Lubgrax - Ed. 07

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CAPA

Aditivos para óleos hidráulicos Ano de conquistas

CADERNO CONSUMO

Óleos e graxas de silicone Boas perspectivas para 2011

Marcas próprias Um mercado em expansão

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2ª CAPA

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EDITORIAL

EXPEDIENTE REVISTA LUBGRAX Ano II Nº 7 – Novembro/Dezembro 2010

Capa:

Foto: Iara Morselli Produção: Maristela Rizzo Diretor

Sérgio Ávila Editoras responsáveis

Maristela Rizzo – MTB 25.781 maristela@lubgrax.com.br Miriam Mazzi – MTB 20.465 miriam@lubgrax.com.br Edição de arte e Editoração

Alex S. Andrade alex@artediagramacao.com.br Editora de fotografia

Iara Morselli iara@lubgrax.com.br

Marketing e eventos

Sérgio Rodrigues sergiorodrigues@lubgrax.com.br Gerente comercial

Fernando Mila fernando@lubgrax.com.br Circulação e assinaturas

Salete Rodrigues salete@lubgrax.com.br

Pré-impressão e Impressão

Neoband Soluções Gráficas

Lubgrax é uma publicação da Sergio Avila Editora e Eventos, dirigida a profissionais e executivos de toda a cadeia produtiva de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas, associações, entidades, universidades entre outros.

DA RETAGUARDA À VANGUARDA

N

um ano repleto de fatos marcantes – a inédita vitória feminina na disputa da presidência do País, o bate-e-volta da seleção brasileira na Copa do Mundo, o confronto poder público X poder paralelo no Rio de Janeiro, o desempenho recorde da indústria automobilística brasileira e tantos outros –, nada mais auspicioso que a declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início de dezembro, acerca da economia nacional, que deve crescer 7,5% em 2010. Como destacou, após passar anos “na retaguarda”, o Brasil está hoje “na vanguarda” do crescimento mundial. As perspectivas da economia para o próximo ano, apesar de terem seu ritmo desacelerado, a exemplo do que ocorre em todo o mundo, ainda se apresentam positivas. Sabe-se, por exemplo, como já anteciparam os responsáveis pela política econômica do próximo governo, que haverá redução nos investimentos públicos e, também, cortes no orçamento da União. Como um dos maiores – senão o maior – injetor de dinheiro na economia, o governo, com o fechamento da torneira, acende o sinal amarelo junto à iniciativa privada, que tende a tirar o pé do acelerador. Particularmente no mercado de lubrificantes, óleos, graxas e fluidos, 2010 encerra com ótima performance, alicerçada fundamentalmente na expansão da indústria automobilística, que encerra o ano com produção de 3,45 milhões de unidades, alcançando crescimento de 9,8% sobre os 3,14 milhões de 2009, conforme dados da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Para o próximo ano, de acordo com várias fontes ouvidas por Lubgrax, a expectativa é otimista e caminha junto com as projeções de incremento do setor automotivo, de 5%. Para acompanhar o ritmo das indústrias – aí incluídas todas as demais, que utilizam algum tipo de lubrificação – o setor promete lançamentos e redesenhos de produtos e serviços, projetados a partir de novas tecnologias, notadamente as dirigidas ao “bionegócio”. A vanguarda do Brasil na economia, como apostamos, será consolidada, sim, mas somente se forem equacionadas, antes, algumas sérias pendências: sociais, como melhor distribuição de renda, segurança e priorização da educação e saúde; econômicas, como os eternos e perversos entraves fiscais, o (des)controle das finanças públicas e o (des) equilíbrio da balança comercial; e ambiental, como a efetiva proteção à natureza. O tripé da sustentabilidade será, sem a menor dúvida, o responsável pelo futuro do Brasil que queremos deixar de herança para as próximas gerações. Por isso, mais que proferir discursos vazios, eleitoreiros, marketeiros ou irresponsáveis, esperamos que iniciativa pública e privada coloquem em prática o que, há tempos já conhecem, de cor e salteado, na teoria. Um excelente 2011 para todos! Equipe Sérgio Ávila Editora e Eventos

Circulação: Nacional

Tiragem: 5 mil exemplares

Rua da Consolação, 359 – conjunto 14 01301-000 – São Paulo, SP, Brasil Tel (11) 3151-5140 sergioavilaeditora@sergioavilaeditora.com.br

ASSINATURAS

assine@lubgrax.com.br ou ligue (11) 3151-5140 Assinatura anual R$ 95,00 Preço por exemplar: R$ 19,00 Subscription other countries US$ 150.00 Air mail: US$ 200.00

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SUMÁRIO

20

32

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Editorial

3

Cartas

6

Agenda

8

Entrevista – Lwart

10

Produtos & Serviços

17

Aditivos para óleos hidráulicos

20

Perfil do Fornecedor – Promax

26

Caderno Consumo

31

Case – Castrol

32

Óleos e graxas de silicone

36

Marcas próprias

48

Fluidos para perfuração de petróleo

50

Óleos solúveis

54

Eventos – AEA

60

Na linha de produção

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Guia Lubgrax

65

Editorialista Convidado

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RELAÇÃO DE ANUNCIANTES EMPRESA

PÁGINA

Resitec / Miracema-Nuodex ...................................................................................................................... 2ª Capa Lubgrax Meeting.................................................................................................................................................. 7 Metachem .......................................................................................................................................................... 13 Lumobras........................................................................................................................................................... 19 D’Altomare ................................................................................................................................................ 21 e 57 Lwart ................................................................................................................................................................. 23 Feira Manutenção 2011 ..................................................................................................................................... 25 Puritec ............................................................................................................................................................... 27 Murta ................................................................................................................................................................ 29 IBL Logística ....................................................................................................................................................... 35 PlastiFluor .......................................................................................................................................................... 37 Agecom ............................................................................................................................................................. 41 Kelpen ............................................................................................................................................................... 43 Grax .................................................................................................................................................................. 47 Würth ................................................................................................................................................................ 55 AFS Tratamento de Superfície ............................................................................................................................. 65 Arch Química do Brasil....................................................................................................................................... 65 Arinos ................................................................................................................................................................ 65 Bandeirante Brazmo .......................................................................................................................................... 65 Cabot ................................................................................................................................................................. 65 Castrol ............................................................................................................................................................... 59 Troy Brasil ......................................................................................................................................................... 65 Bozza ................................................................................................................................................................ 65 Aboissa ..................................................................................................................................................... 3ª Capa quantiQ ............................................................................................................................................. 4ª Capa e 65

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CARTAS À SUA ESPERA

Somos partidários do senso comum que críticas – construtivas – não só são positivas, mas, principalmente, ajudam a corrigir rotas e estabelecer novas. Por isso, este “cantinho”, que também é dedicado a cumprimentos e sugestões, é reservado a você, leitor. Aproveite-o e nos ajude a enriquecer o conteúdo de nossas páginas. Informamos que, em função de espaço, a redação se reserva o direito de resumir cartas extensas. Desde já, agradecemos sua pitada particular de tempero no nosso cardápio de informações. Os e-mails podem ser enviados para lubgrax@lubgrax.com.br e as cartas para Rua da Consolação, 359 – conjunto 14 – CEP 01301-000 – São Paulo/SP, ou ainda para o fax: (11) 31515140.

Lubgrax Meeting No salão de eventos do Hotel Century Paulista, em 2 de setembro de 2010, tive a oportunidade de participar do grande evento da Sérgio Ávila Editora e Eventos, o Lubgrax Meeting – Fórum Executivo de Negócios, reunindo profissionais que atuam e vivenciam a área de processos de produção, distribuição de lubrificantes, fluidos, óleos e graxas. Seis destaques caracterizaram este encontro: • Temas atualizados; • Palestrantes altamente categorizados; • Material institucional: programas, catálogos, prospectos, portfólio das diversas empresas de renome; • Sistema audiovisual impecavelmente monitorado, dotado de recursos; • Organização irreprochável, com coffee breakes nos dois períodos e com riquíssimo almoço após a sessão matinal; • Atendimento prático e funcional re relações públicas, por ocasião da recepção aos participantes, como também após cada sessão de palestra, levando o microfone para os que desejassem efetuar perguntas ou solicitar esclarecimento a cada palestrante onde, cada um na sua especialidade, respondeu de maneira concisa aos questionamentos pertinentes. O evento desta magnitude patrocinado pela Sérgio Ávila Editora e Eventos transmitiu aos participantes não somente as inovações que surgem a cada instante, tanto nos processos produtivos como também de novos produtos. Sinceramente apreciei.

Assim, o Lubgrax Meeting, reunindo especialistas de diferentes empresas, com troca de experiências, permitirão às empresas participantes atualizar seus bancos de dados e seus centros de pesquisa aperfeiçoarão seus profissionais, inovando e adicionando novas conquistas, as quais, tenho certeza, foram o objetivo colimado pela Sérgio Ávila Editora e Eventos. Por outro lado, o Meeting como esse, bem formulado, reflete a seriedade e profissionalismo com que as atividades de vendas e marketing são conduzidas por V. Excias. Parabéns! W. Y. Ishiara Engenheiro industrial mecânico e consultor

Feliz 2011 Em nome de toda a equipe da Sérgio Ávila Editora, agradecemos e retribuímos às empresas a seguir o apoio, a cumplicidade e a confiança em nós depositados ao longo deste ano, desejando que o próximo seja pródigo em saúde, paz e (muito bons) negócios. AFS, AZM Comunicações, Bombas Geremia/Johnson Screens, Conecte Comunicação, Digomax, 2HN Embalagens, Espaço Apas, Eurofeiras, Frais, Miracema-Nuodex, Puritec, Stardur, Trayan e Wacker Química do Brasil.

Emp patr o 1º

17/11/2010 Incoterm

CBOT

Premio

USD/TON

Degomado

FOB – PR

49,97

0,85

1120,38

Degomado

FOB – RS

49,97

0,75

1118,18

Degomado

FOB – ROSÁRIO

49,97

0,8

1119,28

Incoterm

CBOT

Premio

USD/TON

Degomado

FOB – PR

52,53

0,65

1172,41

Degomado

FOB – RS

52,53

0,5

1169,1

Degomado

FOB – ROSÁRIO

52,53

0,5

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Óleo de Soja / Soybean Oil

16/11/2010 Óleo de Soja / Soybean Oil

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O mercado gostou, o mercado pediu! Vem aí o mais novo evento da Sergio Ávila Editora e Eventos:

2º Fórum Executivo e de Negócios em Lubrificantes, Fluidos, Óleos e Graxas para o Mercado Automotivo e Naval

Empresas que patrocinaram o 1º Meeting

29 e 30 de Março d e 2 0 11 Organização:

Divulgação:

Informações:

( 11 ) 3 1 5 1 - 5 1 4 0 eventos@lubgrax.com.br w w w. l u b g r a x . c o m . b r Cartas_07.indd 7

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AGENDA

Evento Feicana/FeiBio Feira de Negócios do Setor de Energia

Local

Data

Araçatuba/SP

15 a 17 de fevereiro

Buenos Aires, Argentina

25 a 30 de março

IV FENAGRA – Feira Nacional de Graxarias

São Paulo/SP

30 e 31 de março

COBEF 6º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação

Caxias do Sul/RS

11 a 15 de abril

EMAQH Exposição Internacional de MáquinaFerramenta, Ferramentas e Afins

SUCRONOR III Mostra Sucroenergética da Região Nordeste e forindNordeste III Feira de Fornecedores Industriais

Olinda/PE

12 a 14 de abril

Informações Tel. (18) 3624.9655 www.feicana.com.br

Tel. +54 11 4388.0072 www.emaqh.com contato@editorastilo.com.br www.fenagra.com.br Cobef2011@ucs.br www.abcm.org.br/cobef2011

www.sucronor.com.br www.forindne.com.br

MANUTENÇÃO 2010 3º Congresso de Manutenção e Equipamentos Industriais

Blumenau/SC

12 a 15 de abril

Tel. (54) 3028.0002 www.eurofeiras.com.br

ReaTech –Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade

São Paulo/SP

14 a 17 de abril

Tel. (11) 5585.4355 www.feirasnacipa.com.br

RESILIMP VI Feira Internacional de Resíduos Sólidos

São Paulo/SP

26 a 28 de abril

Tel. (11) 4332.9466 info@premierbrasileventos.com.br

FEIMAFE 13ª Feira Internacional de MáquinasFerramentas e Sistemas Integrados de Manufatura

São Paulo/SP

23 a28 demaio

Tel. (11) 3060.5000 www.feimafe.com.br

FISPAL – 27ª Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas

São Paulo/SP

7 a 10 de junho

Tel. (11) 3598-7800 falecom@fispaltecnologia.com.br

TecnoCarne 10ª Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria da Carne

São Paulo/SP

23 a 25 de agosto

Tel. (11) 3598.7800 www.tecnocarne.com.br

BRASEG VIII Feira Brasileira de Segurança e Proteção

Belo Horizonte/MG

24 a 26 de agosto

Tel. (11) 5585.4355

FENASUCRO XIX Feira Internacional da Indústria Sucroalcoleira e AGROCANA IX Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar

Sertãozinho/SP

30 de agosto a 2 de setembro

www.fenasucro.com.br www.agrocana.com.br

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AGENDA

Evento

Local

Data

Informações

EXPO COSA Feira de Máquinas-Ferramenta

São Paulo/SP

8 a 10 de setembro

Tel. (19) 3886.3003 www.expocosa2011.com.br

SAE BRASIL 20º Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade

São Paulo/SP

4 a 6 de outubro

Tel. (11) 3287.2033 ramal 223 www.saebrasil.org.br

TUBOTECH VI Feira Internacional de Tubos, Conexões e Componentes

São Paulo/SP

4 a 6 de outubro

www.feirasnacipa.com.br/tubotech

Petrotech Feira Brasileira de Tecnologia para a Indústria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis

São Paulo/SP

4 a 6 de outubro

www.petrotech.com.br

EXPO BOMBAS III Feira Internacional de Bombas, Motobombas e Acessórios

São Paulo/SP

4 a 6 de outubro

Tel. (11) 5585.4357

EXPO VÁLVULAS III Feira Internacional de Válvulas Industriais e Acessórios

São Paulo/SP

4 a 6 de outubro

Tel. (11) 5585.4357

Metal Tech Brazil – IV Feira Industrial de Tecnologia em Metais

São Paulo/SP

4 a 6 de outubro

Tel. (11) 5585.4357

TERMOTECH III Feira Industrial de Tecnologias Térmicas

São Paulo/SP

4 a 6 de outubro

Tel. (11) 5585.4357

FEBRAMAN Feira Brasileira de Manutenção

São Paulo/SP

6 a 8 de outubro

Tel. (11) 3595.8500 tf@tflogistics.com.br

CORTE & CONFORMAÇÃO DE METAIS 2011 Feira sobre Corte e Conformação de Chapas e Tubos de Soldagem

São Paulo/SP

18 a 21 de outubro

Tel. (11) 3824.5300 www.arandanet.com.br

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ENTREVISTA

FAZER HOJE PENSANDO NO FUTURO Por Maristela Rizzo e Miriam Mazzi

O movimento para a consciência socioambiental está crescendo em todo o mundo, inclusive impulsionado pelas exigências ambientais e legais

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C

om 35 anos de mercado, o Grupo Lwart se consagra como um polo de tecnologia a serviço da sustentabilidade. Graças à sinergia de suas empresas – que atuam nas áreas de coleta e rerrefino de óleos lubrificantes usados, produção de celulose e fabricação de produtos para a impermeabilização, proteção termoacústica e pavimentação – vem conseguindo assinalar um feito admirável: a autossuficiência em energia elétrica e vapor, reduzindo a quase zero a geração de resíduos. No caso da Lwart Lubrificantes, a prática está por trás do investimento na modernização da unidade fabril situada em Lençóis Paulista, interior de São Paulo, onde, atualmente, são

processados 120 mil m3 de óleo lubrificante usado por ano, produzindo 80 mil m3/ano de óleo básico mineral rerrefinado do Grupo I. Denominado Projeto H, a modernização marcará a estreia da companhia no segmento de óleos básicos do Grupo II, atualmente um setor só abastecido por empresas estrangeiras. A intenção é processar 150 mil m3 de óleo/ ano para gerar perto de 105 mil m3 de óleo do Grupo II. Nesta entrevista, Thiago Trecenti, diretorgeral e representante da terceira geração deste grupo nacional e familiar, fala do mercado de óleos básicos no País, das perspectivas para o novo negócio de óleos básicos do Grupo II e de que forma a sustentabilidade ancora os projetos da companhia.

