7ª Edição da Revista Sintonia Universitária

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www.sintoniauniversitaria.com.br

SUSTENTABILIDADE

GERAÇÃO WEB 2.0

A “INTELIGÊNCIA COLETIVA”, UMA FORMA DE VIDA INTERATIVA, MUITO ALÉM DO COMPUTADOR

FLORESTAS AO SEU REDOR TÃO LONGE, TÃO PERTO DOS OLHOS

INTERCÂMBIO

NOVA ZELÂNDIA, UMA VIAGEM DE AVENTURA UM CONTRASTE CULTURAL FASCINANTE

Patrocinador :

Chris Flores

Protetora da Natureza: Edição nº7 nspirando Atitudes

Embaixadora das Nações Unidas

do Ano Internacional das Florestas no Brasil


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REPORTAGEM ESPECIAL

SUSTENTABILIDADE

Florestas: Tão longe, tão perto A importância da conservação das florestas do Brasil e do mundo para a sobrevivência das espécies de vida no planeta

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Intercâmbio

Nova Zelândia

Uma viagem recheada de aventuras e contrastes culturais fascinantes

56 MATÉRIA DE CAPA Entrevista com

Chris Flores

Embaixadora das florestas: Incentiva o desenvolvimento sustentável do Planeta com ações de educação ambiental 4

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GERAÇÃO WEB 2.0 “Inteligência Coletiva”

A evolução virtual está presente cada vez mais no cotidiano real das pessoas

ÍNDICE Mix ideias: Por Clayton Fernandes O ideário da sustentabilidade na conservação das florestas

Consciência: Por Rubens Barbosa Washington sem crédito

Mestres: Por Rita de Cássia Valente Ferreira Planejamento de ‘carreira’ universitária

Valores: Por Regina Migliori Cultura de paz, sustentabilidade e o cérebro ético ( I )

Com a palavra:

Por Carlos Eduardo Thomaz da Silva

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Coaching – O que é isso e pra que serve?

Notas Sustentáveis: Rio + 20, dicas conscientes e muito mais

Curtas mundo universitário: Pesquisa com universitários, DCE UNICAMP e muito mais

AÇÃO SOCIAL Sonhar Acordado;

ONG internacional busca realizar sonhos e desejos possíveis de crianças que estão em tratamento médico especial

Campinas como ela é: Cambuí Jogos universitários: O esporte como ligação entre o aprendizado e o lúdico

Mercado de trabalho: Mercado de trabalho aquecido em Campinas

Educação financeira: Resista às tentações de consumo

Literatura, cinema e artes: Livros, dicas de filmes e muito mais

Imortais da música: Rock in Rio X Swu e A criação do estilo eletrônico

Games: FIFA 12 & Pro Evolution Soccer 2012 Noite em foco: Cobertura de festas Universitárias

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Saúde: Benefícios do exercício físico Em foco: Florestas

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[MIX IDEIAS]

*Clayton Fernandes; Signatário dos Princípios Universais do Pacto Global das Nações Unidas - ONU, diretor executivo de comunicação no setor de Bens de Capitais, consultor de negócios, projetos e novas tecnologias, colaborador do programa de energia do governo do Estado de São Paulo, membro de grupo de estudo, do Banco Mundial, para a redução da pobreza, produtor e diretor do vídeo documentário “O Desafio da Sobrevivência” -TV Cultura de São Paulo, jornalista, empreendedor, comandante do Blog Políticas Visuais e Verbais - http://mixideias.blogspot.com

O ideário da sustentabilidade na conservação das florestas

*Clayton Fernandes

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o Brasil é comum as pessoas confundirem conservação ambiental com preservação, uma vez que a própria mídia divulga de forma errônea, via informações que recebem das organizações não governamentais estrangeiras, que é necessário preservar o planeta. No entanto, o homem precisa buscar formas sustentáveis de conservação da biodiversidade das florestas e do meio ambiente em que vive. Conservação é a administração de recursos naturais para fornecer o benefício máximo por um período de tempo estável. A preservação estabelece práticas que asseguram a proteção integral dos recursos naturais, ou seja, não se pode tocar e nem deixar qualquer tipo de pegada de carbono (medida de quanto cada pessoa polui o planeta) no processo de preservação ambiental, uma forma de engessamento sócio econômico. As Unidades de Conservação são áreas delimitadas do território nacional que contém recursos naturais de importância ecológica ou ambiental e, por isso, são especialmente protegidas por lei. A partir de então, são observadas suas características naturais e estabelecidos os principais objetivos de conservação e o grau de restrição à intervenção humana. Além das terras indígenas, atualmente, o Brasil possui várias categorias de unidade de conservação, definidas pelo Sistema Nacional de Unidade de Conservação. Acesse o site do Ministério do Meio Ambiente e leia documento sobre Unidades de Conservação em http://www.mma.gov.br na seção publicações. Qualquer ação que pretenda ter coerência com o ideário da sustentabilidade deve estar baseada no saber das populações tradicionais. São os índios, caiçaras, quilombolas, caboclos, ribeirinhos e extrativistas que detêm o conhecimento mais sofisticado sobre a história de usos das florestas, sua variabilidade geográfica, taxonomia (ciência que classifica os seres vivos), ecologia, usos e manejo das

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espécies de plantas e animais, entre outros conhecimentos fundamentais para uma tomada coerente de decisões. Na maior parte dos casos, a comunidade técnica e científica simplesmente os desconhece e/ou ignora. Felizmente o interesse técnico e científico nas etnociências (classificação dos homens em relação ao meio ambiente) tem aumentado velozmente nos últimos anos, como indicado pelo crescente interesse em eventos e instituições relacionadas com a etnoecologia (interação entre pessoas e ambiente). O Brasil precisa investir no setor de biotecnologia, tecnologia de insumos agrícolas, negócios verdes (ecoturismo, comércio de créditos de carbono, energias renováveis – PCHs Pequenas Centrais Hidrelétricas, Eólica e Biomassa), além de suas reformas institucionais, para conquistar uma política de desenvolvimento sustentável, com a atenção ao conservacionismo ambiental. Só haverá um futuro melhor respeitando as Leis ambientais, é preciso incentivar o homem que mora na floresta a viver em associações, ou cooperativismo, assim pode haver práticas de responsabilidade social com educação ambiental. Os que vivem nas cidades também precisam aprender a importância das florestas para a sua vida. Engessando as florestas, como a Amazônica, haverá o aumento de miseráveis, um maior número de analfabetos e mais violência na cidade e no campo. Hoje vivem na Amazônia Legal mais de 25 milhões de amazônidas. Se os silvícolas (nativos), maus servidos pelo poder público, estão passando fome, retirados de seu habitat por argumentos de ONGs preservacionistas, vêem migrando para periferias das cidades, gerando assim favelas e comunidades carentes. O que dirá da população de amazônidas engessada com esse tal preservacionismo internacional? É hora de refletir sobre conservação e não preservação das florestas – esta última amarra o desenvolvimento de uma nação!


A CAMisEtA

VAi CAir Muito bEM EM VoCê. E MElhor

AiNdA NA suA CoNsCiêNCiA.

VistA VoCê tAMbéM EssA CAusA. A cada 7 segundos, uma mulher é agredida em seu próprio lar. E somente com a sua ajuda conseguiremos mudar esse quadro. Colabore com o Fundo Nacional para a Não-Violência à Mulher.

Acesse o site e saiba como ajudar:

www.bemquerermulher.org.br Propague essa consciência.

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[CONSCIÊNCIA] [CONSCIÊNCIA]

Embaixador Rubens Antonio Barbosa – Mestre pela "London School of Economics and Political Science" (Escola Superior de Ciências Econômicas e Políticas de Londres). Embaixador do Brasil em Londres e em Washington. Secretário de Assuntos *Embaixador Rubens Antonio Barbosa – Mestre pela “London School of Internacionais do Ministério da Fazenda. É consultor de negócios e ocupa, entre Economics and Political Science” (Escola Superior de Ciências Econômicas outros, os cargos de Presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da FIESP, e Políticas Embaixador do Brasil e emMembro Washington. Membro do ConselhodedaLondres). Orquestra Sinfônica do Estadoem deLondres São Paulo. do Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério Fazenda. É consultor Gacint - Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USPda e de diversos outros e ocupa, entreresponsável outros, os da cargos de Presidente do Conselho conselhos.de O negócios Embaixador é o editor Revista Interesse Nacional e, Superior de Comércio Exterior da FIESP, Membro dode Conselho da eOrquestra também escreve ensaios regularmente para o Jornal O Estado São Paulo para o Globo, além de ter publicado três entre os quais sedo destacam: Sinfônica do Estado delivros, São Paulo. Membro Gacint - Panorama Grupo de Visto Análise de Londresda e The Mercosur Codes, publicado Institute International Conjuntura Internacional da USPpelo e de"British diversos outros of conselhos. O Emand Comparative Law" Britânico deda Direito Internacional e Comparativo). baixador é o(Instituto editor responsável Revista Interesse Nacional e, também escreve ensaios regularmente para o Jornal O Estado de São Paulo e para o Globo, além de ter publicado três livros, entre os quais se destacam: Panorama Visto de Londres e The Mercosur Codes, publicado pelo “British Institute of International and Comparative Law” (Instituto Britânico de Direito Internacional e Comparativo).

Um lugar na mesa principal Por Rubens Antonio Barbosa* | Foto: Luiza Sigulem

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Washington sem crédito

*Rubens Antonio Barbosa |Membro Foto: Luiza Sigulem alleyrand, notável político e diplofundador do GATT, da Nações

mata, serviu todos os regimes na Unidas e dos organismos criados em França de 1796 a 1830. Em um de seus Bretton Woods, depois da guerra (Banco os últimos os EUA foram vistos desempepaís está equipado para assumir o papel de lideranmomentos de ostracismo, convidado para 50 anos, Mundial e Fundo Monetário), um jantar na corte parisiense,como dirigiu-se a nha um ativo e construtivo a “nação líder do papel mundo livre”, por çanesses desempenhado até aqui pelos EUA. Nem a China, um lugar obscuro no final da mesa. Ouviuque de aceitavam organismos. como Européia, ou os países emergentes. muitos essa Participa liderança,doouG7/8,a União um dos convidados que seu lugar não era ali, convidado, e integra o G-20 financeiro com como “imperialista” - impondo sua vontade, escoraApesar de tudo e de todas as restrições políticas mas na mesa principal, o que motivou a forte presença nas discussões sobre goverda no poderio econômico, financeiro ou militar – seem relação aos EUA, muitos governos estão ajufamosa resposta: o lugar mais importante à nança global. Candidato declarado a um gundo os que contestavam a hegemonia de Washingdando mesa é aquele onde me sento. assento permanente no Conselho de Segu-os EUA a buscar soluções para a crise de sua O arrogante unilateralismo norte-americano, Os recursos, necessários para financiar Ocorreu-me esseton. episódio enquanto rança da ONU integra o grupo doseconomia. quatro participava de reunião de grupo composto com a Índia, o Japão Alemanha com vis- orçamentário americano no corrente ano respaldado pela mais poderosa máquina dee aguerra o déficit por importantes formuladores e executorese pelas tasvantagens a acelerar a reforma das Nações (14,3 Unidas.trilhões de dólares), estão sendo fornecidos, jamais construída da globalizade política externa, capitaneados por Henri O Brasil tem procurado se fazer ouvir ção financeira econômica e comercial, fez com que entrenooutros, por países como a China e Brasil, não Kissinger, recentemente, em New York. No processo de paz entre Israel-Palestina, na os EUA perdessem a exatamente seguidores encontro, foram examinados os principais questão do programa nuclear do Irã e na credibilidade e o resincondicionais de Waaspectos da conjuntura internacional, a ajuda aos países da África. Por iniciativa peito no concerto das shington. mudança do eixo político e econômico do brasileira, foram criados fóruns para o diáAtlântico para o Pacífico, a emergência nações, ao longoda dos logo entre a América do Sul e o Oriente MéPode parecer uma China, o conflito Israel-Palestina, Irã e as dio, e entre nossa região e a Ásia. A instituúltimos 10 oanos. afirmação difícil de conseqüências dos vazamentos de informaA crise que hoje cionalização do BRICS (Brasil, Rússia, India, aceitar por muitos, mas ções do wikileaks. China e África do Sul) e do IBAS (India, Brasil tanto afeta os mercao fato é que, em certo A mim foi proposto discutir se o Brasil e África do Sul) tornou mais forte a voz do dos no mundo inteiro sentido, jamais tivemos poderia ou não no processo decisório Brasil no contexto internacional. surgiu nos EUA da era um mundo mais unipomundial ocupar um lugar na mesa principal. A economia brasileira é a oitava do Bush, que, abalados econômico-financeira e politilar de que agora. nacional Sim, haja vista que crescente presença mundo em termos de produto bruto, lutam pelo critério do FMI. É visto como externa do Brasil ocorre hoje, agora sobretudo camente, na era Obama para controlar A volta do crescimento econômico, a restauração como potência agrícola A assispela habilidade de obter êxitos pelos valores a recessão e diminuir o desemprego e as perdasmundial. da do crédito internacional, a revitalização do comértécnica e financeira que o Brasil que defende, por sua cultura, pelaApesar ação de tência classe média. tudo os EUA continuaram cio global, a questão do nacionalismo econômico oferece aos países em desenvolvimento da moderada e moderadora, além da atitude no centro dos acontecimentos globais. e o protecionismo comercial na área econômica, a América Latina e África coloca hoje o país positiva para construir consensos, em É curioso notar o teste por que passa a teoria, coreestruturação do processo decisório global, polítientre os maiores doadores internacionais. outras palavras pelo seu "soft power". O mum nos meios políticos e acadêmicos norte-americorecoe econômico, financeiro e comercial, a forma de Brasil é um interlocutor indispensável nos Na reunião em New York, houve temas globais como comércio, meio ambinhecimento da solidez das credenciais canos, segundo a qual o mundo, para manter-se estáevitardonovos conflitos externos e o equacionamento ente/mudança de clima, direitos humanos, Brasil. Ficou claro que a comunidade intervel e avançar economicamente, necessitaria sempre dos atuais, tudo depende da ação dos EUA. Seja ela energia (renovável e,da agora com o pré-sal, nacional já está observando atentamente liderança do país mais importante e poderoso da positiva ou negativa. petróleo) e água. os movimentos do governo brasileiro.

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O Brasil é um interlo‘‘cutor indispensável nos temas globais como comércio, meio ambiente/mudança de clima, direitos humanos, energia (renovável e, agora com o pré-sal, petróleo) e água.

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época, como foi a Inglaterra, e agora, os EUA. A ironia em tudo o que estamos vendo acontecer é que nunca, nos últimos 50 anos, a potência dominante viu-se tão vulnerável e enfraquecida, enquanto a maioria dos países tanto dela depende para o fortalecimento da economia e para a busca de soluções negociadas para os principais problemas políticos, econômicos e financeiros globais. Estamos em um período de transição e nenhum

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Sabendo como os EUA colocam o interesse nacional acima de tudo, no momento em que a situação econômica se normalizar, a probabilidade é a de que o poderio de Washington volte a ser exercido, com estilo e tom diferente. Tendo só duas mãos e o sentimento do mundo, esperemos que, diferente de Drummond, ao amanhecer de uma nova era pós-crise, “esse amanhecer não seja mais noite que a noite”.


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[MESTRES]

*Profª Drª Rita de Cássia Valente Ferreira; Farmacêutica- Bioquímica, pela Universidade São Francisco (1990); Mestre em Microbiologia pela Universidade Guarulhos (1995); e Doutora em Imunologia pela Universidade de São Paulo (2005). Experiência docente desde 1990, atuando em cursos de graduação da área de saúde (medicina, odontologia, farmácia, enfermagem), e em cursos de nível técnico (biodiagnóstico). Presidente do Comitê de Ética no Ensino e Pesquisa da Fundação Municipal de Ensino de Bragança Paulista-SP. Supervisora nomeada pela Unidade Certificadora do projeto Escola de Fábrica financiado pelo MEC/FNDE. Membro da Comissão de Especialistas Relatores da Câmara de Educação Superior do Conselho Estadual de Ensino do Estado de São Paulo; Avaliadora e relatora do Conselho Estadual de Educação – SP.

Planejamento de ‘carreira’ universitária

*Por Rita de Cássia Valente Ferreira

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o terminar a graduação o universitário deve estar disposto a continuar os estudos. Mas por onde começar? Inicialmente, buscar qual será o foco do seu objetivo profissional após a conclusão do curso. O correto, antes de optar por um caminho, é avaliar e organizar ideias para uma vida profissional satisfatória, aumentando as chances de sucessos e diminuindo o % de erros e insatisfações na carreira. A conclusão de um curso de graduação é só o início de uma vida de escolhas, pois toda profissão nos dá um leque de opções e caminhos para seguir. O mercado de trabalho exige a diversificação de atividades cada vez mais apuradas. Quais seriam as opções para tornar o currículo pósfaculdade mais atrativo? A fluência e conhecimento da língua inglesa, hoje em dia não é mais opção, tornou-se obrigação. Os recém graduados perguntam se devem fazer mestrado, doutorado, ou seguir para o mercado de trabalho? A resposta só deve ser conclusiva após uma longa conversa sobre as pretensões futuras para a vida profissional. A pós-graduação ‘toma’ um longo tempo de dedicação e, muitas das vezes, esta é realizada longe do mercado de trabalho. Entenda o que isso significa: um recém formado opta por fazer mestrado em uma excelente universidade. Esse mestrando poderá ser contemplado com bolsa de estudos, por fontes de fomento científico. Um mestrado exige dedicação exclusiva, são quatro anos corridos de trabalho como bolsista, mas sem a experiência de mercado, sem registro em carteira e ao final desse período com a produção de uma dissertação, que poderá, ou não render artigos publicados em revistas de impacto, dependerá da qua-

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lidade do trabalho final. Óbvio que o mestrado traz experiências importantes, mas para quem quer atuar rapidamente no mercado de trabalho, sinceramente, esses quatro anos farão grande diferença na concorrência por uma vaga. Explico: um aluno formado na mesma faculdade do exemplo dado anteriormente após analisar friamente, o que queria de sua vida profissional, fez a opção por investir na diversificação de conteúdos e na aquisição de experiência de mercado. Pode planejar sua vida financeira. Entendeu a diferença? No primeiro caso a escolha não programada por um mestrado, que deveria ser um diferencial de excelência, tornou-se um motivo de estagnação profissional, pois não houve planejamento de carreira. O mestrado conduz à pesquisa, a docência universitária e exige continuidade, doutoramento, pós docs., publicações, enfim, exige dedicação e uma longa vida destinada à carreira e um planejamento maior das reservas vindas das bolsas de estudos, pois nelas não constam planos de saúde, férias, e demais benefícios trabalhistas. O Brasil ainda necessita criar e consolidar estímulos para a contratação de mestres e doutores em indústrias e empresas de desenvolvimento tecnológico para, com isso, ampliar o campo de atuação desses profissionais altamente capacitados e que constantemente se vêem migrando para outros países para exercerem a profissão de pesquisador científico, que no nosso país ainda é pouco reconhecida. A construção de uma vida profissional sólida deve ser baseada na constante busca de conhecimento e experiências. Pense nisso!


