Revista Rock Meeting n° 4

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Expediente Direção Geral Pei Fang Fon Fotografia Daniel Lima Isabela Pedrosa Pei Fang Fon Yzza Albuquerque Revisão Daniel Lima Pei Fang Fon Yzza Albuquerque Capa Lucas Marques Pei Fang Fon Diagramação Isabela Pedrosa Lucas Marques Pei Fang Fon Yzza Albuquerque Colaboradores nesta edição Almir Lopes Éder Patriota Kedma Villar Lula Mendonça Contato Email: contato.rockm@gmail.com Orkut: Revista Rock Meeting Twitter: http://twitter.com/rockmeeting Flickr: www.flickr.com/photos/revistarm

Editorial O fim do ano está aqui e é hora de iniciarmos a revisão de tudo o que foi feito durante 2009: nossas ações, situações boas e ruins pelas quais passamos, o que perdemos, o que ganhamos, em que precisamos melhorar e o que realmente fizemos para mudar. Nesta perspectiva, a Rock Meeting selecionou algumas das grandes notícias do ano para fazer você lembrar e não cometer os mesmos erros. Durante a nossa caminhada, pudemos ver que nosso cenário underground precisa de estímulo, acima de tudo. O público mal conhece o que há por aqui, e é óbvio o quanto isso dificulta o processo de trazer uma banda de fora para cá. De qualquer forma, gostaríamos de deixar para os leitores muito mais que informação: queremos que todos entendam que qualquer sacrifício por parte das bandas não é em vão; tudo custa muito caro, principalmente para realizar um evento. Enquanto cada um de nós não compreender que o valor cobrado por ingresso não representa necessariamente o gasto que os organizadores tiveram (muitas vezes, é apenas um valor simbólico), muita coisa permanecerá do jeito que está. É uma questão de mudança de mentalidade. Quando outros segmentos musicais cobram um preço alto, o público comparece, enquanto nós apenas reclamamos. Desse jeito, nunca cresceremos. E agora, só nos resta refletir: o que vai acontecer em 2010? Não sabemos ao certo, mas com certeza esperamos que nossas atitudes sejam favoráveis à cena local e ajudem o rock a crescer por aqui. A missão da Rock Meeting é divulgar o que está sendo lançado, dar ênfase às bandas locais e a eventos que irão acontecer, destacar algumas personalidades e, claro, informar aos nossos leitores das mais variadas maneiras.


índice 3 - Espaço Boteko

4 S u p e r C o n q u e s t 6 - Fim do Projeto Quinta no Palco

7 - Entrevista - Wishes | Before I Die 10 - World Metal 13 - Retrospectiva 2009 16 - Especial: Master - After Death - Predator

19 - Diário de Bordo AC/DC [Kedma Villar]

22 - Metal é a Lei 24 - Eu estava lá

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Perfil

RM

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Almir

Lopes


Espaço Boteko

Sexo, drogas, Rock N’Roll e Vaidade Almir Lopes - Blog Boteko do Rock http://boterock.blogspot.com

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stive pensando nesta analogia e, ao assistir a vídeos de alguns shows dos anos de 1970, percebi que a vaidade dos artistas tende a se mostrar mais intensamente no palco. Ela se expressava de forma gratuita e nociva entre as bandas que chegaram à fama naquela década. Entrando em um campo povoado por música, espetáculo e sucesso, chegamos a um ponto-comum, chamado vaidade. A equação é simples: pegue uma banda em começo de carreira e jogue-a para o sucesso. Se estiver atento o suficiente, logo encontrará um Tommy Iommi (guitarrista do Black Sabbath) ocupando o espaço que normalmente seria do vocalista. Com certeza, um fã mais cauteloso do Black Sabbath já entendeu a referência que fiz. Sendo mais claro e objetivo, no começo da carreira da banda, mais especificamente em suas primeiras aparições, Ozzy Osbourne (vocalista) nunca estava no meio do palco, como é de praxe. Quem ficava no centro era Tommy Iommi. Ozzy se contentava em se posicionar ao lado esquerdo do palco. As razões que levaram o “centro-avante” a jogar na “meiaesquerda” nunca foram reveladas. É certo que, com o passar do tempo, Ozzy ocupou, definitivamente, o lugar que era seu por direito, tanto no palco, quanto no coração de seus fãs. Outra banda problemática foi, sem dúvida, o Led Zeppelin. Sua linha de frente era composta pelo vocalista Robert Plant e pelo guitarrista Jimmy Page. Plant exalava sensualidade, com seu jeans colado no corpo e vocal perfeito para o estilo musical do Zeppelin. Do outro lado, Page fazia o inimaginável com sua guitarra quando estava em cima do palco - de solos intermináveis a movimentos corporais que misturavam sensualidade com os efeitos entorpecentes que as drogas lhe proporcionavam. Diante disso, os shows soavam como uma verdadeira disputa de liderança. Em alguns momentos, parecia que a posição de líder da banda oscilava entre Plant e Page a todo instante. Sabe-se que o estabelecimento de um líder foi motivo de discussão entre os membros, mas nada que tenha

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sido levado à mídia. O Queen também sofreu com o ego inflamado de seus integrantes. Na linha de frente, estavam o carismático vocalista Freddy Mercury e o virtuoso guitarrista Brian May. A banda contava ainda com Roger Taylor (bateria) e seu jeito temperamental de ser. Roger, certa vez, saiu aos tapas e pontapés de uma sessão de gravação com Fred Mercury, por culpa de divergências musicais. Entretanto, em cima do palco, a “batalha” pela liderança era mesmo com Brian May. O Queen passou por sua maior crise nos anos de 1980, quando as disputas entre Mercury e May se tornaram realmente sérias. Apesar das “turbulências” fora do palco, a banda só se separou após a morte de Freddy Mercury, em 1991. Há muitos grupos de rock que foram e voltaram na história. Há ainda aqueles que nunca deixaram de massagear seus egos, menosprezando uma carreira que poderia ser reconhecida apenas pelo talento. A impressão que fica para o público é a de que a vaidade em excesso prejudicou toda uma carreira promissora; que o diga Ritchie Blackmore, o extraordinário guitarrista da banda Deep Purple, expoente do Hard Rock nos anos de 1970. Blackmore foi co-fundador da banda junto a Ian Paice (baterista) e Jon Lord (tecladista). Depois de três álbuns lançados, Nick Simper foi substituído por Ian Gillan, que, com o advento do sucesso, tornou-se desafeto declarado de Ritchie Blackmore. Gillan abandonou a banda durante seu sucesso. Peter Gabriel, vocalista da banda de Rock Progressivo Genesis, abandonou o barco em pleno auge, depois de ser considerado um dos criadores do Rock Arte. Em plena efervescência cultural e criativa, na qual misturava fantasias e teatralidade minimalista, abandonou o Genesis em 1975, após a turnê do aclamado álbum “The Lamb Lies Down on Broadway”. Gabriel transformou milhares de fãs da banda em órfãos para seguir carreira solo. Depois de tudo isso, concluo que, se existe um sentido para a vaidade, é o de que nada está acima dela. Atropela-se a tudo e a todos apenas para satisfazê-la.