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ENTREVISTA Revista Lubgrax: Quais os fatos que se destacam na trajetória da Lwart? Thiago Trecenti: A Lwart, criada há 35 anos, é uma empresa do grupo familiar Trecenti, cujos fundadores hoje integram o Conselho de Administração. Na época, Renato Trecenti, que hoje preside o Conselho de Administração do Grupo, conheceu, durante uma viagem, uma pessoa que lhe chamou a atenção para a crescente atividade de rerrefino de óleo usado. Por ele ser um homem muito interessado em novidades, acabou se inteirando sobre o assunto e entrando no mercado de rerrefino, juntamente com os irmãos. Juntos, eles acreditaram num sonho e deram início à empresa, então pequena. A partir deste momento, todos se empenharam em fazer o negócio se expandir. A primeira planta da empresa situava-se em Lençóis Paulistas e tinha capacidade de 80 mil litros de óleo, utilizando uma tecnologia bem caseira. Eles foram aprendendo na base da tentativa e do erro, porque na época não existia tecnologia para o rerrefino. Revista Lubgrax: Já havia outras empresas de rerrefino no País? Trecenti: Sim, existia cerca de 50 pequenas rerrefinadoras, um número até maior que o atual. Revista Lubgrax: E a Lwart conseguiu se destacar neste mercado competitivo? Trecenti: Sim, os sócios acreditaram no negócio e foram em busca de novos conhecimentos e aperfeiçoamento por meio de contatos com empresas que comercializavam óleo básico. Tiveram ajuda, também, de algumas empresas de rerrefino. O importante é que eles sempre focaram muito a qualidade do óleo; eles acreditavam que a qualidade do óleo básico rerrefinado é que seria o diferencial da empresa. E foi exatamente esta a filosofia adotada nestes 35 anos: o diferencial se consolidou com base na qualidade do produto que a empresa oferece para o mercado.

Revista Lubgrax: Para assegurar esta qualidade, como a Lwart desenvolveu, ao longo dessas décadas, a tecnologia? Trecenti: Mesmo sem dominar o idioma, eles partiram para viagens internacionais com o objetivo de trazer ao País novas tecnologias. A experiência anterior dos sócios, na área de caldeiraria, ajudou na hora de montar os equipamentos ‘em casa’; boa parte dessas máquinas era projetada e produzida por eles. Além disso, procuravam ouvir especialistas que auxiliavam no desenvolvimento. Com isso, o processo de produção foi sendo aperfeiçoado e hoje a Lwart está consagrada neste mercado. Revista Lubgrax: Atualmente, de quanto é a participação da Lwart no setor de rerrefino? Trecenti: A Lwart detém 45% de market share na coleta de óleos no Brasil. Revista Lubgrax: Como você define o atual mercado de rerrefino no Brasil? Trecenti: Desde a década de 1990 o mercado vem se profissionalizando e aumentando seus investimentos. O movimento para a consciência socioambiental está crescendo em todo o mundo, inclusive impulsionado pelas exigências ambientais e legais. Revista Lubgrax: Até que ponto a regulamentação estimulou o setor? Trecenti: O mercado vem ganhando força também em função da legislação. Desde 2005, o Conama 362 (Resolução Conama Nº 362, de 23 de junho de 2005, que dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado) vem regulamentando e a partir daí a coleta vem crescendo. O bonito desse negócio é pegar um resíduo extremamente perigoso e transformá-lo num produto nobre. Revista LUBGRAX novembro/dezembro 2010 •

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ENTREVISTA

Revista Lubgrax: O rerrefino já foi visto com certo preconceito pelo mercado. Essa postura já faz parte do passado? Trecenti: No Brasil ainda não. E é exatamente por isso que a Lwart está fazendo um grande investimento para que este preconceito acabe. Estamos trazendo tecnologia de ponta e um produto de excelente qualidade para que possamos assegurar ao mercado que o óleo rerrefinado é tão bom quanto um óleo de primeiro refino e pode ter as mesmas aplicações, sem causar nenhum prejuízo para quem o está utilizando.

Estamos trazendo tecnologia de ponta e um produto de excelente qualidade para que possamos assegurar ao mercado que o óleo rerrefinado é tão bom quanto um óleo de primeiro refino

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Revista Lubgrax: Chegamos ao investimento que a Lwart fará para ter uma nova unidade de produção de óleo do Grupo II. Quando nasceu este projeto? Trecenti: A ideia surgiu há algum tempo, mas ganhou força a partir de 2008, quando passamos a visitar outros países com a finalidade de conhecer processos de rerrefino. A nossa conclusão foi que o setor, lá fora, evoluiu mais que aqui. A tecnologia que será implantada na Lwart já existe nos Estados Unidos e Europa. No Brasil, entretanto, não há nenhum rerrefinador que utilize esta tecnologia. Revista Lubgrax: Esta tecnologia envolve somente o processo de rerrefino?

Trecenti: Primeiro é preciso saber que, no Brasil, há dois segmentos neste mercado: a coleta do óleo e o rerrefino. Na minha avaliação, a coleta, estrategicamente, é mais importante que o rerrefino. O óleo usado está pulverizado por todo o País. Só para ter ideia da complexidade, a Lwart coleta mensalmente óleo em mais de 15 mil pontos; e temos cadastrados 60 mil pontos, ou seja, um volume bastante significativo. Conseguir chegar a todos os pontos onde esse óleo está sendo gerado – seja um posto de combustível ou uma fazenda, onde o óleo é armazenado num tambor – demanda uma logística fenomenal. Para nós, não existe nenhuma diferença entre esses dois produtores de resíduo, porque o óleo que está sendo gerado pelo posto polui tanto quanto o que está sendo produzido pela fazenda, por isso procuramos alcançar todos os pontos. A coleta vem sendo regulamentada já há algum tempo, mas se tornou mais forte a partir de 2005, quando passamos a ser obrigados a prestar contas. Então, a partir do momento que se é coletor, há a exigência de que a coleta seja a maior possível, porque o Conama determina aos coletores que todo óleo usado deve ser coletado e destinado ao rerrefino. Revista Lubgrax: A tecnologia que será implantada pela Lwart é totalmente importada ou haverá ajustes para o mercado brasileiro? Trecenti: Na verdade, compramos a tecnologia de uma empresa americana; eles estão fornecendo da entrada à saída do processo. Partes dessa tecnologia já são usadas aqui atualmente; estamos evoluindo parte dela, por exemplo, temos evaporadores de película, que são a parte de desasfaltamento, que serão utilizados na tecnologia nova, mas com versões mais modernas e melhor dimensionadas. Revista Lubgrax: A maior parte desses novos equipamentos é brasileira? Trecenti: A engenharia básica e a tecnologia

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vêm dos Estados Unidos; o restante será feito aqui. A indústria brasileira está habilitada a fabricar estes equipamentos e todos aqueles que têm produção nacional, serão adquiridos no País. Revista Lubgrax: Por que a decisão de produzir óleos básicos do Grupo II? Trecenti: É a evolução do óleo básico, que está diretamente associada à evolução do lubrificante. Fizemos uma pesquisa com clientes consumidores de óleos básicos e a conclusão é que há uma aposta muito grande nos óleos dos Grupos II e III. Revista Lubgrax: Por que não o Grupo III, que é apontado pelo mercado, conforme o que foi discutido no seminário da AEA (veja reportagem de cobertura nesta edição), como o que deverá ter maior crescimento? Trecenti: Há uma grande carência, no mercado brasileiro, tanto de óleos do Grupo II quanto do III. A produção do Grupo III ainda está limitada no mundo inteiro. Além disso, a tecnologia para produzir óleo do Grupo III é mais cara por ter mais etapas na cadeia produtiva. Ainda não conheço tecnologia de rerrefino para produzir óleos básicos do Grupo III. Mas estamos convictos que o Grupo II vai atender muito bem o mercado brasileiro. Revista Lubgrax: Hoje, no Brasil, como estão divididos os Grupos I e II? Trecenti: Toda a produção nacional é de Grupo I e todo o óleo do Grupo II que existe no País vem da importação. Revista Lubgrax: Qual será a capacidade de produção de óleo Grupo II da Lwart? Trecenti: Será de 150 mil m3 de óleo usado, que gerarão aproximadamente 105 mil m3 de óleo básico do Grupo II. Revista Lubgrax: Qual a estimativa de prazo para se atingir esta capacidade? Trecenti: Entre três e cinco anos. Revista Lubgrax: Considerando que os óleos do Grupo II são de alta qualidade e que o mercado brasileiro ainda é muito sensível a preços, como a Lwart pretende emplacar suas vendas? Trecenti: A evolução dos lubrificantes está muito relacionada à evolução dos motores dos veículos, que estão cada vez menores e com maior potência. E isso exige lubrificantes de maior performance que, por sua vez, requerem óleos básicos e aditivos de maior performance. Aí entra o Grupo II, que oferece viscosidade menor, mas com maior resistência à oxidação, menos enxofre, que está relacionado à quantidade de emissão de poluentes. Revista Lubgrax: Como é feita a homogeneização dessa matéria-prima? Trecenti: Quando o óleo chega à fábrica, fazemos uma análise e dividimos em três ou quatro classificações, com o objetivo de homogeneizar antes de entrar no processo. Estamos tentando implantar uma prévia seleção na coleta. Por

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ENTREVISTA nio, que permite a entrada, no processo fabril, do hidroacabamento. Mais tecnicamente, o hidrogênio, ao passar pelos reatores, sob determinadas pressões e temperaturas, permite que os catalisadores removam mais contaminantes presentes no óleo, além de fazer um melhor alinhamento das moléculas. Trata-se de um tratamento mais severo que o feito atualmente com ácido argila, resultando num produto de melhor qualidade, com menos enxofre, maior resistência, cor melhor etc. Revista Lubgrax: A partir do momento que se implanta um projeto mais “limpo”, é possível passar este nível de segurança também para a fábrica, com redução de riscos ao operador e ao processo em si? Trecenti: Sim, porque a fábrica nasce totalmente dimensionada. Como estamos completando 35 anos, já aprendemos que não adianta ficar acrescentando uma coisa aqui e outra ali; é preciso evoluir de forma planejada Revista Lubgrax: Para que tipo de nichos de mercado serão direcionados esses produtos? Trecenti: Para os mercados que temos hoje. Os clientes compram Grupo I e II também, mas via importação, muitos deles via spot; não há um fornecimento regular. Ter um fornecedor regular de Grupo II no Brasil é um grande negócio para os clientes. Thiago Trecenti, diretor-geral

exemplo, já sabemos que o óleo automotivo é menos contaminado que o industrial, então, estamos tentando não misturar tanto os dois. Com a evolução, se tivermos aqui mais óleos dos Grupos II e III coletados, consequentemente a matéria-prima será melhor. Contamos com isso no futuro. Revista Lubgrax: Mais detalhadamente, o que é o Projeto H? Trecenti: É a nova tecnologia de modernização que está começando a ser implantada na Lwart. O nome do projeto deve-se ao hidrogê-

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Revista Lubgrax: Qual é o perfil do cliente da Lwart hoje? Trecenti: Trabalhamos com grandes, médios e pequenos produtores de lubrificantes, com maior concentração no Sudeste do País. Revista Lubgrax: Qual o volume atual de óleo do Grupo I fabricado pela Lwart? Trecenti: Em nossa matriz, hoje, processamos 120 mil m3 por ano. Em óleo acabado, isso dá uns 80 mil m3 por ano. Revista Lubgrax: Em relação ao novo produto, ele não se torna concorrente do próprio

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ENTREVISTA cliente já atendido pela Lwart? A empresa não perderá parte desses clientes para o Grupo II? Trecenti: Pode ser que sim, mas é bom esclarecer que as aplicações a que cada um se destina são diferentes. Hoje há aplicações que não permitem a aplicação de óleos básicos rerrefinados do Grupo I; isso significa que certamente essas empresas poderão usar os óleos do Grupo II; ou seja, amplia o leque de possibilidades para os clientes da Lwart. Revista Lubgrax: Estrategicamente, a Lwart pensa em aumentar o leque de clientes? Trecenti: Primeiro vamos buscar a aprovação internacional API, que respaldará a afirmação de que o produto é ‘tão bom quanto um de primeiro refino’. Revista Lubgrax: Mas, tecnicamente, é mesmo possível chegar a um lubrificante de mesma qualidade com um óleo de rerrefino? Trecenti: Sim. Foi exatamente o que vimos, por exemplo, nos Estados Unidos. Há produtos a partir de rerrefino sendo usados em aplicações de ponta. Revista Lubgrax: Qual o volume que a Lwart coleta por mês? Trecenti: Na faixa de 12 mil m3 por mês. Temos caminhões de 2 mil, 5 mil, 10 mil e 15 mil litros. Esses caminhões coletam nas fontes geradoras, que são os postos, indústrias, oficinas, fazendas etc, e levam o material para o que chamamos de centros de coleta, que são 16 bases de armazenamento espalhadas pelo Brasil. Daí, o óleo segue em carretas de 30 mil ou 40 mil litros para uma das duas unidades de processamento – uma em Lençóis Paulista, que tem capacidade para 120 mil m3/ano, e Feira de Santana, na Bahia, que processa cerca de 20 mil m3 por ano Revista Lubgrax: Falando sobre iniciativas voltadas à sustentabilidade, quais as que merecem destaque?

Trecenti: Um dos motivos que nos leva a fazer esse investimento em modernização na fábrica de Lençóis Paulista é a sustentabilidade. Hoje somos autossuficientes em energia elétrica e vapor, que são fornecidos a todas as unidades pela planta de celulose, Lwarcel, a partir de biomassa, ou seja, cavaco de madeira. Um dos subprodutos do processo de rerrefino de óleo da Lwart, que é o composto asfáltico, vai para a Lwart Química como matéria-prima e é usada na fabricação de impermeabilizantes como mantas asfálticas etc. Outro sub-produto do rerrefino (combustível pesado) também é utilizado como insumo na planta de celulose do Grupo Lwart em fornos de alta temperatura. É uma sinergia muito importante para o Grupo. Fazemos, também, o monitoramento de emissões de veículos da frota e em relação ao Grupo, temos o FSC, que é uma certificação internacional de manejo florestal; a Lwart Química está atuando em duas vertentes, o GHG, que é um estudo de emissões no qual estamos participando de um projeto-piloto com a FGV, e o CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, que faz parte movimento Green Building, e promove formas de a edificação ter a chancela sustentável, levando em conta a destinação dos resíduos gerados durante a obra, entre outros aspectos. Ainda em relação à sustentabilidade, hoje a Lwarcel é a empresa do setor de celulose que consome menos volume de água por tonelada produzida, tendo sido foco de premiação nacional pela FIESP, e fomos a única empresa brasileira indicada a finalistas pela PPI, uma premiação internacional, na categoria “Uso eficiente da água”.

Hoje há aplicações que não permitem a aplicação de óleos básicos rerrefinados do Grupo I; isso significa que certamente essas empresas poderão usar os óleos do Grupo II; ou seja, amplia o leque de possibilidades para os clientes da Lwart

Revista Lubgrax: Atualmente, quanto do óleo usado é reaproveitado? Trecenti: Em torno de 70%. Hoje, de cada litro de óleo processado, cerca de dois terços acabam sendo óleo novo de novo. E a maioria dos sub-produtos é usada em alguRevista LUBGRAX novembro/dezembro 2010 •

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ENTREVISTA ma aplicação, se transformando em matéria-prima para outro processo industrial. O único resíduo é a água, o efluente, que é tratado e volta para o processo. Revista Lubgrax: Em relação à comunidade, de que forma Lwart tem contribuído para seu desenvolvimento? Trecenti: A sustentabilidade é um dos valores declarados do Grupo. Toda essa atuação focada na longevidade do negócio e primando pelas vertentes social e ambiental, é feita há muito tempo, muito antes de entrar nos manuais de administração. Nossos projetos sociais têm 12 anos de existência. Hoje nossa participação na comunidade foca a formação da cidadania. Não estamos formando jovens apenas para trabalhar nos nossos negócios, mas também para que atuem de forma coletiva. Temos, por exemplo, um projeto chamado Formação de Líderes, por meio do qual trabalhamos com adolescentes do ensino médio. Temos um espaço físico onde esses jovens são recebidos depois de passarem por um processo seletivo muito semelhante a um processo de escolha de trainee. Eles são

escolhidos pela essência, ou seja, os que demonstram interesse em desenvolver uma liderança positiva. Esses jovens frequentam aulas durante dez meses. Eles aprendem de tudo um pouco. A ideia é prepará-los para o mercado de trabalho, mas com foco em valores básicos. No final do curso, eles elaboram projetos para serem aplicados na comunidade junto a outros públicos: crianças menores, idosos, adolescentes grávidas etc. Estamos formando essa massa multiplicadora, baseada em valores cidadãos. Até aqui, já formamos 230 jovens e há 15 projetos em andamento na comunidade. Importante frisar que o projeto pretende preparar esses jovens para o mundo, porque a Lwart não tem nenhum papel assistencialista; nossa postura é de formador. A nossa definição de sustentabilidade ilustra bem o que acreditamos: fazer hoje pensando no futuro. Para nós, sustentabilidade é um tripé social, econômico e ambiental. E é interessante essa filosofia, porque se a empresa está fazendo hoje e cuidando do futuro desde a nossa fundação, demonstra que estamos trabalhando visando a evolução dos negócios e das comunidades do entorno.

A Lwart coleta mensalmente óleo em mais de 15 mil pontos; e temos cadastrados 60 mil pontos, ou seja, um volume bastante significativo. Conseguir chegar a todos os pontos onde esse óleo está sendo gerado demanda uma logística fenomena.

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PRODUTOS & SERVIÇOS

A fornecedora americana de aditivos Afton Chemical aumentou o seu portfólio de produtos oferecido por meio da subsidiária brasileira. Tal fato se deve à aquisição, em março, do grupo inglês Polartech, que incluiu diversos aditivos utilizados por fabricantes de fluido de corte para usinagem. Com isso, os fluidos ganham em funcionalidade.

