10ª Edição Sintonia Universitária

Page 1

www.sintoniauniversitaria.com.br

Intercâmbio México, um país rico em beleza e história

Ação Social Ong Medicina do Riso faz a diferença no Brasil

Patrocinador :

Atletas nacionais,

formação estrangeira

Edição nº10 nspirando Atitudes

Brasil ainda exporta seus talentos, com estrutura ineficaz no esporte acadêmico




contato@lefdesign.com.br | (11) 4964-6441 | 6965-4252

Mude.Inove.


A

Imaginação

é o que nos move!

LeF design. Uma agência que surpreende!

www.lefdesign.com.br

LeF design

.Destaque-se. comunicação criativa


ÍNDICE

Arriba, vamos para o México!

AÇÃO SOCIAL

52

38 40 O que falta para o esporte universitário brasileiro vingar?

INTERCÂMBIO

MATÉRIA CAPA

Ong Medicina do Riso faz a diferença no Brasil


Mestres: Salve, salve Nelson Rodrigues

Consciência: Gentileza não é coisa de criança

Com a Palavra: Jogos Universitários por quem foi, viu e viveu

Perímetro Urbano no Cambuí

Sintonia Entrevista: Time de Rugby adaptado da Unicamp

Cultura e pipoca

66

Portal Sintonia: Fique por dentro das novidades universitárias

Campinas como ela é: Coletivos: Ajuntaê que da certo

Mixed Martial Arts Conheça o MMA

Profissões: Engenharia de Produção: amplamente recomendável

Sintonia Destaca: Vagner Cavenaghi

Paulínia festival de Cinema 2012 é cancelado

Estude melhor na universidade

Fique Plugado: As últimas em games e tecnologia

SINTONIA INK

64

Mercado de Trabalho:

Noite em Foco: As melhores festas universitárias

Arte: Registro fotográfico em pleno Barão Geraldo

Formatura: Baile inesquecível

Em foco: Ser jovem é...

10 12 14 16 20 24 26 30 32 34 68 70 76 77 78


Por: Gabriel Moraes

Direção Executiva Gabriel Henrique Silva Moraes Thiago Augusto Gori Lima Diretor Editorial Gabriel Henrique Silva Moraes Diretor de Marketing Pablo T. Sola Redação Aline Saloutto Bianca Fernandes Bruno Chiarotti Gabriel Moraes Maraisa Buzin Marina Benatti Pablo T. Sola Colunistas Carolina Ruedas Fabiano Ormaneze Otávio Antunes Colaboradores Aline Saloutto Danilo Vitor John Locke Luisa Helena Silva Moraes Mary Rodrigues Penna Gori Lima Rafael Provenzano Rodrigo Marques Sylvio Augusto Penna Lima Tarik Radwan William Carlos Moraes Projeto Gráfico e Diagramação Agência LeF Design www.lefdesign.com.br Diretor Comercial Thiago Augusto Gori Lima

Editorial

C

om muito esforço e dedicação chegamos à décima edição da Revista Sintonia Universitária e, graças a Deus, podemos dizer que estamos crescendo. A cada dia, a Sintonia está mais próxima da vida universitária do país, entendendo cada vez mais os jovens e a sociedade onde compartilhamos nossas vidas. Vemos o mundo universitário como uma grande família,

na qual estamos todos em busca de conhecimento e realizações; onde alimentamos a esperança e cultivamos amizades. Tudo para um futuro melhor, um futuro com amor. Amor ao próximo, assim como amamos a nós mesmos e assim como os voluntários da ONG Medicina do Riso amam os pacientes, pois “o amor é contagioso”. Lutar pela vida, essa é a mensagem. Não desista, como não desistem os lutadores de MMA, esporte que mais cresce no Brasil. País este, que é rico em recursos naturais e em potencial humano, é também dotado de excelentes universidades, formadoras de grandes líderes e mentes pensantes. Mas nossas universidades não são celeiros de atletas, como nos países desenvolvidos. Por aqui, os jogos universitários são limitados à diversão e confraternização, e a formação de atletas se restringe apenas aos clubes; em outros países, o esporte universitário forma atletas como Michael Jordan e também César Cielo, atleta brasileiro que foi treinar em universidade norte americana, pois aqui nenhuma oferece tais condições. E essa realidade é o tema de capa desta edição. Também trazemos a realidade cultural de nossa região: enquanto uns cancelam o Festival de Cinema de Paulínia, coletivos como o Ajuntaê lutam pela integração cultural de Campinas. Trazemos ainda uma reportagem especial sobre o México, país fascinante, mas pouco procurado para intercâmbio. E ainda um pouco do que aconteceu nas faculdades e quem esteve presente nas festas universitárias. Ah! Não deixe de ler nossas colunas, pois como sempre, inspiram atitudes!

Representação Comercial Eduardo Bazem Maraisa Buzin William Carlos Moraes Filho

Boa leitura! Gabriel Moraes

Banco de Imagens Shutterstock Fotografias Bianca Fernandes Marina Benatti Manuel Portuga Mão Pablo T. Sola

Fale com a Redação: (19) 3014 9234 | 8206-9518 sintonia@sintoniauniversitaria.com.br Para Anunciar: (19) 3014-9234 | 8183-6977 | 7825-2309 contato@sintoniauniversitaria.com.br

www.sintoniauniversitaria.com.br

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Revista Sintonia Universitária. É proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo dessa publicação sem prévia autorização da Editora Universidade GT. Distribuição: Gratuita e Dirigida | Tiragem: 10 mil exemplares Impressão: Gráfica Mundo | Assessoria Jurídica: PENTEADO & RENÓ

Tiragem de 10 mil exemplares auditada pela ASPR Auditores Independentes.Certificado à disposição dos interessados www.aspr.com.br

Copyright 2011 Editora Universidade GT Ltda.

Deus seja louvado.


“Gostei muito da revista, pois direcionada maioritariamente ao publico jovem, nos mantém antenados a cada leitura”.

“A revista Sintonia Universitária é uma ótima leitura para o estudante se informar, com qualidade, dos fatos que giram em torno da vida acadêmica.”

- Luis Henrique Veloso, estudante de Publicidade e Propagando PUC Campinas

- Guilherme Motta, 23 anos, estudante do 2º ano de Jornalismo da PUC Campinas

“Tive a aoportunidade de ler a última edição da revista, mas já visitei o site e vi a versão online da mesma. Acho muito interessante a proposta de uma revista voltada pro público universitário: as matérias são bem ecléticas e engajadas! Keep on rocking!”

“Muito bom o site, pois o mesmo contem assuntos de interesse dos universitários,alem de informações valiosas,as quais alem de proporcionar conhecimento promovem momentos de lazer através dos tópicos abordados.” Marcelo Ambrosano, 20 anos, 3º ano de Biologia da UNIMEP

- Guilherme Fuzatto | 20 anos | Estudante do 3º ano de Letras Português e Inglês pela UFSCar

A Sintonia é uma revista excelente. Atualiza e informa o estudante sobre o mundo em que ele vive. Queria que fosse da minha época!

“A Revista Sintonia Universitária vem ao encontro com tudo que o público de jovens universitários procura: notícias referentes às suas respectivas áreas de atuação, novidades do mercado de trabalho, atualidades, além de dicas de viagens, artes e coberturas de festas. Parabéns a revista por essa ótima iniciativa e por terem tido a visão de oferecer um produto que se demonstrava carente no (nosso) mercado!”

Diogo Vicentin – Engenheiro Elétrico pela USP

Carolina Giudici Siqueira - 19 anos, estudando Gestão de Comércio Internacional na Unicamp

“A revista apresenta muitas coisas legais que nem sempre estão em primeiro plano. Muito boa” - Lucas Souza, 22 anos, estudante de Jornalismo da PUC-CAMPINAS

“Gostei bastante da revista, ela aborda assuntos interessantes e com conteudos voltados para a vida universitária” - Bruna Manso, 20 anos, estudante do 2º ano de RP Puc Campinas


[MESTRES]

Fabiano Ormaneze é jornalista, escritor e professor universitário. Dá aulas na área de comunicação e literatura na PUC-Campinas e na Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL).

Nelson Rodrigues: mas esse cara só fala de sexo?

*Por Fabiano Ormaneze

Muito está se falando do escritor Nelson Rodrigues que, em agosto, completaria 100 anos. Por essa razão, é bem provável que se ouça, ainda que de relance, algum comentário sobre o principal dramaturgo brasileiro e um dos nossos mais notáveis cronistas e contistas. No que se fala por aí, os menos conhecedores se referirão a ele como “o anjo pornográfico” (como ele mesmo se autorreferia), o “escritor d´A Vida Como Ela É”, ou então simplesmente “daquele cara que só fala de sexo”. Essas opiniões não estão completamente equivocadas, mas são simplistas, preconceituosas e corroboram uma visão presente nas adaptações para a TV e o cinema. A obra do pernambucano que viveu a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro é ampla: romances, contos, teatro e crônicas. Nelson, na verdade, ao mesmo tempo em que revolucionou a dramaturgia nacional, ao romper com estruturas convencionais de texto e montagem, também inovou o gênero crônica, ao instituí-lo no jornalismo esportivo. Desde a época que trabalhou na revista Manchete Esportiva, na década de 1950, criou um estilo que agrega paixão pelo futebol, contextualização social e política e um estilo literário que vive copiado. A sua obra em forma de crônica já bastaria para dizer que ele não é o “cara que só pensa em sexo”. Falemos mais, no entanto. De fato, quem lê sua produção, se não carregar um pouco mais de reflexão, pode fazer uma leitura equivocada. O sexo, na obra de Nelson, faz parte de três processos. O primeiro é a tentativa da constituição psicológica dos personagens com o máximo

10

de verossimilhança. A sexualidade integra a densidade psicológica humana. Ao criar personagens, Nelson não coloca o sexo de forma gratuita: ele faz parte do ser humano, assim como a ambivalência, o sofrimento, a alegria, o medo da morte. Essa contextualização é tão bem feita que, por exemplo, Beijo no Asfalto, de 1960, parece muito mais fazer uma crítica ao jornalismo, do que abordar a questão da homossexualidade, característica de um personagem que, na peça, não passa de criação de um repórter para tornar um fato mais apelativo. Também não se pode deixar de expor que a sexualidade na obra do escritor tem ligação com a psicanálise freudiana. Muitas das menções ao sexo estão condicionadas ao inconsciente, ao plano do desejo. É assim em Vestido de Noiva, quando a personagem principal, durante uma alucinação, se vê como prostituta. Não se trata, necessariamente, de uma característica consciente da personagem, mas de seu inconsciente. Por fim, a sexualidade em Nelson também aparece como uma metáfora e tem um papel catártico. Metáfora porque ele, muitas vezes, utiliza a sexualidade para falar da completa degradação do humano, como na peça Anjo Negro. Além disso, ele aborda temas que, ainda hoje são considerados tabus e dos quais temos certo receio de falar, como incesto, infidelidade, homossexualidade. As peças de Nelson fizeram sucesso também por trazer catarse: elas falam daquilo que o ser humano tem de latente, mas lhe falta coragem ou sobram amarras e censuras para falar.


SPA Sorocaba: comprometimento com alegria, bem-estar, segurança e resultado.

Conheça. Compare. Decida.

Reservas 0800 701 8878 www.spasorocaba.com.br Resp. Téc.: Dr. Manoel Carlos Beldi Castanho Cardiologista - CRM 35119


[CONSCIÊNCIA]

Carolina Ruedas, 21 anos Faz Letras na Unicamp Mora em Jaguariúna ;)

Quando o ato de ser gentil passa a ser considerado infantil.

*Por Carolina Ruedas

Estranho foi perceber que maturidade passou a ser confundida com hostilidade. Eu ainda me lembro da minha primeira semana na universidade, digo que AINDA me lembro porque embora não faça muito tempo, hoje parece absolutamente distante. É incrível como as pessoas tem a capacidade de mudar o comportamento antes do primeiro mês de aula. Todos chegam empolgados, a maioria recémsaída do ensino médio com alguns vícios ainda adquiridos pela escola e quando entram em contato com seus veteranos se dão conta de que eles por vezes parecem muito mais adultos.Adulto é uma palavra estranha que a maioria das pessoas deixa de falar quando entra na adolescência. Mas é justamente ela que assombra essas repetitivas gerações de novos adultos. Tem sempre alguém que parece mais adulto do que você. Toma decisões responsáveis, se veste como alguém responsável, trata os professores de igual para igual e os colegas de sala como se fossem adolescentes recém-chegados. E a grande questão é: eles SÃO adolescentes recém-chegados. A boa notícia é que não tem problema nenhum nisso. Entrar na faculdade não significa obrigatoriamente crescer “na marra”. Embora você tenha que assumir outras responsabilidades

12

e trocar o pensamento acadêmico, você não precisa necessariamente mudar de estilo, parar de conversar em sala de aula e ser hostil com as pessoas. É muito pelo contrário. Alguns cursos contam com pessoas mais velhas, algumas vezes até formadas, que ingressaram novamente na universidade. E é engraçado perceber que essas pessoas muitas vezes parecem mais jovens do que os atuais “jovens adultos” que estão morrendo de pressa para se tornarem adultos de verdade. Talvez porque as pessoas mais velhas não tenham a preocupação de parecerem maduras, porque já são maduras e isso as torna mais leves e despreocupadas. O empenho para parecer mais responsável perante os amigos e os professores pode inclusive afastar as pessoas que reagem dessa maneira do resto da sala e isso não é saudável para a convivência. Não só por não conseguir ser gentil e manter amigos, mas por criar uma capa de superioridade e conquistar a antipatia dos colegas e também dos professores. Estar na universidade é uma mudança e mudanças não precisam ser forçadas, elas ocorrem naturalmente. Um dia você vai acordar e se dar conta de que amadureceu tanto que nem parece um adulto.



[COM A PALAVRA]

Otavio Antunes é jornalista, foi fundador da Atlética de Comunicação da PUCC, da Liga das Atléticas da PUC. Foi vice presidente da UBES (união brasileira de estudantes secundaristas) e ex-secretário de comunicação de Campinas. Atualmente á assessor de imprensa e militante.

Os jogos Universitários

*Por Otavio Antunes

Há quem diga que se trata apenas de um feriado de bebida e diversão, que em nada acrescenta à vida acadêmica ou a vida pós-universidade (vida real). Eu discordo. A vida acadêmica não pode e não deve se resumir a sentar-se em uma cadeira, conquistar o diploma e ir pra selva de pedra. A universidade é por si só um espaço de conflito, de antítese e busca de síntese. Individual e coletiva. Longe da proteção dos pais, formamos nossos conceitos não somente sobre disciplina A ou B, mas sobre as coisas da vida. O ambiente acadêmico tem que ser sempre forjado pela curiosidade e pela vivência coletiva de experiências. Não são poucas as pessoas que relatam o quanto mudaram na universidade. É um contracenso, portanto, sair da faculdade sem que nada tenha sido acrescentado à nossa vida além das matérias aprendidas. Somos humanos e, como tal, precisamos dessas relações para melhorar sempre e conviver bem em sociedade, sempre de forma mais solidária e tolerante com a diferença, com os diferentes. Onde mais poderíamos vivenciar isso? É evidente que professores, matérias, aulas e outras coisas nos tocam e nos marcam. Mas são as relações humanas que guardamos no coração e na mente para sempre. É a quantidade de vezes que dividimos um lanche, um copo, uma noite mal dormida por estudo, farra ou por sonhos que vai lhe acompanhar entre suas melhores lembranças. Isso sem contar a necessidade do lúdico e da prática esportiva. A vida independente e adulta nos impõe um

14

ritmo que se baseia na produção e acumulação de bens. Sobra pouco tempo para o que não seja isso. Incentivar desde sempre o convívio social e a prática de esporte também deveria ser uma das tarefas da universidade. Os jogos universitários representam um pouco de tudo isso, não à toa, algumas universidades conceituadas como a Cásper Líbero ECA-USP já colocaram o Juca em seu calendário oficial. A PUCC, universidade onde me formei em jornalismo, sempre deu pouco valor a esse universo de possibilidades. Não se trata aqui de falar da sua qualidade de ensino, que é boa e reconhecida, mas sim de lembrar que a universidade pode e deve ser muito mais. Fundamos uma atlética, a partir dela incentivamos a fundação de tantas outras dentro da universidade. Fundamos a LAP, Liga das Atléticas da PUC. Tive a honra de participar das duas entidades, e construí relações que me seguem por toda vida toda! Dia desses, quando me relacionava com redações de jornais, reencontrei amigos e conhecidos que partilharam muito mais do que uma sala de aula. Partilharam o convívio que cria cumplicidade, a cumplicidade que cria amizade, e a amizade que cria confiança, que cria um laço inquebrantável de iguais. Iguais em quadra, na torcida, e depois, na vida real. Iguais em humanidade e esperança! Existe ainda o espaço da participação política na universidade, tema, quem sabe, para um próximo texto. Ainda sobre os jogos, sei que pode parecer bobagem... Mas perguntem pra alguém que já foi pro Juca... Vocês vão entender.



