Tribuna Cidade Nova #98

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Ano IX - Edição N. 98 - Belo Horizonte, 11 a 28 de fevereiro de 2017 issuu.com/tribucity •

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Divulgação

Região Nordeste de BH ganha novo polo moveleiro

Shopping Centerminas: Empreendimento contará também com duas novas lojas e praça de alimentação

Ação e Reação

Posto abandonado pelo proprietário e autoridades coloca a comunidade da Cidade Nova em risco

O jornal TribunaBH, veículo parceiro da comunidade, está sempre atento, independente e cobrando resultados. Com o apoio da comunidade já alcançou grandes conquistas e muitas outras estão em curso. Veja na página 3 alguns casos mais recentes

O Centerminas, localizado no bairro União, na região Nordeste de Belo Horizonte, firmou novas parcerias para deixar o mix de lojas ainda mais diversificado. O shopping vai inaugurar, no segundo semestre deste ano, um polo moveleiro que ocupará uma área aproximada de 2.270 m² de Área Bruta Locável (ABL), com aproximadamente nove lojas segmentadas para móveis, decoração e produtos para o lar. Baseado em um projeto inovador, o polo será instalado no primeiro andar e terá produtos diversificados disponibilizados pelos principais varejistas de decoração de Minas Gerais. As lojas “De 1 a 99”, que oferecem produtos diversos com preços especiais, e a “Sobrancelha Design”, considerado um

dos maiores grupos do Brasil especializados em sobrancelhas, também vão incrementar o mix de lojas do shopping. Investimentos em infraestrutura – Para oferecer conforto e praticidade aos clientes, o Centerminas investiu ainda na aquisição de escadas rolantes. Os equipamentos vão interligar o terceiro ao quarto andar. As melhorias integram um programa de revitalização do shopping, que inclui a instalação de mais duas esteiras, interligando o segundo ao terceiro andar. A previsão é de que o projeto seja concluído em março deste ano. O Centerminas está localizado na Avenida Dois Mil Trezentos e Trinta e Dois, nº 1495 no bairro União, região Nordeste de Belo Horizonte.

Hélio Faria, artista e cidadão completo

Padre João de Deus Dantas cumprimenta Hélio Faria

Juntamente a centenas de amigos, estivemos no concorrido evento realizado no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte, para o lançamento do livro “Arte Sacra – 50 anos de artes plásticas”, do reconhecido profissional, artista plástico e publicitário Hélio Faria, uma referência nacional, um grande exemplo


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POLÍTICA E OPINIÃO

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Triste cultura do Ambiente tóxico jeitinho, da esperteza A ex-primeira-dama, e do puxadinho Marisa Letícia, morreu!

É muito importante que fiquemos sempre atentos a algumas ações e até tristes manias que deixamos passar despercebidas, considerando que para diversas situações tudo tem um jeitinho, um arranjo qualquer, até mesmo usando o famoso “ sabe com quem está falando”, “fala que você é meu amigo”. Por essas e outras é que constatamos, diariamente, situações que se aproximam bem do oportunismo, da falta de caráter, da vaidade, da irresponsabilidade. Tudo isso se aplica aos diversos cidadãos e às administrações públicas. Mas não devemos de-

bitar tudo ao Poder Público. Nós, cidadãos, temos que ficar atentos aos bons exemplos e atitudes corretas, responsáveis. De que adianta reclamar e cobrar atitudes se ainda buscamos fazer um “puxadinho” irregular, uma gambiarra no fornecimento de energia elétrica de suas casas, no comércio ou em casas de diversões confiando na omissão e falta de fiscalização das autoridades? Quantas pessoas fazem “gato” no sistema de TV a cabo; tentam “dar um jeitinho”, com dinheiro, claro, para que o guarda de trânsito alivie aquela multa; baixam programas para serem avisados

da presença de radares pelo celular; trocam o voto por algum favor, e por aí vai. São apenas atitudes deploráveis e pequenos exemplos que levam, muitas vezes, a danos irreparáveis. Temos que mudar essa cultura, essa mentalidade, para nosso bem e das futuras gerações, enquanto ainda é tempo. Do contrário, corruptos, corruptores e espertos estarão inseridos no seio da sociedade desestruturando as famílias. Lei é lei e precisa ser cumprida, ser executada, por todos, sem qualquer exceção ou privilégio, sem partidarismo, seja ele da situação ou da oposição.

