colaborou para o sucesso de cada um. Um bom professor não se mede somente pelo tempo que leciona, mas pela vontade de crescer, aprender e passar o conhecimento para os alunos. Com um planejamento detalhado da aula, conteúdo e estrutura, o que vai ser escrito no quadro, ser dito e um bom ensaio, garantem o sucesso.

Hildebrando Afonso Gomes Santana Carneiro Nascido em Moimenta da Beira, Distrito de Viseu – Portugal. Filho de educadora. Bacharel em Direito pela (UERJ), em 1962; Mestre em Direito na Universidad de Extremadura - España - UNEX, em 2003; Doutor em Direito pela UERJ, em 1964 e PhD em Direito na American World University em 2008. O vascaíno Hildebrando Afonso Gomes Santana Carneiro gosta de tra-

balhar e estudar o difícil Direito Empresarial e Tributário. Segundo ele, lecionar foi um exemplo seguido de sua mãe, professora em Portugal. Professor há 27 anos, Hildebrando ressalta que ser professor é conhecer os limites do próximo e, ainda, acreditar que ele venha a ser capaz de assimilar, de reagir, de se desenvolver ao máximo intelectualmente. “A sociedade que hoje pretende ser igualitária e democrática obriga o professor a aprender a discutir, a argumentar e a construir o saber científico e o espaço acadêmico, superando os conflitos e até convivendo com as diferenças. O professor precisa “aprender a aprender” com os alunos e com toda a comunidade.”, disse.


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Além disso, Hildebrando afirma “Para ser professor não é preciso só vocação, mas gostar muito e ter imensa paciência e comprovada competência, para prosseguir ministrando conhecimentos e obter excelentes resultados no seu sacerdócio docente. Ensinar não pode ser um processo puro de transferência mecânica de conhecimentos do mestre ao aprendiz.”, explica. Para se tornar um professor, o caminho é de muito aprendizado. Além da graduação, professores devem obter especialização ou pós-graduação para lecionar em cursos de nível superior e um amplo conhecimento tanto de teoria, quanto da prática das disciplinas que ministra. De acordo com Hidelbrando, o dia a dia

de um professor é de muita dedicação. “Os professores precisam estudar, acompanhar, debater e conhecer as últimas novidades. Além de obras atualizadas dos melhores doutrinadores nacionais e estrangeiros. É preciso preparar os melhores trabalhos, ter uma ótima formação, usar novas tecnologias, trabalhar em equipe e ter atitude e postura profissionais.” Além do amor, da dedicação, do fascínio pelo trabalho e do imediato retorno, devido à revisão geral, ampliação e atualização do mestre esforçado, o “mestre” crê que bons professores devem amar e gostar do ser humano, encarar o fato de ministrar aulas ou palestras, como uma profissão, serem criativos, perseverantes e, acima de tudo, competentes. Nós só temos a agradecer a todos eles, sendo novatos ou veteranos em sala de aula, por terem nos orientado e nos ajudado a construir e a traçar os caminhos do nosso presente e futuro. Parabéns a todos os professores, sem dúvidas, “mestres” por toda a nossa vida.

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As diferenças existem “O desafio de tratar a questão da Diversidade é aprender a olhar, a analisar as potencialidades dos indivíduose não as suas limitações.” Por Profa. Ms. Fátima Carvalho

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ocê já imaginou se a maioria dos habitantes do planeta fossem iguais? Com certeza, não teria graça não é mesmo? Ainda bem que existe a diversidade para diferenciar as pessoas, como culturas, etnias, sexualidade etc. Mas, será que sabemos lidar com essas diferenças? Para falar sobre esse tema, importante e atual, a Revista web .edu.br. convidou a Profa. Ms. Fátima Carvalho Franco, coordenadora Adjunta do curso de Gestão de Recursos Humanos da Universidade Cruzeiro do Sul para escrever um artigo, que você confere a seguir: “Diversidade, conceitualmente, quer dizer indivíduos ou grupos de pessoas consideradas “diferentes” devido a perspectivas culturais e determinados valores transmitidos pelas famílias que podem gerar preconceitos, discriminação, divisão e exclusão. Dessa forma, são subdivididos alguns grupos que são classificados distintos, como, por exemplo os étnico-raciais, os de pessoas portadoras de necessidades especiais (PNEs), os de diferente orientação sexual, os por idade ou gênero, crenças religiosas, entre outros. Para classificar indivíduos ou grupos como diferentes ou iguais, é necessário partir de al-


#Brasil guma referência e, normalmente, ela é a primeira responsável pela discriminação, divisão e, consequente, exclusão. E a nossa referência geralmente é aquela que nos é transmitida por gerações nas nossas famílias ou, ainda, nas filosofias e culturas organizacionais. Mas, se tivermos uma visão mais crítica sobre tais grupos, poderemos nos tornar pessoas também “diferentes” não no sentido de fazer parte deles, mas enxergá-los e tratá-los de forma distinta, perguntando-nos, por exemplo, por que, dentro de uma empresa, é necessário estabelecer cotas para que mulheres ou negros assumam cargos de liderança, ao invés de todos, independentemente de gênero ou questão étnico-racial, terem as mesmas oportunidades de ascenderem na carreira profissional, pela demonstração de suas competências, do seu desempenho e dos resultados que trazem para essas empresas? Por que foi necessário criar uma Lei de Cotas para que as organizações começassem a pensar em contratar pessoas portadoras de necessidades especiais para trabalhar? Ou seja, dar-lhes a oportunidade de demonstrarem suas capacidades e desenvolverem seus talentos para que as empresas atinjam seus objetivos organizacionais, mas não porque a filosofia delas são de responsabilidade social e inclusão, e, sim, porque necessitam contratar para não pagar multa. O desafio de tratar com a questão da Diversidade é aprender a analisar e olhar os indivíduos no que se refere às suas potencialidades, e não às suas limitações, pois, se cada pessoa tiver a coragem de se analisar profundamente, reconhecerá que independente dela estar classificada nos grupos de diversidade, ela tem limitações, ou seja, ela não tem vocação e nem competência para tudo, mas para algumas coisas, nas quais ela demonstra enorme potencial e habilidade. Assim, pelo fato das pessoas apresentarem vocação e habilidades diferenciadas, as organizações necessitam de equipes, não só para dividirem as tarefas, mas, principalmente, para as pessoas complementarem suas capacidades, pois é a soma que faz a diferença nos resultados e não as divisões e classificações de grupos. Grandes exemplos sobre reconhecer suas limitações e buscar superá-las desenvolvendo seus potenciais são os atletas das paraolimpíadas que,

