Revista Goiás Industrial nº 261

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ANO 62 / Nº 261 /DEZEMBRO 2014

ENTREVISTA

IEL GOIÁS

SENAI GOIÁS

Em seu quarto mandato à frente da administração estadual, o governador Marconi Perillo pretende equilibrar austeridade fiscal e a necessidade de ampliar investimentos, especialmente em infraestrutura

SISTEMA FIEG EXPORTA SEU SITE DO ESTÁGIO PARA O RESTANTE DO PAÍS

ESTUDO VAI FORNECER A MÉTRICA PARA PADRONIZAR A PRODUÇÃO DE VESTUÁRIO

REVISTA DO SISTEMA FEDER AÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS

Um novo espaço para a indústria de Goiás FIEG INAUGURA NOVA SEDE, EM FRENTE À CASA DA INDÚSTRIA, PARA ABRIGAR SINDICATOS INDUSTRIAIS, ÁREAS TÉCNICAS DA FEDERAÇÃO E DE NEGÓCIOS DO IEL, E VAI AMPLIAR SERVIÇOS EM PRÉDIO NO CENTRO. FOCO É POTENCIALIZAR AVANÇO DO SEGMENTO PRODUTIVO

O árduo caminho para reerguer a produção

A RETOMADA DO CRESCIMENTO E, PORTANTO, DOS INVESTIMENTOS NO SETOR INDUSTRIAL EXIGIRÁ UMA COMBINAÇÃO VIRTUOSA DE MEDIDAS DE CURTO E MÉDIO PRAZOS E POLÍTICAS DE LONGO PRAZO, BUSCANDO ELEVAR A PRODUTIVIDADE E RECUPERAR A COMPETITIVIDADE DO SETOR NO PAÍS

PERSPECTIVAS

SINDICATOS DA INDÚSTRIA ANTECIPAM POUCO OTIMISMO EM RELAÇÃO A 2015



ARTIGO

PORTAS ABERTAS PARA O FUTURO

E

m meio à velocidade de uma indústria dinâmica e sempre em busca do futuro, o Sistema Fieg escreve sua história. Uma história de vanguarda, indutora da inovação tecnológica e de processos. Uma história comprometida com o desenvolvimento do setor produtivo e, por consequência, do crescimento socioeconômico de nossa gente, com a marca do pioneirismo, responsável pela mudança do perfil da economia de Goiás. A inauguração do Edifício Pedro Alves de Oliveira, uma homenagem que muito nos honra, se inclui nesse contexto. No momento em que a indústria goiana mostra sua força no cenário nacional e consolida o Estado como importante polo produtivo, a construção dessa nova sede é oportuna e promissora. Por isso, a decisão e o empenho de nossa Diretoria em desenvolver e concretizar o projeto, viabilizado com participação financeira do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Entre as várias obras construídas pelo Sistema Fieg em quatro anos de nossa gestão, boa parte em parceria com a iniciativa privada e o poder público – escolas, oficinas e laboratórios do Sesi e Senai –, essa constitui um marco. O novo complexo vai abrigar com mais conforto e condições adequadas de trabalho, além do IEL, outros importantes atores que trabalham na expansão da atividade: sindicatos industriais, a Coordenação Técnica (Cotec) e o Centro Internacional de Negócios da Fieg. Ao mesmo tempo, com a transferência das entidades, antes sediadas no Edifício Aquino Porto (Palácio da Indústria), abre-se espaço naquele tradicional endereço da indústria para expansão das atividades do Sesi, beneficiando os colaboradores das empresas e seus dependentes com atendimento em local estratégico, no Centro da capital, em áreas como educação e saúde. Enfim, foi

EM QUE A INDÚSTRIA GOIANA MOSTRA “SUA NOFORÇAMOMENTO NO CENÁRIO NACIONAL E CONSOLIDA O ESTADO COMO IMPORTANTE POLO PRODUTIVO, A CONSTRUÇÃO DESSA NOVA SEDE É OPORTUNA E PROMISSORA.”

PEDRO ALVES DE OLIVEIRA, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg)

jogada inteligente, na qual ganharam os sindicatos patronais e os trabalhadores da indústria.

Crise e otimismo Já se passaram seis anos e os efeitos da crise global de 2008, que agravou o processo de perda da produtividade da indústria brasileira, persistem, impactando a atividade, inibindo investimentos e, por consequência, a retomada ou expansão da produção. Goiás, embora menos afetado que outros Estados brasileiros pelas características diferenciadas de sua indústria, não é uma ilha e sente o golpe, ao fechar 2014 com resultados pouco animadores e expectativa de fraco crescimento para o ano que vem. Num esforço de reportagem, Goiás Industrial ouviu presidentes de 33 sindicatos patronais do segmento e traz, nesta edição, valioso documento, com análises do comportamento de cada setor durante o ano, perspectivas para o futuro e sugestões de medidas de impacto contra a onda de desaceleração que atinge a indústria e a economia como um todo. Apesar de tudo, a Fieg não é de jogar a toalha. Não esmoreceremos, mas sim atuaremos firmemente para que o Estado de Goiás e o Brasil vençam as dificuldades e tenhamos um Ano Novo com contínuo crescimento econômico e desenvolvimento social.

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SISTEMA INDÚSTRIA Diretores

SISTEMA FIEG Federação das Indústrias do Estado de Goiás Presidente: Pedro Alves de Oliveira FIEG REGIONAL ANÁPOLIS Presidente: Wilson de Oliveira Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A, Bairro Jundiaí, CEP 75113-630, Anápolis-GO Fone/Fax (62) 3324-5768 / 3311-5565 E-mail: fieg.regional@sistemafieg.org.br SESI Serviço Social da Indústria Diretor Regional: Pedro Alves de Oliveira Superintendente: Paulo Vargas SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Diretor Regional: Paulo Vargas IEL Instituto Euvaldo Lodi Diretor: Hélio Naves Superintendente: Humberto Oliveira ICQ BRASIL Instituto de Certificação Qualidade Brasil Diretor: Justo O. D’Abreu Cordeiro Superintendente: Dayana Costa Freitas Brito

DIRETORIA DA FIEG Presidente Pedro Alves de Oliveira 1º vice-presidente Wilson de Oliveira 2º vice-presidente Eduardo Cunha Zuppani 3º vice-presidente Antônio de Sousa Almeida 1º Secretário Marley Antônio da Rocha 2º Secretário Ivan da Glória 1º Diretor Financeiro André Luiz Baptista Lins Rocha 2º Diretor Financeiro Hélio Naves

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Segundo Braoios Martinez Sandro Marques Scodro Orizomar Araújo Siqueira Ubiratan da Silva Lopes Manoel Paulino Barbosa Robson Peixoto Braga Roberto Elias de L. Fernandes José Luis Martin Abuli Álvaro Otávio Dantas Maia Eurípedes Felizardo Nunes Jair Rizzi Eduardo Gonçalves Leopoldo Moreira Neto Flávio Paiva Ferrari Luiz Gonzaga de Almeida Luiz Ledra Daniel Viana Osvaldo Ribeiro de Abreu Elvis Roberson Pinto Eduardo José de Farias Valdenício Rodrigues de Andrade Ailton Aires de Mesquita Hermínio Ometto Neto Carlos Alberto Vieira Soares Jerry Alexandre de Oliveira Paula Josélio Vitor da Paixão Jaime Canedo Conselho fiscal Justo O. D’Abreu Cordeiro Laerte Simão Mário Drummond Diniz Conselho de representantes junto à CNI Paulo Afonso Ferreira Sandro Antônio Scodro Mabel Conselho de Representantes junto à Fieg Abílio Pereira Soares Júnior Ailton Aires Mesquita Alexandre Baldy de Sant’anna Braga Álvaro Otávio Dantas Maia Antônio Alves de Deus Bruno Franco Beraldi Coelho Carlos Alberto de Paula Moura Júnior Carlos Alberto Vieira Soares Carlos Roberto Viana Célio Eustáquio de Moura Cyro Miranda Gifford Júnior Daniel Viana Domingos Sávio G. de Oliveira Edilson Borges de Sousa Eduardo Cunha Zuppani Eduardo José de Farias Eliton Rodrigues Fernandes Elvis Roberson Pinto Emílio Carlos Bittar Eurípedes Felizardo Nunes Fábio Rassi Flávio Paiva Ferrari Flávio Santana Rassi Francisco Gonzaga Pontes

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Gilberto Martins da Costa Hélio Naves Heitor de Oliveira Nato Neto Heribaldo Egídio Jaime Canedo Jair Rizzi Jercy Teixeira de Carvalho Júnior Jerry Alexandre de Oliveira Paula João Essado Joaquim Cordeiro de Lima Joaquim Guilherme Barbosa de Souza José Alves Pereira José Antônio Vitti José Divino Arruda José Luiz Martin Abuli José Romualdo Maranhão José Vieira Gomide Júnior Laerte Simão Leopoldo Moreira Neto Luiz Antônio Vessani Luiz Gonzaga de Almeida Luiz Ledra Luiz Rézio Manoel Silvestre Álvares da Silva Marley Antônio Rocha Olympio José Abrão Orizomar Araújo de Siqueira Otávio Lage de Siqueira Filho Paulo Sérgio de Carvalho Castro Pedro Alves de Oliveira Pedro de Souza Cunha Júnior Pedro Silvério Pereira Plínio Boechat Lopes Ricardo Araújo Moura Roberto Elias de Lima Fernandes Robson Peixoto Braga Sandro Antônio Scodro Mabel Sávio Cruvinel Câmara Sílvio Inácio da Silva Ubiratan da Silva Lopes Valdenício Rodrigues de Andrade Wilson de Oliveira

Conselho Temático de Política Fiscal e Tributária Presidente Eduardo Zuppani Vice-Presidente José Nivaldo de Oliveira

CONSELHOS TEMÁTICOS

Conselho Temático de Desenvolvimento Urbano Presidente: Ilézio Inácio Ferreira Vice-Presidente: Roberto Elias Fernandes

Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação Presidente Melchíades da Cunha Neto Vice-Presidente Ivan da Glória Teixeira Conselho Temático de Meio Ambiente Presidente (em exercício) Pedro Silvério Pereira Conselho Temático de Infraestrutura Presidente Célio de Oliveira Vice-Presidente Álvaro Otávio Dantas Maia

Conselho Temático de Relações do Trabalho Presidente Sílvio Inácio da Silva Vice-Presidente Marduk Duarte Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa Presidente Leopoldo Moreira Neto Vice-Presidente Carlos Alberto Vieira Soares Conselho Temático de Responsabilidade Social Presidente Antônio de Sousa Almeida Vice-Presidente Rosana Gedda Carneiro Conselho Temático de Agronegócios Presidente André Lavor Pagels Barbosa Vice-Presidente Annanias Justino Jayme Conselho Temático de Comércio Exterior e Negócios Internacionais Presidente Emílio Bittar Vice-Presidente José Carlos de Souza Conselho Temático Fieg Jovem Presidente Leandro Almeida Vice-Presidente Agripino Gomes de Souza Júnior

Rede Metrológica Goiás Presidente Marçal Henrique Soares Câmara Setorial de Mineração Presidente José Antônio Vitti Vice-Presidente Luiz Antônio Vessani Câmara Setorial da Indústria da Construção Presidente Sarkis Nabi Curi Vice-Presidente Gilberto Martins da Costa


LINHA DIRETA

Colheita em lavoura de cana de açúcar em Itapuranga, de Weimer Carvalho, 1º lugar na categoria Fotojornalismo. Abaixo, os vencedores do Prêmio Fieg Karine Pinheiro, Ivana Arantes, Weimer Carvalho e Lídia Borges, com Pedro Alves

A INDÚSTRIA SOB OS OLHOS DA IMPRENSA

C

om 74 trabalhos inscritos em quatros categorias, a 10ª edição do Prêmio Sistema Fieg de Comunicação foi a mais concorrida de toda a série histórica. Os vencedores, que receberam premiação total de R$ 42 mil, foram conhecidos durante tradicional festa de confraternização de fim de ano com a imprensa, na Casa da Indústria, dia 27 de novembro. Sob o tema A Evolução da Indústria Goiana, o concurso busca incentivar a produção de reportagens sobre o parque industrial goiano, com foco também em questões relacionadas à educação, segurança no trabalho, esporte, meio ambiente, responsabilidade social, pesquisas, certificações, entre outras áreas de atuação da Fieg, do Sesi, Senai, IEL e ICQ Brasil. Na categoria Jornalismo Impresso, a mais disputada, com 25 trabalhos, a reportagem mais bem colocada na classificação do júri foi A China é logo ali, da jornalista Lídia Borges, publicada em O Popular. O pódio teve ainda Lúcia EXPEDIENTE

REVISTA DO SISTEMA FEDER AÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS

Monteiro, também de O Popular, com Tesouros que transformam a economia, sobre o avanço do setor mineral goiano, e Marcos Nunes, do Jornal Opção, com A onda de construções que tomou Goiás pode estar com os dias contados, sobre o boom da construção. Em Fotojornalismo, que teve 19 concorrentes, as imagens que seduziram os jurados foram captadas por Weimer de Carvalho Franco, com As propostas dos presidenciáveis; Wildes Barbosa (Goiás lidera produção de níquel), ambos do Popular; e Fernando Leite (Jornal Opção), com Goiás é o novo trevo econômico do Brasil. Já em Telejornalismo, categoria disputada por 16 profissionais, a série de reportagens da TV Anhanguera Dinheiro no lixo – sobre desperdício e reciclagem na construção civil, na cidade de Senador Canedo e na indústria de plásticos – arrebatou a premiação, levando ao pódio Ivana Arantes, Ana Paula Almeida e Rodrigo Mansil. Na modalidade Radiojornalismo, brilharam Karine Pinheiro, da Rádio

Direção José Eduardo de Andrade Neto

Nathalya Toaliari e Janaina Staciarini e Corrêa

Coordenação de jornalismo Geraldo Neto

Colaboração Welington da Silva Vieira

Edição Lauro Veiga Filho e Dehovan Lima

Fotografia Sílvio Simões, Alex Malheiros e Sérgio Araújo

Reportagem Andelaide Pereira, Célia Oliveira, Daniela Ribeiro, Edilaine Pazini, Jávier Godinho,

Projeto gráfico Jorge Del Bianco

Brasil Central, com reportagem sobre investimento da indústria goiana em sustentabilidade; Luiz Geraldo, da CBN Brasil, sobre avanço da indústria do leite; e Gildésio Bonfim, também da RBC, sobre inovação tecnológica da indústria de alimentos. Os trabalhos foram analisados por júri formado por Andrea Matias, jornalista da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Antônio Carlos Borges Cunha, coordenador do curso de Jornalismo da PUC Goiás​; Cláudio Curado, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Goiás; Dehovan Lima, editor de publicações do Sistema Fieg; José Paulo, editor de Fotografia da CNI; Magno Medeiros, diretor da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG; e Welington da Silva Vieira, coordenador técnico da Fieg. // Dehovan Lima

Capa, ilustrações, diagramação e produção Jorge Del Bianco DC Design Gráfico e Comunicação Impressão Gráfica Kelps Departamento Comercial André Lavor (9152-5578)

Redação e correspondência Av. Araguaia, nº 1.544,Ed. Albano Franco, Casa da Indústria - Vila Nova CEP 74645-070 - Goiânia-GO Fone (62) 3219-1300 - Fax (62) 3229-2975 Home page: www.sistemafieg.org.br E-mail: ascom@sistemafieg.org.br As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista

GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

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ÍNDICE IEL GOIÁS

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Nº 261 /DEZEMBRO 2014

/ Ferramenta on-line desenvolvida pelo Instituto Euvaldo Lodi, do Sistema Fieg, o Site do Estágio expande sua abrangência e passa a ser adotado pelos regionais do instituto a partir de convênio firmado em julho entre o IEL Nacional e o IEL Goiás. Convertido no Sistema Nacional de Estágio (SNE), já integrado por 18 Estados, o site gerou uma rede de comunicação entre as unidades do instituto no País.

SENAI GOIÁS

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/ A indústria têxtil e as confecções passarão a contar com instrumento decisivo para não errar na medida do freguês. O Senai realiza estudo antropométrico em todas as capitais do País que ajudará a desenvolver, a partir da mediação da população, tabelas que permitirão àqueles setores produzir roupas na medida certa. Em Goiânia, participaram da pesquisa 197 voluntários, sob coordenação do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/ Cetiqt). As medições foram realizadas em outubro, na Faculdade de Tecnologia Senai Ítalo Bologna.

SESI GOIÁS ENTREVISTA

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/ Em sua quarta passagem pela administração estadual, o governador reeleito Marconi Perillo planeja manter investimentos em ritmo acelerado nos próximos quatro anos, com prioridade para obras de infraestrutura, além de perseguir o equilíbrio fiscal, com austeridade nos demais gastos e uma estrutura administrativa mais enxuta. No cardápio, Perillo inclui ainda uma política mais agressiva de atração de investimentos, com busca da convalidação pelo Congresso das vantagens fiscais oferecidas pelo Estado a empresas.

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/ Diante da crescente demanda do setor industrial em um dos principais polos de desenvolvimento do Estado, o Sesi Goiás investiu na instalação do Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho (prédio à direita) do Sesi Aparecida, que coloca à disposição das empresas locais e de seus colaboradores, antes atendidos pela instituição em Goiânia, seis consultórios médicos e seis odontológicos, salas para exames clínicos, um posto de coleta de material biológico, escritório de engenharia de segurança no trabalho, além de salas administrativas e uma ampla recepção.