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[VALORES]

*Regina Migliori dedica-se a desenvolver o potencial ético e sustentável das pessoas, organizações e comunidades, integrando diferentes áreas de atuação; coordena o Núcleo de Pesquisas do Cérebro e da Consciência e o Laboratório de Neuro-Desenvolvimento vinculados ao Instituto Migliori e Fundação Douglas Andriani; é advogada, educadora, pós-graduada em Neuropsicologia, doutoranda em Epistemologia e História da Ciência na UNTREF em Buenos Aires; Conselheira do Portal Nós da Comunicação; Consultora em Cultura de Paz da Unesco; Professora da Fundação Getúlio Vargas; há mais de 20 anos vem aplicando sua metodologia para o desenvolvimento de modelos éticos e sustentáveis junto a empresas, governos e instituições do terceiro setor; é autora de livros, programas de e-learning, e articulista em diversos meios de comunicação. www.migliori.com.br

Cultura de paz, sustentabilidade e o cérebro ético ( I )

*Regina Migliori

Paz é um valor humano, e como tal é um princípio direcionador das nossas ações. Um ponto de partida para as inteligências humanas, fundamentado no respeito pelos diferentes. Não corresponde ao estado de inexistência de conflitos, e sim à capacidade de administrá-los. A paz também não pode ser compreendida de forma fragmentada, somente como um estado de espírito individual. Ou como um sistema autoritário de relações homogêneas, embasado na possibilidade de que todas as pessoas pudessem vir a sentir, pensar e agir da mesma forma, onde qualquer manifestação de diversidade, ou seja, qualquer conflito, é percebido como ameaça. Tampouco pode ser compreendida somente como antídoto à violência, pois seria reduzir uma postura criativa e transformadora a uma mera correção de rumos. Além disso, é um equívoco compreender a nãoviolência como uma perspectiva passiva, de omissão ou não-ação. Ao contrário, para atingirmos um patamar não-violento, temos que exigir de nós mesmos um altíssimo grau de exercício inteligente, criativo, competente e amoroso a fim de encontrarmos soluções não-violentas para os desafios que a vida nos apresenta. As respostas reativas ou de proteção, embasadas numa postura de ataque e defesa, são muito simples, primárias, correspondem a um patamar primitivo do comportamento humano, cuja tendência é ser superado pelas próprias exigências da nossa evolução. Como expressão inteligente de vida, seres humanos já sabem realizar algo mais do que somente reagir violentamente a uma ameaça. Estamos vivendo um momento em que percebemos movimentos simultâneos de globalização, e de

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busca das nossas raízes particulares. Sabemos que nossa identidade se constrói na relação com o outro, mas talvez nunca tenhamos nos relacionado com tantos “outros”, tão diferentes de nós. Ressurge a ênfase sobre a necessidade de construir parâmetros éticos como uma contribuição efetiva, não só para maximizar resultados sustentáveis, mas também para construir uma cultura de paz que garanta nossa sobrevivência como espécie. A ciência está integrando diferentes saberes em torno da noção de ser humano compreendido como uma estrutura de vida inteligente, complexa e dinâmica. Este ponto de vista nos impulsiona para uma ampliação do entendimento sobre a evolução humana. Aprendemos que sobrevive o mais apto, o mais adaptado, e aquele que sobrevive é o mais evoluído. Essa postura prevê o domínio sobre o ambiente percebido: um mundo concreto sobre o qual pretendemos estabelecer uma relação de domínio. Este é um poder exterior, que pode ser obtido de fora para dentro, testado, conquistado, negociado, enfim, compreendido em uma posição externa a nós mesmos. Estabelecido este espaço externo de poder, a tendência é protegê-lo, e atacar quem o ameaça - está assim instaurada a raiz da violência, sob os auspícios da mais acirrada noção de competitividade, onde vale tudo para ser “evoluído”.Será que temos ensinado isso nas nossas escolas? Esta é a abordagem que a nossa sociedade tem priorizado Porém, um modelo de evolução centrado no exercício do poder externo é um modelo falho para se aplicar à existência humana. Não somos somente um corpo em busca de sobrevivência, tentando dominar seu meio. Somos seres inteligentes, sensíveis e criativos.


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[COM A PALAVRA]

*Prof. Dr. Carlos Eduardo Thomaz da Silva, Ph.D. International Executive Coach - Psicólogo (Doutor em Psicologia Clínica Cognitiva pela Universidade da Califórnia, especialista nas áreas de Ansiedade, Humor, Coaching, Terapia do Luto e Cuidados Paliativos Psicológicos), Neurocientista, Cientista Social, Filósofo e Linguista. Atuação principal em Campinas/SP.

Coaching – O que é isso e pra que serve?

*Por Carlos Eduardo Thomaz da Silva

Vamos iniciar com a história do Coaching e dizendo o que significa, embora existam várias versões de como a Psicologia evoluiu do simples Aconselhamento Psicológico até o instrumento mais moderno de aconselhamento pessoal e organizacional chamado Coaching. Este termo vem do Inglês e significa “treinamento”; to coach significa treinar; coach significa treinador (como vemos nos jogos americanos, o Coach do time de basebol, de basquetebol ou de voleibol é o treinador do time). Então, Coaching é a atividade a que se submetem as pessoas que desejam orientação, aconselhamento e treinamento para desenvolver habilidades pessoais para o trabalho, para o estudo, para atividades pessoais ou mesmo para a carreira profissional. Nos Estados Unidos, iniciaram-se no século XIX os primeiros trabalhos realizados para desenvolver e treinar melhor os empregados das fábricas, e aconselhamentos educacionais, baseados no modelo comportamental. No século passado, surgem as teorias de Willian Mouton Marston. Foi com ele que surgiu o primeiro instrumento sério de aconselhamento psicológico, que era composto de um “psychological assessement”, isto é uma avaliação psicológica, que não ficava somente na avaliação, mas seguia orientando e desenvolvendo as qualidades encontradas na avaliação, obtendo resultados positivos significativos nas pessoas, em geral, trabalhadores, executivos, gerentes e estudantes que acabavam se tornando melhores em seus desempenhos profissionais e desenvolvendo ainda mais suas carreiras. Ele desenvolveu o modelo DISC (Dominance, Influence, Steadness e Concientiousness), que traduzido significa Dominância, Influencia, Estabilidade e Consciência/atenção/diligência.

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Com brevidade apresentamos um pouco do que pode ser desenvolvido com a aplicação do DISC no Coaching: - dar ênfase na modificação do ambiente e na persuasão das pessoas envolvidas neste ambiente com o fim de atingir os resultados necessários. Dar ênfase nas formas de cooperação em trabalho de equipe levando-se em conta as circunstâncias para poder enfrentar as situações e obter êxito nas tarefas a serem desempenhadas. Dar ênfase no trabalho/estudo/outra atividade, de forma consciente, atenta e diligente, para a obtenção do resultado desejado e esperado. Para que estas ênfases possam ser desenvolvidas, o paciente passa pelas avaliações comportamental, cognitiva e de personalidade, para que o Coach possa atuar especificamente nas lacunas que estão fazendo com que o desenvolvimento não esteja ocorrendo e melhorar ainda mais os atributos positivos do paciente. Existem técnicas específicas de Coaching para que os jovens possam enfrentar de forma segura, assertiva e objetiva o famigerado VESTIBULAR! Para tanto, o Coaching deve ser iniciado já na 1ª série do segundo grau, com consultas preparatórias para o Coaching na 2ª série do segundo grau e, então sim, um Coaching semanal para o acompanhamento durante toda a 3ª série do segundo grau. O mesmo vale para quem vai fazer o “cursinho” preparatório para o ingresso à faculdade. Há também técnicas de Coaching para quem já formado na faculdade, deseje continuar sua carreira, com orientações específicas de como atingir os objetivos profissionais desejados. Em resumo, o Coaching vai preparar e treinar o paciente para que possa atingir seus objetivos pessoais, profissionais, educacionais e sociais.


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[NOTAS SUSTENTÁVEIS]

Rio+20

A Conferência Rio+20, a realizar-se em junho de 2012 na cidade do Rio de Janeiro, terá dois eixos temáticos: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e o arcabouço institucional para o desenvolvimento sustentável. Para Leisa Perch, especialista em políticas públicas e coordenadora da área de Desenvolvimento Rural e Sustentável do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), “O Rio+20 não pode ser business as usual” (o mesmo jeito de fazer negócios de sempre)”, o que muita gente chama de sustentabilidade não passa de uma maneira de sustentar o business as usual, mas com uma boa camada de tinta verde por fora, de forma a aumentar sua aceitação.

DICAS CONSCIENTES

Escove os dentes de torneira fechada:

Tome banhos mais rápidos:

Se em uma cidade com cerca de 1,4 milhão de pessoas, aderisse à ideia, em oito dias seria poupada a quantidade de água suficiente para abastecer um dia inteiro de uma cidade com cerca de 404 mil pessoas.

Se metade das famílias de uma cidade de 100 mil habitantes reduzisse o tempo de chuveiro aberto de 10 minutos para a metade no banho diário, economizaria água para abastecer toda a cidade por quase dois meses; e ainda pagaria uma conta mais barata.

Não deixe água pingando: Com essa prática, em um ano, você economiza pelo menos 16 mil litros de água.

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Para cada churrasco, plante uma árvore: A produção de um quilo de carne emite 3,7kg de CO2;; então para um churrasco de 100 pessoa, em média 50kg de carne, são emitidos 185 quilos de CO2, quantidade equivalente ao que uma árvore da Mata Atlântica utiliza em seu crescimento em 37 anos. Isso, só para equilibrar o gasto com a carne, ainda temos o impacto do transporte, carvão, e todo o lixo produzido.

Faça a revisão da vedação de sua geladeira: Isso evita que o frio saia da parte interna e o calor entre, exigindo que a geladeira trabalhe mais para resfriar. (fonte: http://www.akatu.org.br)


Lixeira eco

Designer industrial de Washington desenvolve projeto que transforma lixeiras em ferramentas de decoração através de um trabalho feito à mão. De acordo com o inventor do projeto Steelplant, que está na segunda edição, a ideia surgiu da preocupação com a saúde do planeta que nos faz buscar formas de minimizar o impacto causado pela vida humana. Segundo ele, “todos os materiais de embalagem podem ser reciclados ou compostados”. As lixeiras podem ser compradas através do site: http://steelplant.net/.

Carregador

Sustentável

Um novo conceito de carregador sustentável para iPhone foi criado, especialmente, para ciclistas. O gadget SpinPOWER 14 utiliza a força da energia cinética para gerar eletricidade. Um dínamo conectado na roda da bike transforma a energia mecânica, produzida pelas pedaladas, em energia elétrica que é transmitida por um cabo para recarregar a bateria do celular.

Arte nas

Profundezas das águas A exuberante cidade de Cancun, no México, não apenas no apresenta uma maravilhosa paisagem à superfície, mas também nos encanta com um verdadeiro tesouro escondido nas profundezas de suas águas límpidas e cristalinas. Submerso no Parque Marinho de Cancun está instalado o MUSA – Museu Subaquático de Arte, aberto ao público que procura se encartar com as mais variadas exposições que nos apresentam uma visão diferenciada da arte e da história. Uma das mais fantásticas é a “Evolução silenciosa”, Jason De Caíres, o responsável pelas exposições, apresenta as mudanças e transformações dos seres humanos ao longo do tempo.

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[entrevista]

Chris Flores

Embaixadora das florestas: Incentiva o desenvolvimento sustentável do Planeta com educação ambiental.

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Por Clayton Fernandes Christiane Flores é jornalista, colunista e apresentadora de TV, nos programas Hoje em Dia (TV Record) e Ressoar (Record News). Em 2011 foi nomeada pela ONU (Organização das Nações Unidas) como Embaixadora do Ano Internacional das Florestas no Brasil. Acompanhe a entrevista exclusiva da Sintonia Universitária com a Chris Flores.


Sintonia Universitária - Como é ser homenageada pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o título de Embaixadora do Ano Internacional das Florestas no Brasil? Chris Flores: Foi uma grata surpresa e uma honra para mim. Na ocasião eu havia sido convidada como a hostess da Conferência do Ano Internacional das Florestas, realizada pelo Instituto Humanitare. No início do evento, de surpresa, fui nomeada Embaixadora da ONU para o Ano Internacional das Florestas. Esse título de nível internacional conferido a mim foi o melhor reconhecimento do meu trabalho, ele significa muito trabalho pela frente e também um empenho grande de atuação junto a um processo de seriedade e de profissionais renomados que são vinculados as Nações Unidas. S.U. – Qual a importância que as florestas exercem sobre a vida das pessoas e sobre o desenvolvimento do ecossistema? Chris Flores: A floresta é a chave da vida. É das florestas que os homens retiram matérias- primas, alimentos, medicamentos, água, enfim todo tipo de insumos pertinentes a manutenção do estilo de vida social da humanidade. Desde aldeias de índios ‘escondidas’ nos rincões do mundo em meio à natureza até os grandes centros urbanos, os homens precisam das florestas para sobrevivência. Visitando o Estado do Tocantins (Amazônia legal), como embaixadora, assisti de perto um pouco da história da natureza do interior do Brasil. No distrito de Bielândia, município de Filadélfia, estive no Monumento Natural das Árvores Fossilizadas, são 32.152 hectares de terra com árvores petrificadas, fósseis de uma espécie vegetal que existiu há mais ou menos 250 milhões de anos atrás. Um sítio arqueológico descoberto por alemães, com cenário visual

parecido com crateras lunares, que já teve furtado cerca de 3 toneladas de pedras fossilizadas com alto valor no mercado internacional. Os nativos da região não sabiam o valor dessa floresta petrificada. Esse exemplo deixa claro que a floresta, mesmo morta, ainda é capaz de gerar riqueza para a sociedade, ou seja, tudo é aproveitado, até a sua petrificação é tida como material de valor para o homem. S.U. – O que fazer para incentivar a conservação sustentável do meio ambiente? Chris Flores: Durante um tempo não sabíamos como atuar nessa questão de sustentabilidade, nem sequer tínhamos noção do que se tratava, haja vista que o tema é novo! Hoje temos informação, conhecimento e ferramentas para mudar o mundo. É mais fácil praticar queimadas, criar gado de forma predatória, jogar esgotos nos rios, ou não se preocupar com o destino adequado do lixo doméstico, hospitalar e industrial. Parece complexo cuidar do planeta, mais é uma conta fácil de fazer, um dia a fonte da natureza vai secar, e para que não cheguemos lá à educação ambiental é uma saída. Não é possível discutir o tema florestas, sem antes ensinar as crianças da importância do meio ambiente e educá-

las não só para o plantio de uma árvore, mas também como preservar a natureza e a vida. As pessoas que vivem no entorno das florestas precisam de mecanismos (tecnologias) para o desenvolvimento sustentável e treinamento de mão de obra. A população que mora na floresta e depende da floresta necessita de educação ambiental. Nós que moramos longe das matas, também dependemos das florestas e, portanto, temos que buscar a educação ambiental. Sejamos conscientes, com mobilização social é possível união e apoio a natureza, tanto as pessoas que vivem nas florestas, como as que estão nos grandes centros podem ser tornar guardiões das florestas, com ação de educação ambiental. S.U. - A cidade do Rio de Janeiro teve a floresta da Tijuca reflorestada por D. Pedro II. É possível reflorestar as grandes cidades do Brasil? De que forma apoiar o reflorestamento adequado às áreas urbanas? Chris Flores: É possível sim. Eu acredito que é super possível. Entre minhas ações como embaixadora é um projeto que pretendo realizar, reflorestar áreas urbanas de grandes centros. É importante que as pessoas das ci

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[entrevista] A questão ambiental é de todos e não apenas de uma determinada facção da sociedade civil, todos são responsáveis pelas florestas e seu ecossistema

dades saibam como cuidar da natureza, em específico vou incentivar para que todos tenham uma árvore ou uma plantinha em casa. Na cidade de São Paulo estou viabilizando uma parceria de plantio de árvores com a Secretaria de Meio Ambiente municipal. A ideia é plantar e cuidar depois! Vamos levar o projeto para as escolas públi-

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cas da cidade, além de praças e parques. O projeto de plantio de árvores, com a Prefeitura de São Paulo, requer planejamento de local adequado ao recebimento de mudas, controle de plantio e manutenção da árvore durante o seu crescimento. Pensamos em trabalhar unidos com sociedade civil, governo e iniciativa privada. A mobilização de reflorestamento em São