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quando se descobrem com limitações físicas e logicamente emocionais, enfrentam o desafio de identificar e desenvolver suas potencialidades num esforço contínuo e árduo, mas se tornando capazes de alcançar resultados muitas vezes não esperados nem por eles e nem mesmo por seus treinadores, porque a superação de cada um se dá de acordo com o seu grau de humildade em reconhecer o que não é capaz de fazer, e muito mais pelo seu grau de esforço e vontade de vencer. Será que todos aqueles que se consideram “normais ou iguais” são capazes de atingirem tais graus de humildade e de esforço para reconhecerem que também possuem limitações, mas que possuem muito mais potencialidades? Basta a busca pela superação a cada dia, seja na vida pessoal ou profissional e descobriremos coisas que jamais imaginaríamos. Que tal passarmos, a partir, de hoje, a vermos como igual aquilo que enxergávamos como diferente, e de forma diferenciada o que olhávamos como comum? Eis um grande desafio!”


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A grande família

“O processo histórico cultural e econômico são os fatores que mais influenciam a Família.”


#Brasil

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e fato, o Brasil e o Mundo mudaram e, consequentemente, a família também. O conceito de família tradicional composta pelo casamento e os filhos aos poucos deu lugar para vários outros modelos: mães como principal provedora da família, netos criados por avós, irmãos de pais separados, entre outros. Para entender um pouco mais sobre o perfil da família, consultamos a psicóloga Profa. Dra. Simone Ferreira da Silva Domingues, coordenadora do curso de Psicologia da Cruzeiro do Sul. Nas linhas abaixo, você vai perceber que família é muito mais do que um grupo de pessoas que convivem juntas. “A família é um sistema que, como tantos outros, sofre influências do processo histórico, cultural e econômico. Um dos modelos de família muito conhecido, e que está no ideário social, é o de família nuclear, formada pelo pai, mãe e filhos, em que o homem é responsável pelo sustento da casa, enquanto a mulher fica responsável pela educação dos filhos e cuidados domésticos. Com a modernização e as alterações no mundo do trabalho, essa família não consegue se manter nessa configuração e tão definida. Influenciada pelas mudanças econômicas, a mulher insere-se no mercado de trabalho, para além das atividades domésticas. Num primeiro momento, por necessidades econômicas, precisa ajudar nas despesas do lar e acaba assumindo responsabilidades financeiras que antes era de responsabilidade somente do homem.

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Por Luciana Allves Nessa direção, a mulher, além de educar os filhos e cuidar da casa, passa também a ajudar na sua manutenção. Logo a mulher passa a ter uma participação muito ativa na sociedade. Assim, o que num primeiro momento, foi uma entrada “forçada” no mundo do trabalho, depois, tornou-se um objetivo para outras mulheres. Tal movimento levou-a buscar qualificação profissional e, para isso, ela investe mais na sua educação, gerando novo movimento no cenário das famílias. Podemos destacar o adiamento da maternidade e a participação do homem nos cuidados das crianças e da casa, ou seja, começa a divisão de tarefas. Essas influências sociais e econômicas trouxeram profundas implicações na configuração familiar, alterando seu padrão tradicional de organização e originando vários outros modelos de família, tais como: família mono parental, reconstituída, ampliada, entre outras. Porém, com a existência de tantos modelos, não podemos afirmar que um superou o outro. O que verificamos é que existem, hoje, vários arranjos familiares convivendo numa mesma sociedade. Devido a esses vários arranjos, o conceito de família também foi repensado. Alguns autores definem família como um grupo de pessoas que convivem juntas num determinado lugar e que se acham unidas por possuírem ou não laços consanguíneos, compartilhando funções como orça-

“Com a modernização e as alterações no mundo do trabalho, a família nuclear não consegue se manter na mesma configuração [...]. Influenciada pelas mudanças econômicas, a mulher inserese no mercado de trabalho, para além das atividades domésticas.” mento, cuidado e proteção dos seus membros. Porém, uma das funções mais importante que a família exerce é a ação socializadora. É a família que transmite valores, ideologias, noção de responsabilidade, respeito, afeto, qualidades requeridas para qualquer indivíduo viver em sociedade. Reconhecendo a sua importância, a família vem ganhando um lugar de destaque na política social, pois se percebe que ela funciona como parceira de proteção e inclusão social, principalmente das crianças e idosos. Uma das funções dos seus membros é garantir a saúde física e psicológica um dos outros, pois é nesse espaço que o indivíduo inicia seus primeiros exercícios de cidadania. Para tanto, precisa se sentir pertencente a um grupo com vínculos fortes que lhe possibilite se sentir acolhido, protegido e amado. Sendo primordial e imprescindível para que o ser humano possa desenvolver a capacidade de confiar e de se relacionar com os outros”.