ARTIGO

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/ Passadas as eleições, o momento agora é de recomeçar, romper conflitos e ideologias e dedicar-se à tarefa de retomar o crescimento, com estímulos à reconstrução da competitividade das empresas, sustenta Paulo Afonso Ferreira, presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da CNI e diretor geral do IEL Nacional. “As mudanças que tanto almejamos devem começar com a reforma política, pois o atual sistema está insustentável”, afirma ele.

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GENTE DA INDÚSTRIA

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/ A atriz Vanessa Giácomo assina coleção da confecção goiana Boneca de Pano. Empresário Pedro Bittar recebe, em Brasília, medalha Mérito Industrial, da CNI. Leia essas e outras notícias na coluna de Renata Dos Santos.

Um novo espaço para a indústria de Goiás CAPA

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/ Edifício Pedro Alves de Oliveira, construído em frente à Casa da Indústria, na Vila Nova, vai sediar sindicatos industriais, IEL, Coordenação Técnica (Cotec) e Centro Internacional de Negócios da Fieg

O árduo caminho para reerguer a produção

POLÍTICA ECONÔMICA

MEIO AMBIENTE

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/ Os desafios para recolocar a economia em crescimento e reativar os investimentos no setor industrial nada têm de trivial e exigirão um esforço de coordenação ainda não relevado pelo governo federal, incluindo a definição de um modelo macroeconômico menos hostil à indústria. O PIB do setor, numa estimativa da Confederação Nacional da Indústria, deverá encerrar o ano em baixa de 3,5%, confirmando um ano extremamente desfavorável à atividade industrial. Os processos de ajuste, baseados em cortes de custos e substituição da produção local por importações, parecem atingir um limite a partir do qual a cadeia industrial corre o risco de definhar no País.

PERSPECTIVAS 2015

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/ Na média, a expectativa dos sindicatos que representam o setor industrial em Goiás é de um horizonte nebuloso para 2015, ainda com nuvens carregadas e possibilidade não desprezível de turbulência pela frente. Embora alguns segmentos tenham se saído melhor do que outros em 2014, os resultados ficaram abaixo do esperado e, em geral, menores do que os números de 2013.

/Como resultado do trabalho de aproximação desenvolvido pela Fieg, a Korea Trade-Investment Promotion Agency (Kotra), agência coreana de promoção de investimentos, o Ministério de Meio Ambiente daquele país e o Korea Enviromental Industry & Technology Institute (Keiti) demonstram interesse em investimentos na área de tratamento de resíduos sólidos em Goiás

GIRO PELOS SINDICATOS

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a 49 / Quer ganhar passagem

aérea de ida e volta para viagem a Milão, com direito a diárias de hotel e ajuda em dinheiro para alimentação? Você sabia que a lei proíbe o uso de expressões como “couro sintético” e “couro ecológico”? Confira o que está fazendo seu sindicato.

GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

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ENTREVISTA | MARCONI PERILLO

Um governo

DIGITAL PRECISA “SEROMAISGOVERNO EFICIENTE,

MENOS BUROCRÁTICO E MAIS ANTENADO COM AS PREMISSAS DA MODERNIDADE, PASSANDO DA FASE ANALÓGICA PARA A DIGITAL”

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Reeleito para seu quarto mandato à frente do governo do Estado, Marconi Perillo antecipa que pretende manter o ritmo forte de investimentos observado nos dois últimos anos, com prioridade para obras de infraestrutura, além de dar continuidade a uma política agressiva de atração de investimentos. Tudo isso temperado pela decisão de perseguir o equilíbrio fiscal, com austeridade, e pelo incremento da política de parcerias com o setor privado. “O governo precisa ser mais eficiente, menos burocrático e mais antenado com as premissas da modernidade, passando da fase analógica para a digital”, afirma nesta entrevista à Goiás Industrial.

Perillo – Certamente que investir em ciência e tecnologia, para melhoria e barateamento do custo de produção, e ampliar a infraestrutura, com a incorporação de novos modais de transporte, para tornar o frete de nossa produção mais em conta. Além disso, precisamos ampliar os serviços de saneamento básico e distribuição de energia elétrica. No saneamento, a Saneago investiu neste governo mais de R$ 1 bilhão, conseguindo resultados expressivos comparativamente em termos nacionais nessa área. Na questão da energia, conseguimos uma negociação promissora com a Eletrobras na federalização da Celg, destravando os percalços e abrindo caminhos para novos investimentos que vão garantir segurança aos novos empreendimentos. Não obstante, precisamos cuidar de uma questão fundamental nos dias de hoje, que diz respeito às normas de preservação ambiental. Estaremos muito atentos quanto a isso, porque, além da exigência implícita quanto aos impactos ambientais, existe hoje o fator da responsabilidade social, que se insere em toda e qualquer política de desenvolvimento. Goiás Industrial – A gestão estadual conseguiu acompanhar as rápidas mudanças verificadas na economia goiana nesses 15 anos? Em sua opinião, onde houve avanços e o que ainda precisa ser melhorado para ajustar a gestão pública ao momento atual vivido pela economia e pela sociedade, de forma mais ampla? Perillo – Talvez ainda não da forma que nós queríamos, porque acho que o governo precisa, por exemplo, fazer mais parcerias com a iniciativa privada. Os governos, no Brasil, não têm mais condições de investir para acompanhar o processo rápido e exigente de desenvolvimento de nossa economia. Por isso está carecendo cada vez mais da parceria com o setor privado. O Brasil,

Goiás Industrial – O sr. inicia em janeiro próximo o quarto mandato à frente do governo estadual. Na sua visão, quais foram as principais alterações observadas na economia do Estado entre sua primeira passagem pelo governo (1999-2002) e hoje? Marconi Perillo – Goiás abriu sua economia, incentivando especialmente a industrialização do Estado. Hoje a indústria, que era quase insignificante naquela época, representa cerca de 25% de nossa economia, ajudando a compor o salto que deu nosso Produto Interno Bruto daquela época para hoje, indo de R$ 17,4 bilhões para R$ 124 bilhões, em 2012, e devendo chegar a mais de R$ 150 bilhões neste ano. Além disso, abrimos caminhos que incentivaram muito a exportação, em que saímos de um patamar de 381 milhões de dólares da balança comercial NA QUESTÃO DA ENERGIA, para aproximadamente 8 bilhões de dólares, expandimos CONSEGUIMOS UMA NEGOCIAÇÃO de 70 para 150 países nessa relação comercial. Nesse ritPROMISSORA COM A ELETROBRAS mo, devemos considerar que também o setor de serviços NA FEDERALIZAÇÃO DA CELG, teve grande crescimento, porque inclusive nossa populaDESTRAVANDO OS PERCALÇOS ção cresceu em mais de 2,2 milhões de habitantes, saindo E ABRINDO CAMINHOS PARA de 3,4 milhões, em 1998, para aproximadamente 6,6 miNOVOS INVESTIMENTOS lhões agora. Portanto, em resumo, houve uma diversifiQUE VÃO GARANTIR cação da economia goiana, com a transição do sistema SEGURANÇA AOS NOVOS agropastoril para a incorporação de avanços industriais, EMPREENDIMENTOS aumento do comércio exterior e também o crescimento do setor de serviços.

Goiás Industrial – Quais os principais desafios ainda a enfrentar para agregar maior produtividade e competitividade à indústria do Estado?

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ENTREVISTA | MARCONI PERILLO

por exemplo, investe hoje apenas 16% do PIB, enquanto que países similares ao nosso estão num patamar de investimento equivalente a 23% do PIB. Precisamos ampliar isso, facilitando investimentos privados, melhorando a gestão do governo e ampliando os ajustes da área fiscal. Conseguimos avanços na área da saúde, da educação e com políticas de incentivo e financiamento a pequenos empreendedores. É importante citar também nosso empenho para qualificação do trabalhador goiano e as políticas de melhoria dos serviços públicos, dentre elas a incorporação do Vapt Vupt e a transferência de serviços para a internet.

O GOVERNO PRECISA, POR EXEMPLO, FAZER MAIS PARCERIAS COM A INICIATIVA PRIVADA. OS GOVERNOS, NO BRASIL, NÃO TÊM MAIS CONDIÇÕES DE INVESTIR PARA ACOMPANHAR O PROCESSO RÁPIDO E EXIGENTE DE DESENVOLVIMENTO DE NOSSA ECONOMIA

Goiás Industrial – Quais serão os projetos centrais para os próximos quatro anos? Quais diretrizes deverão orientar o governo nesse período? Perillo – Vamos aprimorar esses caminhos, aumentando as parcerias com a iniciativa privada, melhorando e equalizando a gestão do governo. Propomos uma reforma administrativa justamente para ajustar a máquina pública ao que consideramos o governo necessário. O governo precisa ser mais eficiente, menos burocrático e mais antenado com as premissas da modernidade, passando da fase analógica para a digital. Vamos continuar no ritmo acelerado das obras para melhorarmos ainda mais nossa infraestrutura, que é de fundamental importância para a implementação do desenvolvimento da economia do Estado, especialmente no quesito da competitividade. Goiás Industrial – Este ano foi marcado por um vigoroso crescimento dos investimentos, especialmente em rodovias. Esse ritmo deverá ser mantido na próxima gestão? Quais serão os setores prioritários na política de investimentos desenhada para o período? Perillo – O governo do País está implementando parcerias na área rodoviária com a iniciativa privada, garantindo condições de excelência às nossas rodovias. Podemos estudar alternativas nesse sentido. Vamos lutar para a consecução das ferrovias que beneficiam o Estado de Goiás, vamos garantir boas condições às nossas estradas, continuar os investimentos em saneamento básico, dar nossa contribuição junto à Celg para prover de energia elétrica os novos empreendimentos, cuidar da questão ambiental, desenvolver projetos importantes na área da educação para que tenhamos mais avanços ainda, garantir o bom atendimento na área de saúde e aprimorar o trabalho que vem se desenvolvendo na segurança pública. Tudo isso vem alicerçado em parcerias, tanto com a iniciativa privada, as instituições representativas da sociedade, quanto com as prefeituras e o governo federal. 10

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Goiás Industrial – Os grandes projetos no setor de infraestrutura ( ferrovias, hidrovias principalmente), a cargo do governo federal, têm avançado, mas de maneira muito lenta. O Estado tem algum “plano de contingência” seja para negociar uma aceleração desses investimentos, seja para compensar, de alguma forma, os impactos negativos provocados pelo atraso na implantação desses projetos? Perillo – Mesmo sendo da alçada do governo federal, em março de 2012, quando a presidente Dilma esteve aqui vistoriando as obras da Ferrovia Norte-Sul, nos colocamos à disposição de iniciar um trabalho de parceria no sentido de destravar as desapropriações dos trechos onde passará o ramal sul da ferrovia. Implementamos esse trabalho, mas há com relação às ferrovias muitas questões que não dizem respeito ao governo do Estado. No entanto, somos parceiros do governo federal e vamos trabalhar juntos com a presidente Dilma para agilizar essas obras. Quanto às hidrovias, estamos dispostos a apoiar a ampliação do atendimento na hidrovia Paranaíba-Paraná-Tietê, que tem sofrido recentemente com a seca. De nossa parte, melhoramos todas as rodovias que dão acesso a essa hidrovia. No que se refere à hidrovia no Araguaia, há uma polêmica quanto à sua implementação e ao seu aproveitamento, mas estamos e estaremos sempre dispostos a discutir o assunto e encaminhá-lo como for melhor para o desenvolvimento de Goiás. Goiás Industrial – Nessa mesma linha, o sr. acredita que o relacionamento com o governo federal seguirá os mesmos rumos observados até aqui, ainda que o PSDB caminhe para atuar mais fortemente na oposição ao governo no Congresso? Perillo – Acredito que possamos até mesmo melhorar esse relacionamento com a presidente Dilma, porque é do interesse de


ambos os entes federativos. Já tive conversa preliminar com ela, após as eleições, e essa disposição ficou clara e certamente será ampliada. Goiás Industrial – A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou o projeto que convalida os incentivos fiscais e altera o quorum para votações no Confaz. Há um caminho longo ainda até a aprovação final da proposta. Mas, considerando-se a possibilidade de sua aprovação final, de que forma deverá ser conduzida a política de atração de investimentos e de incentivos fiscais pelo Estado nos próximos quatro anos? Perillo – É um avanço e está dentro do que propunhamos e que lutamos muito durante todo o ano de 2013, com um périplo por todo o País. Vale ressaltar o bom trabalho da senadora Lúcia Vânia. Nossa intenção é a de continuar a forte política de atração de investimentos, porque achamos que Goiás tem muito a oferecer e as empresas estão em busca dessa parceria para a expansão de sua capacidade de produção. Essa é a política do ganha-ganha, com resultados positivos para todos os envolvidos e também para a sociedade, que ganhará novas oportunidades de emprego e ajudará em muito na dinamicidade de nossa economia. Goiás Industrial – A reforma do ICMS também tende a ser referendada pelo Congresso, como parte de um acordo mais amplo envolvendo os partidos da base do governo e da oposição. Como essas mudanças afetarão a arrecadação e a capacidade de investimento do Estado, que tem se posicionado contrário a essas mudanças? Perillo – Acho que a garantia dos incentivos e um pacto na questão do ICMS, da sua unificação, já é um avanço. Nossa posição era contrária a uma legislação que desconsiderava os incentivos e benefícios que foram concedidos, política que foi ampla-

NOSSA INTENÇÃO É A DE CONTINUAR A FORTE POLÍTICA DE ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS, PORQUE ACHAMOS QUE GOIÁS TEM MUITO A OFERECER E AS EMPRESAS ESTÃO EM BUSCA DESSA PARCERIA PARA A EXPANSÃO DE SUA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO

mente utilizada anteriormente pelos Estados mais desenvolvidos. Acho que não será danoso se se estabelecer o pacto para o futuro. Goiás Industrial – Quais serão as linhas principais da política fiscal nos próximos quatro anos? Perillo – Todos os governos vão ter de se cuidar para gastar adequadamente, garantindo que as despesas não ultrapassem as receitas. Não vamos nos descuidar disso. A reforma administrativa que implementamos vem nesse diapasão e com esse intuito. A vigilância fiscal terá de ser reforçada, disso não temos a menor dúvida, sob pena de sofrermos sob a dura mão da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essa lei foi construída e implantada sob os auspícios do PSDB e precisamos trabalhar para mantê-la e reforçá-la, garantindo a necessária regulamentação fiscal do governo. Goiás Industrial – De que forma a possível alteração dos indicadores utilizados para atualização do estoque da dívida pública estadual afetará o desempenho de sua administração na área fiscal? Perillo – Nós conseguimos fazer adequadamente nosso dever de casa. No atual governo, tivemos avanços consideráveis na área fiscal, tanto que aumentamos nossa capacidade de endividamento, o que nos proporcionou conseguir aproximadamente R$ 7,5 bilhões junto a instituições financeiras. A maior parte desse recurso foi usada para trocar dívida antiga, com juros maiores, por dívida nova, com juros menores e com prazos de carência que variam de três a sete anos. Melhoramos em muito o perfil de nossa dívida, o que vai nos possibilitar a paulatina diminuição do porcentual que temos de pagar mensalmente ao governo federal. Nossa intenção é melhorarmos ainda mais esse perfil, o que nos garantirá folga para novos investimentos para a melhoria de nossa infraestrutura.

TODOS OS GOVERNOS VÃO TER DE SE CUIDAR PARA GASTAR ADEQUADAMENTE, GARANTINDO QUE AS DESPESAS NÃO ULTRAPASSEM AS RECEITAS. NÃO VAMOS NOS DESCUIDAR DISSO. A REFORMA ADMINISTRATIVA QUE IMPLEMENTAMOS VEM NESSE DIAPASÃO E COM ESSE INTUITO

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IEL

SITE DO ESTÁGIO, DE GOIÁS PARA O BRASIL

O superintendente Humberto de Oliveira, o presidente da Fieg e do Conselho Consultivo do IEL, Pedro Alves de Oliveira, e o diretor Hélio Naves durante assinatura de convênio

Com sete anos de criação, ferramenta online desenvolvida em Goiás se converte em Sistema Nacional de Estágio e atende a todas as unidades do IEL no País Célia Oliveira

D

esde julho, a partir de convênio estabelecido entre o IEL Nacional e o IEL Goiás, o Site do Estágio, ferramenta on-line criada pelo regional goiano, expande sua abrangência e passa a ser adotado pelos regionais do instituto – 18 Estados (veja mapa) já integram o Sistema Nacional de Estágio (SNE), em que se converteu o site, criando uma rede de comunicação entre as unidades do IEL. A intenção é padronizar o atendimento em todo o Brasil, principalmente para as empresas de base nacional. “Optamos por adotar nacionalmente o Site do Estágio, desenvolvido em Goiás, como uma solução tecnológica que contribuirá para facilitar a comunicação entre os regionais e a gestão do estágio”, explica o diretor geral do IEL Nacional, Paulo Afonso Ferreira. De acordo com ele, o objetivo é buscar maior integração do sistema de estágio, uniformizar o recebimento de informações e consolidar dados, envolvendo empresas,

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estagiários e instituições de ensino em tempo real. Desenvolvida em 2007, então com o nome de Interagy, a ferramenta passou por aprimoramentos, se modernizou e passou a se chamar Site do Estágio. “Ela foi fundamental para otimizar o atendimento às empresas, ao aluno e às instituições de ensino, além de expandir nossa atuação”, acrescenta Paulo Afonso Ferreira.

