Lubgrax - Ed. 09

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CAPA

Melhoradores de viscosidade

Eles ajudam a reduzir a variação da viscosidade dos lubrificantes, a aumentar a vida útil das peças e ainda economizam combustível CAPAS_09.indd 2

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EDITORIAL

EXPEDIENTE REVISTA LUBGRAX Ano II Nº 9 – Março/Abril 2011

Capa:

Foto: Iara Morselli Produção: Maristela Rizzo Diretor

Sérgio Ávila Editoras responsáveis

Maristela Rizzo – MTB 25.781 maristela@lubgrax.com.br Miriam Mazzi – MTB 20.465 miriam@lubgrax.com.br Edição de arte e Editoração

Alex S. Andrade alex@artediagramacao.com.br Editora de fotografia

Iara Morselli iara@lubgrax.com.br

Marketing e eventos

Sérgio Rodrigues sergiorodrigues@lubgrax.com.br Núcleo comercial

Daives Marangoni de Góis daives@lubgrax.com.br Circulação e assinaturas

Salete Rodrigues salete@lubgrax.com.br

Pré-impressão e Impressão

Neoband Soluções Gráficas

Lubgrax é uma publicação da Sergio Avila Editora e Eventos, dirigida a profissionais e executivos de toda a cadeia produtiva, distribuição e principais segmentos industriais consumidores de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas, associações, entidades, universidades entre outros. Circulação: Nacional

Tiragem: 5 mil exemplares

Rua da Consolação, 359 – conjunto 14 01301-000 – São Paulo, SP, Brasil Tel (11) 3151-5140 sergioavilaeditora@sergioavilaeditora.com.br

O QUE NÃO TEM REMÉDIO É A DISPLICÊNCIA

“O

que não tem remédio, remediado está.” A assertiva, apesar de aparentemente definitiva, esconde um perigoso conformismo: o de que não há mais o que ser feito. Quando se transporta tal pensamento para mercados como o automotivo e o industrial, por exemplo, a prática da “economia” com a manutenção preventiva pode gerar milhões em prejuízos.

Conforme reportagem publicada nesta edição sobre sistemas de filtragem – uma forma relativamente simples de evitar sérios problemas com equipamentos, como travamento de motores, só para citar um deles –, a correta utilização de filtração não só garante que a especificação do óleo esteja de acordo com os parâmetros de contaminação permitida pela norma ISO 4406 como pode evitar grandes perdas com máquinas paradas. E a custo baixo, de apenas 3% do que seria gasto com uma manutenção corretiva. Os fabricantes de lubrificantes para motores também dão mostras de que estão caminhando nesta mesma direção. De acordo com entrevista com profissionais de algumas das mais importantes produtoras deste segmento, a vultosa soma aplicada no desenvolvimento de lubrificantes com mais performance não é nada comparada ao ganho de vida útil que acrescentam aos motores, engrenagens, equipamentos e por aí afora. Esses mesmos “novos” lubrificantes – com viscosidades cada vez mais baixas, que permitem aos motores trabalhar de forma mais livre, sem desgastes excessivos e diminuição no consumo de combustíveis – não chegariam a tal patamar tecnológico não fossem os aditivos, como os melhoradores de viscosidade, outro tema de reportagem desta edição. Os próprios fabricantes de lubrificantes admitem que os pacotes de aditivos estão sendo oferecidos com tecnologia cada vez mais superior, sendo itens indispensáveis na busca de maior proteção contra a degradação do lubrificante e a corrosão das peças. Em nome da redução de custos e dos índices de descartes também estão crescendo em importância os sistemas de lubrificação automotiva, que vêm sendo a melhor opção para toda empresa que se pretende moderna e de bem com a natureza. Fornecedores para este serviço não faltam, assim como não é escassa a oferta de pacotes a granel ou de acordo com o tamanho de cada necessidade. Que prevenir é muito melhor que remediar não há a menor dúvida, até porque quem opta pelo caminho inverso amarga perdas significativas. Ao que parece, contudo, a cultura do “remediado está” continua encalacrando iniciativas em prol do ambiente e da gestão empresarial moderna. E ela, definitivamente, precisa ser extirpada do cenário da sustentabilidade.

ASSINATURAS

assine@lubgrax.com.br ou ligue (11) 3151-5140 Assinatura anual R$ 95,00 Preço por exemplar: R$ 19,00 Subscription other countries US$ 150.00 Air mail: US$ 200.00 Preço de exemplares atrasados: R$ 25,00

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Boa leitura! Miriam Mazzi

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SUMÁRIO

Lubrificantes para motores

quantiQ 20 anos

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Melhoradores de viscosidade

Sistemas de lubrificação

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LUBGRAX ONLINE 1ª Pesquisa Lubgrax

A Sergio Ávila Editora lança a 1ª Pesquisa Lubgrax de Fornecedores no mercado de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas em 2011. Petrobras investe em pesquisa

A Petrobras deve investir R$ 1,4 bilhão até 2014 em parcerias com universidades e centros de pesquisas para desenvolver tecnologias para o pré-sal e para a cadeia de fornecedores da estatal. 4•

Editorial

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Cartas

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Números do setor

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Conselho Editorial

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Produtos & Ser viços

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Caderno Consumo

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Sistemas de filtragem

29

Artigo Razão Beta

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Perfil do fabricante – Setral

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Guia Lubgrax

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Editorialista Convidado

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RELAÇÃO DE ANUNCIANTES EMPRESA

PÁGINA

ASSOCIQUIM/SINCOQUIM.....................................................................................................................................................2ª

CAPA

MOBIL ................................................................................................................................................................................... 13 LUBGRAX MEETING ................................................................................................................................................................... 17 LUMOBRAS ...................................................................................................................................................................... 19

E

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PROMAX ................................................................................................................................................................................ 21 INTERTANK .............................................................................................................................................................................. 31 HARO .................................................................................................................................................................................... 33 METACHEM.............................................................................................................................................................................. 39 PETRODIDÁTICA ........................................................................................................................................................................ 41 LUPUS.................................................................................................................................................................................... 43 PLASTIFLUOR............................................................................................................................................................................ 45 LWART ................................................................................................................................................................................... 51 PURITEC ................................................................................................................................................................................. 53 ARINOS ....................................................................................................................................................................... 55

57

E

AFS ..................................................................................................................................................................................... 57 BOZZA .................................................................................................................................................................................. 57 CABOT ................................................................................................................................................................................... 57 D’ALTOMARE .......................................................................................................................................................................... 57 ECOFUEL ................................................................................................................................................................................. 57 HILLMAN ................................................................................................................................................................................ 57 IORGA ................................................................................................................................................................................... 57 MIRACEMA-NUODEX ................................................................................................................................................................. 57 MÜNZING .............................................................................................................................................................................. 57 QUANTIQ

............................................................................................................................................................................... 57

SILIFLEX.................................................................................................................................................................................. 57 TROY ..................................................................................................................................................................................... 57 ABOISSSA .........................................................................................................................................................................3ª BANDEIRANTE BRAZMO ................................................................................................................................................4ª

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CAPA E

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CARTAS PARABÉNS

Recebi a Lubgrax com o artigo sobre ésteres de ácidos graxos. Ficou muito bom o material. Agradeço a gentileza de sua apresentação. Luciano, diretor-geral e proprietário, ficou muito satisfeito com a reportagem. Ítalo Gattone Diretor operacional Biolub

REFERÊNCIA NO MERCADO

Gostaria de agradecer pelo convite de poder participar de uma entrevista para revista Lubgrax, revista esta que está ganhando muito espaço e hoje já é uma referência no mercado de lubrificantes, graxas e aditivos. Diego Milhoranse Lemos Lubrizol do Brasil - Marketing e Vendas

NOVO SITE

O novo portal da revista Lubgrax (www.lubgrax.com.br) ficou muito bom, rápido de acessar, informativo, prático e de visual clean. Parabéns pelo continuado sucesso. Paul Edward Platt

INFORMAÇÕES RELEVANTES

Gostaria de registrar o recebimento e agradecer o envio do último número da revista Lubgrax , a qual contém informações relevantes de mercado deste importante segmento de lubrificantes, o qual tenho por meta o desafio de contribuir para o crescimento do mesmo aqui na Makeni, tal como vocês estão fazendo e com muito sucesso através deste importante canal de comunicação que é a Lubgrax. João Rodrigues Gerente comercial – Novos Negócios Makeni Chemicals

RECEBIMENTO DA REVISTA

Somos distribuidores de óleos solúveis (fluídos) e óleos hidráulicos, atendendo a clientes do RGS de forma diferenciada e com o compromisso de reduzir custos de seus processos e melhorar vida útil das emulsões, ferramentas sem agradedir operadores e meio ambiente. Gostamos de estar informados sobre novos produtos e fornecedores e como recebemos um exemplar de sua revista, gostaríamos de continuar a receber informações, o que agradecemos. Roberto Ferreira Solusione Distribuidora de Óleos e Ferramentas

NÚMEROS DO SETOR • O custo da filtração fica entre 2% e 3% do valor de uma manutenção corretiva.

• A Eaton Corporation, dona da Eaton Hydraulics Brasil,

assinalou vendas de US$ 13,7 bilhões no ano passado. Comemorando seu 100º aniversário em 2011, conta com aproximadamente 70 mil empregados e comercializa seus produtos para clientes em mais de 150 países. A previsão da Eaton no Brasil é crescer 12% neste ano.

• Já a alemã Internormen Technology Group, recém-adquirida

pela Eaton, mantém subsidiárias de vendas e distribuição na Índia, China, Brasil e Estados Unidos, emprega aproximadamente 360 pessoas e teve vendas de mais de US$ 55 milhões em 2010.

• Uma folga de um redutor fica entre 5 e 10 mícrons; já a folga de um rolamento entre

1 e 10 mícrons.

• A Shell possui diversos centros de pesquisa no mundo e investe anualmente cerca de US$ desenvolvimento.

1,3 bilhão em pesquisa e

• O álcool hidratado, usado na gasolina, tem em torno de

7% de água.

• Os lubrificantes com viscosidades de 0W-30 a 10W-30,

mais os pacotes de aditivos mais modernos, API SM e API SN, e óleos básicos dos Grupos II e III, apresentam economia de combustível certificada de 3,5% . Em uso, esse índice

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pode chegar a

4% .

• 38% sobre 2010 em lubrificantes: é a previsão de crescimento da Promax/Bardahl para 2011.

• No segmento de lubrificantes para motores, considerando o

acumulado para o ano de 2011, a Shell apresentou o valor de 14,2% de market share no setor.

• Atualmente a Fortlub tem capacidade de produção mensal de meio milhão de litros de lubrificantes. Conforme informações da empresa, detém market share de 15% de toda região Norte do País.

• A capacidade de produção da Petrobras é de 25 milhões

de litros de lubrificantes por mês. No mercado de lubrificantes para motores, detém market share de 25% .

• A Agecom, com suas linhas Vorax, Maxi Diesel, Maxi Turbo,

Maxi Gear e produtos industriais, tem capacidade de produção mensal de até 2.500 m3. Atualmente, integra os 17% de mercado das companhias de menor porte auditadas pelo Sindicom, fatia da qual participa com aproximadamente 20%.

1- A Interlub, que comercializa a marca de lubrificantes Raid, praduz cerca de 150 m3/mês de lubrificantes

• Do consumo brasileiro estimado em 980 mil m³/ano de

lubrificantes, 60% - ou 588 mil m3/ano – estão direcionados para o mercado automotivo.

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Conselho Editorial Profissionais de renome apoiam conteúdo editorial da Revista Lubgrax Sempre preocupada em oferecer o melhor conteúdo em suas matérias e reportagens, de forma a retratar com objetividade e veracidade o mercado de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas, a Revista Lubgrax convidou personalidades de renome do setor para colaborarem com sugestões, informações e a darem seu parecer técnico e profissional às matérias abordadas em cada edição da publicação. Dessa forma, seguimos com o objetivo de fazer com que a Revista Lubgrax mantenha seu papel de ser a mais completa revista do setor de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas. Apresentamos a todos o novo Conselho Editorial da Revista Lubgrax:

MSc Eng° Eduardo Sala Polati Engenheiro Mecânico e Mestre em Engenharia Mecânica – Energia e Propulsão pela Fundação Educacional Inaciana (FEI), especialista em Combustíveis Destilados pelo College of Petroleum and Energy Studies Oxford. Professor da cadeira de Sistemas Mecânicos e de Propulsão do curso de pós-graduação em Design da Mobilidade da Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP. Trabalhou em empresas do grupo Shell no Brasil, Shell Research e Shell Global Solutions na Inglaterra e Valvoline International. Foi responsável pelo Núcleo de Motores, Combustíveis e Lubrificantes do Instituto de Pesquisa e Estudos Industriais da FEI (IPEI). É sócio-diretor da PowerBurst, empresa de consultoria e serviços especializados em tecnologia aplicada aos segmentos de petróleo e automotivo. É comissário técnico da CBA – Confederação Brasileira de Automobilismo e membro da Comissão de Campeonatos de Eletricidade e Novas Energias da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). José Roberto Signorini Engenheiro químico formado em 1964 pela Universidade do Paraná. Foi vendedor da Shell Química, de 1965 a 1968, e da Phillips Petroleum de 1969 a 1978, sendo três anos em Nova Iorque. De 1979 a 2006 foi sócio-diretor da Bandeirante Química, além de diretor da Associação e Sindicato de Distribuidores de Produtos Químicos por oito anos. Há cinco anos atua como consultor de empresas.

Marcello Attilio Gracia Engenheiro da Confialub-Noria do Brasil. É engenheiro mecânico com 20 anos de experiência na área de lubrificação. Especialista em lubrificantes, filtragem de fluidos e análises pré-aditivas, além de mestre em tribologia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Maurício de Castro Engenheiro químico, especialista em aplicabilidade de processos sustentáveis e diretor da Puritec Tecnologia e Tratamentos orgânicos.

Sergio Águas Manzolli Especialista em filtragem industrial, atuando há mais de 25 anos nesse setor. Faz várias especializações nos EUA e América Latina. Implantou a filtragem industrial no Brasil pela Parker Filtration. Desenvolveu centenas de aplicações de engenharia no segmento da filtragem hidráulica, de processos e de ar comprimido. Ministrou mais de 300 cursos no País e América Latina sobre Filtragem Absoluta e seus benefícios.

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DISTRIBUIÇÃO

JOVEM E MADURA AOS 20 ANOS Longe de serem contraditórios – ao contrário, aqui, são complementares –, os adjetivos acima traduzem o que é a quantiQ: uma empresa que já esteve no epicentro de um dos maiores negócios de todos os tempos no setor petroquímico brasileiro, quando então respondia por Ipiranga Química, e hoje, rebatizada e reestruturada, assume ousados desafios. Numa clara demonstração de jovialidade e vigor, estabeleceu a agressiva marca de crescimento anual de 24%. Parte importante para a concretização deste projeto, a incorporação da Unipar, concretizada no início do ano, não só consolida a posição de liderança da companhia no Brasil como garante o fôlego necessário ao objetivo de figurar entre as Top 10 do ranking mundial do setor até 2015. O mercado de lubrificantes é um dos que contribuirão para esta escalada.

Por Maristela Rizzo e Miriam Mazzi

T

oda história de sucesso partilha os mesmos componentes: um roteiro consistente e promissor, atores talentosos e um diretor exigente, com visão geral do que se pretende interpretar e até onde se quer chegar. Pronto! Está

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desenhada a espinha dorsal que sustenta, há 20 anos, a trajetória ascendente da quantiQ. Nascida Ipiranga Química, em 1991,como parte das Empresas Petróleo Ipiranga, e com a missão de ser o braço de distribuição de produtos químicos

do Grupo, a então companhia gaúcha foi conquistando seu lugar no mercado nacional. Desde lá, a inovação foi fio condutor do negócio. “Sempre buscamos alternativas inovadoras e oferecemos soluções customizadas para todos: clientes, fornecedores e parceiros”, reforça Fernando Rafael Abrantes, o “diretor” deste filme intilulado 20 anos de quantiQ. Do início da década de 90, com atuação ainda regionalizada, até chegar a 2011 como a maior distribuidora de produtos químicos e petroquímicos para a indústria no Brasil, o caminho trilhado sempre esteve sob os holofotes. Em março de 2007, a Ipiranga Química estava no olho do furacão: Petrobras, Grupo Ultra e Braskem anunciavam – naquela que ficaria conhecida como uma das maiores operações do setor petroquímico e de distribuição de combustíveis do País, tendo sido responsável por uma profunda reestruturação da petroquímica nacional – a compra, por US$ 4 bilhões, dos negócios do Grupo Ipiranga.