Foto: usinagemsemsegredos.blogspot.com

FLUIDO DE CORTE DA AFTON

ACATEC LANÇA TECNOLOGIA INOVADORA EM DESTILADORES QUÍMICOS

química, petrolífera, cosmética, plástica, alimentícia, biocombustíveis, entre outras, um mercado em potencial a ser explorado. Fundada em 1971, a Acatec representa no Brasil os principais desenvolvedores mundiais de tecnologia de instrumentação analítica para controle de qualidade, pesquisa científica e ensino. A empresa distribui equipamentos científicos de mais de 30 fabricantes internacionais das áreas de química analítica, física e de controle de processos industriais. Além disso, a Acatec também desenvolve e comercializa equipamentos de tecnologia nacional.

A Acatec (www.acatec.com.br) trouxe para o mercado brasileiro os novos destiladores moleculares do modelo “wiped film” da fabricante americana Pope Scientific. Indicados para segmentos industriais que trabalham com processos químicos, que envolvam substâncias líquidas, estes equipamentos são recomendados para destilação, evaporação e fracionamento dos elementos químicos de diversas matérias-primas e insumos. Nos destiladores “wiped film”, os materiais são processados a vácuo e rapidamente, com pouca exposição a elevadas temperaturas, o que evita a degradação dos elementos químicos. O efeito do vácuo nestes equipamentos é ampliado, em razão da varredura feita por um sistema de palhetas rotativas, que reforça a exposição da superfície da substância analisada, melhorando a evaporação dos elementos químicos desejados. Segundo o diretor-presidente da Acatec, Affonso Celso de Aquino, o sistema de varredura é mais eficiente – gerando economia de tempo e recursos - do que outros métodos, que até o momento estão mais difundidos nos parques industriais. Os destiladores “wiped film” têm nas indústrias farmacêutica, Revista LUBGRAX • novembro/dezembro 2010 •

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PRODUTOS & SERVIÇOS

Foto: centrodeestudosambientais.wordpress.com

QUEIMA DE GÁS REGISTRA BAIXA

Em outubro foi registrado no Brasil o menor nível de queima de gás (5,495 milhões de m³ por dia) desde abril de 2008, quando o volume de gás natural queimado foi de 4,706 milhões de m³ por dia. A redução na queima foi de 33,7% se comparada ao mesmo mês em 2009 e de 16,2% em relação ao mês de setembro de 2010. As informações são do Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural de outubro de 2010. Houve recorde pelo segundo mês consecutivo em produção de gás natural, aproximadamente 65 milhões de m³ por dia, o que representa um aumento de 9,3% em comparação com o mesmo mês em 2009 e de 1,64%

em relação a setembro de 2010. Houve também aumento de 64,1% na produção de gás não associado se comparada ao mês de outubro de 2009. A produção de petróleo e gás natural no Brasil em outubro de 2010 foi de aproximadamente 1.998 mil barris por dia e 65 milhões de m³ por dia, respectivamente, totalizando em torno de 2.406 mil barris de óleo equivalente por dia. Os níveis de produção de petróleo e gás natural em outubro de 2010 permaneceram estáveis em relação a setembro deste ano. Houve um aumento quase nulo: algo em torno de 29 barris por dia. Em relação ao mesmo mês em 2009, o aumento foi de 0,36%. Foram produzidos do pré-sal 43.978 bbl/d de petróleo e 1.607 mil m³ por dia de gás natural, redução de 13,7% na produção, em barris de óleo equivalente, em relação ao mês de setembro de 2010. Em outubro de 2010, 91% da produção de petróleo e 77% da produção de gás natural do Brasil foram explota-

dos de campos marítimos. O campo de Roncador foi o maior produtor de petróleo e o campo de Manati, o maior produtor de gás natural. De acordo com os dados de outubro de 2010, 92,4% da produção de petróleo e gás natural são provenientes de campos operados pela Petrobras e, dos 20 maiores campos produtores, três são operados por empresas estrangeiras (Ostra/Shell, Frade/Chevron e Polvo/Devon). Os três maiores campos terrestres produtores de petróleo e gás natural, em barris de óleo equivalente, foram Leste do Urucu, Rio do Urucu e Carmópolis. Ao todo, 294 concessões, operadas por 23 empresas distintas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 74 são concessões marítimas e 220 são terrestres. Vale ressaltar que das 294 concessões, onze se encontram na Fase de Exploração e produziram por meio de Testes de Longa Duração (TLD), e outras nove são de campos licitados contendo Acumulações Marginais. O boletim de outubro traz uma inovação, divulga a produção de petróleo por concessionária e não apenas por operadora, conforme os boletins anteriores.

CONSOLID APRESENTA NOVOS EQUIPAMENTOS A Consolid (www.consolid.com.br), fabricante nacional de equipamentos e plantas automatizadas para os mais diversos segmentos, está com novidades em tecnologia de produção para as indústrias farmacêutica e cosmética. Há 20 anos, a Consolid vem fornecendo soluções adequadas às necessidades de empresas como Johnson & Johnson, Natural Line Cosméticos, Natulab Laboratório, Neonutri Suplementos, Sanavita Alimentos Funcionais, Probiótica e Herbarim, Wacker Química, Dupont e Clariant.

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Os destaques da linha farmacêutica e cosmética da Consolid são misturadores, transportadores a vácuo, dosadores, peneiras centrífugas, sistemas de exaustão e filtragem, entre outros equipamentos. Trabalhando de maneira independente ou interligados em uma planta automatizada, estes equipamentos aceleram, melhoram e oferecem maior segurança ao processo de produção, o que resulta em um produto final confiável e de qualidade assegurada. A Consolid, especializada em

tecnologia de processamento de pós, pastas e granulados, fabrica máquinas e equipamentos e desenvolve plantas de produção automatizadas para os mais diversos setores da indústria.

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PRODUTOS & SERVIÇOS

DÉFICIT EM PRODUTOS QUÍMICOS SE MANTÉM EM OUTUBRO O Brasil importou US$ 3,2 bilhões em produtos químicos no mês de outubro, praticamente o mesmo valor de setembro. As exportações alcançaram cerca de US$ 1,1 bilhão, recuando 9,1%, na mesma comparação. É o quarto mês consecutivo em que as compras externas superam o patamar de US$ 3 bilhões. No acumulado do ano, as importações somam US$ 27,5 bilhões e as vendas externas pouco mais de US$ 10,6 bilhões. Em relação a igual período de 2009, as importações cresceram 28,6% e as exportações 25,7%. O déficit na balança comercial brasileira de produtos químicos, até outubro,

de US$ 16,9 bilhões, é 30,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. As compras externas de produtos químicos representaram 18,5% de todas as importações realizadas pelo País (US$ 148,7 bilhões) até outubro. Os intermediários para fertilizantes foram os principais produtos químicos importados pelo País em outubro. As compras desses produtos, de US$ 705,2 milhões, cresceram 46% frente a setembro e 30,7% em relação ao mesmo mês de 2009. No acumulado do ano, as importações de intermediários para fertilizantes somam US$ 3,9 bilhões, 16,5% mais na comparação com igual período

do ano passado. As vendas externas de resinas termoplásticas, principal item da pauta de exportações químicas do País, tiveram incremento de 1,8% em outubro, chegando a US$ 155,9 milhões. No acumulado do ano, as exportações de resinas somam cerca de US$ 1,5 bilhão, com crescimento de 11,1% frente a igual período de 2009. As importações de produtos químicos, até outubro, movimentaram cerca de 23,6 milhões de toneladas, volume 30,4% superior ao do mesmo período de 2009. O volume de exportações, de 10,7 milhões de toneladas, aumentou 7,7%, na mesma comparação.

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ADITIVOS PARA ÓLEOS HIDRÁULICOS

PACOTES DE MELHORIAS

Foto: Divulgação/Lanxess

Com foco no desenvolvimento tecnológico, voltado à satisfação de novas necessidades dos vários segmentos aos quais se destinam, os aditivos para óleos hidráulicos registraram, em 2010, um ano de conquistas. Para o próximo ano, a expectativa permanece otimista.

Como fornecedor para as indústrias em vários segmentos, a subsidiária da Lanxess Rhein Chemie oferece uma completa linha de especialidades químicas para lubrificantes

Por Miriam Mazzi

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aracterizado pela presença de vários aditivos simultaneamente, os aditivos para óleos hidráulicos são considerados por muitas empresas “pacote hidráulico”. E, como tal, eles podem ser encontrados para variadas finalidades: óleos hidráulicos, óleos de turbina e óleos de compressor. “Tais aplicações exigem certas normas, sendo que as mesmas são atendidas à medida que o pacote hidráulico utilizado possua quantidades balanceadas de cada um dos aditivos”, informa Edgar Bassini Veloso, vendedor técnico da divisão de Lubrificantes, da unidade de negócios Rhein Chemie, do Grupo Lanxess, que fabrica todos os tipos de pacotes hidráulicos.

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Rodrigo Massaroni, supervisor de desenvolvimento de produtos e aplicações da Promax-Bardahl esclarece que, em geral, há seis tipos de aditivos que podem ser utilizados na formulação de um fluido hidráulico: antioxidante, inibidor de ferrugem, anticorrosivo, antidesgaste, demulsificante e inibidor de espuma. “A definição de qual tipo de aditivo será utilizado é realizada em cima da especificação que se deseja que o fluido hidráulico atenda”, explica, exemplificando que, para fluidos hidráulicos que atendam apenas à classificação HL (DIN 51.524 Parte 1), em geral só demandam os aditivos antioxidante e inibidor de ferrugem/corrosão; já para atender à classificação HLP (DIN

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51.524 Parte 2), além dos aditivos utilizados para atender à classificação HL, precisará do uso de um aditivo antidesgaste. De acordo com Massaroni, há também aditivos formulados para adição em fluidos hidráulicos novos visando promover um up grade de desempenho ou ser adicionado em fluidos já em uso, com objetivo de estender o período de troca do fluido. A Bardahl é referência no mercado de aditivos aftermarket, tanto para a área automotiva (combustíveis e lubrificantes) como para a área de aditivos para uso em lubrificantes industriais com a linha Bardahl Industrial Additive. VARIEDADE Considerados especialidades, uma vez que a taxa de tratamento é relativamente baixa, porém os efeitos benéficos são sensivelmente perceptíveis, os pacotes hidráulicos, conforme Veloso, da Lanxess, podem ser divididos em pacotes com presença de cinzas (indicados para formulação de óleos hidráulicos), pacotes isentos de cinzas (para formulação de óleos hidráulicos de alto desempenho, óleos de turbina e óleos de compressor), pacotes para graxas (para formulação de graxas especiais, as quais são aplicadas em condições de alta pressão, atmosfera corrosiva e presença de metais amarelos), e pacotes para óleos de usinagem (para formulação de óleos de usinagem de alto desempenho e isentos de cloro). Por sua vez, Massaroni, da Promax Bardahl, afirma que os tipos mais utilizados de aditivos (e fluidos acabados) são os do tipo HL/DIN 51.524 Parte 1, que atendem a um nível de desempenho mínimo e apresentam grande volume de vendas em usuários com equipamentos antigos e com vazamentos constantes; há também um volume considerável de aditivos (e fluidos acabados) do tipo HLP/DIN 51.524 Parte 2, pois cumprem os requerimentos mínimos da maioria dos sistemas hidráulicos. Em seguida vêm os que atendem, além do desempenho HLP/DIN 51.524 Parte 2, a especificações de fabricantes de equipamentos (Denison, Vickers, Eaton e Cincinnati entre outros). Também são consideradas especialidades os aditivos utilizados para formular os fluidos acabados: fluidos multigrau (operam em ampla faixa de temperatura), que atendem ao desempenho HLVP/DIN 51.524 Parte 3 (já engloba a DIN 51.524 Parte 2); fluidos isentos de cinzas (sem a presença de zinco), que cumprem pelo menos com a DIN 51524 Parte II; fluidos com mais elevada resistência à oxidação e proteção ao desgaste; fluidos biodegradáveis (em base vegetal ou éster); fluidos antichama (“fire resistant”), normalmente à base de glicóis; e fluidos formulados com aditivos food grade. Conforme o supervisor de desenvolvimento de produtos e aplicações da Promax Bardahl, além Edgar Bassini Veloso, vendedor técnico da divisão de Lubrificantes, da unidade de negócios Rhein Chemie, do Grupo Lanxess

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ADITIVOS PARA ÓLEOS HIDRÁULICOS Rodrigo Massaroni, supervisor de desenvolvimento de produtos e aplicações da Promax Bardahl

Foto: Divulgação/Lanxess

dos mencionados, que são adquiridos pelo fabricante dos fluidos hidráulicos, a empresa comercializa aditivos prontos para uso no consumidor final do lubrificante, que apresentam formulação variada, de acordo com o fabricante do aditivo.

Laboratório de pesquisa da Rhein Chemie:

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TECNOLOGIA Tendo as indústrias automotivas, de base, plásticos, construção civil e equipamentos industriais em geral entre seus principais consumidores, os aditivos para óleos hidráulicos têm apresentado rápida evolução tecnológica, principalmente em função de novas requisições apresentadas por estas empresas. “Até dois anos atrás, os pacotes para graxas especiais, como também para óleos de usinagem, por exemplo, não estavam disponíveis no mercado”, ratifica Veloso, da Rhein Chemie. As questões ambientais são outro fato que tem estimulado os investimentos em tecnologia. “Tem aumentado o interesse por fluidos formulados com aditivos isentos de metais, como o zinco, e com óleos básicos biodegradáveis. Muitos fabricantes de equipamentos e usuários têm visto vantagem também em utilizar fluidos altamente aditivados, visto que o ganho em manutenção é considerável versus o custo do fluido, além do aumento de horas disponíveis do equipamento para produção e redução dos resíduos gerados no momento da troca do fluido”, argumenta Massaroni, da Promax-Bardahl. João Ricardo Ryan, diretor da Trayan Comercial Importadora Representações e Consultoria – representante e distribuidora dos produtos Munzing, com uma ampla gama de antiespumantes para óleos de corte, soluções de limpeza, óleos hidráulicos entre outras aplicações – afirma que, atualmente, há duas famílias básicas de óleos hidráulicos, os óleos integrais e os fluidos hidráulicos base água, que estão no foco de novas tecnologias. “No caso de óleos integrais, o mercado nos Estados Unidos tende para óleos base de qualidade superior. Esta tendência é derivada de vários fatores, com sistemas menores, nos quais os óleos trabalham a temperaturas e pressões mais altas e com menos tempo para dissipar a espuma”, informa ele, completando que outra tendência é a maior durabilidade e menor troca, que reduzem os impactos ambientais. “Com isso, a exigência por aditivos de melhor qualidade também cresce. Além disso, há tendências am-

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ADITIVOS PARA ÓLEOS HIDRÁULICOS bientais de baixa toxidade e biodegradabilidade, que determinam a expansão dos óleos base vegetal e fluidos à base d’água”, diz.

negócios conosco em 2010 estão satisfeitos com nossa prestação de serviços”, explica, argumentando que a relação custo/benefício, bastante atraente, e o fato de as necessidades dos clientes terem sido plenamente satisfeitas, leva a empresa a acreditar que o market share aumentará significativamente ao longo de 2011. “Nossos resultados serão bastante expressivos. Ou seja, estamos bastante confiantes”, prevê. Para a Trayan/Munzing, que de acordo com seu diretor é líder no mercado de antiespumante base água para fluidos de trabalhar metais, com uma fatia de 75% de participação no Brasil, 2010 deve encerrar como um dos anos recorde de vendas. “E esperamos o mesmo desempenho para 2011”, projeta.