ENTREVISTA

Por: Marina Benatti Foto: Joon Ho Kim

Sintonia Entrevista: Rafael Botelho Gouveia, técnico do time de rugby adaptado da Adeacamp/Unicamp

Conquistamos! Sim, já pela 4 vez! a

R

ugby. Esporte pouco difundido no Brasil, mas que hoje já traz orgulho para muitos, que aqui, conhecem mais a fundo o esporte, e o praticam com determinação e disciplina. Assim, começa a história do time de Rugby de Cadeira de Rodas da AMACAMP – Atividade Motora e Esporte Adaptado da UNICAMP, que são tetracampeões pelo 5º Campeonato Brasileiro e 2º Campeonato Brasileiro, da segunda divisão, ambos os campeonatos foram promovidos pela Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas e pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, que aconteceu em Matinhos, no Paraná, em Maio e Junho deste ano. O time jogou contra o clube AROUCA/SANTER/Rugby do Rio de Janeiro, o OMDA/TSUNAMIS/ de Santa Catarina, e a equipe BH/Rugby de Belo Horizonte. Contar um pouco da história desse time é apresentar, acima de tudo, superação e determinação, que são essenciais para qualquer atleta conquistar medalhas, mas pela 4ª vez consecutiva é para poucos. Assim, com Luis Gustavo Pena, e Rafael Botelho Gouveia, técnico do time de Rugby de cadeira de rodas da Unicamp/ Adeacamp mostram as dificuldades, o esforço e as vitórias, com incentivo e preparação quatro vezes por semana, com duração de três horas por dia, o time que tem idade média de 28 anos e composto por 10 atletas que buscam melhor qualidade de vida, além, claro, de medalhas.

16


ENTREVISTA

Sintonia: Qual a formação acadêmica de um treinador de Rugby de Cadeira de Rodas? Rafael Botelho Gouveia: A formação do técnico de Rugby em cadeira de rodas (RCR) no Brasil é vinda de profissionais de educação física que têm contato com a modalidade, mas internacionalmente o profissional é um ex-atleta, ou um profissional que tem origem em diversas áreas do conhecimento, inclusive administradores de empresas. S: Quando se formou o time de rugby da Unicamp/ Adeacamp? R: A equipe foi formada no ano de 2008, especificamente no segundo semestre, por iniciativa do prof. Dr. José Irineu Gorla, juntamente com a Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC). S: Quais as diferenças de se treinar um time de atletas adaptados? R: Não há diferença nenhuma, a meu ver, afinal qualquer atleta tem suas particularidades de comportamento ou necessidades de treinamento, o fato de eles serem deficientes físicos só demanda mais conhecimento dos profissionais envolvidos, se for possível a comparação, esportes para mulheres e homens não são considerados diferentes, apesar das diferenças fisiológicas entre os dois. O que faz diferença é a modalidade em si, já para o trato do dia a dia de trabalho eu não enxergo diferenças.

S: Como deve ser a preparação de um técnico para atender um time de rugby em cadeira de rodas? R: O técnico de RCR deve ter conhecimento sobre a modalidade, sendo ele deficiente físico ou não. Ele deve conhecer as regras, do sistema de classificação funcional, da manutenção dos materiais de jogo, mas principalmente conhecer dos atletas e de suas potencialidades.

S: Como é a sensação de ganhar um tetracampeonato? R: O tetracampeonato era esperado a meu ver, afinal somos a equipe que mais treina no Brasil, com 12 horas semanais de treino, temos 7 atletas que já representaram a seleção brasileira, eu tive a oportunidade de ser técnico da seleção por duas vezes, logo temos know-how e obrigação de ganhar sempre, em Matinhos, demonstramos isso novamente.

S: Como foram as competições anteriores do time? R: Os campeonatos anteriores foram à base do conhecimento técnico, tático e físico que temos hoje, todos foram importantes para sempre corrigirmos os erros assim como o campeonato desse ano será de referência para os próximos.

S: Quais foram às dificuldades até ser campeão? R: As dificuldades são as mesmas de qualquer outra modalidade ou equipe. Necessitamos sempre de apoios, patrocínios, entre outros, para que possamos treinar sempre com qualidade.

S: Como é feito o incentivo financeiro ao time? Há algum patrocinador? R: Os atletas recebem incentivo governamental, sendo 6 atletas contemplados pelo Bolsa Atleta do governo federal e 2 possuem a Bolsa Talento esportivo do governo do estado de são Paulo.

S: Que tipos de cuidados os atletas devem ter para se prepararem bem para uma competição desse porte? R: Cuidados com a sua saúde, suas necessidades fisiológicas e outras. Também há a necessidade de preparação física, pois nos baseamos no padrão de jogo internacional,

S: Quais as dificuldades hoje enfrentadas por eles? R: Uma das dificuldades enfrentadas é a acessibilidade para chegar aos treinos, por causa dos transportes. Especialmente nos campeonatos temos sempre problemas de adaptações como: rampas, banheiros, entre outros.

17


ENTREVISTA

logo treinamos pensando que vamos enfrentar os EUA, Austrália, Canadá, logo nossos atletas são estimulados e preparados para altas exigências físicas e táticas. S: Quais os desafios para os atletas hoje? R: Como atletas nacionais, sempre se manter no topo do Brasil, agora internacionalmente é jogar de igual para igual contra os melhores do mundo dentro de alguns anos. S: Há treinos específicos para cada jogador? R: Sim, devido às diferenças entre deficiências envolvidas no RCR, para um desenvolvimento ótimo do atleta ele precisa de estímulos individualizados, e é o que a equipe do projeto busca propor nos treinamentos. S: Quais os avanços da tecnologia hoje que têm ajudado tanto o treinador, quanto o time e o treino?

R: A tecnologia é fundamental para o RCR, desde as cadeiras que têm características únicas devido a resistência necessária aos choques de jogo, a leveza para que atletas com um comprometimento motor maior possam se locomover sem dificuldades e a “aerodinâmica” individualizada, ou seja, uma cadeira específica para cada atleta. Já para o treinamento, tecnologia está presente tanto nos períodos de avaliação física, como o polar para a verificação da frequência cardíaca, o aparelho do DEXA, utilizado para a verificação da composição corporal, o ciclo-ergômetro de braço, utilizado para a quantificação da potência anaeróbia, o analisador de gases portátil, que quantifica o consumo máximo de oxigênio, aparelhos e métodos que só são possíveis de se utilizar por estarmos diretamente ligados a universidade. Nos períodos de treino, aparelhos como tablets possibilitam a intervenção técnica e tática

diretamente na quadra, onde as ações são filmadas e mostradas após a realização dos lances. A tecnologia quando aplicada para potencializar os treinamentos é uma ferramenta muito bem vinda, nossa equipe certamente está no patamar que está hoje devido à aplicação de tecnologia nos treinos. S: Quais as experiências que o treinador irá levar para sua vida? R: A minha maior lição é sempre respeitar o próximo e as suas potencialidades, os atletas que eu convivo são os grandes professores do dia a dia, eles são deficientes físicos, sim, mas todos vão aos treinos sozinhos, alguns vêm de outras cidades dirigindo sozinhos, outros pegam transporte coletivo, outros moram sozinhos, a não reclamam. Como bons brasileiros, adoram correr atrás de uma bola e encaram os treinamentos muitas vezes pesados e não reclamam. Outra lição importante que a UNICAMP e a o tempo de RCR me ensinaram e a preparação antecipada, sempre que há um objetivo a ser cumprido, é necessária a preparação para diminuir os riscos de falha, isso é aplicável tanto para o esporte, onde o conhecimento do próprio time, dos adversários e da modalidade é necessário para que um técnico tenha sucesso, quanto para a vida profissional em si, onde o domínio dos conteúdos de cada área e saber aplicá-los são diferenciais. S: O que os leitores devem aprender em relação ao time no sentido de lição de vida? R: Leitores, dificuldades todos têm desafios a serem vencidos, e como todo bom ser humano, todos nós temos de gostar de vencer desafios.

18



Portal Sintonia

www.sintoniauniversitaria.com.br Por: Bianca Fernandes e Marina Benatti

Encontro de Engenharia da ESAMC reuniu alunos e professores para debate, sobre perfil profissional do mercado de trabalho. No último dia 12 de junho a ESAMC reuniu professores e alunos para debate sobre o perfil profissional no mercado de trabalho. A palestra foi no Auditório ESAMC Campinas, que contou com a presença de Alberto Coutinho. Ele é graduado em Engenharia Mecânica e Produção Mecânica, tem pós-graduação em Administração de Empresas e trabalha atualmente na General Motors do Brasil.

Documentário

“A Gente Não Somos Inútil”, feito por estudantes universitários, ganha trailer! O Documentário “A Gente Não Somos Inútil” sobre a trajetória da famosa banda de rock Ultraje a Rigor, ganha seu primeiro trailer. A história em vídeo foi criada por estudantes de Rádio e TV da Cásper Líbero, de São Paulo. A previsão de lançamento é para o dia 30 de outubro deste ano. A realização foi de Gilles Sonsino, conhecido por ser uma das vozes da Rádio Gazeta AM. O trailer e a reportagem completa você confere no site da Sintonia!

Rotina de

estudantes de medicina está em novo programa de TV! A Univesp TV estreou em maio a série Escola de Medicina e a proposta é mostrar o cotidiano de estudantes franceses, do primeiro ao último ano de medicina. Com isso, o público pode conferir como é a rotina das aulas, nos hospitais, as dificuldades e ganhos dos jovens médicos. A série vai ao ar na Univesp TV de segunda a sexta-feira, às 22h ou às 16h do dia seguinte, quando é reprisada. O canal é o digital 2.2 da TV Cultura, que está disponível a quem tenha um conversor e parte do conteúdo também está disponível no site univesptv.cmais.com.br.

20


Portal Sintonia

DESFILE

da faculdade de moda da ESAMC apresenta 12 peças diferentes produzidas por alunos Contos de fadas sempre nos levam a pensar em finais felizes. Assim surgiu a inspiração para o desfile produzido por alunos da faculdade de moda da ESAMC Campinas. As 12 peças diferentes foram apresentadas ao público, na faculdade, no último dia 31 de maio. Cada aluno confeccionou uma peça em releitura ao tema Contos de Fadas, que, como conta Cris Morais, professora da faculdade, o tema foi escolhido em conversa com alunos e com a professora Carina Martellini, que também participou de toda a produção. Ao todo havia cerca de 200 pessoas assistindo ao evento, entre elas Isabela Carvalho e Daniele Ramos, ambas estudantes do primeiro ano de moda da ESAMC. Confira a reportagem e o vídeo desta cobertura na íntegra no site da Sintonia!

PARTICIPE!

UNICAMP PROMOVE A 4º OLIMPÍADA DE HISTÓRIA A Unicamp abre inscrições da quarta Olimpíada de História, para alunos e professores de todo o Brasil. No último ano houve 65 mil inscritos! A olimpíada conta com 5 fases online e uma presencial. Neste ano de 2012, os interessados devem se inscrever até o dia 10 de agosto pelo site. A primeira fase será em 20 de agosto e a final será nos dias 20 e 21 de outubro, na própria UNICAMP. Os professores responsáveis pelas equipes serão convidados a receber um curso de capacitação, com duração de uma semana. Mais informações e para se inscrever acesse o site: http://www.mc.unicamp.br/4-olimpiada/inicio/index


Portal Sintonia

www.sintoniauniversitaria.com.br Por: Bianca Fernandes e Marina Benatti

Cidades inteligentes:

Campinas e RM são pioneiras no Brasil Com cerimônia realizada no auditório do CIESP de Campinas, foi lançado o programa Cidades Inteligentes envolvendo representantes da Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação (Facti), da empresa européia de tecnologia Living Planlt e do Instituto Árvore da Vida-IAV, onde após a assinatura do convênio as explanações e questionamentos sobre o tema foram feitos pelos presentes e envolvidos. Cidades Inteligentes são ambientes urbanos idealizados a partir de uma realidade existente e/ ou espaço novo urbano projetado para funcionamento de todo um sistema tecnológico composto por diversos itens que funcionam basicamente em ambiente virtual. Esses mecanismos fazem com que as cidades tenham agilidade, comunicação e fluxo de dados podendo ser utilizados em diversas áreas, como meio ambiente, transporte, segurança, lazer, administração e serviços públicos, dentre outros. O resultado final converge em qualidade de vida e bem estar coletivo além bom funcionamento da cidade. Cidades como Londres, Nova York, Amsterdã e países como Moçambique, Portugal, Arábia Saudita e Iraque têm programas em andamento e o que foi assinado no CIESP de Campinas é o primeiro com foco em uma região metropolitana,sendo pioneiro no Brasil. Assinaram o convênio Davi de Carvalho, Secretário Executivo da Facti; José Nunes Filho, Diretor Regional do CIESP; Tiago Aguirre, Presidente do Grupo GÊNESE; Deise Nascimento, Presidente do Instituto Árvore da Vida; Miguel Rodrigues, Vice Presidente Executivo para a América Latina/Living Planlt e Alexandre Raciskas, Diretor da Análise Editorial.

Sub-prefeito de Barão Geraldo se reúne com comunidade

O novo sub- prefeito de Barão Geraldo foi apresentado a comunidade em uma reunião que aconteceu no Salão Paroquial na noite do dia 21 de junho, com presença de diversas pessoas e representações de entidades do distrito. Carlos Alberto Bandeira Guimarães, engenheiro civil com pós graduação na área de transportes, que há 18 anos reside em Campinas atendeu aos presentes respondendo algumas indagações que em sua maioria abordavam problemas relacionados a segurança, trânsito, meio ambiente, saúde e ocupação do solo. Enfatizando a importância da participação popular nas ações públicas ao mesmo tempo em que reafirmou a impossibilidade de realização de investimentos emergenciais em Barão Geraldo pela crise financeira em que se encontra a prefeitura, o subprefeito reconhece a relevância que Barão Geraldo exerce no PIB de Campinas e informou algumas medidas que estão sendo tomadas como o aumento do efetivo da Guarda Municipal e a obra iniciada que fará a ligação das ruas Modesto Fernandes e Alcides de Barros.

22


Portal Sintonia

Texto: Marina Benatti

Quem sabe na próxima vez?

RIO+20

Não foi dessa vez ainda, que se chegou a um acordo sobre o futuro do planeta.

S

aber que a água é um bem da humanidade, que há apenas 1% disponívevl para consumo, que o planeta inteiro acolhe 7 bilhões de pessoas (e crescendo), que também não há alimento para todos, que os recursos hídricos, minerais são poucos e não são suficientes, disso sabemos todos, ou a grande maioria. O difícil é lembrarmos de que o que era pouco, uma hora acaba. Durante uma semana inteira, em junho deste ano, no Rio de Janeiro, se levou em pauta durante a Rio+20 o futuro do planeta. O Brasil apresentou um resumo, pela presidente Dilma Rousseff, um planejamento e hipóteses a serem discutidos com os principais representantes dos países ali presentes, ministros internacionais, autoridades no assunto. O documento base diz respeito às propostas feitas pelos países representados, e então, descritos em forma de artigos que trazem acordos em relação a um futuro sustentável, apresentando, em unanimidade entre todos os países, atitudes a serem tomadas por todos. Ao fim de toda a discussão, ao

fim do Rio+20, da Cúpula dos Povos, evento paralelo ao principal, chegou-se então a uma conclusão: foi um fracasso. O Brasil tentou se defender apresentando como prioridade a preservação dos oceanos. Um dos exemplos de preservação é Fernando de Noronha, um Brasil que deu certo, porém caríssimo. Em contrapartida, nada foi falado sobre a construção das hidrelétricas no Rio São Francisco, no norte do país. Nada também foi falado sobre o grande avanço do desmatamento da Amazônia chegando a um total de 130k² de floresta devastada por ano e também sobre a grande área de floresta que será

foto: Roberto Stuckert Filho

inundada o que irá acabar com um dos maiores biomas do nosso país, uma riqueza única. O que esteve em debate foi a tal da Economia Verde, a biodiversidade, os povos tradicionais, a pobreza, agricultura, água, energia limpa, oceanos e mudanças climáticas, porém se esqueceram do primordial, o respeito e vontade de fazer a diferença para um futuro nada distante, apesar de toda a crise mundial e uma possível queda do PIB de cada país em prol do bem de todos. Quem sabe na próxima vez, em 2015?