Em entrevista exclusiva à equipe do Grupo de Jornais de Jornalistas – Grijjor – o jornalista Chico Maia, assessor chefe da Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), informou que a “transparência” será uma das prioridades na administração do prefeito Alexandre Kalil, iniciada no dia 1º de Janeiro. “Essa é a determinação do prefeito”, disse ele: “comunicar sobre tudo, na cidade inteira, para que os moradores possam ser informados sobre o que a Prefeitura vai fazer ou está fazendo em sua região”. De acordo com Chico Maia, “o novo prefeito espera contar com a participação e o apoio da população” – e também com a “colaboração dos jornais de bairro”, com os quais pre-

Jornalista Chico Maia, Assessor Chefe da Prefeitura de Belo Horizonte

tende desenvolver uma relação “respeitosa e de valorização”. Para o prefeito, de acordo ainda com o jornalista Chico Maia, “são os próprios moradores, as pessoas que estão nos seus bairros (e que têm os jornais locais como seus porta-vozes), é que conhecem verdadeiramente os problemas da cidade”. Chico Maia é jornalista forma-

TRIBUNA DA CIDADE NOVA EDIÇÃO N. 98 Editores: Luiz Lucas Martins Reg. Prof. MG 02485 JP Eugênio Oliveira Reg. Prof. MG 03478 JP Fotografia: Santos Filho Colaboradores: Guilherme Nunes Avelar,

Arquivo Grijjor

Determinação de Kalil: ‘transparência sobre tudo’

do pelo Uni-BH e advogado pelo Unifemm-SL. Trabalhou nas rádios Capital, Alvorada FM, América e Inconfidência. Na televisão, teve passagem pela Band Minas e também RedeTV!. Foi colunista do jornal Hoje em Dia e atualmente escreve para os jornais O Tempo, Super Notícia e participa do programa Rádio Vivo, da Rádio Itatiaia.

Redação: Rua Irmãos Kennedy, 114/06 Cidade Nova - Belo Horizonte Minas Gerais - CEP: 31170-130 - Telefax: (31) 3484 0480 e (31) 9955 8447. E-mail Redação: tribunabh@gmail.com Site: www.tribunabh.com Twitter: @tribunabh Facebook: Tribuna-Cidade-Nova113812482411367/ Edição Digital: www.issuu.com/tribucity

Por Guilherme Nunes Avelar - Advogado

Essa morte pegou a todos no susto; afinal, ao que se sabia até então, ela não estava passando por problemas graves de saúde, apesar dos sucessivos desgostos causados por investigações envolvendo a ela, ao seu marido Lula e à família de ambos. Independentemente do acerto ou não das acusações que vêm sendo feitas à família Lula da Silva, o momento de morte exige respeito; nesse sentido, os dias de entorno à data fatídica exibiram uma classe política discreta, em significativo episódio de civilidade. Para variar, Lula exagerou na retórica, ao “diagnosticar” as circunstâncias que “teriam levado” ao passamento precoce de sua esposa: “[...] Marisa morreu triste”, exclamando, conclusivo: “[...] a canalhice que fizeram com ela, [...] a imbecilidade e a maldade que fizeram com ela”; ao fim, concluiu, com seu português peculiar: “eu quero provar que os facínoras que levantaram leviandade com a Marisa tenham, um dia, a humildade de pedir desculpas a ela”. Quando, no entanto, se vê com cautela os fatos a que o ex-presidente se refere, percebe-se que a verdade não reside exatamente onde ele foca: na verdade, Lula, viciado em