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2011 Este ano está sendo considerado muito satisfatório, em termos de vendas, pelos fornecedores de aditivos. Para a Promax-Bardahl, por exemplo, o resultado de 2010 foi bom na área de produtos industriais, por ter registrado crescimento sustentável neste segmento. Quanto a 2011, a expectativa é que ocorra um equilíbrio na cotação do dólar para que a indústria nacional não seja afetada pela entrada de produtos importados. “E, assim, consigamos manter nossa tendência de crescimento”, projeta Massaroni. De acordo com o supervisor de desenvolvimento de produtos e aplicações da Promax Bardahl, o aquecimento da indústria brasileira e a atualização dos maquinários industriais devem abrir caminho para “um bom crescimento na procura por fluidos hidráulicos que atendam um maior número de normas e, com isto, esperamos ter um crescimento na nossa participação no mercado”, diz. Também satisfeita com o desempenho no ano está a Rhein Chemie. “O clientes que iniciaram

João Ricardo Ryan, diretor da Trayan Comercial Importadora Representações e Consultoria

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ADITIVOS PARA VÁRIAS APLICAÇÕES Promax Bardahl A Bardahl possui três tipos de aditivos: uma linha de lubrificantes acabados, chamada Maxlub MA, formulada com aditivos de alto desempenho, que atendem, além da DIN 51.524 Parte 2, a mais dez normas, inclusive testes de bomba Bosch Rexroth e Sperry Vickers e ensaio FZG; a linha Kelube W, de fluidos hidráulicos food grade, que atende aos requisitos HL/ DIN 51.524 Parte 1; e a linha Bardahl Industrial Additive, formulada com aditivos antioxidantes e antidesgaste para comercialização direta com o consumidor final, para adição em fluidos acabados novos a fim de promover um up grade nas normas atendidas, ou para adição em fluidos em uso para aumentar o intervalo entre trocas. Em ambos os casos, a empresa trabalha com produtos em vários ISO VG. Conforme o supervisor de desenvolvimento de produtos e aplicações da companhia, faz parte da cultura da empresa atuar na área de aditivos. No caso da linha Bardahl Industrial Additive, ela é direcionada para uso no consumidor final; quanto à linha Maxlub MA, a opção da empresa foi utilizar, em sua formulação, aditivos de alto desempenho em razão da grande concorrência de preço em produtos que atendem exigências mínimas de desempenho. “Os usuários dos produtos de alto desempenho, em geral, são proprietários de equipamentos modernos, que pedem fluidos que atendam a um maior número de normas e compreendem que isto tem um impacto no custo do produto e representa garantia de bom funcionamento do equipamento”, justifica Massaroni. Em relação à linha Kelube W, conforme o profissional, este mercado vem em grande expansão tanto nos volumes produzidos como na conscientização das empresas quanto aos benefícios da utilização de um produto food grade no processo, evitando, dessa forma, descarte de produtos em caso de pequenas contaminações, além da facilidade de negociação para prestação de serviços para empresas de grande porte neste segmento. A Bardahl tem participação significativa no segmento que comercializa fluidos food grade, para o qual oferece produtos registrados na NSF (National Sanitation Foundation) na categoria H1, e no segmento de produtos premium, onde o uso de produtos com alto desempenho é necessário e a prestação de serviço também é considerada pelo cliente no momento da compra. “Nestes segmentos de mercado, o principal critério para determinar a compra é o desempenho do produto, e não simplesmente o preço”, assegura. Rhein Chemie/Lanxess Decidida a operar neste segmento em função das

exigências do mercado para redução de custos de manutenção, preservação da saúde dos operadores e seguimento de normas ambientais para redução de efluentes e resíduos de processo, a Rhein Chemie/ Lanxess disponibiliza a seus clientes produtos premium, de alto desempenho, a custos bastante competitivos, e com foco no atendimento. Todos os pacotes hidráulicos da empresa são importados. Integram a família de pacotes hidráulicos da companhia: Linha Additin RC 9200: Pacotes com presença de cinzas - indicados para formulação de óleos hidráulicos; Linha Additin RC 9300: Pacotes isentos de cinzas indicados para formulação de óleos hidráulicos de alto desempenho, óleos de turbina e óleos de compressor; Linha Additin RC 9410: Pacote multipropósito isento de cinzas; Linha Additin RC 9500: Pacotes para graxas - indicados para formulação de graxas especiais, as quais são aplicadas em condições de alta pressão, atmosfera corrosiva e presença de metais amarelos; Linha Additin RC 9700: Pacotes para óleos de usinagem - indicados para formulação de óleos de usinagem de alto desempenho (isentos de cloro). Trayan Comercial Importadora Desde o início de suas operações comprometida com os clientes na fabricação de antiespumantes para indústria de óleos hidráulicos, a Trayan/ Munzing foca o desenvolvimento de antiespumantes de última geração, produzindo eficiência e valor, com objetivo de melhorar os produtos dos clientes. A empresa desenvolve projetos específicos nos seus laboratórios nos Estados Unidos, Alemanha e China. Para o segmento de óleos hidráulicos a empresa oferece antiespumantes para óleos integrais, cujo veículo é óleo altamente refinado, e para fluidos à base água produzido com pacotes de compatibilidade à água. “Neste último caso, a base tecnológica de moléculas de siloxanes tridimensionais (‘3D technology’) tem impacto na eficiência, estabilidade e, acima de tudo, evita os malefícios do óleo de silicone nos fluidos”, explica Ryan. Além deste, por meio da parceira Wincom, comercializa tolytriazole e benzotriazole usados como aditivos antiferrugem e passivadores de cobre e suas ligas. Conforme o diretor da Trayan, dada a complexidade das moléculas e sua fabricação, estes antiespumantes são produzidos na sua totalidade nos Estados Unidos, sem planos, no momento, para produzi-las fora do mercado americano.

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PERFIL DO FORNECEDOR – PROMAX

ATUAÇÃO POLIVALENTE Licenciada exclusiva da Bardhal no Brasil, a Promax, desde 2007, vem escrevendo sua história também no mercado de importação e comercialização de matérias-primas. Para esta empreitada, conta com parceiras de peso no cenário global: ExxonMobil (polialfaolefinas), United Color (corantes e marcadores de combustíveis e lubrificantes) e Petronas (óloes básicos do Grupo II), além de Lubrizol, de quem é agente comercial.

Por Miriam Mazzi

Ú

nica empresa licenciada para fabricar os produtos da marca Bardahl no Brasil, a Promax vem se especializando no desenvolvimento e fabricação de lubrificantes e aditivos automotivos e industriais direcionados a uma ampla gama de segmentos, além de distribuir e comercializar, desde 2007, matérias-primas de alta tecnologia de companhias como ExxonMobil Chemical, United Color, Petronas e Lubrizol. A diversidade de parceiros repercute no

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portfólio da companhia, também bastante diversificado (ver box), assim como em seus mercados de atuação. As bases sintéticas (Grupo III), as polialfaolefinas (Grupo IV), o naftaleno alquilado (Grupo V) e os corantes são direcionados para o mercado de combustíveis; lubrificantes e outras aplicações são voltados para o abastecimento de produtores de lubrificantes automotivos e industriais; os corantes para combustíveis, lubrificantes e outras aplicações; e os marcadores para combustíveis visam atender

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PERFIL DO FORNECEDOR – PROMAX às distribuidoras de combustíveis. Já os aditivos para combustíveis são revendidos para distribuidoras de combustível, rerrefino e produtos aftermarket de aditivos. Dentro de um universo tão distinto, um dos focos da Promax tem sido o mercado de lubrificantes sintéticos, atualmente em crescimento tanto para a área automotiva quanto para a área industrial, em função da economia de combustível (fuel economy) que asseguram aos veículos. “Os requisitos de desempenho dos motores e equipamentos, em geral, estão mais altos e, por isso, as especificações dos lubrificantes mais restritivas”, explica Simone Hashizume, coordenadora responsável pelos contratos de importação e comercialização de matérias-primas da Promax. A executiva esclarece que o termo fuel economy refere-se aos básicos não-convencionais e sintéticos, que apresentam redução da viscosidade dos óleos de motor. De acordo com ela,

os básicos dos Grupos III e IV já têm boa inserção no mercado por serem uma opção viável, técnica e financeiramente, para os fabricantes brasileiros de lubrificantes. “O ETRO (básico do Grupo III) é uma opção da Promax com ótima aceitação no mercado, pois permite formulações de lubrificantes semissintéticos e sintéticos com especificações cada vez melhores, seguindo uma tendência que vai se afirmar em médio prazo, quando as montadoras começarem a recomendá-los aos consumidores para todos os modelos de veículos”, projeta. CRESCIMENTO COM CONHECIMENTO Apesar de a área de importação e comercialização de matérias-primas da Promax ser relativamente recente, está em franco processo de consolidação e de crescimento. “A busca, neste momento, é pela ampliação da atuação em cada segmento conquistado”, informa Simo-

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Aditivos da Lubrizol: grande potencial de crescimento

ne, acrescentando que, em termos de volume, atualmente os produtos mais vendidos são as bases sintéticas. Já a área de Especialidades Químicas, que comercializa apenas dois tipos de aditivos, da Lubrizol, ainda tem uma participação pequena, “mas com previsão de ampliação de portfólio e volume”, antecipa. Desde outubro, a Promax tem um site próprio (www. promax.com.br), em português e espanhol, especialmente destinado às áreas de Especialidades Químicas e Exportação. Para alicerçar o crescimento previsto pela companhia, a maior parte do seu investimento é no treinamento constante da equipe de vendas e suporte, definida pela coordenadora como “uma das maiores e mais bem preparadas desse mercado”. Conforme Simone, o objetivo é capacitar os profissionais da área, munindo-os de conhecimento sobre todos os temas do setor de lubrificantes e combustíveis. “Dessa forma, podemos assessorar cada vez melhor nossos clientes com as informações técnicas e de mercado”, reforça. Tanto empenho tem motivo de ser. A avaliação do mercado internacional é muito positiva em relação ao Brasil, uma vez que a demanda vem crescendo ano a ano, já tendo

(da esq. p/ dir.) Equipe de Especialidades Químicas da Promax e representantes da Petronas durante o III Simpósio de Lubrificantes e Aditivos realizado em outubro, em São Paulo: Alessandra, Pâmela e Daniela, da Promax, Eduardo Gonçalves, da Petronas, Carla, da Promax, Joe Rousmaniere, da Petronas, Simone Hashizume, coordenadora de Especialidades Químicas da Promax, e Layla, da Promax.

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alcançado a quinta colocação no mundo. Em 2010, por exemplo, de acordo com Simone, foram importados mais de 270 milhões de litros de óleos básicos. Além disso, o País está muito bem posicionado no atendimento aos requisitos técnicos, o que beneficia diretamente a Promax, já que as matérias-primas comercializas pela empresa são de alta tecnologia e alto desempenho. “É nesse cenário que empresas multinacionais, como a Petronas e a ExxonMobil, investem em escritórios próprios e, para fortalecer sua penetração, nomeiam representantes locais, como a Promax, para atender até o pequeno fabricante”, argumenta. FORTE HÁ MAIS DE QUATRO DÉCADAS Atuando há 44 anos no mercado brasileiro e certificada pelo Sistema de Gestão da Qualidade desde 1995 ( NBR 9001:2008), a Promax conta com uma planta industrial em Cajamar, interior de São Paulo, com capacidade para armazenar 1,6 milhão de litros de matérias-primas. Em 2007, a empresa fechou seu primeiro contrato exclusivo de distribuição e comercialização de matérias-primas de alta tecnologia com a ExxonMobil Chemical. Por meio dessa parceria comercial, tornou acessível aos pequenos e médios produtores de óleos lubrificantes uma ampla gama de bases sintéticas de qualidade superior: polialfaolefinas (PAO), ésteres e naftalenos alquilados. A confiança da gigante petrolífera no trabalho da Promax, desenvolvido pela equipe de Especialidades Químicas, abriu mais portas. A segunda parceria internacional veio em segmento diferenciado, de corantes líquidos e marcadores para combustíveis, com a norteamericana United Color (UCM), líder mundial na produção de corantes líquidos para a indústria petrolífera. No ano seguinte, a Promax investiu na diversificação da oferta de básicos especiais, numa parceria com a Petronas (Companhia Nacional de Óleo da Malásia), no segmento

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PERFIL DO FORNECEDOR – PROMAX cios, o que culminou nesta parceria. À medida que a Promax continue atingindo e atendendo aos segmentos, nichos e regiões que traçamos em nosso plano de negócios, nos certificamos que o conjunto da oferta proposta pela Lubrizol será cada vez mais percebido, e adotado, no mercado”, acredita Marcelo Hipolito, diretor de vendas da Lubrizol Brasil. A Promax atende a clientes de qualquer porte, notadamente os pequenos e médios fabricantes. “Trata-se de clientes que precisam dessas matérias-primas de alta tecnologia fracionadas, de 20 litros a mil litros ou mais, seja para testes de novas formulações, produção em pequena e média escala etc”, informa a coordenadora responsável pelos contratos de importação e comercialização de matériasprimas, acrescentando que outra vantagem oferecida pela companhia a seus clientes é o estoque local dessas matérias-primas.

ETRO, principal matériaprima da Petronas comercializada na América do Sul: parceria com a Promax ampliou acesso a pequenos e grandes fabricantes de lubrificantes

Muito mais que especificações, soluções químicas para o seu sucesso!

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de bases sintéticas ETRO (Grupo III), destinadas à formulação de lubrificantes de última geração (API SM, SN). “A parceria com a Promax fez com que nossa principal matéria-prima na América do Sul, o ETRO, começasse a ser usada desde o pequeno até o grande fabricante de lubrificantes, e se consolidasse como alternativa apenas um ano após sua entrada no mercado brasileiro”, afirma Eduardo Brandão Gonçalves, gerente de vendas industriais da Petronas Lubrificantes. Um pouco mais antiga é a parceria da Promax com a fabricante norte-americana de aditivos para combustíveis e lubrificantes Lubrizol. A Promax tornou-se “agente Lubrizol” em 2005. “O aspecto fundamental do modelo que desenvolvemos com a Promax é a busca pela proximidade com os clientes, pois o crescimento e a fragmentação do mercado brasileiro demandaram uma revisão do nosso modelo de negó-

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LEQUE DE OPÇÕES Bases Sintéticas (Grupo III): ETRO 4 (viscosidade cinemática @ 100C cSt: 4.26) e ETRO 6 (viscosidade cinemática @ 100C cSt: 6.10) Etro é a marca registrada desta base da Petronas (Companhia Nacional de Óleos da Malásia). Essas bases têm elevada pureza, alto índice de viscosidade, baixa volatilidade e baixo teor de enxofre, características importantes na formulação de lubrificantes de qualidade superior. Podem ser usados na formulação de lubrificantes automotivos e óleos industriais que exijam bases sintéticas. Esses óleos são aprovados para formulações de PCMO nas viscosidades 5W e 0W, além de atenderem às especificações da API SM, ILSAC GF-4, ACEA A3 B4, A5 B5, C2 E C3. Corantes para combustíveis, lubrificantes e outras aplicações: • A linha de corantes líquidos Unisol foi desenvolvida para fornecer uma maneira especialmente fácil e econômica para colorir produtos de petróleo. São oferecidos em xileno e solventes de alto ponto de fulgor, e estão disponíveis em ampla gama de cores. Podem ser empregados em vários produtos de petróleo, entre outros, sendo ainda uma excelente escolha para a substituição de sistemas usando corantes em pó. Entre suas características, estão: cores firmes e brilhantes, bombeabilidade e fácil manuseio, excelente estabilidade, baixo teor de insolúveis e economia. • A linha de corantes líquidos Uniqua é uma solução aquosa de corante desenvolvida para colorir detergentes, fluidos de corte, sistemas aquosos e fluidos automotivos à base de água ou glicol. Pode ser bombeada, dosada ou simplesmente adicionada e oferece excelente estabilidade de cor em produtos com faixa de pH entre 2 e 13. • A linha Uniglow é composta de corantes líquidos fluorescentes para produtos de petróleo. Ideal para detectar vazamentos em motores, fluidos de transmissão, fluidos hidráulicos, sistemas de ar condicionado e refrigeração. Marcadores para combustíveis Unimark: Engloba uma gama única de marcadores químicos incolores criada para a identificação de marcas ou tipos, permitindo a detecção de fraudes. Os produtos Unimark apresentam sofisticada tecnologia, oferecendo avanços fundamentais de mistura, detecção, precisão e resistência à remoção. Esses marcadores podem ser aplicados em combustíveis, óleos lubrificantes, graxas e solventes. Têm como principais características a fácil adição ao lote de mistura ou injeção direta na linha, são completamente miscíveis em combustíveis, podem ser incorporados com aditivos para simplificar as misturas, oferecem níveis extremamente elevados de precisão, não alteram as propriedades do fluido “marcado”, podem ser testados facilmente no campo. Polialfaolefinas (Grupo IV): SpectraSyn: disponíveis em variadas faixas de viscosidade. Oferecem lubrificação superior para muitas aplicações, como óleos para motores de automóveis e caminhões, óleos para transmissões e equipamentos industriais. A PAO SpectraSyn está registrada mundialmente e atende aos requisitos exigidos para óleos brancos técnicos, 21 CFR 178.3620(b), e também consta White Book da NSF (National Sanitation Foundation), categoria H1 (matéria-prima para lubrificantes que possam ter contato incidental com alimentos). SpectraSyn Plus: é uma linha de Polialfaolefinas (PAO) avançadas, para formulação de óleos de motor 0W ou outro lubrificante de nova geração, de desempenho superior. Sua principal vantagem é a combinação inovadora de baixa volatilidade com fluidez em baixas temperaturas. A tecnologia das PAOs SpectraSyn Plus desloca o perfil da volatilidade e da fluidez a frio das PAOs. A PAO SpectraSyn está registrada mundialmente e atende aos requisitos exigidos para Óleos Brancos Técnicos, 21 CFR 178.3620(b), e também consta White Book da NSF (National Sanitation Foundation), categoria H1 (matéria-prima para lubrificantes que possam ter contato incidental com alimentos). SpectraSyn Ultra: polialfaolefinas (PAO) de alto IV, de ultradesempenho, que ajudam na formulação de óleos automotivos e industriais de elevados padrões de qualidade. São uma ótima complementação para óleos minerais dos Grupos I, II III e fluidos sintéticos. Reduzem o desgaste e promovem economia de energia. A PAO SpectraSyn está registrada mundialmente e atende aos requisitos exigidos para Óleos Brancos Técnicos, 21 CFR 178.3620(b) e também consta White Book da NSF (National Sanitation Foundation), categoria H1 (matéria-prima para lubrificantes que possam ter contato incidental com alimentos). Ésteres Esterex: material com propriedades de alto desempenho, tais como boa estabilidade térmica à oxidação, baixa volatilidade, detergência e dispersância, lubrificidade melhorada e biodegradabilidade. Os ésteres poder ser utilizados isoladamente, como base principal, ou combinados com outros fluidos básicos. Naftaleno Alquilado (AN) Synesstic: disponíveis em graus de baixa e alta viscosidade, os AN possuem excelente estabilidade hidrolítica e termo-oxidativa, que ajuda os formuladores a obter melhorias de desempenho nos óleos minerais ou sintético à base de PAO. Apresenta estabilidade hidrolítica, estabilidades térmica e oxidativa excepcionais, excelente solubilização dos aditivos, compatibilidade com grande variedade de elastômeros e propriedades não-emulsionantes. A Food and Drug Administration (FDA) aprovou o registro da notificação do contato do alimento, FCN 915 e 899, associado com os dois fluidos SynessticTM basestock de 5 cSt e de 12 cSt, respectivamente. Além disso, os Synesstic são HX-1, registrados na NSF Aditivos para Combustíveis da Lubrizol: • Ultrazol 8219 CAD: aditivo para gasolina. Pacote multifuncional de aditivos que dá detergência superior, aumenta a estabilidade e confere excelente proteção contra corrosão. • LZ 8080JB: aditivo para diesel. Pacote multifuncional de aditivos que dá detergência superior, aumenta a estabilidade, confere excelente proteção contra corrosão e reduz a formação de espuma.