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A eleição presidencial dos Estados Unidos e o Brasil


#Economia

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Em novembro, os americanos vão às urnas decidir o futuro do país Por Luiza Aragão

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corrida eleitoral rumo à Casa Branca já começou e, no dia 6 de novembro de 2012, será realizada a eleição presidencial nos Estados Unidos da América (EUA) para decidir quem governará o país por quatro anos. Os americanos vão às urnas definir se mantém Barack Obama no cargo de presidente ou se colocam o republicano, Mitt Romney ,em seu lugar. Ambos os partidos estão a postos, e têm pela frente o árduo desafio de convencer eleitores descrentes de que a situação econômica do país pode ser resolvida em curto prazo. De um lado, Obama, que tenta a reeleição, prefere falar de projetos futuros e evitar fazer um balanço de sua presidência; já seu adversário republicano, Mitt Romney, ataca justamente os pontos fracos do governo democrata. Para o Coordenador Adjunto de Ciência Política e Relações Internacionais do UDF, Prof. Ms. Gustavo da Frota Simões, para ganhar eleições, os candidatos precisam dizer o que os eleitores querem ouvir. De acordo com ele, em 2008, a crise afetou o padrão de consumo norte-ame-

ricano e ambos candidatos precisam prometer que a situação econômica pode ser resolvida em curto prazo. “Esse discurso pode não ser o mais realista, porém é o que os fará ganhar as eleições, especialmente, se conseguirem provar que tem a capacidade para mudar os rumos da economia americana.”, disse. Além disso, a linha política e econômica adotada pelo novo presidente pode impactar o Brasil e o mundo. No Brasil, por exemplo, no caso de vitória democrata, a Política Externa de Obama será de continuidade e não trará grandes impactos ao Brasil ou ao mundo. Caso o candidato republicano vença, os impactos serão maiores a começar pela política comercial de Mitt Romney, é o que afirma o professor Gustavo Simões. “Com relação à América Latina e ao Brasil, em particular, o candidato republicano declarou ter planos ambiciosos para a região. Porém, segundo analistas, os discursos de Romney para a região são antiquados e focam, principalmente, os problemas da região como tráfico de drogas, Chávez e outras questões delicadas. A percepção que fica no pouco que falou sobre a América Latina é que Romney não percebeu que a relação de forças

no subcontinente mudou. Por exemplo, ele quase não menciona o Brasil em seus discursos.”, explicou. O professor Gustavo Simões comenta ainda que a diplomacia e a economia internacional se baseiam em um princípio de reciprocidade. “Se a linha política e econômica for mais conservadora, podemos esperar respostas conservadoras do Governo Brasileiro. Um exemplo é a declaração da Presidente Dilma Rousseff sobre esperar o resultado das eleições americanas para se pronunciar a respeito da compra dos caças para a Força Aérea.” Apesar das especulações sobre o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama é visto como uma força mais positiva para economia global, pela percepção de que os democratas são mais abertos às negociações. “Não acredito que seria arriscado mudar a economia agora. Pelo contrário, o mundo encontra-se em uma crise econômica desde 2008 e algo precisa ser mudado”, defendeu Prof Gustavo simões. Os dois candidatos estão tecnicamente empatados, apesar de Obama ser visto como força positiva para economia global, Romney é o preferido para cuidar da economia após três anos e meio de governo democrata marcados por uma recuperação econômica lenta, frágil e pelo alto índice de desemprego.


Holofotes voltados aos Super-Herois:

dos gibis a telona

Por Prof. Dr. Carlos Andrade

E por Prof. Ms. Claudio Brites

Superman, Batman, Hulk, Homem-Aranha... Não é de hoje que a popularidade dos super-heróis está em alta. As histórias em quadrinhos ficaram tão famosas que saltaram dos gibis para as produções de Hollywood e atualmente representam uma enorme fonte de renda para a indústria do cinema. E para falar sobre o assunto a .edu.br convidou o Prof. Dr. Carlos Andrade – pesquisador e professor titular da Graduação e Pós-graduação na Universidade Cruzeiro do Sul e o Prof. Ms. Claudio Brites – Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Universidade Cruzeiro do Sul, grandes apreciadores do universo dos super-heróis



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uem nunca pegou uma tolha da mãe ou da avó e amarrou no pescoço para entoar o bordão: para o alto e avante? Ou, como Linda Carter, girou sobre os pés para se transformar na Mulher Maravilha? Ou ainda, uniu forças com um grupo maior para combater o mal na pele imaginária do Quarteto Fantástico? Os heróis sempre estiveram presentes no imaginário humano, desde a antiguidade com Gilgamesh, Hércules, Beowlf, só para citar alguns, por sua conexão direta com os deuses; figuras que se arriscavam diante do desconhecido e voltavam para provar que a noite não era assim tão escura. Na contemporaneidade, os heróis fantásticos ganharam espaço na vida cultural das pessoas, mesmo que, entre nós, tenham um caráter puramente ficcional (embora, inegavelmente, nos inspiremos em seus feitos). No começo do século XX, houve ascensão das histórias em quadrinhos de ação e aventura, uma produção massiva que habitava três gêneros: ficção científica, policial e aventuras na selva. Os quadrinhos ganhavam espaço na imprensa desde o começo do século XIX, mas a produção tinha um caráter, em sua maioria, humorístico. Após o crash da bolsa de valores americana, em 1929, esse gênero foi ganhando espaço entre os americanos, surgindo, por exemplo, heróis como Tarzan, Dick Tracy, Flash Gordon, Mandrake, O Fantasma. No final dos anos 30, dois judeus (Joe Shuster e Jerry Siegel) criariam a personagem que seria o ícone dessa época e que marcaria o início da chamada Era de Ouro dos quadrinhos: o Super Homem. O que seguiu foi o surgimento de centenas de personagens (Batman, Capitão América, Homem Aranha, Thor, Lanterna Verde, etc.). Importante salientar que histórias em quadrinhos não são obras exclusivas de histórias com super -heróis, embora esse segmento tenha maior sucesso entre o público em geral. Isso se dá porque os quadrinhos, desde o começo, chamaram atenção de outra indústria do entretenimento que também estava em ascensão: o cinema. Desde o começo, Hollywood viu nas histórias em quadrinhos uma fonte de enredos e de personagens que conquistavam facilmente a imaginação popular. Superman teve uma série de desenhos animados já em 1940, que foram produzidos para passar no cinema antes dos filmes principais. Batman ganhou sua primeira série cinematográfica em live action em 1949, acompanhado, em seguida por uma do