Daniel Lima

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os dias 12 e 13 de Dezembro, aconteceu o Super Conquest, um evento para os amantes de animes, RPG e games. Durante a programação, aconteceram gincanas, apresentações culturais e shows. Ocorreram também sorteios de brindes nas duas noites do festival, como DVD's de animes, além do prêmio principal, que era um Playstation 2. Havia estandes vendendo materiais como Mangás, acessórios, DVD's, entre outros objetos Os Cosplays são uma das atrações desse tipo de evento. Para quem não sabe o que é Cosplay, é aquela galera que vai vestida com fantasias dos personagens dos games, animes, mangás etc. Shows - Sábado No sábado (12), houve um atraso para o início os shows, mas mesmo assim o público esperou. A primeira banda a subir no palco do SESC Poço foi a Before I Die. A banda tocou músicas próprias, que fazem parte do EP que seria lançado no dia seguinte, no Orákulo Choperia, e alguns covers de grupos como o As I Lay Dying, fazendo a galera bater cabeça até o final da apresentação. BID fez um excelente show, com uma presença de palco forte e bem agressiva, como não poderia deixar de ser. Em seguida, veio a banda Lebre de Março, formada por Rafaela Cabral (vocal), Gustavo di França (bateria), Anderson Aredes (guitarra), Thiago Ranieri (baixo), Emerson Gomes (teclado) e com participação de Tássio Silveira (guitarra). Gomes falou para a equipe da RM que estava agradecido por Tássio ter aceitado o convite de LDM para se apresentar com eles. O público gostou muito da apresentação da banda e, principalmente, do visual um pouco diferente do convencional para uma banda de Rock Alternativo, como sobretudo e gravata. Recebendo vários elogios, a banda tocou músicas já consagradas como “Don't Speak”, do No Doubt, “My I m m o r t a l ”, d o Evanescence, além de músicas próprias, que lembram muito o som da Pitty. Lebre de Março é uma banda que tem pouco tempo de estrada, mas com um som bem trabalhado como o deles, certamente em pouco tempo estarão fazendo várias apresentações em diversos festivais e, quem sabe, como banda de abertura para grandes artistas que vierem a Alagoas. Para encerrar a noite, aconteceu a ultima apresentação da banda Android~Monkey, para marcar o fim de uma história.

Formada por Yure Alexandriovich (bateria), Lucas Lira (teclado), Tássio Silveira (guitarra), Anderson Aredes (guitarra), Gustavo di França (baixo) e Guilherme di França (vocal), a banda tocou músicas de animes e games, como um clássico dos consoles e que, na verdade, foi um pedido da galera: a música tema do game Top Gear. A AM fez um show bastante emocionante, que acabou com aquele gostinho de que era apenas um sonho para os fãs da banda. Anderson Aredes falou que a banda já havia acabado há algum tempo, mas receberam o convite da organização do festival para fazer um show de encerramento, que marcaria um ponto final. Reuniram-se em apenas dois ensaios para fazer esse show, que não deixou nada a desejar. Aredes falou também que a Android se transformou em duas bandas, a Palhaço Paranoide e a Lebre de Março. E assim acabou o primeiro dia do Super Conquest. Domingo O segundo e último dia do Super Conquest começou com uma maratona de shows, o primeiro deles sendo da banda Venon Shoyu, que toca J-ROCK. O público era menor que o de sábado, mas a energia era a mesma. Músicas temas de desenhos muito conhecidos, como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, entre outros, estavam no repertório da banda. Os adoradores desse estilo musical estavam empolgados com a apresentação da Venon. Logo depois veio a banda de Metal Gótico DarkTale. Um ótimo show para um público pequeno. Infelizmente, boa parte do pessoal já havia deixado o evento. A banda tocou músicas próprias, que fazem parte da sua primeira demo, lançada este ano. A DarkTale fez muita gente bater cabeça, mesmo não fazendo parte do público típico dos shows de Metal. Para fechar o domingão, a banda Harakiri fez um bom show, que foi bastante elogiado na comunidade do evento, em um site de relacionamento. O público era quase inexistente por causa da hora em que a banda começou a tocar. O fato de ser domingo piorou a situação ainda mais.

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Inscrições para o Grito Rock Arapiraca 2010 Estão abertas as inscrições para o Grito Rock Arapiraca 2010. O Grito Rock, é o maior festival em rede da América Latina. Ele será promovido de 05 a 21 de fevereiro, período marcado pelas festividades do carnaval. Na oportunidade, dezenas de eventos serão promovidos nas mais diversas cidades brasileiras. Em 2009, quase cinquenta cidades foram sedes do Grito Rock. Para a próxima edição, a expectativa é que o número de municípios integrados aumente em pelo menos 20%. Arapiraca será uma das cidades que sediará esse mega festival. O evento irá acontecer no dia 06 de Fevereiro O Grito Rock Arapiraca receberá material das bandas interessadas até o próximo dia 10 de Janeiro. Os shows estão marcados para dia 6 de fevereiro. O local do show ainda está sendo determinado. Duas bandas serão escolhidas para compor a programação do Festival. Arapiraca é uma das cidades, entre mais de 50 na América do Sul, a integrar o Grito Rock 2010. Como se Inscrever – Os responsáveis por cada banda interessada em compor a programação do Grito Rock Arapiraca devem enviar material por email para azuado@gmail.com. No email, deve constar: - Link do My Space ou do site oficial com música disponível p/audição ou as musicas em mp3; - Release c/ histórico do grupo; - No mínimo 2 fotos de divulgação em boa resolução; - Link de vídeo no You Tube (opcional); Lembrando que só aceitaremos material autoral e todas as bandas para tocarem no festival, tem que que estar cadastradas no portal Toque no Brasil - http://toquenobrasil.com.br/ A programação definitiva do Grito Rock Arapiraca será divulgada dia 15 de janeiro. As bandas selecionadas serão previamente avisadas sobre o resultado. O u t r a s i n f o r m a ç õ e s : w w w. p o p fu z z . c o m . b r w w w . f o r a d o e i x o . c o m . b r http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=97066096 azuado@gmail.com ou com Tales Maia - Tel: 8855.0019


Música Instrumental

Projeto Instrumental no Arena é encerrado No último dia 10, no palco do Teatro de Arena, o guitarrista José Barros encerrou o projeto Quinta no Palco Éder Patriota

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urante o ano de 2009, o projeto instrumental no Arena, realizado pela Direção de Teatros do Estado de Alagoas (DITEAL), teve oito edições e foi assistido por mil e q u i n h e n t a s p e s s o a s , aproximadamente. O guitarrista José Barros nasceu em Paulo Jacinto e, aos oito anos, mudouse para Quebrangulo, onde tocava guitarra desde quinze anos, no início dos anos de 1960. As primeiras notas do instrumento foram ensinadas pelos irmãos, Leureny e Fleury; elas foram o suficiente para que ele desenvolvesse sua técnica. Autodidata, Zé Barros foi o responsável pela popularização do instrumento em Alagoas, e tocou com vários nomes da música nacional, como Geraldo Azevedo, Teca Calazans, Reginaldo Rossi, Núbia Lafaiete, Orlando Dias, João do Vale, Peninha, entre outros. Do cenário local, com Leureny, Claudio Rios, Zinho, Dydha Lyra, Carlos Moura, Macléin etc. Tocou em várias bandas, algumas delas sendo Os Diamantes, LSD (na época de Djavan), Big Banda

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Show, Caçoa Mas Num Manga, Roupa Velha e New Orleans, da qual faz parte até hoje. Zé Barros é um dos pioneiros da música instrumental no Estado. Já em 1976 fez seu primeiro show, com o tecladista Luizinho Assis. Em 1977, com Félix Baigon e Beto Batera, formou a Banda Porão. Em 1982, ao lado de Nelson Braga e José Cícero (Jatiúca), temos a primeira banda de rock a gravar um trabalho em Alagoas. No show, Zé Barros mostrou o melhor do seu repertório. Tocou tanto suas músicas, quanto canções de p e s s o a s q u e influenciaram o seu som. Segundo o músico, tocar nesse projeto foi uma oportunidade de mostrar sua arte para diferentes pessoas. “Adorei tocar no projeto para os outros c o n h e c e r e m m e u t r a b a l h o ”, comentou. No fim, o diretor do Teatro Deodoro, Juarez Gomes de Barros, garantiu a continuidade do projeto. “Assim como foi um sucesso em 2009, o projeto continuará, e prometo a todos que será tão bom quanto este ano”, assegurou Juarez.