Resultados imediatos De Norte a Sul, os regionais do IEL que já utilizam a ferramenta são unânimes em apontar os benefícios colhidos, ao deixar para trás a operacionalização manual e adotar a ferramenta que, via internet, oferece agilidade, redução de custos, acesso direto e maior controle de dados e documentos, como os Termos de Compromisso de Estágio, além do controle financeiro. O IEL Acre, que fazia a gestão do processo de estágio por meio do Excel, já percebe mudanças desde a adoção da ferramenta, em agosto. “Após a implantação do site, tudo está no sistema de maneira mais rápida e segura”, reconhece a superintendente Maria do Socorro Bessa. “A ferramenta – acrescenta ela – contribuiu para o


credenciamento do IEL Acre no programa de estágio do Governo do Estado, que solicitava aos agentes de integração um sistema onde as Secretarias pudessem gerar suas folhas de pagamento, através do módulo da empresa. Com o antigo sistema que utilizávamos, essa funcionalidade não era disponível. Por esse motivo, o Sistema Nacional de Estágio (SNE) contribuiu na participação do nosso regional no programa de estágio do governo, com maior número de contratação de estagiários no Estado.”

Crescimento previsto Por ser pauta diária dentre outras atividades do IEL em todo o Brasil, o estágio se mantém no foco dos estudos e planos de melhorias de seu processo para que o cliente tenha conhecimento e atendimento agregados. Acompanhar o dinamismo do mercado é, então, uma das premissas tanto da direção nacional quanto dos regionais que, agora unidos pelo SNE, ganham evolução nas práticas operacionais. É nesse contexto que a gerente da área de Estágio e Novos Talentos do IEL Ceará, Aurineli Freire, avalia a evolução. “Em termos de processos internos já sentimos muita agilidade, o que nos favorece prestar e gerir o processo de estágio com mais eficácia e eficiência.” Outro ponto positivo desta-

APROVAMOS A DECISÃO DA “PADRONIZAÇÃO DA GESTÃO ATRAVÉS DO

SISTEMA NACIONAL DE ESTÁGIO, POIS ESSA AÇÃO CONTRIBUIRÁ PARA O FORTALECIMENTO DA MARCA IEL, DANDO QUALIDADE E CREDIBILIDADE AOS PROCESSOS, PRINCIPALMENTE AOS CONTRATOS NACIONAIS, QUE SÃO EXECUTADOS POR VÁRIOS REGIONAIS”. MARIA DO SOCORRO BESSA, superintendente/IEL Acre

cado por Aurineli é o acesso a dados em tempo real e sempre atualizados, pois, a equipe utiliza os mesmos para tomada de decisões e relacionamento com o cliente. Para ela, ter acesso a dados de maneira rápida e organizada faz toda a diferença para os negócios. Reconhecendo as condições de respostas rápidas, de organização e de contatos apresentadas, a gerente do regional cearense vislumbra aumentar a carteira de clientes, já que, segundo ela, a ferramenta chegou na “hora certa”, em que o regional passa por processo de crescimento em números de alunos colocados em estágio. “Com o sistema, nossa expectativa é crescer 25% em seis meses, porque isso é sustentabilidade e, isso, é nossa meta”, prevê Aurineli.

A PADRONIZAÇÃO É POSITIVA, “ATÉ MESMO NA BUSCA DE INDICADORES MAIS FIDEDIGNOS”. ALESSANDRO DE CASTRO, gerente de Planejamento, Orçamento e Gestão/IEL Paraná

Resgate de clientes

DECISÃO DO IEL NACIONAL “E DAADIRETORIA DO CEARÁ FOI ASSERTIVA E NECESSÁRIA”.

AURINELI FREIRE, gerente da área de Estágio e Novos Talentos/IEL Ceará

Utilizando a ferramenta on-line desde julho, o IEL Paraná considera a agilidade no momento da geração dos Termos de Compromisso de Estágio e percebe melhores contribuições relativas às questões legais da gestão do estágio, como a emissão de faturas, abertura de vagas, cadastramento de empresas. GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

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IEL

O gerente de Planejamento, Orçamento e Gestão do regional paranaense, Alessandro de Castro, prevê contribuições para maior sustentabilidade na área de estágio. “No momento, estamos resgatando alguns clientes que, devido à transição do sistema, se perderam, mas, para o futuro, esperamos um crescimento e melhor atendimento aos usuários e clientes.”

Integração de processos Outro regional que utilizava o Excel e com apenas 30% de toda a gestão do estágio informatizada antes da implantação da ferramenta on-line, o IEL maranhense

Visão inovadora e estratégica

confere maior providência aos serviços, ao encontrar englobadas todas as etapas da administração do estágio. “Já conseguimos agilizar processos, a exemplo da emissão e boletos que era feita isolada. Quando finalizarmos todos os ajustes, estenderemos o acesso aos nossos clientes”, afirma a coordenadora de Interação Universidade Indústria do IEL Maranhão, Michele Frota do Vale. “Precisamos ser vistos como um todo em nosso País. O SNE é um dos passos para alcançarmos o fortalecimento da marca IEL como uma instituição de âmbito nacional.”

RORAIMA

“A criação do site representa o espírito de iniciativa do IEL Goiás, que à época teve visão inovadora e estratégica, para hoje apresentar a todas as unidades do instituto, uma solução capaz de unir a todos pela prestação e execução de um serviço que, além de ato educativo, move a carreira profissional dos estudantes. A ferramenta agrega valor e inteligência às empresas clientes do IEL”, afirma o diretor do IEL Goiás, Hélio Naves, sobre a criação da ferramenta Interagy, em 2007, pelo regional goiano, que à época tinha como superintendente Paulo Galeno Paranhos. 

REGIONAIS DO IIEL QUE ADERIRAM AO SISTEMA NA NACIONAL DE ESTÁGIO

AMAPÁ

AMAZONAS

MARANHÃO

PARÁ

CEARÁ

RIO GRANDE DO NORTE PARAÍBA

PIAUÍ

PERNAMBUCO

ACRE

ALAGOAS RONDÔNIA

SERGIPE

TOCANTINS BAHIA

MATO GROSSO BRASILIA GOIÁS MINAS GERAIS MATO GROSSO DO SUL

ESPÍRITO SANTO SÃO PAULO

PARANÁ

SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SUL

RIO DE JANEIRO

2014 Acre Alagoas Amazonas Ceará Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Pará Paraná Pernambuco Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondônia Roraima São Paulo Sergipe A partir de 2015 Distrito Federal Rio de Janeiro

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SENAI

ROUPA NA MEDIDA

CERTA Fabíola Martins:

“Sempre tive dificuldades de encontrar numeração adequada ao meu corpo”

Quase 200 voluntários participaram, em Goiás, de estudo antropométrico que irá compor banco de dados sobre o corpo do brasileiro. A pesquisa visa padronizar a produção de vestuário no País

de Tecnologia Senai Ítalo Bologna – unidade referência em formação profissional e tecnológica para o setor de confecção.

Andelaide Lima

Q

uem nunca passou pela saia-justa de não encontrar roupa adequada ao seu corpo? O transtorno e o tempo desperdiçado pelos consumidores ao experimentar peças e mais peças de roupas na hora das compras estão com os dias contados no Brasil. Para ajudar a indústria têxtil e de confecção na padronização de sua produção, o Senai realiza, em todas as capitais do País, medição da população para desenvolver tabelas destinadas a atender com mais propriedade à cadeia produtiva. Em Goiânia, 197 voluntários participaram da pesquisa coordenada pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/Cetiqt) – maior centro de desenvolvimento tecnológico e de recursos humanos para a área têxtil da América Latina, localizado no Rio de Janeiro. As medições foram realizadas em outubro, na Faculdade

Voluntário

Eudenio Morais dentro da ‘câmara escura’: tecnologia de última geração

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SENAI

Produção mais sustentável Pesquisador do Senai/Cetiqt que acompanhou as medições da população goianiense, Luiz Felipe Falconeri disse que o estudo vai contribuir para a normatização da indústria da moda no Brasil, além de respeitar as características regionais dos consumidores. “Não temos uma tabela própria. Cada confecção usa medidas estabelecidas por padrões americano, europeu ou criadas por ela mesma. Com a pesquisa, poderemos identificar diferentes grupos corporais e padronizar tabelas de medidas e modelagens, que atendam à diversidade do brasileiro”, explica. A falta de padronização também causa prejuízos aos confeccionistas, com a grande quantidade de tecido desperdiçado. “A maioria das pessoas precisa fazer bainha nas calças que compra, por exemplo. Com os dados coletados na pesquisa a produção poderá ser otimizada e sustentável. A proposta é de que cada região tenha sua tabela de medidas.”

Medindo o brasileiro: body scanner capta com precisão mais de cem medidas do corpo humano

Benefícios a indústrias de diferentes áreas O Senai/Cetiqt já terminou a primeira fase da pesquisa, em que as medidas dos voluntários foram feitas da forma tradicional, por meio de fita métrica, e com aplicação de um questionário com informações relacionadas às condições socioeconômicas, práticas esportivas e hábitos de consumo. Na segunda fase do estudo, a medição da população está sendo feita pelo body scanner – equipamento que capta com precisão mais de cem medidas detalhadas do corpo humano. As informações obtidas

Fim da barreira on-line

Luiz Felipe Falconeri, pesquisador do Senai/Cetiqt: tabela de medidas vai respeitar as características regionais dos consumidores

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A criação de uma tabela de referências também irá facilitar o comércio via internet. Prática comum nos países que utilizam medidas padronizadas, as compras realizadas on-line provocam insegurança entre os brasileiros. “O e-commerce ainda é uma barreira no Brasil porque o consumidor não tem certeza se a roupa que comprou irá lhe servir. A padronização vai ajudar nossa indústria a ser mais com-

com o estudo poderão ser utilizadas em diversas análises, atendendo não só às necessidades dos consumidores como também interesses comerciais específicos. A tecnologia do body scanner e as informações sobre a composição corporal brasileira têm potencial para beneficiar outras indústrias. “A envergadura do estudo trará contribuições para a indústria de móveis, automobilística, de design de produtos. Teremos um banco de dados rico, com medidas de cumprimento, contorno e circunferência de 10 mil pessoas. Isso pode ajudar, por exemplo, empresas que fabricam móveis ergonômicos”, observa Falconeri.

petitiva nesse mercado também”, lembra o pesquisador Luiz Felipe Falconeri. Coordenadora dos cursos de pós-graduação do Senai Ítalo Bologna, de Goiânia, Ildeth Dias observa que a pesquisa vai valorizar o consumidor e aumentar a qualidade do produto. “Deveria ser papel de quem fabrica dizer qual o biotipo certo para a roupa que ele se propõe a fazer. Hoje o consumidor tem de descobrir qual marca veste melhor seu corpo, isso é muito cansativo. Com as informações coletadas, a indústria vai poder oferecer um produto de acordo com as características regionais do seu público-alvo.”


Modelagem ideal Presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral de Goiânia (Sinroupas), Edilson Borges destaca que a pesquisa vai possibilitar a criação de uma modelagem ideal para a estrutura física do brasileiro. “Sabemos que temos vários biotipos diferentes de pessoas entre as regiões do País. No Sul, por exemplo, a estatura da população é bem maior que a do Nordeste. Com o estudo, teremos um parâmetro para definir uma tabela de medidas para cada região. Todo estudo é uma evolução, após a divulgação do resultado das medições teremos um avanço na indústria da moda”, acredita.

Edilson Borges, do Sinroupas: indústria da moda deverá experimentar avanço com o resultado das medições por região

No Brasil, a maioria das grifes não segue a Norma NBR 13.377 - Medidas do Corpo Humano para Vestuário, Padrões Referenciais – da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), já que a adesão é voluntária.

Raio X do corpo Equipamento norte-americano, o body scanner é uma espécie de cabine parecida com um provador de roupas. A máquina faz uma leitura do corpo humano e, em apenas 60 segundos, capta com precisão mais de cem medidas detalhadas. Em seguida, a tela do computador exibe as formas tridimensionais. Nesta ‘câmara escura’, existe uma marcação indicando o local dos pés e das mãos, para mantê-los afastados e fixos. Uma vinheta avisa que o processo será iniciado e em seguida 16 pontos de luz e 32 sensores se alternam na captação de medidas como a altura do ombro ou a circunferência abaixo do joelho. Fabíola Martins, de 29 anos, foi uma das voluntárias que participaram da coleta de dados em Goiânia. “Como sou gordinha, sempre tive dificuldades de encontrar numeração adequada ao meu corpo. Acredito que essa pesquisa vai ajudar o consumidor a comprar com mais facilidade”, diz. Também voluntário, Eudenio Morais, de 28 anos, conta que gostou muito da experiência. “O aparelho é de última geração, achei legal conhecer de perto

José Divino, do Sinvest: estudo vai ajudar setor a produzir com mais qualidade

esse tipo de tecnologia. O Brasil ainda está muito atrasado quanto à padronização e normatização de medidas. A pesquisa será fundamental para aumentar a competitividade das indústrias do setor.” Para o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Goiás (Sinvest), José Divino Arruda, com o resultado do estudo será possível desenvolver com mais precisão a demanda das indústrias da moda. “O Senai/Cetiqt tem levado o body scanner a várias regiões do Brasil, colhendo informações precisas de medidas do consumidor brasileiro que vão ajudar o setor a produzir com mais qualidade”, avalia.  Conversão dos dados

Captura dos dados

Computador com programa específico

Body Scanner

Em seguida à medição, as formas tridimensionais do corpo humano são exibidas na tela de um computador.

Resultando conjunto de

Medidas Reais Seleção de

Voluntários Espécie de cabine parecida com um provador de roupa, que faz leitura do corpo humano e, em apenas 60 segundos, capta com precisão mais de cem medidas detalhadas, como a altura do ombro ou a circunferência abaixo do joelho.

As medições captadas pelo body scanner servirão de subsídios ao setor produtivo na confecção de peças de roupas com mais qualidade e precisão

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SESI

MAIS SAÚDE, COM SEGURANÇA Recém-instalado, o Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi Aparecida permitirá ampliar em 25% os serviços prestados à indústria Edilaine Pazini

G

arantir ambientes saudáveis e seguros nas indústrias é a base para redução dos acidentes de trabalho e maior competitividade do setor produtivo. Em resposta à crescente demanda das empresas por melhor qualidade de vida para seus colaboradores e, consequentemente, por aumento de produtividade, o Sesi expande seu atendimento em segurança e saúde, ao instalar estrutura específica em Aparecida de Goiânia, um dos principais polos produtivos do Estado. As novas instalações, na Unidade Integrada Sesi Senai, devem ampliar em 25% o número de serviços realizados atualmente pela instituição nessas duas áreas, antes limitados a Goiânia e Anápolis. É o que indicam projeções feitas pela Assessoria de Planejamento do Sesi, com base em dados preliminares de atendimento a clientes em 2014, consolidados até outubro. Para se ter uma ideia do incremento, nesse período as duas clínicas de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi, que funcionam no Sesi Goiânia e na Unidade Jundiaí, em Anápolis, atenderam mais de 330 indústrias e 25.283 traba-

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Pronto para atender:

inauguração do Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi Aparecida reúne empresários e autoridades

lhadores goianos com serviços diversos, que vão além do simples cumprimento da legislação e garantem abordagem mais integrada e preventiva. A partir de 3 de dezembro, quando foi entregue o prédio em Aparecida de Goiânia, o atendimento do Sesi em consultas e exames médicos ocupacionais passou a ser oferecido nas três cidades.

Atendimento profissional O Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi Aparecida coloca à disposição das empresas locais e de seus colaboradores, antes atendidos pela instituição em Goiânia, seis consultórios médicos e seis odontológicos, salas para exames clínicos, um posto de coleta de material biológico, escritório de engenharia de segurança no trabalho, além de salas administrativas e uma ampla recepção. O portfólio de serviços inclui exames complementares de eletrocardiograma, eletroencefalograma, espirometria, acuidade visual, audiometria, radiografia do tórax e pulmão, além do atendimento odontológico. Com 1.200 metros quadrados, os novos ambientes aumentam em 20% a área construída do Sesi Senai Aparecida. Atualmente, a unidade atende quase 200 indústrias locais com serviços diversificados, abrangendo áreas como ginástica laboral, esportes (Sesi Atleta do Futuro), ações educativas e preventivas em saúde e qualificação profissional.


Sistema atende à demanda do polo Conforto, praticidade, segurança e agilidade são alguns benefícios que a nova estrutura irá proporcionar aos trabalhadores de Aparecida de Goiânia, de acordo com o gerente de saúde do Sesi Goiás, Marco Antônio Naves. Ele justifica que o setor industrial do município está em constante crescimento, com quatro

parques industriais implantados e dois outros em fase de implantação. “O investimento é uma resposta a demandas do polo industrial. O Sesi já atende com exames e consultas ocupacionais, por meio da unidade de Goiânia, mais de 50 indústrias de Aparecida, que terão mais um local para realizar esses serviços, com seus trabalhadores atendidos no município”, explica. Para o gerente do Sesi Senai Apare-

cida, Adair Prateado, a obra é um grande marco na história da instituição no município. “A Unidade Integrada, que hoje já atende com todos os serviços do Senai, agora, com o Centro de Segurança e Saúde, passa a oferecer também todos os produtos do Sesi, podendo levar um atendimento ainda mais completo e de qualidade às indústrias de Aparecida de Goiânia”, diz.