#Cultura Holofotes voltados aos Super-Heróis: dos gibis à telona

“ Os super-heróis sempre estiveram presentes no imaginário humano, desde a antiguidade com Gilgamesh, Hércules e Beowilf”.

Capitão Marvel. Contudo, essas investidas eram tão bidimensionais quanto os desenhos de onde elas saiam e perdiam, ainda, em qualidade de enredos. Tal fato fez com que o grande público não se interessasse muito por aqueles personagens do cinema e que os leitores de HQ se mantivessem fiéis ao papel, afinal a semente daquela arte (como é vista hoje) foi plantada em uma época em que o povo era esmigalhado por uma grande resseção e duas grandes guerras, seu caráter de entretenimento fácil e aparentemente despreocupado caia muito bem para as pessoas que sabiam muito bem quem eram os mocinhos ou os bandidos. Lá podiam confirmar que o mundo era preto e branco. E tem mais, como apontam alguns estudiosos, por conta do fácil acesso e da fácil produção, do apelo popular, as HQs se tornaram uma máquina de propaganda antinazista muito poderosa. Em 1979, é lançado Superman – o filme, de Richard Donner, com a já clássica trilha sonora do mestre John Willians; além de popularizar ainda mais o principal filho da Era de Ouro, o filme criou espaço entre as produtoras de Hollywood para interessados em produzir adaptações de quadrinhos para o cinema. Temos, em 1980, um segundo filme do Flash Gordon (o primeiro foi de 1936); em 1988, o ator ex-halterofilista Lou Ferrigno volta à pele do Incrível Hulk (havia encenado o personagem numa

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26 telessérie de 1978, até 1982), no primeiro filme do herói verde: O retorno do Incrível Hulk. Mas foi sob a direção do olhar gótico de Tim Burton que, em 1989, é lançado o divisor de águas para esse nicho de cinema: Batman. O filme fez a indústria abrir os olhos para os universos advindos das HQs. Batman reunia grandes atores e foi um sucesso de bilheteria. Em, 1992, acontece Batman: o retorno, outro grande filme que vem sacramentar a parceria entre o mundo das HQs e o cinema. Em, 1998 foi a vez de Blade – o caçador de vampiros, o filme fez muito sucesso e seu diferencial era trabalhar um personagem secundário do mundo Marvel (o mesmo do Capitão América, Homem Aranha, Hulk) e mesmo assim alcançar o grande público. O que já era bom com Batman (que vinha de sequências desastrosas do ponto de vista artístico, mas famosas do ponto de vista financeiro) tornou-se ainda melhor com Blade e suas continuações, a partir daí, as adaptações de HQs viraram moda e vieram como enxurrada no começo do século XXI, onde temos os X-man, Homem Aranha, Quarteto Fantástico, Demolidor, entre outros. Como fica visível, a Marvel foi a grande investidora no nicho, em 2009, a empresa foi comprada pela Disney, o que trouxe ainda mais gás para as adaptações que ganharam reforços como Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk de Edward Norton e o recente Os Vingadores. É importan-

te destacar que não foi só a questão financeira que fez com que a indústria americana investisse pesado nos super-heróis, mas em grande parte essa possibilidade se deu pela evolução tecnológica do cinema. Os efeitos especiais habitam outro patamar, muito além de maquiagens e fundos de isopor; além disso, há o surgimento do 3D e o IMAX; estas duas últimas tecnologias ainda pouquíssimo exploradas. Voltando a Marvel, a empresa não só integrou seu universo de quadrinhos com o cinema, mas também levou para ele uma forma de contar histórias muito presente nos quadrinhos: o crossover de personagens. Os filmes da Marvel são aventuras isoladas, mas, como nos quadrinhos, culminam para grandes acontecimentos, nos quais os personagens isolados se unem em uma grande batalha contra um grande mal. Nos quadrinhos, esses grandes acontecimentos costumam ser fenômenos de vendas e o mesmo aconteceu com Os Vingadores, provando que a fórmula também funciona nas telonas. O público se sente empolgado por ver tantos superpoderosos juntos dividindo o espaço. Fora isso, a empresa uniu atores de grande apelo público, com diretores renomados na sétima arte. Por isso, no momento, os filmes Marvel vêm ditando tendências, fazendo a principal rival, que também pertence a outro grande conglomerado (a Time Warner), a DC Comics (responsá-