Pei Fang Fon

Uma noite de lançamento e diversão O palco do Orákulo Chopperia ficou pequeno para tantas atrações e para as diferentes vertentes do Rock’N’Roll Pei Fang Fon | Yzza Albuquerque Bastou apenas uma noite para mostrar o grande potencial que o rock alagoano tem. No último dia 13, o Orákulo Chopperia foi palco do We Are Slaves of Sin, evento que marcou o lançamento de EP/Demo das bandas Wishes e Before I Die, tendo a participação especial das bandas Abismo, Kaon e No Cure. O evento começou com a Kaon, mostrando muita força e coragem como banda de abertura. Depois de pedir ao público que fosse para dentro do local prestigiar o show e "bater cabeça", como disse o vocalista, o grupo deu início a sua apresentação. Quem estava lá, pôde conferir as covers de Sepultura, Soulfly e Ektomorf executadas pela banda, e sentiu que a noite prometia muito som pesado. Após a Kaon, entrou em cena uma das bandas de metal mais conhecidas em Alagoas, a Abismo. Liderados por Allan Nogueira, os integrantes tocaram suas músicas para um público consideravelmente entusiasmado e privilegiaram a todos com algumas covers bem executadas. A Abismo não decepciona. Depois da apresentação da segunda banda convidada, os novatos da Before I Die (Deathcore) entraram em cena para mostrar seu som. Com algumas covers – "Forever" do As I Lay

Dying (Metalcore) fez bastante sucesso, em particular – e um jogo de luz diferenciado providenciado pelos próprios membros da banda, os rapazes da BID cativaram o público e mostraram que não estavam lá para brincadeira. Logo após a Before I Die, subiram ao palco os rapazes da No Cure, banda cover de System of a Down. Ficou bastante claro que as pessoas presentes esperavam ansiosamente pelos grandes clássicos do SOAD, já que pediam por músicas como "Chop Suey!" e "BYOB" o tempo todo. Grande parte dos pedidos do público foi atendida, e canções como"Toxicity", "Lonely Day" e "Spiders" foram cantadas em coro entusiasmado por parte dos presentes. Em seguida, a Wishes, última banda da noite, mostrou a que veio: fazendo um New Metal forte e agressivo, empolgou a muitos dos fãs do estilo que participaram do evento. Liderados pelo vocalista Thalys Saionne, os integrantes fizeram uma performance empolgada e o show foi um sucesso. Entrevista Acompanhe agora uma entrevista exclusiva com os vocalistas Thalys Saionne (Wishes) e Flávio Gama (Before I Die).

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Pei Fang Fon

Entrevista 1 – Apresente a banda Thalys - A Wishes é uma banda de New Metal, o nosso som é em especial para quem curte um som pesado com vocal gutural do começo ao fim. Com Thalys Saionne no vocal, Ítalo Sued na guitarra, Fellipe Dill na bateria e Lucas Tortelli no baixo. Flávio - Before I Die é uma banda alagoana de Metal/Deathcore formada em abril de 2008, com a proposta de fazer um som bem trabalhado e de muito peso. A banda tem como principal característica a postura, ambiente de palco e letras agressivas, passando sempre coisas positivas e muita energia. Após muitas idas e vindas, hoje é formada por Flávio (vocal e berros), David (baixo e vocal), Evandro (guitarra), Victor (guitarra), Jean (bateria) e Dalton (teclado).

como foi todo o processo. Thalys - Foi tudo muito planejado, colocamos a nossa fúria nessa gravação. Demoramos uns 3 meses para finalizar essa demo, espero que vocês gostem do nosso trabalho. Flávio - Primeiro trabalho é o EP, intitulado “Quando o Templo das Sombras Vem a Ruir!”. Ee foi lançado oficialmente no dia 13 de novembro de 2009. O EP conta com quatro faixas: “Quando o Templo das Sombras Vem a Ruir!”, “Mentiras”, “Conflitos de Armas Brancas” e “Drown”. As gravações duraram um mês e a produção de encarte e a impressão demoraram dois meses. Não paramos de compor. Sempre tem música nova e com algum diferencial das outras. Esperamos gravar o primeiro CD em 2010. E pode ter certeza que estamos trabalhando para isso!

2 – Como surgiu e por que “Wishes” | “Before I Die”? Thalys - A banda surgiu com o intuito de fazer cover do Coal Chamber. Foi fundada por mim. Sempre tive vontade de cantar, e foi no dia 27 de dezembro de 2006 que a banda foi fundada. O nome Wishes não foi o primeiro da banda. Tivemos que mudá-lo, pois já existia uma banda com o nome que tinhamos escolhido. Wishes é o nome de uma música do Coal Chamber, e foi dessa música que saiu o nome. Flávio - A banda nasceu com o Flávio (único integrante da primeira formação), que manteve sempre o mesmo projeto junto aos outros músicos. Em 2009, após a entrada de Evandro (guitarra) e Jean (bateria), a banda saiu do papel e criou suas próprias canções. Logo entraram David (baixo), Victor (guitarra) e Dalton (teclado e iluminação). Desde julho de 2009, seguimos juntos. O nome “Before I Die” vem de uma música do Mushroomhead, que eu ouvia pouco antes de montar a banda. Apesar das várias modificações, tanto de integrantes como de estilo musical, mantivemos o nome.

4 – Como você enxerga o cenário alagoano de Rock? Thalys - Muito fraco por parte do público, que não apoia a cena local. Mas isso está mudando, os shows estão voltando a dar um público razoável, é só saber trabalhar com ele, saber informá-los da forma certa e não apenas pela internet. Flávio - O cenário está evoluindo, porém vagarosamente. Isso acontece principalmente por causa da maneira de agir. Boa parte das bandas se vê como “rival". Isso divide cada vez mais o pessoal. Cremos que se tivessem mais eventos, com diversidades de estilos, cresceríamos bastante.

3 – Primeiro trabalho lançado, conte-nos

5 – Qual (ais) é (são) a(s) influência(s) da banda? Thalys - Isso é meio que igual para todos, todos temos uma grande influência de bandas de New Metal em geral, como: Slipknot, Coal Chamber, System of a Down, Soulfly, entre outras. Flávio - Temos muitas influências. Seguimos a linha musical de August Burns Red, As I Lay Dying e As Blood Runs Black. Nossas letras têm muitas influências. Além das que já foram

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Entrevista 6 – Como vocalista, qual é a sensação de subir ao palco e tocar suas próprias canções e as músicas que gosta? O que faz para cuidar da voz? Thalys - A sensação é quase inexplicável. É no palco que eu libero toda a minha fúria, minha insanidade, meu ódio e todo o meu amor pela música. Em relação a cuidar da voz, eu não sou muito cuidadoso, não. Faço tudo o que eu não deveria fazer, o máximo que eu tento fazer é não encher a cara um dia antes do show (risos). Flávio - Cada show, para mim, é como se fosse uma terapia, uma dosagem única de correria e agressividade. Ver a galera correndo na “rodinha”, fazendo mosh pit, hardcore dance, ou quando a galera vem berrar comigo; para mim, são momentos inesquecíveis. Tudo isso me faz ver que todo o nosso trabalho está valendo à pena. Nunca fiz aula de canto, por isso procuro em sites por tutoriais de relaxamento e exercícios. Já meus drivers (berros), tento eu mesmo desenvolver minhas próprias técnicas. 7 – Qual (ais) o(s) melhor (es) show (s) que já viu? Thalys- Com certeza foi o show do Sepultura, impossível de esquecer. Levei até uma surra de uns seguranças. Tirando isso, o show foi perfeito. Flávio - O show do Slipknot do DVD “Disasterpieces”. Dos DVDs do As I Lay Dying e do Story of the Year também. 8 – Se for possível, selecione o seu Top 5 de álbuns favoritos e explique em poucas palavras.

Daniel Lima

Thalys - 1º "IOWA" do Slipknot - esse álbum é praticamente a minha essência musical, com certeza o melhor que já escutei. 2º "Slipknot" do Slipknot - O álbum em que o

Slipknot mostra as suas raízes. 3º "L.D. 50" do Mudvayne - inexplicável a sensação que esse álbum me passou quando o escutei. 4º "Damnation and a Day" do Cradle of Filth O melhor álbum da banda, já passei dias escutando-o. 5º "Until the Selfishness Tear Us Apart" da Abismo - Eu considero a Abismo a melhor banda de metal da cena brasileira. Foi a banda q u e m e d e u i n s p i ra ç ã o, f o i m e u empurrãozinho crucial para a cena rock! Flávio - 1- Dungeon Elite - Make Love Not Warcraft (Nintendocore) 2- As I Lay Dying - Frail Words Collapse (Metalcore) 3- August Burns Red - Constellations (Metalcore) 4- Callejon - Fauler Zauber Dunkel Herz (Metalcore) 5- Slipknot - Slipknot (New Metal) 9 – Quais são as expectativas para 2010? Thalys - Com certeza será um ano de muitos shows, vocês vão enjoar de ver a Wishes no palco (risos). Flávio - Continuar com as composições para uma possível gravação do primeiro CD. Manter o trabalho, tanto no nível musical quanto no visual, e levar o nosso som para fora do estado 10 – Mensagem final para os leitores da Rock Meeting Thalys - Vamos dar apoio à cena underground alagoana, antes que ela desapareça de vez! Flávio - Obrigado pela atenção e pelo carinho de todos, espero que gostem do meu trabalho. Um abraço, Feliz Natal e um feliz 2010 para todos!