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DISTRIBUIÇÃO Mal a estupefação acalmou e, em fevereiro do ano seguinte, como presseguimento do negócio, a Braskem passava a deter 60% da Ipiranga Química; os 40% restantes foram transferidos para a Petrobras. Na ocasião, José Carlos Grubisich, diretor-presidente da Braskem, afirmou que “a conclusão dessa operação representa um importante passo na consolidação do setor petroquímico brasileiro e permitirá à companhia acelerar o processo de captura de sinergias.” Em julho do mesmo ano, a operação de aquisição dos ativos do Grupo Ipiranga é aprovada pelo Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que também aprova o acordo de investimentos pelo qual a Petrobras aportou na Braskem sua participação minoritária na Ipiranga Química. A trilha da Ipiranga, sob a gestão econômico-financeira da oitava maior companhia do planeta no setor de resinas termoplásticas, com EBITDA de R$ 4,1 bilhões em 2010, decolava de vez rumo ao estrelato.

Fernando Rafael Abrantes, diretor-presidente

NOVA MARCA PARA UMA NOVA EMPRESA Dando continuidade ao processo de controle acionário, a partir de fevereiro de 2009 a Ipiranga Química foi rebatizada: ganhou novo nome, quantiQ – inspirado

nas palavras latinas quantum, quanti, quantus, que significam quanto, tanto, o mais possível –, nova identidade visual e nova marca, desenvolvida pela GAD Branding. “Nosso novo nome mostra a força das oportunidades e a

CD de Guarulhos (SP): dez tanques para blending e capacidade de 120 mil m3 por ano

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DISTRIBUIÇÃO infinidade de possibilidades por meio do potencial das pessoas. Ver além do que se faz, fazer mais do que se vê”, resume Abrantes, aliando a nova conceituação de comunicação da marca à importância que os colaboradores têm para a concretização dos sonhos da companhia. “Somos diferentes porque temos pessoas diferentes”, ressalta o diretor-presidente. O conceito “diferente” é, inclusive, o principal mote do selo comemorativo das duas décadas da empresa. No final do ano passado, depois de ser especulada a venda de seus ativos pela Braskem, a quantiQ voltou à cena, com força total. Iniciava o processo de incorporação das operações da Unipar Comercial Química, cujo desfecho ocorreu no início deste ano, coincidindo com o aniversário de 20 anos. “Estamos entrando neste ano

extremamente motivados em função da aquisição da Unipar, que colocou a quantiQ num outro patamar não só de volume e faturamento como de desafios”, revela Abrantes. Realmente. Com a incorporação da Unipar, distribuidora anteriormente pertencente ao Grupo Unipar, abriu-se para a quantiQ novas oportunidades,entre as quais o crescimento doméstico, aumento da oferta de produtos e a estreia no mercado internacional. Tamanha disposição se baseia na força extra vinda da Unipar. Agora, a quanitQ conta com um portfólio acrescido com 30 novos produtos (solventes hidrocarbônicos, isoparafinas, resinas hidrocarbônicas, poli-isobutenos e especialidades), sendo alguns exclusivos, o que representa aumento médio de vendas de 7.000 toneladas/mês; 320

integrantes, incluindo a IQAG, empresa que oferece serviços de armazéns gerais, com faturamento bruto médio por colaborador de R$ 4 milhões/ ano; inclusão do Centro de Distribuição de Mauá (anteriormente Unipar), perfazendo o total de cinco CDs, aí contabilizada a aquisição do CD de Simões Filho (BA), feita em dezembro de 2010; e cerca de 1.300 novos clientes ativos, completando uma carteira de 6.500 clientes ativos, sendo que, em média, 2.500 realizam compras todos os meses. “A incorporação da Unipar Comercial foi a melhor alternativa de crescimento e de sinergia que a quantiQ poderia ter no curto prazo. Sinergia de clientes, de mercados, de estruturas logísticas e complementaridade de portfólio trazem novos ganhos de competitividade”, comemora Abrantes.

Armazenagem: mais de 1 mil produtos de 200 fornecedores

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DISTRIBUIÇÃO OXIGENAÇÃO Tendo por princípio que as pessoas são “o pulmão, o coração e a cabeça” da companhia, conforme gosta de definir Abrantes, e que a redistribuição de cargos e funções era absolutamente necessária para preparar o ambiente interno da quantiQ para os novos voos definidos para os próximos anos, a empresa foi submetida a uma reestruturação. Trinta profissionais, alguns dos quais vindos da Unipar, chegaram à empresa. “Num espaço de três meses, oxigenamos a empresa com pessoas assumindo novos cargos e desafios”, diz. A chegada do Pedro Guedes, vindo da Braskem, como o responsável pela área financeira, colocou a quantiQ num outro estágio de performance econômico-financeira. “É uma prática da Braskem ter controle financeiro, em função de sua vasta experiência e disciplina nesta área e em gestão de desempenho, o que, para nós, é ótimo”, destaca Abrantes. Uma das metas da

área é conseguir emplacar crescimento médio anual de 24%. A área de operações de logística e suprimentos foi desmembrada devido à sua complexidade e tamanho. Hideo Takitani passou a comandar Produtos & Suprimentos, que gerencia a ida e vinda de mais de 1 mil produtos, de 200 fornecedores, “com os quais é preciso fazer gestão de relacionamento”, enfatiza Abrantes, justificando que não se trata de uma atividade mecânica de compra e venda, mas faz parte do alinhamento estratégico com os negócios dos fornecedores. A nova diretoria de Operações, Logística e Serviços ficou sob a batuta de André Maynart, que tem a complexa missão de coordenar as atividades realizadas nos cinco CDs e nas quatro bases logísticas que a empresa mantém do Sul ao Nordeste do País, além se responsabilizar pelas operações nos portos e na malha logística, o que resvala em sérios problemas de infraestrutura (ver boxe). Só para ilus-

trar, no ano passado esta área emitiu cerca de 110 mil faturas. No que é considerada a área business da companhia, com química de um lado (a cargo de Annik Varela) e Lifescience do outro (Almir Ribeiro), a proposta é expansão acelerada, acima do crescimento orgânico. “Como estas duas áreas já estavam separadas, era preciso criar uma outra, específica, só para cuidar de novos negócios e expansão”, diz Abrantes, explicando que a escolha de João Miguel Chamma não foi por acaso, mas resultado da enorme experiência de mercado e do negócio do profissional, que usará estas armas poderosas para gerar novas oportunidades para a empresa. TRIPLE WAY BY QUANTIQ Mais que ser líder do mercado de distribuição de produtos químicos, a quantiQ pretende ser reconhecida como a melhor em oferta de alternativas. A meta inclui avançar as fronteiras nacio-

DISTRIBUIÇÃO NO MUNDO

Fonte: quantiQ

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DISTRIBUIÇÃO nais. Hoje, a empresa ocupa a primeira posição no ranking brasileiro, com receita de US$ 487 milhões em 2009, e a 11ª no levantamento mundial. Mas quer ir além: a intenção é ser inserida no seleto grupo das Top 10 do setor. Para chegar lá, o roteiro está traçado. A arrumação da casa foi um tijolo importante na base do projeto, mas há outros. A cada dois anos, a quanitQ realiza uma extensa pesquisa com seus 1,2 mil clientes, de onde saem as metas a serem atingidas. Estes tijolos são, literalmente, pedras fundamentais no plano estratégico da companhia. Conforme o diretor-presidente, as valiosas informa-

ções também ajudaram a construir o “triple way”, a trinca de diretrizes que comanda todas as iniciativas da quantiQ: abastecimento garantido, atendimento qualificado e apoio ao crescimento. O triple way em questão também deve ser, de acordo com expectativa de Abrantes, uma ferramenta poderosa no posicionamento da quanitQ como um dos agentes consolidadores do mercado de distribuição brasileiro. Espaço para isso, segundo ele, há. “Temos muitas empresas com valor agregado, de mercado e de produto e, para alguém que queira crescer, se torna uma alternativa extremamente plau-

sível”, instiga Abrantes, afirmando que o momento atual é de consolidação e que a distribuição tem historicamente a característica de crescer por meio de aquisições. “Não que a quanitQ queira ser ‘o’ agente; seria pretensão. Mas diria que ter um plano de aquisições que tragam mais efetividade para realização do nosso plano estratégico é considerado pela companhia a partir de agora”, assegura. Estruturada internamente, a quantiQ estabeleceu seu ousado plano de crescimento para os próximos cinco anos. Em função da definição da empresa como negócio da Braskem, o plano foi

Fonte: quantiQ

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DISTRIBUIÇÃO submetido a uma revisão, alinhando-se com o objetivo da companhia de contribuir para a melhoria de competitividade de toda cadeia produtiva do setor químico e petroquímico. O plano objetiva o crescimento da quantiQ e se baseia em três preceitos: novos negócios, aquisições e internacionalização. CRESCER, CRESCER E CRESCER A estratégia para a entrada em novos negócios, de acordo com Abrantes, seguirá diferentes linhas de atuação. Uma delas é trabalhar com as representadas atuais para aumentar o portfólio. O objetivo é reforçar a posição da empresa em mercados nos quais atua ainda com pouca representatividade. “Quando se detectar um furo no portfólio,iremos atrás da solução deste problema”, inclui. Outra linha serão os negócios realmente novos, com potencial para de criação de valor no médio prazo. O diretor-presidente da quantiQ explica que, para analisar o que precisa ser incorporado ao portfólio, foram observados os mercados predecessores, que acabam abrindo outros. “Por exemplo, a indústria automobilística se abre em adesivos, borrachas etc. Analisamos quais as perspectivas de cada um desses segmentos e verificamos os que têm mais potencial. Depois, elencamos o que será preciso para atuar nele e quais produtos serão necessários. Partimos, então, para a construção desse portfólio”, lista, lembrando que a entrada de novos produtos será criteriosa, de modo que não comprometa o triple way da companhia. INTERNACIONALIZAÇÃO Ser a líder mundial da química sustentável é uma das metas da quantiQ.

14 •

Ao mesmo tempo, a empresa quer estar entre as dez mais do mercado no médio prazo. E se trata de um desafio e tanto, afinal, neste disputado setor, figuram empresas como a Brenntag, primeira colocada no ranking global, cuja receita bruta assinalada em 2009 foi de US$ 9,2 bilhões. Conforme Abrantes, a quantiQ deve atingir RS$ 1,2 bilhão em 2011. “A internacionalização é um tema que o tempo todo vem à nossa cabeça. E sempre falamos que há muita coisa para fazer dentro de casa. Ainda há muita coisa para fazer dentro de casa, mas eu diria que são menos estruturais do que o que já fizemos. O desafio é

enorme, mas já dá para começar a pensar”, revela. A visão de internacionalização da quantiQ não é imediatista. “Não vamos sair correndo e comprar uma empresa lá fora; essa não é nossa primeira alternativa”, diz, antecipando que a primeira opção é integrar a estratégia dos fornecedores e dos clientes. “É um processo mais sólido, reduz os riscos, mas leva mais tempo porque há muita costura a ser feita”. Alcançar o mercado externo me 2011? “Ainda não sei dizer, mas posso afirmar que, na pior das hipóteses, a colcha estará costurada. Vamos passo a passo, pois não podemos esquecer que

COBERTURA GEOGRÁFICA DOS CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO DA QUANITQ NO BRASIL

Fonte: quantiQ

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DISTRIBUIÇÃO desafios é a atuação no mercado de lubrificantes. Recentemente, foram anunciadas parcerias com a SK Lubricants e a Ergon, que se somam à Lubrizol, numa cesta de itens dirigidos ao setor (ver box). “Trata-se de um dos segmentos que gera mais possibilidades porque é onde estamos começando e há espaços para ocupar. Não resta a menor dúvida que reunimos um arsenal de parceiros que, no mínimo, nos remete a pensar na liderança deste mercado, levando em consideração quem são essas empresas”, atesta. Apesar de não ser o de maior crescimento dentro do faturamento da LUBRIFICANDO IDEAIS Um caminho que já está sendo tri- quantiQ, “sem sombra de dúvidas é lhado pela quantiQ rumo aos novos um mercado dentro do qual podemos uma das características da distribuição é ser negócio global com viés local”, analisa. Conforme Abrantes, ao se observar as consolidações na Europa, conclui-se que nenhuma empresa conseguiu ser um distribuidor pan-europeu, por exemplo. “Há distribuidores que trabalham em todos os países da Europa, mas seguindo a cartilha de cada mercado, porque envolve muito relacionamento pessoal, que precisa ser considerado. Quando se vai para o mercado externo com as variáveis de adequação já somadas é mais fácil”, conclui.

crescer muito, principalmente em valor agregado, mais até que em volume, e que experimenta uma intensa migração tecnológica”, diz Abrantes, justificando que todo mercado que apresenta este cenário oferece chance de crescimento, “desde que se tenha os parceiros adequados.” Atualmente a área é responsável por 4% do faturamento da quantiQ, “isso em dois anos”, como ressalta o diretor-presidente. “Este percentual é muito representativo porque se trata de 4% em cima de um negócio que cresceu bastante. E ainda mais: se forem desconsideradas do negócio todas as commodities, a área de lubrificantes cresceu muito mais”, calcula.

UNIDADE DE NEGÓCIOS HOUSEHOLD o maior produtor dos óleos Grupo III no mundo. Com isso, a quantiQ tem uma representada de peso para estes produtos, que conferem o melhor desempenho nos óleos lubrificantes. Estes produtos possuem como maior aplicação as formulações de óleos automotivos sintéticos, que cada vez mais são utilizados no mercado mundial e brasileiro. “Portanto, a quantiQ está contribuindo com um escasso e importante insumo para o mercado brasileiro de óleos lubrificantes”, enfatiza. A liderança no mercado de óleos do Grupo III, meta perseguida pela quantiQ, está condicionada à disponibilidade de produção da SK no mundo, conforme Daflon. “Nossa intenção inicial é sermos um importante player no mercado brasileiro, mas a liderança certamente virá com o sucesso de nosso fornecimento e principalmente com o incremento da disponibilidade mundial do produto”, prevê. A quantiQ trabalha com óleos básicos do Walter Daflon da Silva Junior, gestor de Grupo III e Grupo I, há décadas, e está incluinNegócios da UN Household, Lubrificantes do em seu portfólio o Grupo II. “Nossa intene Manufaturados, é o profissional que lida ção é estarmos presentes em todos os nichos com as novas representadas, SK Lubricants de mercado no fornecimento dos básicos para e Ergon, e também com novas estratégias óleos lubrificantes”, antecipa. Já a Ergon é um importante produtor munpara os novos negócios da quantiQ no mercado de lubrificantes. Conforme ele, a SK é dial de óleos básicos naftênicos. A parceria

oferece ao mercado uma maior disponibilidade de produtos, incluindo os com viscosidades diferentes das disponíveis hoje no Brasil. “Esse fato é muito positivo, pois oferece alternativas de formulações aos nossos clientes”, completa. A empresa traz para o Brasil uma nova linha de blends de óleos minerais para o mercado de elastômeros termoplásticos. Os produtos possuem características naftênicas com baixos teores de enxofre e hidrocarbonetos aromáticos, baixo nível de odor e com excelente solvência. Já a Lubrizol é uma das maiores competidoras globais no mercado de aditivos, emprega 6,7 mil pessoas e possui plantas de produção em 27 países. No Brasil, é uma das principais fornecedoras de aditivos, por meio da parceira exclusiva com a quantiQ, para o mercado de lubrificantes. Foco da empresa em 2011, a Unidade de Negócios HLM (Household, Lubrificantes e Manufaturados), na qual estão inseridos os óleos lubrificantes e os fluídos para metalworking, deve acompanhar o desempenho do mercado de lubrificantes. “O mercado pode esperar uma quantiQ forte em portfólio de produtos, atuando de forma estratégica e foco no cliente”, finaliza.