CAMPINAS COMO ELA É

Texto e fotos: Bruno Chiarotti

COLETIVOS

Ajuntaê

que dá certo!

A história de três, dos muitos membros do coletivo Ajuntaê, responsável pelas ações do movimento Fora do Eixo em Campinas.

V

iver em coletivo, produzir e respirar ações culturais, buscar iniciativas e recursos para fazer de Campinas uma cidade mais acessível e integrada à vida cultural. Essa responsabilidade é domovimento Fora do Eixo, movimento que começou em 2005 na cidade de Cuiabá, com a intenção de realizar ações e troca de informações entre grupos artísticos, em suas diversas áreas, que são considerados fora do “mainstream”, ou seja, fora do circuito popular. Hoje o movimento está em mais de 200 cidades espalhadas pelo Brasil, América do sul, do Norte e Europa. Há pouco mais de dois anos o Coletivo Ajuntaê é responsável pelo Fora do Eixo Campinas. Uma casa grande, de fachada tradicional no bairro Proença, abriga o grupo. Logo na entrada uma sala com cartazes, livros, dois sofás, adesivos, em um ambiente com vários símbolos relacionados ao Coletivo e ao Movimento. Um quarto ao lado da sala, dos meninos, dois corredores paralelos levam a mesma sala queantecede a cozinha, junto dela, uma escada. No piso de baixo uma grande sala. Reuniões, atividades de cinema, quarto das meninas, sala de descanso,

24

enfim, todas as atividades acontecem ali.. E ali estão três personagens dentro de todo um universo de colaboradores e moradores do coletivo. São eles: Ana Carolina Moraes, Rafael Gomes e Felipe Garcia. Os dois primeiros fazem parte dos moradores da casa, Felipe, participa desde o ano passado das atividades do Ajuntaê, mas ainda não se sente à vontade em dar o próximo passo e se mudar de vez.

Ana, 19 anos, natural de Campinas. Entre 2010 e 2011 trabalhou como voluntária no coletivo, passou no vestibular em Gestão Cultural na UFRJ, porém, descobriu ali que sua vida estava ligada não a um aprendizado guiado pela padronização acadêmica, mas, pela vida em grupo. “Na volta para Campinas já vim direto morar no Coletivo, nem passei na casa dos meus pais”. Pais estes que não viram problemas na decisão da


CAMPINAS COMO ELA É

ana carolina moraes

filha. “Meu pai gostou, de vez em quando ele vem aqui, almoça com a gente”. Ela faz a comunicação das atividades do Ajuntaê, marca entrevistas com a imprensa, monta releases, faz contato com os bares e instituições e é sempre comum encontrá-la fotografando todos os eventos. Rafael Gomes, natural de Goiás, já conhecia o Fora do Eixo em sua terra natal, porém veio para Campinas cursar Música na Unicamp em 2007. Ligado ao cenário musical da cidade e região, com sua banda João e os Poetas de Cabelo Solto, sempre foi ligado a todos os eventos Fora do Eixo nas terras de cá. “Minha aproximação até vir morar aqui foi muito orgânica”. Acostumado com a vida em república aúnica coisa necessária foi a adaptação com o ambiente. “Foi processual, até chegar o ponto de juntar as tralhas em vir de uma vez”. Felipe Garcia, natural de Bragança Paulista, formado em Jornalismo pela PUC-Campinas, tem fome pela

produção cultura. Cursou matérias de cinema e documentário na faculdade de Midialogia da Unicamp, fez curso de curta-metragem no MIS (Museu de Imagem e Som de Campinas) e trabalha na Casa São Jorge, conhecido bar no bairro de Barão Geraldo pelo ótimo samba e eventos do Fora do Eixo. Seu caminho até o coletivo é praticamente obra do determinismo, pois em todos os lugares que ele freqüenta, lá está alguma atividade do grupo. Há oito meses ele colabora com o Ajuntaê, mas ainda não completou o processo de se sentir a vontade e se mudar para a casa. “Claro que penso em morar lá, e muito! Mas vou fazer isso acontecer de forma consciente e estruturada, orgânica mesmo, acho que é um caminho e estou nele, correndo cada vez mais rápido, hehe, estou percorrendo, e daí pra ficar, de vez”. São esses três os personagens com suas diferenças e crenças, porém o dinheiro é um só, e a casa conta com muitos colaboradores e seis moradores, comida, roupa, contas e contas. Por isso eles têm uma conta colaborativa, o dinheiro é de todos e deve ser usado com responsabilidade, assim, o desapego é real, e o que é prioridade sempre é levado em consideração. “Se eu exagerar hoje e gastar muito, todos vão pedro garcia

rafael gomes comer menos no final do mês” explica Gomes e afirma: “você acaba dando valor mais ao dinheiro coletivamente do que ao individual, pois tudo deve ser compartilhado”. Esse ano o coletivo realizou o Grito Rock, festival realizado por todas as casas do Fora do Eixo. Em Campinas, mais de 4 mil pessoas participaram de shows, oficinas do SESC, roda de discussões e o Observatório Fora do Eixo realizado no MIS. Ajuntaê tem atividades mensais como o Cabaret na casa São Jorge, exibição de filmes em sua sede, exposições fotográficas em diversos lugares e organiza para o segundo semestre deste ano um grande festival na cidade de música, cênicas, película e todas as artes que tentará unir o máximo de artistas e pessoas possível, sempre com a intenção de promover cultura e arte com qualidade: “Vejo que a diferença basicamente é essa, a proposta dos eventos e fomentos culturais da rede é descentralizado, de arte como algo palpável pela qualidade e não apenas pela articulação (...) A arte por ela mesma”. Ajuntaê que é possível fazer de Campinas novamente uma cidade rica e organicamente cultural.

25


Mixed Martial Arts

Por: Pablo T. Sola

Conheça o

MMA

Aclamado por muitos como o esporte que mais cresce no mundo, o MMA (Mixed Martial Arts) é um verdadeiro fenômeno esportivo e midiático no Brasil, pais que é considerado seu criador.

A

mistura de socos, chutes, quedas, torções e estrangulamentos que vem levando fãs de lutas do mundo inteiro ao delírio, é conhecido como MMA (Mixed Martial Arts). Dentro de um ringue similar a uma gaiola em formato octangonal, dois homens sem enfrentam em 3 rounds de 5 minutos. O objetivo é simples: nocautear o oponente ou faze-lo desistir da luta durante o combate. É comum acreditar tratar-se de um esporte criado recentemente, mas não se enganem, suas origens remontam aos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Foi na 33ª olimpíada grega em 648 a.C. que a modalidade de luta chamada Pancrácio surgiu - e assim como o MMA - era uma combinação das técnicas de boxe e westreling, alem de chutes e torções.

26

Tido como um esporte violento (fama que o persegue até os dias atuais) o Pancrácio foi o único esporte dos Jogos Olímpicos da Antiguidade a ser banido da versão moderna dos jogos lançada em 1896 pelo Barão de Coubertin.

A FAMILIA GRACIE

Somente dois milênios depois, em terras brasileiras, o MMA moderno começou a dar seus primeiros passos. “Se você quer um braço quebrado contate Carlos Gracie neste número”, dizia um anúncio estampado em um jornal carioca nos idos dos anos 20. Era o inicio do lendário “Gracie Challange”, promovido pelos criadores do Brazilian Jiu Jitsu, os irmãos Carlos e Helio Gracie. Com grana em jogo, lutadores de capoeira, judô, boxe e wrestler topavam encarar os irmãos em combates quase sem

Carlos Gracie Inventor do Brazilian Jiu Jitsu e o primeiro a organizar eventos de MMA nos tempos modernos.


Mixed Martial Arts

regras. Com lutas realizadas no estadio do Maracanã e no ginásio do Ibirapuera, os irmãos Gracie derrotaram inúmeros mestres de outras artes marciais, inclusive grandes atletas japoneses que viajaram ao Brasil para combatê-los. Foi no começo dos anos 90 que o filho de Helio, Rorion Gracie, morando nos E.U.A desde a década de 70 e ensinando o Brazilian Jiu Jitsu, se uniu a uma produtora americana de entretenimento - o Grupo Semaphore - e criou o U.F.C (Ultimating Fighting Championship) com o objetivo de descobrir o melhor lutador de artes marciais do mundo. O primeiro evento foi realizado em 1993, e ganho pelo brasileiro Royce Gracie. Por possuir poucas regras, o U.F.C era conhecido como uma “luta de ringue sem restrições” (no holds barred fighting), sendo, ocasionalmente, brutal e violento. Logo despertou muitas críticas na mídia e sua inevitável proibição em muitos estados americanos não tardou. Sem poder realizar suas lutas e com uma má reputação o negocio logo entrou em

declinio. Enquanto o mercado americano se fechava para as competições de MMA, no Japão o Open Free Style Japan foi o primeiro grande torneio do gênero e impulsionou o surgimento de inúmeros outros. As duas primeiras edições do Open Japan foram vencidas pelo brasileiro Rickson Gracie. Em 1997 foi criado o PRIDE Fighting Championships, que viria a se tornar o principal evento de MMA do mundo até 2007. Foi no PRIDE que nomes de inumeros brasileiros foram revelados: Rodrigo “Minotauro” Nogueira, Wanderlei Silva, Anderson Silva, Maurício “Shogun” Rua, Ricardo Arona, Murilo Bustamante, entre outros.

UFC ATUALMENTE

Em 2001 os empresários de cassinos, os irmão Fertitta, juntamente com o promotor de boxe Dana White compraram o U.F.C por US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares) e criaram a Zuffa, empresa que passava a ter a patente controladora do campeonato. Inúmeras

reformulações nas regras foram feitas a fim de agradar as comissões atléticas americanas e viabilizar as competições. A Comissão Atlética de Nevada (onde Lorenzo Fertitta já havia sido membro), conseguiu assegurar aprovação para realizar lutas no estado de Nevada. Rapidamente outros estados foram liberando a realização dos combates. Contando com um forte esquema de propaganda, grandes patrocínios e a realização dos eventos em locais como o MGM Arena o U.F.C voltou aos principais canais de pay-per-view das TV’s americanas e foi gradativamente caindo no gosto da audiência americana. Dana White anunciou em 2007, que o U.F.C havia comprado o PRIDE FC e com isso os maiores competidores de MMA do mundo migrariam para o evento americano. Contando com os melhores atletas, altas cifras de investimento em publicidade e acordos de exibição com a gigante FOX Sports , o U.F.C estava batendo todos os recordes de audiência e vendas de pay-per-view , tornando-se

27


Mixed Martial Arts

ATUAIS CAMPEÕES DO UFC Peso Pesado

94 kg - 120Kg

Junior dos Santos (BR)

Meio pesado

85 kg - 93 kg

Jon Jones (USA)

Peso Médio

78 kg - 84 kg

Anderson Silva (BR)

Meio-médio

71 kg - 77 kg

Georges St. Pierre (CAN)

Peso Leve

67 kg - 70 kg

Ben Henderson (USA)

Peso Pena

62 kg - 66 kg

José Aldo (BR)

Peso Galo

55 kg - 61 kg

Dominick Cruz (USA)

uma febre nos E.U.A e se espalhando pelo mundo em grande velocidade.

NO BRASIL

O fenomeno não tardou a chegar ao Brasil, obviamente o país tinha uma relação intrínseca com o evento, primeiro pela historia dos Gracie neste tipo de competição, e sobretudo pela quantidade de brasileiros campeões nas várias categorias do evento. Das sete categorias de peso existentes, os brasileiros são os atuais campeões de três. Júnior “Cigano” dos Santos é o campeão dos pesos-pesados e entre os pesos-pena o domínio é do brasileiro José Aldo. Outro brasileiro campeão é Anderson Silva, considerado pela mídia especializada

28

como o melhor lutador entre todas as categorias. The Spider - como Anderson Silva é conhecido - está a seis anos como campeão da categoria dos médios e já fez nove defesas de cinturão, recorde absoluto dentro da competição. Anderson se prepara para uma nova defesa de cinturão no dia 07 de julho, quando enfrentara o polemico lutador americano Chael Sonnen, um declarado desafeto de Anderson, que já foi vencido pelo brasileiro no U.F.C 117. O Brasil já recebeu duas edições do U.F.C, o U.F.C Rio realizado em agosto de 2011 e o U.F.C 142 também realizado no Rio de janeiro que ocorreu em janeiro de 2012. Em 23 de junho é a vez de Belo Horizonte receber o evento em sua edição de numero 147

na final do T.U.F Brasil (reallity show do U.F.C exibido pela TV Globo). Sem duvida o MMA ainda irá crescer muito em audiência, por todos os lados vemos brotar academias que ensinam técnicas mistas de luta, surgirem revistas e programas de TV especializados. O Brasil ao que tudo indica, continuara sendo um grande celeiro de atletas por muitos anos e talvez a aguardada volta da modalidade as olimpíadas aconteça nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016.

Saiba mais Através do site oficial do UFC: www.ufc.com ou no facebook: facebook.com/ufc



PROFISSÕES

Por: Bianca Fernandes

“Engenharia de Produção

carreira abrangente, profissional plural” Não pense você que todas as engenharias são iguais, que todas levam ao mesmo propósito e que dominar as exatas é seu único pré-requisito. A Engenharia de Produção tem se destacado entre as demais, mesmo ainda sendo a quarta opção - ao perder para a Elétrica, Mecânica e Civil-, na escolha dos vestibulandos. Por quê? Três universitários dão a resposta nas linhas a seguir. Hora de ampliar o conhecimento, boa leitura!

E

m sua ficha do vestibular ou você assinalou a opção por um curso na área de exatas, ou de humanas ou de biológicas. Mas, cada vez mais o mercado de trabalho visa um profissional global, que consiga conectar todas estas competências e dinamizar um pouco de cada assunto em sua área de atuação. A Engenharia de Produção é uma das carreiras que tem apresentado este perfil abrangente. Isto porque, diferentemente do que muitos acreditariam, durante este curso e nos viéses disponíveis a se trabalhar nesta profissão, o leque de opções é extenso e muito variado, não se prendendo unicamente aos cálculos. Ao dedicarse em projeto e gerência de sistemas que envolvem pessoas, materiais, equipamentos e o ambiente, nas fábricas e empresas de modo geral, o profissional alia seu conhecimento especializado em matemática, física e ciências sociais, em conjunto com análise e projeto de engenharia, a fim de prever e avaliar os resultados obtidos por tais sistemas. Parece complicado, mas pense que este engenheiro aprende matérias relacionadas à economia, meio ambiente, finanças e os conhecimentos tecnológicos básicos da área. Além disso, ele é um dos únicos profissionais do mercado que consegue enxergar os problemas de forma global, não fragmentada, ao conhecer os diversos problemas industriais e as tecnologias que são necessárias para resolvê-los, mas nem sempre é a pessoa que irá se concentrar no

30


PROFISSÕES

detalhe da resolução. Na prática, quem opta pela Engenharia de Produção atua em tudo o que se refere às atividades básicas de uma empresa, como: planejar as compras, planejar e programar a produção e planejar e programar a distribuição dos produtos. Com isso, as indústrias de automóvel, eletrodomésticos e de equipamentos, as empresas de serviços de transporte aéreo, transporte marítimo, construção, consultoria em qualidade, hospitais, instituições e empresas públicas, empresas privadas de petróleo, usinas de açúcar, empresas de telefonia, agroindústrias, indústrias de alimentos, bancos (parte operacional), seguradoras e fundos de pensão são algumas das opções de que dispõe este engenheiro, na hora de buscar por um emprego. Depois de cinco anos de curso e o desenvolvimento de atributos como organização e raciocínio lógico, estudantes como Carolina Baraldi adentrarão este mercado de trabalho. A jovem, que está no terceiro ano do curso na Unicamp, em Limeira - SP, escolheu a Engenharia de Produção pelo caráter plural e, mesmo ainda não trabalhado na área, acredita que duas experiências contribuiram com sua formação: uma visita à produção de uma multinacional da área de cosméticos e fazer parte de uma empresa júnior, na área administrativo-financeira.“Isto me ajudou a entender melhor como funciona esse departamento na realidade”, conclui. Henrique Lutz, aluno do quinto semestre do curso na Facamp, sempre

quis optar por uma área que não fosse especifica. “Queria algo que abrisse várias oportunidades, e sendo engenheiro de produção posso trabalhar em qualquer lugar que precise de um profissional capaz de otimizar qualquer tipo de processo”, conta. Sua expectativa é a de conseguir se destacar em uma grande empresa e, se possível, abrir seu próprio negócio. Já Tarik Radwan, do segundo ano do curso também na Facamp, não pensou prontamente em engenharia quando prestou o vestibular. Mas seguindo os conselhos do pai - um engenheiro civil-, e atraido pelo diferencial em “oferecer um desenvolvimento lógico administrativo inigualável”, como ele mesmo descreve a Engenhria de Produção, não tem dúvidas quanto ao acerto na escolha profissional. Mesmo que pretenda se especializar em cursos focados na psicologia do consumidor e até no design de produtos, ele evidencia um medo que

muitos partilham, “a ‘EP’ me ofereceu um desafio: ser capaz de desenvolver esse raciocínio, que hoje é tão prezado no mercado, e encarar, de uma vez por todas, as exatas - meu pavor eterno”. Mas isso é apenas uma questão de equilíbrio, afinal, os engenheiros de produção detém uma formação multidisciplinar, que vai muito além do que se imagina ao selecioná-la, dentre inúmeras, como a carreira para todo o futuro. Ela é a cara do futuro: mais abrangente impossível e global, como preza o mercado daqui pra frente.