inverter fatos e versões, amoldando-os ao seu figurino, “se esqueceu” de dizer que os dissabores envolvendo a ele e à sua família se devem particularmente a que eles não prestaram esclarecimentos minimamente esclarecedores sobre eventos imorais e ilegais que apontariam para favorecimentos a eles próprios. Ninguém está acima das instituições; assim, se dúvidas pairam sobre a conduta pública de uma autoridade, como era e ainda é o caso de Lula, cabe a ele e só a ele, com os seus, explicar tais fatos; isso se torna ainda mais patente quando a corrupção no seu governo e de sua pupila vem sendo desnudada a cada dia, gerando sérias interrogações sobre seu envolvimento. Não se trata, pois, de pré-julgamento ou de perseguições, como vem insistindo Lula; se trata, isso sim, do caminho natural do sistema judicial. Essa sua característica forma de contar histórias, virando do avesso as situações e se travestindo de mártir, não responde às dúvidas; na verdade, só as aguça. Por isso, e adiantando um pouco no assunto, é também duvidosa sua promessa por maior diálogo com adversários, para uma busca coletiva por soluções para os graves problemas estruturais por que passa o Brasil, em grande medida decorrentes da incompetência e irresponsabilidade governamen-

- O jornal Tribuna da Cidade Nova é uma publicação da Logos Editora Ltda. – Registrado no Cartório Jero Oliva, documentação arquivada naquela Serventia em 12/09/2007, no Registro nº 1.143, no Livro A. Logos Editora Ltda. Reg. na JUCEMG sob o nº 3120431497 CNPJ 25.712.977/0001-62 Inscrição Estadual nº 62.881.449.00-81 Circulação: O jornal é distribuído de casa em casa, na Paróquia de Santa Luzia, na Feira dos Produtores da Cidade Nova, bancas de revistas,

tal dos governos petistas de Lula e de Dilma. Refiro-me ao recente convite de Lula a Michel Temer: “quando quiser conversar comigo, me chame”; antes, já havia dito, após se encontrar com Fernando Henrique Cardoso, que esse seu bissexto apreço pelo diálogo sinalizaria para a juventude a necessidade de superar o ódio e a intolerância que intoxicaram a política brasileira. Com todo o respeito, sou descrente da sinceridade de tudo isso, partindo de Lula. Apesar de ser verdade o que Lula disse sobre a necessidade de diálogo entre os diferentes matizes da política nacional, o que ele parece ter se “esquecido” é que foi o PT e ele próprio que intoxicaram a política brasileira, com décadas de discurso maniqueísta, em que seu grupinho era o único bem e todos os outros, sem nenhuma exceção, eram “petralhas”: exatamente os “bandidos” que ele abraçou com entusiasmo ao chegar ao poder e com eles subiu a rampa do Planalto!

padarias, lojas e empresas dos bairros Cidade Nova, Silveira, Nova Floresta, partes da Renascença, Ipiranga, União e adjacências. Periodicidade: 11 a 28, fevereiro, 2017. * * * Os artigos assinados publicados nesta edição não espelham, necessariamente, a opinião desse jornal, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.


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A parceria da comunidade com o nosso jornal TribunaBH vem se intensificando a cada dia e dando seguidos resultados positivos no tocante à melhoria de vida em nossa região.

Ação e reação

São importantes ações que, se não forem denunciadas, caem no esquecimento, no descaso por parte de nossos administradores e passam a fazer parte da cena urbana. E é aí que entra o seu jornal, o TribunaBH, parceiro da

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comunidade, sempre atento, independente, cobrando resultados. Com o apoio da comunidade já alcançou grandes conquistas e muitas outras estão em curso. Veja alguns casos mais recentes.

Posto BR abandonado na Cidade Nova recebe tapume

Na edição 95 do tribunaBH, denunciamos o estado de abandono de um grande posto de gasolina com a bandeira Petrobrás, localizado no cruzamento da rua Cel. Pedro Paulo Penido com Rua Doutor Julio Otaviano Ferreira, na Cidade Nova, em área residencial, no centro do bairro Cidade Nova. O posto e suas insta-

lações, além de representar real estado de abandono e perigo, serviam para moradia para desocupados. Bastaria um pequeno vazamento nas bombas de gasolina e gases nos tanques e uma fogueirinha para acender um cachimbo ou esquentar o frio da madrugada para uma trágica situação se desenhar na Cidade Nova.

Acionamos os diversos órgãos competentes da Prefeitura da capital, de segurança e a Agência Nacional de Petróleo que agiram e notificaram os responsáveis pela área a tomarem providências. Hoje o imóvel está cercado por tapumes e é grande a expectativa da comunidade em torno da ocupação ordenada da área.