Paulo se dará com aportes das empresas privadas, na compras de mudas, e o governo com o de gestão na liberação de locais e suporte técnico para os plantios das árvores. Em Campinas também é possível realizar reflorestamento, não só em Campinas como também nas cidades em seu entorno, ou em qualquer município do Brasil. Na grande Campinas há empresas mobilizadas com marcas ambientais. É certo de que ainda muitos governantes e empresários vêem ações ambientais, de reflorestamento, como um ato de gastar dinheiro, mas logo vão perceber que se trata de investimento. S.U. – Como as pessoas podem participar do Ano Internacional das Florestas? Chris Flores: Plante uma árvore, cuide das praças e de seu ambiente social. Creio que as pessoas podem colaborar naquilo que elas mais se identificam, como por exemplo; quem gosta de ensinar pode ajudar crianças e adultos com educação ambiental. Os que usam redes sociais serão bem vindos na divulgação de eventos, ações e trabalhos socioambientais. Há os que têm condição de cuidar dos povos das florestas, como os engajados em ONG´s e instituições privadas e governamentais. Agora se houver uma pessoa que não saiba como participar, procure alguém que já faz alguma coisa pela natureza. Existe a possibilidade também de você ajudar dentro do seu próprio universo, se acaso tenha um restaurante, que tal fornecer alimento a voluntários que estejam fazendo um dia de plantio em sua rua ou bairro? O que importa é participar de alguma forma, as pessoas precisam perder o medo e sair em campo para ajudar a mudar o meio ambiente de forma prática e sustentável, como criar um pomar, uma horta, plantar uma árvore na sua rua. S.U. – De que forma é possível diminuir o desmatamento das florestas e manter o crescimento desenvolvimentista da nação? Chris Flores: Com sustentabilidade! É necessário que haja a valorização do tema, ser sustentável, como forma de investimento na cadeia produtiva empre-


sarial. Ou você entende o que é ser sustentável, ou fica de fora do mercado mundial. S.U. – Qual é a sua árvore, ou planta predileta? Chris Flores: Laranjeira, Pitanga, Romã, Bambu, mas a minha árvore predileta é o Ipê roxo. Tenho o Ipê roxo como predileto, pois se pode dizer que essa árvore faz a diferença no cotidiano das pessoas, que vivem em cidades como São Paulo, com a sua sombra e condicionamento do ar, além de sua exuberância e beleza única. O Ipê roxo provou às pessoas a forma de sobrevivência, mesmo com as diversidades dos grandes centros urbanos, como a poluição do ar e a falta de espaços nas calçadas e canteiros pavimentados, lutando pela vida. S.U. – O tema florestas deixou de ser um assunto só de ambientalistas e está chegando à sociedade em geral? Chris Flores: As pessoas estão olhando para as florestas de forma diferenciada. Como cidadão brasileiro de bandeira em punho, temos sim que ser nacionalistas e cuidar do que é nosso e também do que ‘sobrou’ das árvores em outras partes do mundo. A questão ambiental é de todos e não apenas de uma determinada facção da sociedade civil, todos são responsáveis pelas florestas e seu ecossistema. Por exemplo, todo ano, o Instituto Ressoar realiza um dia solidário, onde os artistas e colegas da TV Record se entregam de ‘corpo e alma’ a um ato de solidariedade em prol do próximo. Em 2011 o tema da campanha social é “Ressoar Verde”, que tem o apoio da ONU. As atividades do Ressoar Verde são voltadas ao meio ambiente; como plantios de árvores em parques e praças, educação ambiental, responsabilidade social e ações ecologicamente corretas, como reciclagem de materiais, economia de energia e consumo consciente.

S.U. – E o novo Código Florestal, o que você tem a dizer sobre ele? Chris Flores: Eu sou contra da maneira como ele foi apresentado, não houve discussão com a sociedade. Há muito interesse político, institucional, empresarial e comercial por de trás da Lei do novo Código Florestal. Parece que a atenção política está mais voltada para o lado comercial do que para as questões ambientais. O ato de anistiar quem desmatou no passado é algo a ser discutido com a sociedade de forma mais clara e mais apurada. O texto da lei deve ser simples, porém completo e justo para com os interesses sociais, econômicos e ambientais, e igualitário. Se o código for aprovado é como uma viagem sem volta, para mudar depois, dá trabalho. É preciso que a sociedade se mobilize para entender melhor o que se trata cada item da lei contida no código. Mobilizações através de abaixo assinado por e-mail e redes sociais tem surtido resultados animadores no mundo ocidental democrático. A mídia brasileira não sabe e não tem interesse no tema, a não ser quando o assunto gera polêmica e dá audiência, os veículos de comunicação só deram atenção ao novo Código Florestal no momento que surgiram contraposições e discussões acirradas em meio a Câmara dos

Deputados e no Senado, só assim para a mídia pautar a questão. Em meio a guerra de interesses comerciais e ambientais. S.U. – Então nomeada embaixadora, o que dizer do slogan; Florestas Tão longe, tão perto? Chris Flores: No cargo de embaixadora do Ano Internacional das Florestas (2011), nomeação esta que será estendida para os anos de 2012 e 2013, não deixarei morrer esse tema, a sociedade está percebendo que ser sustentável é ser viável. Hoje as florestas estão sendo discutidas com mais delicadeza e mais profundidade pela sociedade civil, empresas e governos. Desde criança é preciso entender como uma plantinha nasce e cresce, entender sobre os animais, o valor da vida, de onde vem água, por que é importante preservar a floresta com relação à água e o seu ecossistema. As instituições vêm agregando valor em suas cadeias e linhas de produção e serviços. Florestas tão longe, tão perto; pode parecer um ambiente distante das pessoas que vivem nas cidades mas, porém, ela está perto e presente no dia-a-dia de todos nós, a sua inexistência causaria sérios problemas para a sobrevivência de vida na Terra.

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[CURTAS MUNDO UNIVERSITÁRIO]

Sintonia apresenta trechos de pesquisa inédita com universitários brasileiros Com o objetivo de mapear a vida social, econômica e acadêmica dos estudantes de graduação presencial das universidades federais, o Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE), através da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), realizou em 2010 uma pesquisa socioeconômica acadêmica junto ao universo dos universitários no Brasil.

Perfil nacional de entrevistados: • Estudantes de graduação das Universidades Federais • Cursos: 3.262 | Estudantes: 656.167 | Idade média: 23 anos

• As mulheres continuam sendo o grupo predominante em todas as regiões, com um percentual nacional de 53,5%. Este percentual praticamente não se modificou desde 2004, que era de 53% .

• É notável o envolvimento de estudantes em atividades acadêmicas. Em relação a 2004, aumentou de um quinto para um terço o contingente de estudantes que exerce alguma atividade acadêmica remunerada nas Universidades Federais, sendo o estágio (10,7%) a modalidade mais difundida. • Quase metade dos estudantes vivenciou crise emocional no último ano. Dificuldades de adaptação a novas situações envolvendo, por exemplo, adaptação à cidade, à moradia, ou separação da família, entre outras, foi reportada como significativa por 43% dos estudantes.

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• O restaurante universitário situa-se em lugar de destaque como o mais importante equipamento para promoção da permanência dos estudantes, uma vez que 15% do universo dos estudantes utilizam os programas de alimentação, sendo os estudantes das classes C, D e E os mais beneficiados por estes programas.

• A educação continuada já faz parte dos planos da maioria dos estudantes (64%) em todo país. Destes, 19% pretende se dedicar exclusivamente aos estudos após a graduação e 55% pretende conciliar trabalho com educação continuada. A maioria dos estudantes pretende trabalhar exclusivamente na área em que se graduou e cerca de um quarto admite trabalhar em outras áreas. • O apoio psicológico é procurado por 29% dos estudantes, o que retrata a importância da oferta deste serviço nas Universidades Federais.

• As bolsas de permanência e os programas de transporte atendem a 11% e 10%, respectivamente, do universo dos estudantes, figurando entre os principais programas de permanência. Os estudantes das classes C, D e E (43,7%) têm prioridade nessas ações da política de assistência estudantil. Entretanto, mesmo sendo os mais beneficiados por estes programas, ainda não são adequadamente atendidos em suas necessidades.

• Os estudantes têm baixa participação social, artística, cultural e política. A participação periódica no movimento estudantil (5,8%) e em movimentos ecológicos (4,5%) é considerada muito baixa. A baixa participação em atividades artísticas e culturais pode ser um reflexo da baixa oferta destas atividades nas Universidades Federais em geral.

• Trinta e quatro por cento dos estudantes declaram não fazerem uso de álcool, enquanto 14% fazem uso frequente. Os fumantes representam 14% do universo dos estudantes e os que fazem uso de drogas não lícitas, 6%. Este cenário aponta a necessidade de ampliar grandemente as ações de combate nestas áreas.


Lançamento

AAAPMF

Professores da ESAMC Campinas celebram Lançamento do Livro: Inovação e Métodos de Ensino para Nativos Digitais, que tem como autores, entre outros, os professores da instituição Eliane El Badouy Cecchettini, Marcelo Augusto Scudeler e Sylvia Helena Furegatti.

A Associação Atlética Acadêmica de Propaganda e Marketing FACAMP (AAAPMF) criou em 2010 o departamento Social, responsável por dois projetos de sucesso – Projeto Tigrinhos – em 2010 arrecadou brinquedos para a creche Semente da Vida - e o Projeto PP e você ajudando o próximo – em 2011, com doação de agasalhos para o Lar dos Velhos. Prepare-se: em Outubro de 2011 a AAAPMF realizará um evento social ainda não visto em Campinas. Será maravilhoso!

DCE UNICAMP Estudantes da UNICAMP e moradores de Barão Geraldo promoveram ato contra a violência sexual pelas ruas do distrito. Atividade visa reafirmar necessidade do debate acerca o combate à opressão e à violência dentro e fora da universidade. De acordo com o registro da Promotora

Legal Popular, Magali, “a cada 13h é registrado um estupro em Campinas”, e “o único hospital na região metropolitana de Campinas que tem atendimento especializado para violência contra a mulher é o CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher – localizado na Uni-

camp)”. O ato contou com mais de 1000 participantes que protestaram pelas principais ruas de Barão com frases de efeito como: “Nossa luta é todo dia! Mulher não é mercadoria!”.

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[CURTAS MUNDO UNIVERSITÁRIO]

A 14ª Semana de Engenharia Química A Semana de Engenharia Química - SEQ é um evento anual que ocorre na Faculdade de Engenharia Química da Unicamp. Em sua décima quarta edição, o evento recebeu um público aproximado de 250 pessoas e teve como tema “Saia da rotina”. Em 2011, a SEQ apresentou conteúdos para os alunos de graduação e pós-graduação, tendo atividades como: palestras, cursos e visitas a fábricas, com o intuito de trazer o que há de mais inovador nas diversas áreas em que o engenheiro químico pode atuar; além da feira de recrutamento e das palestras das empresas patrocinadoras, visando aproximar os par-

ticipantes do mercado de trabalho. A responsabilidade sócio-ambiental é uma realidade empresarial, e não obstante a esse contexto, a 14ª SEQ aliou-se à necessidade do desenvolvimento sustentável e, assim, esta edição inovou com a neutralização total das emissões de carbono do evento, além da realização de uma feira de recrutamento externa, no qual foi possível aumentar o número de empresas participantes e o número de visitantes, que possibilitou um espaço para atrações como fotos instantâneas com FunClick e degustações de cafés da Nestlé. Nesta 14ª da SEQ o Lar Evangélico Alice

Universidade de Campinas é líder em inovação e patentes

De acordo com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em seu último levantamento divulgado em julho de 2011, a Unicamp é detentora do título de maior universidade inventora do Brasil. O estudo que avalia os pedidos de patentes depositados entre 2004 e 2008, realizado por pesquisadoras do INPI, aponta que a Unicamp possui 272 pedidos de patentes depositados no Brasil, o que a coloca a frente das demais instituições de ensino do país. A Petrobrás é a empresa que lidera o ranking de pedidos, com 388. FONTE: JORNAL DA UNICAMP

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de Oliveira foi a instituição beneficente que prestigiou o evento com sua visita. Na oportunidade os participantes da SEQ puderam interagir com as moradoras do lar e doaram 8% do valor de todas as inscrições do evento, revertido em alimentos não perecíveis. Não deixando de lado a vida universitária, houve uma festa no dia 03 de agosto no Espaço Mog de Campinas com a dupla sertaneja André Luis & Rafael e DJ Régis Sandes, além do tradicional churrasco no último dia do evento, que teve a participação do DJ Marco e distribuição de Red Bull durante a competição Stock Car – Red Bull.


Graffiti é tema de workshop e palestra na Facamp Atlética da Facamp (Faculdades de Campinas) promoveu um workshop e uma palestra de graffiti com Gustavo Nenão. O evento, foi idealizado pela Atlética Acadêmica de Propaganda e Marketing - Faca com o objetivo de trazer complemento à formação universitária dos alunos. De acordo com Danilo Victor, Presidente da Faca, estiveram presentes cerca de 150 estudantes e as atividades como o workshop e palestras sempre são oferecidas pela Atlética como uma tentativa de levar o lúdico e a interatividade para a vida dos alunos. Assim, os universitários podem deslumbrar novos horizontes quanto sua profissão através de atividades que agregam a sua formação e vão além dos ensinamentos da sala de aula. .

Em Ano Internacional da Química (AIQ 2011), Unicamp recebe quatro laureados com o prêmio Nobel de Química Ei-ici Negishi (Nobel em 2010), Ada Yonath (2009), Richard Schrock (2005) e Kurt Wüthrich (2002), vêm acompanhados por mais de 10 palestrantes brasileiros e estrangeiros em posição às fronteiras das pesquisas nas áreas químicas sobre “Produtos Naturais, Química Medicinal e Síntese Orgânica’’; é o maior evento comemorativo acerca do tema no Brasil. O Ano Internacional da Química tem iniciativa da Unesco, aprovada em Assembléia da ONU e tem o apoio da IUPAC – União Internacional de Química Pura e Aplicada. A proposta é mudar a imagem distorcida que associa esta ciência a malefícios à saúde riscos ao meio ambiente. FONTE: JORNAL DA UNICAMP

FEIA 12

De 24 de setembro a 2 de outubro acontece o Décimo Segundo Festival do Instituto de Artes - FEIA 12, da Unicamp. O evento é uma iniciativa dos estudantes de Artes Cênicas, Dança, Artes Visuais, Midialogia, Música e Arquitetura da Universidade Estadual de Campinas e chega a sua 12ª edição com uma programação voltada para cultura e sua política e difusão social no Brasil. Entre os destaques do evento, o Fórum

de Produção Cultural que trará ciclos de debates sobre cultura com os temas:Políticas Culturais,Cultura Digital, Gestão de Carreiras Artísticas, Mercado e Cultura e Produção Cultural Universitária. Para os dias do evento devem marcar presença nomes como Célio Turino (exsecretário de Cultura de Campinas e responsável pela Lei Cultura Viva), Cláudio Prado (Casa da Cultura Digital) , Ricardo Rodrigues (diretor da Rádio UFSCar), entre

outros expoentes da cultura nacional. A programação inclui ainda oficinas, mostras de dança e teatro, apresentações musicais, exibições de filmes, festas em bares, intervenções e exposições artísticas. A abertura do FEIA 12 acontece no dia 24 de setembro, às 14h, na Concha Acústica do Taquaral. Mais informações e a programação completa pode ser encontrada no site do evento www.feia.art.br.

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[CAMPINAS COMO ELA É]

Cambuí

Conheça um pouco da história de um dos bairros mais tradicionais e queridos de Campinas Texto e Fotos: Roniel Felipe

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elos carros, restaurantes charmosos, lojas arrojadas, apartamentos vistosos, pessoas elegantes e todo o glamour de uma área considerada nobre em uma metrópole em seu incessante crescimento. Essas são algumas das muitas atrações do Cambuí, um dos mais tradicionais e conhecidos bairros de Campinas. Ruas como Maria Monteiro, Barreto Leme, Coronel Quirino recebem diariamente a visita de centenas de cidadãos, mas poucos realmente conhecem as origens da região que faz vizinhança e delimita parte da região central

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do município. O Cambuí (Myrciaria tenella) é uma vistosa árvore da família das mirtáceas, bastante comum nos tempos em que os tropeiros bandeirantes chegaram a Campinas, no longínquo século XVIII. Naquela época havia um vistoso bosque de Cambuís (nas imediações atuais da Rua Coronel Quirino) que serviu de inspiração para que viajantes oriundos da região de Sorocaba, São Paulo e Jundiaí apelidassem o local com o mesmo nome da árvore que faz parte da família da goiabeira, da jabuticabeira, da pitangueira e do eucalipto tinhoso.

Com a construção de uma estrada férrea, que colaborou com a chegada e instalação de famílias de fazendeiros em Campinas, a sina de o Cambuí ser um bairro de ricos ganhava força. Se hoje, o bairro é sinônimo de status e poder, outrora foi o refúgio de prostitutas e ex-escravos que ocupavam cortiços e espaços desvalorizados que, aos poucos, foram ocupados pelos burgueses vindos de cidades como Itu, Porto Feliz, Taubaté, entre outras (esse processo, mais tarde, deu origens as favelas e os bairros populares de Cam-


pinas). A arquitetura de alguns casarões, ainda presente em ruas como Boaventura do Amaral e Padre Vieira é a verdadeira prova vivas do passado campineiro.