31


PROFISSÕES

Por: Bianca Fernandes

Sintonia

destaca N

a edição passada conhecemos aqui a história de um médico amante de sua profissão. Mais do que pessoas que são realizadas nas áreas em que decidiram atuar, queremos mostrar quem pode te inspirar a ser também muito bem sucedido equilibrando carreira e vida pessoal e quem tem a humildade de passar seus aprendizados adiante. Por isso, nas próximas linhas você vai conhecer um engenheiro assumido. Assumidamente fascinado por aquilo que faz! Um vídeo com imagens de Ayrton Senna ao final da palestra reforçam as palavras de ordem que Vagner Cavenaghi proferiu durante quase duas horas: romper obstáculos, extrapolar limites e se diferenciar são atos imprescindíveis para ir longe na carreira. O convidado da III Semana de Engenharia da Facamp ministrou um encontro sob o tema “O profissional da engenharia de produção e suas áreas de atuação”. Cerca de 100 estudantes ouviram o que ele tinha a contar sobre suas experiências e anos já vividos como um engenheiro.

32


PROFISSÕES

Graduado no ano de 1979, em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia de Bauru, da Fundação Educacional de Bauru - hoje, Universidade Estadual Paulista – UNESP-, com mestrado em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (1996) e doutorado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (2001), Cavenaghi se dispõe a levantar a auto-estima dos futuros engenheiros, que segundo ele, precisam se identificar e se assumir como tais desde o início do curso. Hoje, mais do que o profissional que tua na concepção e na causa do produto, que precisa ter raciocínio lógico, para resolver questões complexas e uma visão sistêmica, para gerenciar a produção como um todo, ele é presidente da ABEPRO - Associação Brasileira de Engenharia de Produção-, para o biênio 2012-2013, professor no

Curso de Graduação em Engenharia de Produção e no Programa de Mestrado em Engenharia de Produção do Departamento de Engenharia de Produção, na Faculdade de Engenharia na Universidade Estadual Paulista UNESP, Campus Bauru, e avaliador do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Mas seu porte é de quem está apenas começando. Como no diálogo com os alunos da Facamp, Cavenaghi alerta que apenas 5% dos estudantes ingressantes realmente se formam engenheiros em nosso país. “Todos vocês tem a capacidade de serem muito expressivos e fundamentais Brasil afora”, enfatizou ele na palestra. Palavras de quem atua no mercado há anos, de quem ocupa cargos importantes na área, mas de que parece ocupar uma das cadeiras do auditório: ávido por aprender muito mais e, sobretudo, a como ser o melhor engenheiro de produção possível.

Veja mais informações sobre a III Semana de Engenharia da Facamp no site da Sintonia Universitária

33




Não importa o momento em que sua empresa está. MERCADO DE TRABALHO

Trabalhar em

equipe

é a melhor estratégia para atingir bons resultados e sobreviver à competitividade cada vez mais agressiva do mercado

Conte com a Page Personnel para encontrar os talentos ideais para o seu negócio.

A

cada dia vemos surgir qualidades que se complementam, do que é necessário para cumprir a ideias criativas para trabalhando em prol de um único meta proposta. Porém, tome cuidado Somos a empresa recrutamento que mais Brasil. de que os mais de diversos objetivo especializado resultam em conquistas para cresce não passarno a impressão problemas e situações, para 100 qualquer empresa. sabe mais do que os outros. Também Nossa equipe é formada por valiosas mais de consultores prontos para atendê-lo. seja dentro do nosso Além disso, muitas vezes, é reflita muito bem antes de opinar. local de trabalho ou não. Essa é durante uma atividade em conjunto Às vezes, na ânsia de demonstrar uma exigência do mercado atual e, que os melhores funcionários são nossas qualidades, acabamos falando consequentemente, os profissionais identificados. A capacidade de incertezas. que sabem trabalhar em conjunto trabalho em equipe é extremamente Converse com seus companheiros, vêm se destacando dentre os demais. valorizada, não apenas por sua troque opiniões e produza O motivo é o conhecido ditado: “duas importância, mas também por sua conjuntamente. Assim, tanto você cabeças pensam melhor do que uma”. raridade. Nem todos sabem respeitar quanto as pessoas com quem convive Uma equipe, se bem estruturada as diferenças ou as opiniões alheias, terão mais oportunidade de mostrar o e liderada, realiza feitos maiores e por exemplo. Outro erro comum é quanto são positivos para a empresa, mais rápidos do que uma pessoa o famoso: “já fiz a minha parte”. Num garantindo bons resultados e o tão produzindo isoladamente. Afinal, trabalho em equipe, embora cada desejado reconhecimento. ninguém consegue ser bom em tudo, um tenha tarefas delimitadas, todos certo? devem compreender que o objetivo é Conteúdo produzido pela Page Profissionais efetivos Profissionais Estagiários a profissionais A superação é mais alcançável único etemporários a ajuda mútuaeé fundamental, Talent, e unidade Dedicada de negócios da paraem suporte gestão terceirizados parauma suporte à gestão todas as trainees com deficiência equipe.à No desenvolvimento de já que falha prejudicará Page Personnel especializada em um projeto, é importante contar com pessoas envolvidas. atração, recrutamento, seleção e aptidões distintas – desde criatividade Mas, fique atento, pois outra desenvolvimento de estagiários e até uma notável habilidade de oportunidade pode surgir nas trainees. Paulo atividades conjuntas: Campinasa chance deRioPara de Janeiro encontrar soluções para São problemas. conferir as oportunidades: Você é bom em quê? 11 Conheça seu demonstrar potencial de liderança. 21www.pagetalent.com.br 3956-9605 19seu 3957-6100 3907-1900 potencial e faça com que seu gestor Você pode opinar e sugerir ideias o perceba, para saber como e onde para os colegas e para seu gestor, utilizá-lo na hora de formar uma demonstrando que tem boa visão, nova equipe. Várias pessoas, com tanto do potencial da equipe quanto

Unidades de negócio

pagepersonnelbr WWW.PAGEPERSONNEL.COM.BR

36


Não importa o momento em que sua empresa está.

Vagas

MERCADO DE TRABALHO

ANALISTA DE MKT - CAMPINAS

Campinas – SP. Pacote atrativo. Nosso cliente é um player no ramo de varejo. Reportando-se ao Coordenador de MKT, suas principais funções serão:

Não importa o momento em que sua empresa está.

SECRETÁRIA DA PRESIDÊNCIA

Campinas – SP. Pacote atrativo. Nosso cliente é uma multinacional alemã em start-up de operações no Brasil. Reportando-se ao Presidente, suas principais responsabilidades serão: - Recepção; - Trabalhos administrativos; - Acompanhamento de vendas e confecção de relatórios; - Controles financeiro; - Ponto focal com a empresa na Alemanha.

- Dia-a-dia administrativo da área de marketing; - Trabalhar com planilhas e análises dos KPI’s de Marketing; - Manutenção do Site e conteúdo; · Relacionamento com fom fornecedores para desenvolvimento de ações e eventos; - Atendimento a Assessoria de Imprensa; · Gestão de Pagamentos da área; · Desenvolvimento de ações para atração e fidelização consumidores e avaliação do retorno das ações; - Avaliação de empresas concorrentes.

Perfil desejado: Busca-se um profissional com Graduação completa em Administração, Publicidade e Propaganda ou Comunicação Perfil desejado: Social. Buscamos uma pessoa organizada e proativa, que sinta o inglês fluente e bons conhecimentos do Pacote Conte com a Page Personnel para encontrar Desejável os talentos ideais para o seu negócio. desafio de iniciar uma empresa. Dessa forma, precisa gostar Office (Excel, Power Point, Word). de trabalhar com autonomia e foco em resultados, fazendo de tudo (hands on). Favor enviar CV através do website O ambienteadeempresa trabalho é bastante produtivo, descontraído Somos de recrutamento especializado que mais cresce no Brasil. www.pagepersonnel.com.br, buscando e alegre, sendo que a estratégia da empresa, no primeiro pela referência VFCM111783. Nossa é formada por mais de 100 consultores prontos para atendê-lo. momento,equipe é trabalhar com poucas pessoas. Conte com a Page Personnel paraumencontrar os talentos ideais para o seu negócio. Inglês fluente é imprescindível e alemão será considerado diferencial.

ANALISTA DE COMPRAS JUNIOR

Campinas – SP. Pacote atrativo. Favor enviar CV através do websitede recrutamento especializado Somos a empresa que mais cresce no Brasil. Nosso cliente é uma empresa do ramo têxtil. www.pagepersonnel.com.br, buscando Nossa equipe é formada por mais de 100Reportando-se consultores prontos para atendê-lo. ao Gerente de Suprimentos, suas principais pela referência HMNA110879. atividades serão:

Unidades de negócio

- Comprar materiais, suprimentos e equipamentos produtivos e improdutivos, obedecendo às especificações constantes nas requisições de compra; Campinas – SP. Pacote atrativo. Unidades de negócio - Negociar com fornecedores, visando às melhores condições Empresa de serviços em grande expansão no mercado. de preços, qualidade, prazos de pagamento e entrega; - Fazer o acompanhamento do processo de entrega e O profissional terá o desafio de pesquisar e implementar a cumprimento de todas as condições negociadas; política e a análise de cargos e salários, descrição de função acompanharerelatórios para análise da e revisões. Daráefetivos suporte à liderança comProfissionais planilhas e gráficos Profissionais temporários -eDesenvolver eEstagiários Dedicada a profissionais performance de fornecedores. gerenciais, pesquisa salarial e indicadores de RH. para suporte à gestão terceirizados para suporte à gestão trainees com deficiência

ANALISTA DE CARGOS E SALÁRIOS

Perfil desejado: Perfil desejado: Busca-se um profissional com ensino superior cursando ou Buscamos profissional com experiência anterior em RH, Profissionais efetivos Profissionais temporários e Estagiários e Dedicada a profissionais completo; especificamente em cargos e salários. São Paulo Campinas Rio de Janeiro para suporte à gestão terceirizados para suporte à gestão trainees com deficiência - Conhecimento em Excel; Conhecimento do sistema RM será um diferencial. 11 3956-9605 19 3957-6100 21 3907-1900 - Conhecimento de sistema ERP; - Inglês avançado é um diferencial. Favor enviar CV através do website www.pagepersonnel.com.br, buscando São Paulo Campinas Rio de Favor enviar CV através doJaneiro website pela referência HMNA111644. 11 3956-9605 19 3957-6100 21 3907-1900 www.pagepersonnel.com.br, buscando pela referência PBKI111429.

pagepersonnelbr WWW.PAGEPERSONNEL.COM.BR

pagepersonnelbr WWW.PAGEPERSONNEL.COM.BR

37


ação social Por: Marina Benatti

PALHAÇO SIM, COM ORGULHO!

ONG MEDICINA DO RISO LEVA AMOR E DIVERÇÃO AOS QUATRO CANTOS DO BRASIL.

Mostra a tua cara não a do palhaço, Quer fazer greve? Mostra a tua cara não a do palhaço. Quer reclamar do governo? Quer reclamar dos bancos? Quer fazer uma revolução? Quer mudar o mundo? Mostra a tua cara não a do palhaço

P

alhaço não é brincadeira, é profissão! Assim se inicia a história da ONG Medicina do Riso, que há seis anos leva amor e alegria por onde passa. Tudo começou quando Luis Godoy observou um grupo de amigos que iam até os hospitais tocar para os pacientes, que mesmo sem saber técnicas cênicas, levavam um pouco de amor àqueles que ali estavam precisando. Assim, Luis começou a procurar, através da arte, como poderia levar alegria à ambientes que estavam carecendo de atenção, e um pouco de risada. Estudou, pesquisou e conheceu o trabalho de humanização desenvolvido por Hunter Adams, o

38

doutor Patch Adams, representado no filme “O amor é contagioso” de Tom Shadyac. Sua grande influência foi Patch, porém ele afirma que a verdadeira inspiração é o próprio ser humano e o que está ao seu redor. Quando perguntado se ele conheceu Patch, afirmou que alguns membros do grupo (não ele) tiveram a oportunidade de participar de um curso com Adams, e que a grande lição de tudo foi para que amassem, que o amor seja o ponto principal de tudo. Luis não parou somente no estudo, na pesquisa. Ele foi muito mais a fundo, depois de dois anos de muita leitura decidiu então fundar a ONG, que atua em todo o país,

através da técnica da máscara do Clown, a menor máscara do mundo, o nariz de palhaço. Logo o grupo ganhou destaque, mesmo que no início muitos não acreditassem que a ONG viesse a tomar à proporção que tem hoje. “... até diziam que eu poderia me aparecer de alguma outra forma, e muitas vezes de maneira até agressiva, mas aqueles que apoiaram foram como já é de esperar... sabiam que a Medicina do Riso teria de tudo para crescer e disseminar sua mensagem pelo país”, afirma Luis. A Medicina do Riso não teve apoio financeiro, a não ser em alguns eventos específicos e então, hoje, conta com parcerias que investem no grupo


ação social

como a KMA Marketing responsável pela publicidade do grupo, Catharine Hill que fornece as maquiagens, a DYM com artigos circenses e a Azul Linhas Aéreas Brasileiras que apoia a ONG com o projeto “Medicina do Riso pelo Brasil, com Azul Linhas Aéreas”, que proporciona aos integrantes do grupo a viagem para levar a mensagem por todo o Brasil, inclusive no momento desta entrevista a ONG estava no Rio de Janeiro para participar do Youth Blast, no Rio +20, com duas palestras a serem ministradas. O maior desafio da ONG foi mostrar às pessoas que o trabalho é sério, ser

palhaço não é brincadeira, ele vai além do cômico e apresenta, como afirma Luis, um papel de formador de indivíduos. Hoje o desafio é outro, a burocracia em captar recursos para projetos culturais, afirma ele, acaba por ter de abrir mão de apresentações em prol da ONG. A profissionalização também é algo a ser levado a sério. Com isso a Medicina do Riso traz cursos que capacitam os integrantes do grupo a desenvolverem, cada vez melhor, suas atividades. O principal curso é o de clown/ palhaço - “Por trás da máscara vermelha”-, que faz referência ao nariz de palhaço, com teoria e prática. Outros cursos como malabarismo, tecido acrobático, teatro, música, maquiagem, entre outros, também fazem parte do repertório do grupo. Cada integrante é trabalhado por até dois anos com cursos semanais que trabalham a voz, expressão corporal e improvisação. O critério para participar é ter tempo disponível e

se empenhar à atividade. A próxima atividade será em julho em Americana, interior de São Paulo com o espetáculo “CabaRindo – o cabaré que você acaba rindo” Ainda em agosto, no Rio de Janeiro, onde ministrarão um curso, assim como em Minas Gerais com outro curso e palestra, e em dezembro em São Paulo. Para o futuro, o grupo ainda tem planos, conta Luis. Querem comprar um veículo palco, para que possam levar apresentações pelo país. Ainda buscam leis de incentivo à cultura para expandir o trabalho. O público, por sua vez, se transporta para o seu mundo através da atuação do palhaço, cada um reage de maneira diferente, em tempo diferente. Pode ser que alguns tenham medo por má atuação de palhaços, porque no passado tiveram más experiências, mas aos poucos vão interagindo e brincado com o grupo que leva alegria por onde passa. Por fim, Luis desabafa, “palhaço não é xingamento, assim como qualquer profissão ele deve ser respeitado, não é moral utilizar de uma figura que leva o amor para xingar, agredir ou violentar aquilo que a sociedade acha incorreto”. Fica claro aqui que o palhaço não é algo pejorativo, ele leva amor e alegria por onde passa, seja por hospitais, ruas ou praças, fazendo suas apresentações em lugares públicos ou privados, mas que nunca irá atrapalhar ou prejudicar alguém, porque essa não é a intenção dele.