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Notícias e Curiosidades Apresentações do Guns N’ Roses no Brasil oficialmente confirmadas Todos os fãs brasileiros do Guns N’ Roses passaram as últimas semanas esperando ansiosamente pela confirmação das datas das apresentações da banda no Brasil. A demora não foi longa. Segundo informações de seu site

Metallica anuncia show extra em São Paulo De acordo com o site oficial do Metallica, a banda fará agora três shows no Brasil: dois em São Paulo e um em Porto Alegre. O quarteto, inicialmente, tocaria no país somente nos dias 28 e 30 de janeiro de 2010; primeiro em Porto Alegre,

Dave Grohl e John Paul Jones formam aclamado supergrupo O baixista do lendário Led Zeppelin, John Paul Jones, se juntou a Dave Grohl (ex-Nirvana, Foo Fighters) e Josh Homme (ex-Kyuss, Queens of the Stone Age, Eagles of Death Metal) para formar uma banda de Hard Rock conhecida como Them Crooked Vultures. A banda lançou um álbum em novembro de 2009, intitulado Them Crooked Vultures, e tem sido aclamada pela crítica mundial desde então. O trio teve seu trabalho de estreia lançado internacionalmente pela

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oficial, Axl Rose e Cia passarão cerca de um mês no país. Neste período, farão cinco apresentações. As cidades escolhidas foram Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Os shows acontecerão em Março do ano que vem. Os rumores de uma possível apresentação em Recife foram descartados, infelizmente. Agora é torcer por uma data de última hora.

depois, em São Paulo. A data adicional escolhida foi 31 de janeiro de 2010. A venda dos ingressos teve início, em Porto Alegre, no dia 3 de dezembro deste ano, e em São Paulo, no dia 1. Os ingressos para a segunda apresentação em São Paulo estão sendo vendidos desde o dia 14. O último show do Metallica aqui aconteceu há dez anos. A banda está promovendo o álbum Death Magnetic. Sony Music. O single New Fang foi veiculado pela primeira vez nas rádios norte-americanas em 26 de outubro. Jones declarou recentemente, em entrevista ao The Wall Street Journal, que não era muito fã de Hard Rock na época do Zeppelin. “Eu sempre estive muito mais ligado ao Jazz e ao Soul, como era chamado naquela época, e clássico. Foi apenas quando eu descobri (Jimi) Hendrix que eu cheguei ao Rock”, confessou o músico. Jones disse ainda que há planos para um segundo álbum da Them Crooked Vultures. “Estamos entusiasmados em continuar”, afirma.

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Notícias e Curiosidades Dream Theater no Brasil em Março de 2010

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Matanza pretende lançar novo CD em 2010

De acordo com o site oficial da banda, a turnê sul-americana de 2010 do Dream Theater passará por quatro cidades brasileiras em março 2010. Curitiba, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro serão palco para o grupo de 16 a 20 de março do ano que vem. Infelizmente, não há datas no Nordeste.

Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax tocarão juntos

De acordo com Jimmy London, vocalista do Matanza, há um novo álbum da banda no forno. Os integrantes estão atualmente em estúdio, trabalhando em seu próximo lançamento. Ainda sem nome, o novo trabalho dos cariocas está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2010.

Europa no ano que vem. Conhecidos como “The Big Four” (Os Quatro Grandes), os quatro grupos, apesar dos muitos anos na estrada, jamais se apresentaram num mesmo festival. As bandas estão empolgadas a respeito. “Esta é a oportunidade de uma vida para fãs de Heavy Metal”, afirmou Dave Mustaine (Megadeth).

O sonho de todo thrasher que se preze virará realidade em junho de 2010. Algumas das maiores lendas do Thrash Metal, Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax, tocarão juntas no festival Sonisphere, que acontecerá na

Deathstars anunciam show no Brasil em 2010

A banda sueca de Industrial Metal Deathstars anunciou, em seu site oficial, a data de uma apresentação no Brasil no ano que vem. O grupo tocará no dia 30 de maio de 2010 no Carioca Club, em São Paulo. Será a primeira vez da banda no país.

Enthroned finaliza seu oitavo álbum A banda belga de Black Metal Enthroned acaba de finalizar seu oitavo álbum, segundo o Blabbermouth.net. A banda, que recentemente trocou de guitarrista e baterista, está bastante contente com o resultado final de seu próximo CD. Os membros afirmam que o álbum é “exatamente o que queríamos que fosse”. “Pentagrammaton” está previsto para ser lançado no começo de 2010.

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Notícias e Curiosidades Megadeth: Dave Mustaine quer se aposentar? Dave Mustaine deu um susto em todos os fãs de sua banda recentemente quando, em entrevista cedida à revista Metal Hammer, disse que há possibilidades de uma aposentadoria precoce do Megadeth. O motivo? Ele bate cabeça demais. O guitarrista/vocalista afirma que, ao balançar tanto a cabeça em suas performances, acabou causando problemas

World Metal

graves em seu pescoço, e agora ele mal pode movimentá-lo sem sentir dor. O frontman atribui a culpa pelos danos causados a seu pescoço a si mesmo. Aos 48 anos, Mustaine sente as conseqüências de anos de headbanging frenético no palco. “Não é algo óbvio, mas os movimentos do meu pescoço estão se tornando cada vez mais limitados", afirma. Para o alívio de todos, o músico diz estar tomando mais cuidado agora. Os demais headbangers agradecem.

RonnieJames Dio inicia quimioterapia

Destruction divulga capa de novo DVD

R o n n i e James Dio (Dio, Heaven & Hell, Black Sabbath), lenda viva do Heavy Metal, foi diagnosticado com câncer de estômago em estágios iniciais e tem recebido tratamento químico na clínica Mayo em Minnesota, EUA. Wendy Dio, esposa e empresária do músico, divulgou em carta à imprensa que, apesar do cansaço, seu marido está bem e muito agradecido pelo amor dos fãs.

A maior lenda do Thrash Metal alemão, Destruction, acaba de divulgar a capa de seu novo DVD, com lançamento previsto para fevereiro de 2010. “A Savage Symphony - The History of Annihilation” terá filmagens dos shows do CD duplo lançado há pouco pela banda e um documentário.

Torture Squad começa a gravar novo álbum De acordo com o Myspace oficial da banda, o Torture Squad acaba de entrar em estúdio para dar início à gravação de seu novo álbum, previsto para ser lançado no primeiro semestre

de 2010. Ainda sem título, o CD está sendo gravado no Norcal Studios, em São Paulo. Assim que o álbum for finalizado, o quarteto partirá em turnê pela Europa, onde tocarão nos festivais de verão que acontecem por lá.