Empresários aprovam novas instalações Antes mesmo de sua entrega, o Centro de Segurança e Saúde já contava com a aprovação de empresários, que aguardavam a inauguração do espaço para usufruir os novos serviços. Presidente da indústria Equiplex e do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), o empresário Heribaldo Egídio destaca a comodidade para as empresas e para os trabalhadores e aposta em número significativo de indústrias interessadas em parcerias com o Sesi para o novo serviço. “O Sistema Fieg tem atuado para uma busca do fortalecimento da gestão e ampliar a atuação de suas instituições para melhor nos atender é um anseio da indústria que se torna realidade.” Sócio proprietário da Zuppani Industrial, Eduardo Zuppani diz que o novo local facilita o deslocamento de seus trabalhadores durante o horário do expediente, já que hoje as consultas e exames ocupacionais são realizados no Sesi em Goiânia. Ele acredita que o benefício será uma via de mão dupla. “Esta instalação desafoga o Sesi em Goiânia e dá mais agilidade ao atendimento do colaborador, que é tudo que buscamos, com a mesma qualidade que a instituição já possui.”

Eduardo Zuppani: unidade facilita deslocamento de funcionário em horário de expediente

Jerry Alexandre: empregados não precisarão mais de deslocar até Goiânia, com ganho de tempo e de produtividade

Salto de qualidade

Heribaldo Egídio: “O Sistema Fieg tem atuado

para uma busca do fortalecimento da gestão”

Para Jerry Alexandre, proprietário da All Nutri Alimentos, instalada no município, o Sesi dá um salto na qualidade dos serviços em saúde ofertados hoje. “Meus trabalhadores chegam a se deslocar para Goiânia até três vezes, gerando ausências na empresa”, afirma ele, sobre a necessidade de se fazer exames periodicamente. “Com a abertura desta unidade de segurança e saúde em Aparecida, ganhamos em horas de trabalho e maior produtividade.”

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SESI

Alunos também serão beneficiados Os mais de 1.800 alunos da Unidade Integrada Sesi Senai Aparecida também serão beneficiados com o novo espaço. De acordo com o gerente, Adair Prateado, todos os estudantes poderão usufruir os serviços em odontologia com preço diferenciado do mercado. A expectativa é de que a nova estrutura irá gerar possibilidades para parcerias com indústrias locais, potencializando a oferta de serviços (veja quadro). Em Goiás, somente dentro das Escolas Sesi, foram realizadas, de janeiro a outubro de 2014, mais de 13 mil consultas odontológicas, entre preventivas e curativas. No total, as duas unidades do Sesi que já ofereciam este serviço em Goiânia e Anápolis chegaram a realizar mais de 50 mil atendimentos, por meio de consultórios fixos que funcionam dentro de empresas parceiras e unidades móveis odontológicas.

UNIDADE INTEGRADA SESI SENAI APARECIDA DE GOIÂNIA (Desempenho até setembro de 2014) Cursos do Senai

Ginástica Laboral

matrículas

trabalhadores

11 mil

Educação de Jovens e Adultos (EJA)

1.300

inscrições

9 mil

Programa Sesi Atleta do Futuro (SAF)

1.300 alunos

Educação Básica Articulada com Ensino Profissional (Ebep)

Educação Continuada

Ações educativas e preventivas

Sesi Clube

450 matrículas 29 mil

participantes

950 matrículas 17.800 visitantes

Fonte: Asplan Sesi

Sesi Planalto, reforma e expansão

Instalações mais amplas: investimentos de R$ 2 milhões na revitalização da unidade no Jardim Planalto 20

// GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014

Para ampliar e melhorar o atendimento ao seu público-alvo – trabalhadores da indústria, seus familiares e a comunidade em geral –, o Sesi Jardim Planalto, localizado na região Sudoeste de Goiânia, passou por ampla reforma, num investimento de quase R$ 2 milhões. A revitalização, apresentada oficialmente no dia 5 de dezembro, abrange todas as áreas de atuação da unidade, que abrange ensino, saúde, lazer e entretenimento. Com área física de mais de 7 mil metros quadrados, o Sesi Planalto ganhou nova e mais ampla academia, laboratório de robótica e secretaria. O espaço onde funcionava a antiga academia foi redimensionado e agora sedia também o consultório odontológico da unidade, as coordenações de educação e lazer,


além da sala dos professores. Todo o telhado da escola foi substituído. No parque aquático, a reforma permitiu a construção de uma piscina infantil coberta, possibilitando o desenvolvimento de aulas de hidroginástica com crianças no período noturno. Outra novidade é o sistema de aquecimento de água, que foi todo substituído e ampliado. Depois da reforma, a área construída do Sesi Planalto aumentou de 6,2 mil para 6,8 mil metros quadrados, além da área permeável, que abriga piscinas e espaços não-cobertos, com 3 mil metros quadrados.

exemplo, dobrou de tamanho e já recebeu cem novas inscrições. “Passamos de 400 para 500 matrículas e ainda temos capacidade para receber mais 300 alunos com conforto, distribuídos ao longo do dia”, garante. Com a reestruturação,

a escola – que hoje atende 1.187 alunos no ensino fundamental –, ganhou duas novas salas de aula e, assim, começa a se preparar para implantar o ensino médio em 2016. 

Maior conforto aos alunos Para o gerente do Sesi Planalto, Rogério Viana, além de atender aos usuários com mais qualidade, a ampliação dos espaços garante também aumento de capacidade, podendo abrir vagas para novos frequentadores. A academia, por

Parque aquático passou por ampla reforma e ampliação: conforto para o cliente

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CAPA | EXPANSÃO

NOVA SEDE DA INDÚSTRIA AMPLIA E MODERNIZA ATENDIMENTO Expansão: Edifício Pedro Alves de Oliveira, em frente à Casa da Indústria, vai abrigar sindicatos industriais, IEL e áreas técnicas da Fieg Dehovan Lima

A

indústria de Goiás ganha, em Goiânia, mais uma sede destinada a entidades que atuam pela promoção de seu desenvolvimento. Inaugurado no dia 15 de dezembro, o Edifício Pedro Alves de Oliveira – denominação em homenagem ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás – vai abrigar, inicialmente, sindicatos industriais (veja relação na página seguinte) antes sediados no Palácio da Indústria, no Centro; o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), parceiro na construção da obra; a Coordenação Técnica (Cotec) e o Centro Internacional de Negócios da Fieg. Assessoria Sindical, Setor de Cadastro, Informática (TI), secretaria geral e protocolo completam as instalações. Com área construída de mais de 7.500 metros quadrados, na Rua 200, na Vila Nova, o complexo foi edificado estrategicamente em frente à Casa da Indústria, atual sede do Sistema Fieg e da administração das instituições Sesi, Senai, IEL e ICQ Brasil. A proximidade facilita a integração e a realização de atividades conjuntas das entidades.

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Um investimento de R$ 11,5 milhões, a obra foi viabilizada com participação financeira do IEL Goiás e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e faz parte do esforço da diretoria da Fieg em promover o fortalecimento da gestão dos sindicatos, uma das bandeiras da Federação, reforçada entre as metas e os projetos da nova diretoria, reeleita para o período 2015/2018. Mais bem instalados, as entidades terão condições de assistir melhor as empresas de seus respectivos setores, bem como de atrair novos filiados. A completa estrutura do edifício Pedro Alves de Oliveira foi detalhadamente projetada de forma a atender todos os setores abrigados no prédio, otimizando o fluxo de informações e valorizando o conforto e a qualidade de trabalho entre os departamentos. A nova sede da indústria goiana segue o padrão do setor, incorporando tecnologias e inovações que auxiliam sua operação de maneira sinérgica com todos os agentes do segmento. A sustentabilidade ambiental é outra marca do projeto da construção adotado pela Fieg, de autoria do arquiteto Ciro Lisita Arantes. Tendência mundial, a chamada “cobertura verde” foi utilizada nas garagens, com impermeabilização das lajes, possibilitando o reaproveitamento de águas pluviais e também a recarga do subsolo. Na execução da obra, todas as sobras de material tiveram destinação de acordo com o que prevê o Programa de


Sesi amplia serviços de saúde e educação no Centro de Goiânia

SINDICATOS SEDIADOS NO EDIFÍCIO PEDRO ALVES DE OLIVEIRA ▶▶Siaeg

▶▶Simelgo

▶▶Sininceg

▶▶Sieeg

▶▶Simplago

▶▶Sinprocimento

▶▶Sigego

▶▶Sindicurtume

▶▶Sindquímica-GO

▶▶Simagran

▶▶Sindigesso

▶▶Sinvest

▶▶Sincafé

▶▶Sindileite

▶▶Siago

▶▶Sindiareia

▶▶Sindipão

▶▶Sifaçúcar

▶▶Sindcel

▶▶Sindirepa

▶▶Sifaeg

▶▶Sindicalce

▶▶Sindmóveis

▶▶Sinroupas

▶▶Sindicarne

▶▶Sindtrigo

Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil​, minimizando impactos sobre o meio ambiente. O prédio conta ainda com lâmpadas eletrônicas de menor consumo de energia elétrica e aparelhos de ar-condicionado com gás ecológico, que consome menos energia e gera menor emissão de CO2.

Em nova casa, IEL dinamiza área de negócios Um dos integrantes do Sistema Fieg, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) vai ocupar boa parte do Edifício Pedro Alves de Oliveira, para onde serão transferidas todas suas áreas de negócio e áreas-meio. Ao todo, no 2º andar do prédio, o instituto terá 125 postos de trabalho, que abrigarão as áreas de Desenvolvimento Profissional (Estágio, Emprego, Aprendiz, Inova Talentos), Desenvolvimento Empresarial (Pesquisa, Capacitação Executiva, Consultoria, Programa de Qualificação de Fornecedores-PQF), mais as áreas de TI, Mercado e Gestão de Pessoas. A Superintendência continuará na vizinha Casa da Indústria. Para Humberto de Oliveira, superintendente do IEL Goiás, a mudança terá grande importância. “Colocaremos em um mesmo local todos nossos colaboradores, facilitando a integração das equipes, reduzindo custos e dando agilidade aos processos internos.” Ele destaca

* Veja relação completa dos sindicatos industriais filiados à Fieg na última página da revista

A transferência dos sindicatos industriais para o Edifício Pedro Alves de Oliveira possibilitará ao Sesi Goiás espaço no Palácio da Indústria, no Centro, para melhorar o atendimento ao segmento industrial e ampliar o número de trabalhadores assistidos em áreas básicas, como educação e saúde. Alternativa estratégica, a aquisição do tradicional Edifício José Aquino Porto, da Fieg, no cruzamento das Avenidas Anhanguera e Tocantins, permite a expansão do Centro de Atividades (Cat) Goiânia, já instalado no local e que atualmente oferece serviços de odontologia e saúde ocupacional e segurança do trabalho. O projeto, com ajuda financeira do Departamento Nacional do Sesi, prevê, para 2015, o início da reforma e adaptação do prédio, construído no início da década de 60. A decisão levou em conta a localização do Edifício José Aquino Porto, em região central, ao lado dos principais eixos de transporte coletivo, o que proporciona facilidades no deslocamento de trabalhadores e estudantes de todas as regiões da Grande Goiânia. 

ainda a melhoria na infraestrutura e nas condições de trabalho, com disponibilização de novo mobiliário de conceito moderno de ergonomia e sistemas de telefonia e de rede de internet executados com o que há de mais moderno em soluções nessas áreas. No Palácio da Indústria, no Centro, o IEL vai manter estrutura com três colaboradores para atendimento específico no recebimento de currículos de candidatos a emprego e documentos relacionados ao programa de estágio. “Dessa maneira, não iremos obrigar esses clientes a se descolar até o novo prédio, facilitando a entrega e recebimento de documentos”, explica.

Palácio da Indústria, no Centro: transferência de sindicatos abre espaço para Sesi ampliar atendimento ao trabalhador

GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

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shutterstock

CAPA | POLÍTICA ECONÔMICA

CAMINHOS PARA

REACENDER O INVESTIMENTO A indústria marcando

passo: políticas macroeconômicas hostis emperram o setor, levando à estagnação da produtividade e à perda de mercados

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// GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014


CAMINHOS PARA

Recuperar a competitividade da indústria exigirá esforços e coordenação ainda não demonstrados pelas equipes que comandaram a economia nas últimas décadas Lauro Veiga Filho

REACENDER O INVESTIMENTO

é lançada por especialistas como David Kupfer, professor associado e membro do Grupo de Indústria e Competitividade (GIC) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), e Flávio Castelo Branco, gerente executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Importação ganha espaço

U

ma coleção de indicadores negativos ajuda a entender por que a tão reclamada e necessária recuperação da produção industrial não será uma missão fácil. Pelo contrário, o desafio exigirá uma coordenação de políticas micro e macroeconômicas que os últimos governos, quaisquer que sejam suas origens e preferências, não conseguiram executar. O processo de perda de produtividade agravou-se desde a crise global de 2008 e o cenário à frente não sinaliza a perspectiva de uma retomada sustentada, o que exigirá mais do que acertar a taxa de câmbio e reduzir custos para destravar os investimentos que, por sua vez, farão a indústria recuperar sua capacidade de brigar por mercados, aqui dentro e lá fora. As estratégias defensivas adotadas pelo setor, envolvendo desde a busca agressiva por corte em gastos e custos em geral até o aumento da participação de insumos, componentes e acessórios importados no processo produtivo, esbarram em limites físicos que, se ultrapassados, tenderiam a condenar a indústria brasileira à estagnação e, no limite, a um retrocesso estrutural, com perda de substância para toda a cadeia de produção. A advertência

O estouro da crise global, em setembro de 2008, acrescentou componente negativo a mais num cenário já complicado, ao elevar a capacidade ociosa em todo o mundo e detonar concorrência muito mais agressiva por mercados ao redor do planeta. Depois de quase duas décadas de câmbio valorizado frente às principais moedas estrangeiras, a participação das importações na produção da indústria brasileira avançou de 16,6% em 2009 para 21,4% no ano passado, roubando mercado de produtos que poderiam ter sido fabricados aqui mesmo. Nos setores químico, farmoquímico, de máquinas e equipamentos, essencial para qualquer estratégia de retomada do investimento industrial, e no segmento de informática e microeletrônica esse processo foi ainda mais intenso, com os importados assumindo fatias de 28,5%, 38,3%, 36,7% e de 47,8%, respectivamente. No segmento de outros equipamentos de transporte, que inclui a fabricação de vagões e trens, aviões e veículos militares, entre outras categorias (excluída a produção de automóveis, caminhões e ônibus), a participação de componentes, peças, acessórios e insumos produzidos no País já está limitada a 29,2%.

AVANÇA FATIA DOS IMPORTADOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Setores Indústria geral

Indústria de transformação

Químicos

2009

2013

16,6

21,4

%

%

15,3

19,8

24,4

28,5

%

%

Farmoquímicos e farmacêuticos

Máquinas e equipamentos

%

Informática e microeletrônica

%

Outros equipamentos de transporte (fabricação de vagões e trens, aviões e veículos militares)

2009

2013

29,7

38,3

33,0

36,7

%

%

44,7

47,8

36,4

29,2

%

%

%

%

%

%

Fonte: CNI GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

25


CAPA | POLÍTICA ECONÔMICA

Uma perda de US$ 215 bilhões (até aqui) Entre janeiro de 2008 e junho deste ano, o setor industrial acumulou um rombo de praticamente US$ 215,1 bilhões em sua balança comercial, o que corresponde a quase meio trilhão de reais. O número retrata parcialmente o que a indústria brasileira perdeu no período apenas no comércio com o restante do mundo. A contraparte doméstica dessa avalanche expressa-se num avanço do chamado “coeficiente de penetração de importações”, que indica a participação de bens, insumos, componentes e matérias-primas importadas na produção local. O histórico de deterioração da indústria agravou-se a partir de 2010, mas

Pressões internas e externas A abertura do mercado na década de 1990, realizada de forma atabalhoada e num “quadro macroeconômico caótico”, produziu efeitos inversos aos pretendidos, como redução do investimento, o que impediu a modernização desejada. O Plano Real trouxe melhorias ao reduzir a inflação e permitir a recuperação da renda, gerando maior demanda e motivando um “miniciclo” de investimentos, de fôlego curto, notado particularmente entre 1996 e 1997, mas suficiente, na visão de Kupfer, para que a indústria realizasse “um salto em termos de produtividade e de emparelhamento com as tecnologias utilizadas nas indústrias avançadas.” A crise cambial de 1999 interrompeu o ciclo virtuoso e a forte oscilação do câmbio no período eleitoral, com a escalada do dólar ocorrida em 2002, trouxe impactos negativos para a atividade industrial. Entre 2002 e 2008, a indústria experimentou “anos de ouro”, na descrição de Kupfer. 26

// GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014

Maria Leonor de Calasans

não é recente, conforme o professor David Kupfer. “O setor passou por um longo período de dificuldades de diferentes naturezas, que o acompanham desde a década de 1980”. Na época, a crise no balanço de pagamentos e consequente falta de dólares no País determinou todo um período de baixo crescimento e um “ultraprotecionismo” que nada teve de

PERDAS ACUMULADAS DESDE JANEIRO DE 2008 JÁ SUPERAM

US$

215

bilhões

Nesse período, o vigoroso aumento da demanda doméstica de certa forma mascarou os problemas de competitividade do setor, que vinham se acumulando, na verdade, mas permitiu a deflagração de mais um miniciclo de investimentos entre 2007 e o primeiro semestre de 2008, logo interrompido pela crise global que estourou em setembro daquele ano. A crise, prossegue Kupfer, “jogou a indústria numa situação extremamente difícil porque, primeiramente, o mercado internacional retraiu e posteriormente o ciclo de consumo perdeu força e, portanto, a capacidade de puxar a atividade industrial”.