Sem diferenças para os diferenciados Recentemente, o bairro de Higienópolis, uma das mais nobres áreas de São Paulo, foi palco de uma grande polêmica. Alguns moradores da região mostraram-se contrários a construção de uma estação de metrô nas imediações. A justificativa encontrada por alguns cidadãos era que a ação governamental resultaria no ingresso de “gente diferenciada” (pessoas de classes sociais inferiores aos dá área onde predominam moradores das classes A e B) na vizinhança. Segundo a campineira Ana Carolina Rizzi Oliveira, 24 anos, embora o Cambuí seja conhecido como área nobre, a situação é bem diferente. “O bairro por si só já agrada os olhos. Além disso, o teatro do centro de convivência acaba atraindo pessoas de várias regiões de campinas, bem como a feira de artesanato e também os conhecidos barzinhos”, explica a jovem moradora do Cambuí. Criada no bairro, a estudante de Administração de Empresas da Veris/Metrocamp recorda com saudosismo a sua infância. “O que mais me recordo é de quando o teatro de arena do Centro de Convivência recebia várias atrações artísticas, das tardes no parquinho da Praça Santa Cruz e de brincar na Rua Padre Almeida de pega-pega, patins e outras coisas com a galerinha do bairro”, diz. Embora

more do outro lado da cidade, no Jardim Campos Elíseos, a assistente de projetos Samira Dias tem a mesma opinião que Ana. “O bairro é frequentado por todo tipo de gente, pois há muita variedade. Há desde bares caros até botecos. Há opções para todos os tipos de bolsos”, relata. Como muitos jovens de Campinas e de cidades vizinhas, Samira conhece bem os points do Cambuí. “Gosto do Grainne’s Irish Pub, pela variedade de cervejas, embora ache caro e curto muito o Sí Señor, pela comida”, conclui. O universitário Felipe Freire Gama, que passa a maioria dos seus dias na cidade de Limeira, onde cursa o quarto ano de Análise de Sistemas, é outro ávido frequentador do bairro. “Gosto muito do Cambuí porque há bares onde a cerveja é barata. Um dos meus paradeiros prediletos é o NaLata Bar, onde geralmente vou com a

Dança, esporte, cultura e muito mais Além de ser um centro gastronômico que atrai um grande número de pessoas durante os finais de semana, o Cambuí também brinda seus visitantes com casas noturnas das mais variadas vertentes e estilos musicais. A estudante de pedagogia da Unip, Cristiane Zanolini, está entre as campineiras que adoram a agitada noite da área. “Gosto muito do Armazém 31, tanto aos sábados quanto nos domingos. Além de curtir um pagode lá encontro os meus amigos”. Os esportistas também não ficam na mão, já que o Cambuí é sede de dois dos mais tradicionais clubes do município, o Clube Campineiro de Regatas e Natação e o Tênis Clube de Campinas, localizados na avenida Coronel Silva Telles e na rua Coronel Quirino, respectivamente. Para complementar as opções há feiras, atividades físicas gratuitas, igrejas e diversas opções culturais que fazem do Cambuí um dos xodós dos campineiros, independente de status social.

galera do trabalho. Também curto a padaria Romana, o café Starbucks e as temakerias”, revela o estudante de 24 anos.

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[JOGOS UNIVERSITÁRIOS]

O esporte como ligação entre o aprendizado e o lúdico Festas, barracas, música e diversão. Para muitos os tão esperados jogos universitários se resumem a alguns dias de fuga da rotina com os amigos da faculdade. Já para outros, os jogos são sinônimo de muito trabalho e dedicação. Por Ana Paula Pereira

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ma vez por ano, universitários de um mesmo curso e/ou área de estudo se reúnem em uma cidade para competir em modalidades de futebol, basquete, rugby, tênis, natação e outros esportes. O que, no entanto, parece ser simplesmente festa, é na verdade uma forma de integração entre jovens estudantes. “É preciso ver os jogos universitários como processo de ligação social de alunos, pois muitos só se conhecem nessa oportunidade. A universidade não pode ser um espaço apenas de apren-

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dizado robotizado, o lúdico tem que estar presente no cotidiano universitário”, afirma Otavio Antunes, ex-presidente da Atlética de Comunicação e Artes da PUC-Campinas.

Falta de informação Ao contrário de outros países, no Brasil os jogos universitários ainda são vistos com muito preconceito. De acordo com Lucas Beltrame, ex-presidente e membro do conselho da Associação Atlética e Acadêmica de Direito Facamp - XXVIII de

Maio de 2004, a ausência de informação e a consequente marginalização dos jogos resulta na falta de apoio e investimentos da própria universidade e de outras empresas e instituições. “A maior dificuldade em organizar jogos universitários é sem dúvida a falta de apoio, pois na maioria das vezes as empresas olham para os jogos universitários com desprezo, devido à total falta de conhecimento, com isso o problema financeiro se acentua em cada edição. Organizar os jogos é muito difícil,


Foto: Lucas Vital - Jogos Jurídicos Estaduais - Atlética Direito Puccamp

Bolsas de estudo

Integração social

Exceção a regra, algumas universidades dispõem de bolsas de estudos para os alunos que participam de treinos para os jogos, numa forma de oferecer um complemento ao ensino acadêmico e a valorizar o esporte como uma prática de alto caráter social. É o caso da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que possui nomes como Oscar Schmidt, entre os ex-alunos que representaram a instituição em competições universitárias.

Além de integrar os alunos no ambiente universitário, os jogos ainda podem ser vistos como uma forma de melhorar o desempenho acadêmico e acolher aqueles que muitas vezes deixam cidades e famílias para estudar. “A integração social e a pluralidade são cada dia mais necessárias num mundo onde não se consegue trabalhar sozinho. Dessa forma, os jogos são uma forma de fortalecer o espírito de equipe e também de preparar esses jovens para conviver com os diferentes pensamentos, ideias e comportamentos. Os jogos proporcionam cerca de quatro a cinco dias de convivência, e todos os participantes precisam saber o que é respeitar o espaço um do outro”, conclui Beltrame.

Saúde “Estudos mostram que praticar exercícios físicos ajudam na concentração. No entanto, o mais importante é o auxílio que o desporto oferece nas relações sociais. O ser humano e mais ainda o jovem que precisa evoluir em seus relacionamentos, e o esporte pode ser pois precisamos contratar treinadores, assim como alugar quadras e equipamentos”, explica Beltrame.

Principais Jogos Universitários Economíadas

Clima de paz e amizade

Cursos: Administração, Economia, Ciências

Muito diferente de competições esportivas marcadas pela violência, nos jogos universitários o clima é sempre de paz e tranquilidade. “Este ano fui pela 1ª vez ao InterBio (Jogos Universitários de Biologia), realizado na cidade de Olímpia (SP) e fiquei surpreso com o ambiente. As torcidas entram pelo mesmo portão. Existe rivalidade, mas nunca briga. E caso isso ocorra, a universidade perde pontos na classificação e pode vir a ser expulsa do campeonato”, afirma Caio Graco, 20 anos, estudante do 2º ano de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Contábeis

Valorização do ambiente acadêmico

Jogos Jurídicos Estaduais

Para Beltrame, a universidade deveria olhar para os jogos universitários como uma oportunidade de melhorar e valorizar o ambiente acadêmico, uma vez que os alunos estão ali torcendo e levando para as arquibancadas o nome da instituição. “O esporte e as atividades físicas são essenciais para o rendimento dos alunos em sala de aula. Se as reitorias olhassem para estes eventos com mais seriedade elas poderiam utilizar os jogos até como uma forma de conquistar mais alunos”, afirma o universitário.

Economíadas Caipira – Reúne as universidades do interior paulista, enquanto o Economíadas se restringe as da Capital Cursos: Administração, Economia, Ciências Contábeis Engenharíadas (SP)

Cursos: Todos da área de Engenharia

Juca – Jogos Universitários de Comunicação e Artes

Cursos: Jornalismo, Publicidade, Relações Públicas, Artes Visuais

uma das ferramentas desse desenvolvimento”, explica a psicóloga Alessandra Arantes. Ainda segundo Arantes, este tipo de atividade é também uma forma da universidade colocar em evidência seu nome e seu potencial de valor interdisciplinar. “Sou contra o critério de bolsas estar relacionado à condição atlética exclusivamente como em países como EUA. Nosso País tem grandes desigualdades e, nesse contexto, o governo tem que inserir os mais pobres no meio acadêmico. Precisamos de um misto do modelo americano e das políticas públicas que já estão em vigor no Brasil”, ressalta.

Cursos: Direito

InterBio – Jogos Universitários de Biologia Cursos: Biologia

InterMed

Cursos: Medicina

Tusca – Taça Universitária de São Carlos Cursos: Todos da USP São Carlos

InterUnesp

Cursos: Todos dos campi da Universidade Estadual Paulista

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[mercado de trabalho]

Campinas Mercado de trabalho aquecido em Campinas Região atrai empresas e indústrias e acelera o ritmo de contratações.

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n acom pesquisa realizada c o oc apela çeconomia. ão Focada na d colocação e de bom l momento vivido e acordo cPage o mempresa do s lár oe s profissionais e ncom t re salários entre “Aa infraestrutura da i cidade a mãopela Personnel, $ 7 m il , a Pa g Pe R$ o 2 mil en R$ 7n mil, ae Pagel Personnel de-obra qualifi cadae atraem um número rs grupo Michael Page, especializada mé dia ade lar lde empresas deo s c levantou aarg média salarial os dos cargos cadai veza maior indústrias, no recrutamento de profis ssionais da do se suporte po r c ad demandados om por cada o área como nacionais e mul�a nacionais,á para are região”, a maisc primeira gerência à gestão, e l os a ab a iaxo mostra a tabela abaixo. engenheiros encabeçaram lista dos . diz. a profi Page trabalhou Em 2010, a Page Personnel trabalhou Campinas hoje é a segunda cidade do ssionais mais disputados Personnel no interior agas em Campinas e região. 1.500 novas vagas em Campinas e região. Estado de São Paulo com o maior número paulista no primeiro trimestre de 2011. chê-las, entrevistou Para preenchê-las, mais entrevistou mais de novos registros de CNPJs de acordo Os engenheiros de Projetos e Vendas candidatos e realizou de 9 milmais candidatos e realizou mais com o Ministério do Desenvolvimento, têm sido os mais procurados pelas micas de grupos de 40 dinâmicas de grupos e (trainees e perdendo somente para a (trainees capital. Além empresas de Campinas e das 19 cidades estagiários). disso, Campinas bateu recorde na que compõem a região metropolitana. geração de empregos formais em 2010, Gaus Azeredo, Gerente Execu�vo da como aponta o Ministério do Trabalho. Page Personnel em Campinas, reconhece Foram 24.231 vagas abertas com carteira que o total de posições fechadas no assinada, ritmo que deve ser man�do primeiro trimestre deste ano foi 20% nos próximos meses, na opinião do superior ao total de contratações feitas headhunter. no mesmo período de 2010, reflexo do

O total de posições fechadas no primeiro trimestre de 2011 foi 20% superior ao total de ze recontratações do feitas no mesmo período de 2010

a n a ge r mpinas

Divisões que mais contrataram Salário Região

G

Gaus Azeredo Executive Manager Page Personnel Campinas

Médio Cargos

Salário Médio

Engenharia

R$ Interior 5.500,00 de São Paulo Engenheiro de Projetos

R$ 5.500,00

Supply

R$ Interior 5.000,00 de São Paulo Coordenador de Logís�ca

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[Sustentabilidade]

Florestas do mundo Tão longe, tão perto É fundamental a conservação das florestas do Brasil e do mundo para a sobrevivência de todas as espécies de vida no planeta Por Clayton Fernandes

J

an McAlpine, Chefe do Secretariado do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas e Diretora da Divisão das Nações Unidas sobre Florestas, convidada especial da Conferência do Ano Internacional das Florestas 2011, afirmou em São Paulo que “pessoas e florestas são inseparáveis”. O evento, que é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), contou também com a participação de autoridades do governo, executivos, jornalistas e ambientalistas. A cobertura jornalística da Sintonia tem como foco registrar a importância da conservação das florestas no Brasil e no mundo, abordando o tema de forma universal. De acordo com as Nações Unidas, há no mundo 31% de florestas, e cerca de 13 milhões de hectares são desmatados por ano. As florestas servem de lar para 300 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, várias comunidades têm na floresta sua forma de subsistência. É o caso de quilombolas, ribeirinhos, indígenas e extrativistas. Importante atentar àquelas pesso-

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as que vivem perto de florestas e também das que não estão tão perto assim, como nos grandes centros urbanos. Cerca de 1,6 bilhão de pessoas dependem das florestas para viver. Jan McAlpine diz que “todos nós, os sete bilhões de pessoas da Terra, temos

nossa saúde física, econômica e espiritual ligada às florestas”, e durante 2011, a ONU propõe a celebração desta intricada e interdependente relação entre as florestas e as pessoas, tendo como tema “Florestas para o povo“, exaltando o papel das pessoas na gestão, conservação e exploração sustentável das florestas do planeta.

Um painel de debates foi apresentado, na Conferência do Ano Internacional das Florestas 2011 (promovida pelo Instituto Humanitare), para discutir a importância que as florestas exercem sobre a vida das pessoas e sobre o desenvolvimento do ecossistema. Dentre os tópicos abordados pela mesa do evento, se destacam; a biodiversidade no meio acadêmico por Arlindo Philippi Junior, Pró-Reitor Adjunto de Pós-Graduação da USP; a economia & sustentabilidade com Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, Superintendente de Conservação da WWF Brasil e Helton Danin da Silva, chefe geral da Embrapa Florestas, que comentaram sobre um novo modelo econômico mundial e novas oportunidades de negócios baseados em modelos sustentáveis. No âmbito Internacional, Maximiliano da Cunha Henrique Arienzo, subchefe da divisão de meio ambiente do Ministério de Relações Exteriores, exaltou as ações da diplomacia brasileira em relação às questões ambientais, mostrando o quadro das florestas do Brasil.


A apresentadora, colunista e jornalista do Hoje em Dia (TV Record) e do Instituto Ressoar, Chris Flores, foi homenageada pelas Nações Unidas, na Conferência do Ano Internacional das Florestas 2011, que a nomeou Embaixadora do Ano Internacional das Florestas (leia nesta edição a entrevista da Sintonia com a Chris Flores). Valéria Schilling, Assessora de Comunicação (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil) UNIC RIO, relata que as florestas desempenham um papel importante para segurança do abastecimento sustentável de água e concomitantemente para a manutenção das formas de vida no planeta.

Academia A presidente do Instituto Humanitare, Sheila Pimentel, responsável pela realização da Conferência do Ano Internacional das Florestas 2011, afirma que “discutir a importância das florestas entre várias esferas da sociedade contribuirá para despertar nas pessoas os valores do Ano Internacional das Florestas”, ainda de acordo com Pimentel “é hora de dar atenção a uma causa nobre e fundamental para o nosso bem estar futuro, conservar as florestas do Brasil e do mundo”, conclui ela. Paulo Celso Villas-Bôas, presidente da Fundação Villas Boas, propõe através da Expedição Villas Boas (www.expedicaovillasboas.com.br), que “na constatação de cada hectare derrubado de floresta, que haja por Lei a obrigação de se plantar três novos hectares de árvores frutíferas e madeiras de lei em terras alteradas ou degradadas em todo território nacional; seja, na Floresta Amazônica, na Mata Atlântica, ou outra extensão de terras alteradas”, e completa dizendo; “Peço o seu voto de confiança em nos ajudar a colocar em prática este ambicioso projeto, rodaremos Estados, cidades, colônias, ribeirinhos, campos, registrando tudo de errado e de bom que este território tem, e colhendo assinaturas para que este processo seja invertido”, finaliza Villas Boas.

Arlindo Philippi Junior, Pró-Reitor Adjunto de Pós-Graduação da USP e representante do Brasil do Painel Internacional de Mudanças Climáticas, avalia que a área de biodiversidade no meio acadêmico é tida como referência para diversos programas da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior que desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação, conjuga ecologia vegetal e animal em programas de ciências ambientais, políticas públicas, planejamento e gestão. Ciências exatas, humanas e sociais têm também seus programas espelhados em temas vinculados às ciências ambientais, haja vista que cursos de engenharia, administração, biologia, direito, etc. congregam teses e conhecimentos pertinentes às questões de meio ambiente, e instituições como a USP, UNICAMP e UNESP, estão inseridas nesse contexto de proteção ambiental com seus cursos vigentes.

ção da WWF Brasil, “é preciso que a economia mundial atue com capital natural, pois é incalculável o valor de se plantar árvores e manter a flora e fauna, se a velha economia não mudar, vamos continuar a secar gelo”, conclui Scaramuzza. Milhões de pessoas no Brasil dependem da madeira das florestas como fonte de energia para o preparo de alimentos (como pães, pizzas, churrascos), entre outros setores estratégicos da economia brasileira, como a siderurgia, a indústria de papéis e embalagens, e a construção civil, que são altamente dependentes do setor florestal. O país necessita de uma gestão florestal especializada com uso e aplicação de selos verdes. Segundo Helton Danin da Silva, chefe geral da Embrapa Florestas, o “selo verde” deve trazer uma abertura de novas oportunidades de negócios e alavancar o setor produtivo de madeira legal. “A sociedade passou a exigir um modelo sustentável no manejo de madeira”, diz Silva. Reconhecer a importância das florestas é o mesmo que pensar no futuro do planeta, dos 31% de florestas do mundo apenas sete países detém 60% desse montante, e o Brasil é um deles!

Economia & Sustentabilidade

Pensar um novo modelo econômico mundial requer atenção e preocupação com a mitigação de riscos para o meio ambiente. De acordo com Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, Superintendente de Conserva-

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[Sustentabilidade]

bastante comuns em todo o mundo. O desmatamento corresponde de 12 a 20 por cento da emissão de gases que contribuem para o aquecimento global. A cada ano, o desmatamento mundial

das cerca de 170.000 km2 de florestas, os principais causadores da diminuição das áreas naturais do planeta são a produção agrícola, a mineração e o crescimento urbano descontrolado. No Brasil, a desertificação e o desmatamento começaram com a chegada dos portugueses ao país. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil eles iniciaram a exploração da Mata Atlân-

atinge cerca de 13 milhões de hectares de florestas, segundo estimativa da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Neste ritmo, em sete anos uma área equivalente à região sudeste brasileira (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo) será desmatada. A desertificação em terras brasileiras segue a “passos largos”, por ano, são devasta-

tica. De lá pra cá, o desmatamento por aqui nunca parou. Após a derrubada de grande parte da Mata Atlântica, o acesso a regiões inóspitas foi facilitado com a abertura da rodovia Transamazônica nos idos dos anos 70. A expansão do território urbano também tem colaborado para a diminuição das áreas verdes. O crescimento

O quadro das florestas Desmatamento e do Brasil nas relações desertificação Infelizmente as atividades que se bainternacionais seiam na derrubada das matas ainda são O Itamaraty sofre pressão internacional em relação às questões de desenvolvimento sustentável e econômico. O grande desafio nacional é ajustar a legislação ambiental à agenda política desenvolvimentista do governo. Para o subchefe da divisão de meio ambiente do Ministério de Relações Exteriores, Maximiliano da Cunha Henriques Arienzo, o Brasil pode ser uma potência econômica e ambiental, “na COP10 de Nagoya mostramos que com esforços coordenados é possível uma alavancagem nas questões ambientais em sintonia com a economia”, diz o diplomata.