Visite o site da Medicina do riso em www.medicinadoriso.com.br para se inscrever e participar da ONG envie um e-mail para medicina@medicinadoriso.com.br

39


MATÉRIA CAPA

Por: Bianca Fernandes

De uma vez por todas: estrutura eficaz pode inserir

esporte

universitário no currículo do Brasil

divulgação

Com as Olimpíadas em Londres se aproximando, nada mais justo do que falarmos de esporte na décima edição da Sintonia. Mais do que isso, era preciso falar do esporte universitário. Porém, onde está ele? Afinal, a realidade nas universidades brasileiras em nada se compara com as americanas neste quesito. Aqui estamos calcados na cultura clubicista, enquanto que nos EUA a estrutura é universitária. O incentivo é diferente, os objetivos são outros e a formação geral dos estudantes acaba mostrando uma realidade totalmente inexistente em nosso país. Mas, por que não conhecermos um pouco mais disso tudo? Viaje por Campinas e região, pelo Brasil afora nas próximas páginas, quem sabe uma medalha não esteja esperando por você? Aproveite!

40


MATÉRIA CAPA

Nossa capa,

orgulho do Brasil

N

ão a toa César Cielo está em nossa capa. O nadador, que nasceu em Santa Bárbara d’Oeste, já foi considerado pela Revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes e melhor atleta do ano pela Sport Life em 2009, além da celebridade mais admirada pelos universitários em 2010 (segundo

César Cielo

pesquisa da agência Namosca). Ele começou a nadar no Barbarense, sob o comando do técnico Mário Francisco Sobrinho. Depois foi para o Clube de Campo de Piracicaba, orientado por Reinaldo Rosa. Logo, seguiu os passos de Gustavo Borges e seguiu rumo a São Paulo, ficando no Pinheiros entre os 15 e 22 anos (deixou o clube em 2009),

sob o comando do técnico Alberto Silva, o Albertinho. Por três anos Cielo intercalou os treinos entre o clube paulistano e a Universidade de Auburn, Alabama, nos Estados Unidos. Tendo ganhado uma bolsa de estudos lá, chegou em 2006, aos 19 anos, para estudar Comércio Exterior, com especialização em espanhol e se dedicar aos treinos de natação. Seu treinador, dez vezes técnico do ano da NCAA, era David Marsh. Posteriormente vieram Richard Quick (com experiência em seis Olimpíadas como técnicochefe ou assistente-técnico) e o técnico australiano Brett Hawke, ex- nadador com experiência de duas Olimpíadas, que preparou Cielo Olimpíada de Pequim. Depois de dez títulos, além das conferências regionais e os Dual Meets, torneios entre duas universidades, o nadador resolveu seguir uma carreira profissional e deixou de competir no circuito universitário. Em 2010, já no Brasil, foi para o Flamengo, no qual permanece até hoje e treina com o técnico Alberto Silva, na piscina do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), em São Paulo. Agora, rumo a Londres Cielo, nossa torcida está com você!

divulgação

41


MATÉRIA CAPA

Recentemente o clima era de euforia entre os alunos da PUC Campinas, que retornaram do JUCA – Jogos Universitários de Comunicação e Artes, realizado em Guaxupé – MG. Mais do que uma competição esportiva, os quatro dias de viagem foram de festas, interação com outras universidades do estado e de lembranças para uma vida toda. Este é apenas um exemplo do cenário atual do esporte universitário na cidade. Ir para jogos assim vai muito além de vivenciar a competição esportiva disputada

quadras e campos devidamente demarcados, são requisitos ainda carentes em algumas instituições, como aponta Marcelo Senna Alves, do último ano de Publicidade e Propaganda da PUCC. O estudante, que joga futebol de campo há quatro anos em jogos universitários e que já estudou em um colégio dos EUA, enfatiza que “estamos bem distantes do patamar americano, uma vez que as academias nas universidades de lá possuem, campos, materiais, além dos campeonatos e outras coisas” que

Ferreira Batista, Gustavo Zani. Com a experiência de quem participou por quatro anos ativamente dessa realidade do esporte universitário, ele evidencia que se vive um ciclo hoje na cidade: “as Atléticas não possuem uma estrutura organizada, fruto do descaso por parte das faculdades, que por sua vez não veem motivos para financiar uma entidade desorganizada, formada por alunos que em sua totalidade não levam a sério a organização do esporte e por isso não se importam; em Campinas, isso acontece

entre times de outras faculdades, que em muitos casos é superado pelas outras atividades vividas durante esses dias. E como estamos no Brasil, nem tudo é acontece da maneira que gostaríamos, e os Jogos Universitários são reflexo disso. A falta de uma bolsa de estudos, voltada aos estudantes atletas, e de mais atenção das universidades à estrutura física necessária, como

nos diferenciam sumariamente de sua cultura esportiva. Campinas carece de competições regionais, incentivo das faculdades às Atléticas, comprometimento dos alunos que as lideram e apoio do município, segundo o bacharel em Educação Física pela Unicamp e por dois anos presidente da Associação Atletica Academica Asdrubal

principalmente nas universidades de Barão Geraldo, que possuem alto nível de estruturação a ponto de se manterem sozinhas e crescerem. E essas equipes estão restritas a participação de Inters (campeonatos entre outras faculdades), uma ou duas vezes ano” completa Zani.

42


MATÉRIA CAPA

“Que fique o exemplo de Otávio” eu tinha jogo sábado de manhã. Agora na faculdade, enquanto uns usam o tempo livre pra estudar, eu tenho que aproveitar ao máximo pra dormir e descansar. Sem contar as dores musculares e lesões: ano passado mesmo, fiquei de agosto a dezembro parado, por duas lesões consecutivas: uma de tornozelo em agosto, e outra de menisco (joelho) em setembro. Consegui me superar e voltar a jogar antes do planejado e sem precisar da operação cirúrgica.

Muito por acaso conhecemos o Otávio Luís Silva, paulista de 20 anos. Assim como os jovens de sua idade, ele faz parte da rede social Facebook e o descobrimos por lá. Mas, logo de cara seu perfil profissional e suas fotos nos chamaram a atenção: jogador na Associação Atlética Banco do Brasil e estudante do terceiro ano de Direito no Mackenzie. Segundo Otávio, a prioridade são os treinos e as competições de futsal, mas o curso que escolheu por acaso e no qual se mantém com uma bolsa de estudos, sempre fará parte de sua vida. Conciliar estas duas atividades e muitas outras, vem de focos bem definidos e da vontade de se manter com o instrumento de inclusão social, como ele define o futsal. Quer conhecer ainda mais deste atleta? Aproveite, a Sintonia foi muito além de seu perfil da internet!

S: Como você equilibra os estudos e o esporte, no dia a dia e em época de competições? O: Tem vezes que nem eu sei (risos). Comprometimento, foco, e força de vontade. Eu nunca estudei, nunca abri um livro, desde o colégio. Sempre tento prestar a maior atenção possível na sala de aula pra não ter que ‘perder tempo’ fora dela. Até hoje, não tive muitos problemas de recuperações ou dependências. S: Quem são ou foram seus maiores incentivadores? O: Meu pai é meu maior incentivador. Por ter abandonado o basquete na juventude pra ter que assumir as contas da casa, me dá o maior suporte: incentiva, vai nos jogos, critica e me deixa tranquilo pra

desenvolver o meu trabalho. O Miral, que era o pai de um dos meninos daquele time do colégio, foi um grande jogador de futsal convocado até pra seleção brasileira nos anos 80 e ganhou a minha admiração, não só pela sua grande história no futsal brasileiro. Além do meu primeiro técnico jogando como federado, no Banespa, Flavinho; meu técnico da faculdade e também no Sesi, Jair. S: Em nosso país o esporte universitário não é tão divulgado e nem valorizado como nos EUA, por exemplo. Qual deveria ser, na sua opinião, o primeiro passo para mudar isso? O: O primeiro passo é acreditar que o esporte é importante. No Brasil, esporte é tratado como circo e não como o instrumento de inclusão social que pode ser. Na escola, no bairro, o esporte é a melhor forma de tirar as crianças da rua, aproximá-las da escola. Em um segundo momento, valorizar o esporte na faculdade. A estabilidade que uma bolsa de estudo dá é realmente uma bênção. E a universidade tem que entender que o desempenho esportivo é realmente uma excelente forma de divulgação da instituição

S: Sua evolução neste esporte teves muitos contratempos? Quais foram as dificuldades que você sentiu ao longo dos anos? O: Tem contratempos demais. O futsal é um esporte com pouca visibilidade, e, consequentemente, pouquíssimo investimento e retorno financeiro. E desde o colégio, quando alguns se reuniam durante a semana pra fazer uma bagunça, eu tinha treino à tarde, quando outros marcavam alguma coisa de sexta à noite,

43


m.”

MATÉRIA CAPA

Realidade brasileira A Unicamp disponibiliza espaço físico para treinos (quadras externas), editais para eventos esportivos e um repasse das faculdades, para uso restrito das atléticas, como enumera Zani. Mas, esse incentivo, mesmo que não atenda a todas as necessidades dos atletas, teve um início tardio no Brasil, o que nos leva de volta ao final do século XIX. Foi nesta época que surgiram as primeiras competições entre universitários, advindas de iniciativas próprias de três instituições do Rio de Janeiro e de São Paulo. Somente a partir do Decreto-Lei nº. 3.617/41, instituído pelo Governo Vargas é que a Confederação Brasileira de Desportos Universitários – CBDU foi criada e reconhecido oficialmente o JUBs (Jogos Universitários Brasileiro). Estes foram substituídos pelas Olimpíadas Universitárias/ JUBS e pela Liga do desporto universitário, que promovem atualmente uma participação efetiva das Instituições de Educação Superior

44

em jogos pelo Brasil todo. Somente na década de noventa foi possível identificar as primeiras ações de marketing no setor do esporte universitário. Ou seja, mesmo que já seja significativo nesse marcado, ainda é muito incipiente em relação ao potencial que possui e à forma com que as universidades poderiam explorar esta situação. Eis aqui o ponto chave desta discussão: o esporte universitário brasileiro tem sua lógica própria de funcionamento,

mesmo seguindo algumas normas gerais de funcionamento dos campos. O posicionamento e a ação que tem os agentes, seus capitais, seu relacionamento e tudo influenciado por lógicas do campo esportivo e político, educacional e da administração pública, como já diria o sociólogo francês Pierre Bourdieu, resultam no que hoje é a realidade em nosso país. Atualmente percebe-se a baixa valorização dos desportistas brasileiros, de modo que não há a realização de eventos que promovam a valorização do esporte como uma prática extra-curricular


MATÉRIA CAPA

e profissionalizante, evidencia o personal trainer e profissional do esporte, Rafael Sanches. Ainda de acordo com ele, “muitas atividades desenvolvidas nas instituições de ensino superior do Brasil acabem limitando-se a “quatro paredes”, isto é, são tratadas como um mecanismo de promoção organizacional e lúdica de seus alunos através dos “inter-cursos”. Porém há pouco destaque nas mídias e poucos patrocinadores, a fim de incentivar essas práticas.” São limitadas as universidades

(públicas ou privadas) que oferecem esporte de alto rendimento no Brasil, como salienta o responsável por contatos com a imprensa do Daqui Pra Fora, Gustavo Zanette. “Os estudantes acabam precisando optar entre estudar de verdade ou seguir treinando firme. Infelizmente, o funil do esporte profissional é muito estreito, o que quer dizer que muitos atletas com 17, 18 anos, que optam pela tentativa do profissionalismo no esporte, chegam aos 24, 25 com a carreira ainda patinando e sem terem desenvolvido nenhuma aptidão acadêmica”, completa ele. O jogador de futebol do Gremio Novorizontino, Raphael Polçaqui

Grippi, 20 anos, lamenta que os cursos de Educação Física (área que ele estudava em Campinas), das universidades do Brasil, somente se preocupem com ensino das modalidades com uma visão de que os alunos possam ser futuros professores. “Poderia haver uma ênfase maior nos estudantes-atletas para que das próprias universidades pudessem sair verdadeiros atletas, treinados na própria instituição”, diz o jovem jogador. O cenário do esporte brasileiro, para atletas que estão começando suas carreiras parece ser mesmo desmotivador, salvo algumas exceções: eles tendem a ser pouco valorizados e incentivados, não recebendo o

apoio necessário para que possam evoluir e consequentemente serem reconhecidos dentro de seu esporte, como Grippi contou à Sintonia. Projetos, programas governamentais, institucionais e particulares tendem a ser uma opção a se recorrer, quando a carreira já trilha um caminho de sucesso. Por exemplo, o programa Bolsa-Atleta, do Governo Federal, gerido pelo recente Ministério do Esporte, visa garantir a manutenção pessoal aos atletas de alto rendimento e que não possuem patrocínio. Mas para se beneficiar de R$ 370,00 e R$ 3.100,00, respectivamente estudantes e esportistas olímpicos e paraolímpicos, é preciso ser praticante Gustavo Zani

45


MATÉRIA CAPA

do desporto nas modalidades vinculadas ao Comitê Olímpico Internacional – COI e ao Comitê Paraolímpico Internacional-CPI. Já a instituição Daqui Pra Fora, citada anteriormente na reportagem, contém quase quinze funcionários que fizeram faculdade nos EUA e auxilia estudantes de todos os estados brasileiros e alguns países da América Latina e Europa a conseguirem oportunidades em universidades americanas. “Como aqui no Brasil praticamente ainda não há opção de fazer esporte e estudar em alto nível ao mesmo tempo, muitos brasileiros que praticam esportes não precisam abandonar a modalidade para fazer vestibular. Eles simplesmente podem optar pelo caminho da universidade americana”, diz Gustavo Zanette.

Em países como Estados Unidos, Japão e Cuba a cultura esportivouniversitária se faz presente e realista muito antes do que no Brasil. Em nosso país a cultura do futebol profissional impera desde 1895 quando foi realizada a primeira partida profissional-, e por isso se torna ainda mais difícil abrir espaço para uma nova forma de se fazer esporte de alto nível, como elenca Zanette. A realidade americana é pautada por atletas que são formados e treinados nas universidades e ganham bolsa para atuarem e defenderem suas instituições. Isto é, a evolução do esporte de alto rendimento/ está ligada à qualidade do esporte estudantil, como acontece nos países desenvolvidos, que estão sempre no foco da mídia mundial.

Maurício Lima

46

Mas afinal, o que distingue sumariamente os EUA, por exemplo, no quesito do esporte universitário, de nosso país? A National Collegiate Athletic Association é o corpo governante, sem fins lucrativos, que gere todos os esportes de todas as faculdades de lá, auxiliando a atlética de mais de 1000 instituições, em três divisões. Em 2010, ela gerou 86% de seu lucro (750 milhões de dólares) através de contratos de publicidade e recentemente assinou um acordo com a CBS e Turner de 14 anos, no valor de 10,8 bilhões de dólares. No ano passado, a NCAA patrocinou 88 finais em 23 esportes, com a venda de ingressos, merchandise e etc, gerando algo em torno de 74 milhões de dólares. A maioria do que essa associação gera é doado para as universidades que ela governa, em que se divide o montante em: 61% para as faculdades da primeira divisão, 7% diretamente para times das divisões mais fracas e 32% é usada para apoiar campeonatos, ajudar jogadores que não têm condições de pagar a faculdade, pagar salários de funcionários e outros programas relacionados ao esporte.