Um modelo “hostil” A questão central, resume o professor David Kupfer, é que o modelo de estabilização adotado pelo País após 1994, e mesmo depois da definição do sistema de metas inflacionárias, sempre apresentou “características gerais bastante hostis à atividade industrial”. Em primeiro lugar, porque tem se baseado na prática de

Kupfer: crise jogou a indústria numa

“situação extremamente difícil”, com retração no mercado internacional e esfriamento do consumo

política industrial, mas esteve sempre associado às restrições criadas pela crise cambial e levou o País a acumular “uma enorme defasagem tecnológica”.

juros muito elevados, “o que leva a um custo de capital excessivo, eliminando a atratividade de muitos investimentos industriais.” Embora a estratégia de âncora cambial jamais tenha sido admitida pelos formuladores desse modelo, “na hora da verdade”, sempre foi a valorização do câmbio que devolveu os preços de volta à meta de inflação. “Esse mix macroeconômico é muito ruim para a atividade industrial. O câmbio valorizado deprime a rentabilidade, porque define um teto de preços muito baixo em reais para a produção local em competição com a produção importada e os juros altos determinam um piso de atratividade muito alto, acima da rentabilidade industrial, para motivar investimentos”, numa combinação bastante negativa para a expansão da atividade industrial, “principalmente daquela que é baseada na construção de novas fábricas, a virtuosa. A fábrica nova é que tem a virtude de trazer produtividade, inovação e assim sucessivamente”, resume Kupfer.


CAMINHOS PARA

REACENDER O INVESTIMENTO

Desaba participação no PIB

gerou uma grande dificuldade para as empresas brasileiras, porque também nós não avançamos naquela grande agenda da competitividade que precisávamos desde meados da década passada”.

diretas entre empresas e funcionários. O custo do crédito, exacerbado pela política de juros altos no Brasil, continua distante dos custos de capital nos mercados internacionais, desestimulando investimentos produtivos, aqui dentro, e afetando mais uma vez de forma negativa a competitividade da indústria.

A indústria chegou a responder, há duas décadas, por um quarto de todas as riquezas que o País produz, mas teve sua importância relativa reduzida para apenas 13% mais recentemente, aponta Avanços em ritmo lento Flávio Castelo Branco, da CNI, numa reO centro do chamado “custo tração bastante drástica para um período Brasil”, no diagnóstico da CNI, envolve as tão curto de tempo. Esse movimento não deficiências no setor de infraestrutura, o Roosewelt Pinheiro/ABr corresponde a um processo natural de sistema tributário e sua carga excessiva perda de espaço da indústria para o setor de obrigações e exigências, relações trade serviços, como ocorre nas economias balhistas e o custo do financiamento no mais avançadas. País. Os avanços na infraestrutura, que “No Brasil, isso está ocorrendo de ajudariam a reduzir os custos logísticos, uma forma muita intensa e precoce, o ocorrem muito lentamente e a burocracia que faz com que tenhamos uma indústria tributária impõe custo elevado às operamenor do que poderíamos ter”, sustenta ções industriais, ataca Castelo Branco, Castelo Branco. Não há uma causa única, para quem as relações do trabalho repremas um conjunto de fatores para explicar sentam um “problema quase tão grande como se chegou à crise atual na indústria, quanto o da tributação”. que determina o baixo de crescimento da Em sua avaliação, “as relações entre economia como um todo e, mais particuempresas e trabalhadores ficam muito dominadas por uma legislação pesada, larmente, a retração do investimento do Flávio Castelo Branco: participação da que só assegura direitos e custos e ofereméstico. “A economia internacional não indústria no PIB, que chegou a ser de 25% há duas décadas, agora baixou para apenas 13% tem sido favorável desde a crise de 2008. ce pouca flexibilidade” para negociações Mas a razão principal de nossas dificuldades PRODUÇÃO CAI LADEIRA ABAIXO está dada mesmo pelo (Variação em relação ao mesmo período do ano anterior em %) lado interno da economia”, declara ele. Fev Para ele, o País não dispensou a atenção devida “à agenda Indústria geral da competitividade”. A Nov razão para as dificuldaSet des que o setor industrial brasileiro enfrenta Outt O Ou para competir, prosAbr segue Castelo Branco, Jun AAgo deve ser associada ao Dez forte aumento dos custos industriais, incluindo especialmente Jull Ju Mar os custos salariais, Mai sem o correspondente aumento da produtividade. “A produtividade Fonte: Iedi/IBGE está estagnada e isso

GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

27


CAPA | POLÍTICA ECONÔMICA

A deterioração fiscal Flávio Castelo Branco entende que a próxima equipe econômica do governo federal deveria atuar de forma decisiva para enfrentar as questões definidas pela agenda da competitividade, mas reserva destaque especial para a questão fiscal. Os desequilíbrios nesta área, agravados ao longo deste ano, afirma o economista da CNI, “forçam a utilização da política monetária em grande extensão para controlar a inflação. Aí você tem taxas de juros altas, o que termina minando a confiança dos empresários e gerando um círculo vicioso.” O desafio será criar um círculo virtuoso, “melhorando as condições macroeconômicas, a confiança empresarial, o ambiente em que as empresas operam e, portanto, estimulando o que se pode chamar do “espírito animal” dos empresários, que é exatamente a sua predisposição para investir”, sustenta Castelo Branco.

“Vantagens” do atraso: qualquer mudança de cenário pode permitir a incorporação acelerada de novas tecnologias pelo setor

Cortes improdutivos O setor industrial tem adotado, como estratégia de sobrevivência à crise, uma série de medidas de curto prazo para reduzir custos, “minimizando, simplificando e até eliminando atividades de serviços pré e pós-produção”, descreve o professor David Kupfer, “por isso encontra tanta dificuldade para manter seu dinamismo”. Na prática, esse tipo de ajuste

empurra a indústria para uma armadilha, porque os cortes começam a alcançar exatamente os setores e departamentos que “dariam a ela maior competitividade no médio prazo”. Embalagens que poderiam agregar durabilidade e tornar seu produto mais atrativo, exemplifica Kupfer, são simplificadas, assim como “funcionários com maior qualificação, mas que custam caro, acabam sendo demitidos”.

A escalada dos custos O Indicador de Custos Industriais (ICI) aferido regularmente pela CNI acumulou aumento de 21,1% entre 2009 e o ano passado, com alta de 27,5% para os custos diretos de produção, puxados, por sua vez, pelo salto de quase 40% no custo com pessoal. No segundo trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2013, o ICI apresentou elevação de 7,2%, com incremento de 8,2% nos custos de produção e elevação de 6,8% para a folha de pessoal e encargos. Como a produtividade não acompanhou essa variação e tem se mantido virtualmente estagnada neste ano, o setor continuou perdendo competitividade frente a concorrentes externos. 28

JUROS ALTOS E DÓLAR BARATO LEVAM A ROMBOS CRESCENTES (Balança comercial da indústria, valores em US$ bilhões)

// GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014

2005

33,235

2006

32,251 2007

2003

17,967

2004

25,511

2002

8,000

21,958 2008

-1,294 2009

-5,368 2014 (1º semestre)

Saldo

2010

2012

-30,753

-34,864

-45,049 2011

-43,258

2013

-54,483 Fonte: Fonte Fon te: Md Mdic ic


CAMINHOS PARA

REACENDER O INVESTIMENTO

Esse processo já atinge um número expressivo de setores industriais e se aproxima de um limite a partir do qual não haverá mais custos a cortar. “Por isso o empresariado está tão contrariado e de algum modo demanda mudança no modelo econômico”. Mas o País ainda não conseguiu formular um mix de políticas macroeconômicas que, ao mesmo tempo, crie ambiente favorável à retomada do investimento e seja consistente com a preservação da estabilidade de preços. “Não se vislumbra uma alternativa sólida de política macroeconômica. Não há um grau de liberdade para se mudar radicalmente o modelo econômico”, afirma.

Construindo um novo cenário Os caminhos para destravar o investimento e retomar o crescimento na indústria nada têm de trivial. Mas algumas providências ajudariam a construir ambiente mais convidativo. Caso os custos gerados pelas deficiências no sistema de logística, o custo unitário dos salários, ajustado à produtividade, assim como

aqueles associados à tributação e à burocracia, parassem de crescer já haveria um alento, afirma David Kupfer. “Isso pode ser suficiente para devolver ânimo ao setor industrial. Por quê? Porque, como estamos defasados, há possibilidade de avanço rápido pelo emparelhamento com as tecnologias utilizadas internacionalmente, tanto com a incorporação de tecnologias que vêm embutidas em bens e serviços importados, quanto de tecnologias que podem ser desenvolvidas localmente”, sustenta. Pode-se supor, continua ele, um “impacto bastante interessante sobre a produtividade, o que devolveria a rentabilidade para a atividade industrial,trazendo mais investimentos, fazendo um círculo virtuoso de investimento e produtividade, que é um círculo que está quebrado no Brasil”.

(Iedi), Rogério Cesar de Souza, uma atuação do Banco Central (BC) para sustentar a taxa de câmbio em níveis acima de R$ 2,50, sem as grandes oscilações observadas atualmente, ajudaria a “tirar a indústria um pouco dessa situação desconfortável”, ainda que outras políticas de fôlego mais longo precisem ser tomadas. Também em sua opinião, o caminho para segurar preços com uso do câmbio valorizado parece esgotado. Souza defende a necessidade de uma política industrial de longo prazo, mas não está especialmente animado. “O diagnóstico é de um ano difícil para o setor em 2014, com possibilidade de queda de 2% na produção e redução do emprego pelo terceiro ano, num ritmo fraco que tende a se prolongar por todo o primeiro semestre de 2015”, antecipa.

O esgotamento de um ciclo Como ponto adicional no cardápio, para o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial

Set/13

LOTEANDO O FUTURO (Redução no investimento tende a reduzir as chances de maior crescimento mais à frente)

24,0 Out

16,8Nov 12,7

Fev

7,7

B ns ddee ca Bens capital capi p tal tall

Jan/14

1,2 Dez

-4,5

Mar

-6,9

Jul

Mai Abr

-8,1

-9,1

Set Ago

-8,0

-13,4

-13,6

Jun

-20,9

Fonte: Iedi/IBGE

GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

29


CAPA | POLÍTICA ECONÔMICA

Uma “sinuca de bico” O empresário do setor industrial está diante de uma “sinuca de bico”, na descrição do economista do Iedi, Rogério Cesar de Souza. Ele precisa investir, mas não há como fazê-lo num cenário tão desfavorável. David Kupfer acredita que resta à indústria brasileira reconstruir sua pauta de produção, escapando da armadilha criada pela competição por baixo custo. “Não temos condições de encarar a competição por custo porque temos um nível de custos comparativamente muito alto.E o esforço de sobrevivência”, insiste Kupfer, “tem levado o setor industrial a cortar na carne, já não há mais gordura a cortar há muito tempo. Os processos são os mais enxutos e as decisões gerenciais já foram tomadas. A obsessão por reduzir custos está inclusive prejudicando a qualidade dos produtos. Há uma necessidade de cortar custos que não é mais possível.” A existência no Brasil de um parque industrial mais avançado e diversificado

do que em vários outros países emergentes pode ser um trunfo nessa estratégia de reconversão, facilitando a transição para a produção de bens de maior valor adicionado, permitindo acomodar os custos mais elevados observados no País, a exemplo da experiência nem tão recente assim da indústria de calçados.

CUSTOS EM DISPARADA

(Sem crescimento da produtividade, indústria perde capacidade de competir) 2009

Indicador de Custo Industrial

Custo de produção

Custo com pessoal

Fonte: CNI

valor mais alto, a exemplo do que fez o setor de calçados

// GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014

Variação

2013/2009

Indicadores

Alternativa: indústria terá que se reorganizar rumo a produtos de

30

2013

108,6

131,5

21,1

110,9

141,4

27,5

119,4

166,7

39,6

%

%

%

%

%

%

%

%

%

Maior valor para a produção Na visão de David Kupfer, isso pressupõe que a indústria terá de importar mais, porém de forma organizada, evitando a importação atabalhoada que tem colocado o setor na berlinda atualmente. Ao mesmo tempo, terá também de exportar mais, voltando a ser exportadora líquida de bens manufaturados finais. “A estratégia geral seria buscar proteger-se dessa pressão competitiva excessiva no segmento que concorre por custos. Será preciso olhar caso a caso, atividade a atividade os espaços existentes para cada um”, avalia. A proposta não significa perseguir um modelo exportar ao estilo asiático, mas ocupar os espaços hoje tomados pela importação no mercado doméstico, o que permitirá, mais à frente, escala suficiente para que as exportações aconteçam, permitindo a sobrevivência também da indústria mais tradicional. Para fazer isso, será preciso dotar a indústria de maior capacidade para incorporar mais valor à produção, “particularmente naquilo que é chamado de atividades pré e pós-produção”. Na primeira etapa, incluem-se pesquisa e desenvolvimento, concepção dos produtos, montagem das logísticas de suprimento, engenharia, manutenção e planejamento da produção. Na fase pós-produção estão incluídas as atividades de logística de distribuição dos produtos, marketing, assistência técnica de serviços pós-venda. “No meu modo de ver, é aí que está o xis da questão, incluir políticas que acelerem esse processo de incorporação de valor de serviços aos bens industriais produzidos no Brasil. É o contrário do que está sendo feito”, sustenta Kupfer.


CAMINHOS PARA

REACENDER O INVESTIMENTO

Cenário desolador: PIB da

indústria deverá mergulhar em queda de 3,5% neste ano, depois de registrar baixo crescimento em 2013

E mais perdas em 2014 Se em 2013 a indústria já havia atravessado período de fraco desempenho, com avanço de 1,9% para o PIB de todo o setor e crescimento de 1,3% para a indústria de transformação, depois de ter encolhido 2,5% e, no segundo caso, 0,8% no ano anterior, este promete ser um período ainda mais complicado. A CNI, segundo Flávio Castelo Branco, acredita que o PIB industrial poderá mergulhar em queda de 3,5% no fechamento de 2014, arrastando junto toda a economia e, de quebra, também os investimentos. “Este será novamente um ano de grandes dificuldades para o setor. Isso fará com que a própria economia brasileira vá crescer muito pouco, talvez 0,3%, considerando-se o PIB como um todo”, antecipa Castelo Branco. Desde 2010, na verdade, acrescenta ele, a

atividade industrial tem alternado anos simplesmente “medianos” com períodos francamente negativos. As dificuldades se acentuaram com as incertezas produzidas ao longo da disputa eleitoral, o que “terminou criando alguma dificuldade adicional para soluções mais estruturantes e, com isso, o investimento se retraiu muito”, acrescenta ele. Sem medidas que permitissem enfrentar as dificuldades estruturais que tornaram os custos no Brasil mais elevados, a expectativa da confederação é de retração de 7,5% no investimento total. “Ora, isso impacta diretamente todas as cadeias fornecedoras de bens de investimento, incluindo máquinas, materiais de construção e outros. Todas as vezes que o investimento se retraiu muito, o setor industrial cresceu pouco ou sofreu retração”, aponta Castelo Branco. 

PREVISÕES PESSIMISTAS DA CNI PIB INDUSTRIAL EM 2014:

3,5

-

%

CRESCIMENTO DA ECONOMIA:

0,3

%

EXPECTATIVA DE RETRAÇÃO NO INVESTIMENTO:

7,5

%

GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

31


CAPA | PERSPECTIVAS 2015

NUVENS À

FRENTE

32

// GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014


CAMINHOS PARA

REACENDER O INVESTIMENTO

Sindicatos do setor industrial esperam mudanças na política econômica e demonstram expectativa menos otimista em relação ao comportamento da economia no próximo ano

A

lguns setores se saíram melhor do que outros neste ano, mas na média os resultados foram menos promissores do que os esperados e, em geral, abaixo dos números de 2013. Para o próximo ano, prevalece tom menos animador nas análises e a expectativa de período ainda de fraco crescimento. Mas as indústrias dos setores de panificação, laticínios, carnes, móveis, areia, gráficas, de reparação de veículos e fabricantes de medicamentos esperam melhoras.

SIAEG

Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás Na visão do empresário Sandro Mabel, presidente do Siaeg, a indústria de alimentos em Goiás “foi uma das que mais se destacaram em 2014”. Os dados da pesquisa industrial mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram avanço de 1,8% para o setor, diante de 0,8% para a produção na média de todo o setor industrial. “O índice é longe do ideal e nem é possível ser comemorado, mas é fato que esse resultado se deu graças ao esforço e ao jogo de cintura do industrial goiano, que verdadeiramente tem remado contra a maré diante da falta de políticas de incentivo ao setor produtivo”, afirma Mabel. Em 2015, caso não ocorram mudanças profundas na política econômica e garantia de suprimento regular e de qualidade de energia elétrica, as perspectivas infelizmente não são positivas, comenta ele.

SINDALIMENTOS

Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis A indústria de alimentos vai continuar dando sustentação à economia goiana em 2015, seguindo a tendência histórica do setor, afirma Wilson de Oliveira, presidente do SindAlimentos. “Estamos animados para o próximo ano, que deverá ser melhor do que em 2014. Não há crise no setor”, acrescenta ele. “A indústria de alimentos em Goiás é dinâmica e vai continuar crescendo”, sustenta ainda.

SIAGO

Sindicato das Indústrias do Arroz no Estado de Goiás O crescimento em volume das vendas da indústria de arroz e feijão em Goiás veio acompanhado, em 2014, de queda na rentabilidade, encurtando margens e tornando o ano “muito difícil” para o setor, afirma José Nivaldo de Oliveira, presidente do Siago. “Não estamos muito otimistas em relação a 2015. Estamos com um pé à frente e outro atrás”, resume. Para ele, será um ano de consolidar posições no mercado e evitar investimentos.