Posto com tapumes. Comunidade atenta à nova ocupação

Arquivo/Trib

Rodoviária de BH: Puxadinho Interestadual será desativado

Precário e vergonhoso Terminal Rodoviário improvisado em BH

Na edição 97 do TribunaBH, o jornal levou ao conhecimento do público e das autoridades as precárias condições de uso e operação do Terminal Rodoviário, localizado na Estação do Metrô José Cândido da Silveira, no bairro Santa Inês. Improvisado ali pelo Governo do Estado em acordo com a Prefeitura Municipal, é o exemplo de descaso para com a população e os usuários que utilizam daquele espa-

ço para suas viagens. Um verdadeiro puxadinho interestadual, nada respeitoso para com nossa gente e indigno para com a população da capital mineira. Também o chamamento e denúncia promovida pelo TribunaBH foi útil para despertar o poder público para a situação crítica e desconforto daquele equipamento púbico de grande importância. Felizmente, o Gover-

no do Estado, a Prefeitura Municipal, diversos órgãos e entidades tomaram conhecimento da triste realidade dos fatos e resolveram agir. Recentemente o Governo do Estado se manifestou e aquelas instalações serão desativadas, talvez voltando para a rodoviária central, de onde nunca deveriam ter saído, até que se construísse a tão propalada nova rodoviária no bairro São Gabriel.

Arquivo/Trib

AÇÃO E REAÇÃO


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GENTE NOSSA

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Hélio Faria

Profissionalismo, competência e humanismo Por Eugênio Oliveira

Juntamente a centenas de amigos, estivemos no concorrido evento realizado no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte, para o lançamento do livro “Arte Sacra – 50 anos de artes plásticas”, do reconhecido profissional, artista plástico e publicitário Hélio Faria, uma referência nacional, um grande exemplo. Dentre as diversos amigos e autoridades presentes, temos o orgulho de destacar a presença do Padre João de Deus Dantas, que lá esteve para comemorar com o amigo esse marco tão importante. Aqui ele vai nos brindar com um breve relato da presença do homenageado junto à nossa comunidade. A admiração do padre João de Deus pela obra e vida de Hélio Faria é tão grande que ele dedicou ao artista uma sala na Igreja de Santa Luzia, do qual é pároco há 30 anos. O padre se orgulha em afirmar que o local possui a maior quantidade de obras de

Hélio Faria autografando o seu livro: “Arte Sacra – 50 anos de artes plásticas”

Hélio Faria reunidas por metro quadrado. “As telas de Hélio Faria retratam o barroco genuinamente brasileiro. Muitos pensam

que o barroco do Brasil começou na Bahia. Mas esse é um erro histórico. As igrejas de lá, também muito bonitas, receberam influências do

barroco Europeu. Aqui, em Minas, é que nasceu o estilo genuinamente brasileiro. A arte sacra do Hélio tem o rosto da ino-

vação, e isso me encanta. Eu busco constantemente o novo. Nos quadros dele, as cores apresentam contrastes que se harmonizam. “A arte

dele tem força, contraste e inquietação. Não precisa entender, basta contemplar”. Parabéns Hélio Faria. Sucesso, sempre.



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EDUCAÇÃO

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Lideranças educacionais atentas às reformas do ensino médio

Acompanhando atentamente as ações em torno da Reforma do Ensino Médio, o presiden-

te do SINEP/MG e da Fenen/MG, prof. Emiro Barbini, e o presidente da Confenen, Roberto Dor-

nas, estiveram reunidos com o Senador Antônio Anastasia para sugerir uma série de alterações

no texto da recentemente Lei sancionada pela Presidência da República. O Senador por

Minas Gerais se mostrou favorável às correções e mudanças apresentadas pelas Lideranças

e já está elaborando um Projeto de Lei do Senado para aperfeiçoar a legislação em vigor.

Professor Emiro Barbini, presidente do SINEP/MG, e da Fenen/MG, Senador Antônio Anastasia e o professor Roberto Dornas, presidente da Confenen.

Minas Gerais, destacada presença no cenário da Educação Nacional.