#Cultura

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Holofotes voltados aos Super-Heróis: dos gibis à telona vel por Super Homem, Batman, Mulher Maravilha, etc.) correr para se reinventar. Não que a DC não tenha seus méritos, ela tentou um reboot para o Superman (Superman – o retorno, de 2009), que não deu certo mesmo sob a direção de Brian Singer, que tornou os X-Man um sucesso para Marvel; mas conseguiu um sucesso inigualável com a trilogia Batman, iniciada em 2008 e concluída este ano, sob direção de Christopher Nolan. Batman não é só um dos maiores sucesso de bilheteria de todos os tempos, mas também traz para as telas a reinvenção narrativa que os quadrinhos vem sofrendo desde 1980, onde os personagens habitam cada vez mundos mais sombrios e questionam o tempo todo o papel do (super-)herói na sociedade atual. O Batman de Nolan se inspira, entre outros, na reinvenção da nona arte realizada por Frank Miller em sua obra prima Batman - Cavaleiro das Trevas, de 1986; uma graphic novel que não só reviveu o modo de contar histórias nas HQs, mas retomou a postura de inserção social que os quadrinhos vinham perdendo, pois há muito começavam a ser considerados arte para crianças. Essa relação entre cinema e histórias em quadrinhos ainda irá durar muito tempo, grande parte pela já dita aquisição das principais empresas criadoras de HQ por grandes empresas de entretenimento, que envolvem no mesmo grupo produtoras de cinema e televisão. Além da continuação de sua grande saga cósmica, a Marvel pretende investir em séries de TV, do Hulk, por exemplo. A DC, por hora, tentar um reboot de seu principal ícone, o Superman, e elabora uma série de TV da Mulher Maravilha; tentando retomar seu lugar junto ao grande público e, quem sabe, assim como a Marvel, conseguir reunir todos seus heróis num grande filme de seu principal time de heróis: a Liga da Justiça. Nessa imersão sem precedentes, todos nós ficamos ansiosos para descobrir qual será a próxima grande viagem, enquanto isso, amarramos toalhas no pescoço e bradamos: para o alto e avante!

Veja quais são os super-heróis sucesso de bilheterias • Os Vingadores (2012) R$ 2.382 bilhões • Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008) R$ 2.022 bilhões • Homem-Aranha 3 (2007) R$ 1.787 bilhão

Confira a lista completa


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O preconceito é o pior sintoma Por Aline Ehrlich

Nos últimos anos, o conhecimento sobre HIV e Aids cresceu muito, mas ainda existem dúvidas sobre as formas de contágio e tratamentos da doença

O HIV é o vírus da Imunodeficiência Humana, causador da Aids, que pode levar vários anos dentro do organismo antes de aparecerem os primeiros sintomas. Já a Aids é a Síndrome da Imunodeficiência adquirida, doença que se manifesta após a infecção pelo HIV. Segundo Jeniffer Torino, aluna do 6º semestre de Enfermagem, da Cruzeiro do Sul, o HIV leva à Aids quando o sistema imunológico fica tão fraco, que o organismo contrai várias infecções, tais como a tuberculose e o cobreiro, “chamadas de ‘infecções oportunistas’, porque usam a oportunidade que o HIV oferece para infectar o organismo. São estas e outras doenças que matam a pessoa, e não o HIV ou a Aids” afirma a estudante.


#Saúde

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Aids possui três fases principais, a primeira fase é chamada de infecção aguda, que ocorre durante a incubação do HIV e varia de 3 a 6 semanas. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. O próximo período é chamado de assintomático e pode durar alguns anos, durante essa fase, acontece a forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. O organismo não fica fraco o suficiente para que o portador contraia outras doenças. Com o passar do tempo, as células de defesa são destruídas, o organismo enfraquece. Febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento são os sintomas dessa 3ª fase. A professora de Enfermagem do Módulo, Cristiane Aparecida de Oliveira, explica que, mesmo quem não desenvolve a Aids, deve passar por tratamento e realizar exames periódicos, sempre com acompanhamento de profissionais. Durante o tratamento, caso seja necessário, medicamentos antirretrovirais serão prescritos após exames clínicos e de laboratório, “esses medicamentos buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível, pois diminui a multiplicação do vírus no corpo, recupera as defesas do organismo e, consequentemente, aumentam a qualidade de vida do soropositivo”. Vale ressaltar que os medicamentos antirretrovirais trazem muitos benefícios aos pacientes, como o aumento da sobrevida e melhora da qualidade de vida. Mas, pela potencialidade dos medicamentos sobre a multiplicação do vírus no organismo, eles podem causar alguns efeitos colaterais desagradáveis, como: diarreia, vômitos, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo que são chamadas pelos médicos de rash cutâneo, agitação, insônia e sonhos vívidos. Alguns pacientes podem não apresentar nenhum desses sintomas. Portadores de HIV que fazem uso de remédios antirretrovirais possuem riscos maiores de desenvolver hipertensão, diabetes, aumento da gordura corporal e de infarto agudo do miocárdio. A estudante Jeniffer Torino diz que “esses problemas são mais comuns em idosos e pessoas que fazem uso da medicação há muitos anos, um motivo possível para isso é um menor cuidado com a própria saúde pelos portadores de HIV”. O consumo de ômega 3 pode diminuir os riscos de problemas cardiovasculares, esses ácidos graxos são encontrados em pei-