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CASE - CASTROL

A HORA DO TESTE Introduzir um novo produto no mercado não é tarefa fácil, requer muitas pesquisas, conhecimento e sem falar no longo período de testes em campo. Foi assim que a Castrol fez com seus dois recentes lançamentos em graxas para lubrificação de mancais em laminação a quente, em um processo que durou dois anos. Um case que vale a pena ser conferido e comprovado.

Por Maristela Rizzo

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uando um produto é introduzido no mercado, poucos imaginam o extenso e, por que não dizer, extenuante trabalho da equipe do fabricante antes de fazer o lançamento propriamente dito.

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Nesta matéria pegamos como exemplo a recente introdução no mercado brasileiro das graxas Molub-Alloy 860 e Mollub-Alloy 4080 de propriedade da fabricante Castrol, que são indicadas para a lubrificação de mancais em laminação a quente. São produtos formulados

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CASE - CASTROL com base mineral e sabão complexo de lítio, com tecnologia de micro partículas de sólidos, que preenchem os vales da rugosidade, fazendo com que a carga seja distribuída uniformemente de forma a proporcionar menor fricção entre as superfícies de atrito. Antes de divulgar a nova tecnologia para o mercado como um todo a Castrol levou esses produtos para vários laminadores que puderam testar os produtos em companhia da equipe técnica da fabricante. Um processo que levou mais de dois anos de acompanhamento e que obedeceu às mesmas condições para aços planos e longos. IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS No processo de conformação de aços planos e longos, confeccionados por meio de cadeiras de laminação compostas por cilindros e mancais de rolamento para seu apoio, a água

e a temperatura são agentes essenciais para facilitar a conformação e a refrigeração dos componentes em trabalho. Para uma operação ideal, o lubrificante deve atuar na proteção contra a corrosão, suportar cargas elevadas e alta temperatura, além de promover um efeito de selagem, evitando a entrada de contaminantes, como água e carepa (camada de óxidos que ocorre na superfície do aço). Acontece que, quando a equipe técni-

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CASE - CASTROL

Por mais que a empresa enxergue apenas o custo unitário, na hora que eles passam de uma campanha utilizando 150 toneladas/ano para 10 campanhas com apenas 10 toneladas a compreensão

chega

José Elias Fiorotto, gerente de aplicação da Castrol Industria

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Quando o lubrificante não consegue cumprir estas necessidades ocorre o rompimento do filme que deixa os contaminantes entrarem na pista do rolamento, provocando a lavagem (hidrolisação) e o arraste do lubrificante, fazendo com que este perca suas características físicoquímicas originais, resultando em aumento de temperatura, corrosão, que aliadas às partículas de carepa resultam em desgaste, levando ao travamento ou queima do mancal. “A água é um fator importante para a laminação no resfriamento da conformação, porém pode acabar prejudicando, pois entra pelos mancais e acaba oxidando os rolamentos e lavando a graxa. Para se ter uma idéia, em testes de lavabilidade há lubrificantes que perdem 97% da massa”, alerta José Elias Fiorotto, gerente de aplicação da Castrol Industrial. Segundo ele, isso obriga o operador a repor constantemente a graxa e, além disso, a graxa hidrolisada (lavada pela água), que vai para a canaleta, tem que ser tratada e descartada semanalmente ou diariamente, dependendo do caso.

Foi para evitar esse desperdício e custo com descarte que a Castrol criou as séries de graxas Molub-Alloy 860 e Mollub-Alloy 4080, que oferecem resistência à lavabilidade de 2% a 6%, evitando a troca constante de graxa. Outros dois fatores que foram analisados foi o ensaio de forbol, que testa o quanto o lubrificante sustenta e a viscosidade do óleo básico. “Trabalhamos atualmente com forbol para mancais de 500 quilos, o que é considerado excelente”, garante Fiorotto. Na parte de viscosidade o gerente relata que outro ponto observado no período de testes foi que a maioria das graxas convencionais possui viscosidade baixa, ou seja, atinge altas rotações. “Porém, na laminação à quente você tem velocidades baixas. Então, quanto maior a viscosidade do óleo básico e maior a consistência da graxa eu consigo o efeito ‘selagem’, ou seja, evito que a água e a carepa entrem, impedindo assim o ressecamento e o travamento do mancal. Isso é importantíssimo para os laminadores, pois atualmente já se fala de rolamentos de US$ 15 mil a US$ 75 mil, além do fato de que hoje existe falta de rolamentos no mercado”. Esse efeito de preenchimento é obtido por meio da tecnologia Molub-Alloy, uma combinação de elementos patenteados pela Castrol. Enquanto nos produtos convencionais os sólidos possuem granulometria de 1 mícron a 2,5 mícrons, a tecnologia Mollub-Alloy usa apenas 0,2 microns a 0,6 mícrons. “Quanto mais eu fizer o preenchimento, mais lisa eu deixo a peça, distribuindo melhor a carga e gerando menos atrito e calor, evitando que o lubrificante se degrade e, consequentemente, dure mais”. ESTUDO DE CASO Apesar de não podermos divulgar o nome da empresa, a Castrol liberou para a revista Lubgrax um dos testes realizados com as novas graxas. A companhia em questão liberou quatro mancais, dos tipos BD e UR. A pro-

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CASE - CASTROL posta inicial da equipe técnica da Castrol foi bem conservadora: três campanhas para o UR e cinco campanhas para o BD. “Agimos com cautela no começo, pois desconhecemos quem está lubrificando, não conhecemos o processo que está sendo utilizado ou até se existe problema de falta de água no local, pois não há lubrificante que suporte acima de o 250 ”, explica Fiorotto. No final, chegaram ao número estipulado de campanhas, ultrapassaram, sugeriram novas até que chegaram entre dez a 12 campanhas. Um processo que durou seis meses. “Temos lugares onde os responsáveis aceitaram o desafio e conseguimos chegar a 75 campanhas sem relubrificar, mas isso é um risco, pois estamos fazendo a operação em um mancal só e temos às vezes seis, sete cadeiras de laminação. Por isso procuramos estipular um limite”.

Como resultado, falando apenas em laminação de perfil, que foi o processo que a equipe Castrol trabalhou dentro da empresa, a companhia de laminação que utilizava 70 toneladas/ano de graxa reduziu seu consumo em seis toneladas/ano. Eram cerca de dois contêineres por mês e hoje a empresa utiliza apenas três tambores/mês. Resultado que aparece diretamente na relação de custos anual: a redução chegou a US$ 160 mil. “Em outras empresas conseguimos uma redução até maior, chegamos a US$ 750 mil”. QUEBRA DE PARADIGMAS Quando se fala de produtos de alta performance como estes lançamentos da Castrol, outro grande trabalho é o de quebrar paradigmas, pois a visão geral do mercado é custo e aqui estamos falando de produtos que costumam ser sete a dez vezes mais

Preservar o meio ambiente é dever de todos! Óleo usado e embalagens devem ser reciclados! Use os postos de serviço para o descarte. Não lave embalagens.

Esta é uma campanha da REVISTA

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CASE - CASTROL caros que um convencional. Mas Fiorotto afirma, que esse empecilho acaba assim que as empresas começam a trabalhar com os produtos e percebem a relação custo/ benefício. “Por mais que a empresa enxergue apenas o custo unitário, na hora que ela passa de uma campanha utilizando 150 toneladas/ano para dez campanhas com apenas dez toneladas a compreensão chega. Isso sem contar com a redução de custos com descarte e mão-de-obra (hora homem), pois são necessários seis pessoas para lubrificar em um processo que geralmente leva cerca de duas horas”. Mesmo com estas vantagens, a Castrol procurou adequar seus produtos aos diferentes tipos de processos das empresas. Fiorotto explica que isso foi necessário ao verificar que algumas empresas, apesar de poderem trabalhar até 20 campanhas sem relubrificar, acabavam fazendo apenas oito devido ao processo delas impedirem ultrapassar esta faixa e até mesmo por falta de pessoal. “Por

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isso resolvemos lançar três produtos: um top de linha que garante 30 campanhas, um médio, que atinge dez campanhas e um outro, um pouco mais simples, que é para cinco campanhas”. O top de linha é o Molub-Alloy 860/460 que oferece resistência à lavabilidade de 2%, forbol de 500 quilos e toda aditivação Molub-Alloy. Já o Molub-Alloy 4080 é uma série de graxas para mancais de rolamentos /460. Possui um forbol menor, resistência à lavabilidade um pouco maior e a aditivação Mollub-Alloy. O Spheerol EPLX é uma série sem sólidos que, assim como os outros, tem uma base de complexo de lítio, que é uma das bases que mais suportam a água. Sua resistência à lavabilidade é de 6%, com água destilada e possui 400 de forbol. Processo longo, trabalho laborioso, mas um final feliz. Resultado final: 80% das empresas testadas continuam fiéis aos produtos e enxergando as vantagens.

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ÓLEOS E GRAXAS DE SILICONE

LUBRIFICAÇÃO ESPECIALIZADA Eles ainda representam um percentual pequeno dentro da lubrificação, mas com tendência de crescimento. Conforme os fabricantes, a indústria automobilística é uma das que deve puxar a expansão do setor, já é que grande usuária de óleos e graxas de silicone. As perspectivas de incremento também se devem às características físicas e químicas que estes lubrificantes agregam ao produto final, tornandoos itens especiais e voltados a aplicações específicas. Por Miriam Mazzi

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olímero sintético, de grau alimentício, incompatível com a maioria dos óleos minerais ou sintéticos, o silicone é utilizado como óleo lubrificante para aplicações específicas e como óleo básico na formulação de graxas especiais, substituindo os outros tipos de óleos básicos. Entre suas principais características estão a diversidade de viscosidades, propriedades de altas estabilidade química, resistência térmica, elétrica e ao intemperismo, boa lubricidade, compa-

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tibilidade biológica, baixa tensão superficial e não biodegradabilidade. Do ponto de vista tribológico, o silicone, em pequenas quantidades na formulação de óleos, é usado como inibidor de corrosão e aditivo antiespumante. Já quando é usado como óleo base na formulação de óleos e graxas, fornece o filme de lubrificação primária. Agentes antifricção à base de silicone e lubrificantes estão entre os melhores lubrificantes para rolamentos de plástico e peças de borracha. Eles também são matérias-primas ideais para

a formulação de agentes antifricção e lubrificantes. Os lubrificantes à base de silicone podem ser usados para aplicações que operam em temperaturas elevadas, bem como baixa. ESPECIFICIDADE As graxas e pastas de silicone, caracterizadas pela resistência que oferecem às altas temperaturas e ótima hidrorrepelência (tanto fria quanto quente), são apresentadas em várias consistências e aditivadas com diferentes tipos de materiais, dependen-

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ÓLEOS E GRAXAS DE SILICONE do da aplicação a que se destinam. “Destacam-se das graxas e pastas convencionais em aplicações como isolamentos elétricos, lubrificação de ‘O-rings’ , vedação de roscas e acoplamentos mecânicos, lubrificações especiais, como alto vácuo e alta temperatura, lubrificação de engrenagens plásticas, brinquedos e outros, proteção contra oxidação e umidade, agentes desmoldantes, acoplamento e dissipação térmica e pasta de montagem”, lista Arivaldo Geronimo, gerente industrial da Raiden do Brasil, empresa que, por meio de seu departamento técnico, avalia todos os dados e informações sobre a aplicação antes de indicar como base o fluido de silicone.

Arivaldo Geronimo, gerente Industrial da Raiden do Brasil

Outras vantagens do silicone são a boa resistência ao cisalhamento, capacidade de trabalhar em temperaturas negativas (até -60 º C), alto índice de viscosidade, inatividade na presença de quase todos os tipos de plásticos e borrachas, resistente a vapores d’água e químicos, à maioria dos produtos químicos, além de ser excelente isolante de corrente elétrica. “Desta forma é ideal para a formulação de graxas de longa duração ou uso per-

manente, como aquelas utilizadas em veículos automotivos”, aponta Airton Bertaglia, diretor técnico e comercial da Grax Lubrificantes Especiais, empresa certificada com o ISO 9001 e que utilizados modernos métodos

Airton Bertaglia, diretor técnico e comercial da Grax Lubrificantes Especiais

para aprimoramento e viabilização de projetos sob consulta. Anselmo França, gerente de vendas da D’Altomare – empresa fundada em 1972 para distribuir especialidades químicas e hoje um grupo com atuação diversificada, destacando-se no mercado químico –, lembra que o silicone é a base lubrificante, “logo, é o componente na formulação responsável por promover a lubrificação desejada”, diz. LIMITAÇÕES Apesar de sua versatilidade, os silicones têm lá suas limitações. Conforme Camila de Paula, química de aplicação da Wacker, os lubrificantes

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ÓLEOS E GRAXAS DE SILICONE formulados com silicones apresentam excelente propriedades de lubrificação com borracha pura ou polímeros reforçados, natural e sintético, PVC, poliestireno, bem como emparelhamentos de plástico/plástico e plástico/ metal e elastômeros orgânicos. “No entanto, não recomendamos lubrificantes à base de silicone para emparelhamentos metal/metal”, opina. A Wacker possui uma gama de produtos incluindo fluidos metilílicos de silicone, fluídos fenilmetilílicos de silicone e pasta de silicone pronta para uso. Sob pedido, também oferece outras opções.

A demanda é relativamente alta e, em alguns casos, praticamente não há obstáculos para este mercado

Anselmo França, gerente de vendas da D’Altomare

usado em componentes próximos às linhas de pinturas seja totalmente isento de aditivo com base de silicone”, informa. Com matriz na Alemanha, a companhia emprega mais de 1,7 mil colaboradores em todo o planeta e faturou, mundialmente, 325 milhões de euros em 2009.

Camila de Paula, química de aplicação da Wacker Química do Brasil

Roberto Pecchia Moreira, gerente de marketing da área de engenharia automotiva e tecnologia de rolamento da Klüber Lubrication South America

Para Roberto Pecchia Moreira, gerente de marketing da área de engenharia automotiva e tecnologia de rolamento da Klüber Lubrication South America, os óleos e graxas utilizados próximos a linhas de pintura não devem possuir nenhum aditivo de silicone, sob pena de gerar sérios problemas de adesão da tinta e crateras na superfície pintada. “Esta característica é bastante conhecida pelo mercado automotivo, pois costuma exigir que qualquer lubrificante

Da mesma opinião, Guthierri Voltatoni, químico de desenvolvimento da Fuchs Lubritech, diz que o mercado, de uma forma geral, conhece as limitações de uso do silicone, “pois estes produtos não são compatíveis com vedações siliconadas, processos de pintura e também não podem ser misturados com óleos e graxas que não sejam à base de silicone”, diz. A Fuchs disponibiliza para seus clientes uma vasta linha de óleos e graxas que utilizam silicone na

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Carlos Eduardo Adami, engenheiro de aplicações e vendas da Dow Corning do Brasil

sua composição. Certificada nas normas ISO 9001 (2000), ISO 14001 (2004) e ISO TS 16949 (2002), a companhia, no Brasil desde 1973, atualmente assinala 40% de suas vendas no segmento de produtos ecologicamente corretos, como lubrificantes e fluidos biodegradáveis. Carlos Eduardo Adami, engenheiro de aplicações e vendas da Dow Corning do Brasil acrescenta, entre as limitações de uso do silicone, a alta compressibilidade quando comparado aos óleos à base de hidrocarboneto. A companhia, pioneira e líder global em silicones desde 1943, oferece produtos e soluções à base de silício que atendem às diversas necessidades de mais de 25.000 clientes ao redor do mundo. Bertaglia, da Grax, lembra que, por se tratar de um polímero, o silicone utilizado como veículo-base em graxas apresenta a tendência de perder estabilidade nas aplicações em rotações elevadas, cargas extremas ou com temperaturas acima de 200º C. “Neste caso excetuam-se os flúor/silicone”, acrescenta. Geronimo, da Raiden, complementa que produtos elaborados com fluido de silicone, como as graxas e óleos, normalmente apresentam dificuldade de serem aditivados quimicamente, com características EP/AW/

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ÓLEOS E GRAXAS DE SILICONE

... estes produtos não são compatíveis com vedações siliconadas, processos de pintura e também não podem ser misturados com óleos e graxas que não

sejam à base de silicone

Guthierri Voltatoni, químico de desenvolvimento da Fuchs Lubritech

AO o que, de certa forma, restringe algumas aplicações, pois o silicone, por si só, não resiste a altas cargas e elevadas rotações. “De forma geral, não é compatível com outros tipos de fluidos, como hidrocarbonetos, ésteres, PAO, ou graxas formuladas com outros óleos básicos”, diz.