SINDTRIGO

Sindicato dos Moinhos de Trigo da Região Centro-Oeste O País colheu uma “supersafra” de trigo, num recorde de 7 milhões de toneladas neste ano, comenta o presidente do Sindtrigo, André Lavor, mas os moinhos atravessaram período de estabilidade de produção e vendas. “A indústria está assustada por causa da inflação, que deteriorou a renda das famílias das classes C e D, responsáveis por 60% a 70% do consumo de farinha de trigo e panificados. A demanda estabilizou-se em 2014 e há o temor de que possa cair no próximo ano.”

GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

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CAPA | PERSPECTIVAS 2015

SINDIPÃO

Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado de Goiás A crescente diversificação no negócio de panificação, com incremento no volume e na qualidade dos serviços oferecidos ao cliente, deverá assegurar que o setor volte a crescer a taxas acima de 10% ao ano em 2015, acredita Luiz Gonzaga de Almeida, presidente do Sindipão. Neste ano, a expectativa é de um incremento em torno de 9% na comparação com 2013, quando a indústria do setor registrou variação de 8%. Além de café da manhã, almoço, lanche da tarde, caldos e sopa à noite, as panificadoras passarão a oferecer à clientela, no próximo ano, hortifrutigranjeiros processados, detalha Almeida.

SINCAFÉ

Sindicato das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café no Estado de Goiás

SINDILEITE

Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás 2014 foi um ano de lançamentos de novos produtos funcionais no mercado nacional, com destaque para a premiação do Laticínios Bela Vista pela revista Globo Rural como melhor empresa do agronegócio brasileiro no setor lácteo e campeã entre todos os 20 segmentos do agronegócio, afirma Joaquim Guilherme Barbosa de Souza, presidente do Sindileite. Ele destaca ainda, entre parcerias e programas realizados pelo sindicato, os projetos Repensando o Leite em Goiás, Recria de Fêmeas Leiteiras e o projeto Melhoramento Zootécnico com a introdução de touros da raça holandesa. Para 2015, Barbosa acredita em ano igualmente promissor, com novos desafios para a indústria de produtos lácteos em Goiás, com abertura de novos mercados, a exemplo da Rússia, num cenário de boa oferta de leite e oscilações de mercado.

SINDUSCON-GO

Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás A desoneração da cesta básica trouxe alívio também para a indústria goiana de torrefação e moagem de café, mas a lucratividade permaneceu baixa, enquanto a oferta de matéria-prima continuou apertada, como reflexo da menor oferta. A estiagem prolongada, que afetou a florada dos cafezais na safra em curso (2014/15), afirma Carlos Roberto Viana, presidente do Siincafé, tende a comprometer a safra 2015/16, prevendo-se a possibilidade de queda em torno de 40% na produção. “A oferta já está reduzida e apenas as empresas consolidadas no mercado têm conseguido matéria-prima”, arremata Viana.

SINDICARNE

Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Goiás A forte demanda mundial e a valorização nos preços das carnes em geral, com destaque para os cortes suínos destinados ao mercado externo, transformaram 2014 “no melhor período para o setor pecuário nos últimos dez anos”, constata José Magno Pato, presidente do Sindicarne. “O Brasil e Goiás foram beneficiados pelos conflitos na Ucrânia e pelo embargo dos Estados Unidos à Rússia”, acrescenta. O cenário para 2015 ainda é de aquecimento do consumo global de proteínas animais, favorecendo as exportações do setor, define Pato. 34

// GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014

A indústria da construção não espera crescimento para o próximo ano, segundo o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto de Paula Moura Júnior. “Será mais um ano de estabilidade”. A expectativa segue determinada pela necessidade de ajustes na área econômica, o que tende a incluir, conforme Moura Júnior, revisão da política macroeconômica, em busca da recuperação do equilíbrio fiscal, com correção dos gastos públicos.


CAMINHOS PARA

REACENDER O INVESTIMENTO

SICMA

Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis O quadro adverso observado para toda a economia neste ano, de certa forma, prevaleceu também no setor da construção e do mobiliário em Anápolis, segundo Álvaro Otávio Dantas Maia, presidente do Sicma. Como exemplo, ele cita dados do Cadastro Geral de Empregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged) no município mostrando o fechamento de 262 empregos entre janeiro e setembro deste ano, diante de saldo positivo de 660 novas vagas entre admissões e desligamentos ocorridos no mesmo período do ano passado. Os números confirmam a retração no setor da construção na região, influenciada pelos juros altos, inflação elevada e maior endividamento das famílias e do governo. O País, em sua avaliação, precisa de um “choque de cidadania”, com participação mais proativa da sociedade organizada, a fim de que as mudanças necessárias ocorram de fato. A perspectiva para 2015, analisa Maia, não é das mais otimistas, a não ser “que tenhamos mudanças mais profundas na economia”.

SINPROCIMENTO

Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de Goiás O elevado endividamento das famílias, o baixo investimento em infraestrutura e o quase desaparecimento de planos de expansão entre as empresas deixam a indústria de cimento pouco animada em relação a 2015. “Sendo otimista, devemos manter o mesmo nível de produção e vendas observado neste ano, quando houve redução de 4% em relação a 2013”, aponta Luiz Ledra, presidente do Sinprocimento. “Na maioria dos casos, as empresas não têm planos de ampliação para o ano que vem”, reforça ele. Num indicador do desempenho do setor, entre julho e setembro, cita Ledra, geralmente falta cimento no mercado, o que não ocorreu neste ano, ainda que a produção não tenha crescido.

SINDMÓVEIS

Sindicato das Indústrias de Móveis e Artefatos de Madeira no Estado de Goiás A desaceleração no setor da construção civil em 2014 afetou, por tabela, os fabricantes de móveis e assessórios, determinando crescimento de, no máximo, 1% em relação ao ano passado, avalia o presidente do Sindmóveis, Pedro Silvério Pereira. Mas ele mantém-se otimista em relação ao próximo ano, diante da capacidade de reação do setor, caso a condução da política econômica seja mais favorável. “Podemos crescer entre 6% e 7% se vierem os investimentos públicos anunciados, principalmente no programa Minha Casa, Minha Vida.”

SINDICER-GO

Sindicato das Indústrias Cerâmicas do Estado de Goiás Presidente do Sindicer-Go, Laerte Simão afirma que a indústria cerâmica enfrenta crise desde 2013, depois de experimentar “crescimento extraordinário” entre 2010 e 2012. A expectativa em relação a 2015 é de ano problemático, num cenário piorado pelo aumento da desconfiança empresarial. “Apenas o Minha Casa, Minha Vida não permite que o setor de cerâmica ocupe sua capacidade instalada. A indústria precisa de crescimento mínimo de 3,5% ao ano para o Produto Interno Bruto (PIB) para trabalhar com margem mínima de segurança”, afirma.

SINDIGESSO

Sindicato das Indústrias de Gesso, Decorações, Estuques e Ornatos do Estado de Goiás José Luiz Martin Abuli, presidente do Sindigesso, acredita que a baixa confiança do mercado em relação ao governo e às políticas públicas continuará dando o tom para o setor em 2015. Em sua opinião, será difícil ocorrer alguma melhora, já que os estoques de imóveis são elevados e os investimentos caminham lentamente, praticamente em estagnação. “Com o mercado desaquecido, a alternativa é reduzir o ritmo das obras e evitar endividamento, diante da dificuldade de repassar o custo do crédito para o mercado”, avalia.

GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

35


CAPA | PERSPECTIVAS 2015

SINDIAREIA

Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás

O ritmo assumido pelas obras públicas em 2014 contribuiu para imprimir bom ritmo aos negócios no setor de extração de areia, deixando clara sua dependência em relação a contratos nessa área. “O setor público é importante para a indústria. Vejo com bons olhos as perspectivas para 2015, especialmente no setor de infraestrutura”, comenta Gilberto Martins da Costa, presidente do Sindiareia. O bom desempenho, arremata, pode ser avaliado pela evolução da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), que tem crescido quase 12% ao ano no setor areeiro.

Sem previsão de grandes investimentos no setor em 2015, o presidente Heribaldo Egídio da Silva, do Sindifargo, e o presidente executivo do sindicato, Marçal Henrique Soares, esperam ano de consolidação das novas unidades e das expansões realizadas anteriormente. O crescimento, que deve ter superado a marca de 12% neste ano, provavelmente retornará à casa de um dígito, aproximando-se de 8% a 9% no próximo ano, com avanço em torno de 3% para o emprego, que avançou 7% em 2014.

SINDIBRITA

Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de Goiás

Sindicato das Indústrias Extrativas de Pedreiras e Derivados dos Estados de Goiás, Tocantins e do Distrito Federal “Devemos analisar o contexto geral e entender que a mineração é uma atividade econômica imprescindível, que tem rigidez territorial e impacta diretamente no crescimento e qualidade de vida de todos”, afirma o presidente do Sindibrita, Flávio Santana Rassi. Por isso, prossegue ele, uma das preocupações centrais do setor é a busca de soluções para “o ordenamento territorial que assegure a correta exploração mineral (nas regiões metropolitanas), preservando o meio ambiente e gerando desenvolvimento realmente sustentável a longo prazo”. A mineração, diz ainda, “deve ser contemplada (no ordenamento territorial) e deve estar inserida nas regiões metropolitanas”, o que reduziria os gastos com combustíveis fósseis e emissões ao reduzir o número de veículos pesados nas vias de tráfego, “preservando ainda as jazidas mais distantes para as necessidades das futuras gerações”.

36

SINDIFARGO

Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás

// GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014

SIMPLAGO

A indústria de material plástico não demonstra animação em relação ao comportamento da economia em geral e do setor em particular no próximo ano. Segundo Olympio José Abrão, presidente do Simplago, o cenário à frente sugere fraco crescimento, depois de um ano complicado. Em 2014, a demanda e as receitas até cresceram, mas os custos, principalmente das matérias-primas, experimentaram forte alta, achatando as margens.

SINROUPAS

Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral de Goiânia Num balanço preliminar, as vendas da indústria de confecção no lado formal da economia registraram, em 2014, um dos piores desempenhos dos últimos anos, com redução no número de empresas constituídas regularmente e aumento da informalidade, afirma Edilson Borges de Sousa, presidente do Sinroupas. “Mais de 50% das empresas migraram para a informalidade, enquanto as vendas no setor formal tiveram baixa entre 5% e 10%”, afirma. A tendência esperada para 2015 é de algum crescimento, acrescenta Sousa, que espera maior apoio do governo estadual ao setor e a redução do ICMS de 7% para 1% nas operações internas.


CAMINHOS PARA

REACENDER O INVESTIMENTO

SIVA

SIGEGO

Sindicato das Indústrias do Vestuário de Anápolis

Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Goiás

O presidente do Siva, Jair Rizzi, considera que 2014 foi um ano relativamente bom para o setor, principalmente, no que diz respeito à questão da empregabilidade. Em sua avaliação, as empresas conseguiram manter bom nível de contratações, num cenário de crescimento. Prova disso, observou, é que empresas como a Hering, uma das maiores do segmento na região, estão expandindo sua produção. O grande vilão do setor, de acordo com Rizzi, continua sendo a importação de produtos da China, com preços muito abaixo do mercado, causando desequilíbrio na competitividade, o que deve ser superado com investimentos em qualidade e inovação. Para 2015, Rizzi antecipa tendência de crescimento, mas afirma que o setor deve receber mais apoio para manter essa trajetória, diante de sua importância para a economia.

Em um ano de eleições, a indústria gráfica saiu-se muito bem, com crescimento, em média, de 6% para o volume de negócios e de aumento no número de empresas no setor, com a chegada no Estado de novas gráficas. No total, calcula Antônio Almeida, presidente do Sigego, o setor deve ganhar 10 a 20 novas indústrias em 2014, elevando o total de empresas no Estado para 630 a 640 unidades. “O próximo ano tende a ser igualmente favorável, se de fato houver mudança na política econômica”, afirma.

SINDIREPA-GO

Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Goiás Na contramão das montadoras, que atravessam ano muito difícil, na descrição de Sílvio Inácio da Silva, presidente do Sindirepa-GO, o setor de reparação vive bom momento, embora o segmento de retíficas enfrente dificuldades. “Mas, na média de todo o setor, estamos crescendo 7% neste ano”, estima. O desempenho, principalmente entre as oficinas independentes, explica-se em função do incremento dos serviços de reparação de veículos vendidos na fase de crescimento vigoroso do mercado de veículos. “A despeito de todas as dificuldades, 2015 deve ser também um ano positivo”, espera ele.

SINDQUÍMICA-GO

Sindicato das Indústrias Químicas no Estado de Goiás Um desempenho “preocupante” no quarto trimestre do ano, reflexo ainda do processo eleitoral, deverá determinar ano de baixo crescimento para a indústria química, avalia Jaime Canedo, presidente do Sindquímica. Para 2015, a tendência deverá ainda ser de moderação no crescimento, que tende a ser mais influenciado pelo câmbio e pelo que ocorrer com as importações de insumos.

SINDCEL

Sindicato da Indústria da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia no Estado de Goiás A demora no processo de saneamento da Celg, o longo tempo exigido para licitação de obras e a ausência de projetos executivos bem desenhados deixam as empresas prestadoras de serviços de engenharia no setor elétrico apreensivas e preocupadas em relação ao futuro imediato da atividade. “Para 2014, prevejo certa estagnação em relação ao ano passado. Mas espero piora em 2015”, resume Célio Eustáquio de Moura, presidente do Sindcel. Além de deterioração nas condições da economia, aponta ele, a alta dos custos de mão de obra, sem correspondência de incremento da produção, tem afetado a competitividade do segmento.

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CAPA | PERSPECTIVAS 2015

SIFAEG/SIFAÇÚCAR

Sindicatos das Indústrias de Fabricação de Etanol e de Açúcar no Estado de Goiás Embora registre situação relativamente menos ruim do que em outras praças, a indústria goiana de açúcar e etanol igualmente passa por dificuldades. Há três unidades paralisadas – das quais uma fechou as portas e as duas outras decidiram apenas vender a cana colhida neste ano – e mais quatro usinas em recuperação judicial, embora se mantenham em operação. “Em termos de faturamento, não foi um ano para comemorações”, afirma André Rocha, presidente executivo do Sifaeg/Sifaçúcar. O comportamento do setor em 2015 dependerá da política que vier a ser adotada pelo governo federal, que deveria contemplar, na visão de Rocha, a definição de uma política de preços para a gasolina, com retorno da Cide, melhoria nos motores flex, a valorização dos preços da bioeletricidade, com leilões regionais de energia e a desoneração da folha de pagamentos do setor.

SINDICURTUME

Sindicato das Indústrias de Curtumes e Correlatos do Estado de Goiás Com o mercado mundial de couro enfrentando escassez, as exportações do setor no País cresceram neste ano, acumulando evolução de 17% até outubro, e preços chegaram a níveis recordes, embora já comecem a refluir neste final de ano, analisa Emílio Bittar, vice-presidente do Sindicurtume. “O ano foi bom no setor externo, mas muito difícil no mercado doméstico, com perda de competitividade em função dos altos custos tributários e trabalhistas, agravados por elevado turn over (rotatividade da mão de obra)”, acrescenta ele. A expectativa para 2015 é de estabilidade, com manutenção dos negócios nos mesmos níveis deste ano, adianta ele.

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SINDICALCE

Sindicato das Indústrias de Calçados no Estado de Goiás Numa fase de elevação dos custos fixos e queda nas vendas, afirma Elvis Roberson Pinto, presidente do Sindicalce, “poucas empresas formais têm conseguido alcançar algum resultado”. Na média do setor de calçados em Goiás, a maior parte das indústrias tem reduzido de tamanho, transferindo-se para galpões menores e enxugando pessoal. “Não vejo uma luz para 2015 e nem alternativa a não ser a empresa reduzir o volume de produção e passar a fazer distribuição de produtos diretamente ao consumidor”, prevê ele.

SIEEG

Sindicato das Indústrias de Extrativas do Estado de Goiás e do Distrito Federal A indefinição em relação ao marco regulatório do setor, o excesso de burocracia e as incertezas que cercam o mercado mundial tornaram o cenário para o setor de mineração mais complicado neste ano e devem manter o tempo nublado em 2015. Para Domingos Sávio, presidente do Sieeg, cabe destacar os investimentos programados pela Votorantim Metais em sua unidade em Niquelândia, que devem avançar de R$ 48,6 milhões neste ano para R$ 65,7 milhões em 2015, somando quase R$ 175,0 milhões desde 2013, e a atuação da Brasil Minérios, que produz concentrados de vermiculita em São Luís de Montes Belos. Líder no mercado, a empresa tornou-se exportadora e responde por 10% a 15% da produção mundial de vermiculita, com planos de crescer 50% nos próximos anos, destinando em torno de metade de sua produção ao mercado doméstico e os outros 50% para exportações.


CAMINHOS PARA

REACENDER O INVESTIMENTO

SIMAGRAN

Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais do Estado de Goiás “O próximo ano tem de ser melhor”, torce o empresário Eliton Rodrigues Fernandes, presidente do Simagran, já que o setor praticamente não deverá experimentar crescimento em 2014. A indústria de rochas ornamentais, assim como o restante da economia, reclama “políticas claras e competentes” para vencer a “indefinição econômica e a desconfiança do empresário”, afirma ele. A demanda reprimida, a falta de crédito para projetos de investimento e os custos elevados, agravados pela carga tributária excessiva e pelos juros altos, observa Fernandes, estão entre as principais preocupações do setor.