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DISTRIBUIÇÃO

SEGURANÇA REGULATÓRIA Recém-empossado na nova diretoria de Logística, Operações e Serviços, André Maynart acredita que o novo organograma inaugurado na quantiQ significa um alinhamento das estruturas diante da nova estratégia de crescimento da empresa. “O que vamos obter é um maior foco nos processos destas áreas chaves, de forma a assegurar incremento de performance do negócio, maior produtividade e desenvolvimento dos nossos integrantes”, diz. Maynart sabe os desafios que terá de enfrentar. A logística é uma das áreas nevrálgicas do setor de distribuição no Brasil em função da infraestrutura pouco adequada ou muito aquém da complexidade e extensão brasileiras. Para lidar com o problema, a quantiQ está apostando em muita análise e antevendo situações de gargalos, tanto em infraestruturas disponíveis (próprias e de parceiros) quanto em capacitação das mesmas, principalmente em agilidade/flexibilidade operacional e SSMA (Saúde Segurança e Meio Ambiente), uma vez que a distribuidora opera com químicos das mais variadas famílias. Mesmo assim, Maynart admite que a quantiQ enfrenta alguns gargalos/variáveis fora de seu controle, que penalizam a carga no final, via custos, por exemplo com taxas elevadas, custos extras, maior tempo de operação e de liberação de lotes etc. “A infraestrutura nos portos é um dos maiores desafios para a logística superar e/ou minimizar impactos, pois depende de decisões de governo”, constata. Coerente com o plano de negócios e de crescimento da quantiQ, a área liderada por Maynart também definiu um plano de investimentos operacionais e de adequações nos Centros de Distribuição para suportar as novas demandas. “Temos três pilares de negócios – Quí-

micos, Lifescience e Serviços – e cada um exige demandas diferenciadas para a logística, quer no atendimento das exigências de cada mercado, segmento e de clientes, quer em requisitos legais, sendo este último cada vez mais regulado nos planos federais, estaduais e municipais”, exemplifica. Assuntos regulatórios Também responsável pelo CAR - Comitê de Assuntos Regulatórios da quantiQ, Maynart informa que, desde o início de 2009, quando foi criado, o comitê vem buscando conferir à empresa total segurança em suas atividades, face à complexidade operacional atingida junto ao supply chain e às exigências dos órgãos públicos. O CAR é composto por integrantes das áreas de SSMA, Qualidade, Produtos, Auditoria e Jurídico de forma fixa, bem como por integrantes das áreas de negócios e de operações em assuntos específicos. “O que não falta é regulamentação na atividade de distribuição de químicos e, para termos uma noção desta complexidade, na quantiQ respondemos, somente no plano federal, para sete ministérios”, destaca. A quantiQ é certificada com a SA-8000 - Responsabilidade Social, ISO-9001Qualidade, ISO-14001-Meio Ambiente, OSHAS-18001-Saúde e Segurança e PRODIR - Processo de Distribuição Responsável (Associquim). “Certamente tudo isto tem um custo, mas é legislação e, para estarmos capacitados neste ambiente de negócios, isso é imperativo”, diz. Especificamente junto ao mercado de lubrificantes e óleos, o CAR age em sintonia com a Agência Nacional de Petróleo. “Primeiramente, como se trata de derivados de petróleo, seguimos todas as regulamentações exigidas pela ANP, que vem tendo um papel importantíssimo na regulamentação e fiscalização das atividades com estes produtos (usos e destinos)”,

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considera Maynart, para quem a agência é uma catalisadora do processo de capacitação e habilitação dos agentes, dos processos e das instalações requeridas, superintendendo o sistema (produtor, distribuidor e consumidor). Tudo isto para assegurar o adequado fluxo de matérias-primas e produtos finais, o correto abastecimento e o devido cuidado com SSMA. Na prática, o CAR funciona como um órgão que atesta a capacitação legal da empresa, autorizando o início de um novo negócio, um novo produto ou mesmo uma nova instalação operacional. “Isto nos confere maior segurança regulatória aos negócios existentes, bem como na avaliação ou entrada de novos, sem riscos, e promovendo em toda a empresa transparência nos processos e visão do todo”, finaliza.

Portal Lubgrax No site www.lubgrax.com.br você tem acesso à entrevista completa com Fernando Abrantes. No espaço, ele aprofunda as estratégias da quantiQ para consolidar sua liderança no Brasil e estrear no mercado internacional

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MELHORADORES DE VISCOSIDADE

ADITIVOS POLIVALENTES Eles também são chamados de espessantes, aqueles aditivos que, sob temperaturas altas, expandem seu volume e provocam aumento da viscosidade do óleo lubrificante. Em situações de temperaturas baixas, entretanto, funcionam ao contrário, apresentando ação de redutores de viscosidade. De um jeito ou de outro, são fundamentais para a proteção de peças e componentes, sejam automotivas ou industriais, além de garantir estabilidade à oxidação e diminuição do consumo de combustível. Por Miriam Mazzi

E Claudio Lopes, gerente de vendas Brasil da Afton Chemical

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les foram desenvolvidos para reduzir a variação da viscosidade dos lubrificantes, que acontece devido ao aumento da temperatura à qual um óleo lubrificante é submetido. Incluídos na categoria “aditivos”, são polímeros lineares que se envolvem em um novelo e que sob altas temperaturas apresentam uma melhor solubilidade em óleo mineral, de forma que aumentam seus volumes e, consequentemente, ampliam a viscosidade do lubrificante. Outras características do melhorador são a estabilidade à oxidação e a economia de combustível. Embora também seja conhecido como espessante, um melhorador de viscosidade pode ser um aditivo redutor de viscosidade em circunstâncias de temperaturas baixas. “Isto ocorre porque, sob temperaturas mais baixas, o polímero ocupa um espaço tridimensional menor, o que

faz a expansão ser reduzida”, explica Claudio Lopes, gerente de vendas Brasil da Afton Chemical, uma das maiores fornecedoras de aditivos do planeta. Os óleos automotivos multiviscosos são tradicionais usuários desses aditivos. “Eles garantem a lubrificação do motor durante a partida a frio, promovendo rapidamente a lubrificação da partes móveis do motor, além de proteger os componentes do motor quando atinge a temperatura máxima de trabalho, não deixando a viscosidade cair demais”, esclarece Walter Daflon da Silva Júnior, gestor de negócios da UN Household, Lubrificantes e Manufaturados da quantiQ. A distribuidora comercializa, com exclusividade no Brasil, os aditivos fabricados pela Lubrizol. Além dos óleos multiviscosos, outros usuários de melhoradores de viscosidade são os óleos de

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engrenagem automotiva e industrial, óleos hidráulicos, laminação e graxa. “Os melhoradores de viscosidade podem aumentar ou diminuir a viscosidade de acordo com a temperatura do ambiente”, afirma Marcio Luiz do Nascimento, gerente de mercado da Bandeirante Brazmo, que distribui espessantes reológicos da Murta – empresa do Grupo Formitex e com atuação de mais de 30 anos no mercado, tendo sido a pioneira na produção de carboximetilcelulose (CMC), derivado da celulose com ampla utilização – e argilas organofílicas da americana Organoclay. Marcio Luiz do Nascimento, gerente de mercado da Bandeirante Brazmo Felipe Abambres Lopes, assistente técnico da Miracema-Nuodex, reforça que os lubrificantes mais dependentes de melhoradores de viscosidades são aqueles que podem ser submetidos a grandes variações de temperaturas como, por exemplo: óleos de motor de combustão interna, sistemas hidráulicos, lubrificantes de transmissões automáticas e de engrenagens. Lembrando que os melhoradores de viscosidade são usados para aumentar o intervalo de temperatura útil do fluido, Lopes, da Afton, afirma que a maioria dos lubrificantes líquidos expostos a variações de temperaturas deverá utilizar este aditivo. Ele cita os óleos de motor multiviscosos (por exemplo, SAE 20W-50, SAE 15W-40, SAE 5W-30), para automóveis e caminhões de grande por-

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Melhoradores de viscosidade

Felipe Abambres Lopes, assistente técnico da Miracema-Nuodex

te, que utilizam algum tipo de aditivo modificador de viscosidade para satisfazer os requisitos de temperatura baixa e alta viscosidade. Para climas frios, o uso de um “W” menor grau (W significa inverno) protege o motor contra o desgaste excessivo, permitindo que o líquido flua melhor e mais rapidamente para lubrificar o motor quando ele for iniciado. “Formulações desses menores ‘W’ graus requerem o uso de óleos mais leves, ou com menor viscosidade, capazes de satisfazer as baixas temperaturas limites para o ensaio de viscosidade. O uso do modificador de viscosidade irá proporcionar o aumento da viscosidade ou espessamento necessário para que o óleo tenha a viscosidade para proteger o motor”, explica. Ainda de acordo com Lopes, para os lubrificantes automotivos, outras importantes classes de fluidos que dependem de aditivos modificador de viscosidade incluem fluidos de transmissão (fluidos de transmissão automática e alguns fluidos de transmissão manual), óleos de transmissão etc. Já para lubrificantes industriais, acrescenta o gerente de vendas da Afton, os modificadores de viscosidade

são mais utilizados em fluidos hidráulicos, embora seu uso continue a ser relativamente pequeno frente aos fluidos hidráulicos monoviscosos. Desempenho A mensuração do desempenho deste tipo de aditivo, segundo Felipe Lopes, da MiracemaNuodex, é por meio da análise do índice de viscosidade. “Este pode ser determinado pela identificação da viscosidade de um óleo a 400C e 100oC. A norma ASTM D2270 fornece uma metodologia para a determinação do índice de viscosidade”, informa. Nascimento, da Bandeirante Brazmo, acrescenta que existe uma legislação para cada lubrificante. “Não é difícil mensurar a viscosidade; o processo é complexo. Quando aumentamos a temperatura, ou caímos, a viscosidade chega a alterar mais de dez vezes e é complexo também, pois temos lubrificantes naftênicos e parafínicos, que não apresentam o mesmo comportamento físico e químico”, esclarece Lopes, da Afton Chemical, informa que cada aditivo (polímero diluído em óleo) apresentará um comportamento diferente no que diz respeito ao seu poder de espessamento. “Espessamento é uma função química, que depende do tamanho molecular e da quantidade de polímero diluído em óleo”, diz, acrescentando que o aumento da viscosidade em relação ao fluido depende de diversas variáveis: temperatura na qual a viscosidade é medida; quantidade de modificador de viscosidade adicionado ao fluido de base; e tipo de medição da viscosidade (instrumento; fluxo capilar por gravidade, resistência mecânica, taxa de corte etc). Uso restrito? No mercado de produtos químicos, uma série de aditivos está tendo sua utilização contestada ou reduzida em função de seu grau de contaminação do ambiente. Lopes, da Miracema-Nuodex informa que na Europa já existe uma tendência pela busca de melhoradores de índice de viscosidade que sejam produzidos a partir de fontes

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Melhoradores de viscosidade renováveis e que sejam solúveis em óleos vegetais e seus derivados. Já Marcio Luiz, da Bandeirante Brazmo, argumenta que não existe nenhum substituto ecologicamente aprovado, tendo em vista que o próprio lubrificante tem seu grau de contaminação. “Ele é carregado de enxofre e aromático”, destaca. O gerente de vendas da Afton Chemical diz que os modificadores de viscosidade não têm seu uso limitado devido às regulamentações ambientais relacionadas com toxicidade. “Estes são os aditivos produzidos a partir de óleo base e de polímero (de plástico ou borracha)”, explica, completando que modificadores de viscosidade que têm estrutura de polímero pode ter seu uso limitado como resultado de regulamentação ambiental. A crise política no Bloco Árabe é um fantasma que assombra o mercado químico. No caso

dos melhoradores de viscosidade, por usarem matérias-primas derivadas do petróleo, estes aditivos, na avaliação de Lopes, da Afton, “estão suscetíveis a fatores políticos, econômicos e à oferta e procura”, prevê. Com ele concorda o assistente técnico da Miracema-Nuodex. “Atualmente os principais aditivos melhoradores de índice de viscosidade são produzidos a partir de monômeros derivados do petróleo, fator que pode afetar o mercado de lubrificantes como um todo”, analisa. Silva Júnior, da quantiQ, complementa, dizendo que “é possível que haja falta de matéria-prima e certamente aumento dos custos.”

custos

Walter Daflon da Silva Júnior, gestor de negócios da UN Household, Lubrificantes e Manufaturados da quantiQ

Tendências e perspectivas Para Marcio Luiz, da Bandeirante Brazmo, o mercado está crescendo proporcionalmente ao crescimento do Brasil. “Trata-se de um setor

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É possível que haja falta de matériaprima e certamente aumento dos

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Melhoradores de viscosidade diretamente ligado à indústria automobilística, máquinas e laminação e produtos sustentáveis derivados do biodiesel”, opina. O gestor de negócios da UN Household, Lubrificantes e Manufaturados da quantiQ aponta como tendência para o setor o crescimento do uso dos óleos sintéticos. “A expectativa da vida útil dos motores atuais vem como consequência do uso de lubrificantes de alta performance, por intermédio da maior resistência à oxidação e melhor proteção contra o desgaste. Tais fatores são obtidos pelo uso frequente dos óleos sintéticos, que não são apenas uma tendência do mercado, mas uma realidade”, diz. Para ele, existe uma perspectiva de alta disponibilidade de óleo básico do Grupo I no mercado – o Grupo I é o básico produzido pela Petrobras –, bem como uma tendência de aumento de custo, no curto prazo, devido ao incremento do barril do petróleo. Para o assistente técnico da MiracemaNuodex, em função de os melhoradores de índices de viscosidade não espessarem os óleos minerais, mas fazerem com que a viscosidade do lubrificante sofra a menor variação possível quando submetido a temperaturas altas, tem aumentado a procura destes aditivos pelos fabricantes de lubrificantes.” Quanto mais alto for o índice de viscosidade e menor for o ponto de fluidez, maior será o espectro de aplicações nas quais o lubrificante funciona-

rá eficientemente. Isto ajuda a impulsionar a busca por estes aditivos pelos fabricantes de lubrificantes”, justifica. Lopes acredita que grande parte do uso deste tipo de aditivo está atrelada ao mercado automobilístico. “Com o constante aumento na produção de veículos no Brasil há também um aumento na demanda por lubrificantes, o que acarreta num maior consumo destes aditivos”, constata. O gerente de vendas da Afton informa que vários esforços na área de modificadores de viscosidade têm sido empreendidos pela empresa e incluem o desenvolvimento de polímeros que garantam benefícios adicionais de desempenho (agir como um dispersante, modificador de atrito, antioxidante etc.); tecnologias de polímero que melhoraram o desempenho em relação às propriedades de baixa temperatura, os benefícios da economia de combustível e manutenção de um maior “high temperature high sheer” (viscosidade HTHS a 150 ° C); modificadores de viscosidade estáveis para aplicações hidráulicas que proporcionam uma maior eficiência energética; e substituição de custo eficaz para uso de bright stock em algumas aplicações de lubrificantes industriais. Sobre as perspectivas para o setor, Lopes antecipa que as tendências do mercado indicam um aumento contínuo nos preços desses materiais em função do aumento dos preços do petróleo bruto.

Opções oferecidos pelos fabricantes/distribuidores Afton Chemical Fornece uma variedade de aditivos modificadores de viscosidade em estado líquido e sólido. Esses tipos incluem copolímeros de olefina (POPs, dispersante funcional e não-funcional), polimetacrilatos (AMPs, dispersante funcional e não-funcional), e poliisobutileno (PIB). Bandeirante Brazmo Distribui solventes alifáticos, carboximetilcelulose (CMC) da Murta, e argila organofilica da americana Organoclay.