Marcelo Caravetti, líder de projeto e marketing da Fuchs Lubritech Brasil

ticos, cabos de vela, aparelhos óticos, eletroeletrônicos, válvulas de vidro e outras, câmaras frigoríficas, mancais lisos em indústrias químicas, elastômeros (exceto polisiloxanos) etc.

Pecchia, da Klüber, informa que, em função de proporcionarem um coeficiente de atrito reduzido, movimentos suaves e possuir compatibilidade com a maior parte dos diferentes tipos de plásticos e borrachas, os óleos e graxas à base de silicone são amplamente utilizados na montagem de peças automotivas, como cabos de comando, peças plásticas do comando de ar condicionado, coxins de borracha entre outros. “Tal fato se dá em função de atenderem à faixa de temperatura de trabalho das Normas de Montadoras de Veículos, que determinam o uso de -35 C até +120 C , além da compatibilida-

USUÁRIOS “Os fluidos de silicone são matériasprimas vendidas para formuladores de lubrificantes, produtores de graxas, abastecendo diversos setores da indústria como o automotivo, náutica, aeronáutica, meteorologia”, resume Camila, da Wacker. Mais especificamente, Adami, da Down Corning, cita como os principais usuários de produtos de silicone os mercados eletrodoméstico e automotivo, devido aos diversos componentes plásticos que requerem lubrificação para a vida; produção de aço e processos químicos, em função das altas temperaturas de operação; aviação, por sua ampla faixa de temperatura de operação; e extração de petróleo e gás graças à hidrofobia para melhorar a separação água/óleo. Conforme Marcelo Caravetti, líder de projeto e marketing da Fuchs Lubritech Brasil, os óleos e graxas de silicone são utilizados em retentores, vedações (exceto siliconadas), labirintos, equipamentos de laboratório e domés-

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ÓLEOS E GRAXAS DE SILICONE de com anéis de vedação, plásticos e borrachas”, complementa Bertaglia, da Grax, incluindo a grande utilização nas indústrias alimentícias, por sua inocuidade fisiológica e boa fluidez nas temperaturas negativas, além de indústrias de eletroeletrônicos, de eletrodomésticos, laboratórios farmacêuticos, de componentes elétricos entre outras. CAMPEÕES DE PREFERÊNCIAS No Brasil, de acordo com o líder de projeto e marketing da Fuchs Lubritech Brasil, o volume comercializado de óleos de silicone é superior ao das graxas de silicone, numa proporção de 70%/30%, em virtude dos volumes de lubrificantes exigidos em cada equipamento.

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E, em função de uma grande variedade de opções, os fornecedores indicam aqueles que acreditam ser a melhor opção para determinada aplicação. A química de aplicação da Wacker, por exemplo, afirma que, para fins de lubrificação, os clientes costumam escolher fluidos metilílicos de silicone e fluidos fenilmetilílicos de silicone devido ao seu desempenho superior. “Eles estão disponíveis em uma ampla gama de viscosidades”, completa. Os fluidos de polidimetilsiloxana, também disponiveis em um amplo leque de viscosidades, são apontados pelo gerente industrial da Raiden por apresentarem propriedades lubrificantes, resistência à água e a altas temperaturas.

Ainda de acordo com ele, os fluidos de fenil-siloxana e cloro-siloxanas são mais utilizados em sistemas de lubrificação, compostos com sabões metálicos ou agentes físicos, como grafite e sílica. O engenheiro de aplicações e vendas da Dow Corning do Brasil lista as graxas de silicone para aplicações automotivas de baixa e alta temperatura; compostos de silicone para isolamento elétrico e para lubrificação de o’rings; compostos de silicone de grau alimentício para lubrificação/selagem de válvulas; fluidos de silicone para transferência de calor; e fluidos de silicone para instrumentação em geral. As graxas de lítio com óleo básico de silicone são mencionadas pelo

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ÓLEOS E GRAXAS DE SILICONE gerente de marketing da área de engenharia automotiva e tecnologia de rolamento da Klüber Lubrication South America como as que estão entre os lubrificantes de silicone mais utilizados no mercado. “Via de regra, este tipo de produto atende a uma faixa de temperatura de -50°C a 180°C, proporcionam movimentos suaves e baixo atrito, além de serem compatíveis com componentes plásticos e de borracha”, justifica. DEMANDA LIMITADA POR CUSTO Pecchia, da Klüber Lubrication South America, analisa que, por ser um produto extremamente caro, o uso deste material no Brasil é limitado, visto que a maioria das aplicações pode ser atendida por lubrificantes com custo mais competitivo. Com ele concorda Caravetti, da Fuchs, pra quem a demanda dos óleos e graxas de silicone ainda é pequena no País. “Com demandas baixas, os custos de produção e vendas acabam sendo altos, o que faz com que somente empresas de produtos especiais se interessem em produzir tais linhas de produtos. De qualquer forma o custo unitário destes produtos são maiores que os lubrificantes convencionais, restringindo sua amplitude de mercado”, opina. Adami, da Down Corning, afirma que as principais demandas de lubrificantes à base de silicone estão nas indústrias automobilística, eletrodoméstica, alimentícia, além de aplicações gerais de manutenção industrial. Porém, argumenta que há obstáculos para o incremento desses volumes. “O principal deles é o demasiado enfoque em divulgação e espaço disponível de lubrificantes convencionais (minerais) em relação aos sintéticos como o silicone”, diz.

Bertaglia, da Grax, explica que os óleos de silicone, utilizados puros ou como básicos para formulação de graxas especiais, em suas várias viscosidades, todos são importados, o que dolariza os custos. “Apesar de encontrados com facilidade nas distribuidoras, são cotados pelo dólar, com custo de comercialização das distribuidoras embutido, o que sem dúvida encarece o produto final para os fabricantes nacionais”, opina. Na opinião de Geronimo, da Raiden, o segmento de óleos e graxas de silicone experimenta ascensão, pois, graças à sua inércia química, o silicone está sendo usado cada vez mais na indústria de cosmético, de lubrificantes, farmacêutica e plástica. “E estes são setores de grande crescimento, não só no Brasil, mas em escala mundial”, justifica, citando como o maior obstáculo para um crescimento ainda mais acelerado o alto custo comparado com outros fluidos sintéticos. “Por terem aplicação específica, os óleos e graxas de silicone têm seus custos diluídos no custo final. Entretanto, quando se compara este custo com óleos base mineral, eles são elevados”, explica. PERSPECTIVAS Por ter uma utilização bastante pulverizada – não se restringindo às formulações de lubrificantes –, é difícil mensurar o tamanho do mercado de graxas e óleos de silicone no Brasil. Mas o “feeling” dos fabricantes é que, independente de quanto movimenta, trata-se de um setor em expansão. “A demanda é relativamente alta e, em alguns casos, praticamente não há obstáculos para este mercado”, observa França, da D’Altomare. Tal constatação se deve, também,

às boas performances obtidas pelas empresas em 2010. A Raiden, por exemplo, obteve excelentes resultados relacionados à comercialização e desenvolvimentos desses produtos. “Investimos significativamente na linha de lubrificantes especiais, na ampliação da planta, em pesquisas, equipamentos de última geração e no desenvolvimento de novos produtos que atendam cada dia melhor as necessidades do mercado de lubrificantes”, informa Geronimo. Para 2011, os planos da Raiden são continuar crescendo e investindo no mercado de aditivos e lubrificantes industriais convencionais e especiais, gerando empregos e contribuído para com o crescimento e economia do País. “Continuaremos acreditando e, consequentemente, investindo no aquecimento e crescimento do setor Industrial. Pretendemos e planejamos crescimento ecologicamente correto, ou seja, em harmonia com o meio ambiente”, antecipa. Também para a Dow Corning do Brasil o mercado em 2010 foi excelente, e a expectativa para os próximos anos é a mesma, de acordo com Adami. “Alguns dos fatores que contribuirão para o aumento da demanda são o massivo investimento em áreas onde a tecnologia de silicone faz a diferença, como a automobilística e de petróleo e gás. No primeiro caso em função dos altos requerimentos de desempenho das montadoras e no segundo em função da agressividade do ambiente e operação do setor de extração, transporte e processamento”, analisa. Para Bertaglia, da Grax, o aumento de demanda dos lubrificantes à base de silicone está diretamente relacionado à curva de desempenho da industria automobilística. “Por se tratar de

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ÓLEOS E GRAXAS DE SILICONE produtos especiais e não de prateleira, não há como prevermos aumento significativo de consumo. Outros segmentos como o alimentício, farmacêutico, eletroeletrônico, eletrodoméstico e componentes elétricos podem determinar uma variação positiva de demanda para os silicones, porém sempre relacionado

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ao crescimento sustentado destes segmentos, pois não existe mais dentro das empresas a política de estoque alto de insumos”, argumenta. Ainda de acordo com o diretor técnico e comercial da Grax, os lubrificantes à base de silicone representam uma fatia pequena dentro do segmento

da lubrificação de alta performance, o que pode significar grande potencial de crescimento.Entretanto, alerta ele, alguns fatores influenciam o aumento de consumo destes produtos, como o custo elevado, além do campo de aplicação limitado em função da pouca abrangência de situações de uso. “Tais situações inibem os formuladores a utilizarem os silicones na maioria dos desenvolvimentos de produtos, direcionando a engenharia para outras bases sintéticas”, pondera. A Klüber, segundo Pecchia, vem desenvolvendo ao longo dos anos uma série de alternativas para os lubrificantes à base de silicone que são capazes de atender os mesmos requisitos a um custo mais competitivo. Desta maneira, apesar do crescimento natural do volume de vendas deste tipo de produto, a participação dentro do portfólio de produtos que possui vem se tornando cada vez menor. Na opinião de Caravetti, da Fuchs, o mercado crescerá na mesma proporção dos segmentos industriais aos quais estes produtos podem ser aplicados, como indústrias químicas, de alimentos e frigoríficos, eletroeletrônicas, de vedações etc. “Pode haver um pequeno crescimento extra, pois muitas aplicações onde se exigem lubrificantes permanentes tendem a trabalhar com tal tecnologia, devido à sua maior resistência à oxidação que os lubrificantes convencionais”, analisa, lembrando que é sempre importante levar em consideração o custo/benefício total de um lubrificante (consumo, freqüência de descarte, reposição de componentes e peças, mão de obra, etc). “Lubrificantes sintéticos base silicone são, em muitos casos, uma excelente opção para a otimização de processos de lubrificação e reduções de custos”, assegura.

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MARCAS PRÓPRIAS

EM PROL DA IMAGEM

Apesar do setor de marcas próprias ser liderado por alimentos e bebidas, os lubrificantes já tem uma longa história de participação neste setor através da presença de empresas que viram nisso vantagens como garantia de qualidade na manutenção de seus equipamentos e produtos comercializados e consequente incremento de imagem.

Óleos ACDelco: marca própria de lubrificantes da GM, uma das precursoras desse segmento

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o ano de 2010 as marcas próprias lideraram o lançamento de produtos. Dos 8.503 novos produtos colocados no mercado este ano, 13% são de marcas próprias. De acordo com a Abmapro (Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização), a participação das marcas próprias no varejo brasileiro é de 5,4% em valor e a taxa de crescimento é de 25,7% em vendas. Apesar das categorias alimentos, bebidas e limpeza doméstica liderarem esse setor, o mercado de lubrificantes já descobriu nesta prática uma excelente ferramenta de alavancamento de marca, além de um importante incremento de vendas. No mercado brasileiro a participação do setor de lubrificantes, óleos e graxas no seg-

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mento de marcas próprias começou na década de 70 no setor automotivo. Foi neste período que a Ford comercializou o produto Motorcraft, fazendo da companhia a primeira montadora a ter marca própria de lubrificantes, seguida pela GM, com a marca AC Delco, o Tutela com a Fiat, entre outras. Na área industrial, uma das pioneiras foi a SKF que introduziu na década de 60 as graxas SKF GS-265 e SKF GS-265-A, assim como a Singer, que apresentou seu óleo para máquinas de costura. Nos anos 80, alguns fabricantes de óleos para compressores de ar, como IngersollRand e Atlas Copco, assim como a fabricante de empilhadeiras Clark, passaram também a trabalhar com seus próprios óleos. “Para a Clark essa nova iniciativa propi-

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MARCAS PRÓPRIAS ciou a garantia dos óleos atenderem totalmente às necessidades das nossas máquinas, além do fato de que trouxemos para dentro de casa um negócio que na verdade não participávamos e que consideramos importante”, afirma Geraldo Goldschmidt, gerente de pós-vendas da empresa. Já, por outro lado, os clientes da empresa passaram a ter a garantia de receber um produto original, genuíno e oriundo da mesma fábrica que produziu a máquina, aumentando assim a segurança na hora da compra. Para participar desse mercado a empresa não precisou realizar grandes mudanças, pois fora o processo extremamente rigoroso junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo) para obter os devidos registros e aprovações, a Clark apenas adaptou seus depósitos para atender as necessidades de armazenagem e preparar a expedição para embalar, paletizar e despachar os óleos. Para garantir o abastecimento desses produtos, todos os óleos, graxas e derivados da Clark são produzidos por empresas especializadas, que possuem máquinas e equipamentos de alta complexidade e são dirigidas por especialistas no setor e que estão em conformidade com as normas da ANP. “Nossos óleos foram desenvolvidos primordialmente para atender a reposição nas máquinas em operação no campo, mercado que se encontrava totalmente nas mãos dos fabricantes de óleos. Mas, também passamos a usar nossos óleos em nossa produção de máquinas também. Hoje, podemos dizer que 80% vai para o mercado de reposição e 20% para consumo próprio”. Além da garantia de qualidade dos óleos, a Clark conseguiu com essa prática uma importante alavanca para sua marca. De acordo com Goldschmidt, atualmente a empresa tem a oportunidade de colocar seu nome em destaque e não apenas quando negocia máquinas. “Os negócios oriundos dos óleos nos proporcionam incremento mensal importante nos resultados de peças de reposição, por onde são operacionalizados”, garante ele.

Essa nova iniciativa propiciou a garantia dos óleos atenderem totalmente às necessidades das nossas máquinas

Geraldo Goldschmidt, gerente de pós-vendas da Clark Empilhadeiras

ABASTECENDO COM CONHECIMENTO Para a SKF, a iniciativa de entrar neste mercado de marca própria foi parte da estratégia da empresa que, já na virada do século 20, vislumbrava se posicionar no mercado mundial como uma companhia detentora de conhecimento e, através dele, os usuários de seus produtos e serviços poderiam alcançar as mais altas performances. Com esta iniciativa foi criado o conceito de “abastecer o mundo com o conhecimento SKF”. “Entendemos com isso, que seriam necessários outros elementos para compor esta missão, como vedações, lubrificantes, sistemas de lubrificação, mecatrônica, serviços e do aprimoramento dos rolamentos. Portanto, lubrificantes está contido dentro de uma das plataformas de atuação da SKF no mercado mundial. Atuando com essas cinco plataformas integradas e coesas, seriamos a empresa preferida por nossos clientes. Logo, lubrificantes SKF contribuem para essa diferenciação mercadológica”, informa Sérgio Spaziani, gerente de produtos lubrificantes da divisão de produtos para Manutenção MaPro (Maintenance Products).