SIMMEA

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis Insegurança política, reflexos da crise econômica e redução da oferta de energia em quantidade e qualidade para ampliação e viabilização de novas empresas. Esses fatores, na avaliação do presidente do Simmea, Robson Peixoto Braga, foram determinantes para que o setor venha a fechar o ano com desempenho pelo menos 30% abaixo do esperado. O quadro atual sugere que 2015 não será dos mais otimistas, segundo Braga, uma vez que o baixo investimento público, sobretudo no setor energético, deve continuar se refletindo não só no segmento da metalurgia, mas em outros setores da economia. 

SIMELGO

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Goiás O crescimento “pífio” em 2014 não acena grandes possibilidades para 2015, ainda que a indústria goiana venha sendo destaque no cenário nacional, observa Hélio Naves, presidente do Simelgo. “A situação sombria, sem sinais positivos, deixa muita preocupação com o que o setor vai enfrentar no próximo ano”. O volume de encomendas na indústria metalomecânica e de material elétrico tem sofrido baixa e isso tem acirrado a preocupação em relação ao futuro imediato, reforça Naves.

SIMESGO

Sindicato da Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico do Sudoeste Goiano O desempenho da indústria metalomecânica na Região Sudoeste do Estado em 2015 será determinado, em grande medida, pelo comportamento do agronegócio, setor que influencia decisivamente a economia da região, e mais especificamente pelas grandes tradings agrícolas, que têm demonstrado intenção de segurar investimentos, afirma o presidente do Simesgo, Heitor de Oliveira Nato Netto. “As previsões indicam um crescimento entre 2,5% e 5% no faturamento, mesmo ritmo de 2014, mas não creio que isso venha a ocorrer, já que os investimentos das grandes empresas do setor estão paralisados”, analisa. Neste ano, constata ainda, embora as receitas tenham avançado, houve uma redução nas margens do setor. GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

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ARTIGO

O NOVO CONGRESSO E PERSPECTIVAS PARA 2015 MUDANÇAS QUE TANTO ALMEJAMOS “DEVEMASCOMEÇAR COM A REFORMA POLÍTICA, POIS O ATUAL SISTEMA ESTÁ INSUSTENTÁVEL”

PAULO AFONSO FERREIRA, Terceiro vice-presidente da CNI, presidente do Conselho de Assuntos Legislativos e diretor geral do IEL Nacional

E

m mais uma eleição, tivemos a oportunidade de escolher aqueles que conduzirão os rumos do Brasil pelos próximos quatro anos. Agora é preciso um recomeço, romper os conflitos, as ideologias e voltarmos os esforços para a retomada do crescimento, da competitividade das empresas, com a geração de emprego e melhoria na qualidade de vida da população. As mudanças que tanto almejamos devem começar com a reforma política, pois o atual sistema está insustentável. Há, no Brasil, 32 partidos e mais 20 em busca de regularização. Essa pluralidade prejudica a governança. No Congresso, no próximo mandato haverá representação de mais 6 partidos, totalizando 28. Esse aumento afetou o poder dos cinco maiores partidos da base. Para se obter a maioria absoluta de votos na Casa (257), o governo terá de negociar com sete partidos, sendo necessária maior interlocução com o Legislativo. Os partidos da base do governo contam com 301 deputados (59%) e a oposição, com 212 (41%). É um porcentual que possibilita a aprovação de leis ordinárias e complementares, mas não suficiente no caso de emendas constitucionais (ao menos 308 deputados). A renovação na Câmara dos Deputados foi de 43,5%, diante de 46,4% em 2010. Os principais partidos da base do governo, PT e PMDB, perderam em representação – de 88 para 70 e de 72 para 65 deputados, respectivamente. A chamada Bancada Sindical caiu de 83 para 46 membros. No Senado, onde a eleição este ano foi somente para um terço das cadeiras, dos que concorreram à reeleição, cinco foram reeleitos e cinco não. PMDB, PT, PSDB, PTB e PCdoB tiveram redução no número de senadores, enquanto PDT, PSB, DEM, PSD e PPS ampliaram. A base de apoio à presidente Dilma no Senado é mais significativa que na Câmara, com 64% (52 senadores),

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o que permite, em tese, a aprovação de leis ordinárias, complementares e emendas constitucionais. Nomes de peso retornarão à Casa (como Armando Monteiro, Kátia Abreu, Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira) e tomarão posse (José Serra, Antônio Anastasia e Ronaldo Caiado). Isso cria perspectiva de ampliação do debate sobre temas controvertidos. A agenda do governo está indefinida. O debate presidencial, centrado em críticas aos adversários, não aprofundou a discussão sobre políticas públicas prioritárias. Entre as propostas que a presidente Dilma tem sinalizado e que dependem de aprovação do Parlamento, estão a reforma política, a unificação do PIS e da Cofins e a uniformização da alíquota interestadual do ICMS (tema bastante preocupante para nós). Sobre a reforma política, há dúvidas quanto ao conteúdo e à forma (plebiscito, referendo, proposta de emenda constitucional ou projeto de lei). O plebiscito pode ser perigoso, pois a sociedade ainda não está conscientizada sobre as reais necessidades de mudanças. Todos devem participar desse processo, de forma transparente, e é importante a formação de discussões técnicas e de pessoas com notório conhecimento da legislação, que possam contribuir com o debate e a formatação das propostas, antes do crivo da sociedade. Há outras prioridades, como a desburocratização e maior segurança jurídica. É urgente a regularização da terceirização. Em matéria tributária, estão em tramitação a definição do crédito presumido do IPI, a convalidação de benefícios fiscais relativos ao ICMS, a criação do Código de Defesa do Contribuinte, a uniformização de normas sobre processo administrativo fiscal e a criação de regime de transição para exclusão de micro e pequenas empresas do Simples. A CNI e a Fieg continuarão a contribuir para que sejam debatidas leis realmente comprometidas com o desenvolvimento econômico e social. Por meio da Agenda Legislativa da Indústria, manteremos o diálogo com o Legislativo, com ações proativas e propostas factíveis.


GENTE DA INDÚSTRIA

Renata dos Santos //

CACHAÇA / Ex-ministro do Tribunal de Contas da União, Carlos Átila Alvares da Silva e a filha Patrícia, durante confraria no alambique da Cachaça do Ministro, indústria goiana de Alexânia, no Entorno do Distrito Federal. A Cachaça do Ministro foi fundada nos anos 1990 e hoje vende aguardentes de qualidade que conquistaram também o mercado internacional. A novidade do momento fica por conta das cachaças feitas em barris de amburana, tão atraentes ao

BONECA DE PANO / A atriz Vanessa Giácomo, conhecida por papeis como Aline,

paladar como as tradicionais envelheci-

da novela Amor à Vida, assina a coleção Premium da Boneca de Pano, confecção goia-

das em barril de carvalho. “Estou muito

na de Jucilene Franco. “A inspiração vem dela, de seu estilo. De 120 peças, ela escolheu

feliz pela iniciativa da Fieg em criar em

pessoalmente os 25 looks que integram a coleção com seu nome”, destaca Jucilene. A

2015 um programa de licenciamento dos

empresária comanda há 12 anos sua fábrica em Aparecida de Goiânia e, no ano pas-

alambiques de cachaça de Goiás. Serei

sado, inaugurou a primeira loja, na Avenida Rio Verde, em frente ao Buriti Shopping.

participante e apoiador”, destacou.

Este ano, a segunda loja, na Avenida T-10, foi aberta em grande estilo, com campanha fotográfica da atriz carioca realizada na cidade.

MÚSICA CLÁSSICA /

Depois de maratona de

apresentações este ano, a Orquestra Filarmônica de Goiás brilha no Concerto de Natal, o último de 2014, no dia 18 de dezembro, no Centro Cultural Oscar Niemeyer e, em 2015, planeja receber solistas famosos como Antonio Meneses, violoncelista pernambucano do primeiro time da música clássica mundial. Entre os apoiadores das plateias lotadas da orquestra, destaque para a dupla de empresários Agripino Bastos Santos e Elloy Barsch (Agroquima). Eles são admiradores de carteirinha de música clássica e não perdem um concerto da orquestra, que apoiam há mais de uma década. Os sócios acabam de lançar no mercado o Eprino Injetável, vermífogo para bovino com carência zero para o abate, produzido por outra indústria deles, o laboratório Clarion Bio Ciência. GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

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GENTE DA INDÚSTRIA SOFTWARE /

// Renata dos Santos

Marcelo Xavier de

Oliveira, CEO da Globaltec, foi um dos palestrantes no 58º Encontro da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI), realizado de 12 a 15 de novembro, no Hotel Mercury, em Goiânia. Na palestra, sobre o tema Compartilhando Experiências em Software de Gestão, o empresário abordou a trajetória do UAU, software criado especialmente para atender ao mercado da construção civil.

LEITE /

Depois de visitar, em no-

vembro, dois eventos de peso na Europa, Joaquim Guilherme Barbosa de Souza (Complem) consolida opinião de que o

MÉRITO INDUSTRIAL / Goianos dominaram a plateia presente em noite de ho-

Brasil ainda precisa investir muito mais

menagem da CNI, em Brasília, a cinco empresários brasileiros. Quase cem pessoas de

em pesquisa e em inovação. “A Europa

Goiás foram à capital federal prestigiar o empresário Pedro Bittar, que recebeu dia

é focada no desenvolvimento de novos

25 novembro a Medalha da Confederação Nacional da Indústria. Na foto, Pedro Bittar

produtos, mas o alicerce para sermos

ao lado de Paulo Afonso Ferreira, Robson Andrade e Pedro Alves de Oliveira.

mais competitivos é de pesquisa e inovação”, disse o diretor da indústria de Morrinhos. Além da Feira Sial, Semana Internacional de Alimentos, realizada em Paris, ele visitou o Complexo Mondragon, no norte da Espanha. Lá, conheceu um pouco da rotina do modelo cooperativista da cidade de Mondragon, ao lado de goianos do setor como Haroldo Max (OCB/Sescop).

GELADO /

Com sete centros de

distribuição localizados em São Paulo, Uberlândia, Cuiabá, Campo Grande, Betim, Vitória da Conquista e Distrito Federal, a Creme Mel, indústria que Antônio Santos abriu na garagem de sua casa há 27 anos, jogou no mercado, em novem-

ÁGUA E SUSTENTABILIDADE / Rafael de Pina Jayme (centro), gerente de pro-

bro, novos picolés à base de

jetos da Opus, levou sua equipe para conferir evento de irrigação, no Restaurante

chocolate, o Sublimel Black e o

Contemporane, onde foram recepcionados pela engenheira agrônoma Ana Paula

Chocolatinho. A ideia é agradar

Stach, durante o coquetel da multinacional Rain Bird, realizado em novembro. Em

os amantes do chocolate de todas

Goiás, a construtora de Denner Justino é uma das adeptas do uso sustentável da

as idades no período mais esperado do ano, as férias.

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água em edifícios e fachadas contemporâneas.


HOBBY E TRABALHO / Dono da Luztol, indústria de tintas, vernizes e solven-

BUSINESS / Nara Nuccia Magalhães

tes, em Aparecida de Goiânia, Tadeu Luz exibe Ford de sua coleção de carros an-

Dâmaso, Walid Joseph Esper e Danilo

tigos, integrada por raridades como Landau, Mustang e Opala. Além do hobby, Luz

Gonçalves de Melo (Arte Engenharia)

mergulhou no trabalho para concluir a ampliação da fábrica do parque industrial e

comemoram o sucesso do novo empre-

prepara o lançamento de dois novos produtos: sistema tintométrico e uma linha de

endimento da construtora deles: edifício

tintas premium.

comercial na Avenida T-63 (ilustração), no Setor Nova Suíça, em Goiânia. A obra, que deve ser entregue em janeiro, impressiona pelo projeto arrojado do exterior e interior dos 9 pavimentos e 48 salas comerciais.

ENCONTRO COM MAIS QUALIDADE / Alessandro Rodrigues, gestor de Qualidade da Zema Portas e Janelas, gostou do que ouviu no Encontro Nacional de Empresários da Qualidade, promovido pelo ICQ Brasil, dia 14 de novembro, na Casa da Indústria. Participante de outras duas edições do evento, ele parabenizou a organização

ICQ BRASIL DETALHA NORMA

“pela melhoria com relação aos anteriores” e sugere que “continuem assim promo-

PARA CONSTRUÇÃO / Em evento na

vendo oportunidades para que os profissionais da qualidade possam se relacionar

Casa da Indústria, dia 28 de novembro,

e também atualizar com as

com mais de 70 representantes de

informações oferecidas.” O

construtoras e fornecedores da indús-

encontro abordou ferramen-

tria da construção, o ICQ Brasil esmiu-

tas de qualidade, sistemas de

çou aspectos da norma de desempenho

gestão, segurança da infor-

para o setor, que norteia tecnicamente

mação, certificação, entre

o mercado a buscar melhoria da qua-

outros assuntos. O ICQ Brasil,

lidade das construções. A NBR 15.575

instituição do Sistema Fieg, é

define conceitos como desempenho

um organismo de certificação

acústico, desempenho térmico e vida

acreditado pelo Inmetro, para

útil. A iniciativa ocorreu por meio do Se-

atuar com auditorias de ter-

braetec, programa do Sebrae. 

ceira parte em sistemas de gestão e produtos.

GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

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POR DENTRO DA INDÚSTRIA

INTERESSES COREANOS – 1 / Representada por seu presidente,

GOIÁS E PORTUGAL / Ainda em

Pedro Alves de Oliveira, a Fieg participou

novembro, o presidente da Fieg, Pedro

como palestrante do Fórum Ambiental

Alves de Oliveira, recebeu o embaixador

2014, realizado no Rio de Janeiro, em novembro, numa promoção da Korea Trade-Investment Promotion Agency (Kotra), agência coreana de promoção de investimentos,

Environment Forum 2014

do Ministério de Meio Ambiente daquele país e do Korea

português, Francisco Ribeiro Telles, para discutir oportunidades de negócios no setor industrial e o estreitamento das relações comerciais entre o Estado e Portugal.

Enviromental Industry & Technology Institute (Keiti). Pedro Alves apresentou as oportunidades de investimento no setor de tratamento de resíduos em Goiás.

INTERESSES COREANOS – 2 / Além do presidente da Fieg, participaram da missão goiana ao fórum ambiental os empresários Emílio Bittar, presidente do Conselho Temático de Comércio Exterior e Negócios Internacionais, Gilberto Martins da Costa, presidente do Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás (Sindiareia), e Pedro Silvério Pereira, presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis e Artefatos de Madeira no Estado de Goiás (Sindmóveis). A programação do evento incluiu, além de palestras, rodada de negócios com empresas coreanas dos setores de tratamento de água, esgoto e resíduos sólidos e reciclagem automotiva interessadas em investimentos no País e no Estado.

COSMÉTICOS GOIANOS / A secretária de Indústria e Comércio do Pará, Maria Amélia Henriquez, representantes do Sebrae, da Federação das Indústrias do Pará e quatro empresários do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosmético paraense reuniram-se no final de novembro, na Casa da Indústria, com empresários goianos do mesmo setor, membros da Fieg e autoridades da Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás e do Sebrae local para conhecer os números da indústria goiana de cosméticos. À tarde, o grupo conheceu a Wydet Cosméticos, que inaugurou recentemente sua nova planta, no Polo Empresarial Goiás, mais do que dobrando de tamanho. 

NOVA DIREÇÃO / A partir de janeiro, a presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás passará a ser exercida, ao longo do quadriênio 2015/18, pelo empresário Pedro Alves de Oliveira, presidente da Fieg, tendo Ubiratan Lopes como vice. Igor Montenegro assumirá a superintendência do órgão. Foram reencaminhados a seus cargos a diretora de administração e finanças, Luciana Albernaz, e o diretor técnico Wanderson Portugal. 44

// GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014


GIRO PELOS SINDICATOS SINDM ÓVE IS

MILÃO NO ROTEIRO / O Sindicato das Indústrias de Móveis e Artefatos de Madeira no Estado de Goiás realiza a promoção “Me leva para Milão”, destinada a estimular a participação de empresários do setor em reuniões e decisões da entidade e incentivar sua presença em missões e feiras internacionais. Como parte da promoção, os empresários passam a acumular cupons a cada reunião do sindicato, assegurando o direito de participar do sorteio de passagem aérea ida e volta de Goiânia a Milão, onde ocorrerá, entre 14 e 19 de abril, o Salão do Móvel (Euroluce), com direito a diárias no Milão Hotel e ajuda em dinheiro para alimentação. Cada empresário que levar mais um colega para as reuniões do sindicato terá direito a um segundo cupom.

MOVIMENTAÇÃO INTERNA / O grupo A V Soares e a Ducar Movimentações, ambas empresas goianas, desenvolveram um conjunto de soluções para movimentação interna de cargas destinadas a ampliar a produtividade da operação, otimizar tempo e reduzir o esforço físico dos trabalhadores. A novidade (foto) será apresentada na 12ª edição da Feira Internacional de Máquinas, MatériasPrimas e Acessórios para a Indústria Moveleira (Fimma Brasil), a ser realizada em Bento Gonçalves (RS) no próximo ano.

SI N DT R I G O

CONGRESSO INTERNACIONAL / O presidente do Sindicato dos Moinhos de Trigo da Região CentroOeste, André Lavor, e o tesoureiro da entidade, Murilo Rodrigues da Cunha, participaram, em Foz do Iguaçu (PR), do 21° Congresso Internacional do Trigo, que reuniu mais de 500 empresários do setor, técnicos e analistas de mercado. O evento foi aberto pelo presidente da Abitrigo, Sérgio Amaral, em cerimônia que contou com presença do presidente do conselho deliberativo da entidade, Marcelo Vosnika, e do governador do Paraná, Beto Richa. Segundo Vosnika, “a realização do congresso é um importante esforço para consolidar o processo de integração dos elos da cadeia produtiva do trigo”.