A diplomacia ambiental brasileira destaca instrumentos importantes que foram celebrados no acordo de Nagoya. O mais importante deles foi um protocolo sobre acesso e repartição de benefícios dos recursos genéticos da biodiversidade (ABS, na sigla em inglês). “O ‘pulo do gato’ é o desenvolvimento de uma metodologia que não distorça as metas financeiras. Minha sugestão é que para cada meta de estabelecimento de preservação ambiental seja atribuído um indicador financeiro. É preciso traçar um plano de negócios para que as metas sejam alcançadas”, coloca Arienzo. Se não houver indicadores financeiros estabelecidos, para o Itamaraty, haverá pressão nos países que detêm a biodiversidade. O marco jurídico registrado na COP10 denota que estamos avançando na diplomacia ambiental e é legível para o Ministério de Relações Exteriores que “a biodiversidade está embaixo de ‘guarda-chuva’ e ‘guarda-sol’, que chamamos de florestas”, finaliza Arienzo.

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populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores, por esse motivo áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais, vide região metropolitana de São Paulo, Guarulhos e Campinas. Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas

Florestas ameaçadas

As florestas são responsáveis por prover os mais importantes reservatórios de água doce do planeta. Somente as dez florestas ameaçadas, juntas, armazenam mais de 25 gigatons de carbono, auxiliando na mitigação dos efeitos da mudança climática. Todos os dez locais mais críticos já perderam 90% ou mais de sua cobertura original. Cada um deles abriga pelo menos 1,5 mil espécies de plantas endêmicas, ou seja, que só existem nessas regiões. A

Mata Atlântica brasileira, da qual restam apenas 8% da cobertura original, aparece na lista ocupando a quinta posição. A Conservação Internacional ainda ressalta a importância de se manter as florestas saudáveis, devido ao seu capital natural, ao oferecimento dos melhores meios econômicos para enfrentar os diversos desafios ambientais trazidos pela mudança climática e à crescente demanda por produtos florestais.

As 10 florestas mais ameaçadas do mundo, por porcentual de habitat original remanescente:

e incêndios florestais. Em 2010, os focos de incêndio ultrapassaram dos 70 mil. “A grande maioria dos incêndios florestais é de origem antrópica (relativo à ação do homem sobre a natureza), muitas vezes estão associados à queima proposital das pastagens para renovação do pasto para o gado e para expansão de terras agriculturáveis.

Ponto

Habitat remanescente

1

Regiões da Indo-Birmânia (Ásia-Pacífico)

5%

2

Nova Zelândia (Ásia-Pacífico)

5%

3

Sunda (Indonésia, Malásia, e Brunei – ÁsiaPacífico)

7%

4

Filipinas (Ásia- Pacífico)

7%

5

Mata Atlântica (América do Sul)

8%

6

Montanhas do Centro-Sul da China (Ásia) Província Florística da Califórnia (América do Norte) Florestas Costeiras da África Oriental (África) Madagascar & Ilhas do Oceano Índico (África)

8%

7 8 9 10

Florestas de Afromontane (África Oriental)

10% 10% 10% 11%

Tipo de Vegetação Predominante Florestas Latifoliadas Tropicais e/ou Subtropicais Úmidas Florestas Latifoliadas Tropicais e/ou Subtropicais Úmidas Florestas Latifoliadas Tropicais e/ou Subtropicais Úmidas Florestas Latifoliadas Tropicais e/ou Subtropicais Úmidas Florestas Latifoliadas Tropicais e/ou Subtropicais Úmidas Florestas Coníferas Temperadas Florestas LatifoliadasTropicais e/ou Subtropicais Secas Florestas Latifoliadas Tropicais e/ou Subtropicais Úmidas Florestas Latifoliadas Tropicais e/ou Subtropicais Úmidas Florestas Latifoliadas Tropicais e/ ou Subtropicais Úmidas; Savanas e Vegetações de Montanha

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[Sustentabilidade]

Carta Magma & novo Código Florestal

A Lei nos diz: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. O art. 170 / VI da Constituição Federal prevê que: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: Parágrafo VI: “Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação”. O novo Código Florestal (PL 1876/99) permite o uso das áreas de preservação permanente (APPs) já ocupadas com atividades agrossilvipastoris, ecoturismo e turismo rural. Esse desmatamento deve ter ocorrido até 22 de julho de 2008. A emenda dá aos estados, por meio do Programa de Regularização Ambiental (PRA), o poder de estabelecer outras atividades que possam justificar a regularização de áreas desmatadas.

Faixas nos rios: - As faixas de proteção em rios continuam as mesmas de hoje (30 a 500 metros em torno dos rios), mas passam a ser medidas a partir do leito regular e não do leito maior. A exceção é para os rios de até dez metros de largura, para os quais é permitida a recomposição de metade da faixa (15 metros) se ela já tiver sido desmatada. Nas APPs de topo de morros, montes e serras com altura mínima de 100 metros e inclinação superior a 25°, o novo código permite a manutenção de culturas de espécies lenhosas (uva, maçã, café) ou de atividades silviculturais, assim como a infraestrutura física associada a elas. Isso vale

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também para os locais com altitude superior a 1,8 mil metros. Anistia e regularização: - Dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) indicam a existência de cerca de 13 mil multas, com valor total de R$ 2,4 bilhões, até 22 de julho de 2008. A maior parte delas ocorreu por causa do desmatamento ilegal de APPs e de reserva legal em grandes

Ambiental (PRA), a ser instituído pela União e pelos estados. Para os pequenos proprietários e os agricultores familiares, o Poder Público deverá criar um programa de apoio financeiro destinado a promover a manutenção e a recomposição de APP e de reserva legal. O apoio poderá ser feito inclusive por meio de pagamento por serviços ambientais.

propriedades da Amazônia Legal. Os estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia e Amazonas respondem por 85% do valor das multas aplicadas até julho de 2008 e ainda não pagas. Para fazer jus ao perdão das multas e dos crimes ao meio ambiente, cometidos segundo o projeto aprovado, o proprietário rural deverá aderir ao Programa de Regularização

Exemplo internacional, Unidades de Conservação

A criação de unidades de conservação – áreas especialmente criadas pelo poder público com o intuito de, entre outras finalidades, proteger recursos naturais relevantes – segundo fontes do Ministério do Meio Ambiente (Relatório Unidades de Conservação


para a Economia Nacional) é uma das formas mais efetivas à disposição da sociedade para atender essa necessidade. Vale lembrar que o estudo “Unidades de Conservação para a Economia Nacional” foi celebrado em convênio com instituições não governamentais e embaixadas internacionais como a do Reino Unido. Resta saber se as conclusões deste estudo são efetivas à soberania nacional. Cita-se aqui o caso da Reserva Raposa Serra do Sol, onde produtores e cidadãos brasileiros foram desalojados e despejados de suas terras para a criação desta unidade de conservação. Ou, mesmo, o caso de terras em Roraima, onde índios cobram pedágios a brasileiros que desejam trafegar por estradas que passam por suas terras demarcadas. Há registros que em unidades de conservação da região amazônica, existem fronteiras fechadas para os cidadãos brasileiros, enquanto que estrangeiros como americanos, europeus e japoneses, que atuam na região sob o “manto” de batinas missionárias (padres e pastores) e, atrás de “teses” de pesquisas científicas e ações humanitárias, têm acesso livre. Por que será, hein? Veja, no link, o texto para reflexão sobre Informação ambiental circunscrita, escrito pela ouvidoria da Agência Brasil em; http:// agenciabrasil.ebc.com.br/ noticia/2011-06-10/coluna-do-ouvidor-informacao-ambiental-circunscrita Unidades de conservação cumprem uma série de funções cujos benefícios são usufruídos por grande parte da população brasileira – inclusive por setores econômicos em contínuo crescimento, sem que se dêem conta disso. Alguns exemplos: parte expressiva da qualidade e da quantidade da água que compõe os reservatórios de usinas hidrelétricas, provendo energia a cidades e indústrias, é assegurada por unidades de conserva-

ção. O turismo que dinamiza a economia de muitos dos municípios do país só é possível pela proteção de paisagens, proporcionada pela presença de unidades de conservação. O desenvolvimento de fármacos e cosméticos consumidos cotidianamente, em muitos casos, uti-

lizam espécies protegidas por unidades de conservação.Ao mesmo tempo, as unidades de conservação contribuem de forma efetiva para enfrentar um dos grandes desafios contemporâneos, a mudança climática. A reportagem da Sintonia Universitária constatou, através da publicação do Ministério do Meio Ambiente (“Unidades de Conservação para a Economia Nacional”), que conciliar o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental constitui uma estratégia eficiente, sustentável e socialmente justa para garantir crescimento do país, segundo um modelo em que a economia e natureza sejam tratadas como elementos complementares, e não antagônicos.

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[Sustentabilidade]

Gestão ambiental Para o Brasil, que detém a segunda maior extensão de florestas do planeta, atrás apenas da Rússia, e a maior área de floresta tropical do mundo, é fundamental a instituição de um calendário internacional sobre as florestas. De acordo com o diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros, o Brasil deve liderar a luta mundial pelo melhor relacionamento do homem com os recursos naturais, assumindo a figura de protagonista. “Ter um reconhecimento internacional do ano das florestas coloca no calendário mundial a evidência com relação à neces-

sidade de termos uma política que consiga conciliar o desenvolvimento com a conservação das florestas.”

Segundo o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, o Brasil está virando modelo para outros países quanto à gestão das florestas, que cobrem

Informações rápidas sobre as florestas:

- As florestas contribuem para o equilíbrio do oxigênio, dióxido de carbono e umidade do ar. Mais de 40 por cento do oxigênio do mundo é produzido por florestas tropicais - Quando as florestas são geridas e utilizadas de maneira sustentável, podem contribuir significativamente para a redução da pobreza e a criação de empresas e serviços de base florestal. - Florestas saudáveis mantêm pessoas saudáveis: As florestas reduzem a transmissão de doenças infecciosas. Florestas tropicais não degradadas têm um efeito moderador sobre a propagação de insetos e doenças transmitidas por animais. Quarenta por cento da população mundial vive em regiões infestadas pela malária. Áreas degradadas podem apresentar um risco de infecção pela malária 300 vezes maior do que em uma região de floresta preservada. Setenta e dois por cento das doenças infecciosas transmitidas dos animais para os humanos vêm de animais selvagens. Áreas desflorestadas aumentam o contato entre esses animais e o homem, aumentando as chances de transmissões dessas doenças. - As florestas tropicais oferecem uma vasta gama de plantas medicinais, estimadas em US$ 108 bilhões ao ano. Mais de um quarto dos remédios modernos tem como origem plantas da floresta tropical. - O uso da madeira para a produção de energia, edifícios verdes e o uso das florestas como seqüestradoras de carbono representam oportunidades para o setor florestal. - As florestas desempenham um papel crítico em assegurar um abastecimento sustentável de água e na transição da sociedade em direção a economias verdes.

46 46

61% do território brasileiro. Ele cita o sistema de monitoramento do desmatamento, feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e o processo de concessões florestais. “Temos também um plano anual de manejo florestal comunitário, que visa mostrar às populações tradicionais, que vivem em florestas e às famílias que vivem em assentamentos rurais, que elas podem ter uma propriedade rural em floresta e explorar isso de forma sustentável”, coloca Hummel. Outra novidade é o Inventário Florestal Nacional, que começou a ser feito este ano no Brasil. Hummel explica que, com o levantamento, será possível conhecer a extensão e a qualidade das florestas brasileiras, além


de quantificar as pessoas que tiram o sustento de produtos florestais.

Visão sociológica

“Florestas para o povo” é o tema principal do Ano de 2011, para a ONU, e destaca a relação dinâmica entre as florestas e as pessoas que dependem delas. A história da existência humana e das civilizações está entrelaçada com as florestas e árvores. As florestas são cruciais pelos bens e serviços que fornecem, dos quais todas as pessoas do mundo dependem. Estratégias para melhorar a contribuição das florestas de todo o mundo para o desenvolvimento social, a subsistência e à erradicação da pobreza são vitais em um momento onde práticas insustentáveis e crises econômicas continuam a ameaçar a saúde das florestas e das pessoas que dependem delas. Muitos meios de subsistência dependem das florestas. Uma variedade de religiões, crenças e tradições espirituais estabeleceram vínculos com árvores, plantas, florestas e animais. As florestas e os animais selvagens também são uma rica fonte para o folclore e a espiritualidade. Conhecimentos relacionados com as florestas, acumulados durante milhares de anos, estão profundamente ligados às culturas indígenas e a de outros povos que dependem das florestas. Para a população rural pobre, o acesso à alimentação, combustível, água e remédios é essencial. Os produtos da floresta ajudam, muitas vezes, essas pessoas a satisfazerem suas necessidades básicas. Oitenta por cento das florestas do mundo são de propriedade pública, porém, a posse e gestão das florestas por comunidades, indivíduos e empresas privadas estão em ascensão. Os direitos de acesso e repartição de benefícios para a população local é um requisito fundamental para a gestão florestal sustentável e para a redução da pobreza rural em áreas florestais. Mais de 1 bilhão de hectares de áreas degradadas em todo o mundo podem ser restauradas, o que proporcionaria uma oportu-

nidade para a construção de uma gestão florestal comunitária e o desenvolvimento de diversas atividades econômicas rurais. {Ver proposta da Expedição Villas Boas em (www.expedicaovillasboas.com.br)} Há a necessidade de conciliar o conhecimento tradicional sobre as flores-

tas, os direitos de propriedade intelectual e a distribuição equitativa dos benefícios entre as comunidades e agentes que atuam nas florestas.

comparativo à instituição familiar, “é possível dizer que as florestas se configuram na posição de cuidados da mãe para com o filho. As florestas do globo mantêm a subsistência do ecossistema com poder de unidade para preservar o meio ambiente”, conclui Padrão.

Florestas tão longe, ou tão perto: - Segundo a Organização das Nações Unidas, as florestas acolhem 80% de toda a biodiversidade existente no mundo, e para chamar a atenção da sociedade a ONU declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas, convidando os governos, organizações não governamentais, o setor privado e outros atores da sociedade para um esforço conjunto na conscientização a respeito da urgente conservação e da necessidade de um desenvolvimento sustentável para todos os tipos de florestas, beneficiando as atuais e futuras gerações do planeta.

Mulher e a Floresta: - Dê à mulher a voz em relação ao meio ambiente; “Que outras Marinas – menção a ex-senadora Marina Silva – venham para discutir o meio ambiente no Brasil”, coloca Cristina Montenegro, representante do PNUMA / Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A jornalista Ana Paula Padrão afirmou, na Conferência Internacional do Ano Internacional das Florestas, que “a mulher é a grande detentora do conhecimento nas florestas, o conhecimento sobre as plantas, sobre a natureza, os cosméticos, a alimentação, e isso se propaga de geração para geração”, o mundo deve assistir, ainda de acordo com a apresentadora do Jornal da Record, o “eco-feminismo”, num 47


[Sustentabilidade]

Sintonia

online

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Vegetação mundial

Floresta pluvial tropical, Floresta Temperada, Florestas de coníferas, Tundra, Savana, Estepe e pradarias e Vegetação desértica.

Bioma nacional

O Brasil registra os seguintes biomas como: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. O Bioma Amazônia é o de maior extensão (49,29%), e o Bioma Pantanal é o de menor extensão (1,76%) do território brasileiro.

(Dados do Mapa de Biomas do Brasil – IBGE, 2004)

Mapa Bioma BIOMA AMAZÔNIA 49,29%

BIOMA CAATINGA 9,92%

BIOMA CERRADO 43,92% BIOMA PANTANAL 1,76%

BIOMA MATA ATLÂNTICA 13,04% BIOMA PAMPA 2,07%

Glossário florestal Biodiversidade | Biologia da conservação | Corte seletivo | Desmatamento | Ecossistema | Impacto ambiental | Manejo sustentado | Queimadas | Recursos naturais | Reflorestamento | Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) | Unidades de Conservação | Zoneamento Agroecológico (ou econômico-ecológico)

48 48


Florestas para o povo

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[educação financeira]

Re EDista FINANCEIRA

às tentações de consumo * Por Luiz Carlos do Nascimento

V

ivemos em um mundo repleto de oportunidades de consumo. E a nova geração, diante de tantas possibilidades de compras, de moda a tecnologia, ficam muitas vezes sem saber qual o melhor caminho seguir. Comprar ou economizar? Resistir às tentações e não gastar além do que o orçamento permite parece uma tarefa heróica diante do consumo da vida moderna. E diante do fato que a educação financeira não é explorada nas universidades brasileiras e, tão pouco figura na grade escolar, é necessário entender que para garantir um futuro promissor, não basta apenas estar matriculado em um curso superior, é necessário estudar, planejar e, claro, poupar. E isso requer disciplina. Sabemos que os sonhos nessa fase são muitos. Comprar o carro, uma moto

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ou até mesmo realizar intercâmbios. Nesse momento, com tantos projetos a serem concretizados, parece até uma missão impossível, economizar. Essa é uma habilidade necessária para que seja possível transformar sonhos em realidade. Gastar por impulso, acumular parcelas e carnês, estourar o limite do cartão de crédito, utilizar o cheque especial e fazer dívidas, além das possibilidades de pagamento, é entrar praticamente em um caminho sem volta. Os juros se tornam abusivos e o jovem fica sem saber como se reorganizar. Um passo simples para ter uma vida financeira saudável é iniciar com uma planilha de controle de gastos. A lista precisa conter todas as despesas, sejam elas fixas como mensalidade da universidade até as despesas com lazer, como bares, fes-

tas, restaurantes. É necessário adequar as despesas ao salário ou a renda mensal. Afinal, não se deve gastar mais do que se ganha. Com um pouco de disciplina, é possível controlar o orçamento e ficar distante de dívidas indesejadas. E já renda extra. ou o dinheiro que sobrar, deve ser poupada para que, no futuro, se possa fazer investimentos mais arrojados. Por isso, o conhecimento é importante durante esse trajeto. Antes de chegar a essa maturidade é fundamental que o estudante tenha disciplina financeira e comece a poupar desde os primeiros dias de universidade. Organizando e colocando prioridades na vida é possível transformar sonhos em realidade, sem grandes preocupações. * Diretor-presidente da financeira Sorocred


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[AÇÃO SOCIAL]

sonho Um

sobre trilhos

A ONG Sonhar Acordado busca realizar os sonhos de crianças em tratamento médico especial, transformando em realidade os seus desejos possíveis, com atos de solidariedade e voluntariado.