Linha de lubrificantes da Clark

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MARCAS PRÓPRIAS

Se nossos clientes utilizarem apenas lubrificantes SKF utilizarem lubrificantes SKF, já se observa uma ampliação nos intervalos de relubrificações e aumento da vida útil dos rotativos

Sérgio Spaziani, gerente de produtos lubrificantes da divisão MaPro

Singer foi uma das empresas pioneiras que ingressou na área de marcas próprias no setor industrial

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Hoje, a divisão MaPro, criada na década de 80, tem por responsabilidade toda a estratégia de comercialização dos lubrificantes, tendo como aporte técnico do Centro de Pesquisas em Lubrificantes, situado na Holanda, criado no mesmo período, onde também foram desenvolvidos equipamentos específicos de testes de desempenho, tal como o Emcor. A distribuição é realizada pelos mesmos canais que são distribuídos os rolamentos e os produtos da linha MaPro. Segundo Spaziani, para os clientes conquistarem patamares de alto desempenho é necessário a ação conjunta das cinco plataformas da SKF, mas garante que, se eles apenas utilizarem lubrificantes SKF, já se observa uma ampliação nos intervalos de relubrificações e aumento da vida útil dos rotativos, resultando em economia ao cliente final e menos descartes para o meio ambiente. “Para a SKF significa o modo pelo qual manteremos a nossa sustentabilidade ao longo dos anos”, afirma. Roberto de Souza, gerente de vendas industriais ISM, da SKF, salienta que esse processo não torna a empresa uma fabricante de lubrificantes. Ele ressalta que a atuação nesta área é de criação de formulações de lubrificantes, escolha de processos de fabricação e testes que atendam às exigências técnicas e ambientais, com foco no incremento da vida dos rolamentos. “Nós somos, sim, fabricantes de sistemas de lubrificação centralizada, tanto para óleo como para graxa, e comercializamos desde equipamentos para lubrificação manual até unidades complexas de equipamentos para lubrificação automática e instrumentos de análise de lubrificantes no campo”.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO Apesar da marca SKF em rolamentos ser a primeira a ser lembrada nas pesquisas especializadas do setor, o mesmo não ocorre para as graxas da linha MaPro. O motivo é que, apesar desses produtos serem comercializados no Brasil já há alguns anos são apenas materiais complementares. “A marca de graxa nacionalmente produzida como SKF GS-265-A é bastante conhecida no mercado automotivo e tem contribuído para a imagem da SKF como um todo, porque, boa parte dela, é vendida dentro de um kit de rolamentos para embreagem”, aponta Spaziani. No âmbito industrial, a SKF dispõe de 15 linhas de graxas lubrificantes industriais. Mesmo assim, Souza argumenta que ainda não possuem uma linha de óleos lubrificantes capaz de comparar com os principais atuantes no mercado de lubrificantes, o que faz com que a relação com os demais fornecedores de lubrificantes não seja abalada. “Temos fornecedores de fluidos de usinagem para o nosso processo de fabricação de Cajamar, no qual não temos competência. Isto é totalmente entendido e aceito pela divisão MaPro, ou seja, a fábrica de Cajamar adquire um fornecedor do mercado brasileiro sem qualquer conflito. Além disso, temos um fornecedor de óleos protetivos e anticorrosivos que se aplica na montagem final do rolamento, um que nos fornece o óleo para tratamento térmico e um outro que nos abastece com óleo hidráulico e convivemos com isso sem nenhum problema”. Mesmo não demonstrando ter intenções de competir diretamente no mercado de lubrificantes, a SKF não quer ser uma “vendedora de lubrificante”. Para se diferenciar a companhia está se estruturando junto a seus distribuidores autorizados para entrar nesse mercado com uma atuação mais ativa, porém totalmente integrada ao conceito de fornecer uma solução para otimizar o sistema rotativo de seus clientes. Nesse sentido o grupo tem feito expressivos investimentos em aquisições de empresas como Vogel, Safematic, Cirval e Lincoln, com o intuito

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MARCAS PRÓPRIAS de dispor uma linha completa de Sistemas de Lubrificação. Também foram adquiridas a Chicago Rawhide, Macrotech Polyseal Ind., Sealpool e Economos que possibilitam que a SKP tenha em mãos uma linha completa de vedações elastoméricas radiais e axiais, fortalecendo a posição da empresa como uma empresa que fornece soluções para problemas em lubrificação. “As perspectivas são animadoras e estamos projetando um crescimento no volume de vendas de lubrificantes na ordem de 40% para 2011”, antecipa Spaziani, acrescentando que a empresa aposta na força da marca principal como arma para quebrar o paradigma de uma marca de lubrificantes ainda desconhecida. “Apostamos também no conhecimento adquirido ao longos dos mais de 100 anos com rolamentos, que nos fez desenvolver fórmulas específicas para a aplicação desse produto. Existem diferenças entre graxas que lubrificam

Não somos fabricantes. Criamos formulações de lubrificantes, escolhemos processos de fabricação e testes que atendam às exigências técnicas e ambientais, com foco no incremento da vida dos rolamentos

rolamentos e graxas que passaram em testes de desempenho específicos para rolamentos e que estão comprometidas em proporcionar a máxima vida útil deste componente”.

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Roberto de Souza, gerente de vendas industriais ISM, da SKF

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FLUIDOS PARA PERFURAÇÃO DE PETRÓLEO

OPORTUNIDADES EM ÁGUAS PROFUNDAS

Foto: Blog Manutenção Offshore

A exploração das reservas da camada pré-sal está abrindo novas oportunidades para as empresas fornecedoras de fluidos para perfuração de petróleo, que já deram o start no desenvolvimento e/ ao aperfeiçoamento de itens voltados ao novo segmento. Entretanto., o mercado reivindica um estudo mais aprofundado sobre as características de todo o sistema e suas reações no pré- sal, o que ajudaria a dimensionar melhor os novos potenciais.

Por Maristela Rizzo e Miriam Mazzi A divulgação, pela ANP – Agência Nacional de Petróleo, de mais uma descoberta de petróleo na camada pré-sal, que deve dobrar as reservas do Brasil, estão despertando o interesse de companhias de vários segmentos. No caso de fluidos para perfuração, não é diferente. De acordo com Bernardo Mello, managing director – CEO da Resitec, a empresa está confiante que a ex-

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ploração das reservas do chamado pré-sal representará uma enorme oportunidade para o Brasil e certamente colocará o País no clube dos maiores produtores de petróleo do mundo. “Definitivamente a exploração de largas reservas como estas do pré-sal, não somente criarão muitas oportunidades para a utilização de químicos nas áreas de exploração, incluindo perfuração,

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FLUIDOS PARA PERFURAÇÃO DE PETRÓLEO mas também nas áreas de produção e transporte, demandando das empresas produtoras dos chamados oilfield chemicals e das empresas prestadoras de serviços, desafios ainda não imaginados”, diz, esclarecendo que, embora a Resitec não produza diretamente fluidos de perfuração, é produtora de várias matérias-primas e insumos para as lamas de perfuração, notadamente os emulsificantes para lamas de perfuração. Em termos de produtos e serviços, conforme o CEO a Resitec, por ser uma companhia localizada no Brasil, que trabalha com matérias primas brasileiras, tem uma vantagem competitiva usando a experiência e tecnologia da matriz nos Estados Unidos – MWV, que possui larga experiência no fornecimento de oilfield chemicals para o mercado americano. A Resitec iniciou a produção de oilfield chemicals no Brasil apenas no 2º semestre de 2010, o que empurra para 2011 a responsabilidade por um crescimento significativo das vendas, “ e sucessivamente nos próximos anos”, destaca Mello, argumentando que a grande maioria das empresas de serviços ainda importa seus oilfield chemicals, principalmente dos Estados Unidos, “entretanto com o aumento dos volumes devido à exploração das reservas do pré-sal, os desafios logísticos de mover tanta quantidade de produtos, num País já deficiente de logística eficiente, favorecerá e até mesmo motivar a produção local.” Do ponto de vista ambiental, as matérias-primas usadas pela Resitec na fabricação de seus produtos destinados à área de petróleo são de fontes renováveis emprestando aos clientes um excelente balanço de sustentabilidade. De acordo com o executivo, para os próximos anos, os desafios que este setor terá de enfrentar com exploração em novas áreas onde a tecnologia está sendo desenvolvida no presente traz desafios de performance inéditos para os produtos químicos usados neste setor. “As empresas com capacidade tecnológica e com ampla capacidade de desenvolvimento de novos produtos se destacarão”, prevê. A Resitec trabalha com os seguintes produ-

tos: Resiacid R-3 (TOFA); Resiacid R-30 (distilled tall oil – DTO); DTC series (ácidos dimericos e trimeros): produtos normalmente utilizados em preparações de inibidores de corrosão; Tenax series: também usados em formulações de inibidores de corrosão aonde a alta performance e a alta adesão de filme são requerimentos; eDiacid 1550 (dicarboxílic acid): usados em formulações de agentes protetivos de corrosão principalmente para “pipeline”.

Bernardo Mello, managing director – CEO da Resitec

ECOLOGICAMENTE CORRETOS O início de novas explorações no pré-sal deve aumentar substancialmente a demanda por fluidos de perfuração. Esta também é a aposta da Aromat. “Acreditamos que a atividade nos novos campos deve beneficiar direta ou indiretamente diversos segmentos da economia, favorecendo a manutenção do crescimento do País”, argumenta o gerente de mercado Hamilton Oliveira. Atualmente a Aromat atua no suprimento de aditivos viscosificantes para fluidos de perfuração. Com a perspectiva de crescimento no setor, a Aromat, em conjunto com a Elementis Specialties dos Estados Unidos, “trabalha no sentido de garantir o fornecimento de produtos e tecnologias adequadas à nova realidade do mercado brasileiro”, explica. Após a turbulência dos anos anteriores, 2010 trouxe estabilidade e configurou a retomada do crescimento, avalia Oliveira. Segundo ele, a perspectiva para os próximos anos é muito positiva em diversos segmentos da economia, entre eles o de exploração de petróleo, uma vez que o Brasil passará defini- Hamilton Oliveira, gerente de mercado da Aromat Revista LUBGRAX • novembro/dezembro 2010 •

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FLUIDOS PARA PERFURAÇÃO DE PETRÓLEO tivamente a figurar entre os maiores produtores de petróleo mundiais. O gerente de mercado da Aromat lembra que as questões ambientais serão de fundamental importância na determinação das tecnologias mais adequadas às perfurações no pré-sal, principalmente após o acidente de proporções incalculáveis registrado recentemente nos EUA. Da mesma forma que a tecnologia de exploração em águas profundas, relativamente nova e em constante desenvolvimento, os fluidos devem traçar a mesma trajetória, na avaliação de Hamilton. “A utilização de materiais ecologimente corretos deve nortear os desenvolvimentos do setor nos próximos anos”, aposta. ESTUDO MAIS APROFUNDADO A Miracema-Nuodex também está confiante

A Miracema-Nuodex disponibiliza seu pacote emulsionante para perfurações no pré-sal Liomul®HT , assim como o seu tradicional pacote para fluido de perfuração - Liomul®NT

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coma nova camada pré-sal. De acordo com informações da empresa, deve haver um aumento na demanda destes fluidos, entretanto, um estudo mais aprofundado sobre as características de todo o sistema e suas reações no pré- sal ajudaria a dimensionarmos melhor estes potenciais. A Miracema-Nuodex dispõe de um laboratório completo para o desenvolvimento de todo tipo de fluidos para perfuração. A empresa tem condições de desenvolver e produzir fluidos para este tipo de aplicação (pré-sal), com os mesmos resultados obtidos na aplicação deste material em campos “convencionais”. Conforme a empresa, os desafios dos fluidos de perfuração no pré-sal são estão relacionadas à estabilidade térmica e a altas pressões, pois a cada 40 metros perfurados, há incremento de 1°C na temperatura. Também por estas perfurações serem realizadas em camadas geologicamente antigas, mais resistentes, há maior geração de calor, o que exige ainda mais do fluido de perfuração, que deve estar adaptado a essa condição. Os elevados teores de CO2 aprisionados nas rochas resistentes e impermeáveis exigem mais pressão no fluido, que também deverá possuir maior densidade devido à grande pressão exercida pela enorme coluna d’água. Sintonizada com a necessidade das empresas perfuradoras de poços de petróleo, a Miracema já disponibiliza para o mercado seu pacote emulsionante para perfurações no pré-sal – Liomul®HT –, assim como o seu tradicional pacote para fluido de perfuração - Liomul®NT. Utilizando apenas produtos ambientalmente saudáveis para a produção destes aditivos, a Miracema-Nuodex está na expectativa da elaboração de um estudo mais aprofundado das tecnologias, em conjunto com a Petrobras, para o desenvolvimento de outros aditivos, sob medida, para esta nova e diferente aplicação. A Miracema-Nuodex já tem estudado e desenvolvido alguns aditivos para o pré-sal e continua se dedicando à incansável arte do desenvolvimento. Para 2011, as perspectivas são otimistas, embora não haja, ainda, percentuais calculados.

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Foto: Houghton (EUA)

ÓLEOS SOLÚVEIS

REDUÇÃO DE CUSTO COM GARANTIA DE PERFORMANCE Os óleos solúveis começam a ganhar mais espaço no setor de usinagem, principalmente porque estão conseguindo aliar o binômio custo e performance. Mas não é tudo. Fabricantes como Houghton e Quimifort apresentam soluções que também privilegiam desenvolvimento tecnológico e sustentabilidade. Por Miriam Mazzi

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6ª edição da Feira e Congresso Usinagem, realizados de 5 a 7 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo, trouxe para o público – cerca de 7,5 mil visitantes e 300 congressistas – várias novidades tecnológicas voltadas ao setor. Especificamente para o mercado de lubrificação, estiveram em alta os lubrificantes solúveis, que chegam para acirrar a disputa por uma fatia do segmento até aqui dominado pelas versões integrais. Os óleos solúveis substituem os integrais em muitas operações na indústria, embora ainda existam materiais e operações nas quais os integrais prevalecem, conforme esclarece o engenheiro Péter Brevák, supervisor técnico da Houghton, empresa que oferece ao mercado óleos solúveis dos tipos semissintéticos (necessitam periodicamente adição de aditivos como bactericida, fungicida, antiespumante e anticorrosivo), sintéticos (também necessitam a adição de algum tipo de aditivo) e bioestáveis (não necessitam de aditivos). “Um exemplo é a retífica de metal duro, como brocas, brocas escalonadas e machos, que é usinada com

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óleo integral, pois apresenta maior lubricidade e boa refrigeração”, diz. Ainda de acordo com o engenheiro da Houghton, os óleos solúveis atendem grande gama de usinagem em grandes centrais de filtragem (linhas transfer), já os óleos integrais são usados em operações e materiais especiais. Em relação aos benefícios apresentados pelos solúveis, Brevák destaca o baixo custo na reposição em volume de concentrado, entre 5% e 10% do volume do reservatório, “com boa performance de modo geral”, avalia. Com olhos neste segmento, a Houghton vem trabalhando fortemente sua linha Hocut de bioestáveis, que dispensa a adição de qualquer tipo de aditivos. “O diferencial deste produto é que dura meses ou anos nas máquinas, sem causar o mau odor característico dos óleos solúveis existentes no mercado”, destaca. As versões da linha são o Hocut 795, um óleo solúvel com surpreendente bioestabilidade, que elimina o odor, aumenta a produtividade em qualquer tipo de usinagem com qualquer material e reduz custos; o Hocut 4000, que traz os benefícios operacionais advindos dos fluidos

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ÓLEOS SOLÚVEIS sintéticos na usinagem de metais em geral; e o Hocut 2000 C Phase Contro, considerado a inovação da Houghton. “Trata-se de um produto ideal para centrais de óleos solúveis, pois sua emulsão apresenta duas distintas regiões físicas: a fase óleo e a fase água”, explica. A Houghton é uma multinacional com 32 unidades fabris espalhadas pelo mundo, com atuação variada, que compreende da prospecção de petróleo até a linha food grade, sendo seu carro-chefe a família metalworking, cuja participação no mercado brasileiro é de 9%. De acordo com Brevák, nos planos da companhia para o Brasil está o crescimento em todos os segmentos, incluindo o de óleos lubrificantes, com maior enfoque nos fluidos de laminação de metal e de usinagem. “Na minha visão, nos próximos quatro anos a Houghton poderá até adquirir empresas para manter seus planos de crescimento no Brasil e global”, antecipa. Pouco mais de um mês do final da Usinagem, em novembro, a Houghton International Inc. anunciou a assinatura de um contrato para adquirir a empresa Shell Metalworking and Metal Rolling Oils. A transação, que deve ser fechada no início de 2011, está sujeita à aprovação regulatória.

ECONOMIA PARA OS CLIENTES Outra empresa que esteve na 6ª Usinagem expondo a tecnologia de óleos solúveis foi a Quimifort, que participou pela segunda vez do evento. A empresa apostou na diferenciação para se fazer notar, apresentando óleos protetivos com tecnologias diferenciadas, como o óleo que protege a partir de um inibidor de corrosão volátil. “Trata-se de uma grande novidade no mercado”, assegura Marcelo Ferreira Gomes, gerente de vendas – Divisão Industrial. A Quimifort também reforçou o lançamento de sua linha de óleo solúvel Lubrifort, direcionada ao segmento normalmente atendido pelos óleos integrais, ou seja, fresamento vertical e horizontal. O desenvolvimento do novo produto, conforme Gomes, aconteceu em um cliente da empresa, cujo consumo de óleo integral era de 800 litros/ mês. “Com o nosso produto, houve redução para 80 litros/mês”, comemora, explicando que tal redução se deve à incorporação, a cada litro de óleo solúvel, de dez litros de água. “Isso gera, sem dúvida, muita economia para o cliente”. O gerente explica que, quando se opta pelo óleo integral, é porque se busca uma lubricidade muito grande e uma refrigeração muito baixa. “Quanto mais se aumenta a velocidade

(Da esq. p/ dir.) Manolo Llamas, Augusto Springmann e Peter Brevák, profissionais da área comercial da Houghton Brasil

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ÓLEOS SOLÚVEIS e o atrito da ferramenta com a peça, maior será o calor gerado. Portanto, muitas vezes, quando se quer maior refrigeração, é preciso diminuir a lubricidade, com isso, se tem um desgaste menor das pastilhas usadas no torno. E foi o que aconteceu com esse cliente, que conseguiu redução do consumo de óleo integral, de manutenção e de gastos com pastilhas”, lista. Lançado no final de 2009, o Lubrifort 300 – que integra a família de óleos solúveis sintéticos –, vai de vento em popa no quesito vendas, segundo avaliação do gerente. “Ele já está colocado com sucesso em algumas empresas de Matão, Araraquara, São Carlos e Sorocaba”, informa Gomes. A região foi escolhida por já abrigar uma gama de clientes da Qumifort que apoiam o desenvolvimento deste produto, além de a sede da empresa ser em São Carlos, considerada um grande pólo de tecnologia nacional. A Quimifort mantém parceria com a USP de São Carlos para o desenvolvimento de uma série de quesitos. Alguns deles são analisados pela universidade, que emite laudo do produto, com certificado, para o cliente. Com uma década de atuação, há quatro anos a companhia é certificada com o ISO

9000 e 14000. “Nossa política ambiental é levada muito a sério e este novo produto é totalmente sintético, isento de metais pesados, de nitritos, de fenóis e de óleo mineral. Por isso, não compromete a saúde do operador da máquina, não é agressivo ao ambiente, e traz uma série de vantagens do ponto de vista de passivos trabalhistas por causa de insalubridade”, ressalta. A Quimifort opera com três divisões: saneantes, que tem contrato com a rede de fast food China in Box e responde por 30% do faturamento; cosméticos, que trabalha um pré-lançamento de 22 itens masculinos, já ocorrido em Las Vegas (EUA) e em breve na Europa e África; e a divisão industrial, responsável pela produção dos óleos e dona de 70% dos negócios. Empresa totalmente nacional, a Qumifort está muito otimista em relação ao futuro, principalmente por causa do bom desempenho da indústria automobilística brasileira em 2010 e excelente previsão para os próximos anos, além da confirmação de novas montadoras que deverão se instalar no País em breve. “O Brasil é em parte movido pelas montadoras. Por isso estamos com a melhor perspectiva dos últimos anos”, finaliza.