Sobre o valor da resiliência e educação

Por José Donizetti dos Santos*

Os desafios do mundo contemporâneo são cada vez maiores, em todos os campos de atuação, saltando aos olhos, sobretudo, a violência que ameaça, cotidianamente, o maior dos presentes que recebemos logo ao nascer, a vida. Em tal contexto, pessoas resilientes farão toda a diferença, ou seja, pessoas com capacidade de superar os riscos e obstáculos da existência humana e, acima de tudo, desenvolvendo ao máximo seu potencial de realização. Essencialmente, resiliência é a capacidade da pessoa recuperar-se, sobrepor-se e adaptar-se com sucesso frente às adversidades e desenvolver uma com-

petência e equilíbrio emocional e social para encarar os acontecimentos adversos, o estresse e as tensões próprias dos dias atuais. O termo resiliência significa voltar ao estado normal, sendo oriundo do latim resiliens. Em Física, expressa a qualidade dos materiais de resistir à pressão, dobrar-se com flexibilidade, recobrar sua forma original, não deformar-se frente à pressões e forças externas. Do ponto de vista educacional, resiliência implica uma dinâmica positiva, uma capacidade de seguir adiante, não se limitando a resistir, mas permitindo a reconstrução. É a qualidade de uma pessoa autodeterminada, que não se desanima, que não se deixa aba-

ter, que se supera, ademais das adversidades, das pedras do caminho. A educação complexa do mundo de hoje é um processo igualmente complexo, apresentando as mesmas características do ser humano de nossos dias: multidimensional e sempre aberto a uma mudança cada vez mais necessária para cumprir sua missão existencial: fazer a diferença e construir sua singularidade. É essencial e valoroso nos processos educacionais, criar situações e dinâmicas que favoreçam a formação de pessoas capazes de sobrepor-se às experiências dolorosas adversas: estresse, traumas diversos, desafios e tensões comuns no cotidiano da existência. Ou seja, pessoas resilientes!

(*) José Donizetti é Filósofo, Educador, Especialista em Neurociência aplicada à Educação. Coach Educacional e escritor. www.prodoni.pro.br.

Professor José Donizetti dos Santos



TURISMO

Belo Horizonte, 11 a 28 de fevereiro de 2017 - Edição N. 98 - Ano IX

Turismo cresce em BH

A campanha ‘BH, vem pra cá!’, lançada pela Belotur para promover Belo Horizonte com estímulos para o turismo durante o período de férias, considerado de baixa temporada, vem surtindo efeitos positivos para a cadeia produtiva da cidade. Após completar três semanas, o setor hoteleiro já viu sua ocupação crescer em 15% em relação ao ano passado. Tanto é que mais de 60 hotéis já decidiram estender seus descontos e promoções para o Carnaval. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG) apontam 30% de ocupação média dos hotéis em janeiro de 2016. Já no mesmo período deste ano, a ocupação já alcançou 45%.

“Belo Horizonte comemora esses resultados, em menos de um mês do Carnaval, quando esperamos receber cerca de 500 mil turistas para a folia. O envolvimento de toda a cadeia produtiva do turismo na cidade tem sido primordial para o sucesso da campanha. Nossos atrativos turísticos e agenda cultural, que movimentam a cidade durante todo o ano, aliados à já tradicional hospitalidade belo-horizontina, provam que BH está mais que preparada para receber pessoas do mundo inteiro”, diz Gustavo Mendicino, diretor de Promoção e Marketing da Belotur. Mais de 150 empresas, entre hotéis, bares, restaurantes e comércio varejista da moda.

Estão participando do ‘BH, vem pra cá’. O objetivo é aumentar o fluxo turístico de lazer na cidade aos finais de semana e gerar mais negócios para os setores ligados à cadeia do turismo, como hotéis, atrativos, comércio varejista da moda, bares e restaurantes. A ideia é simples: cada empreendimento oferece vantagens e descontos em seus produtos ou serviços, como diárias de hotéis e cardápio de bares e restaurantes. O hóspede, ao chegar ao hotel, recebe um cartão. Com ele em mãos, o turista pode usufruir dos benefícios da campanha. A lista com os participantes e as vantagens pode ser encontrada no site www.belohorizonte.mg.gov.br.