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Miracema-Nuodex Oferece ao mercado o melhorador de índice de viscosidade Liovac 473-HP, que é um aditivo formulado à base de copolímero de olefina e solúvel em todos os tipos de óleos minerais. quantiQ Possui em seu portfólio o aditivo aumentador do índice de viscosidade da Lubrizol: LZ 7077 B que é um copolímero nãodispersante.

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ARTIGO

Novas tecnologias para remoção de ácidos graxos e afins

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urante a evolução das indústrias metalúrgicas em todas suas especialidades, houve a necessidade de utilizar um produto que fornecesse condições de lubrificação e proteção aos metais processados por estampo, fresas, tornos e outros sistemas de moldagem e transformação dos metais. O material mais utilizado durante a Revolução Industrial foi o sebo ou gordura animal, que sempre cumpriu seu objetivo como lubrificante e protetivo, mas causou, ao logo dos anos, muita contaminação microbiana e oxidações de difícil remoção. Com o surgimento dos lubrificantes à base de petróleo e o aprimoramento das substâncias naftênicas, houve uma correção e melhoria da qualidade em termos de lubrificação industrial e protetiva de metais, mas ainda mantendo um agravamento na proliferação microbiana nestes ambientes e peças. Seja como for, este lubrificante, desmoldante e protetivo, em certo momento precisava ser removido da produção. Aí começava a se gerar uma grande poluição e panacéia química para se poder chegar a uma remoção ideal para que a pintura pudesse ancorar, para que não houvesse corrosão posterior e outras reações que prejudicariam os produtos no consumidor. Imaginem o que acontecia com o ambiente, quando se queria livrar destes resíduos acumulativos. No mínimo se despejava no ralo do esgoto que ia se misturar em algum rio ou córrego de águas naturais sem nenhum tratamento prévio. Hoje já não se permite este tipo de atitude, até porque existem órgãos oficiais no controle deste descarte, o que, para as empresas, passou a ser uma nova despesa e custo operacional.

Nos últimos cinco anos, com as exigências ambientais cada vez mais rígidas sobre o descarte de lubrificantes e seus resíduos, apareceram várias tecnologias de tratamento para os residuais lubrificantes, que permitem a redução da toxidade ambiental e a possibilidade de reutilizar mais vezes a mesma solução desengraxante, com baixa saturação durante o processo de limpeza. Uma das mais evoluídas e ambientalmente corretas que as indústrias metalúrgicas em geral deveriam pensar em adotar é o chamado “desengraxe orgânico”, pois permite a reutilização dos lubrificantes 30 vezes mais que as remoções convencionais, além de economizar produtos e utilizar água como seu agente removedor, podendo, após sua saturação, fazer uma quebra de pH e obter todo o óleo limpo novamente para ser utilizado ou comercializado no mercado de segunda linha. Este sistema também permite uma redução de água de enxágue em torno de 80% e sua forma aplicativa se faz por circuito fechado entre o tanque de produto, onde este controle é totalmente automático, evitando o aumento de mão-de-obra na operação. Todo o descarte fica em forma de emulsão, na qual as micelas de retenção garantem a não contaminação de solo. Como podem ver, a indústria metalúrgica deveria estar se preocupando mais com a “não emissão de solo e ar” de seus resíduos, pois, acreditem, será uma questão de tempo para todos termos que nos adaptar, até porque poluir o ambiente hoje é jogar contra a própria marca neste mercado secular. Podemos hoje garantir uma indústria metalúrgica sem aquela imagem de óleo por toda lado, graxa, macacões sujos, pisos horrendos e escorregadios. Podemos imaginar trocando tudo isso por roupas limpas e ambiente saudável.

(*)Mauricio de Castro

(*) Mauricio de Castro é engenheiro químico especialista em aplicabilidade de processos sustentáveis e diretor técnico-comercial da Puritec

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Produtos & Serviços Petrobras Distribuidora firma contrato com a JAC Motors A Petrobras Distribuidora, líder do mercado brasileiro de lubrificantes com a Linha Lubrax há mais de 30 anos e sinônimo de alta tecnologia no setor, foi escolhida pela JAC Motors como fornecedora exclusiva de óleos de motor, câmbio, direção hidráulica, fluidos de freios e de radiador utilizados em todos os modelos, que começam a ser comercializados pela montadora em sua rede de concessionárias no País. A BR fechou contrato de três anos para a primeira troca desses produtos em todos os veículos da empresa chinesa (J3 e J3 Turin, além de J6 e J5, estes dois últimos ainda a serem lançados no Brasil) e também para o atendimento no pós-venda (revisões previstas). A JAC recomendará o uso da linha Lubrax a seus clientes, no manual do proprietário. Para a Petrobras Distribuidora, o negócio agrega volume de vendas e reforça o market share no segmento de lubrificantes automotivos. As especificações técnicas dos produtos são: Motor - Lubrax Tecno API SM SAE 15W40; Câmbio - Lubrax Gold API GL5 SAE 80W90; Direção - Lubrax ATF TDX DEXRON III; Freios - Lubrax Fluido para Freios Especial SAE J 1703 DOT 4 e Radiador - Lubrax Fluido para Radiadores SAE J 1034.

Segmento de Lubrificantes ganha diretoria no Sindicom O segmento de distribuição vê surgir um novo cenário, no qual os óleos lubrificantes assumiram papel importante no mercado. Para tratar de assuntos relativos a este segmento, foi empossada, no dia 1º de abril, a Diretoria de Lubrificantes do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes). De acordo com Nelson Gomes, primeiro diretor de Lubrificantes da entidade (foto), este mercado movimentou no último ano cerca de R$ 8 bilhões no Brasil. “Atualmente existem cerca de 150 produtores e mais de 200 importadores no Brasil, que comercializam aproximadamente 9.000 produtos lubrificantes. Estes dados demonstram o crescimento e o nível de competitividade que o setor vem experimentando, com cada vez mais novos fabricantes e importadores no mercado”, analisa. Hoje o Sindicom conta com 12 associadas, das quais cinco dedicam-se exclusivamente à produção e distribuição de óleos lubrificantes: Castrol, Chevron, Petronas, Repsol e Total. Neste novo contexto, o Sindicom busca incentivar a melhoria contínua da qualidade dos produtos lubrificantes oferecidos ao consumidor final, promover e liderar a adoção de elevados padrões de segurança, saúde e preservação ambiental, e, finalmente preservar a concorrência saudável e evitar a incidência de fraudes contra o consumidor. De acordo com o sindicato, o acompanhamento que a ANP faz do mercado de lubrificantes demonstra que, durante o ano de 2010, mais de 20% dos óleos lubrificantes comercializados no País estavam fora das especificações da agência. Representante das principais empresas distribuidoras de combustíveis e de lubrificantes do Brasil - AirBP, Ale, Castrol, Chevron, Cosan, Ipiranga, Petrobras Distribuidora, Petronas Lubrificantes, Repsol, Total e Shell -, o Sindicom está comemorando 70 anos de sua fundação, reiterando a missão de promover a eficiência e a qualidade de produtos e serviços oferecidos por suas associadas ao consumidor final. A entidade atua junto aos órgãos de governo, agência reguladora e empresas públicas buscando levar subsídios que possam contribuir nas discussões de assuntos das áreas jurídica, tributária, de meio ambiente, de regulamentação, de defesa da concorrência e de etanol que sejam comuns às suas associadas.

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Produtos & Serviços Zas-Car e Brasil automático lançam a linha Z-LUB No dia 1º de abril a Zas-car Transmissão Automotiva e a Brasil Automático realizaram na cidade de São Caetano do Sul (SP), o lançamento nacional do Z-Lub, uma linha de lubrificantes sintéticos para transmissões automáticas e mecânicas. O desenvolvimento da linha Z-Lub foi motivado por uma necessidade diária da Zas-car que percebeu, junto a seus clientes e à própria equipe de reparadores, a falta de lubrificantes nacionais de alta qualidade para transmissões mecânicas e, principalmente, para os novos câmbios automáticos. Com sólida experiência no setor, a Interlub Brasil aceitou o desafio e iniciou um amplo programa de desenvolvimento. Rigorosos testes foram conduzidos com o apoio dos especialistas da Zas-car. Com o lançamento da linha de lubrificantes sintéticos Z-Lub, a Zas-car pretende oferecer aos reparadores brasileiros de transmissões uma opção inédita, com alta qualidade e baixo custo. Com um desempenho superior, os novos fluidos também exigem menos trocas e garantem a proteção dos componentes internos mesmo em condições severas. Numa fase inicial, os fluidos Z-Lub chegarão ao mercado nas especificações ATF I, ATF III, ATF V, MTF e MTF-G. A seguir, será lançado o ATF VI, em fase final de testes. A distribuição dos produtos fica a cargo da Brasil Automático, empresa de referência nacional em treinamentos e informações sobre transmissões automáticas.

Rhodia nomeia Carbono como distribuidora de lubrificantes A Rhodia Novecare América Latina assinou contrato com a Carbono Química para a distribuição de linha de especialidades químicas destinadas aos mercados de lubrificantes e auxiliares têxteis. Dentre os produtos que fazem parte do contrato estão as linhas de especialidades Rhodiasolv Infinity, alternativa aos solventes clorados ou de alto VOC e se destina à desincrustação de resinas e gomas, desengraxe para resinas de fundição, bobinas industriais, removedores (ceras, tintas e demais revestimentos), limpeza industrial (tecidos, peças plásticas, equipamentos, etc.) e solvente de processamento; Lubrhophos LB 400, um aditivo biodegradável para óleos lubrificantes e hidráulicos que oferece benefícios ao produto final como agente anti-desgaste, inibidor de corrosão, umectante, emulsificante e dispersante; e Rhodafac LP 710, um surfactante aniônico e biodegradável, com 95% de ativos, indicado para formulações de agentes desengraxantes e efetivo em formulações alcalinas e não-iônicas e de baixa espuma. Também integram essa lista os produtos das linhas Rhodoclean EFC, um surfactante biodegradável, com 50% de ativos, que apresenta características de emulsão O/W, de baixa espuma e fácil manuseio, sendo ideal para formulações onde o equilíbrio de HLB é imprescindível, tanto em processos têxteis como lubrificantes em geral; Rhodoclean MSC, um surfactante biodegradável, com 100% de ativos, que apresenta características de emulsão O/W (HLB 8), de baixa espuma e fácil manuseio, empregado em formulações onde o equilíbrio de HLB é imprescindível, tanto em processos têxteis como lubrificantes em geral; e Rhodopol 23, uma goma Xantana com função espessante, que confere viscosidade superior e estável, sem a necessidade de agentes neutralizantes para sua reação de espessamento. “Estamos muito confiantes com esta parceria entre Rhodia e Carbono na área de aditivos para lubrificantes e auxiliares têxteis. Vamos poder aperfeiçoar o atendimento aos nossos clientes do segmento, em especial os de menor porte”, afirma Ana Fontana, gerente de mercado da Rhodia Novecare América Latina. “Ficamos muito felizes em fechar esta negociação com a Rhodia Novecare, pois ela traz a força da sua marca para mercados onde a Carbono está focando um grande esforço de desenvolvimento”, comenta Rodrigo Gabriel, diretor de desenvolvimento da Carbono Química.

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Confira a edição online da Lubgrax março/abril

1ª PESQUISA LUBGRAX A Sergio Ávila Editora lança a 1ª Pesquisa Lubgrax de Fornecedores no mercado de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas. Levantamento que contará com dois formatos: o primeiro tem por objetivo investigar e reconhecer, junto aos fabricantes de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas os melhores fornecedores (matérias-primas, embalagens, equipamentos, instrumentos de análise e laboratório, sistemas de filtragem, transporte e logística) no ano de 2011. Já o segundo visa reconhecer os trabalhos realizados pelos fornecedores no quesito Sustentabilidade Ambiental e Social.

VÍDEOS No link Publicações encontre a seção Vídeos. Acompanhe a entrevista com Edimilson Rodrigues Costa, coordenador de monitoramento do Conama, que fala à TV NBR sobre o descarte incorreto do óleo lubrificante usado no carro. Mil litros deste óleo podem destruir uma estação de tratamento de água para 50 mil habitantes.

PETROBRAS INVESTE EM PESQUISA A Petrobras deve investir R$ 1,4 bilhão até 2014 em parcerias com universidades e centros de pesquisas para desenvolver tecnologias para o pré-sal e para a cadeia de fornecedores da estatal.

ENQUETE Lubgrax perguntou: “Em sua opinião, qual das empresas abaixo se destaca como fabricante de lubrificantes para transmissões automáticas e manuais?” Castrol, com 31,8% das indicações, é a preferida dos internautas. Confira as outras marcas do ranking.

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ENTREVISTA No link Notícias, você encontra a entrevista com Fernando Rafael Abrantes, diretorpresidente da quantiQ, que fala das mudanças implementadas na empresa no ano de 2011, ano que a companhia de distribuição completa duas décadas de mercado.

KLÜBER LANÇA LUBRIFICANTES NAVAIS A Klüber Lubrication, especialista global em soluções especiais de lubrificação para diversas atividades industriais, expande o portfólio para a indústria naval. Os lançamentos, sintéticos e biodegradáveis, são compatíveis com os óleos minerais normalmente utilizados nestas aplicações: Klüberbio RM 2-150 e Klüberbio EG 2-150.

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CADERNO CONSUMO

Sistemas de filtragem Prevenir sempre custa menos que remediar

Lubrificantes para motores Viscosidade mais baixa: segredo para motores com menos desgaste e mais econômicos

Sistemas de lubrificação automotiva Melhor opção para a redução de custos e de descartes

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Sistemas de filtragem

Prevenir custa menos Certamente você já se viu numa situação extrema, de parada do motor de um equipamento, por exemplo, como resultado da displicência na hora de fazer a filtração do óleo. A solução para evitar acúmulo de sujidade e dores de cabeça é recorrer aos sistemas de filtragem. Vale lembrar que o custo da filtração fica entre 2% e 3% do valor de uma manutenção corretiva. Sem contabilizar o prejuízo com as máquinas paradas.

Por Miriam Mazzi

T

endo como principal função garantir que a especificação do óleo esteja de acordo com os parâmetros de contaminação permitida por norma (ISO 4406) ou recomendação do fabricante, os sistemas de filtração são, atualmente, foco de grandes desenvolvimentos. “Em geral, a contaminação se dá por meio de impurezas do ambiente, como poeira, partículas metálicas (desgaste) e água”, explica Elizeu Dias, da área de vendas técnicas e

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Foto: Bruno de Faveri

aplicações da Eaton, ressaltando que, com o uso do filtro, evita-se o mau funcionamento, desgaste e quebras prematuras de componentes, aumentando a vida útil do equipamento e, por consequência, a produtividade. Empresa global diversificada, a Eaton do Brasil, uma das principais produtoras de sistemas para filtração industrial do País, criou sua Divisão de Filtração em setembro de 2005, quando adquiriu a divisão de filtração industrial da Hayward Filtration, que inclui as marcas GAF Filters Systems e Loeffler Filter-Technik. Mais recentemente, adquiriu as marcas RonningenPetter e Wright Austin no setor de separadores gás/líquido. Conforme o exemplo acima, Dias lembra que a falta ou o emprego incorreto de um sistema de filtragem no equipamento de lubrifi-

Elizeu Dias, vendas técnicas e aplicações da Eaton

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Sistemas de filtragem cação podem ocasionar falhas em elementos vitais, tais como bombas, desgaste de válvulas e cilindros e vazamentos. “A consequência é a parada de equipamentos e perda de produção”, destaca. De acordo com ele, as empresas devem seguir a classe de contaminação recomendada pelo fabricante para cada tipo de sistema e/ou equipamento. Dias informa que um método bastante utilizado é a contagem de partículas para se estabelecer os níveis de contaminação utilizando como referência a Norma ISO 4406, que mede o número de partículas/ml e os relaciona em classes de 6 a 24. O profissional da Eaton reforça que os fabricantes de filtros se empenham em ofe-

Flowline II: Filtro de alto desempenho

recer soluções adequadas para cada classe de contaminação do fluido a ser filtrado. Assim, trabalham para especificar elementos filtrantes capazes de remover os contaminantes de acordo com a eficiência esperada pelo processo. (Veja artigo Razão Beta nesta edição). “É muito importante que o cliente tenha conhecimento do tipo e distribuição das partículas a serem removidas, pois a especificação correta do elemento filtrante depende principalmente deste dado”, aconselha. Com crescimento previsto de 12% para 2011, a Eaton Hydraulics Brasil fabrica e distribui componentes, sistemas hidráulicos e filtros desde 1921. Em março, a Eaton Corporation anunciou a aquisição da Internormen Technology Group, líder em filtragem hidráulica e instrumentação. “A Internormen tem sido um líder comprovado em tecnologias avançadas de filtragem por quase 40 anos”, disse William R. VanArsdale, presidente da Eaton Hydraulics do grupo, que inclui as áreas de filtração e hidráulica. “Esta aquisição irá expandir significativamente o portfólio de produtos de filtração da Eaton, com produtos tecnicamente avançados e sistemas para dispositivos móveis, aplicações industriais hidráulicas e de processo. A companhia tem uma posição de liderança nos mercados em rápido crescimento como a energia eólica e uma presença bem estabelecida nas economias emergentes, como Brasil, Índia e China”, enfatizou. A Internormen, que é baseada em Altlussheim, Alemanha, tem subsidiárias de vendas e distribuição na Índia, China, Brasil e Estados Unidos, emprega aproximadamente 360 pessoas e teve vendas de mais de US $ 55 milhões em 2010. Já a Eaton Corporation assinalou vendas de US $ 13,7 bilhões no ano passado. Comemorando seu 100º aniversário em 2011, conta com aproximadamente 70 mil empregados e comercializa seus produtos para clientes em mais de 150 países.