xes como salmão, atum, bacalhau, albacora e cação. Algumas pessoas ainda possuem preconceito em conviver com portadores de HIV, pois acreditam que o mínimo contato pode transmitir o vírus. O que não é verdade. O contágio acontece através da transmissão de fluídos contaminados com o vírus como as secreções vaginais, o liquido pré-seminal, o sêmen, sangue e leite materno, por exemplo. Não há contaminação na relação sexual (desde que se use corretamente a camisinha), na masturbação a dois, beijo no rosto ou na boca, suor, cuspe ou lágrimas, picada de inseto, aperto de mão ou abraço, nos assentos de ônibus, em piscinas, banheiros; na doação de sangue, pelo ar ou compartilhando sabonetes, toalhas, lençóis, talheres ou copos. É importante lembrar que a pessoa infectada com o HIV pode trabalhar normalmente e tem o direito de manter o sigilo sobre a sua condição no trabalho, nenhuma empresa pode exigir o exame de detecção de HIV no exame admissional. Ser portador do vírus não pode ser justificativa para a demissão de funcionários, o que pode gerar ações trabalhistas para a recontratação do colaborador e até indenização por danos morais. Se você quer saber mais sobre HIV/Aids e outras DSTs, o Ministério da Saúde criou um portal com inúmeras informações sobre o tema, para saber mais acesse:

www.aids.gov.br

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Você pode ter hepatite e não saber A doença pode não apresentar sintomas, mas comprometer o funcionamento do fígado Janaína Fukai

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ma doença silenciosa, assim é conhecida a hepatite. A doença viral provoca a inflamação do fígado e, na maioria dos casos, não apresenta sintomas. Em algumas ocasiões, ocorre fadiga, falta de apetite, enjoo, vômito, urina escura, pele e olhos amarelados (icterícia) e fezes esbranquiçadas. A descoberta da hepatite só é confirmada por meio de exames de sangue específicos. As hepatites mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B, C e D. Existe, ainda, o vírus E, mais frequente na África e na Ásia. Segundo o Ministério da Saúde, milhões de pessoas no País são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. A pessoa doente que ainda não foi diagnosticada corre o risco de a doença evoluir para o estado crônico, o que pode causar danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante consultar o médico regularmen-

te e fazer os exames de rotina que detectam a doença. O teste é um direito garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e pode ser realizado em qualquer unidade de saúde do País. Existe vacinação contra a hepatite B e é oferecida, gratuitamente, pelo SUS e está disponível para pessoas que possuem até 29 anos. Também é fornecida gratuitamente para pessoas acima dessa idade, mas que pertençam aos seguintes grupos: manicures, usuários de drogas, hemofílicos, profissionais do sexo, homossexuais masculinos, pacientes que fazem hemodiálise, portadores do vírus da hepatite C, portadores do HIV, bombeiros, policiais e profissionais de saúde. A coordenadora de Enfermagem do Módulo, Profa. Ms. Andréia Grigoleto, lembra que são necessárias três doses para completar a imunização. Caso o esquema seja interrompido, o indivíduo poderá continuar a vacinação a partir da dosagem em que parou, pois as células de defesa possuem memória imunológica.

Previna-se. A professora Andréia, alerta sobre as formas de transmissão da doença: a transmissão do VHB e VHC ocorre por compartilhamento de material para uso de drogas (seringas e agulhas), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam), transmissão de mãe para o filho durante a gestação (raro na hepatite C) e relações sexuais sem camisinha (raro na hepatite C).


#Saúde

Mitos e verdades sobre o contágio da Dengue Professora e aluna ajudam a esclarecer dúvidas sobre o mosquito Janaína Fukai

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verão ainda não chegou, mas o Aedes Aegypti – transmissor da dengue, não aparece só nessa época. A estação mais quente do ano traz com ela as chuvas de temporada e o calor, condições valoráveis para a reprodução do mosquito. Nesse período, todos sabem que os cuidados com o inseto devem ser intensificados, porém ele pode transmitir a doença durante todo o ano. E como forma de prevenção, quem nunca tentou evitar a picada do mosquito com aquele repelente caseiro? Existem diversas fórmulas à base de plantas, como, por exemplo, a andiroba, a citronela e cravo-da-índia que, geralmente, são utilizadas em velas e infusores. Segundo estudos já realizados, o cheiro dessas essências causa intoxicação nos insetos, agindo como os inseticidas. “No entanto, o efeito se restringe ao local onde se espalha a fumaça, devendo atenção para corrente de ar, bem como para portas ou janelas abertas”, confirma a coordenadora de Enfermagem do Módulo, Profa. Ms. Andréia Grigoleto. Para evitar a picada do mosquito, a professora indica a utilização de espirais ou vaporizadores elétricos, mosquiteiros, telas e repelentes. Já para a eliminação dos locais de reprodução do mosquito: tampar os grandes depósitos de água, remover o lixo, fazer controle químico (larvicidas) e limpar os recipientes de água com bucha.

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Mitos sobre a dengue

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AR CONDICIONADO E VENTILADORES MATAM O MOSQUITO - MENTIRA!

Dicas da aluna Jeniffer Torino, estudante de Enfermagem na Universidade Cruzeiro do Sul.

Quando se usa o ar condicionado a temperatura e a umidade baixam, isso inibe o mosquito. Ele tem mais dificuldade para detectar onde estará a possível vítima de sua picada. Porém não matam. Estes aparelhos apenas espantam o mosquito que poderá voltar em outro momento quando eles estiverem desligados.

7 AS LARVAS DO MOSQUITO SÓ SE DESENVOLVEM EM ÁGUA LIMPA - MENTIRA! Embora as fêmeas do Aedes aegypti tenham preferência por depositar seus ovos em recipientes com água limpa, elas também podem colocá-los em criadouros com água suja e parada. Então, para combater a dengue, o importante é acabar com qualquer reservatório de água parada, seja limpa ou suja.