Campanha “BH, Vem pra cá”, lançada pela Belotur, já registra aumento significativo na ocupação hoteleira da cidade

“Ações como esta são fundamentais para a promoção do turismo da cidade. Esperamos que nossos hóspedes aproveitem as vantagens da campanha e, com isso, desfrutem Belo Horizonte, que

tem muito profissionalismo na oferta de serviços. A rede hoteleira, por exemplo, tem ampla oferta, qualidade e tarifas bastante competitivas”, comenta Patrícia Coutinho, presidente da Associação

Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG). O projeto é idealizado pela Belotur e conta com a parceria da Abrasel-MG, ABIH-MG, Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau e Distrito da Moda.

Mais de 80 primatas, na sua maioria bugios (do gênero Alouatta), morreram com suspeita de febre amarela nessas últimas semanas no Espírito Santo. Nos últimos dias, as estimativas atualizadas apontam a morte de milhares de outros indivíduos no mesmo estado. A atual epidemia, que atinge as zonas rurais de Minas Gerais e Espírito Santo, não ameaça apenas os humanos, mas populações inteiras de primatas. Além da doença, os macacos também correm o risco de serem eliminados por falta de informação, pois em algumas localidades existe a crença de que sejam transmissores do vírus, o que não ocorre. O último surto de febre amarela em macacos ocorreu entre 2008 e 2009, no Rio Grande do Sul, e causou a morte de mais de dois mil bugios, infectados pelo vírus ou assassinados por pessoas desinformadas sobre o ciclo da febre amarela. Thais Leiroz Codenotti, pesquisadora e coordenadora do Con-

MHNJB/UFMG

Surto de febre amarela coloca macacos em perigo Embora não transmitam diretamente o vírus, primatas vêm sendo mortos por pessoas que temem contrair a doença

vidas – Associação para Conservação da Vida Silvestre, que liderou um projeto sobre o tema na época, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, alerta que o problema tem se repetido neste ano. “Mesmo com os focos de febre amarela sendo em outros estados, já registramos aqui no Rio Grande do Sul casos de bugios sendo agredidos pela população”, alerta a pesquisadora. “Este tipo de comportamento gera um desequilíbrio ecológico e

agrava a situação”, completa. Maltratar, apreender ou perseguir animais silvestres configura crime ambiental (Lei Federal de Crimes contra o Meio Ambiente 9.605/98). Para a pesquisadora o melhor meio de prevenção da doença em seres humanos é a vacinação. “É importante monitorar os casos, investigar a real causa das mortes e manter a vacina de febre amarela em dia. Sair matando macacos não resolverá o problema”, ressalta.

Sentinelas Primatas são tão vítimas da doença quanto humanos. O primatólogo Fabiano Melo, pesquisador responsável pelo Programa de Conservação Muriquis de Minas, que recebe apoio da Fundação Grupo Boticário, afirma que “as espécies de macacos nativas do Brasil, por não terem tido um contato histórico evolutivo com o vírus, tendem a ter baixa resistência ao seu contato”. Melo alerta que “a doença é transmitida apenas pelos mosquitos e que

os macacos, mesmo doentes, mal servem de reservatório do vírus, porque acabam morrendo muito rápido”. Além disso, os primatas se comportam como sentinelas, sinalizando a presença do vírus. “Por estarem na mata, estão mais expostos aos mosquitos e acabam sendo afetados antes dos seres humanos. Quando um primata aparece doente, temos indícios de que nós, humanos, também estamos expostos”, explica. A importância dos macacos não se resume à sua atuação como sinali-

zadores da doença. “Esses animais são semeadores naturais. Além de espalharem sementes pelo solo quando comem frutas, o esterco que produzem também favorece o nascimento de novas árvores”, afirma Melo. O pesquisador realiza estudos em áreas protegidas situadas em Minas Gerais, e admite que na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Feliciano Abdala, localizada no município de Caratinga (MG), epicentro da epidemia em Minas Gerais, a doença pode atingir os Muriquis-do-Norte (Brachyteles hypoxanthus). Essa RPPN é a unidade de conservação mais importante para a proteção da espécie, que são os primatas mais ameaçados de extinção das Américas. “Aparentemente, a vulnerabilidade varia de espécie para espécie, mas todos os primatas neotropicais são vulneráveis. O vírus pode atingir uma população de muriqui e dizimá-la, como está acontecendo com os bugios”, completa.

Adão de Souza/PBH

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