Por Ana Paula Pereira nsiedade, euforia e espera. É impossível não notar o brilho no olhar de todos ali, do mais novo ao mais velho, como se houvesse alguma mágica na chegada da Maria Fumaça que liga Campinas à Jaguariúna na Estação Anhumas. Dentro de um dos vagões, um passageiro pra lá de especial. Pablo tem apenas cinco anos, mas já lida diariamente com a quimioterapia na luta contra a leucemia, descoberta há poucos meses. No trajeto de pouco mais de três horas, Pablo realiza seu maior sonho: andar de trem. A felicidade sincera do pequeno Pablo foi proporcionada graças ao trabalho de pessoas que deixaram seus compromissos, o dia de descanso, lazer e muitas outras coisas que podem ser feitas numa manhã de domingo. Depois de alguns dias de preparo, a equipe da ONG Sonhar Acordado conseguiu transformar em realidade o maior desejo de Pablo com um simples gesto, algumas horas e muita vontade de fazer a diferença na vida de alguém. Para os pais de Pablo, que são de Paraguaçu, em Minas Gerais e agora vivem em Campinas para o tratamento do filho na Associação de Pais e Amigos da Criança com

A

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Câncer e Hemopatias (APACC), os voluntários do Sonhar Acordado são fundamentais para o tratamento de seu único filho, pois complementam o apoio familiar. “Quando a gente chegou à APACC ele era muito quieto e introspectivo. Depois que o pessoal do Sonhar Acordado passou a visitá-lo para brincar e conversar, ele conseguiu conviver melhor com aquela mudança. Se sentiu protegido”, afirma Luciana Cirino, mãe de Pablo. A APACC é uma das sete instituições atendidas pela ONG Sonhar Acordado. O Sonhando Juntos, como é conhecida a atividade que Pablo participou, consiste na difícil tarefa de levar vida a crianças, com doenças crônico-degenerativas, ou em fase terminal de câncer, através de jovens voluntários que desenvolvem atividades mensais educativas e recreativas. Durante essas atividades, os voluntários buscam identificar os maiores sonhos e desejos dessas crianças, e quando um sonho é descoberto, todos se mobilizam para realizá-lo.

Projetos e Voluntários Segundo os coordenadores do projeto, o objetivo é dar um momento único

de alegria para essas crianças e suas famílias e levar um pouco de fé e esperança para eles. Além do Sonhando Juntos, a ONG possui ainda o programa contínuo Amigos para Sempre e os programas sazonais, Dia do Sonho e Festa de Natal. No Brasil, desde 1998, e em Campinas há sete anos, a ONG Sonhar Acordado atende cerca de trezentas crianças, com atividades realizadas por voluntários que hoje somam aproximadamente duzentas pessoas, que contribuem com apenas um dia de trabalho voluntário por mês em atividades que tornam melhor a vida de muitas crianças. De acordo com a voluntária e publicitária de 23 anos, Jéssica Beletatti, o projeto vê no jovem o agente da transformação social. Por isso, os voluntários do Sonhar são jovens de até 35 anos. “Trabalhamos com duas frentes: a formação da criança em sociedade e o jovem que exerce o voluntariado, e também tem sua vida transformada. Assim as atividades preparam o jovem para a transformação não só das crianças, mas na sociedade que ele está inserido”, diz Beletatti.


Missão O Sonhar Acordado é uma entidade sem fins lucrativos, que sobrevive através de seus colaboradores e voluntários. Sua principal missão e desafio é passar para novas gerações os valores de um mundo melhor, com ações simples e que transformam vidas. “O que a gente recebe em troca é muito maior do que tudo o que passamos para as crianças. Você vai uma vez e não consegue mais abandonar o projeto, por que te faz muito bem”, garante Jéssica.

A Grande Família Para os voluntários, participar do projeto torna-os uma grande família. É um aprendizado constante de vida. “A troca de carinho é muito grande. Então, não somos nós que estamos ajudando eles, mas ao contrário, nós saímos de lá renovados”, afirma Marcelo Bardella, empresário e voluntário do Sonhar. De acordo com Bardella as atividades buscam tirar a criança daquele universo de dificuldades. “A gente chega à APACC e as crianças usam termos técnicos sobre a doença e aquilo faz parte da vida deles. Então nosso trabalho é fazer com que elas se esqueçam disso tudo e possam voltar a

serem somente crianças. Quando você está lá some a doença, a dificuldade. Você acha que a criança está sofrendo, mas na verdade ela está super feliz pela nossa visita”, conclui o empresário.

Parcerias Além da APACC, o Sonhar possui parcerias com instituições como o Centro Comunitário Irmão André (Cecoia), Centro Social Romília Maria, Centro Sócio Educativo Semente Esperança, Creche Tia Léa, Convívio Aparecida e a Sociedade Pró-Menor. Nelas são realizadas mensalmente atividades sociais, culturais e esportivas que buscam educar por meio de valores como a amizade, o respeito, a sinceridade e a solidariedade. O Sonhar também realiza eventos como a balada solidária, jantar romântico e feijoada, para arrecadar fundos para as atividades realizadas nas instituições.

Festa de Natal Trata-se de uma verdadeira festa com todos os elementos típicos do Natal, desde o nascimento de Cristo à renovação do desejo de respeito mútuo, de paz e felicidade a todos, consolidando as conquistas alcançadas o ano inteiro com o trabalho realizado nos Programas Contínuos. “É um momento mágico, onde todas as instituições se unem em um dia de atividades lúdicas e temáticas. Com tendas e brincadeiras, onde o maior objetivo é passar não só cultura, mas a educação e os valores de uma forma que atinja as crianças”, ressalta Jéssica Beletatti. Com brinquedos e brincadeiras e presépio vivo, as crianças realizam apresentações teatrais e musicais temáticos. Elas participam de uma festa de Natal muito especial, onde são envolvidas em uma atmosfera de sonho. No fim da festa as crianças recebem um presente muito especial das mãos do Papai Noel.

Amigos para Sempre São equipes de jovens voluntários comprometidos a doar mensalmente algumas horas de seu tempo às crianças. Durante pelo menos um ano, são desenvolvidas com as crianças atividades que estimulem a apreensão de valores importantes (solidariedade, honestidade, perseverança, superação de limites, respeito,

conscientização ambiental, trabalho em equipe, humildade, entre outros) a partir de laços de amizade e da construção de um ambiente saudável. As equipes realizam atividades culturais (visitas a museus, cinemas, teatros), recreativas (zoológico, circo), esportivas (jogo de futebol, basquete, vôlei, gincanas, etc.), e quaisquer outras ações que bons amigos possam fazer juntos. Estas atividades estão, portanto, sempre aliadas a dinâmicas de transmissão de valores e costumam acontecer uma vez ao mês, sempre aos finais de semana, com duração de 3 a 5 horas.

Dia do Sonho O Dia de Sonho surgiu como forma de dar uma dimensão mágica ao primeiro contato entre a criança e o voluntário. Este dia é transformado numa grande festa: grupos de voluntários interagem com as crianças através de brincadeiras, por meio das quais são transmitidos sentimentos e valores necessários à formação das crianças.

Seja Voluntário

E quando é que chega a hora de se mexer e fazer a diferença? Agora. Neste início de semestre, não perca a oportunidade de ser tornar um voluntário. Doando apenas um dia do seu mês, você universitário pode contribuir para tornar a criança de hoje, o adulto melhor de amanhã. Para ser voluntário da ONG Sonhar Acordado é preciso ter entre 16 e 35 anos e muita vontade de ajudar ao próximo. O candidato deve encaminhar e-mail para voluntários.campinas@ sonharacordado.org.br

Sonhar no Mundo

Fundada no México, a ONG Sonhar Acordado é fruto da iniciativa de um grupo de jovens de Monterrey, no México, que desejava fazer algo pelo próximo de uma forma dinâmica, que envolvesse de forma mais efetiva a juventude. Atualmente marca presença em nove países no mundo, sendo trinta e uma filiais. Só no Brasil, são dez unidades do Sonhar, alocadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Jundiaí, Fortaleza, Brasília, Recife e Curitiba. A ONG ainda possui unidades na Venezuela, Colômbia, Itália, Irlanda, Hungria, Polônia e Espanha.

Sonhar em Campinas

Atualmente, o Sonhar Acordado é parceiro de sete instituições no município, atendendo a trezentas crianças com mais de duzentos voluntários nos projetos contínuos.

Pequeno Pablo realiza seu sonho de andar de trem.

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[AÇÃO SOCIAL]

O

sonho de Ana Clara...

“O Sonhar Acordado é de longe, o que de melhor já aconteceu na minha vida”, afirma Beatriz Khater, jovem de 26 anos, estudante de Medicina na Puc Campinas , que relata a Sintonia Universitária sobre a mudança radical na sua vida, após conhecer o trabalho voluntário no Sonhar Acordado. Sintonia Universitária - Como foi o processo de entrar para o Sonhar Acordado e depois de um tempo assumir a coordenação do Sonhando Juntos? Beatriz Khater: Meu primeiro contato com o Sonhar Acordado foi em 2007, quando, a convite de um amigo, fui participar como voluntária do “Dia de Sonho”. Naquele ano, as filiais de Campinas e São Paulo levaram 500 crianças para passar o dia no Hopi Hari (Em 2011, levamos cerca de 2.500 crianças). Foi mágico, uma experiência maravilhosa no parque de diversão! Fiquei na coordenação da ONG por três anos, até o momento em que eu tive que dedicar mais tempo às atividades da faculdade, com estudos e plantões. Hoje faço “um pouquinho de tudo” no Sonhar. S.U. - Como isso mudou a sua forma de se relacionar com as pessoas/sociedade? Beatriz Khater: É engraçado como a gente muda depois de uma experiência muito positiva com trabalho voluntário, não é mesmo? A gente tem vontade de “transformar o mundo”. É gostoso demais! As ferramentas existem, a gente só precisa saber utilizá-las.

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S.U. - Como você vê o envolvimento do jovem como agente de transformação na vida das crianças? Beatriz Khater: Eu acho que a nossa geração tem uma preocupação muito bacana com a questão da “responsabilidade social”, que vai além dos questionamentos, da rebeldia, e procura, na medida do possível, alguma forma de engajamento para “vestir a camisa” e “fazer acontecer”. S.U. - Qual Sonhando Juntos que mais te marcou? Beatriz Khater: É difícil escolher um só, porque todos os sonhos no Sonhando Juntos são sempre muito emocionantes, de arrepiar mesmo. Mas acho que o que mais me marcou foi o primeiro que eu participei da organização. Foi o sonho da Anna Clara, uma criança de nove anos cujos médicos havia “fechado a pasta” (jargão utilizado entre os pacientes para dizer que a partir daquele momento a terapia contra o câncer seria mais agressiva do que a própria doença) e que tinha o sonho de ser “aeromoça”. Absolutamente todas as pessoas da coordenação do Sonhar Acordado se mobilizaram,

foram atrás de todos os contatos possíveis, numa “corrida contra o tempo”, até que recebemos uma resposta positiva (no meio de tantas negativas) da Trip Linhas Aéreas. A empresa não só disponibilizou um avião em manutenção para “simular” o ambiente de um vôo, como também cuidou de todos os detalhes: mandou fazer um uniforme de aeromoça para a Anna Clara, reservou uma equipe incrível para nos acolher e se preocupou até em fazer a maquiagem na Anna Clara. Foi lindo! As crianças da APACC e todos da coordenação presentes foram os “passageiros do sonho da Anna Clara”, que realmente foi “aeromoça por um dia”. S.U. - Quais as vantagens de ser um voluntário? Beatriz Khater: É incrível. É difícil colocar em palavras, descrever com exatidão, mas não canso de dizer que o Sonhar Acordado é, sem dúvida, o que de melhor já aconteceu na minha vida. Falo pra todo mundo que existe uma “Bia antes” e uma “Bia depois” do Sonhar, sabe?! É realmente transformador!


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[INTERCÂNBIO]

Nova

Zelândia Uma viagem recheada de aventuras e contrastes culturais fascinantes

Kia Ora! Welcome Aoteroa! Na língua dos nativos Kiwis*: - Bem vindo á Nova Zelândia!

Por Maraisa Buzin

A

ex-colônia britânica, um dos segredos mais bem guardados do mundo, pode ser considerada assim por ter uma baixa densidade demográfica, o que contribui para que sua população tenha um estilo de vida bem tranqüilo. Com paisagens belíssimas, todos os Kiwis, como são conhecidos os Neo-Zelandeses, tem um profundo res-

peito pela natureza, prezam pela conservação do local onde vivem e são extremamente respeitosos uns com os outros (não importando crença, cor, status social ou qualquer outra diferença) e também com aqueles que visitam seu país. Tenha certeza que se esse for o seu destino você será muito bem recebido pelos solícitos e amigáveis kiwis!

Além das paisagens cinematográficas, os vizinhos da Austrália, possuem uma incrível mistura da Cultura Maori (os primeiros povos a habitarem o país) e a cultura européia, sendo possível ver um contraste fascinante entre estes dois mundos. Visite a Nova Zelândia e aproveite uma viagem cheia de aventuras!

*Kiwi: A primeira coisa que veio a sua cabeça com certeza é que na Nova Zelândia você iria se deliciar com aquela frutinha verde, que faz sucesso nas caipiroskas aqui no Brasil. Pois você errou! Quiuí, quivi ou Kiwi é a ave nacional da Nova Zelândia, que simboliza a magia dos nativos. O lindo animalzinho, que parece mesmo com a fruta, representa sorte, amor e a felicidade dos povos da ilha. Porém, a ave sofre com ameaças de extinção. Para saber mais acesse: www.savethekiwi.org.nz

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Outback

No país onde o bungee-jump e o Jet boating foram inventados, o que não vai faltar é animação e muita aventura ao ar livre. Com o clima agradável, verões quentes e invernos amenos, além de lindas paisagens, você pode explorar belos parques nacionais, praias e rios, além de andar de caiaque, mountain bike, surfar, fazer abseiling, pular de pára-quedas, nadar com golfinhos e explorar cavernas. Uau! Haja fôlego para tudo isso!

Reconhecido por seu lagos, rios e portos limpíssimos, os esportes aquáticos também são muito populares por lá. Os Neo-Zelandeses são apaixonados por rugby, muita gente joga e normalmente aos domingos lotam as partidas do esporte nacional do país. Segundo o estudante Felipe Lua, que esteve no país, a torcida do All Blacks (seleção de rugby da Nova Zelândia) vibra ao mesmo tempo em que seus jogadores, em sua maioria descendente dos Maoris, dançam o Haka, Na cultura dos Maoris essa dança era feita para preparar o povo

Ringa pakia! (Bata as mãos nas coxas) Uma tiraha! (Estufe o peito) Turi whatia! (Dobre os joelhos) Hope whai ake! (Deixe o quadril seguir) Waewae takahia kia kino! (Bata o pé o mais forte que puder)

para enfrentar a guerra. Expressa paixão, vigor e identidade da raça. A boa performance ajuda a manter a reputação tribal. E é através dessa prática que os jogadores do All Blacks se tornaram notórios como uma equipe temida e vitoriosa ao longo dos anos. A versão clássica do Haka é o “Ka mate”, que foi feito pelo chefe tribal Te Rauparaha, quando estava sendo perseguido por inimigos, e milagrosamente escapou, escondendo-se em uma saia de mulher. Segue versão traduzida para você já ir ensaiando!!

Ka ora, ka ora (Eu vou morrer, eu vou morrer ?) Tēnei te tangata pūhuruhuru (Este é o homem peludo que está em pé aqui) Nāna nei i tiki mai whakawhiti te rā …(Que trouxe o sol e o fez brilhar) Ā upane, ka upane (Um passo para cima, outro passo para cima) Ā upane, ka upane (Um passo para cima, outro passo para cima) Whiti te rā, hī! (O sol brilha)

Ka mate, ka mate (Eu vou viver, eu vou viver ?)

Por dentro das cidades

Mesmo sendo famoso por suas paisagens naturais, o país é considerado um dos mais urbanizados do mundo. As principais cidades são Auckland (a maior da Nova Zelândia), Hamilton (região de Waikato), Palmerston North (região de Manawatu), Wellington (a capital), Christchurch (região de Canterbury) e Dunedin (região de Otago). Cada uma delas com algo diferente para oferecer.

Auckland

A maior e a mais descolada metrópole, Auckland se destaca por mesclar beleza natural e modernidade. Ao mesmo tempo em que exibe seu espírito aventureiro é também um dos maiores centros financeiros do país. Galerias de artes, vulcões, cassinos, além de parques e zoológicos e passeios históricos, são as atrações que atraem inúmeros turistas todos os anos. Se for aventura que você procura,

então está no lugar certo. A capital dos esportes radicais tem adrenalina de sobra. A cidade possui vários pontos para a prática de atividades como bungee jump, o edifício Sky Tower, por exemplo, é o preferido entre os corajosos que se aventuram em saltar de uma altura de 192 metros. Belíssimas praias, mais de 50 vulcões inativos e as ilhas do golfo Hakurai, como Rangitoto e Waiheke compõem as belezas naturais da cidade.