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BORRA DE CAFÉ NA ÁGUA DAS PLANTAS MATA OS OVOS DO MOSQUITO - MENTIRA! A borra de café só é eficaz no combate ao mosquito da dengue em quantidades muito elevadas, sendo que já foi verificado na prática que a larva do Aedes aegypti se desenvolve em água suja de borra de café. Ao invés de usar a borra, tente eliminar os pratos dos vasos, ou coloque areia até as bordas deles de forma a eliminar a água. Lave também os pratos com bucha e sabão semanalmente. Isso, sim, é eficaz contra a dengue.

QUALQUER PICA MITE O VÍRUS DA

Primeiramente, é esteja contaminad tade das pessoas doença. Entre 20 mas subclínicas d sentar sintomas. M em caso de dúvid curar o posto de s


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2 PARA MATAR OS OVOS DO MOSQUITO, BASTA SECAR OS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA PARADA - MENTIRA! Não é apenas o simples ato de secar os reservatórios de água parada que irá impedir o mosquito da dengue de se reproduzir. É preciso limpar o local também, pois o ovo ainda pode ser manter “vivo” por mais de um ano sem água.

3 REPELENTES SÃO FUNDAMENTAIS NO COMBATE À DENGUE - MENTIRA! Repelentes, velas de citronela ou andiroba, ao contrário do que muita gente pensa, não tem muito efeito no combate à dengue, pois têm efeito indeterminado e temporário

TOMAR VITAMINA B AFASTA O MOSQUITO - MENTIRA! Apesar de ser verdade que o mosquito é atra-

ADA DO MOSQUITO TRANSA DOENÇA - MENTIRA!

necessário que o mosquito do. Além disso, cerca de mepicadas não desenvolvem a e 50% vão desenvolver forda doença. Ou seja, sem apreMesmo assim, é importante, da ou qualquer suspeita, prosaúde mais próximo.

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ído pelo gás carbônico exalado pela respiração da pessoa, a ingestão de vitamina B - alho ou cebola também - (que têm cheiro eliminado pela pele) não é uma medida eficaz de combate à dengue. Tomar vitamina B pode afastar mosquito, mais isso não dura muito e também irá variar de acordo com o metabolismo de cada pessoa, podendo até não ter efeito algum.

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Confira aqui o infográfico:

Dengue: situação epidemiológica


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Onde há fumaça, há perigo! O cigarro não prejudica apenas a saúde, mas deteriora o aspecto físico, tornando o fumante menos atraente Por Aline Ehrlich

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uito se fala sobre o mal que o tabagismo faz para a saúde, mas por que o cigarro é tão prejudicial? Porque possui em sua composição cerca de 4700 substâncias tóxicas, entre elas arsênico, amônia, monóxido de carbono, substâncias cancerígenas, corantes e agrotóxicos. O cigarro não prejudica apenas a saúde, mas deteriora o aspecto físico, tornando o fumante menos atraente, uma vez que os dentes ficam amarelados, a pele enrugada, além de ficar com odor do fumo. Segundo a Coordenadora de Enfermagem do Módulo, Profa. Andréia Regina Lopes Grigoleto, o cigarro não afeta apenas os pulmões, todo o corpo é prejudicado pela fumaça que, ao ser tragada, é levada até os pulmões e distribuída pelo sistema circulatório e cérebro. “Os fumantes adoecem com uma frequência maior do que os não fumantes, a resistência física e o fôlego são menores, apresentam pior desempenho nos esportes e na vida sexual”, afirma Andréia. Mesmo quem não fuma deve ficar atento, pois a inalação da fumaça pode causar: irritação nos olhos, manifestações nasais, tos-

se, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e até mesmo aumento dos problemas cardíacos, sobretudo, a elevação da pressão arterial, “o fumante passivo, ou seja, a pessoa que inala a fumaça de derivados do tabaco fica exposta ao ar poluído que contém nicotina, monóxido de carbono e substâncias cancerígenas em maiores quantidades do que a fumaça do próprio fumante, que passa pelo filtro do cigarro” explica a professora. Para quem deseja abandonar o vício, atualmente, os métodos descritos como mais eficazes são a abordagem cognitivo-comportamental e alguns medicamentos. “É preciso tomar cuidado com o tratamento escolhido, por essa razão o fumante deve procurar profissionais qualificados para que o tratamento seja eficaz e seguro”, a professora Andréia disse, ainda, que todo fumante tem direito a atendimento gratuito para deixar de fumar em instituições ligadas ao SUS.


#Saúde

Você sabia que o fumo é responsável por: • 97% do câncer de laringe • 90% das mortes por câncer no pulmão • 85% das mortes por bronquite e enfisema • 50% dos casos de câncer de pele • 30% das mortes por câncer • 25% das mortes por enfarto e AVC (derrame).

Dicas para parar de fumar • Escolha um dia para parar de fumar de uma vez só • Tome água quando tiver vontade de fumar • Procure ler, caminhar e praticar atividades que distraiam a mente • Modifique sua rotina o máximo possível • Faça exercícios regularmente • Procure não substituir o cigarro pela comida • Escove os dentes logo após as refeições • Pratique relaxamento e exercícios de respiração • Tenha sempre em mente que o cigarro é um inimigo da saúde • Procure ajuda de especialistas

Fonte: Ministério da saúde, Secretária da Saúde, Inca, Fio Cruz.

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Bons e gostosos motivos para festejar o ano todo! Por Luciana Allves

Todo final de ano é igual, com a correria do dia a dia, acumulamos os preparativos do cardápio da ceia para o último momento.