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Sistemas de filtragem Novo patamar de tecnologia Sabendo a importância de se reter contaminantes e material particulado gerado pelo desgastes das peças do sistema hidráulico, a 3M é outra das empresas do setor que está aprimorando produtos para acabar com este problema. Ricardo Azevedo Martins, supervisor de vendas – mercados industriais da divisão 3M Purification, reitera que, apesar de um filtro ser bastante simples – consiste basicamente de um vaso de pressão (carcaça) e o elemento filtrante – pode evitar acúmulo de contaminantes e material particulado no sistema, o que traz perda nas propriedades de lubrificação e, como consequência, um maior ou precoce desgaste do sistema. Na avaliação do profissional, as empresas devem avaliar o tipo de sistema de filtragem compatível com suas necessidades por intermédio do dimensionamento (pressão, vazão e viscosidade) e grau de filtração adequado. “Dessa forma, é possível dimensionar e especificar um grau de filtração adequado às necessidades do cliente”, diz. Baseado nas consultas de clientes, Mar-

Ricardo Azevedo Martins, supervisor de vendas - mercados industriais da divisão 3M Purification

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tins avalia que o setor mostrou-se tímido em 2010. “Há uma série de melhorias a serem feitas nos processos de lubrificação no que diz respeito à filtração que ainda não foram implementadas”, constata, com a perspectiva de que as melhorias necessárias ao setor sejam colocadas em prática e os sistemas de lubrificação passem a um novo patamar de tecnologia e qualidade. A divisão Purification da 3M do Brasil nasceu em 2005 como resultado da aquisição da Cuno, pioneira no desenvolvimento de membranas microporosas, tendo patenteado o uso de nylon 66 para a construção de membranas para filtração. A união das duas empresas combinou a inovação da 3M com o conhecimento tecnológico em filtração da Cuno. Esta existência conjunta é compartilhada praticamente em todos os principais mercados de filtração de líquidos. Crescimento De acordo com Edison Ricco Júnior, gerente comercial da Apexfil, o papel dos fabricantes é auxiliar os clientes na melhor escolha do sistema de filtragem, levando em conta a relação custo/benefício, “pois existem várias soluções em sistemas de filtração com diferentes preços”, diz, completando que um projeto eficiente deve contemplar todas as etapas de operação e considerar o custo inicial do equipamento, custo de substituição

Edison Ricco Junior, gerente comercial da Apexfil

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do elemento filtrante e eficiência de remoção de partículas indesejáveis no sistema. “Todos estes fatores são importantes para uma filtração eficiente no sistema”, destaca. Para Ricco Júnior, o mercado em 2010 se comportou de uma forma positiva, pois houve um crescimento de novas aplicações. Para 2011, a expectativa é manutenção do crescimento. A Apexfil nasceu para atender os mercados de sistemas de lubrificação hidráulica, refrigeração, sucção de ar, clarificação de líquidos, GLP, gás natural, petróleo e outros diferentes processos. A empresa mantém parcerias nacionais e internacionais que garantem a nacionalização de produtos dentro dos níveis de qualidade exigidos pelo setor. O sangue do sistema Depois de se separar da Silubrin, tornando-se uma nova empresa, a Sil implantou uma área específica para serviços de filtragem. De acordo com o diretor Sérgio Águas Manzoli, o objetivo é oferecer confiabilidade na entrega e disponibilidade de produtos. No caso dos filtros, ele lembra que sua função é proteger folgas. “Queremos proteger as folgas crônicas que existem dentro do equipamento. Dentro do motor de caminhão, por exemplo, para que ele dure até 50% vezes mais do que normalmente duraria”, diz, ressaltando que a lubrificação é o sangue do sistema. Por outro lado, Manzoli explica que usar apenas os sistemas de filtragem não resolverá determinados problemas. “Infelizmente, muitos entendem como contaminação aquilo que se enxerga, sendo que o que faz mal para os componentes é aquilo que não se vê. Uma folga de um redutor é de 5 a

Filtros da Donaldson comercializados pela Sil

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Sistemas de filtragem

Sergio Águas Manzoli, diretor da Sil

10 mícrons; a folga de um rolamento é de 1 a 10 microns. É muito pequena”, informa. O profissional da Sil assegura que boa parte do mercado já entende essa necessidade. Outra, entretanto, acredita se tratar de uma futilidade. “Quando falamos que é necessário filtrar um óleo novo, isso é um paradigma! Realmente o óleo novo é limpo, o fabricante o entrega assim, mas o óleo é contaminado no armazenamento, no transporte, na forma de utilização”, pondera, acrescentando que é preciso saber quanto custa fazer e quanto custa não fazer. “O profissional de manutenção não é mais o homem que troca a peça, mas aquele que não deixa quebrar. Este é o perfil do novo profissional da manutenção. É ele que entende muito bem o que é uma unidade de filtragem.” Ainda de acordo com o profissional é muito importante frisar que óleo sujo ou graxa ruim não são como comida ou água ruins. “Se você se alimentar delas, terá problemas imediatamente. No caso de um óleo sujo ou uma graxa ruim, o problema não ocorre imediatamente. A tendência é que isso aconteça com o passar do tempo e aí a morte é certa. Haverá um desgaste que não será percebido. Será usada uma série de ferramentas de análises para ver por que o equipamento não está agindo corretamente, sendo que o problema aconteceu lá atrás”, analisa Manzoli, citando uma empresa que trocava rolamento

a cada dois dias, o que representava um custo enorme, não na troca em si, mas na quantidade de horas da máquina parada. A Sil trabalha com filtros Donaldson, maior fabricante de filtros do mundo. A empresa, conforme Manzoli, está inclusive desenvolvendo filtros especiais para operar no mercado de biodiesel, que exigem filtros específicos. “A Donaldson trouxe para o Brasil o Bulk Filtration, que são filtros Beta 200 e Beta 5000 para uma única passagem do diesel”, informa. A comercialização desses filtros no Brasil está sendo feita desde fevereiro. Destacando que o custo com a utilização de sistemas de filtragem é irrisório – fica entre 2% e 3% do valor gasto com a manutenção corretiva – quando comparado ao custo de hora/máquina parada, Manzoli exemplifica: “Fomos consultados para limpar uma grande turbina, de 18 mil litros, mas não fomos contratados, pois nosso preço era um pouco mais caro. A empresa contratada foi ao cliente, retirou todo o óleo da turbina, filtrou, limpou o reservatório e colocou o óleo novamente na turbina. Com isso, jogou todo seu serviço no lixo. Óleo não se tira para filtrar; óleo se filtra com a turbina, de preferência, em funcionamento, pois é necessário limpar tudo lá dentro. Quando eles tiraram o óleo da turbina, fizeram a contagem de partículas, detonaram o óleo. É como se tivesse jogado água potável na valeta. Sujou tudo na hora! Conclusão: esse cliente solicitou nosso serviço e acabou gastando o dobro, fora o tempo da máquina parada”, conta.

Sistema Bulk Filtration: filtros Beta 200 e Beta 500 especiais para biodiesel

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Sistemas de filtragem

Produtos Apexfil Trabalha com equipamentos “customizados”, oferecendo projetos com relação a necessidades específicas de processo, como filtros de processo; filtros Y e T; recheios e internos de coluna; cartucho filtrante; cesto filtrante; dreno magnético; filtro duplex; filtro bolsa; separador de condensados; filtro ciclone e ciclone combinado; filtro coalescente; filtro hidráulico; filtro de refrigeração; skid de filtração; vasos de pressão; filtro de polímero; filtro simplex; linha de AR; vaso de reservatório; filtro autolimpante. Eaton A divisão de filtração da Eaton é líder mundial nesse segmento, com produtos que incluem filtros cestos (strainers), sistemas de filtração por bolsa, separadores gás/liquido e filtros autolimpantes, e está presente em diversos setores como petroquímico, farmacêutico, alimentício e bebidas, estações geradoras de energia, marítima e água. Com atuação em mercados do mundo todo, a companhia disponibiliza soluções em

filtração para otimizar o desempenho, a qualidade e a produtividade de seus clientes. Integram o portfólio: filtros hidráulicos; filtros tipo cartucho; filtro tipo bolsa; strainers; e filtros autolimpantes. Sil A empresa soma mais de 30 anos no mercado de lubrificação, oferecendo expertise na gestão do processo de lubrificação. Entre os serviços prestados estão lubrificação avançada e filtragem de lubrificantes, para a qual conta com a parceria da Donaldson, americana que atua desde 1915, tendo aberto uma filial brasileira em 2008. É um dos fornecedores líderes globais em sistemas de filtragem. 3M A empresa disponibiliza para o mercado de lubrificantes as soluções de filtração Microwynd e Zetaplus, as quais utilizadas em série conferem os melhores graus nas classificações NAS 1638 e ISO 4406.

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Artigo – Sistema de Filtragem

Razão Beta

Por Sergio Águas Manzoli/ Sil Lubrificação Conceitos de Eficiência para um filtro

O que é um Mícron?

Definição de Beta Ratio (SS)

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Artigo – Sistema de Filtragem

Definição de Beta Ratio (SS)

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Artigo – Sistema de Filtragem

Correlação entre Beta Ratio e Eficiência

Gráfico de Comparação

Eficiência de Filtragem – Índice Beta

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Lubrificantes para motores

Mais (performance) com menos (combustível ) Por Miriam Mazzi

A

s novas demandas dos motores, principalmente dos bicombustíveis, requerem tecnologias capazes de gerar lubrificantes que proporcionem maior proteção e limpeza interna, e que possam reduzir ao máximo a fricção. Com isso, obtêm-se motores que trabalham de forma mais livre, sem desgastes excessivos e diminuição no consumo de combustíveis. Nesta busca, modernos pacotes de aditivos e matérias-primas especiais têm proporcionado o desenvolvimento de produtos cada vez mais superiores àqueles que eram encontrados no mercado. A seguir, Lubgrax traz a opinião de profissionais de alguns dos mais importantes fabricantes de lubrificantes para motores do Brasil acerca de novas tecnologias e tendências para o setor. Todos concordam que, tecnicamente, o uso de óleos com viscosidades mais baixas permite ao motor economizar combustível quando comparado aos graus de viscosidade mais elevados. Isto porque haverá menor resistência interna para o escoamento do lubrificante. Lubgrax: Conforme informações obtidas junto ao mercado, há algumas tendências consideradas certas no mercado automotivo: a consolidação dos motores bicombustível e o crescimento de motores elétricos. Ainda que o prazo para a implantação de tecnologias como a dos motores elétricos seja longo (o que não ocorre com os motores bicombustíveis), os fabricantes de lubrificantes já estão se preparando para atuar nesse segmento. O que sua empresa está desenvolvendo?

Celso Miari, supervisor comercial da Divisão de Lubrificantes da Agecom

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Celso Miari, supervisor comercial da Divisão de Lubrificantes da Agecom: Acredito que no Brasil a aplicação da tecnologia híbrida ainda é um grande desafio para a indústria automobilística. Esse tipo de projeto não demonstra ser lucrativo em curto prazo, já que não recebe nenhum incentivo governamental e nossa carga tributária é uma das maiores do mundo. Devido a esse fator, a Agecom ainda não investiu de forma significativa em pesquisas e desenvolvimento desse tipo de produto,

sendo que nossos maiores projetos ainda se concentram em novas especificações para as constantes atualizações de tecnologias hoje aplicáveis aos ainda motores de ciclo Otto e diesel. Arley Barbosa da Silva, engenheiro mecânico do departamento técnico de engenharia e lubrificação da Bardahl: Na questão dos motores elétricos, os lubrificantes mais usados serão graxas para rolamentos. Grande parte dos motores elétricos industriais presentes no mercado usa graxas de tecnologia superior às usadas hoje, por exemplo, à base de poliureia. Acreditamos que essa tendência pode se aplicar ao setor automotivo. Celso Cavallini, coordenador de relações com fabricantes da Mobil Lubrificantes Grupo Cosan: Os motores elétricos estão geralmente associados a motores à gasolina de pequeno porte no veículo (veículos híbridos) com objetivo de economizar combustível. Para estes motores à gasoli-

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na, a tendência é o uso de lubrificantes de baixa viscosidade, como o SAE 5W-30, SAE 5W-20 ou SAE 0W-20, que já são uma realidade. A Mobil já tem em sua linha internacional uma ampla gama de lubrificantes que atendem estas classificações de viscosidade como o Mobil 1 5W20, Mobil Super EcoPower 5W-30, Mobil 1 Advanced Fuel Economy 0W-30, dentre outros. A tendência é o uso de viscosidades cada vez mais baixas para se obter ainda maior economia de combustível. Daniel Louis Bartolotti Chaves, gerente de produção da Fortlub: A Fortlub dispõe de duas linhas de óleo lubrificante, uma usada para motores a álcool/ gasolina/GNV e outra para motores a diesel/biodiesel. Em relação aos motores elétricos, ainda não desenvolvemos nenhum produto para esse tipo de sistema, visto que provavelmente usarão lubrificação selada. Marco Antonio Sesquim, diretor técnico da Interlub: Os motores elétricos com certeza contribuíram muito na questão ambiental, porém o abastecimento desses veículos não ficou bem definido. Seria por meio de postos de combustíveis ou numa tomada caseira? Até onde sei, esses veículos têm limites de velocidade e uma maior necessidade de reabastecimento. Seria preciso uma disposição do governo (um investimento), já que o etanol e a gasolina têm um custo operacional menor. As empresas de lubrificantes caminham lado a lado com as montadoras e seus desenvolvimentos. Assim que a produção de motores elétricos estiver em escala industrial faremos o lubrificante exigido pelo mesmo. Antonio Alexandre Ferreira Correia, engenheiro de produtos da Petrobras: A Petrobras já possui produtos destinados à lubrificação de motores elétricos industriais. Como o princípio básico de funcionamento e lubrificação de motores elétricos é o mesmo, os produtos existentes já atenderiam perfeitamente ou seriam suficientes apenas pequenas modificações nesses produtos para atender às especificações desses motores. Fernanda de Lutiis, analista de marketing de lubrificantes e Cezar Galate Cerbam, gerente de soluções e tecnologia da Shell: A Shell possui diversos centros de pesquisa no mundo e investe anualmente cerca de US$ 1,3 bilhão em desenvolvimento, trabalhando em parceria estreita com os principais fabricantes de componentes automotivos e montadoras de veículos. Isso permite que os lubrificantes sejam desenvolvidos paralelamente aos equipamentos de nossos clientes, reduzindo o tempo e o custo de pesquisa. No trabalho desenvolvido na Fórmula 1 com a Ferrari, por exemplo, a Shell possui um laboratório itinerante que adapta os lubrificantes às exigências de cada circuito. Essa liderança tecnológica permite que os proprietários de veículos que utilizam nossos lubrificantes se beneficiem da mesma maneira.