S I N D I C U RTUM E

BLITZ DO COURO EM GOIÁS / O Estado será o próximo destino da Blitz da Lei do Couro, promovidas pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com apoio do Sindicato das Indústrias de Curtumes e Correlatos do Estado de Goiás (Sindicurtume), para divulgar a Lei 4.888/65, que proíbe o uso de expressões como “couro sintético” e “couro ecológico”. Durante duas semanas, uma equipe da entidade irá percorrer a capital e o interior do Estado, incluindo Aparecida de Goiânia, Senador Canhedo, Anápolis, Rio Verde, Catalão, Itumbiara e Caldas Novas, visitando comerciantes, varejo de rua, shoppings e conversando com consumidores sobre as diferenças de artigos em couro e material sintético e como deve ser a comunicação correta de cada produto. GOIÁS INDUSTRIAL // Dezembro 2014 //

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GIRO PELOS SINDICATOS S I M P L AG O

CAPACITAÇÃO EM EXPORTAÇÃO / O Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de Goiás (Simplago) realizou, no final de outubro, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e a Braskem, maior produtora de resinas das Américas, o Programa de Capacitação em Exportação (foto), como parte do Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PIC).

SI MEL G O

MAIS 50 CERTIFICADOS / O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Goiás (Simelgo), Hélio Naves, participou em outubro da solenidade de entrega dos certificados de conclusão do curso de soldador na Faculdade de Tecnologia Senai Ítalo Bologna, em Goiânia (foto). Cerca de 50 novos profissionais foram capacitados, numa iniciativa sindicato em parceria com o SindMetal, que representa os trabalhadores do setor, e com o Senai Goiás, conforme estabelecido na convenção coletiva da categoria. “Essa vitória não é só de quem forma e sim de toda a família, que apoiou o projeto”, ressaltou Naves. CONFRATERNIZAÇÃO / Após duas edições bem-sucedidas da Festa de Boteco, a confraternização anual do Simelgo teve o churrasco como tema neste ano. Também diferentemente das edições anteriores, a Churrascaria do Simelgo aconteceu na hora do almoço, no Centro de Eventos do Clube Antônio Ferreira Pacheco, no dia 29 de novembro. “O churrasco entre amigos foi bem descontraído e um grande momento para celebrarmos as conquistas de 2014”, segundo Hélio Naves, presidente do Simelgo.

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S I N D I C E RG O

CONVENÇÃO E APA DO JOÃO LEITE / O Sindicato das Indústrias Cerâmicas do

Estado de Goiás (Sindicergo) reuniu sua diretoria, no dia 30 de outubro, para tratar de diversos assuntos de interesse do setor. Os trabalhos foram conduzidos pelo vice-presidente da entidade, o empresário Laerte Simão. Um dos temas em pauta foi a apresentação da proposta da Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2016 junto ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Goiânia (Sintracom). Além disso, foram ainda relatadas as ações acerca do EIA/ Rima da Área de Proteção Ambiental do João Leite. No momento, aguarda-se o retorno de férias da promotora de Justiça Suelena Caetano Fernandes Jaime, para a qual foram entregues todos os documentos relativos ao processo. Já foi solicitado um pedido de audiência para que possa se dar sequência no assunto.

S I N ROU PAS

SALDÃO DAS CONFECÇÕES / Com apoio da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), o Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral de Goiânia (Sinroupas) realizou entre os dias 19 e 23 de novembro, no Centro de Cultura e Convenções de Goiânia, o saldão da indústria de confecções. Numa avaliação preliminar, a promoção resultou em negócios no valor de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões, que deverão capitalizar o setor e permitir o pagamento da folha de dezembro e do 13º salário dos empregados do setor, de acordo com Edilson Borges de Sousa, presidente do sindicato.


SIFA E G/ SIFA ÇÚ CA R

HOMENAGEM / O presidente

FI EG R E G I O N A L A N Á P OL I S

PRESENÇA MARCANTE / A Fieg, por meio de seu vice-presidente, Wilson de Oliveira, tem registrado participação ativa em dois importantes colegiados: no Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CAL/CNI) e no Conselho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Coaride), ambos sediados em Brasília. Em outubro, Oliveira, também presidente da Fieg Regional Anápolis, participou da reunião do CAL/CNI, acompanhado pelos presidentes do Sindifargo, Heribaldo Egídio, e do Sindicel, Célio Eustáquio, para discutir projetos de lei e medidas provisórias de interesse da indústria (foto)

executivo dos sindicatos das Indústrias de Fabricação de Etanol e de Açúcar no Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar) e do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, recebeu o Prêmio Visão Agro Brasil (foto), durante evento realizado em Ribeirão Preto (SP), em novembro, pela AR Empreendimentos e revista Visão da Agroindústria. A pesquisa para escolha dos premiados é feita anualmente, desde 2003, para homenagear usinas, destilarias e empresas fornecedoras de produtos e serviços do Estado de São Paulo, bem como empreendedores visionários que se destacaram em áreas de transformação e produção no agronegócio canavieiro de todo o País.

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA / No encontro do Coaride, Wilson Oliveira defendeu a ampliação do colegiado, com o objetivo de abrigar representações da indústria, do comércio e da agricultura. Além disso, sugeriu que o Entorno seja considerado como região metropolitana do Distrito Federal, com responsabilidades compartilhadas entre Goiás, Distrito Federal e a União. INAUGURAÇÃO DO VIADUTO DO DAIA / Com presença do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e várias autoridades, foi entregue (foto) em outubro o viaduto na BR-060, que dá acesso ao Distrito Agroindustrial de Anápolis. O presidente da Fieg Regional Anápolis, Wilson de Oliveira, representando o presidente da federação, Pedro Alves, participou da entrega da obra que, segundo ele, coroa luta da classe empresarial. Ele lembrou que, em junho último, a Fieg e a Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA) realizaram o seminário “DAIA- Perspectivas e Soluções”, em que um dos assuntos de maior destaque foi, justamente, a celeridade nas obras do viaduto.

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GIRO PELOS SINDICATOS

SINDIFA RGO

PRESIDENTE DA ANVISA HOMENAGEADO / O diretor

SI N D AL I M E N TO S

CONVÊNIO COM UNIEVANGÉLICA / O Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis (SindAlimentos) e o Centro Universitário UniEvangélica, por meio do Laboratório de Alimentos da Faculdade de Farmácia, estudam a elaboração de um convênio que poderá resultar em benefícios para o segmento de panificação, com a prestação de serviços nas áreas da qualidade e da inovação. As demandas do setor serão levantadas e, a partir desse trabalho, será elaborada a minuta do convênio. A iniciativa vem ao encontro do programa de qualificação para o setor, desenvolvido pelo sindicato, com acompanhamento do Ministério Público.

presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Brás Aparecido Barbano, recebeu a Medalha de Mérito da Indústria Farmacêutica em Goiás (foto), em reconhecimento ao seu trabalho à frente da agência. A homenagem, do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), ocorreu durante a realização, em outubro, do seminário “Anvisa – Vigilância Sanitária em Goiás”, na Casa da Indústria. Dirceu Barbano e a superintendente da Visa/GO, Tânia Vaz da Silva, na ocasião, ministraram palestra para os participantes.

SI C MA

INCLUSÃO DE DEFICIENTES / O Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis (Sicma), em reunião de diretoria realizada em outubro (foto), debateu a inclusão no mercado de trabalho de pessoas com deficiência e de jovens aprendizes. Estiveram presentes o secretário municipal do Trabalho, Emprego e Renda, Ilmar Lopes da Luz, a presidente do Conselho Municipal do Trabalho, Mirna Maria Vieira, o diretor da Faculdade de Tecnologia Senai Roberto Mange, Aroldo dos Reis Nogueira, e a professora Lúcia Helena Calegari Ribeiro, coordenadora de Estágio e Prática Profissional do Senai. Segundo o presidente do Sicma, Álvaro Otávio Dantas Maria, o objetivo foi unir esforços para que seja feito um trabalho de capacitação de portadores de deficiência e jovens, especificamente para a construção civil, devido às peculiaridades do setor.

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SINDIL E IT E

CELEBRAÇÃO / No dia 5 de dezembro,

o Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite) realizou jantar no Oliveira’s Place para celebrar o 25º aniversário de sua criação.


SI MM EA

CONVENÇÃO COLETIVA / O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis (Simmea) reuniu diretores e associados no início de novembro (foto) para debater vários assuntos de interesse do setor. Na oportunidade, o presidente da entidade, Robson Peixoto Braga, abriu a discussão sobre a Convenção Coletiva de Trabalho de 2015. Segundo ele, o sindicato tem procurado estimular a ampla participação dos empresários nos debates em torno da convenção para reforçar o apoio às negociações com a representação laboral. Robson Peixoto acrescentou que, de parte do Simmea, o intuito é sempre manter em elevado nível as discussões. Também foi informado aos presentes sobre a eleição para a renovação de diretoria, que deverá ocorrer no ano que vem, quando, segundo Peixoto, será fundamental a participação dos empresários.

SI N DUSC O N - G O

SINP ROCIM E NTO

“APAIXONADOS POR GOIÂNIA” / Em outubro, o Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) sediou a segunda reunião de trabalho para debate do projeto ‘O Futuro da Minha Cidade’, desenvolvido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e lançado no dia 13 de maio pelo Fórum Goiano da Habitação (composto pelo Sinduscon-GO, Secovi-GO e Ademi-GO). Na reunião, o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, propôs a união e o comprometimento dos simpatizantes com a causa pelo bem da cidade de Goiânia. Compareceram à convocação aproximadamente 70 participantes, definidos pelo palestrante da noite, o ex-prefeito de Maringá (PR), Silvio Barros, como “apaixonados por Goiânia”. Na oportunidade, foram montados grupos de trabalho e passou-se à discussão de ideias para subsidiar as políticas públicas de planejamento urbano contínuo, na busca de uma cidade nova e sustentável.

25º ANIVERSÁRIO / Criado em 31 de maio de 1989, o Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de Goiás celebrou seu 25º aniversário neste ano. Seu primeiro presidente foi o empresário César Sebba. 

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SINDICATOS SINDICATOS COM SEDE NA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS

Av. Anhanguera, nº 5.440, Edifício José Aquino Porto, Palácio da Indústria, Centro, Goiânia-GO, CEP 74043-010 SINPROCIMENTO Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de Goiás Presidente: Luiz Ledra Fone: (62) 3224-0456/Fax 3224-0338 siac@sistemafieg.org.br SINDIREPA Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Goiás Presidente: Sílvio Inácio da Silva Telefone (62) 3224-0121/ 3224-0012 sindirepa@sistemafieg.org.br SINDIAREIA Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás Presidente: Gilberto Martins da Costa Fone/Fax: (62) 3224-8688 sindiareia@sistemafieg.org.br

SINDILEITE Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás Presidente: Joaquim Guilherme Barbosa de Souza Fone (62) 3212-1135 / Fax 3212-8885 sinleite@terra.com.br

SIMELGO Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Goiás Presidente: Hélio Naves simelgo@sistemafieg.org.br Fone/Fax: (62) 3224-4462 contato@simelgo.org.br SINDQUÍMICA-GO Sindicato das Indústrias Químicas no Estado de Goiás Presidente: Jaime Canedo Fone (62) 3212-3794/Fax 3225-0074 sindquimica@sistemafieg.org.br

SIMPLAGO Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado de Goiás Presidente: Olympio José Abrão Gestor executivo: Giovanni Souto Fone (62) 3224-5405 simplago@sistemafieg.org.br

SINDMÓVEIS Sindicato das Indústriasde Móveis e Artefatos de Madeira no Estado de Goiás Presidente: Pedro Silvério Pereira Fone/Fax: (62) 3224-7296 sindmoveis@sistemafieg.org.br

SINDIPÃO Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado de Goiás Presidente: Luiz Gonzaga de Almeida Fone: (62) 8422-4022 sindipao@sistemafieg.org.br

SINDTRIGO Sindicato dos Moinhos de Trigo da Região Centro-Oeste Presidente: André Lavor P. Barbosa Fone: (62) 3223-9703 sindtrigo@gmail.com

SINDIALF Sindicato das Indústrias de Alfaiataria e Confecção de Roupas para Homens no Estado de Goiás Presidente: Daniel Viana Fone: (62) 3223-2050

SIMAGRAN Sindicato das Indústrias de RochasOrnamentais do Estado de Goiás Presidente: Eliton Rodrigues Fernandes Telefone: (62) 3225-9889 simagran@sistemafieg.org.br

OUTROS ENDEREÇOS

SIAEG Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás Presidente: Sandro Antônio Scodro Mabel Fone/Fax: (62) 3224-9226 siaeg@terra.com.br

SINCAFÉ Sindicato das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café no Estado de Goiás Presidente: Carlos Roberto Viana Fone (62) 3212-7473 - Fax 3212-5249 sincafe@sistemafieg.org.br

SINDICALCE Sindicato das Indústrias de Calçados no Estado de Goiás Presidente: Elvis Roberson Pinto Fone/Fax: (62) 3225-6402 sindicalce@sistemafieg.org.br

SINVEST Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Goiás Presidente: José Divino Arruda Fone/Fax: (62) 3225-8933 sinvest@sistemafieg.org.br

SININCEG Sindicato das Indústrias de Calcário, Cal e Derivados no Estado de Goiás Presidente: José Antônio Vitti Fone/Fax (62) 3223-6667 sininceg@sistemafieg.org.br

SINDIBRITA Sindicato das Indústrias Extrativas de Pedreiras e Derivados do Estado de GO, TO e DF Presidente: Flávio Santana Rassi Fone/Fax: (62) 3213-0778 sindibrita@sistemafieg.org.br

SINDCEL Sindicato das Indústrias da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia no Estado de Goiás Presidente: Célio Eustáquio de Moura Fone: (62) 3218-5686 / 3218-5696 Sindcel.go@gmail.com

SINDICARNE Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Goiás e Tocantins Presidente: José Magno Pato Fone/Fax (62) 3229-1187 e 3212-1521 sindcarn@terra.com.br SINDICURTUME Sindicato das Indústrias de Curtumes e Correlatos do Estado de Goiás Presidente: João Essado Fone/Fax: (62) 3213-4900 sindicurtume@sistemafieg.org.

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SINDIGESSO Sindicato das Indústrias de Gesso, Decorações, Estuques e Ornatos do Estado de Goiás Presidente: José Luiz Martin Abuli Fone: (62) 3224-7443 sindigesso@sistemafieg.org.br

SIEEG Sindicato das Indústrias Extrativas do Estado de Goiás e do Distrito Federal Presidente: Domingos Sávio Fone: (62) 3212-6092 - Fax 3212-6092 sieeg@sistemafieg.org.br SIGEGO Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Goiás Presidente: Antônio de Sousa Almeida Fone (62) 3223-6515 - Fax 3223-1062 sigego@sistemafieg.org.br

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SIFAÇÚCAR Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar do Estado de Goiás Presidente: Otávio Lage de Siqueira Filho Presidente-Executivo: André Luiz Baptista Lins Rocha Rua C-236, nº 44 - Jardim América CEP 74290-130 - Goiânia - GO Fone: (62) 3274-3133 / Fax (62) 3251-1045 SIMESGO Sindicato da Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico do Sudoeste Goiano Presidente: Heitor de Oliveira Nato Neto Rua Costa Gomes, nº 143 Jardim Marconal CEP 75901-550 - Rio Verde - GO Fone/Fax: (64) 3623-0591 simesgo1@hotmail.com SINDUSCON-GO Sindicato das Indústrias da Construção no Estado de Goiás Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior Rua João de Abreu, 427 - St. Oeste CEP 74120-110 - Goiânia- GO Fone: (62) 3095-5155 contato@sinduscongoias.com.br SINROUPAS Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral de Goiânia Presidente: Edilson Borges de Sousa Rua 1.137, nº 87 - Setor Marista CEP 74180-160 - Goiânia - GO Fone/Fax: (62) 3088-0877 sinroupas@yahoo.com.br

SIFAEG Sindicato das Indústrias de Fabricação de Etanol no Estado de Goiás Presidente: Otávio Lage de Siqueira Filho Presidente-Executivo: André Luiz Baptista Lins Rocha Rua C-236, nº 44 - Jardim América CEP 74290-130 - Goiânia- GO Fone (62) 3274-3133 e (62) 3251-1045 sifaeg@terra.com.br SIAGO Sindicato das Indústrias do Arroz no Estado de Goiás Presidente: José Nivaldo de Oliveira Rua T-45, nº 60 - Setor Bueno CEP 74210-160 - Goiânia - GO Fone/Fax (62) 3251-3691 siagoarroz@hotmail.com

SINDICATOS/ANÁPOLIS Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A, Jundiaí, Anápolis/GO - CEP 75113-630 Fone/Fax: (62) 3324-5768 e 3324-5997 fieg.regional@sistemafieg.org.br SINDALIMENTOS Sindicato das Indústrias da Alimentação de Anápolis Presidente: Wilson de Oliveira sindalimentos@sistemafieg.org.br SICMA Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis Presidente: Álvaro Otávio Dantas Maia sicma@sistemafieg.org.br SINDICER-GO Sindicato das Indústrias de Cerâmica no Estado de Goiás Presidente: Laerte Simão sindicergo@sistemafieg.org.br SIVA Sindicato das Indústrias do Vestuário de Anápolis Presidente: Jair Rizzi siva@sistemafieg.org.br SINDIFARGO Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás Presidente: Heribaldo Egídio Presidente-Executivo: Marçal Henrique Soares sindifargo@sistemafieg.org.br SIMMEA Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis Presidente: Robson Peixoto Braga simmea@sistemafieg.org.br

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