MATÉRIA CAPA

A peça que falta para

ganharmos o jogo

estádio universitário Estados Unidos

Então, o caminho que o Brasil tem a trilhar, tendo em vista as conquistas já alcançadas pelos americanos, foi um consenso entre nossos entrevistados. A disponibilidade do capital, como notase que há nos EUA, não é a questão fundamental e a premissa de mudança. Mas sim, governo e a sociedade precisam entender o benefício que um sistema universitário forte no esporte traria ao Brasil. E desta forma, o modelo esportivo brasileiro, baseado na estrutura clubistica e não universitária, como acontece lá fora, precisa ser revisto. O que isso significa, sem falso idealismo? Para Raphael Grippi uma mudança na estrutura da educação física na base do ensino, ao se criar nas crianças a cultura da prática esportiva, além do auxílio intelectual dos que trabalham com o esporte universitário. Em outras palavras, a combinação de simpatizantes da prática esportiva com projetos sérios e que entendam a realidade brasileira. O mesmo salienta Rafael Soares, ao dizer que o desporto tem sido tratado como um mecanismo de desenvolvimento motor e de integração social, porém não há uma continuação deste projeto no ensino médio e superior o que faz com que a aprendizagem e a premissa da desportiva se percam com o tempo. Com isso, promover a valorização dos

atletas através de bolsas de estudo por parte das instituições particulares, formar parcerias entre as instituições de ensino as federações de esporte para promover as práticas competitivas do mesmo e incentivar os jovens através de palestras com desportistas, e desenvolver políticas públicas que regulamentem a prática desportiva estudantil e sua integração ao sistema educacional, são medidas que, para Rafael, surtiriam efeito em curto prazo no nosso país. Enquanto a mudança estrutural não acontece, podemos nos mirar em exemplos. Aquém dos EUA, Campinas tem um grande espelho: Maurício Lima, bi-campeão olímpico e ex-levantador da seleção brasileira de vôlei, natural da cidade. Mesmo sendo um típico caso do que ainda hoje acontece no Brasil, em que o esporte universitário não é efetivamente quem lança os atletas, mas sim os clubes, como o Clube Fonte

São Paulo em que Maurício iniciou sua carreira, há um ponto fundamental a se analisar. Governo e o setor educacional precisam estar juntos por meio de projetos, que tenham como objetivo o incentivo e uma estrutura adequada para cada esporte; e isso o Projeto VIVAVÔLEI Maurício já tem feito desde 2008. Numa parceria da Prefeitura de Campinas e da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), ele visa atender crianças de 7 a 14 anos, oferecendo iniciação ao vôlei e outros benefícios sócio educacionais aos jovens, colaborando com sua formação de cidadãos, por todo o Brasil. Assim, sonhos como elenca Zanette, de que “seria ótimo ver jogos entre USP e UFRJ e cinco anos depois ver aqueles garotos que acompanhamos desde a USP brilhar no esporte profissional, como vemos com muitos atletas americanos, japoneses, muitos franceses e australianos também”, poderiam ser cada vez mais palpáveis com exemplos de projetos como o de Maurício. Afinal, temos atletas e disposição de sobra que adentrariam um currículo esportivo universitário infindável e eloquente. Basta que o pré-requisito se torne, daqui pra frente, uma estrutura capaz de preencher as vagas disponíveis dos que almejam serem atletas profissionais.

47


MATÉRIA CAPA

Rumo a Londres

estádio Londres

Os Jogos Olímpicos de Londres, na Inglaterra, acontecerão de 27 de julho a 12 de agosto de 2012. Já os Jogos Paraolímpicos ocorrerão de 29 de agosto a nove de setembro. O Brasil será representado por

Maurren Maggi | Divulgação

48

uma delegação de 233 atletas, classificados em 25 modalidades: atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica artística, handebol, hipismo, judô, levantamento de pesos, lutas, natação, nado sincronizado, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tênis de mesa, tiro esportivo, tiro com arco, triatlo, vela e vôlei. E segundo o Ministério do Esporte, 78 dos atletas brasileiros que vão disputar os Jogos Olímpícos são beneficiários do programa Bolsa-Atleta. A delegação brasileira ficará hospedada no Centro de Esporte Nacional Crystal Palace, em Lambeth, bairro localizado ao sul de Londres. Durante a estada, os atletas serão acompanhados por médicos, assistentes técnicos e fisioterapeutas. Nesse time que tem a função de representar e muito bem nosso país

estão César Cielo na natação – que embarca para lá na condição de favorito ao ouro nos 50m nado livre, uma vez que é o atual campeão olímpico (Pequim, 2008) e recordista mundial na prova, Diego Hypólito na ginástica masculina e Fabiana Murrer no atletismo. Vale a pena acompanhar e torcer! A Sintonia Universitária estará de olho no esporte, e você?


INFORME PUBLICITÁRIO

Alunos da Unicamp

vencem

Quiz Universitário

Trust USA 2012

A equipe denominada Equipicante ganhou 50% de desconto em bolsa para trabalhar no exterior

N

o dia 16 de junho aconteceu o Quis Universitário Trust USA 2012, em que 16 estudantes universitários participaram, mas apenas três sagraram-se campões. Formando a Equipicante, os integrantes Wendel Motta, Carolina Pacheco e Danilo Saraiva, que cursam, respectivamente, Física, Engenharia de Alimentos e Ciências Sociais na Unicamp, levaram o prêmio. Mesmo tendo se surpreendido com o resultado e ido mais para conhecer evento, como eles próprios disseram à Sintonia, cada membro da equipe receberá 50% de desconto no Programa de Trabalho nas Férias,

oferecido pela agência de intercâmbios Trust. Com isso, a chance de ter maiores ganhos e contato com outras culturas, principais motivos que levam milhares de pessoas a procurarem vagas de trabalho no exterior, ficou ainda mais próxima dos vencedores. Aqueles que participaram da competição se reuniram no Quiosque da Brahma, de Barão Geraldo e responderam às perguntas de conhecimentos gerais, em três fases. A primeira consistia de questões relacionadas aos nomes das celebridades, séries, filmes, marcas, slogans e musicas que apareciam numa TV do local; Na segunda eles tinham de escolher as opções que respondiam c o r r e t a m e n t e as perguntas de conhecimentos gerais; e na terceira e última etapa, as quatro equipes que marcaram mais pontos nas duas primeiras, se enfrentaram no jogo mata-mata de perguntas e respostas. A gerente do local, Aline Battistoni considera

válidos eventos deste nível, porque eles ajudam a divulgar a empresa Trust, como também atrai novos clientes para o bar. Também, o intercâmbio acaba por se tornar mais acessível, como salientou Carolina, que a partir do desconto analisará seriamente a opção de embarcar para os EUA nas próximas férias. Os demais participantes do quis receberam um desconto de US$180,00 para realizar o programa de intercâmbio, nesse evento que é anual e já está em sua terceira edição.


AUSTRALIAN CENTRE CONTRIBUI PARA A QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAL EM CAMPINAS Uma das cidades que mais gera emprego no Brasil, necessita de recurso humano qualificado, experiente e com bagagem cultural. Para tanto, Campinas conta com uma unidade Australian Centre. Agência totalmente especializada em intercâmbio educacional para Oceania, com consultores credenciados pelo governo australiano e neozelândes e que conhecem bem o que o mercado de trabalho necessita hoje. Tudo isso porque também passaram por essa experiência única e têm muito a agregar nas suas escolhas e decisões. São várias opções em programas de especialização, graduação, pós-graduação e aprendizado ou aperfeiçoamento da língua inglesa. Apresentar a verdadeira Austrália é o objetivo da Australian Centre. Preparar o estudante sobre as facilidades e dificuldades, informar sobre a vida e a multiculturalidade australiana são algumas das várias dicas exclusivas que essa equipe passa para seu cliente. Há 10 anos no mercado, a Australian Centre já realizou vários sonhos e participou da mudança na vida de muita gente.

CONSULTORIA AUSTRALIAN CENTRE

• • • • • • •

Escolha da cidade Escolha da escola Escolha do curso Visto Passagem Acomodação Suporte com escritórios na Austrália

Os programas de intercâmbio cultural da Australian Centre representam mais que aprender outro idioma ou aperfeiçoar-se profissionalmente, são sinônimos de conquista, de maturidade e liberdade. Em Campinas, a equipe está pronta para auxiliar nessa jornada com segurança e profissionalismo. Para mais informações acesse: www.australiancentre.com.br ou visite a unidade na Rua Maria Monteiro, 1513 - sala 01 Cambuí, Tel: (19) 3294-3733.


voaO segundo semestre voa e você vai junto.

re

Essa é a sua chance de passar o segundo semestre estudando na Austrália ou Nova Zelândia.

nte

Apresente esse anúncio e ganhe automaticamente a isenção da taxa de matrícula!

Sydney

564

12 parcelas fixas a partir

R$

,50 ,50

Curso de inglês para 14 semanas

to estuda hor as enquanto estuda balhar 20 horas enquan internacional pode tra nte uda est o lia, s. trá ana Na Aus 14 sem um período mínino de

th

Perth

5 5

615

s a partir

,50 ,50

R$

a 14 semanas

m.br

,50

Curso de inglês para 14 semanas

Em Perth, o estudante internacional tem desco nto no transporte público.

Auckland R$

151

12 parcelas fixas a partir

,00 ,00

Curso de inglês para 4 semanas

elândia.

s - SP

12 parcelas fixas a partir

va Zelândia. ra passear na No lês e aproveite pa ing seu e ço fei er Ap

Rua Maria Monteiro, 1513 - sala 01 - Cambuí - Fone: (19) 3294-3733 - Campinas - SP twitter.com/acintercambio

facebook.com.br/australiancentre

australiancentre.com.br

eguro Observações: saúde Promoção válida obrigatório. para pagamentos de cursos feitos até 31 de dezembro de 2012. Os valores não incluem acomodação, traslado, passagem área, despesas com visto e OSHC seguro saúde obrigatório. Valores sujeitos a alteração sem aviso prévio por parte das escolas. Valores em reais sujeitos a variação cambial. Parcelamento sujeito a análise de crédito pelo Banco Santander.


INTERCÂMBIO Por: Maraisa Buzin

Arriba

México

O

espanhol é um dos idiomas mais falado nos dias atuais, além de ser considerado super importante para quem quer ter um currículo competitivo. Então, que tal dar um up na língua e ainda descobrir esse mundo fascinante e cheio de história e cultura que é o México? Fique a vontade e conheça o país da civilização que prevê o fim do mundo em 2012. Mito ou verdade, vale a penas visitar a origem do calendário Maya, que mesmo comemorando seus 5.000 anos já era considerado bastante sofisticado. Mesmo que seja mito, quem sabe essa experiência não pode trazer uma nova era para sua vida!

52

População: 106.202.903 Capital: Cidade do México Moeda: Peso Mexicano Principais cidades: Acapulco, Cancun, Playa del Carmen, Guadalajara, Cidade do México e Vera Cruz Idiomas: Espanhol e Castelhano Religião predominante: Catolicismo Horário local em relação a Brasília: - 3 horas Corrente elétrica: 110 V Principais áreas de estudo: Ciências Agrárias, Administração e Turismo


INTERCÂMBIO

Quando se fala do México, logo vem a cabeça músicos mariachi,com aqueles enormes bigodes, vestindo grandes sombreiros, tacos e guacamole, belíssimas praias de águas cristalinas e areia branquinha, tudo isso regado á muita tequila! As boas-vindas ao território mexicano são dadas com um belo sorriso no rosto todos que procuram

Maias

o país para o aprendizado do idioma e para conhecer sua cultura e estilo de vida. Adicione uma gastronomia deliciosa e dias ensolarados e você tem um cenário maravilhoso para aprender espanhol. Apesar de fazer parte da América do Norte, o país que é riquíssimo em história e cultura, tão cheia de contraste e diversidade, possui características

Habitando a região sul da Península do Yucatán, os maias começaram a formar, por volta de 700 a.C, uma das mais ricas civilizações pré-colombianas de que se tem registro. Foram grandes artistas e intelectuais que tinham o domínio de realizarem difíceis cálculos matemáticos, bem como cálculos astronômicos. De religião politeísta, os maias construíam palácios e templos, locais onde realizam suas cerimônias de sacrifícios. O mundo dos mortos é constante temática em sua arte. Segundo dados do Discovery Chanel “As descobertas de cerâmica são frequentes nas câmaras funerárias. Os arqueólogos supõem que as cenas são partes de uma mitologia das entidades familiares, também representadas com estatuetas sagradas, no caso das linhagens de nobreza. Os poucos murais pintados que se conservam surpreendem pelo realismo e a capacidade para transmitir sentimentos. É o caso dos vasos de Bonampak, elaborados entre 600 e 800 a.C. na região mexicana de Chiapas. Eles mostram as cerimônias e os momentos que antecediam as batalhas, seu desenvolvimento, e o sacrifício final dos prisioneiros”.

muito mais semelhantes aos países da América central e do Sul. Porém, para compreender essa cultura e todas as maravilhas que o país oferece é preciso conhecer um pouquinho de sua história. A ocupação de seu território era predominada por povos indígenas, mas os mais influentes foram os Maias e Astecas.

Astecas

Conta a lenda que Huitzilopochtli, o deus da guerra, guiava aos nahuas (que procediam de Aztlán, daí o nome de astecas) até o lugar em que deveriam instalarse. Tal região estaria marcada pela existência de uma águia repousada sobre um cacto, onde devorava uma serpente. Foi no Lago de Texcoco (atual Cidade de México) onde encontraram o sinal do deus e ali fundaram a cidade de Tenochtitlán. Sua arquitetura era grandiosa, como forma de enaltecer seus deuses. Esculpiam em pedras imagens de deuses, geralmente em forma monstruosa, e relevos com desenhos simbólicos, que eram expostos nos templos e nas praças.

53


INTERCÂMBIO

Dono de uma das maiores metrópoles do mundo, a Cidade do México, o país é composto por 31 estados, com tradições únicas, artesanato inigualáveis, fascinante flora e fauna e, claro, uma gastronomia extravagante. Quem já não ouviu falar de tamales, tortillas, enchiladas e burritos? A comida mexicana é uma herança de seus antigos ancestrais

maias e astecas, que foram os primeiros a cultivarem milho, chocolate, tomate, pimenta e baunilha, ingredientes muito usados ainda hoje. Rica em cores e sabores, a variedade de seus pratos vem da diversidade regional e geográfica do país. As vilas e cidades ao longo da costa são famosas pelos pratos de marisco, já no interior do país, o mais comum é encontrar os

guisados, molhos complexos e todo o tipo de pratos à base de milho. Nas áreas mais desérticas, a culinária é bastante exótica, com inúmeros pratos feitos à base de cactos. E para temperar todas essas delícias usa-se bastante pimentões e uma variedade de 60 tipos de pimentas, deixando tudo beeem apimentado!

Limão, sal e tequila! Contam os místicos mexicanos que, na época que os asteca ocupavam o território, um raio foi lançado por um deus e atingiu um campo de agave (o enorme e espinhoso arbusto do qual a tequila é feita). O poder do raio foi tão grande que partiu a planta ao meio, cozinhou sua polpa causando uma ligeira fermentação. Os nativos Nahuatl perceberam um líquido aromático

saindo da planta e decidiram proválo. Deram a ele o nome de vino mezcal, um presente dos deuses. A bebida, que sofre o processo de destilação por duas vezes, da mesma forma que a cachaça brasileira, teve origem em cidade com seu nome, na província de Jalisco. Da mesma forma que ocorre o Champagne, só pode receber o nome de tequila a bebida produzida nessa exata região do

México, além de alguns vilarejos em quatro regiões pré-aprovadas pelo governo. Ao longo dos tempos e dos países que ia conquistando, a bebida foi ganhando outras versões e coquetéis, dentre eles o Tequila Sunrise (tequila, suco de laranja e grenadine), o Matador (suco de abacaxi, limão e tequila) e a tradicional Margarita.