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Review 2009

Retrospectiva do Rock'N'Roll Alagoano Lançamentos, shows, polêmicas - o que aconteceu e deixou de acontecer durante este ano no cenário do Rock em Alagoas. Daniel Lima

O ano está chegando ao fim e mais uma vez começa todo aquele blá, blá, blá por causa do Natal. Liga a TV e o programa que passa, anualmente, em todas as emissoras, é a retrospectiva, e a Rock Meeting não poderia ficar de fora. Trouxemos para você os principais fatos ocorridos dentro do cenário do Rock em Alagoas. Shows, notícias e eventos que ocorreram nesse pequeno mundo chamado Underground. Alagoas agora tem uma webrádio dedicada aos Headbangers chamada Pure Evil Rádio – AL. Ela começou a sua fase de testes no mês de abril, divulgando a cultura do Heavy Metal para a galera de Alagoas e do mundo, já que em qualquer lugar do planeta você pode acessar a internet. Uma ótima iniciativa para todos poderem divulgar suas bandas. O link para quem quiser a c e s s a r é : http://pureevilradio.blogspot.com/ Estatísticas A banda Morce go s div ulgo u oficialmente, em um site de relacionamentos, que eles são a banda com o maior número de material solo lançado no mundo. Segundo o perfil da banda, a estatística foi publicada pelo pesquisador Anderson Salles, que revelou que a banda belga Agathocles possui mais material que eles, mas em termos de álbuns solo, a banda Morcegos tem mais lançamentos. Alagoas tem a banda com maior número de trabalhos lançados no mundo, o que é um orgulho para todos que curtem Metal. Despedida Apesar de toda a alegria citada

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acima, aconteceram, quase instantaneamente, dois fatos que deixaram os fãs alagoanos do bom e velho Rock'n Roll tristes: o fechamento de uma das lojas que vendiam artigos de Rock e Heavy Metal em Maceió - a Paranoid Metal Rock. A loja não era apenas um ponto comercial, mas um lugar que encontrávamos os amigos, discutíamos os mais variados assuntos e sempre na presença de Cléber Moura. Ele (exproprietário da Paranoid Metal Rock) concedeu uma entrevista à Rock Meeting na segunda edição, falando sobre o fechamento da loja. Vale à pena conferir. Lançamentos A banda DarkTale (capa da primeira edição da RM) lançou sua primeira demo, intitulada ...And Darkness Fell. Ela contém quatro músicas; duas delas podem ser conferidas n o M y s p a c e d a b a n d a : www.myspace.com/darktaleband O CD (Split 4 Way) Alagoas Toxic Sounds reúne quatro bandas alagoanas: Morcegos (Maceió), Ataque Cardíaco (Delmiro Gouveia), Introspection (Maceió) e Monstromorgue (Delmiro Gouveia). O objetivo era unir as bandas, melhorar a cena local e diminuir as barreiras e diferenças existentes. Este CD foi lançado pelo selo SUJO REC, em parceria com o selo DINNO DISCOS de Campo Grande (MS), e com o apoio da DORxDExBARRIGA REC.


Review 2009 Os headbangers alagoanos não se contentaram com a falta de apoio e espaço para shows aqui no Estado e foram além das fronteiras estaduais. A galera viajou para Recife em excursões para assistir a shows inesquecíveis, como Iron Maiden, Morbid Angel e Motörhead. As bandas fizeram shows que entraram para a história e colocaram o Nordeste na rota de artistas internacionais. Mais uma vez, a banda Cachorro Urubu fez o consagrado Tributo a Raul Seixas. E s t e a n o, t e v e a participação das bandas Alfa Graus (tocando Elvis) e Cachorro Urubu, que, como todos sabem, faz covers de Raul Seixas. O público foi conferir e curtiu um rock de primeira qualidade no palco do Posto 7, na Jatiúca. Aconteceu outro tributo, mas dessa vez para a galera do Metal. O Metal Monster Tribute, que aconteceu no Orákulo Chopperia, foi uma homenagem prestada aos maiores monstros do Thrash e do Heavy Metal. O show contou com a presença das bandas Mastermind (cover de Megadeth), Indyproject (cover de Iron Maiden), Hellbound (cover de Pantera) e Anesthesia (cover de Metallica). O Maceió Cycle aconteceu mais uma vez, para a alegria da galera das duas rodas e para os roqueiros de plantão. Neste ano, várias bandas subiram ao palco, armado no estacionamento do

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Jaraguá, para se apresentar e fazer a galera dançar e, principalmente, bater cabeça. Entre as bandas que tocaram, destaque para Hellbound (AL), Visão Noturna (PE), Sifrão (AL) e Chakra's (AL). Alagoas também recebeu alguns shows internacionais, como Omen (EUA), Strikemaster ( M é x i c o ) e Headhunter (Brasil). A Omen passou por aqui com a turnê de comemoração dos 26 anos de carreira da banda. Eventos como esse não acontecem todos os dias em Alagoas. O show dos sonhos, e que parecia ser impossível, aconteceu no clube Fênix Alagoano no dia 7 de agosto. Angra e Sepultura se apresentaram para fãs enlouquecidos, que vieram de todas as partes do Estado e até de fora de Alagoas, como o pessoal de Paulo Afonso (BA) e Recife (PE). O evento contou com a participação das bandas Chique Baratinho (AL), Abismo (AL), Code (AL) e, de quebra, ainda rolou o Matanza (RJ). Foram dez anos de espera p a ra o s f ã s d o Sepultura, mas, com toda a certeza, valeu à pena esperar. A última vez que o Angra havia se apresentado em solo alagoano foi em 2005, na extinta Fábrica 69. Um show para ser lembrado por todos os fãs do Metal em Alagoas.


Review 2009 Decepção Apesar da felicidade de ver bandas como Sepultura, Angra, Matanza e Omen tocando em nosso Estado, não podemos esquecer que também fomos palco para episódios lamentáveis por aqui. As matérias que você lê nesta revista raramente expressam as opiniões de seus criadores - a não ser que deixemos isto explícito em algum momento. É impossível, porém, não expressar o extremo desgosto que sentimos diante de situações como esta. Mais uma vez, o preconceito contra o público do Metal foi visível em Maceió. Por falta de espaço, a banda Torture Squad não pôde vir tocar na capital alagoana, o que, com certeza, deixou a todos nós frustrados. O pior de tudo é que os próprios integrantes da banda demonstraram interesse em se apresentar aqui. Obviamente, deram de cara com portas fechadas. E o motivo de isso ter acontecido é o que nos deixa tão irritados: a Torture Squad não conseguiu fazer show em Maceió porque é uma banda de Metal. Nenhum estabelecimento os aceitou. Se pararmos para pensar direito, caso a banda Calypso desejasse fazer um show em nossa capital, por exemplo, haveria espaço de sobra. Como os “metaleiros” vivem às margens da música de massa, estão sempre em último lugar. É triste ter de encarar essa realidade, mas os headbangers maceioenses terão de

esperar mais um pouco para assistir a um show do Torture Squad. Rock Meeting Deixando momentos tristes de lado, um fato que com certeza não pode ser esquecido foi o lançamento da primeira revista dedicada ao Rock alagoano. A Rock Meeting veio para marcar época e mostrar que, apesar de todas as dificuldades, há pessoas que acreditam no cenário underground alagoano e que ele não morreu, como costumam dizer por aí. A RM está aí para você que acredita nisso. Apesar dos pesares, Alagoas está começando a abrir portas para eventos de Rock, tanto de grande, quanto de pequeno porte. É preciso ter em mente, entretanto, que isso ainda não é o bastante. Temos de encontrar nossos defeitos e corrigi-los, para que não aconteçam novamente. Não podemos esquecer também que as bandas precisam se unir para poder movimentar o cenário, aumentar o número de eventos e fortalecer o Rock em Alagoas. A R o c k Meeting deseja que em 2010 isso possa acontecer e transformar qualquer sonho, por mais impossível que possa parecer, em realidade.

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Especial Rock Meeting

MESTRES DO ÓDIO

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Banda lendária do Death Metal norte-americano faz turnê gigantesca pelo Brasil em 2010 e Maceió não fica de fora

Yzza Albuquerque

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ano vai começar bem para os headbangers alagoanos de plantão. 23 de janeiro de 2010 será a data de um acontecimento raro por aqui: o segmento brasileiro da turnê Masters of Hate passará pela capital alagoana, com a lendária banda americana de Death Metal Master como headliner. Acompanhando-os, estarão os novatos londrinos do Deathcore After Death e os brasileiros veteranos do Death Metal Predator (leia mais sobre os dois grupos na próxima página). Apesar da pouca fama, a Master, liderada por Paul Speckmann (baixo/vocal), entrou para a história da música pesada como precursora do estilo. Inovando desde o princípio, esta banda influenciou alguns dos grupos musicais mais ouvidos das mais variadas vertentes do Metal,

além dos grandiosos do Death Metal, como Obituary, Napalm Death e Entombed. Todo headbanger que se preza ouve pelo menos duas bandas que citam o som de Speckmann e Cia como fonte de inspiração. Dividindo o trono de reis do Death Metal com monstros consagrados mundialmente como Possessed, Death, Necrophagia e Morbid Angel, a Master surgiu no início dos anos de 1980 em Chicago sob o nome de Death Strike, após o encerramento das atividades de Speckmann na banda a que pertencia antes, chamada War Cry. O gatilho para o fim de sua participação na War Cry é atribuído à clássica In League With Satan, do Venom, pelo baixista/vocalista. Nas palavras da biografia publicada no s i te o f icia l de S pe ck m a nn.