Curiosidade

Apelidada de a “Cidade da Vela” a cidade tem o maior número de barcos por pessoas do mundo e é lá que se encontra a sede da tradicional regata mundial America’s Cup. 57


[INTERCÂNBIO]

Wellington

Construída na encosta de morros, tem visão privilegiada para a Baía de Port Nicholson e suas águas transparentes e uma imensa área portuária, onde as pessoas buscam atividades de lazer, pois disponibiliza vários parques e muitas atrações rolando o tempo todo. A capital do país é também a capital da cultura. Uma grande mistura de nacionalidades e culinária reina por lá. É na rua paralela á beira mar que se encontram

Nova Zelândia

várias lojinhas e grande parte dos pubs que ‘bombam’ durante a noite, bem como as demais ruas da cidade, que exibem bares, restaurantes, cinemas, shows de rock, Ópera, Ballet e uma infinidade de atrações para todo tipo de gosto. Um dos museus mais famosos da Nova Zelândia Te Papa, também está na cidade, é imperdível! O melhor é que você pode fazer quase tudo a pé, a cidade é compacta e

Dunedin

Pode até ser considerada a cidade Universitária da Nova Zelândia, pois é lá que está instalada a única universidade da região, a Universidade Otago, construída em 1878. Com um grande número de estudantes circulando, a cidade é cheia de atrações como bares, pubs e baladas que promete agitar toda essa galera. Além de ser o centro de formação dos Neozelandeses, a cidade exibe um centro urbano com uma paisagem composta por prédios, igrejas e o Lanark Castle, o único Castelo do país, inspirados na arquitetura Vitoriana e Escocesa que faz você se sentir como se estivesse na Europa antiga. Para enriquecer ainda mais a cultura, a cidade disponibiliza o Otago Museus, com exposições sobre a Arte Maori, Natureza e Ciência. Tudo bem que quem procura a Nova Zelândia busca aventura, mas, por favor, não me invente de andar de patins, skates ou algo semelhante pela Baldwin Street, considerada a rua mais inclinada do mundo e que entrou para o Guiness

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os acessos são bem fáceis. Para conhecer outros pontos turísticos, a cidade tem um passeio no Cable Car, uns carrinhos de trilho (só existe dois desses no mundo) que te leva até a parte mais alta, no bairro de Kelburn, onde dá para ver toda a baía e a cidade. A vista é incrível e o preço é uma pechincha. O passeio ainda continua pela Lambton Quay e o Jardim Botânico.

Book! Porque senão é bem provável que você vá parar na Austrália (ou até mesmo no hospital - risos). No inverno, o clima é bastante frio, porém se tiver a felicidade de estar por lá no verão, você vai ter muita coisa pra fazer. Ficar até tarde da noite a beira mar na companhia dos Kiwis, ou curtir picnics nos parques e jardins espalhados pela cidade. Aliás, vale uma visita ao Jardim Botânico, que é lindíssimo e a praia Moeraki Rocks, onde as pedras espalhadas por ela parecem balas de canhões antigos, além de ter ondas muito boas para a prática de surfe. A capital do ecoturismo da Nova Zelândia tem muitos atrativos, um deles é encontrar habitantes naturais ao longo da costa, como o Pinguim do Olho Amarelo, focas e leões marinhos, além de se aventurar pela costa em veículo 4X4 e explorar as montanhas, desfiladeiros e gargantas, como o Taieri Gorge a bordo do Trem. Emoções é o que não vão faltar!


Dicas de atrações para você curtir! Dunedin Railway Station – estação de trem em estilo inglês. Suas janelas são feitas de mosaicos, tudo muito lindo e colorido. Saída para passeios é feito na Taieri Gorge.

Speights Brewery – A famosa Cervejaria traz a história da cerveja desde os tempos da Babilônia, conta sobre o processo de fabricação e ainda faz um tour para degustação das cervejas. Viste o site e conhece mais: http://www.speights.co.nz

Cadbury World – Descubra a origem e como são feitos os chocolates, e se delicie no passeio mais gostoso da cidade. Você não pode deixar de conhecer a fábrica de chocolates. More informations: http://www.cadbury.co.nz/

Royal Albatross – Visite a Taiaroa Head, a maior colônia dos Royal Albatross. Na reserva natural está situado o forte e é saída para a trilha da praia onde ficam os Yellow Eyed Penguin.

Dunedin Cassino – Situado no coração do complexo Southern Cross Hotel, o prédio é histórico e cheio de elegância. Na cúpula de vidro, onde está o telhado, a vista é espetacular. Além disso, O cassino disponibiliza para entreter seus visitantes, salas de jantares e um Bar/Café.

Roteiros e atrações da Nova Zelândia Ilha do Norte Rotorua

Taupo

Está localizada em uma região de áreas hidrotermais e é conhecida pelos lagos natural de águas quentes e por ser uma das cidades onde a cultura Maori é mais expressiva. Massagens com lama vulcânica, banhos termais e um cheiro forte de enxofre além de um banho de cultura e comidas típicas esperam por você à 235 km de Auckand.

Á beira do Lago Taupo, o maior lago do país, a cidadezinha oferece diversas atividades turísticas, termais e esportes radicais. Dentre seus pontos turísticos, destaca-se a reserva Wairakei, onde se encontram as piscinas, crateras de vulcões e gêiseres.

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[INTERCÂNBIO]

Nova Zelândia Coromandel Destino de turistas estrangeiros e dos próprios Kiwis, que buscam a cidade para passar finais de semana e férias. O destaque da cidade é o fato de que você pode aproveitar para curtir (tudo no mesmo dia!) os 400 quilômetros de lindas praias e florestas próximas dali. Cathedral Cove (cartão postal de Coromandel), Hot Water Beach, The 309 Road, Waiau Falls, 309 Kauris, Miranda Hot Springs, Whitianga & Mercury Bay, Tairua & Pauanui e Thames Coast são algumas das atrações deste paraíso.

Ilha do Sul Queenstown Paraíso dos esportes radicais que foi escolhido para servir como cenário para a trilogia “O Senhor dos Anéis”, filmado no Rio Kawarau. A cidade dá um show de atividades outback, como jetboats, skiing, river surfing, sky diving, mountain biking, paragliding, entre outros. O lago Wakatipu também é um ponto turístico, assim como a Skyline Gondola & Restaurant, o Southern Lakes District & Milford Sound/Homer Tunnel, Glenorchy & Routeburn, Remarkables & Eyre Mountians, Arrowtown, Kiwi & Birdlife Park, Maori Concert & hangi (prato típico dos nativos – o maori) e o Underwater World.

Christchurch Seu nome deve-se ao fato de possuir uma das mais belas Catedrais do mundo. O Rio Avon, que corta boa parte da cidade, é um dos principais responsáveis por dar a cidade os “ares românticos”. Além de magníficas montanhas refletidas em lagos cristalinos a cidade oferece como atrações:Canterbury Museum, Christchurch Art Gallery, Canterbury Brewery, Orana Wildlife Park, Willowbank Wildlife Reserve, TranzAlpine Express (considerado como um dos passeios de trem mais bonitos do mundo), entre outras.

Alpes e Glaciers Frio, frio, frio, as regiões mais altas e geladas do país. São 540 km de Alpes que começam em Blenheim, e terminam nos Fiords, no Sul do país. O ponto mais alto é o Mount Cook, com 3754 metros. A única forma de passar por estes montes é voando ou escalando. Já os Glaciers começam principalmente no Sul do Arthur Pass, onde a cordilheira passa dos 3 mil metros de altura. Mais para o Sul a cordilheira diminui de tamanho, mas mesmo assim ainda produzem muitos Glaciers nas encostas. O Tasman Glacier ao Sul do Mt.Cook, é o mais longo do mundo nessas altitudes .Para quem deseja ver Glaciers de perto, o Franz Joseph são os mais populares, e estão à poucos kilometros um do outro. Você pode ir a pé por trilhas demarcadas, de helicóptero, ou de avião.

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Serviços Visto:

Quem possui passaporte brasileiro não precisa de visto para entrar na Nova Zelândia, já que o Brasil faz parte da política do “visa free country”, podendo permanecer no país, como turista ou estudante, por até três meses. Essa permissão pode ser prolongada antes da sua data de expiração, para isso é só procurar por qualquer escritório da imigração (Immigration Office) que te concederá visto para permanecer no país por até nove meses.

Documentos exigidos para entrada no país:

- Passaporte válido; - Passagem de ida e volta; - Comprovante de que possui renda suficiente para se manter na Nova Zelândia pelo período desejado, e; - Comprovante da reserva de hotel na Nova Zelândia, ou endereço onde ficará hospedado. ps.Se pretende prolongar a estadia na região, aproveite para visitar a Austrália, os vôos levam cerca de 3 horas e as passagens são bem em conta.

INFORMAÇÕES GERAIS: Capital: Wellington | Cidade mais populosa: Auckland | Língua oficial: Inglês, Maori e Língua de Sinais Neozelandesa | Governo: Monarquia Constitucional Rainha: Elizabeth II | Governador-Geral: Anand Satyanand | Primeiro-ministro: John Key | Independência do Reino Unido: 26 de Setembro de 1907 Área Total: 268 680 km² | Água: (%): 2,1% | População: 4 268 000 habitantes | Densidade: 15 hab./km² | PIB: US$ 111,7 bilhões | Moeda: Dólar da Nova Zelândia (NZD) Fuso Horário: + 12 horas | Cód. Telefone: +64

Depoimento O estudante de Propaganda e Marketing, da ESAMC, Felipe Lua faz intercâmbio há três anos na Austrália, aproveitou a proximidade e deu um “pulinho” na Nova Zelândia. Ele se encantou com o que viu. “Conheci o país de norte à sul, porém a beleza do sul é incomparável, cada lugar que visitava via algo diferente, acredito que não haja nada no mundo tão bonito quanto a Ilha Sul da Nova Zelândia”. O estudante disse também que os famosos kiwis são bastante amigáveis, principalmente com estrangeiros. “Eles gostam de receber estrangeiros, gostam de conversar e mostrar a cultura deles, você se ente muito bem no país”. “A Nova Zelândia é considerada a nação dos esportes radicais. Saltei de paraquedas, escalei a Fox Glacier, que é uma montanha de gelo, além disso, fiz passeios culturais, fui conhecer sobre os Maoris e comi um prato tipo deles, onde a comida

é cozida em baixo do solo, muito legal!”, comenta Lua. Por ter paisagens lindíssimas, Felipe dá dica para quem for viajar pelo país, fazer a viagem de ônibus, pois assim aproveita mais. “Eles vendem um ticket de ônibus e vão fazendo paradas nas principais cidades e pontos turísticos, assim você pode conhecer e aproveitar muito mais”. As cidades mais procuradas para fazer intercâmbio são: Auckland - a maior delas - e a capital Wellington. O estudante finaliza com os locais imperdíveis, que você não pode deixar de conhecer: “A cidade de Queenstown, o Lake Tekapo, Fox Glacier, Milford Sound, onde foi gravado o Senhor dos Anéis, além da cidade de Christchurch”, mas também alerta que os passeios são um pouco mais caros que na Austrália, mas com certeza vale muito apena!

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[INFORME PUBLICITÁRIO]

A

Caverna

de Cristal N

o oeste da Áustria, bem próximo às fronteiras da Alemanha e Itália, pode ser encontrada uma bela cidade decorada por alpes e montanhas cobertas de neve. Famosa pelos esportes de inverno e por sua cultura histórica, Innsbruck guarda um precioso tesouro admirado e querido por pessoas do mundo inteiro, especialmente pelas mulheres. Em uma pequena comunidade, a cerca de 30 quilômetros de seu centro, um enorme gigante verde de olhos brilhantes que jorra água pela boca, esconde em seu subterrâneo 14 câmaras que abrigam um mundo feito de cristais. Você chegou ao Swarovski Crystal Worlds, um museu construído há 16 anos em comemoração aos cem anos da fundação da fabricante líder mundial de cristal, a Swarovski.

Em meio a peças artísticas, projeções 3D, apresentações teatrais e musicais – tudo feito ou com referência à pedra preciosa – há também uma loja com as mais belas jóias da marca. Esse passeio pelo museu é somente uma das atrações do Mochilão de Compras da CI, maior empresa de intercâmbio e turismo jovem do Brasil. O pacote, que tem valores a partir de EUR 1539 por pessoa em apartamento duplo, tem duração de 14 noites e inclui, também, outros passeios dedicados ao consumo, entre eles, um dia no Serravalle Outlet McArthur Glen, em Milão e uma visita ao La Vallee Village Outlet, em Paris, além de um city tour por Londres. Os outlets reúnem centenas de grandes marcas da moda e da decoração com descontos de 30 a 70%.

Serviço: Mochilão de compras pela Europa – apenas terrestre Número de noites: 14 (5 em Londres, 3 em Paris, 3 em Milão e 3 em Innsbruck) Valor: a partir de EUR 1539 por pessoa em apto duplo Incluso: Serviço de tranfers entre o Aeroporto e hotel nas cidades de chegada e saída da Europa; Hotéis categoria turística; 4 Passeios; Passes de trem para todas as viagens do roteiro; Assistência Médica InterCare Europa; Café da manhã e banheiro privativo nas acomodações; Taxas e impostos; uma Mochila 60 litros.

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[INTERCÂNBIO]

o melhor

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Q

ueridos amigos (as): nessa etapa da sua jornada, em que está tão longe de seu país, viemos lhe desejar um caminho. Esse desejo, tão espontâneo e genuíno, surgiu num momento de reflexão sobre tantos acontecimentos que a atualidade apresenta no globo inteiro, sobre a saudade, força interna para transpor obstáculos e outras coisas importantes da vida. Então, quer saber? Percorra um caminho exclusivamente seu pessoal. Construa seu caminho. Queremos apenas lhe desejar um caminho longo, largo, cheio de gratificações – e sabemos que por mais lindo que seja o nosso caminho, jamais chegará à beleza de sua criatividade, de seu caminho pessoal. Podemos apenas desejar-lhe o que nossa limitada imaginação pode oferecer. E talvez por mais que nos esforcemos, não conseguiremos nunca oferecer o caminho que você precisa que você deseja fazer. Por isso apenas imaginamos, desejamos. Como saber a necessidade de cada pessoa? Não temos esse poder. Mas VOCÊ tem o poder, sim, de descobrir o que faz sua alma cantar e que traz sentido para o despertar diário do seu relógio. Como sempre falamos, em

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qualquer lugar do mundo. Esse é um direito que ganhamos ao nascer para se aventurar neste planeta. Se aproprie dele! Bem, mas você sabe o que é, de fato, importante para você? Nesta resposta, inteiramente sua, estão à aquarela, os pincéis, todos os instrumentos necessários para fazer seu caminho pessoal se tornar uma bonita obra de arte. A obraprima da sua vida, que nada mais é que o caminho que você escolher percorrer. Os instrumentos estão dentro de você, na sua volta... Mas eles somente resultarão numa linda obra, se o seu coração escolher as cores e as suas mãos trabalharem para isso. Mesmo que no caminho longo e farto de surpresas. Onde você dará as mãos para pessoas especiais, terá suas crenças e seus protetores, onde passará por rios, oceanos, terras desconhecidas e muitos acontecimentos balancem suas verdades, desarrumem os cômodos. Sempre haverá uma clareira, um lugar de aconchego onde você possa descansar quando quiser. Pare de vez em quando. O caminho é seu, afinal! Aproveite-o como quiser. Sugerimos apenas que, por mais calo-

roso e confortante que seja esta clareira, não se mantenha nela por muito tempo. Há muito ainda a ser percorrido. Talvez buracos, tempestades, talvez centenas de pegadas áridas você encontre. Não se atormente: É seu este caminho! Há passagens que não há como evitar. Mas também não perpetue seus dias a lamentar por um pedaço arenoso. Saia dele, não fique parado, coisa melhor o espera bem ali... ... Ali adiante, depois da curva, a paisagem de um rio. Ali há rochas, pequenas cascatas, árvores pródigas em flores e frutos. Queremos desejar-lhe alegria, descanso, serenidade! Lembrará apenas que cada pegada é uma nova promessa que devemos saber desfrutar de todas as etapas – aproveitar nosso caminho e confiar na nossa capacidade de percorrê-lo da melhor maneira!

Uma boa viagem e seja muito feliz! Carinhosamente Equipe Andréa Sebben Psicologia intercultural www.andreasebben.com.br


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[literatura cinema e artes]

Encantador de Cães - César Millan

O autor do livro o Encantador de Cães é um mexicano que foi criado em uma fazenda, rodeado de todos os tipos de animais. Durante sua infância, ele viu sua família conviver e sobreviver com a natureza, em perfeita harmonia. E os cães sempre atraíram sua atenção e admiração. Com muita dedicação e nada de propaganda — apenas boca-a-boca — um dia ele descobriu que tinha clientes como Will Smith e Oprah Winfrey, que buscavam ajuda para seus cachorros. Hoje, César possui seu próprio programa no National Geographic Channel, chamado Dog Whisperer e já ganhou vários prêmios por seu trabalho de reabilitação de cães abandonados.

O Pequeno Princípe - Antoine De Saint-exupery

O Pequeno Princípe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino. Pela mão do pequeno princípe, recupera a meninice abrindo uma brecha no tempo, volta a sentir o perfume de uma estrela , a ouvir a voz de uma flor, a ver o brilho de uma fonte, escutar os guizos das folhas batidas pelo vento. Quebra-se por momentos a crosta que generaliza o outro em todos e torna as coisas comuns e iguais para se descobrir os carneiros dentro das caixas, os elefantes dentro das serpentes. Uma leitura inesquecivél para todas as idades.

Um Conto de Duas Cidades - Charles Dickens

A narrativa de Um Conto de Duas Cidades - que se refere a Londres e Paris - tem início em 1775, quando começam a germinar os movimentos que culminariam na Revolução Francesa. Em meio a grandes injustiças e abusos por parte da nobreza, os camponeses e artesãos conformam-se com as injúrias, sabedores de que o tempo da vingança está próximo. Considerado um clássico da literatura inglesa do século XIX, Um Conto de Duas Cidades trata ao mesmo tempo da realidade da Inglaterra e da França revolucionária. Dickens toma como ponto de referência a Revolução Francesa para apontar os problemas sociais e políticos da Inglaterra, pois temia que a história se repetisse em seu país quando escrevia o romance.