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Lubrificantes para motores

Arley Barbosa da Silva, engenheiro mecânico do departamento técnico de engenharia e lubrificação da Bardahl

Marcelo Beltran, gerente técnico da Total Lubrificantes do Brasil: Não há grande diferença tecnológica entre lubrificantes para gasolina, etanol ou GNV, pois o tipo de motor de combustão interna é o mesmo, ciclo Otto. Carros 100% elétricos não utilizam lubrificantes, mas ainda são economicamente inviáveis. Já os carros híbridos, como por exemplo com motores elétricos e de combustão interna, utilizam o mesmo lubrificante já utilizado para motores de combustão interna tradicionais.

e corrosão. Hoje, os lubrificantes têm de ser desenvolvidos para proteger cada vez mais essas peças. A contaminação do lubrificante pelo vapor de água, proveniente da combustão, acontece no movimento dos pistões, e vai acelerar a degradação do pacote de aditivos presentes no lubrificante, levando à corrosão das peças. Lubrificantes como o Bardahl Maxoil Sintético (API SM), com pacote de aditivos de tecnologia superior, oferecem maior proteção contra a degradação do lubrificante e a corrosão das peças.

Lubgrax: O uso de etanol, embora atenda às novas exigências de diminuição de emissão de poluentes, compromete a vida útil dos motores. De que forma os lubrificantes auxiliam para eliminar ou reduzir este problema?

Cavallini, da Mobil Lubrificantes: A tendência é o uso de lubrificantes semissintéticos ou sintéticos de alto desempenho que protegem os motores eficientemente contra o desgaste e contra a corrosão. A Mobil possui alguns produtos que atendem as necessidades de motores que usam o etanol. O Mobil Super Sintético, por exemplo, é um lubrificante 100% sintético que garante máxima proteção ao motor.

Miari, da Agecom: Motores bicombustíveis, devido ao etanol, têm afinidade com a água e menor capacidade de mistura com o lubrificante. Esse contato ocorre muitas vezes no liga e desliga do carro e o etanol tende a se aglutinar à água e formar a borra branca, muito comum em veículos flex, além de aumentar a oxidação devido ao acúmulo de água. A borra branca pode diminuir a eficiência do motor e impedir a chegada do óleo às superfícies que necessitam de lubrificação. Os lubrificantes de bases sintéticas e semissintéticas apresentam resistência a esses processos e, por serem mais puros, garantem um melhor fluxo do óleo no motor, além dos aditivos detergentes e dispersantes que visam dificultar a formação da borra branca.

Daniel Louis Bartolotti Chaves, gerente de produção da Fortlub

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Silva, da Bardahl: O álcool hidratado, usado na gasolina, tem em torno de 7% de água. E a água é sempre um problema quando existem peças metálicas, pois pode dar início a processos de ferrugem

Chaves, da Fortlub: Os óleos Fortlub possuem em sua formulação uma reserva alcalina, proveniente dos seus aditivos, para neutralizar os ácidos formados na combustão do álcool, bem como nos derivados de petróleo, tais como diesel e gasolina. Sesquim, da Interlub: As pesquisas de comparação da vida útil de motores a etanol com motores à gasolina não apresentam uma diferença significativa. Os fatores que influenciam a vida útil do motor não estão relacionados somente ao combustível, mas aos cuidados e manutenções preventivas, além do local onde o veículo circula, forma de conduzi-lo etc. Os lubrificantes colaboram aumentando a vida útil dos motores por portarem aditivação de API avançada e viscosidades adaptadas

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Lubrificantes para motores aos motores compactos que andam mais e consomem menos combustíveis. Correia, da Petrobras: Os lubrificantes modernos existentes no mercado brasileiro levam em consideração o uso do etanol como combustível em veículos flex, de modo a minimizar os efeitos de desgaste dos motores com o uso desse combustível. Fernanda e Cerbam, da Shell: Motores que utilizam etanol como combustível podem apresentar tendência a acumular água, gerando uma borra branca que oxida o lubrificante e pode reduzir sua vida útil. A corrosão causada pela água e pelos ácidos de combustão pode reduzir a eficiência e causar danos ao motor. A

Shell desenvolveu o lubrificante Shell Helix HX5 S especialmente para os veículos que utilizam esse combustível, protegendo mais o motor do que os lubrificantes convencionais porque evita a formação de borra branca e mantém a água separada, ajudando, assim, a prolongar a vida do motor. Beltran, da Total: As mais modernas normas de desempenho API (americana), ILSAC (asiática) e ACEA (europeia) atendem tanto ao etanol quanto à gasolina, sem o comprometimento da vida útil do motor. Anna Katrin Jarosch, gerente de suporte técnico da Lumobras: Quanto à redução da vida útil de motores movido a etanol, a desvantagem se deve à menor lubricidade deste combustível em relação à ga-

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Celso Cavallini, coordenador de relações com fabricantes da Mobil Lubrificantes - Grupo Cosan

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Lubrificantes para motores solina. Para ajudar e aumentar a vida útil de motores movidos a álcool é imprescindível o uso de aditivos que protegem o motor de atrito e desgaste. No caso, a Lumobras, que atua nesse mercado com aditivos, fabrica um produto de altíssima qualidade à base de bissulfeto de molibdênio (Molykote A-2) que age formando uma camada protetora na camisa e nos anéis do pistão, aumentando a vida útil dos mesmos. Marco Antonio Sesquim, diretor técnico da Interlub

Antonio Alexandre Ferreira Correia, engenheiro de produtos da Petrobras

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Lubgrax: Tecnicamente, como os lubrificantes estão sendo desenvolvidos para ajudar na redução do consumo de combustível? Miari, da Agecom: Todas as novas tecnologias empregadas visam desenvolver lubrificantes que proporcionem maior proteção e limpeza interna nos motores e que possam reduzir ao máximo a fricção interna, o que permite motores trabalhando de forma mais livre, sem desgastes excessivos e diminuição no consumo de combustíveis. Para tanto, modernos pacotes de aditivos e matérias-primas especiais têm proporcionado o desenvolvimento de produtos cada vez mais superiores àqueles que eram encontrados no mercado. Silva, da Bardahl: Os projetos dos novos motores se preocupam com a redução da perda de energia por atrito. Uma das formas de redução é adequar a viscosidade do lubrificante às folgas do próprio projeto do motor, melhorando a fluidez do produto. Um lubrificante menos viscoso, como um SAE 5W-30, como o Bardahl Maxoil Sintético, facilita, por exemplo, a partida a frio, isso vai reduzir o atrito da parte superior do motor, porque o lubrificante “sobe” mais rapidamente; se a película de lubrificante for mais espessa, é preciso mais energia para movimentar os pistões, por exemplo; se a película lubrificante é

mais fluida, a energia gasta nessa mesma movimentação é menor. Quanto mais energia se precisa, mais combustível é necessário. Da mesma forma, quanto mais combustível se queima, maior é a emissão de gases poluentes na atmosfera. Tecnicamente, os lubrificantes têm sido desenvolvidos com viscosidades mais baixas, de 0W-30 a 10W-30, pacotes de desempenho mais modernos, API SM e API SN, e óleos básicos dos Grupos II e III. Esses tipos de lubrificantes têm uma economia de combustível certificada de 3,5%. Em uso, esse índice de economia pode chegar a 4%. Cavallini, da Mobil Lubrificantes: Tecnicamente, o uso de óleos com viscosidades mais baixas, como SAE 5W-30, permite ao motor economizar combustível quando comparado aos graus de viscosidade mais elevados. Isto porque haverá menor resistência interna para o escoamento do lubrificante. Também contribuem para esta redução o uso de bases sintéticas na formulação dos lubrificantes, seja ele total (óleos sintéticos) ou parcial (óleos semissintéticos). Nesta categoria, temos o Mobil Super EcoPower 5W-30, lubrificante parcialmente formulado com bases sintéticas em sua composição (semissintético) e com o grau de viscosidade SAE 5W-30, justamente para permitir a economia de combustível e a redução da emissão de gases poluentes. Chaves, da Fortlub: Os pacotes de aditivos utilizados nos lubrificantes Fortlub possuem aditivo redutor de atrito e, consequentemente, esta redução de atrito contribui para reduzir o consumo de combustível. Sesquim, da Interlub: Ajuda na redução do consumo por serem multiviscosos e serem formulados com básicos sintéticos e semissintéticos.

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Lubrificantes para motores Correia, da Petrobras: Uma das principais características dos lubrificantes mais modernos é uso mais intenso de aditivos redutores de atrito. Com isso, os componentes internos do motor trabalham de forma mais solta, reduzindo a perda de energia por atrito. Assim, obtém-se um aumento de potência, redução de consumo e do desgaste desses motores. Outro fator que contribui de forma significativa é o uso de lubrificantes de viscosidade mais baixa. Os lubrificantes, como qualquer fluido, possuem uma resistência ao escoamento. Quanto menor a viscosidade, menor a resistência ao escoamento; com isso, menor será a perda de energia e o atrito do próprio fluido, reduzindo a energia necessária para o funcionamento do motor. Deve-se levar em consideração que o pro-

jeto dos motores mais modernos também favorece o uso desses lubrificantes. Fernanda e Cerbam, da Shell: O lubrificante Shell Helix Ultra utiliza base e aditivos sintéticos, com modificadores de viscosidade de alta performance e moléculas redutoras de fricção, que reduzem o atrito nas partes internas do motor e permite um menor consumo de combustível. Beltran, da Total: Existem duas novas tecnologias globais para lubrificantes, ambas voltadas para o meio ambiente, os chamados fuel economy (economizadores de combustível) e os low saps (baixa emissão de poluentes). Tecnicamente, os fuel economy possuem viscosidade inferior aos lubrificantes convencionais, tomando menos energia do motor e da transmissão,

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Anna Katrin Jarosch, gerente de suporte técnico da Lumobras

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Lubrificantes para motores necessitando de menos combustível para rodar a mesma quilometragem. O segredo está na melhor performance dos óleos básicos, mas principalmente na tecnologia dos aditivos modificadores de atrito, que mantém o filme lubrificante, mesmo nestas condições.

Marcelo Beltran, gerente técnico da Total Lubrificantes do Brasil

Anna, da Lumobras: A redução no consumo de combustíveis pode ser alcançada através de modernos aditivos EP (Extrema Pressão) e melhoradores de IV (Índice de Viscosidade). O ganho de energia é consequência. Com menos atrito, ocorre menos perda de energia, que consequentemente gera o ganho de energia para o motor. Lubgrax: Por que os fabricantes estão em busca de lubrificantes com índices cada vez mais baixos de viscosidade? Miari, da Agecom: Os lubrificantes com baixos índices de viscosidade atendem uma larga gama de motores, principalmente os de alta performance. São lubrificantes que proporcionam maiores intervalos entre as trocas, maior poder de lubrificação e, consequentemente, economia no consumo de combustível e emissão de poluentes. Com maiores períodos de trocas, diminui-se também o descarte de resíduos.

para baixo. Testes constataram que essa alteração reduzia o consumo de combustível, cuja queima é um dos principais “vilões” da emissão de poluentes. O motor é uma máquina térmica, sai do frio e vai para o quente. O lubrificante precisa resistir a esse regime de altas temperaturas e continuar a cumprir sua função de lubrificação. As viscosidades menores e os índices de viscosidade (IV) mais elevados permitem que o lubrificante seja mais estável em qualquer temperatura. Quando maior o IV, menor a variação de viscosidade em função da temperatura. Se o óleo menos viscoso não tivesse um alto IV, em regime normal de trabalho, ou seja, alta temperatura, o lubrificante tenderia a “afinar” muito, e não formaria um filme lubrificante, de forma que ocorreria maior atrito e, consequentemente, maior desgaste. Cavallini, da Mobil Lubrificantes: Os graus de viscosidade mais baixos, por exemplo: SAE 5W-30, SAE 10W-40,

Silva, da Bardahl: Na última década, as montadoras vêm investindo em projetos de motores que venham atender à legislação de emissões de poluentes, que tem como principal consequência a redução do consumo de combustíveis. Para que isso acontecesse, foram necessárias modificações nas viscosidades dos lubrificantes,

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Lubrificantes para motores estão sendo mais recomendados recentemente por permitirem maior economia de combustível e, por conseqüência, contribuírem para a redução da emissão de gases poluentes. Os lubrificantes de viscosidade mais baixa, como o Mobil Super EcoPower 5W-30,classificação, classe API SM, asseguram completa proteção ao motor e permitem que ele trabalhe de forma mais eficiente.

Sesquim, da Interlub: Na verdade não é o índice de viscosidade mais baixa. Pelo contrário, o índice é mais alto. Eles buscam, em vez de um lubrificante SAE 20W50 outros de viscosidade 15W40, 10W40, 5W30 e 10W30. Um lubrificante 20W50 é mais viscoso, “mais grosso” na linguagem popular, portanto, tem uma circulação interna mais lenta que os já citados.

Chaves, da Fortlub: Atualmente os fabricantes de automóveis estão produzindo motores menores, mais leves, com maior potência específica, alto giro e folgas menores entre as partes moveis. Desta forma, estes necessitam de lubrificantes de menor índice de viscosidade para atender ao serviço de lubrificação adequado.

Correia, da Petrobras: Os motores mais modernos são projetados para o uso de lubrificantes de viscosidades mais baixas (SAE 5W30, por exemplo). Esses motores trabalham com folgas muito pequenas. Essas folgas são tão pequenas que os lubrificantes com viscosidades mais elevadas têm uma maior dificulda-

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Lubrificantes para motores de de penetrar nessas folgas, dificultando o processo de lubrificação desses motores. Os lubrificantes de baixa viscosidade também oferecem uma menor resistência ao escoamento resultando em aumento de potência e redução do consumo de combustível. Outra vantagem é que os lubrificantes de baixa viscosidade trocam calor mais rápido que os lubrificantes mais viscosos, o que auxilia no processo de resfriamento.

Simone Hashizume, coordenadora de Especialidades Químicas da Promax/Bardahl: Hoje o Brasil é o quarto maior produtor de veículos no mundo, mas quanto a se consolidar como fornecedor global de lubes, acredito que não. Aliás, este é um cenário que não existe atualmente para nenhum país. Geralmente, o que é produzido é consumido pelo país. O fornecimento global ocorre no caso dos óleos básicos. Um exemplo é a Europa, grande produtor e exportador de Grupo I.

Fernanda e Cerbam, da Shell: No passado, os lubrificantes tinham maior viscosidade para proteger os componentes do motor. A tecnologia dos motores evoluiu, com maior precisão na usinagem, na engenharia de materiais e bombas de óleo mais eficientes. A tecnologia dos lubrificantes também se desenvolveu paralelamente, utilizando óleos básicos e aditivos sintéticos que permitem uma proteção ainda maior, com a vantagem de reduzir o consumo de combustível e um maior intervalo na troca de óleo.

Cavallini, da Mobil Lubrificantes: Acreditamos que o Brasil seguirá a tendência tecnológica mundial, ou seja, quanto às novas exigências para os lubrificantes que continuarão a ser impulsionadas pela busca por economia de combustível e redução das emissões de gases poluentes dos motores. Os lubrificantes deverão ter cada vez mais formulações balanceadas para serem compatíveis com os sistemas de pós-tratamento de gases. No caso dos carros de passeio, há a tendência aos lubrificantes de menor viscosidade (SAE 5W30, SAE 5W20, SAE 0W20) e classes de economia de combustível ILSAC GF-4, GF-5. A marca Mobil já lançou no Brasil o Mobil Super Sintético 5W40, primeiro lubrificante da classe API SN no País. Estamos preparados para seguir o direcionamento da indústria brasileira e mundial.