Paul Speckmann, baixista, vocalista e fundador da Master

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Especial Rock Meeting (http://master-speckmetal.com), a faixa “quase imediatamente despertou a vontade de tocar um som mais pesado e agressivo”. O nome Master (“Mestre”) vem de uma frase da música Lord of This World, do Black Sabbath, onde Ozzy canta, “Você me fez mestre do mundo em que você existe”. As influências iniciais da Master incluem a ex-banda de Ozzy, além de Led Zeppelin e Deep Purple. A primeira banda de Speckmann, White Cross, na qual ele atuava como vocalista, tocava apenas covers de grupos musicais como esses. A Master possui um número difícil de calcular de álbuns. A trajetória da banda foi marcada por diversas dificuldades para encontrar uma gravadora disposta a lançar seus trabalhos. O primeiro álbum lançado oficialmente foi o Master, de 1990, pela Nuclear Blast. Manter-se ativo e funcionando no cenário underground é complicado em qualquer lugar, e isso não foi diferente para esta banda. Com Paul Speckmann no baixo e Bill Schmidt na bateria nos primeiros momentos de existência, a Master passou por problemas em sua formação desde o

início. Bandas como Motörhead, Metallica e Slayer estavam dando passos gigantescos no início dos anos de 1980, e o duo desejava seguir pelo mesmo caminho. Depois de testar 26 (isso mesmo, vinte e seis) guitarristas diferentes e não encontrar nenhum que servisse para o som que queriam fazer, Speckmann e Schmidt perderam um pouco do entusiasmo inicial, e a Master acabou ficando em segundo plano. Isso eventualmente levou ao abandono de Schmidt do posto de guitarrista, e a banda acabou. Foi aí que surgiu a Death Strike de Speckmann. Depois que a demo Fuckin’ Death da Death Strike começou a fazer sucesso no cenário do Metal menos popular americano, Schmidt retornou à banda e a Master renasceu. Após o fracasso de um contrato assinado com a Combat Records, a banda fincou raízes no underground e nunca saiu de lá. O último lançamento da Master data de 2007. Slaves to Society contém onze faixas com 45 minutos e meio de puro Death/Thrash Metal, o que iremos conferir ao vivo no mês que vem.

Predator foi fundada em 1996 por Roberto Ceccato (baterista), Luciano Hoffman (baixista) e Jener Milani (guitarrista/vocalista), em Caxias do Sul (RS). Em 2001, o lançamento da demo Hell on Earth cimentou o grupo como parte importante do Death Metal nacional. Em 2006, a popularidade da banda rendeu o videoclipe da música Osiris. Eles foram escolhidos no mesmo ano pelo departamento de cultura local como merecedores do prêmio Fundo Pró-Cultura, acontecimento inédito para uma banda de Metal até então. Em 2007, a Predator lançou o álbum Homo Infimus, muito aclamado pela crítica especializada. Atualmente, a banda é um dos carros-chefe da gravadora Death Toll Records. Master e After Death também integram o time.

fter Death é uma banda de Deathcore composta por cinco rapazes vindos de Londres. Os membros listam como grandes influências musicais bandas do porte de As I Lay Dying e In Flames. Quem ouve o som desses caras pela primeira vez, lembra quase imediatamente de atos de Deathcore também do Reino Unido, como os garotos super populares da Bring Me The Horizon. O grupo nasceu em 2005, por iniciativa de Marc Yacas (guitarrista), Barry O’Connor (baterista) e Leon Villalba (guitarrista), na época em que cursavam o ensino médio. Em maio de 2009, os rapazes lançaram o EP Eulogy. Em agosto, o atual vocalista, Kendo Ken, entrou para a banda. Mais tarde, o baixista Tim Kennelly completou o quinteto.

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Diário de Bordo

It was a long way to Morumbi if we wanted AC|DC ... Diário de bordo da ida ao show do AC/DC de Kedma Villar em São Paulo 17/08/2009 – Surgem os primeiros comentários de que a lendária banda australiana estaria no Brasil depois de 13 anos. Não havia informação sobre datas, mas dizia-se que era dado confirmado e que os fãs já poderiam se preparar para o show. E, claro, passei a entrar na rede diariamente para acompanhar as notícias. 24/09/2009 – Saem oficialmente as informações sobre os ingressos, além da confirmação de apenas uma apresentação no Brasil. Foi aí que tive certeza de que faria de tudo para ir àquele que deveria ser o último show da história da banda no Brasil. 01/10/2009 – Meia noite. Comecei a acessar o site da incompetente Ticketmaster, responsável pela venda dos ingressos. Mal sabia eu que ali começaria uma agonia que duraria treze dias. Fiquei até as 4h30 online sem sucesso. O web site estava totalmente congestionado e na hora de finalizar a compra “dava pau”. Fui dar uma descansada e retornei às 8h, dessa vez, tentando também nos telefones disponíveis, além de dar F5 na página. Tudo dava errado, mas, por fim, consegui comprar cinco ingressos para a pista pela internet. A confirmação, supostamente, seria dada através de um e-mail logo após o pedido. 02/10 a 09/10 – Nada de confirmação. Não sabia se o site tinha processado o pedido, os telefones não eram atendidos e a página da Ticketmaster saiu do ar. Através de chats, vi que

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o problema foi geral. Todo mundo fazia as mesmas queixas e críticas à TM (caso de PROCON), ainda mais porque pagamos R$ 50,00 a mais por cada ingresso, por causa de uma “taxa de conveniência”. A essa altura, eu e meus acompanhantes (minha filha e três amigos) já tínhamos comprado passagem e reservado hotel. 10/10 – Aparece o valor debitado no cartão. Mesmo que a TM pisasse na bola, eu já tinha alguma garantia. 13/10 – Finalmente, chega um SEDEX com os cinco ingressos, que foram guardados como barras de ouro em casa, mesmo sem eu nunca ter recebido a confirmação pelo site – tamanha a desorganização (explica-se aí porque só um show no Brasil). Daí até a hora do show, foi só ansiedade. 27/11 – Não conseguimos dormir. Nosso vôo partiu às 3h20 com destino a Guarulhos e tendo escala em Salvador. Chegamos cedo a Sampa. No Aeroporto, já víamos vários fãs com camisetas do AC/DC, chegando dos mais variados lugares. Fomos direto para a Avenida Paulista, comprar umas muambas eletrônicas ching ling com os coreanos, e depois fomos direto para o hotel, que, por sinal, tinha 73 hóspedes goianos que iam ao show.


Diário de Bordo O grande dia 16h15 – Pegamos um táxi do Itaim para o Morumbi. As notícias que chegavam dos amigos que ficaram em Maceió e pelo rádio do táxi eram de que tinha gente que tinha dormido lá, além de a fila dar voltas no estádio e também a possibilidade de chover muito, como nos outros dias. Nas proximidades, ainda no táxi, ambulantes nos ofereciam capinhas de chuva, e já chovia forte. A c a b a m o s comprando-as. Sobe ladeira, desce ladeira, fomos nos aproximando. Para quem não conhece, o estádio fica bem isolado, no meio de mansões. Então, só dá para chegar lá de carro ou a pé (ainda não há metrô e ou ônibus para lá). 16h55 – Saímos do táxi próximo ao estádio, no meio de uma multidão que se aglomerava em várias filas, cada uma diante de seu portão de entrada. Chovia fino e todo mundo já estava molhado. Entramos também na nossa fila. Os ambulantes dali ofereciam um produto pitoresco: uma tiara de chifrinho que piscava (referência a Highway to Hell), nas cores vermelha ou púrpura, a R$ 10,00. Não compramos de cara para poder pechinchar, mas uma galera enorme já estava usando o adereço. A fila fluiu rápido. Tudo tranquilo. O que se via era gente de todo tipo, do Glam ao Gótico. 17h25 – Entramos sem maiores problemas pelo portão quatro, que dava acesso à pista. Saindo do túnel, a adrenalina aumentou e nos demos de cara com aquele palco magnífico, decorado com o boné do Angus (Young, guitarrista) de um lado ao outro. As torres de iluminação e som eram gigantescas. As arquibancadas começavam a encher, enquanto na pista ainda tinha muito lugar para se posicionar. Chovia bastante nessa hora, o céu enegreceu, com nuvens carregadíssimas e