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ara ajudar nessa gostosa, mas, ao mesmo tempo, difícil tarefa de combinar o que servir com as preferências dos convidados, a revista web .edu.br recebeu das professoras Lígia Lopes Simões Baptista e Rosana Fernandes Medina Toledo, docentes dos cursos de Nutrição e Gastronomia da Universidade Cruzeiro do Sul, respectivamente, deliciosas dicas e receitas, de fácil preparo, para você receber muitos elogios de seus amigos e familiares.


38 Do light às tradicionais tentações você terá bons e gostosos motivos para festejar o ano todo! EM DIA COM AS CALORIAS Oleaginosas e Frutas Secas As oleaginosas e as frutas secas são alimentos bastante consumidos nas festas de finais de ano. Apesar de serem fontes de vitaminas e alguns minerais antioxidantes, deve-se considerar que apresentam alto valor calórico: 10 unid de ameixa preta seca = 119 kcal 4 unid de castanha do Brasil = 105 kcal 4 unid de Nozes = 59 kcal 10 unid de uvas passas = 36 kcal Dado o seu alto valor calórico, as oleaginosas não são alimentos ideais para serem consumidos como petiscos, devendo ser consumidos com moderação.

Carnes As carnes, além das proteínas, possuem grandes quantidades de gorduras, devendo se tomar cuidado com o seu consumo excessivo. 1 fatia média de pernil = 262 kcal 1 fatia média de peru = 163 kcal 1 fatia média de tender = 160 kcal 1 filé de peixe assado = 220 kcal 1 fatia de carne assada = 222 kcal 1 fatia média de chester = 167 kcal E quando recheados, esse valor calórico se torna mais elevado. É recomendável que, durante as festas, consuma-se, preferencialmente, apenas um tipo de carne. O segredo para uma ceia gostosa e saudável é a variedade, além, lógico da moderação.

Panetones O Panetone é uma preparação tradicionalmente natalina, no entanto, atualmente, tem surgido diversas variedades desse alimento. Deve-se considerar que essas novas variedades têm maior valor energético: 1 fatia de Panetone = 280 kcal 1 fatia de Panetone com gotas de chocolate = 312 kcal 1 fatia de panetone de mousse = 354 kcal Portanto, fique atento ao valor calórico das outras versões de panetone, dando preferência ao tradicional, lembrando que o consumo também deve ser moderado.

Bebidas alcoólicas É comum encontrar bebidas alcoólicas nas comemorações de final de ano. Vale lembrar que o álcool fornece 7 kcal por grama, ou seja, mais calorias que uma grama de carboidrato e proteínas (4 kcal). Por isso, fique de olho: 1 lata de cerveja = 147 kcal 1 taça de champagne = 85 kcal 1 taça de vinho tinto = 107 kcal 1 taça de Vinho branco doce = 178 kcal 1 dose de whisky = 240 kcal

Faça a sua escolha de sobremesas para o Final de Ano. Porção de 100g Mousse de chocolate 318,5 kcal Pavê de chocolate 310 kcal Pudim de leite 195 kcal Brigadeirão 298 kcal

Mousse de maracujá 221,5 kcal Torta de ricota 249,9 kcal Mosaico de gelatina 104,9 kcal Manjar de coco 192 kcal


#Dicas

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Farofa especial Ingredientes 4 colheres de sopa de castanha-do-pará 5 colheres de sopa de semente de girassol 5 colheres de sopa de semente de linhaça 5 colheres de sopa e germe de trigo 1 unidade e Biscoito Combina com 3 Cereais 5 colheres e sopa de semente de gergelim 1 colher de sopa de óleo 1 dente de alho picado 1 cebola picada ½ colher de chá de sal.

Modo de preparo: Em um processador de alimentos, triture a castanha-do-pará, a semente de girassol e a semente de linhaça, até que formem uma farinha. Adicione o germe de trigo, o biscoito combina e as sementes e gergelim. Misture bem e leve ao forno médio-alto (180ºC), pré- aquecido, por cerca de 5 minutos. Reserve. Em uma panela, aqueça o óleo, doure o alho e a cebola, e junte a farinha reservada. Rendimento: 360 g (10 porções). Porção: 36 g. Valor calórico por porção: 22,83 kcal.

Torta galesa Ingredientes 2 xícaras (chá) de nozes 2 xícaras (chá) de uvas passas sem sementes 2 xícaras (chá) de frutas cristalizadas 2 xícaras (chá) de água 4 xícaras (chá) de farinha de trigo 1 xícara (chá) de açúcar refinado 1 xícara (chá) de açúcar mascavo 3 colheres (café) da mistura canela + cravo moído 1 colher (sopa) de fermento químico em pó 1 dose de conhaque 400g de manteiga 2 colheres(café) de bicarbonato de sódio

Modo de preparo: Deixar de molho na água as nozes, as passas e as frutas cristalizadas. Levar para ferver acrescentando o açúcar refinado e o mascavo, juntamente com o bicarbonato de sódio por 15 minutos. Deixar amornar e acrescentar o conhaque e a manteiga. Mexa e reserve. Em outro recipiente, misture a farinha de trigo, o fermento em pó e a mistura de cravo e canela. Agregar essa mistura à reservada anteriormente. Deverá se obter uma massa bem espessa. Colocar em forma de furo central, untada e polvilhada. Assar em forno 200ºC, pré-aquecido, por, mais ou menos, duas horas ou até que, ao introduzir um palito, saia seco. Desenforme frio e decore a gosto.

Clique aqui e confira mais receitas



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