Beltran, da Total: Os fabricantes buscam óleos com altos índices de viscosidade, que é diferente de baixas viscosidades com modificadores de atrito. Lubgrax: Por ser cada vez mais um centro produtor e exportador de automóveis, você acredita que, da mesma forma, o Brasil deverá se consolidar como fornecedor global de lubrificantes?

Linha Vorax de lubrificantes: comercializada pela Agecom

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Miari, da Agecom: Muitas marcas brasileiras de lubrificantes já se encontram em mercados externos e a qualidade de nossos produtos nada deixa a desejar frente aos produtos importados. Com veículos exportados e já com primeiro enchimento com produtos nacionais, acredito que a tendência venha a ser uma consolidação dos produtos brasileiros no exterior.

Chaves, da Fortlub: A curto prazo não acredito, pois o Brasil importa grandes volumes de óleo básico do Grupo II e III utilizados para fabricação de lubrificantes nos automóveis para o mercado brasileiro e exportação. A longo prazo é possível, quando houver investimento em refinarias específicas para produção destas bases lubrificantes. Sesquim, da Interlub: Não, dependemos de matérias-primas de fora, inclusive as matérias básicas. E mais ainda dos aditivos. Correia, da Petrobras: Apesar de ser otimista

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Lubrificantes para motores quanto ao franco crescimento do mercado brasileiro de lubrificantes, acredito que dificilmente isso irá acontecer. Ainda é necessário importar insumos para atender ao nosso mercado que, só para se ter uma ideia, equivale à sexta parte do norte-americano.

potência em lubrificantes, e a quarta em produção de veículos. Nossa fraqueza é a legislação, que só permite que uma empresa produza óleo básico. Portanto, ao contrário, somos um importador global de matéria-prima.

Fernanda e Cerbam, da Shell: Existem limitações de disponibilidade local de óleos básicos sintéticos e aditivos de alta performance, e por isso empresas com abrangência global como a Shell têm uma vantagem competitiva importando matérias-primas que não são fabricadas aqui. O Brasil é certamente um país importante como consumidor de veículos, combustíveis e lubrificantes, e existe um enorme potencial a ser explorado.

Lubgrax: Apesar de ter registrado anos de intensa produção, as perspectivas permanecem bastante otimistas por parte dos fabricantes de automóveis. O setor de lubrificantes deve acompanhar esse incremento? Quais as estimativas para 2011?

Beltran, da Total: O Brasil já é a sexta maior

Miari, da Agecom: Apesar das incertezas do mercado, principalmente no momento com as questões da crise no Oriente Médio e os aumentos dos preços do barril de petróleo, a estimativa é de crescimento

Veja na próxima edição da Revista Lubgrax: - A N T I OX I DA N T ES - S I ST E M A S D E LU B R I F I C AÇ ÃO C E N T R A L I ZA DA N A I N D Ú ST R I A - G R A X A S E RO L A M E N TO S - C A SA M E N TO S E M D ES G A ST E - I N D Ú ST R I A A L I M E N T Í C I A , M E D I C A M E N TO S E B E B I DA S L U B R I F I C A N T ES D E T EC N O LO G I A AVA N Ç A DA PA R A A R E D U Ç ÃO D E R I S CO S D E CO NTA M I N AÇ ÃO - EQ U I PA M E NTO S D E L A B O R ATÓ R I O

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Lubrificantes para motores para o setor no ano. Com uma frota em 2010 de 30 milhões de veículos e cerca de 10 milhões de motocicletas, a partir de 2011 estima-se que o mercado automobilístico tenha um crescimento médio de 7,4%, o que com certeza impulsiona também o mercado de lubrificantes. Sérgio Pinheiro, assessor de informações comerciais da Promax/Bardahl: A estimativa para 2011 é de crescimento. Estamos, sim, muito otimistas. Em relação aos anos anteriores, o resultado vem se mostrando em constante evolução, e 2011 não será diferente. Nossa estimativa é crescer 38% nos lubrificantes, superando os anos anteriores. Essa evolução não será somente nos lubrificantes, mas também nos aditivos em geral, visto que a frota vem se renovando e crescendo. Cavallini, da Mobil Lubrificantes: Certamente. O setor de lubrificantes automotivos acompanha o desempenho da indústria automobilística e um quadro otimista é esperado para 2011. Chaves, da Fortlub: O mercado de lubrificantes acompanha diretamente o crescimento da produção industrial. Acredito que com o crescimento da fabricação de

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automóveis haverá conjuntamente um aumento de produção de óleo lubrificante. Sesquim, da Interlub: O mercado de automóveis vem batendo recorde a cada ano, quanto ao lubrificante devemos estar atentos a os novos veículos e as recomendações do lubrificante, hoje um carro novo vem recomendando sua troca a cada 10 mil km, a frota antiga que consumia mais lubrificante foi substituída, com ela muito “motor oil” de valor agregado baixo também perdeu espaço. Apesar disso, imaginamos um crescimento em 2011. Correia, da Petrobras: A expectativa é que o mercado de lubrificantes continue crescendo acompanhando a expansão da indústria, em especial a automotiva. Fernanda e Cerbam, da Shell: Sim. Como empresa no setor de lubrificantes, temos que saber aproveitar as oportunidades que o mercado apresenta. Para o ano de 2011, a Shell continuará focada nas necessidades de seus clientes e do mercado como um todo. Beltran, da Total: A perspectiva é de que o mercado de lubrificante evolua sobre um percentual um pouco acima do PIB brasileiro.

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Sistema de Lubrificação automotiva

Lubrificação a granel

Em um mundo onde as prioridades atuais são a redução de custos e de descartes, os sistemas de lubrificação são a melhor opção. Preparados para oferecer a quantidade exata e indicada para cada veículo, esses equipamentos oferecem vantagens operacionais, econômicas e ambientais. Além disso, as ofertas são variadas e apresentadas por empresas que já se encontram, em média, há 50 anos no Brasil. Ou seja, segurança na certa.

Instalação em caminhão comboio de carretéis automáticos da Lupus

Por Maristela Rizzo

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a mesma forma que o sangue é essencial para a manutenção do corpo humano, o lubrificante é para os equipamentos. Principalmente para a linha automotiva, que trabalha em alta rotação e onde o óleo lubrificante adequado e de boa qualidade atua em prol da segurança e maior vida útil do maquinário, evitando assim desperdícios desses insumos e trocas antecipas de peças. As empresas de todos os setores da indústria estão cada vez mais atentas a estas características do lubrificante e por isso buscam e exigem melhoria de performance e redução de custos. É

neste cenário que os sistemas de lubrificação entram como peças fundamentais para garantir que máquinas e veículos não apresentem falhas precoces, atingindo a máxima eficiência por meio do aumento da disponibilidade de trabalho. “Todo maquinário necessita de manutenção, que deve ser executada conforme manual do fabricante, evitando acidentes, troca de peças antecipadas e, assim, permitindo maior segurança aos usuários e operadores, principalmente quando se trata de veículos automotivos”, alerta Luis Sergio Rossi, diretor comercial da Haro Comércio e Importação. De acordo com Cláudio Stanoff, gerente de assistência técnica e pós-venda da Bozza, a lu

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Sistema de Lubrificação automotiva

Luis Giraldi, gerente de negócios Off Road da Eximport LubeSystems

Luis Sergio Rossi, diretor comercial da Haro Comércio e Importação

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brificação feita corretamente é imprescindível para a produtividade das máquinas, Porém, algumas empresas ainda não possuem um plano de lubrificação ou acabam lubrificando de forma incorreta. “A falta de lubrificação também causa o aquecimento, dilatação da peça, grimpagem, desgaste, atrito, ruptura da peça e parada da máquina, gerando um custo que poderia ser evitado caso fosse feita a lubrificação adequada”, prática essa que, segundo o técnico, trazem grandes benefícios como redução no consumo de energia, aumento no rendimento e vida útil das máquinas e diminuição de custos na manutenção corretiva. “Um equipamento bem lubrificado pode reduzir em até 80% os custos de manutenção”, garante. Já quem opta por um sistema de lubrificação obtem todo o processo automatizado, com o lubrificante certo, sem desperdícios, na quantidade e momentos certos. “Desta forma, conseguimos melhorar a eficiência da lubrificação, diminuindo perdas de lubrificante, melhorando a eficiência dos equipamentos e diminuindo as paradas por quebra ou falha de componentes. Como resultado, a empresa obtém melhoria de performance com redução de gastos”, acrescenta Luis Giraldi, gerente de negócios Off Road da Eximport LubeSystems. Além destas vantagens, Vittorio Leone, diretor industrial da Leone, destaca a possibilidade de os clientes terem controle mais efetivo dos estoques no dia-a-dia da operação e da questão ambiental, pois um sistema de lubrificação contribui muito com a redução do descarte de óleos e frascos. Cinquentenárias Apesar de a conscientização de um sistema de lubrificação ainda algo a ser trabalhado no Brasil, esses tipos de sistema não são recentes no mercado nacional. Para se ter uma ideia, muitos das principais empresas desse setor já atuam com esses equipamentos há quase meio século. Um exemplo é a Lupus Equipamentos para Lubrificação e Abastecimento, que atua há 48 neste setor. “Temos como maior preocupação e objetivo oferecer o produto certo para a situação certa”, informa Mario Panelli filho, diretor-executivo da companhia, concluindo que, por meio desta pro-

cura hoje a empresa dispõe da mais completa linha em equipamentos para lubrificação e abastecimento do mercado nacional. A Lupus representa com exclusividade as duas maiores empresas do mundo neste segmento: a espanhola Samoa, líder mundial em equipamentos para lubrificação e a italiana Piusi, líder mundial em equipamentos para abastecimento e medição. “O mercado nacional já evoluiu muito e com certeza está no caminho certo. A Lupus realiza pesquisas constantes buscando oferecer o que existe de melhor e mais moderno tanto no mercado nacional como internacional, desenvolvendo em nossos laboratórios e empresas parceiras mudanças nos equipamentos oferecidos em prol das legislações vigentes”, declara. Além do amplo portfólio, Panelli destaca o acompanhamento realizado pela Lupus tanto na pré como na pós-venda. Ele garante que a empresa realiza processos de treinamento de seu pessoal diretamente dentro das empresas contratantes. “Apesar de todos os produtos acompanharem manuais explicativos de instalação, realizamos treinamento interno constante com os profissionais por meio de nosso corpo técnico. Também dispomos de uma farta lista de assistências técnicas espalhadas por todo Brasil, que também estão preparadas para orientar adequadamente nossos clientes onde quer que eles estejam”. Para Panelli todo este preparo não objetiva apenas a venda, mas a mudança de conceitos. Ele verifica, por exemplo, que na Europa para um consumidor adquirir um recipiente de óleo ou qualquer produto com embalagem reciclável na gôndola, é necessário levar outro vazio. “Aqui no Brasil as grandes empresas fabricantes de óleos lubrificantes estão engajadas em mudar esta situação em prol da natureza e consequentemente da economia. Muitas já estão com projetos para abastecimento a granel onde nós fornecemos os kits para abastecimento eletrônico a granel”. Sistema a granel Também presente no mercado brasileiro há mais de 60 anos, a Bozza foi pioneira em desenvolver o Sistema Granel nos pontos-de-vendas

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Sistema de Lubrificação automotiva descarte de embalagem e proporciona uma grande redução de custos”, lista Mardinoto. Mardinoto afirma que os equipamentos fabricados pela Bozza auxiliam o setor automotivo, proporcionando lubrificação mais eficiente com baixo índice de contaminação e com baixa interferência no meio ambiente pela eliminação das embalagens contaminadas. No catálogo de produtos da empresa desponta uma linha completa de equipamentos para lubrificação e abastecimento, como: unidades móveis, tanques de abastecimento, bombas manuais e pneumáticas para óleo e graxa, carretéis automáticos, medidores de vazão, coletores para óleo, estantes pingadeiras, etc. O destaque fica para o Kit troca de Óleo a Granel, equipamento composto por propulsora pneumática para óleo, carretel com mangueira, medidor volumétrico digital, engate rápido para conexão do medidor, mangote de ligação

Kit troca de Óleo a Granel da Bozza: redução de custos e de descartes

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e grandes consumidores, como empresas que fazem troca de óleo, postos de serviços, transportadoras, entre outras. Como informa Luiz Otávio Mardinoto, gerente nacional de vendas da empresa, o sistema granel é composto de uma unidade de recebimento no distribuidor de óleo lubrificante, um caminhão tanque entregador e um conjunto de bomba propulsora com medidor que fica no ponto-de-venda. Após o recebimento do óleo lubrificante pela companhia petroleira, o mesmo fica armazenado em tanques. O cliente solicita ao distribuidor uma determinada quantidade de óleo, o caminhão abastece e, seguindo uma rota, atente o cliente. “Com isso, o cliente final não necessita mais comprar o óleo por embalagem, pois o veículo receberá a quantidade exata que necessita, evitando aquele resto de óleo na embalagem que muitas vezes o cliente acaba tendo de levar. Assim, o sistema elimina as embalagens plásticas, tambores, funis,

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Sistema de Lubrificação automotiva cas para óleos lubrificantes, graxa, etc, que são aptas para trabalharem com vários tipos e viscosidades, com vazões adequadas a cada situação. Além destas, os medidores digitais eletrônicos de precisão que possibilitam abastecer nas quantidades exatas de óleos lubrificantes, óleos de freio, graxas, aditivos de arrefecimento, entre outros. “Temos hoje uma diversidade de equipamentos para abastecimento ou troca de óleo lubrificante/ freio, graxa, líquidos de arrefecimento, de ureia, os quais serão obrigatórios a partir de 2012 para uso em veículos pesados como caminhões, ônibus entre outros veículos, e que servirão para inibir a emissão de gases poluentes”, anuncia. Da esquerda para a direita: Otto varini, presidente da Piusi; Alessandro Feroldi, gerente de exportação e Mario Panelli Filho, diretor executivo da Lupus

Coletor de óleo ecológico da Leone

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do carretel à propulsora, mangueira de sucção e unidade de preparação de ar. “Estamos trabalhando bastante com este kit, pois atende de forma efetiva a necessidade do cliente que paga apenas pelo óleo consumido e não são usadas embalagens de plástico que acabam poluindo o ambiente quando descartadas incorretamente”, justifica Cristiane Calça, coordenadora de marketing da Bozza, anunciando também que a empresa já está desenvolvendo uma linha de propulsoras pneumáticas fabricadas em liga de alumínio especial que oferece alta resistência, é mais leve e proporciona maior eficiência do equipamento, além de seus componentes poderem ser reciclados quase em sua totalidade. Bombas pneumáticas Especializada em soluções em ar comprimido e lubrificação, a Haro atua nesse mercado com os equipamentos produzidos pela italiana Raasm S.P.A., que atendem a todas as necessidades de abastecimento de lubrificantes, tanto na linha de montagem como nas revisões periódicas. “Fornecemos equipamentos para retirar rapidamente o óleo usado e também para reabastecer e medir, com a exatidão recomendada, cada modelo de veículo. Optamos pelos equipamentos da Raasm por serem dos mais modernos e confiáveis do mundo. Com esses produtos de ponta conseguimos satisfazer todos os nossos clientes”, cita Rossi. Ele cita, por exemplo, as bombas pneumáti-

Equipamentos elétricos Conhecida como a “casa dos equipamentos” a Leone, presente no mercado há 40 anos, trabalha com toda a linha de equipamentos elétricos e pneumáticos, para abastecimento de lubrificantes e graxas. São equipamentos alinhados com as características das principais indústrias automobilísticas mundiais. “Tanto que nossos equipamentos são enviados pelas mesmas quando da exportação de veículos brasileiros para atender as oficinas montadas por elas no exterior”, orgulha-se Leone. Segundo o diretor industrial, a empresa está apta para oferecer a um revendedor de óleo toda a solução para montagem de uma troca de óleo convencional completa, com elevadores, coletores, pingadeiras, assim como também pode fornecer equipamentos completos para troca de óleo à granel e também a vácuo. “Trata-se de uma solução para quem gostaria de aumentar a rentabilidade de sua empresa, mas não possui espaço para a instalação de um elevador”. No final de 2010, a empresa lançou uma unidade de abastecimento de lubrificantes controlada por computador, que facilita o melhor gerenciamento de seus serviços e controle dos lubrificantes fornecidos. Outra novidade é a máquina para cortar filtros de óleo, que tem por objetivo reduzir o custo do descarte, separando o ferro, que pode ser comercializado, do óleo usado, que também pode ser vendido para uma coletora. Com 51 anos de atuação, a Eximport fornece

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Sistema de Lubrificação automotiva equipamentos de lubrificação tanto para o setor industrial como para o automotivo. São diferentes tecnologias e soluções em sistemas de linha simples, linha simples progressivo, linha dupla e equipamentos especiais para lubrificação. “O Brasil hoje é um exemplo mundial em gestão de manutenção e nós estamos sempre buscando por soluções inovadoras e novidades no mercado, trazendo com o desenvolvimento contínuo de nossos produtos e atendendo o mercado brasileiro, onde mais de 50% dos sistemas instalados foram fornecidos por nós”, salienta Giraldi. Também cinquentenária, a Soned destaca para este mercado o sistema de lubrificação automática para veículos automotivos TruckLub, que lubrifica automaticamente até 60 pontos no chassis do veículo em movimento. Ele aplica a dosagem correta de graxa no local a ser lubrificado, evitando o atrito que provoca desgaste precoce das peças. Durante o funcionamento do TruckLub a graxa

é enviada através de tubulação até o conjunto de distribuidores progressivos que, por sua vez, a distribui em dosagens pré-determinadas para todos os pontos do sistema. O sistema é selado e o abastecimento da bomba é feito com uma bomba de transferência por intermédio do pino graxeiro, evitando-se a contaminação da mesma. É especialmente indicado para veículos que operam sob as mais severas condições e ambientes de trabalho como, por exemplo, poeira e umidades excessivas. Vale lembrar que, como todo equipamento, o sistema de lubrificação centralizada também necessita de manutenção. Para isto é necessário o conhecimento que os encarregados de área, operadores e manutenção devem ter para uma correta intervenção e funcionamento do equipamento de lubrificante. Por isso, antes de optar pelo seu sistema, verifique junto a seu fornecedor se existe serviço de orientação e pós-venda.