trovões, o que nos deu oportunidade de cantar “Thunderstruck” (Thuuuunder!) a cada relâmpago. Começamos a trocar umas ideias com a galera que estava por ali. Era gente de Brasília, Macapá, BH, Porto Alegre e até da Venezuela. 19h40 – A expectativa aumentava, enquanto ouvíamos Rock and Roll variado. A noite chegou e com ela a lotação máxima do estádio (cerca de 70 mil pessoas estavam ali). Um terço estava usando a tal tiara chifruda que piscava, o que resultou numa visão única do estádio, cheio de luzinhas vermelhas. Era apenas um prelúdio do que os sentidos teriam dali por diante. Helicópteros sobrevoavam o estádio sem parar. 20h30 – São dados os primeiros acordes de Nazi (ex-IRA), responsável pela abertura do show (ninguém entendeu o porquê de ele ser chamado para a tarefa, já que não tinha nada a ver com o clima AC/DC). Ele e banda executaram covers clássicos, terminando com Raul Seixas (acompanhado por Andreas Kisser). Foi descartável. Só foi bom porque deu pra gente mudar de lugar e ficar num canto “trocentas” vezes melhor. O som já estava perfeito e a chuva começava a parar. 23h15 – A chuva parou de vez e, com cinco minutos de atraso, começam nos telões maravilhosos uma animação de um trem em altíssima velocidade, cuja fornalha é alimentada por Angus. O trem está cheio de mulheres, que tentam amarrá-lo para conter a velocidade do trem, não conseguem e pulam. O trem continua a toda com Angus enlouquecido e colide no fim da linha, numa grande explosão.

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Diário de Bordo

Na hora da colisão do trem no vídeo, o palco todo se acende e o AC/DC inicia o show tocando “Rock N' Roll Train”. Nessa hora, entra também uma locomotiva de verdade, pesando seis toneladas, soltando fumaça durante todo o espetáculo. Ali começava nossa viagem. O set list e a resenha do show vocês já devem ter lido em um milhão de lugares, por isso vou destacar apenas algumas partes: Em “The Jack”, apareceram no telão várias garotas da plateia, o que é uma cena clássica que a gente vê nos concertos de rock. Era muito legal quando a galera se via. Algumas meninas levantavam a camiseta. E, claro, Angus fez seu strip tease tradicional. Em “Hells Bells”, outra integração fantástica com o cenário: antes de começar a música, desce um grande sino no palco, e o vocalista (Brian, 62 anos) corre pela passarela que foi montada pelo meio da galera e se pendura no sino, dando a primeira badalada. Já vi várias vezes em vídeo, mas estar ali... “TNT” T…N…T - acompanhada de muitas labaredas no palco. Em “Whole Lotta Rosie”, uma das cenas mais surreais foi a boneca gigante da Rosie, uma inflável de 30 m de altura (de cinta-liga e tudo mais), sentada sobre a locomotiva e acompanhando a música batendo o pé. SENSACIONAL! Quando veio "Let There Be Rock", quem achou que o Angus (54 anos) tava cansado, se surpreendeu. Começou a melhor performance do show, isso depois de mais de uma hora e meia de apresentação. Angus solando a toda, foi

acompanhado por mais uma animação que nos deu a oportunidade de viajar pelas capas dos álbuns do AC/DC. Os solos se seguiram por muitos minutos e, ao final, Angus andou-dançoutocou até o fim da passarela, onde foi elevado a vários metros de altura pela estrutura. Ele se jogou no chão e se contorceu alucinadamente, quando uma chuva de prata caiu sobre nós. INCRÍVEL! Fez-se uma pausa, e todos gritavam pelo bis. Nós estávamos perplexos diante de tanta perfeição. Em matéria de performance, som e imagem, ESPETACULAR! Então pudemos ouvir os acordes de “Highway to Hell”, clássico inconfundível da banda. Para terminar, entram no palco os tradicionais canhões de verdade que saúdam o rock, reforçados pelos canhões dos telões. A cada Fire!, eram disparados contra a platéia, que estava em êxtase. Foram, ao total, 19 músicas. Durante todo o show, a platéia cantou e pulou alegremente, sem confusão alguma, numa verdadeira festa do rock, como tem que ser. Quando pensávamos que tudo havia acabado, ainda fomos agraciados com uma bela queima de fogos de artifício, parecia um sonho. E que sonho! 28/11/2009 – Meia noite e meia. A locomotiva havia passado e nos devolvido à realidade. Foi o melhor show que eu já vi (superando Metallica, Iron Maiden, Judas Priest, Guns N' Roses e Megadeth). O AC/DC é o cúmulo do profissionalismo, tudo cronometrado nos mínimos detalhes. Foi emocionante do início ao fim. PERFEITO! LET THERE BE ROCK!

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Metal é a Lei

Metal é a Lei Ouça a rádio http://www.rockfreeday.com.br - Programa Metal é a Lei aos fins de semana nos três horários. Adicione no msn: programametalealei@hotmail.com Lula Mendonça

Embrio: "Die tonight", música nova da banda está disponível Está disponível a mais nova música de estúdio da banda Paranaense de thrash metal EMBRIO, chamada "Die Tonight", com novas influências, um linha bem mais pesada e rápida, porém, mantendo a essência da banda. SITE: www.palcomp3.com/embrio/

HellLight: segundo álbum lançado pela Ancient Dreams Records Com a proposta de tocar doom metal e tendo influências, diretas ou não, de nomes como BLACK SABBATH, CANDLEMASS, BATHORY e DANZIG, foi formado o grupo paulista HELLLIGHT. A banda, liderado pela dupla Fabio (vocais e guitarra) e Alexandre (baixo) e com participação dos músicos convidados Silvano (teclado) e Phill (bateria), lançou seu segundo álbum, intitulado "Funeral Doom", pela gravadora alemã Ancient Dreams Records (www.ancientdreams.de). SITE: www.myspace.com/helllight

AcllA: música e capa da nova banda de Eloy Casagrande Foi disponibilizado no

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canal oficial do Youtube da banda AcllA o vídeo contendo uma pré-mix da música "The Totem" que estará presente no álbum "Landscape Revolution" O vídeo contém diversas imagens da banda e seus membros, inclusive as primeiras imagens da capa do álbum, que até então estava sendo mantida em segredo. A arte da capa foi feita pelo renomado artista Gustavo Sazes, que tem em seu curriculo artes das capas do Arch Enemy, Almah, Lauren Harris, entre outros. O AcllA é formado por Tato Deluca (voz), Bruno Ladislau (baixo), Denison Fernandes (guitarras), Chrystian Dozza (guitarras) e Eloy Casagrande (Bateria). SITE: www.aclla.com.br

Enforcer: banda está prestes a entrar em estúdio Após um ano focada na composição do seu debut álbum, a banda ENFORCER finalmente entrou em estúdio no último dia 19 de dezembro para registrá-lo. O estúdio escolhido pelo grupo foi o Daufembach de propriedade de Adair Daufembach, que foi responsável pela gravação das primeiras Demos do quinteto. O primeiro álbum do ENFORCER, ainda sem título definido, tem previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2010. SITE: www.enforcerband.com


Metal é a Lei V e r s O v e r : lançamento do CD/DVD "Live Perspectives" Lançado em Dezembro de 2009, "Live Perspectives" é o quarto disco do Versover, sendo o primeiro de gravação ao vivo, em que a banda se reuniu com sua formação original, Rodrigo Carmo, Gustavo Carmo, Fernando Hagihara e Maurício Magaldi, depois de mais de sete anos sem tocarem no mesmo palco. O álbum também teve participação de Fábio Laguna, da banda Hangar, nos teclados. No dia 09 de janeiro de 2010 a banda fará o show de lançamento oficial, na cidade de Bebedouro (interior de SP) que contará com a participação mais do que especial de Aquiles Priester (Hangar), assumindo as baquetas da banda durante o show. SITE: http://versover.wordpress.com/