Cancun

Situada na costa sudeste do México, no estado de Quintana Roo, na Península de Yucatán, Cancun é um paraíso feito de quilômetros de praias de areia branca e mar de águas azul-turquesa. É na península que também encontramos The

54

Mesoamerican Reef, que em seus 700 quilômetros de extensão abriga mais de 65 espécies de coral pétreo e mais de 500 espécies de peixes, incluindo a baleia gigantesca os maiores tubarões do mundo. Além de grandes redes hoteleiras,

a cidade oferece várias outras opções, como parques e zonas arqueológicas como Chichén-Itzá, Xel-Há, X-Caret e Cobá . Para quem gosta de esporte aquático como windsurf, mergulho... Cancun é um destino perfeito.


INTERCÂMBIO

Fazendo a diferença! Você pode transformar sua viagem de intercâmbio em algo muito maior do que a troca de conhecimento e o aprendizado de um novo idioma. Você pode fazer a diferença e ter

experiências emocionantes com um programa de voluntariado. Tenha uma experiência pessoal marcante, conheça uma nova cultura e ainda dê uma lição de solidariedade,

levando esperança e alegria ás pessoas carentes, engajando-se em diversos projetos sociais, causas humanitárias e cuidando da Mãe Natureza!

Vantagens do programa

Hospedagem

Onde encontrar?

• São projetos de curta duração, variando entre 2 a 12 semanas. Praticar e aperfeiçoar o idioma junto com os moradores locais e ainda conhecer lugares incríveis. Ter uma experiência que contribuirá para seu crescimento pessoal, além de contribuir para um mundo melhor. Incluir em seu currículo uma experiência bastante valorizada pelas grandes empresas

Geralmente os voluntários moram dentro dos projetos (isso depende de cada projeto) ou então nas proximidades, em alojamentos para voluntários, casas de família e alguns casos até em cabanas e tendas.

A Sintonia Universitária, em parceria com as agências de intercâmbio de Campinas, preparou uma listinha de escolas para você fazer o intercâmbio de voluntariado e/ou para encontrar um curso de idioma para voltar hablando muy bien! Enforex: www.enforex.com/espanhol VIP: www.partnershipvolunteers.org Coined: www.intercoined.com Outros países como Argentina, Chile, Guatemala, Costa Rica, além da África e índia também possuem programas de voluntariado. Consulte uma agência e peça mais informações. Mas vamos lá, tem muita gente precisando de você!

“É melhor morrer de pé do que viver de joelhos” Emiliano Zapata Salazar

Primeiro passo para virar gente grande! Uma outra opção para quem quer praticar o idioma e ainda ter uma experiência profissional no exterior, é um programa de estágio dentro da sua área de estudo. Esse programa geralmente tem duração de dois á doze meses e o estudante ainda recebe uma bolsa auxílio suficiente para cobrir as suas despesas básicas com acomodação, transporte e alimentação. A IAESTE, International Association for the Exchange of Students for

Technical Experience, é uma entidade não governamental, apolítica e sem fins lucrativos, membro consultivo da UNESCO, fundada em 1948 pelo Imperial College, em Londres e presente nos 5 continentes, que promove este tipo de intercâmbio. A IAESTE é parceira de algumas agências de intercâmbio além de faculdades como PUC, UNICAMP, UNESP e USP. Acesse o site (www.abipe.org.br) e descubra a melhor opção para você!

55


INFORME PUBLICITÁRIO

CI ap re s e n t a

Nepal

como nov o d e s t i n o p a r a trabalh o v o l u n t á r i o

A

CI traz o Nepal como mais uma sugestão de destino para aqueles que desejam aliar em uma única viagem turismo e trabalho voluntário. O programa permite que o voluntário tenha uma experiência singular, atuando e desenvolvendo trabalhos sociais junto às comunidades locais, como por exemplo, o auxílio a orfanatos, assistência aos professores em escolas públicas e até promover atividades de autoestima para mulheres. Por a partir de EUR 377, a CI disponibiliza uma opção de pacote com duração de duas semanas, com acomodação em casa equipada, três refeições diárias e todos os materiais necessários para as atividades durante o programa. O voluntário conta com orientação sobre o dia a dia do projeto e ainda recebe assistência para passeios e viagens turísticas. Segundo a gerente de trabalhos e estágios da CI, Gisele Mainardi, o programa é uma excelente oportunidade para agregar a experiência de uma viagem exótica e crescimento pessoal. “São diversas opções de trabalho dentro do Nepal. O voluntário tem a chance de ter um contato com outra realidade e cultura, aperfeiçoar o inglês, conhecer lugares incríveis e ter esse diferencial que é contar com uma experiência internacional no currículo”, comenta.

Para mais informações, entre em contato com a CI Cambuí (19) 3754-5100 / CI UNICAMP (19) 3289-2020, ou acesse www.ci.com.br.


cia

Mochilão Explore a Europa com economia e independência

is de Pegue 20sua países mochila e embarque da para Europa, conhecer mais conviver de 20 países da Europa, conviver ênciacom única! várias culturas e ainda voltar com uma experiência única!

reasCursos, e viagens estágios, trabalhos, para passagens o aéreas exterior e viagens para o exterior que fazem a vida acontecer. Rede CI. Mais de 60 lojas em todo o país.

ci.com.br/meadiciona

m.br você aprende com o mundo

www.ci.com.br


INTERCÂMBIO

Universidades no México

Em 2011 foi publicado um ranking com as 10 melhores universidades públicas do México.

1 . Universidade Nacional Autônoma de México (UNAM) Com mais de 100 anos de história, a UNAM oferece licenciaturas que vão desde humanas até ciências médicas. Além de ensino médio, pós-graduações, doutorados, idiomas, cursos, diplomados, ateliês. Estudos que se complementam com eventos culturais e desportivos.

2 . Universidade de Guadalajara (UDG) É a Rede Universitária do Estado de Jalisco, pública e autônoma, com vocação internacional e compromisso social, que satisfaz as necessidades educativas de nível médio superior e superior, de investigação científica e tecnológica e de extensão para incidir no desenvolvimento sustentável e inclusão social.

3 . Universidade Autônoma do Estado de México (UAEM) Com uma ampla oferta educativa, a universidade está comprometida a “gerar, estudar, preservar, transmitir e estender o conhecimento universal”. A investigação científica, humanística e tecnológica visa criar pessoas comprometidas socialmente, com uma consciência “livre, justa e democrática”.

4 . Universidade Autônoma Metropolitana (UAM) Com 35 anos de respaldo, a UAM procura preservar a cultura e promover a investigação. Através de uma análise da situação atual do mundo, procura pensar estratégias que levem seus alunos a terem um grande compromisso social.

5 . Instituto Politécnico Nacional (IPN) “A Técnica ao Serviço da Pátria” é o lema desta universidade cuja oferta educativa se centra nas ciências médica-biológicas, sociais e administrativas, bem como engenharias e físicas-matemáticas.

58


INTERCÂMBIO

6 . Universidade Autônoma de Novo León (UANL) Procura formar pessoas possuidoras de uma ampla consciência sobre a atualidade, de forma que consigam comprometer-se com o desenvolvimento do mundo, sendo inovadores e competitivos, para encontrar a satisfação pessoal.

7 . Universidade Autônoma de Povoa (BUAP) Oferece formação acadêmica desde ensino médio á doutorado, contando com diferentes áreas e apoio para o estudo de cada uma. Procuram reafirmar a liderança em cada um de seus estudantes, para juntos,criarem uma instituição educativa que pró da transformação social.

8 . Universidade de Sonora Há 68 anos é considerada essencial no impulso de diferentes opções educativas, onde se geram e aplicam novas descobertas culturais e científicos, diante dos desafios da globalização.

9 . Universidade Michoacana de San Nicolás de Hidalgo Foi a primeira universidade autônoma de América e é a máxima casa de estudos de Michoacán; a qual tem como objetivo formar líderes competentes que gerem mudanças positivas na sociedade, demonstrando valores éticos. Se impulsiona aos estudantes ao avanço científico, tecnológico e artístico.

10 . Universidade Autônoma de Baixa California A UABC, como protagonista crítica e construtiva da sociedade bajacaliforniana, tem como missão promover alternativas viáveis para o desenvolvimento social, econômico, político e cultural da entidade e do país, em condições de pluralidade, igualdade, respeito e sustentabilidade.

Fonte: Site Univérsia “As 10 melhores universidades públicas do México”. Artigo publicado em três de outubro de dois mil e onze.

59


O que acha de estudar inglês em Vancouver, no Canadá, e ainda trabalhar legalmente?

Limpa, segura e linda, Vancouver é uma das melhores cidades do mundo para se viver. Situada na costa oeste do Canadá, a cidade é privilegiada por seu clima ameno e suas paisagens exuberantes. Cercada pelo Oceano Pacífico e pelas montanhas, Vancouver proporciona uma experiência inigualável a quem procura excelentes cursos e qualidade de vida. Com certeza você também vai amar! Além da melhor qualidade de vida do mundo Vancouver oferece as melhores opções de lazer da região. Está a poucos quilômetros de Whistler, uma das melhores estações de Ski do Canadá, também a poucos minutos de ônibus da Grouse

Mountain, Stanley Park – um dos parques mais sensacionais do Canadá. Sinta-se o Indiana Jones atravessando a Capilano Bridge, aproveite as tardes ensolaradas nas varandas dos charmosos cafés na Robson Street e à noite curta ótimas baladas e os aconchegantes pubs no melhor estilo Vancouver. O melhor da historia é que o Governo canadense permite que estudantes matriculados em programas de Study & Work, trabalhem legalmente por metade do período em que estarão no país. A CanadaStudy em parceria com a InLingua Vancouver, uma das mais tradicionais escolas de inglês de Vancouver oferece cursos de inglês e programas de estudo e trabalho remunerado na cidade.


Exemplos de cursos

Curso de Inglês Intensivo

Estudo e Trabalho Combinados

3x3

Somente na CanadaStudy você tem um programa no qual você pode estudar e trabalhar legalmente ao mesmo tempo.

4 Semanas com acomodação em casa de família e taxas CND $1.840

6 meses no Canadá (3 meses de estudo + 3 meses Internship) CND $3230

4x4

8 meses no Canadá (4 meses de estudo + 4 meses Internship) CND $3995

6 x 6 - 1 ano em Vancouver (6 meses de estudo + 6 meses Internship)

CND $3995

Cidade: Vancouver Escola: InLIngua Vancouver (Study & Work) Curso: General English, Business English Período: 6 meses • 1 mês de Inglês Super-Intensivo • 5 meses de Inglês meio período e Trabalho remunerado meio período

Conheça todas as opções que a CanadaStudy tem para você: Cursos de idiomas, High School, Estágios, Intercâmbio Teen, Study & Work, Univesidades e muito mais...

Estudar no Canadá é com a CanadaStudy! Tel.: (+5511) 3628 1634 E-mail: cursos@canadastudy.com.br Web: www.canadastudy.com.br

CURSOS


INTERCÂMBIO

Ranking com as melhores universidades da América Latina em 2011. O critério de avaliação foi feito com base no número de estudantes, profissionais com doutorado, número de artigos publicados, presença na internet, reputação perante a comunidade científica e o mercado de trabalho.

Posição Instituição

País

Score

1

Universidade de São Paulo

Brasil

100.0

2

Pontificia Universidad Católica de Chile

Chile

99.6

3

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Brasil

94.7

4

Universidad de Chile

Chile

94.0

5

Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM)

México

92.1

6

Universidad de los Andes

Colômbia

84.7

7

Tecnológico de Monterrey (ITESM)

México

83.0

8

Universidad de Buenos Aires

Argentina

82.1

9

Universidad Nacional de Colômbia

Colômbia

79.5

10

Universidade Federal de Minas Gerais

Brasil

79.1

Fonte: QS World University Rankings – Topuniversities

Confira as 100 melhores universidades no site:

http://www.projetolatinoamerica.com.br/as-melhores-universidades-da-america-latina-2011/

Volta ao Mundo

Opções para quem quer fazer intercâmbio é que não faltam. Uma das opções mais procuradas hoje pelos brasileiros é os EUA. A Nação super poderosa, de grande importância econômica, política e cultural no cenário global, conta ainda com uma grande diversidade entre seus estados e cidades, despertando ainda mais os

62

sonhos entre os jovens universitários. Essa diversidade vai desde as noites super badaladas de New YorK City, até aos mágicos parques de Orlando. Dentro do pacote ainda temos as ondas e o glamour hollywoodiano da Califórnia, as pistas de Aspen e até mesmo o rústico, mas não menos, interessante Texas.

São inúmeras universidades reconhecidas mundialmente, vários tipos de cursos e opções para quem quer trabalhar, ganhar em dólar e claro, se divertir muitooo!!! Escolha já seu destino e embarque nessa experiência, que com certeza será inesquecível!


TURBINE SUA CARREIRA E SEU CURRÍCULO COM UMA EXPERIÊNCIA INCRÍVEL

TURBINE SUA CARREIRA E SEU CURRÍCULO COM UMA EXPERIÊNCIA INCRÍVEELXPERT EM INTERCÂMBIO Desde 1964

Com os programas universitários e profissionalizantes da Experimento, você pode escolher entre as melhores escolas e universidades em quase 10 países para construir um currículo diferenciado. Fale com nossos experts e descubra como aproveitar ao máximo esta experiência única e transformadora.

WWW.EXPERIMENTO.ORG.BR

SÃO 30 LOJAS PELO BRASIL. CAMBUÍ T (19) 3255 2203 | PUC T (19) 3256 4022 CURSOS NO EXTERIOR

HIGH SCHOOL

AU PAIR

WORK & TRAVEL

UNIVERSITÁRIOS E PROFISSIONALIZANTES


CULTURA E PIPOCA

Texto e fotos: Bruno Chiarotti

Sombras d e u m p a ssado recente

O cancelamento do Paulínia Festival de Cinema 2012 é mais um tapa na cara da cultura brasileira.

A

atual administração pública já havia anunciado que a verba da Cultura desse ano seria revertida para outras ações sociais da cidade, em favorecimento das eleições. Discutir com o poder público agora seria dar soco em ponta de faca. Uma vez avisada, a sociedade apenas esperou o anunciado “fechamento” do Pólo Cinematográfico. Criado em 2005/2006, com verba pública e privada, o Pólo Cinematográfico custou 550 milhões

64

de reais. Conta com estúdios de ponta, escola de cinema, stopmotion, fábrica de cenários e uma cidade cinematográfica, além da Film Comission, administrada pela Secretaria de Cultura. Foram mais de 50 produções realizadas, a maioria de âmbito nacional, como _O Palhaço_ (2011),_Assalto Ao Banco Central_ (2011), entre outros. Naturalmente o Festival de Cinema ganhou peso em 2011, quando teve um fluxo de 12 mil pessoas e premiações que somaram cerca de

800 mil reais. Tais dados destacam o Festival como, se não o mais, um dos mais importantes do país, elevando Paulínia a uma produção de 25% do mercado cinematográfico brasileiro, que gira em torno de 90 produções/ ano. Prevalece o interesse do político, e não da política, pois em tese, política se destina ao beneficio do povo, e o interesse do político é destinado ao uso da máquina pública em beneficio de sua própria imagem, guia às decisões que necessitam de


CULTURA E PIPOCA

uma reflexão mais aprofundada. Não apenas guiada pelos fatos .situação de Campinas, com mais de um milhão de habitantes, que não tem um teatro de grande porte funcionando, nem sequer espaço adequado para sua centenária Orquestra Sinfônica. Segundo Bruno Fantini, cineasta formado pela Emerson College de Boston, Estados Unidos e atual mestrando em Multimeios pela Unicamp, política e cultura não andam do mesmo lado: “Obviamente que é mais um exemplo de descaso com a cultura, mas o buraco é sempre -mais embaixo. Parece que a descontinuidade de iniciativas públicas que mereciam ser promovidas por um período maior do que a de um ou dois mandatos eleitorais seja atitude recorrente na gestão pública brasileira” e ainda ironiza, “o Ministério da Cultura deveria então ser fechado e toda sua verba destinada ao Ministério da Educação e ao Ministério da Saúde”. Parece mesmo que o narcisismo é ícone para as decisões, assim pensa João Nunes, Jornalista, Presidente da Associação Nacional dos Críticos de Cinema: “A motivação é política em ano eleitoral. Ele (atual prefeito José Pavan Junior) está em guerra com seu principal rival, Edson Moura, criador do festival e do Pólo, cuja imagem está colada a essas atividades”. Amargurando um futuro incerto, chega o ponto de perguntar: Qual seria uma solução razoável para problemas como esse? A resposta é simples: “A única maneira é criar uma fundação, ou algo no estilo. Pensemos na Orquestra Sinfônica do Estado (Osesp), é uma fundação e nenhum interesse político-eleitoreiro muda nada na orquestra. O festival de Paulínia e sua produção de cinema só se tornarão grandes se estiverem separados da política municipal” diz João.