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(da esq. p/ dir.) Carlos Branco, gerente nacional de vendas (QF Industrial), Marcelo Ferreira Gomes, diretor comercial (QF Industrial), Rogério Moralles, diretorpresidente (Qimifort) e Jairo Kiyochi Mizuouchi, diretor técnico (QF Indutrial)

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FLUIDOS DE USINAGEM SEMI-SINTÉTICOS

O Hysol 48 BF é um produto desenvolvido pela Castrol Industrial que apresenta nova tecnologia de aditivação. Isto garante ao produto alta bioestabilidade, permitindo a redução significativa no uso de aditivos biocidas, mantendo também o produto isento de formação de odores desagradáveis. Hysol 48 BF é um produto multifuncional, tendo aditivos de performance que permitem que ele seja aplicado tanto em metais ferrosos ou não ferrosos, como em Alumínio, atendendo às necessidades mais críticas de todo o segmento industrial.

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EVENTOS

EM PROL DO VERDE

Durante simpósio montadoras, fabricantes de lubrificantes e pesquisadores apresentaram as tendências futuras que estão modificando o mercado automobilístico mundial. Na pauta principal: a importância de lubrificantes apropriados em favor da redução crescente de emissões.

Família de motores Fire EVO da FPT: concebida na ótica da redução de consumo e emissão de poluentes

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urante o III Simpósio Internacional de Lubrificantes e Aditivos promovido pela AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) no dia 21 de outubro, dois pontos foram salientados pela grande parte dos palestrantes: o foco cada vez maior por lubrificantes de baixa viscosidade e a movimentação crescente do mercado automotivo na redução de emissões. Este último aspecto já começou a ser trabalho na primeira palestra ministrada por João Irineu Medeiros, diretor de engenharia da FPT (Fiat Powertrain Technologies), que falou sobre as transformações dos sistemas de propulsão que estão focadas principalmente nas, cada vez mais rigorosas, legislações ambientais. Segundo ele, os lubrificantes são os principais motivos que fazem com que as montadoras foquem seus investimentos em novos motores desenvolvimen-

to de novos motores menores e mais potentes, ou seja, a crescente tendência de downsizing. Na sequencia, Valentina Holm-Serra, gerente de mercado global da Indústria de Lubrificantes Nynas, juntamente com Douglas McGregor, gerente de serviços técnicos e de marketing de lubrificantes da Afton Chemical, salientaram as mudanças dentro do mercado de óleos básicos que, de acordo com os profissionais, estão seguindo cada vez mais forte para o uso de óleos que ofereçam, além de economia através da redução do consumo de combustível, baixa emissão. Ainda nesse quadro, foi a vez de Brian Crichton, gerente mundial de contato da Infineum, de mostrar ao público presente a necessidade de se investir em novas tecnologias. TRANSMISSÃO E LUBRIFICAÇÃO Abrindo a segunda parte do seminário, Dave Pristic, gerente regional de negócios da

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EVENTOS Lubrizol, apresentou trabalho realizado com ônibus de transporte urbanos que receberam diferentes tipos de lubrificantes, onde destacou a necessidade por otimização de performance em ônibus com transmissão automática, que requerem mais ajustes contra desgaste. O tipo de transmissão como influência no desenvolvimento de lubrificantes também foi o tema abordado por Jack Zackarian, gerente global de desenvolvimento de produtos automotivos da Chevron. Segundo ele, cada local do mundo tem suas preferências por tipo de transmissão para carros de passeio. Enquanto os Estados Unidos apontam para os sistemas de transmissão automática, a Europa já consome mais veículos manuais. “Os sistemas manuais e automatizados estão decrescendo em relação às tecnologias mais atuais, como os sistemas de dupla engrenagem que abarcam a maior fatia do mercado”, anunciou ele, afirmando que as tendências futuras mostram que cada sistema de transmissão terá um tipo de fluido especial, mas que também não acha impossível que existam mais de um tipo de fluido para determinadas tecnologias e que dependerá da montadora decidir o que é melhor. Ele ainda ressaltou que as montadoras hoje querem lubrificantes mais eficientes, de viscosidade baixa, de custo baixo, com qualidade e maior vida útil, que ofereçam economia de combustível. Isso faz com que a tendência caminhe cada vez mais para os óleos de grupo III e IV. Deise Schiavon, coordenadora do Grupo de Trabalho Reposição de Frota, do Sindipeças, anunciou que no Brasil hoje existe uma frota de 30 milhões de veículos em circulação e 9 milhões de motocicletas. Volume que está concentrado principalmente na região sudeste do país, que absorve 56% desse total. De acordo com a profissional, o crescimento médio dessa frota será de 7,4% ao ano a partir de 2011, o que, em uma perspectiva conservadora fará com que o Brasil, até 2015, absorva uma frota de mais de 46,5 milhões de veículos e acima de 15,5 milhões de motocicletas. “Em 2010 o Brasil conta com 63 famílias e 610 modelos e isso sem falar em acessórios. Será que nossa ge-

ração enfim assistirá o despertar do ‘Gigante adormecido’”, indagou. Após esta polêmica palestra, o palco do Simpósio recebeu também Sérgio Giummarra, gerente de vendas e aftermarket da Cummins Filtration na América do Sul, que abordou a importância do sistema de filtração na qualidade do lubrificante para operação dos motores diesel; Mônica Vasquez, gerente de relações técnicas da YPF, que discorreu sobre a qualidade dos óleos e o período de troca, como fatores fundamentais para o bom desempenho dos lubrificantes; Lucilene de Morais, coordenadora de analítico em engenharia da qualidade da Oxiteno, que surpreendeu o mercado ao apresentar a linha de fluidos de freios da empresa, fato que era desconhecido por boa parte do mercado; Charles Conconi, engenheiro de materiais da Mercedes-Benz do Brasil, conduziu uma apresentação arrefecimento dos motores e Alan Van Arnhem, gerente de tecnologia aplicada da Umicore, explicou como o tipo de óleo lubrificante pode afetar diretamente o catalisador, incluindo a conversão de HC e NOx. A coordenadora do Laboratório de Combustíveis e Lubes da Ipiranga, Roberta Teixeira, finalizou a sequência de palestras do simpósio com o tema “Influência do Biodiesel nos Lubrificantes”.

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NA LINHA DE PRODUÇÃO

FUCHS PETROLUB AG ADQUIRE LINHA DE LUBRIFICANTES ALIMENTÍCIOS DA MARCA CASSIDA Com a aquisição, a Fuchs Petrolub AG engloba tanto a marca como toda a tecnologia da linha Cassida, reconhecida mundialmente por atender aos mais elevados níveis mundiais de exigência técnica, de regulamentação e de performance dos fabricantes de equipamentos e usuários da indústria de alimentos e bebidas. Dessa forma, dentro do grupo Fuchs, a Fuchs Lubritech fica responsável pelas vendas e marketing dos produtos de grau alimentício, que passam a englobar os produtos da linha Cassida, Sugar Mill Clear e FM. “Acreditamos que com a adição de mais essa linha de produtos, a Fuchs oferecerá uma gama completa de lubrificantes de grau alimentício para todas as aplicações nos negócios relacionados ao segmento de alimentos e bebidas, consolidando-se como uma das principais empresas desta

categoria no setor”, informa Lilian Miakawa, responsável pelo projeto de transição da marca na Fuchs Lubritech Brasil. O acordo entrou em vigor no dia 1 de outubro, mas a nova detentora da Linha Cassida já garantiu que nada será feito para alterar a qualidade já comprovada da marca Cassida, que receberá todo o suporte da assistência da Fuchs que conta com uma experiente equipe de vendas assistida por engenheiros técnicos altamente qualificados para atender as necessidades do mercado. Fundada em 1931, a Fuchs é a maior fabricante independente de lubrificantes especiais no mundo e é uma empresa multinacional com 54 subsidiárias em seis continentes. A Fuchs Petrolub AG é um grupo cuja divisão Fuchs Lubritech foca suas atividades nos lubrificantes especiais de alto desempenho, segue à risca

o significado da essência e origem de seu nome, que é uma junção das palavras lubrificação e tecnologia. O Grupo internacional possui instalações, distribuidores e parceiros em mais de 60 países, o que garante a disponibilidade dos produtos da divisão, posicionando-se como um fornecedor global na linha Cassida.

NOVA GERÊNCIA DE MARKETING NA SKF DO BRASIL Daniel Barros (foto) assume a gerência de marketing e inteligência de negócios da SKF no Brasil, empresa líder mundial em rolamentos e soluções industriais. O executivo entrou na companhia em 2000 e retorna agora ao País depois de atuar em unidades da SKF na Europa, Ásia e América do Norte. Com formação em Relações Internacionais, MBA

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pela University of Toronto & University of St. Gallen, Barros ocupava o cargo de gerente de distribuição e novos negócios na unidade canadense da companhia.

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NA LINHA DE PRODUÇÃO

NORIA DO BRASIL PREPARA INTERESSADOS NA CERTIFICAÇÃO MLT I Entre os dias 22 e 26 de novembro a Noria do Brasil, por intermédio de seu diretor Marcelo Attilio Gracia, promoveu o curso Tudo sobre Lubrificação de Máquinas. O evento foi realizado no Hotel Ibis Congonhas de São Paulo (SP), onde o especialista ensinaram aos participantes como diminuir as falhas relacionadas à lubrificação em até 90%; maximizar a vida do lubrificantes; assegurar que os maçais recebam o lubrificante correto, na quantidade correta e na hora certa; realizar flushing correto das máquinas; e saber quando é hora de mudar para um lubrificante sintético ou de alto desempenho. Os participantes tiveram 90% de aprovação. Segundo Gracia, este curso é fundamental para os interessados na certificação internacional MLT I - International Council for Machinery Lubrication, pois traz um programa especial focado no exame, com exercícios e maior carga horária. A prova para certificação aconteceu no sábado seguinte ao treinamento. Marcelo Attilio Gracia é engenheiro mecânico com 20 anos de experiência na área de lubrificação, especialista em lubrificantes, filtragem de fluidos e análises pré-aditivas, além de mestre em tribologia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Marcelo Attilio Gracia ministra o curso Tudo sobre Lubrificação de Máquinas

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NA LINHA DE PRODUÇÃO

3ª FEIRA DE MANUTENÇÃO E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS

Edição de 2010 da Feira de Manutenção

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A cidade de Blumenau/SC será sede da 3ª Feira de Manutenção e Equipamentos Industriais, a ser realizada de 12 a 15 de abril de 2011, no Parque de Exposições Vila Germânica, no horário das 15h às 21 horas, com realização da Eurofeiras de Negócios. Na 3ª Feira de Manutenção, os visitantes e compradores terão a oportunidade de conhecer e analisar equipamentos e suprimentos industriais, novas tecnologias, processos e serviços, com vistas à de tempo e de custos, sem comprometer a excelência de qualidade dos serviços e produtos. A manutenção do maquinário, com destaque para as ações de prevenção tem hoje um importante espaço no cenário das indústrias, que estão cada vez mais automatizadas. As inovações nas tecnologias da eletrônica, mecânica, elétrica e hidráulica servem de apoio nas decisões estratégicas da empresa.

Agregam valores em termos de disponibilidade, confiabilidade, sustentabilidade, qualidade, segurança do trabalho, garantindo eficiência no desempenho e principalmente redução de custos. Anticorrosão, combustíveis e óleos lubrificantes, ar comprimido, equipamentos para inspeção, proteção e segurança, manutenção preditiva, sistemas de aquecimento, soldas, gerenciamento, supervisão e controle, válvulas e vedações, softwares interativos são apenas alguns dos equipamentos, processos e serviços que poderão ser encontrados na Feira. A 3ª Feira de Manutenção e Equipamentos Industriais é dirigida a públicos específicos como engenheiros, projetistas, industriais técnicos, desenvolvedores de softwares, sistemistas, mecânicos e mantenedores de máquinas entre outros. A Manutenção 2011 conta com o apoio da ACIB – Associação Empresarial de Blumenau, ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão, ABCEM – Associação Brasileira de Construção Metálica, AJORPEME – Associação de Joinville e Região de Pequenas, Micro e Médias Empresas, AMPE – Associação da Micro e Pequena Empresa de Blumenau,SIMMEB –Sindicato da Indústria Metal Mecânica e Material Elétrico de Blumenau, Bolsa de Negócios e Subcontratação Industrial de Santa Catarina, Blumenau Convention & VIsitors Bureau, Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Blumenau, AHK – Câmara Brasil Alemanha do Mercosul, AMPE Blumenau, ABRALIMP – Associação brasileira de Limpeza Profissional, CODEIC – Conselho de Desenvolvimento da Itoupava Central, Parque Vila Germânica e Prefeitura de Blumenau.

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EDITORIALISTA CONVIDADO

BRASIL: FINALMENTE O PAÍS DO FUTURO

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(*) Anselmo França

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rimeiramente eu gostaria de agradecer aos amigos da Sergio Ávila Editora pelo convite a mim feito para fechar a última Edição de 2010 da revista Lubgrax como editorialista Convidado, bem como mencionar que estou muito feliz em mais uma vez poder participar diretamente deste veículo de comunicação que particularmente considero de indispensável leitura por todos os profissionais que atuam no mercado de lubrificantes, fluidos, óleos e graxas. Esta minha alegria, associada a um sentimento de otimismo, não seria completa se eu não estivesse vivendo e atuando profissionalmente no Brasil, o qual eu posso me referir, com muita convicção, como não só o País do presente, mas como também finalmente do futuro. Apesar de na década de 80 eu ainda ser uma criança e consequentemente viver sem nenhuma preocupação, graças às boas escolas que frequentei pude aprender que foi considerada a década perdida do ponto de vista econômico, o que é uma pena, pois considero este o período em que tivemos a composição das melhores músicas e também uma juventude mais crítica e defensora dos seus ideais. Acredito que o Brasil não perdeu apenas essa década, como também infelizmente desperdiçou toda uma geração; para ser mais preciso, até 2003, aonde a nossa média de expansão econômica foi de apenas 2,3%. Durante esse período em que a nossa economia era considerada sub-mergente, a maior preocupação da indústria brasileira sempre foi a de se defender da inflação, mas, graças à necessidade asiática por nossos metais e alimentos, esse cenário vem rapidamente mudando e já se espera para 2011 um crescimento (PIB) de 5,5%. Com isso, a partir de 2004 vimos o nosso País se converter de um retardatário a líder global, afinal temos contribuído de forma sig-

nificativa para o crescimento mundial e as empresas aqui instaladas passaram a ter um crescimento de geração de lucros maior em que praticamente todos os países desenvolvidos. Como consequência, muitas das empresas brasileiras saíram da posição de presa e passaram a ser predadoras nas grandes fusões internacionais e hoje estão entre as maiores do mundo em seus setores de atuação. Em abril deste ano tivemos na cidade de Londres um encontro ampliado do G20 (as 20 maiores economias do mundo) e um fato um tanto quanto cômico me chamou a atenção, mas vem ao encontro a todo este meu otimismo, que foi a foto oficial do encontro, aonde o nosso presidente Lula aparece sentado e sorridente ao lado da rainha Elizabeth 2ª e do anfitrião, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, enquanto, atrás dele e de pé, o homem mais poderoso do mundo, Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos. Confiram! É evidente que ainda temos muito para avançar e que parte deste nosso sucesso depende muito de ações dos nossos governantes, como, por exemplo, redução dos gastos públicos e a realização da tão aclamada e prometida reforma tributária, mas o Brasil está condenado a dar certo e o empresário que deseja usufruir de forma imediata e futura deste nosso crescimento econômico, sem dúvida nenhuma deve ter por convicção uma responsabilidade fiscal e sócio-ambiental, bem como investir no único patrimônio de valor de sua empresa, que é o seu colaborador. Feliz 2011 a todos e bons negócios! (*) Anselmo França, gerente de vendas da D’Altomare Química, é técnico em química formado pela ETECAP, bacharel e licenciando em química pela USP e com MBA em Gestão Comercial pela FGV.

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3ª CAPA

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