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Sistema TruckLub da Soned

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Perfil do FABRICANTE

Brasil abre as portas para a Setral Com expectativa de investir em produção local, a Setral, fabricante de lubrificantes industriais, aporta no mercado brasileiro de lubrificantes trazendo em sua bagagem produtos diversificados e gana de conquistar uma boa fatia do setor de lubrificantes de alta performance.

Por Maristela Rizzo

O

mercado brasileiro de lubrificantes de alta performance acaba de receber mais um importante competidor, a Setral, fabricante de lubrificantes industriais que atua no mercado mundial há 40 anos. Pertencente ao Ecco Gruppe, que produz fibras naturais e lubrificantes sólidos para apli-

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cações diversas, a recém-chegada ao Brasil inicialmente atingia nosso mercado apenas por meio de exportação. Foi no final de 2010 que a companhia resolveu alçar novos rumos e constituiu a Setral do Brasil Produção de Lubrificantes, com localização em Fortaleza (CE). “Inicialmente contamos com uma equipe de funcionários que atenderão nossos clientes, mas já

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estamos em busca de representantes e distribuidores em todo o Brasil. Começaremos trabalhando em primeira linha com a indústria têxtil, alimentar, plástico, siderúrgica e de madeira”, relata Renata Barreto-Pohlen, diretora comercial da Setral. Em sua bagagem para o Brasil, a Setral trouxe toda sua tecnologia em lubrificantes sólidos e fibras naturais. Na parte de lubrificantes sólidos destacam-se os produtos com e isentos de MoS2 (bissulfeto de molibdênio), sendo estes últimos com preços bem mais atrativos e com qualidade equiparada aos MoS2. São itens que podem ser empregados em pastilhas de freios, lonas, plástico, autolubrificante. Além disso, a empresa traz o próprio MoS2. Na parte de fibras naturais, o grupo Ecco trabalha na produção e desenvolvimento de fibras naturais fibriladas, que são uma alternativa para o amianto (asbesto), material que, apesar de ainda ser utilizado em alguns países, é altamente cancerígeno. As fibras naturais podem ser empregadas em pastilhas de freios, lonas, cimentos e plásticos reforçados, entre outras variadas aplicações. Na parte de Pesquisa & Desenvolvimento a Setral dispõe de laboratório com a mais alta tecnologia, apto à diversificação de métodos de testes, sendo muitos especialmente desenvolvidos para a Setral devido aos contatos que a empresa mantém com universidades. “A Setral também trabalha com terceirização de lubrificantes e vendas a private label”, destaca Renata. Setral Brasil Segundo ela, apesar de a atuação da empresa ainda estar baseada na importação, o grupo não descarta a hipótese de passar a produzir localmente para atender a demanda brasileira, assim como a de países vizinhos. “Nos próximos anos o Brasil já pode esperar de nós investimentos em uma planta de lubrificantes, gerando mais empregos e know-how”. Enquanto isso não ocorre, a Setral já designou uma equipe de pós-venda para atender o mercado nacional. Equipe que se encontra apta para oferecer acompanhamento do cliente, por meio de visitas de representantes, telefone ou e-mail; suporte técnico por telefone ou visita de urgência e conhecimento de novos produtos e novos desenvolvimentos. “Nosso objetivo é nos tornarmos um especialista reconhecido no ramo de lubrificantes de alta performance também no Brasil”, vislumbra Renata. “Esperamos alcançar no País uma fatia do mercado de lubrificantes de alta performance na ordem de 25%, gerando para nossos negócios impulso e novos desafios que auxiliem nosso crescimento”. Boa parte dessa expectativa está baseada no amplo portfólio da Setral, que agora aporta com maior força no Brasil. Além dos lubrificantes sólidos e das fibras naturais, a empresa dispõe de pastas de montagem para temperaturas de até 1.200°C; uma série ampla de graxas, onde destacam-se as de alta temperatura (até 300°C), graxas grau alimentício, graxas para alta rotação, graxa resistente à água e ambientes agressivos, graxas para engrenagens, entre outras; vernizes para lubrificação em temperatura de até 450°C de correntes, entre outros substratos; óleos especiais para correntes, para compressores, engrenagens, corte, etc. e desengraxantes. Essa série de produtos hoje atende mercados como o automotivo, mine-

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Perfil do FABRICANTE

Esperamos alcançar no Brasil uma fatia do mercado de lubrificantes de alta performance na ordem de 25%, gerando para nossos negócios impulso e novos desafios que auxiliem nosso

crescimento

ração, indústria química, aeronaves, vidreiras, produtores de borracha e plástico, madereiras, indústria de papel, área alimentícia, farmacêutica, construção de máquinas, metalúrgicas, têxtil e cimenteira. Indagada sobre quais as novas tecnologias que farão a diferença dentro do mercado de lubrificantes no Brasil, Renata informa que o departamento de pesquisa e desenvolvimento da Setral trabalha constantemente em novos desenvolvimentos, como é o caso da linha recémcriada “New high performance produtos from the MolyGold range”. “São produtos com parâmetros de performance excelente, que estarão no mercado em breve”. Setral mundial Originalmente fundada em 1969, em Strasbourg/França, por Jean-Leôn Spehner, Jean-Pierre Leprê e Guy Grospêtre, a Setral foi incorporada em 1985 pelo grupo Ecco, dirigido por KarlHeinz Hensel. Com esta mudança a companhia iniciou um período de dinamismo e permanente crescimento, graças à introdução de novos métodos de produção e conseqüente melhora da escala de produtos, o que propiciou que a Setral mantivesse crescimento anual de 10% e expectativa de dobrar esse percentual já em 2011.

Renata Barreto-Pohlen, diretora comercial da Setral.

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“Mantemo-nos sempre atualizados sobre as necessidades do mercado mundial graças à participação de nosso diretor técnico, Josef Barreto-Pohlen, no conselho europeu ‘Reach’ (Registration, Evaluation, Authorisation na Restriction of Chemicals) e na maior organização de lubrificantes da Europa, ELGI (European Lubricating Grease Institute)”, salienta Renata, informando ainda que a Setral hoje é certificada pelas normas internacionais Din EN ISO 9001 e Din EN ISO 14001. “Em adicional, o processo de produção de nossa linha de produtos é estritamente controlado por um sistema interno de qualidade”. Outra preocupação forte da empresa é com os serviços pré e pós-venda. Para tanto, possui uma equipe técnica preparada para prestar assistência de serviços como plano de lubrificação, desenvolvimento de produto sobre demanda, suporte técnico, demonstração de possíveis reduções de custos, treinamento de lubrificação, demonstração de vantagens custo/benefício, acompanhamento do cliente no pós-venda, e conhecimento de novos produtos e desenvolvimentos. Aporte este que, segundo Renata, será estendido para o mercado brasileiro de lubrificação. “Em nossa lista de prioridades existe um importante pilar: a satisfação dos mais altos padrões ecológicos, econômicos e materiais para assegurar a durabilidade de máquinas e equipamentos de forma que não ocorram paradas. E para que isso não aconteça os lubrificantes de alto desempenho que fornecemos e o nosso padrão de qualidade e serviços são fatores de suma importância”, finaliza.

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GUIA Bases lubrificantes

Aditivos

Arinos Divisão Industrial Fone: (11) 3602.7222 Fax: (11) 3602.7233 Arinos@arinos.com.br www.arinos.com.br

Aditivos

LUBRIFICAÇÃO SECA

D’Altomare Fone: (11) 3523.8600 Fax: (11) 3523.8649 www.daltomare.com.br

Lubrificantes

Biocidas

Troy Brasil Ltda Fone: (11) 5575-9099 / 0090 Fax: (11) 5575-9080 nolivaikom@troycorp.com www.troycorp.com

Bandeirante Brazmo Fone: (11) 3612.5600 Fax: (11) 3612.5650 www.bbquimica.com.br

Aditivos

Ecofuel - Soluções Tecnológicas PABX: (11) 2219-7888 ecofuel@ecofuel.com.br www.ecofuel.com.br

Aditivos

Miracema-Nuodex Indústria Química Ltda. Fone: (19) 3728-1000 www.miracema-nuodex.com.br

ADITIVOS

Münzing Fone: (11) 3253.8731/3283.0771 Fax: (11) 3253.5243 trayan@trayan.com.br www.trayan.com.br

Equipamentos para lubrificação

José Murília Bozza Com. E Ind. Ltda Fone: (11) 2179-9966 Fax: (11) 4127-1499 bozza@bozza.com www.bozza.com

Lumobras Lubrificantes Especiais Ltda Fone: (11) 4133-4006 Fax: (11) 4133-4009 sac@lumobras.com.br vendas@lumobras.com.br www.lumobras.com.br

Sílica Pirogênica

Cabot Divisão Sul Americana Fone: (11) 2144-6400 SAC: 0800-19 59 59 www.cabot-corp.com

Sílica Pirogênica

Fluidos e óleos

Iorga ÓIeos e Protetivos Industriais Ltda. Fone: (11) 4617-8555 Fax: (11) 4617-8556 vendas@iorga.com.br www.iorga.com.br

GRAXAS

quantiQ Fone: (11) 2195-9056 www.quantiq.com.br

DERIVADOS DE SILICONE

Hillman Fone/Fax: (11) 4461.3300 hillman@hillman.com.br www.hillman.com.br

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EDITORIALISTA CONVIDADO

MINHA COMPANHEIRA DAS HORAS SOLITÁRIAS

Q

(*) Sergio Luiz Camacho Viscardi

Foto: Kiko Cabral

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uando comecei a ter consciência de ser um ser humano, eram os anos 60 e início do rock and roll, pelo menos em Pelotas (RS), mas o que mais se escutava nas festas que ocorriam lá em casa, onde ficava o clube das lambretas, era Rita Pavone. A música italiana era simplesmente tudo, depois Beatles e assim por diante, mas a música italiana... Naquela época, o clube organizava as corridas de lambreta. Lembro-me que as modelo LI chegavam a parar o trânsito. Estas corridas aconteciam nas ruas da cidade, pois não havia autódromos e era realmente uma época romântica, pois existiam as famosas saídas dos colégios, que, claro, ou eram só de homens ou só de mulheres. Esperar a saída das alunas com as lambretas era o máximo! E eu, naquela época, estava ganhando a minha primeira bicicleta. Aprender a ter equilíbrio me custou alguns arranhões e joelhos inchados. O tempo foi passando e começaram a surgir Leonetes e Gullivetes, que imitavam motos, mas não passavam de algo estranho, pois com o lançamento do filme Easy Rider, todos faziam adaptações para parecerem Harley Davidson que, no filme, possuía modelo custon, mas com a suspensão dianteira bastante inclinada e alongada. As Harley Davidson passaram a ser objeto de desejo de todos. Só existia uma Harley na cidade, e óbvio que parava o trânsito. Neste período surgiram as cinquentinha (moto de 50CC) Honda, Suzuki, e tinha um amigo que ganhou uma de seu pai e me deixou andar. Como eu sabia andar de bicicleta, não ia cair e esta história de fazer marchas me pareceu algo que não era difícil, o mais difícil foi arrancar a moto, pois apagava várias vezes ou saía pulando que nem sapo, mas enfim dei minha primeira volta na quadra em moto. O tempo passou, as coisas mudaram, comecei a trabalhar e o sonho de ter uma moto ficou muito distante. Namorei, noivei e casei. Já morava em Porto Alegre e consegui comprar minha primeira moto, uma Honda ML 125, ano 1978, vermelha, tudo de

bom. Minha esposa Iracema e eu fazíamos viagens para Cidreira, Tramandaí e algumas a Pelotas e até Montevideo, no Uruguay, tudo em uma 125cc. Que tempo maravilhoso aquele da minha 125cc e eu! Tivemos nosso primeiro filho e vendi a moto para comprar meu primeiro carro. Óbvio que era um “Fuca 1300” (Fusca, da VW). Depois comprei novamente uma moto, mas os filhos começaram a crescer e parei então de ter moto. Além disso, o trabalho tomou conta de todo o meu tempo; o meu hobby passou a ser trabalho, palestras, cursos e isto sempre se repetia. O sonho de ter uma Harley ficou para quando me aposentasse. Imaginava viagens pela América do Sul de mochila, barraca e tudo que pudesse me dar a liberdade que tinha Peter Fonda, em Easy Rider. Por motivos profissionais, vim morar no Rio de Janeiro, com esposa e um dos meus três filhos; os outros já seguiam seu caminho. A esposa, por questões profissionais, e o filho por questões da faculdade, voltaram a Porto Alegre. E agora: o que fazer quando eu não conseguia ir ao Sul, nos fins de semana? Tudo corria bem durante a semana, viagens de trabalho, rotina diária no escritório e etc, mas o fim de semana era terrível. Tenho como uma das minhas responsabilidades a tecnologia que a Ipiranga coloca em seus produtos. Dou atenção a todos os nossos produtos, procurando sempre estar à frente da concorrência e utilizando tecnologia de ponta, mas confesso que quando trabalho em um óleo lubrificante para motocicletas a paixão toma conta de mim. Antecipei meu sonho de aposentadoria: comprei minha Harley Davidson. Pertenço ao HOG, (Harley Owners Group e faço passeios, night train, encontro de aniversariante no Rota 66, faço academia, comprei várias camisas da Harley, jaquetas e etc e hoje não fico mais sozinho nos fins de semana. Minha Harley me completa quando estou longe de minha família. Não me sinto mais sozinho, pois tenho a minha companheira de 1600 cc. (*) Sergio Luiz Camacho Viscardi, gerente técnico de combustíveis e lubrificantes da Ipiranga Produtos de Petróleo, também é diretor-executivo da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) e representante da Ipiranga junto ao IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

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3ª CAPA

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4ª CAPA Sua qualidade começa em pessoas com quem você pode contar. Empresa do Grupo Formitex.

Vamos além do conhecimento técnico: estamos preocupados em entender o que você precisa, para oferecer a solução química mais adequada para cada caso. Queremos ver, tanto quanto você, um resultado final surpreendente.

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