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LIÇÕES DA PRIMAVERA

Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada, que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder... Para me encontrar... Florbela Espanca A Terra se desloca em torno do Sol e o equinócio de setembro anuncia as cores da estação, A fria neblina que recobre os campos e as cidades vai abrindo caminho para os raios de Sol, Esse calor pela manhã, essa sensação de paz e leveza, tomam minha mente e coração, O inverno vai passando, pari passu, ao som de um coral de Violetas, Orquídeas e Girassóis... Os campos florescem, as árvores dão seus frutos e rios seguem vibrantes seu curso, Os lagos se aquecem, os animais retornam e junto a eles se harmonizam e vivificam-se, Tudo à minha volta é Vida, e de formas tão magníficas se apresentam em meu percurso, O som das tardes frias não mais recobrem o ar de melancolias. Na verde natureza, modificam-se... Oh Primavera! Teus campos de lótus, tulipas e lírios; Tuas montanhas recobertas de relva, teu som, tuas cores e rios; São canções reconfortantes para os corações vazios... São brechas para a Esperança e para o Amor são razões, São formas delicadas de vida que ensinam poderosas e sutis lições: A plenitude de Deus ilumina a Terra e resplandece em todos os corações! Nelson Malzoni Poeta e consultor jurídico www.nelsonmalzoni.com

Rio

Título original: (Rio) Lançamento: 2011 (EUA) Direção: Carlos Saldanha Atores: Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Rodrigo Santoro, Jamie Foxx. Duração: 96 min Gênero: Animação Animação computadorizada em três dimensões conta a história de Blu, uma arara azul, capturada na floresta brasileira e indo parar na fria cidade americana de Minnesota para ser criada por uma moradora local, Linda, com quem desenvolveu um forte laço afetivo. Até que Túlio, um ornitólogo brasileiro entre na vida das duas em busca da salvação dessa rara espécie. Linda parte então com Blu para a cidade maravilhosa, onde conhecem a livre Jade. As forças de todos serão testadas quando as aves são capturadas por uma quadrilha perigosa.


Águas de Cheiro Angela C. Oliveira

Segundo Goethe, poeta e pensador do século XVII, a artista nada mais é que um canal de materialização da arte, expressão esta que chega ao mundo proveniente de outra dimensão, bem mais sutil que esta nova. A teoria na época causou polêmica, mas fez discípulos. A artista plástica Angela C. Oliveira se enquadra na descrição. Dona de ume estilo inconfundível e colorista nata, fazer arte para ela é se deixar levar pelo clima, pela inspiração.

A Liberdade é Azul

Título original: (Trois Couleurs: Bleu) Lançamento: 1993 (França) Direção: Krzysztof Kieslowski Atores: Juliette Binoche, Benoít Régent, Floence Pernel, Charlotte Very. Duração: 97 min Gênero: Drama

Julie Vignon (Juliette Binoche) é uma famosa modelo que decide renunciar à vida após a morte do marido e da filha em um acidente de carro. Porém, depois de uma tentativa frustrada de suicídio, Julie encontra uma obra inacabada do marido, um grande músico, se interessa por ela e passa a se reinteressar pela vida.

Seu pai a levou a um atelier de pintura aos sete anos, ‘’Ainda hoje sinto aquele cheiro da tinta a óleo nas palhetas usadas e escuras.’’ ‘’Preservar a arte no decorrer dos anos e ter dedicação e paciência para aceitar que o tempo do artista segue um ritmo próprio, é a parte mais complicada de se encarar.’’ Sua arte que é alegre, lúdica, cheia de vida, muitas vezes deixa as telas para pintar também em paredes, caixas, bolsas e tudo que a sua ousadia permitir. Como se processo de criação não exige muito empenho para finalizar uma obra, já que a materializa sobre a tela sem esboço prévio o que a intuição pede no momento, Angela também já experimentou pintar em lugares públicos (eventos) e o resultado foi totalmente positivo. Segundo Werner Krapt, historiador e crítico de arte, suas telas seguem uma linguagem atual e moderna. Busca exprimir seus sentimentos através de um jogo de cores agradável ao observador. Seu trabalho consiste em dar formas e cores à suas emoções. Todos os recursos são usados como guia para que a poesia plástica possa de repente se exaltar e surpreender. Colorista ao extremo, utiliza-se das cores com a leveza e agilidade de quem tem íntima relação e domínio do universo colorístico. A rapidez de seu gesto é fruto de seu temperamento irrequieto e profundamente criativo, traço marcante da sua personalidade e que acaba por trazer à sua obra uma marca indelével e inconfundível.

As bicicletas de Belleville

Título original: (Les Triplettes de Belleville) Lançamento: 2003 (França) Direção: Sylvain Chomet Atores: Michèle Caucheteux, Jean-Claude Donda, Michael Robin, Monica Viegas. Duração: 82 min Gênero: Animação

Madame Souza é uma velhinha portuguesa cujas ânsias estão dirigidas única e exclusivamente a seu neto, a princípio um garoto rechonchudo e melancólico. Tentando animar o garoto, a vó lhe compra um cachorro, que vem a preenche o vazio existente na vida do menino, até que este se torna um aficionado por ciclismo, uma paixão amplamente apoiada e estimulada pela avó. O jovem se prepara para um campeonato nacional de ciclismo. Porém, o neto é sequestrado, obrigando Madame Souza a buscar o neto em uma aventura surreal cheia de referências ao nosso mundo, referências a outras obras cinematográficas e muita crítica ao modo de vida atual.


[IMORTAIS DA MÚSICA]

Mais que uma disputa de gigantes é um

duelo de pesos pesados no Brasil

Por Caio Ferreira

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m 2011 o cenário musical do Brasil será palco de dois grandes festivais internacionais, ou seja, “um duelo de dois pesos pesados’, de um lado o Rock in Rio, o “Pai” dos eventos, que volta ao Brasil para sua décima edição para provar, porque é o maior evento de música da atualidade. E do outro lado, o SWU um “novato” que traz como slogan “Começa com Você” e a batalha pela sustentabilidade, que provou ano passado que não veio a passeio. O Rock in Rio acontecerá nos dias 23, 24, 25, 29 e 30 de Setembro e nos dias 1 e 2 de Outubro e tem como principais bandas: Elton John, Red Hot Chili Peppers, Metallica, Stevie Wonder, Shakira, Coldplay e Guns N’ Roses.

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O SWU vai ocorrer entre os dias 12, 13 e 14 de novembro e já confirmou para o evento as bandas: Black Eyed Peas, Snoop Dogg, Damian Marley, Peter Gabriel, Faith No More, Megadeth. A “onda” de festivais de música não é de hoje, desde os anos 70 o Brasil produz bons festivais, e hoje presenciamos um excelente momento, pois o público brasileiro é bem visto lá fora, e consequentemente o país virou rota obrigatória de bandas, conjuntos e artistas internacionais. Com esses dois eventos musicais, de grandes proporções, para o Brasil, nada mais natural que ambos estejam presentes nas redes sociais, a todo o momento, e é quando ai começa os comentários comparativos por parte dos fãs, principalmente ao

line-up (lista das bandas). A comparação por parte do público cria uma idéia errônea de “concorrência” entre os festivais, pois os idealizadores de cada evento entraram em acordo para não disputar as atrações, e até mesmo em relação às datas para seus festivais. Por fim, esperamos que esta “onda” de festivais de música esteja apenas começando, em outros países como na Europa isso já é realidade há bastante tempo, e para o Brasil seria está à solução, já que nos deparamos com valores de ingressos de shows cada vez mais altos. Cabe aos grandes empresários notar a demanda e apostar-nos diferentes públicos que o país possui. Parabéns ao Rock in Rio e ao SWU!


A criação de um estilo musical: Por Caio Stephan

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O Eletrônico

á quem considere que a música eletrônica foi criada e se desenvolveu conforme a evolução dos instrumentos musicais que permitiam a gravação de sons. Sendo assim, data-se o nascimento do gênero eletrônico no ano de 1897, ano em que foi criado o “Dinamofone”, instrumento este que permitia a sintetização de sons a partir do uso de um teclado e de um painel de controle, conectados por fios a amplificadores acústicos. Porém, os inventores e artistas da época não tinham a mínima ideia do “monstro” que ali estaria sendo criado. Diante de vários anos de evolução tecnológica, os equipamentos, antes de difícil manuseio e caros, passaram a ser mais baratos e cada vez mais acessíveis para os artistas de outros gêneros musicais. Como exemplo, da disseminação das técnicas eletrônicas, podemos citar bandas como Pink Floyd e os Beatles, que passaram a usar sintetizadores e pedais de efeitos

Sugestão

para Ouvir:

sonoros em suas canções. A partir daí, já não havia mais como evitar o inevitável. No ano de 1975, a até então banda de rock, Kraftwerk, revolucionou o conceito de música eletrônica, trazendo novos sons e equipamentos, muitas vezes criados por eles próprios. Tal gênero que trazia consigo sons experimentais, foi chamado “Krautrock”, porém para muitos, nascia o que hoje conhecemos como música eletrônica. No inicio dos anos 80, diversos movimentos musicais e sociais foram ofuscando o gênero da discoteca, ou então “Disco”, e os sábados a noite já não possuíam tanto embalo. Em busca de inovações tecnológicas para trazer o estilo já fadado ao esquecimento de volta para o topo, os produtores e DJs da época se renderam aos sintetizadores digitais e a utilização de Samplers, que se trata de um aparelho capaz de captar e reproduzir sons. Após tais mudanças, em Chicago, a discoteca tomou novos rumos e formou o estilo

1) Frankie Knuckles, considerado o pioneiro do House “Your Love”

da e-music que todos nós conhecemos o House. Já em Detroit, a junção, das inovações mais a influência da música eletrônica europeia (em grande parte da banda Kraftwerk), deu surgimento ao estilo Techno. A partir desses dois movimentos criados nos anos 80, o continente europeu também aderiu à nova tendência dos EUA e criou o Acid-House, que mudou a cara da vida noturna, principalmente em Londres. Dai em diante, a e-music deixou de ser um estilo musical e passou a ser um estilo de vida, marcado pelas festas, raves, pvt’s, baladas e etc. Após o pontapé inicial dado pelos alemães do Kraftwerk nos anos 70 e a popularização do estilo nos anos 80, testemunhamos o nascimento e transformação de um estilo musical que ainda está em crescimento, mas que já conquistou seu espaço no mundo da música.

2) Kraftwerk “Autobahn”

3) Jeff Mills “The Bells”

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[FIQUE PLUGADO]

Geração

Web 2.0

Vidas interligadas por rede mundial de computadores *Por Luis Antonio Rodrigues Mariana Coralina do Carmo

A

internet, uma das facilidades tecnológicas do século XXI, vem modificando o modo como vivemos e como nos relacionamos com o mundo. Com sua popularização e o aumento de acesso a banda larga, tornou-se acessível interagir com amigos distantes, descobrir o significado de uma palavra, compartilhar sua opinião sobre um produto, assistir os clipes de sua banda favorita, procurar uma vaga de emprego e até mesmo cursar uma faculdade. Essa evolução na forma como navegamos na internet acarretou uma série de mudanças na concepção de conteúdos e aplicativos para web, de maneira a tornar o ambiente on-line mais dinâmico e colaborativo, “aproveitando a inteligência coletiva”, diz Tim O’Reilly, criador do termo, web 2.0, usado para designar esta segunda geração da Word Wide Web (www). Os sites baseados no conceito web 2.0 buscam o compartilhamento de informações de forma interativa e participativa, permitindo que os usuários interajam entre si e com o próprio site, colaborando para a criação e organização de conteúdo. Dentro

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deste conceito, estão aplicativos como redes sociais, Messenger, blogs, wikis, entre outros. De forma prática, esta nova geração da web, não atingiu apenas as telas de nossos computadores, mas também, nossa vida pessoal, profissional e educacional. Na vida pessoal, redes sociais como o Orkut, o Facebook e o Google+, têm ajudado milhões de pessoas a reencontrar velhos amigos, bem como fazer novas amizades. Nesta classe de rede social a interação entre os usuários se dá através da criação de perfis, onde o usuário pode postar informações pessoais, fotos, vídeos e recados. Com um intuito diferente, o Twitter traz em tempo real o que esta acontecendo com seus amigos e com o mundo. Além das redes sociais, temos também o bem conhecido Windows Live Messenger, ou como é chamado, MSN, onde os usuários trocam mensagens instantâneas com seus amigos on-line. Na vida profissional, vem se ampliando as oportunidades de emprego, uma vez que muitas empresas têm modificado suas técnicas de recrutamento, anunciando suas vagas em grandes sites de consultoria, onde qualquer pessoa interessada pode se

cadastrar para concorrer a uma vaga. Além das vantagens para a empresa, há também as vantagens para o profissional, que pode acessar vagas de abrangência nacional e internacional, o que gera maior visibilidade ao currículo. Na educação não tem sido diferente, a internet alavancou o crescimento exponencial da Educação a Distância (EaD). Em 2007, os cursos não presenciais, chamados de cursos à distância, mobilizaram mais de 2,5 milhões de brasileiros, segundo levantamento da AbraEaD (Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância). Além dos cursos à distância, os estudantes também contam com diversos portais educacionais oferecendo material didático multimídia. Assim, nota-se que a internet está intrinsecamente ligada à vida de todos nós. Então, deixamos uma questão: como seria nossa vida no século XXI sem a internet? Na próxima oportunidade vamos comentar sobre o espaço de nuvens na Internet. *Laboratório de Controle de Sistemas Dinâmicos Faculdade de Engenharia Mecânica - FEM Universidade Estadual de Campinas


[games]

FIFA 12 & Pro Evolution Soccer 2012

N

ão tem como negar: Futebol é o estilo de jogo virtual mais praticado pelos amantes dos games eletrônicos. Em quase todas as repúblicas ou kitnet de estudante há um console que anseia ansiosamente para ser ligado após horas de estudo e dever cumprido. Entre campeonatos e amistosos, as habilidades e estratégias evoluem aumentando assim a expectativa pelas novas versões que são atualizadas e cheias de novidades. Sintonia revela algumas das novidades de Fifa 12 e Pro Evolution Soccer, confira: A nova versão do clássico game de futebol virtual produzida pela Eletronic Arts – EA Sports -, o FIFA 12 tem como uma das novidades o novo sistema de colisões que permite maior realidade na disputa de jogo de

corpo entre os jogadores e na freqüência das lesões, dependendo da dureza de cada lance. Outra coisa é envolvimento das torcidas nas partidas, avaliando cada jogador conforme seu histórico. A Konami, desenvolvedora do game de grande sucesso, Pro Evolution Soccer, promete inúmeras novidades e melhoras na nova versão do game. De acordo com a empresa o jogo em equipe será mais apurado, com aumento do entrosamento entre os jogadores de cada equipe, tanto porque uma das coisas que irá melhorar muito é a inteligência artificial adaptada a cada atleta. Também foram atualizados os modos de edição e o sistema on line, com facilidades para os jogadores interagirem de maneiras diferentes. Uma das inovações mais bacanas

é a possibilidade de usar o direcional analógico direito para controlar um jogador que não está com a bola, possibilitando diversas jogadas mais ousadas, com passos em profundidade e triangulações decisivas. Os times brasileiros presentes para a versão do FIFA 12 são: Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Coritiba, Flamengo, Grêmio, Corinthians, Cruzeiro, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco. Apesar de a nova versão conter os times brasileiros, nada indica que teremos a opção da narração em português, o que é confirmado para o Pro Evolution 2012 com Silvio Luiz como narrador e Mauro Beting como comentarista; mas a versão só oferece para escolha os times brasileiros que disputaram a Taça Libertadores da América.

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[SAÚDE]

Benefícios do exercício

físico

A ginástica, desporto e educação física são atividades vitais para a saúde Por Danton Machado da Cunha*

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notório que nas últimas décadas ocorreu um avanço expressivo da medicina em todo o mundo, o que gerou aumento na expectativa de vida das pessoas. Com isso, hoje, a preocupação do brasileiro é com sua qualidade de vida. O sedentarismo comprovadamente é uma condição indesejável e que compõe juntamente com hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e colesterol alto, um importante fator de risco para doenças cardiovasculares com o Infarto Agudo do Miocárdio. Nos Estados Unidos ele é responsável por duzentas mil mortes por ano e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é tido como fator de risco de 6% da mortalidade no mundo todo. Todos esses fatores levaram a conclusão de que o sedentarismo é um problema de saúde pública. Ainda segundo a OMS, a atividade física surge nesse contexto, como fator de prevenção a doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, diabetes, câncer de mama, câncer de cólon, cálculos biliares e

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o sedentarismo é fator de risco de 6% da mortalidade no mundo todo ajuda no controle da glicemia. Além disso, melhora a saúde óssea e funcional também contribuindo no controle do peso. Outra contribuição está relacionada ao estado psicológico do ser humano, pois a atividade física reduz o stress emocional, a depressão e a ansiedade. Deve-se levar em consideração, que uma avaliação médica antes da realização da atividade física é importante para que se avaliem os possíveis riscos que podem estar relacionados principalmente a doenças cardiovasculares e arritmias cardíacas e na ajuda da definição de metas a serem alcançadas. Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, a composição do exercício físico, deve se basear em um programa regular com atividade aeróbica, sobrecarga muscular e flexibilidade, variando a ênfase em cada um de acordo

com a condição clínica do indivíduo e com seu objetivo. Em geral as diretrizes recomendam atividade física de intensidade moderada por pelo menos 30 minutos, 5 vezes por semana em períodos diferentes durante ou dia ou integrado ao curso da vida diária. Aos idosos também existe a recomendação dessas atividades, na medida em que, melhora o condicionamento físico, diminui o risco de quedas fortalecendo a musculatura além de reduzir fatores de risco para doença cardiovascular. Nas crianças e jovens o exercício proporciona melhora na capacidade funcional, aumenta a densidade óssea, força muscular e reduz o risco de doenças. Portanto, vê-se que esse tema é de alta relevância além de ser necessária sua abordagem com mais freqüência para o entendimento comum. A atividade física é uma medida de promoção da saúde. *Acadêmico de medicina, cursando o sétimo período na Universidade Gama Filho - Rio de Janeiro.


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Florestas Florestas [EM FOCO]

Árvores são poemas que a terra escreve para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio. Kalhil Gibran (1883-1931) Poeta libanês

O homem foi presenteado com a razão, com o poder de criar, acrescentando coisas àquilo que já existe. Mas até agora ele não tem sido um criador, só um destruidor. Florestas desaparecem, rios secam, a vida selvagem se extingue. A terra fica a cada dia mais pobre e mais feia. Anton Chekhov (1860-1904) Escritor e dramaturgo russo

Nas minhas canções, a natureza sempre aparece. Assim, posso dizer que eu já era ecologista muito antes de ter consciência disso. Antonio Carlos Jobim ( 1927-1994) Compositor brasileiro

Onde havia peixes, há mercúrio. Onde havia florestas, há cinzas.

A natureza, para ser comandada, precisa ser obedecida.

Roberto Burle Marx (1909-1994) Paisagista brasileiro

Francis Bacon (1561-1626) Filósofo inglês


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vocĂŞ 84

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