Produção Local Amarrando a produção de Cinema com o dado de 90 filmes por ano, é evidente que o brasileiro não assiste a seus próprios filmes. Doutrinado pelo mercado americano, a perda de um festival de cinema esfria a vontade da população em consumir a filmografia nacional. Mais uma vez o problema é político, pois ninguém vai obrigado ao cinema. Por isso, para que os filmes sejam vistos, é obvio que eles precisam ser exibidos, ou seja, precisam de salas de cinema. A dura realidade é que mais de 80% das salas de cinema hoje estão em shoppings centers, longe do público de massa e com alto custo de acesso. O fato é que o Brasil possuí ingênuas 2206 salas, contrastadas com as mais de 35 mil dos EUA. Assim, se não há interesse em promover um festival, quanto mais em promover o cinema nacional, “Quer saber onde está o interesse? Em filmes como _Os Vingadores_ que, só no primeiro fim de semana no Brasil, fez 1,5 milhão de espectadores” completa João Nunes. Outro problema são os órfãos produtores locais, como Bruno Fantini explica: “acredito que o primeiro edital a realmente pleitear produções regionais foi o de 2010, e em 2011 aparentemente essa iniciativa não foi continuada. Na matemática: zero em 2008, zero em 2009, zero em 2011 e provavelmente zero em 2012. Com isso, a somatória dos incentivos para produções locais é ZERO. Não é que eu esteja indiferente ao cancelamento do Festival de Paulínia, mas tenho plena consciência de que não sou e jamais fui o foco dessa iniciativa”. Não podemos esquecer que o filme produzido em Paulínia, _ Trabalhar Cansa_ (2011), foi indicado em Cannes, e a diretora Juliana Rojas, diretora do longa junto com Marco

Dultra, já pisou em terras francesas três vezes, todas com produções locais. Muitos são os casos de produtores locais que realizam grandes trabalhos, como o documentário _Cartas Para Angola_, produzido em Campinas, com filmagens em Angola e Portugal, além de São Paulo e Rio. O longa conta com cine clubes, cinemas intimistas para ser exibido, ou seja, sem um festival em que uma produção possa participar do edital, sua distribuição está praticamente fadada ao insucesso.

Grand Finale No entanto o Pólo Cinematográfico não está extinto, está parado, assim explica João Nunes: “Ele não acabou. Pelo menos em tese. Neste momento, não há editais. Sem edital, não há Pólo. O atual prefeito prometeu anunciar. Eu duvido que anuncie. Se ele não anunciar e for eleito, o Pólo acaba” São trâmites políticos que vão reverenciar as próximas produções. O Brasil não deixará de ter seu próprio cinema se Paulínia findar, mas se isso acontecer, perderá um braço importante, principalmente para a RMC, de se mostrar forte econômica e culturalmente. O desfecho desse filme de suspense e horror, com teor catártico da política pastelão é difícil vislumbrar. Porém, vistos os fatos, é o cidadão que deve ser responsável pela crítica do mundo em que pisa e trabalha. A sociedade voltada para a massificação e consumismo se tornou cega e indiferente à Cultura. Menosprezada, ela anseia pela bondade de um povo que dela nasceu, “há a necessidade de se incentivar a cultura porque ela é uma forma de transformação social, uma área importante da educação e da formação de um indivíduo, e a identidade viva de uma nação e seu povo” arremata Bruno.

65


sintonia ink

Texto: Bianca Fernandes | Fotos: Pablo T. Sola

Uma fachada chamativa,

um interior ainda mais

marcante! Arrojado e multicolorido. Assim é o Perímetro Urbano, um estúdio de tatuagem em pleno Cambuí, que já revela na fachada o que vamos encontrar em seu interior.

Q

uadros, pinturas na parede, desenhos e mais desenhos nos levam por um corredor até que se chegue à sala de tatuagens. Foi lá que conhecemos a Beatriz Franceschi Bernardi, de 21 anos. A Bia estava apreensiva, afinal faria naquela tarde sua primeira tatuagem. E qual imagem ela escolheu? Uma flor de Jasmim Manga da qual gosta muito e uma pequena borboleta. Esta tem um significado mais especial: como ela cursa psicologia na faculdade,

muito por acaso na área. Ao procurar alguém que pudesse tatuá-lo, conheceu um profissional que além de tê-lo feito, o incentivou a fazer um curso de desenho para que se aperfeiçoasse e seguisse também a profissão. Nota-se que o risco deu certo e anos depois, Marins tem os braços todo cobertos por desenhos e tatua com precisão e serenidade de quem é apaixonado pelo que faz. A tattoo da Bia demorou cerca de 1h30min para ficar pronta. E toda a dor e nervoso que ela sentiu durante o processo parece ter

acredita que assim como acontece na metamorfose desses animais, que se ajudados acabam morrendo, também o é em nossa vida. Precisamos passar lós obstáculos e aprender com eles, a fim de nos tornarmos pessoas melhores. Toda esta ideia foi desenhada antes num papel e depois transposta no ombro direito dela, pelo tatuador Alex Marins. Com 16 anos de experiência e há dois no Perímetro, ele começou

66

valido a pena. Quem se senta logo na recepção do estúdio, seja para pedir uma informação, para escolher o desenho da tatuagem ou simplesmente para admirar a decoração vai conhecer também o Fernando Madeira. Fundador do Perímetro Urbano


A PRÓXIMA TATTOO PODE SER SUA! Atenção em primeiro lugar! Assim como é perceptível no Perímetro Urbano e deve ser em todo local que se propõe a fazer tatuagens, higiene e segurança são peças fundamentais na execução do trabalho. O local deve estar limpo, exibindo um ambiente estéril e higiénico. Deve conter recipientes próprios para acolher utensílios, agulhas e luvas susceptíveis de risco biológico (uma vez que entraram em contacto com sangue ou outros fluidos corporais). há cerca de três anos, que a princípio tinha o nome de Galeria Urbana, ele atua na profissão há 15. Ele é um apaixonado por desenhos, que acabou criando o mascote do local, um peixe multicolorido, representado nas paredes, no chão, nos cartões, em adesivos e até nos em chinelos personalizados que podem ser

O espaço deve ainda dispor de um local apropriado para desinfecção, com água fria e quente. A limpeza dos equipamentos a serem utilizados, das mãos do profissional e da parte do corpo a ser tatuada é indispensável. É recomendável também que: • O tatuador use luvas novas e descartáveis durante o processo todo; • Que ele abra as embalagens das agulhas na frente do cliente e que elas estejam embaladas individualmente e sejam utilizadas uma única vez;

comprados no estúdio. Vale a pena passar por lá e conferir! Fica a dica também para os novos artistas de Campinas, para os que se interessam por artes e procuram um local para expor. Aos fundos do estúdio uma obra de ampliação está em andamento e no dia 25 de agosto será inaugurada, com exposição de arte urbana, de reciclagem, de grafites. A ideia é a de convidar pessoas para pintar este novo espaço, dando um ar ainda mais especial ao local. A Sintonia estará presente!

• E de que as embalagens da tinta esteja frescas. Peça para que ele as abra na sua frente.

Conheça o Perímetro Urbano! No Facebook: Perímetro Urbano Por telefone: 3367-5301 No local: Rua Emílio Ribas, 448 - Cambuí , Campinas - SP

67


FIQUE PLUGADO Por: Aline Saluotto

CAPCOM lança versão para colecionador dos 25 anos de Street Fighter A partir do dia 18 de setembro, nos EUA, a versão comemorativa estará disponível para as plataformas PlayStation 3 e Xbox 360. Este conjunto conterá os games Super Street Fighter 2 Turbo HD Remix, Street Fighter 3 Third Strike Online Edition, Super Street Fighter IV Arcade Edition e Street Fighter X Tekken, além de dois discos Blu-Ray com um documentário e a coleção de filmes de animações de Street Fighter IV e Super Street Fighter, assim como todos os episódios da série animada de Street Fighter e “Street Fighter®II: The Animated Movie”.

Warner Games lança Harry Potter para Kinect O jogo vai misturar os oito filmes da série. As novidades: a possibilidade de digitar o seu rosto para usar como avatar, além do reconhecimento de voz para o uso de magias. Isso permite que o jogador interaja com professores, alunos, além de jogar feitiços em adversários, voar num jogo de Quadribol e preparar poções. Completam o jogo, osmini-jogos competitivos e cooperativos pra duas pessoas! A data de lançamento ainda não foi divulgada.

DOOM 3 terá versão remasterizada Jogo clássico com versão remasterizada será produzida para Xbox 360 e Playstation 3. O pacote será intitulado como Doom 3 BFG Edition (edição “Big Fucking Gun”) e terá ainda os games Doom, Doom 2, a expansão Ressurrection of Evil e o extra Lost Mission. O jogo receberá suporte para 3D e novas fases são esperadas. A data de lançamento ainda não foi anunciada.

Confira também:

• Trailer completo de Tomb Raider: os produtores prometem um design totalmente novo para a personagem Lara Croft, além de ser um recomeço para a série. • Novo game da DC Comics é anunciado: “Injustice: God among us”, que conta com o desenvolvimento de NetherRealm Studios, de Mortal Kombat. O lançamento está previsto para 2013 para Wii U, PS3 e Xbox 360. Confira o trailer que está no ar!

68








GUIA

SINTONIA

INDICA

Mude. Inove. Destaque-se.

MÉDIA DE

42 MIL

LEITORES POR EDIÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

GRATUITA

www.lefdesign.com.br

LeF design

assessoria de imprensa e conteúdo • Assessoria de Imprensa • Publicações Customizadas

(11) 3432-3937 (11) 2761-1963

• Conteúdo Online e Off-line • Comunicação Interna • Gestão de Redes Sociais • Consultoria de Comunicação e Projetos Especiais • Design Gráfico

comunicação criativa

Uma agência que surpreende!

ANUNCIE

AQUI!

contato@sintoniauniversitaria.com.br

Ofertas de compra coletiva

r

.b

om

www.ofertascampinas.com.br

.c

Campinas o ponto certo da novidade

Jóias Folheadas / Design Exclusivo / Perfumes

Azure acessórios

Rua Santo Antônio, 449 - Cambuí / Campinas/SP (Próximo ao Colégio Objetivo) | Estacionamento próprio

(19) 3254.2329

ANUNCIE

o site com as melhores

Ofertas

Irresistível

AQUI!

contato@sintoniauniversitaria.com.br

anunciE no Guia Sintonia Indica: (19) 8206-9518


ARTE

Texto e fotos: Rodrigo Marques

As almas de

BARÃO

Registro fotográfico dos moradores da colônia Rio das Pedras, situada em Barão Geraldo

T

rata-se do registro fotográfico dos moradores da colônia Rio das Pedras, situada em Barão Geraldo, no interior de uma antiga fazenda produtora de cana e café (do próprio Barão Geraldo de Rezende), que utilizava mão de obra escrava, substituída posteriormente por imigrantes alemães que criaram a primeira vila de colonos. Hoje, restam uma das últimas gerações dessas famílias de colonos, que vivem de maneira muito humilde, em um ambiente rural, porém, inseridas em um centro urbano, profissional e socialmente. A princípio, a idéia era registrar os aspectos arquitetônicos e históricos das casas, porém o contato com as famílias foi inevitável e aos poucos desenvolvi uma forte ligação com essas pessoas, proporcionando a oportunidade de

registrar momentos próximos e sinceros. O resultado final não se restringe a uma coletânea de retratos, mas sim um olhar particular da minha vivência junto delas, durante esses meses em que estive presente, um olhar oculto mesmo com a câmera em mãos, além de ter um grande apelo ao resgate e preservação da história do distrito de Barão Geraldo. O objetivo é resgatar a cultura e registro dos últimos moradores da

76

Colônia Fazenda rio das Pedras, afim de preservar a história e identidade local, no qual se formou o município de Barão Geraldo, além do registro arquitetônico das casas, que apesar de tombadas não tem nenhuma manutenção ou cuidado, estando a mercê do tempo. A importância deste trabalho é confrontar os modelos de sociedade que estão presentes em um mesmo ambiente, mas que são tão diferentes entre si.


FORMATURA

Por: Marina Benatti

FORMATURA Um baile inesquecível

P

assar no vestibular e adentrar uma universidade é o sonho de muitos, porém sair dela é melhor ainda. Não digo sair ao ponto de desistir do curso, mas sair quando foi feito tudo o que pôde, e se caminhou até o fim dos quatro, cinco ou mais anos de curso. Pode parecer ilusão quando estamos no primeiro ano e o professor nos diz que devemos pensar, desde aquele momento, em como iremos nos formar. Formar? Está longe ainda. Mas o que não se sabe, pelos alunos, é que o tempo ali dentro de uma universidade não passa, ele voa! Saber preparar uma festa de arromba, como se espera do baile de formatura é algo que deve ser pensado nos mínimos detalhes e, portanto, cuidado por pessoas que tenham prazer em fazer isso. Uma festa assim não é tão simples quanto se pensa, além de todo o espaço que é alugado, há ainda a decoração, ornamentação com flores. Há ainda por parte das meninas, toda a preocupação com o cabelo, maquiagem, vestido, sapato, bolsa, brincos, unhas enfim, tudo aquilo que, só nós meninas, sabemos quanto tempo nos leva, mas que também não vivemos sem. Por parte dos meninos, muito mais simples, há o

black tie, ou mais conhecido smoking, o sapato bem engraxado, a gravata combinando com o traje à rigor, o cabelo bem arrumado, a meia preta (e nunca branca), o cinto, e assim também se vai um tempo, menor, mas assim mesmo se leva tempo. Durante todo o processo de vivência, vai-se aprendendo que muitos dos que no começo eram nossos amigos, hoje já não são mais. Aprendemos também em quem confiar e quem desconfiar, quem nunca mais querer ver, e aqueles que queremos levar por toda a vida. Esses são nossos amigos. Os amigos que ali conhecemos. As amizades que ali fazemos é algo tão importante que nos transformam. Eles nos capacitam a sermos mais fortes, dividem conosco a nossa carga, e nós, também, dividimos a deles conosco. Assim suportamos uns aos outros, fazemos da amizade e dos amigos um apoio, um braço forte para qualquer situação. O último ano enfim começa, o trabalho final começa, os grupos se dividem (e é ali que vemos mais claramente do que antes, quem são os amigos inseparáveis) e tudo, como num passe de mágica começa a tomar forma, cor e sentimento de despedida. As risadas, muitas vezes,

são baseadas em fatos que aconteceram no primeiro, terceiro ano e que hoje nos fazem lembrar como éramos e de como víamos as situações. Os trabalhos vão acabando, as carteiras, as lousas, os professores já nos conhecem, agora, por nossas manias e olhares. Eles também deixarão saudades, alguns, outros não. Eles sabem quem é cada um, e nós sabemos a marca que cada um de nós deixará ali, na universidade. Enfim, o trabalho final é apresentado, o grupo é aplaudido e aprovado. Outra correria se inicia: são os preparativos da colação e também do baile. Os amigos, familiares, pais são convidados para a colação, para o jantar, para a festa. Um último momento se inicia: o baile de formatura. A música começa, os amigos aparecem, os grupos se refazem por algumas horas apenas, a classe se vê ali, mas agora mais charmosos do que nunca antes. Cheirosos, alegres e tristes ao mesmo tempo todos se veem, fotografam e por fim, se separam. Uns para nunca mais se verem, outros para nunca mais se separarem. Já não são mais o que eram quando chegaram e nunca mais serão os mesmos quando saíram.

77



E N O I S S PRE

IM

al

a virtu j o l a s s o n e t i vis

e s e n o x i e apa

o v i s u l c x e n g i s e d om

c s a i ó j Semi sistível e r r i o ç e r ep

(19) 2511-4756 Trabalhamos com revendedoras. (19) 7825-2309 contato@ladivina.com.br Ótimos preços, consulte! www.ladivina.com.br WWW.LADIVINA.COM.BR



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.