Kamala: músicas do novo álbum disponíveis no MySpace Após o lançamento de seu segundo CD oficial "Fractal", pela Free Mind Records, a banda de Thrash Metal KAMALA liberou para audição 4 músicas em seu MySpace oficial: "Consequences", "Purify", "The Fall" e "Determination". O álbum foi produzido novamente por Ricardo Piccoli (Sunseth Midnight), mesmo produtor do primeiro álbum. Em breve a banda divulgará o Clipe da música "Consequences", que teve o Teaser divulgado recentemente. SITE:

w w w. my s p a c e . c o m / k m l t h ra s h

P r e d a t o r : divulgados nome e capa de novo material

prepara o lançamento seu novo Single já intitulado "Earthquake". O material, que sairá em parceria pela Death Toll Records e Free Mind Records, contará com 3 músicas inéditas, além de 7 músicas resmaterizadas das 3 primeiras demos da banda. A capa foi desenvolvida pelo artista Carlos Fides da Art Side Digital, uma das parceiras da Death Toll Records. A banda também prepara um novo álbum que será gravado, mixado e masterizado na Inglaterra por Russ Russell (NAPALM DEATH, Dimmu Borgir, EVILE, etc) e tem previsão de lançamento para julho de 2010 na Europa, onde a banda fará uma turnê ao lado do lendário WHIPLASH e dos compatriotas do TORTURE SQUAD, e em agosto de 2010 no Brasil pela Free Mind Records. SITE: www.myspace.com/predatordeath

T u a t h a d e Danann: lançado oficialmente o primeiro DVD Os fãs da maior banda de Folk Metal do país já podem comemorar. O DVD "Tuatha de Danann Acoustic Live" já foi lançado no Brasil. O lançamento traz na íntegra um show acústico realizado em São Paulo-SP com os maiores sucessos do grupo. O DVD foi lançado pela gravadora Louder Music e conta com um moderno sistema de áudio e vídeo. A arte da capa, produzida em embalagem luxuosa, também ressalta a atmosfera céltica das músicas. O vídeo destaca as músicas: "Trova di Danu", "Celtia", "Si Beaq Si Mor", "Believe It's True", "Behold The Horned King", "Tingaralatingadum", "Imrahma", "Us", "Tir Nan Oq (Land Of Youth)", "The Dance Of The Little Ones", "Tan Pinga Ra Tan", "Finganfor", "The Last Words", "Abracadabra", "The Oghmas' Reel" e "The Wheel". O dvd já pode ser adquirido pela internet no site: www.louder-music.com . SITE: www.tuathadedanann.com.br

A banda PREDATOR

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Eu Estava Lá A Rock Meeting, nessas últimas semanas, tem participado de alguns eventos que ocorreram em Maceió.Você pode conferir as fotos dos eventos We are slave of sin e a 1° Cultural no Centro. Fotos são assinadas por Pei Fang Fon. Quer postar a sua foto aqui? Envie para contato.rockm@gmail.com

Veja estas e outras imagens na galeria de fotos da Rock Meeting

http://www.flickr.com/photos/revistarm

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Perfil RM A Rock Meeting, especialmente, traz para os seus leitores, umas das figuras mais conhecidas em Maceió, Almir Lopes. Ele é o nosso colunista mensal e dono do Boteko do Rock, um dos blogs mais acessados e underground de Alagoas. Confira agora o perfilado do mês e toda a sua história.

Rock Meeting– Quem é você?

1-

Sou Almir C. Lopes, 44 anos, alagoano, casado, autônomo, amante da boa música, viciado em Rock n´Roll, idealizador do Boteko do Rock e pai de uma garota chamada Isys Lopes. RM - Como surgiu o seu interesse pelo Rock and Roll? Almir - Em 1978, com 13 anos, ouvindo Queen, um compacto simples do álbum “Noticias do Mundo”. Muito embora naquela época a Disco Music estava em ascensão e influenciou muita gente. Bandas como Earth, Wind & Fire, KC And The Sunshine Band, que tinham uma pegada mais Soul, Funk, Pop e Disco, ocupavam as paradas de sucessos naquela época, mas o Queen me fez despertar para o Rock n´ Roll. RM- Você já vivenciou muita coisa durante esses anos, mas qual o momento que consideras mais importante? Almir - Sem dúvida, os shows do Deep Purple em 2003, Scorpions 2007/2008 e o do Iron Maiden, este ano. RM- Qual a sua visão de rock hoje em comparação com o passado? Almir - Hoje em dia existe uma diferença enorme com o advento da Internet. No final dos anos 70, por exemplo, para assistir um vídeo de uma banda, você tinha que esperar a boa vontade da mídia televisiva para poder saciar seu desejo de fã. Os lançamentos em vinis sempre chegavam com um atraso de, no mínimo, um ano; não existia esse imediatismo que hoje em dia a web lhe

proporciona. Baixar um CD inteiro antes do seu lançamento oficial era, no mínimo, surreal naquela época. Eu acho que esse fato é o mais significativo atualmente, sem contar que os jovens de hoje não dão o valor adequado a informação no contexto geral, o MP3 esta acabando com o valor físico da música. Eu por exemplo até hoje me interesso pela arte gráfica, quem produziu e tocou no álbum tem todo um contexto e que está cada dia ficando esquecido. Em relação a música em si, prefiro ficar com os anos de 1970. RM - Dentro do cenário do rock alagoano, o que você destaca de positivo e negativo e por quê? Almir - O fator positivo é que existe uma turma que ainda acredita e não deixa morrer a cultura rock n´roll. Por outro lado a música em geral, de certa forma, perdeu a qualidade. Um bom conteúdo da cultura rock se alimenta de boa música, a baixa qualidade reflete de forma negativa para quem começa a despertar musicalmente. RM - Como surgiu o Boteko do Rock? Almir - O Boteko surgiu depois de um ano, a intenção inicial era divulgar a cena alagoana, mas percebi que se fosse apenas abordar a cena local, o Blog não teria esse dinamismo que tem atualmente. Descobri que meus conhecimentos em relação ao Rock local é muito limitado, já que sempre fui fã do Rock Inglês, e sempre meu interesse foi de âmbito mundial, como a própria cultura rock n´ roll, ou seja, sem fronteiras.

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RM - Com base na sua bagagem de vida, faça o seu Top 5 dos melhores álbum e justifique em poucas linhas. Almir - Essa é difícil... mas vamos lá.... 1 – Queen: "News of The World" (1977), esse álbum contém 2 hinos do Rock mundial “We Are The Champions” e “We Will Rock You”; 2 – Queen: “Live Killers” (1979), foi a mais longa turnê da Banda, sem intervalos, o Queen rodou o mundo entre 1977 a 1981, o álbum é um Greatest Hits ao vivo, abordando a fase áurea da banda, maravilhoso! 3 – Scorpions “World Wide Live” (1985), foi o segundo álbum ao vivo de uma banda que mais ouvi sem parar; 4 - Led Zeppelin: “Led IV” (1971) – lançamento do CD em 1990, foi ai que descobri e sou fã até hoje, foi sem dúvida uma descoberta tardia, mas valeu a pena, todo o álbum é uma fábrica de hits; 5 – Pink Floyd: Dark Side Of The Moon (1973), sem dúvida um marco sem precedentes do Rock Progressivo, possuo a edição comemorativa de 25 anos, com direito a CD Gold, Caixinha com mecanismo especial ao abrir, áudio

Ultradisc II em Edição Limitada. “Precisa dizer mais alguma coisa?”. RM - Você como colunista da Rock Meeting, como se sente em escrever sobre o que mais gosta? Almir- É sem dúvida extremamente gratificante ter a oportunidade de expressar o conhecimento adquirido em todos esses anos, ou seja, dividir conhecimento é também um aprendizado. RM - Alagoas é um ótimo Estado, mas... Almir - Precisa de administradores públicos que tenham uma visão mais apurada de desenvolvimento seja ele: turístico, cultural ou social. Com a atual situação política, não vamos sair do atraso tão cedo. RM - Sua mensagem final para os leitores. Almir -Gostaria de agradecer a todos da revista por ceder mais esse espaço, e já que estamos as vésperas do final de ano, desejo a todos os leitores desta revista muita paz, saúde e um grandioso 2010.

Você conhece o mais novo portal de fotos da Rock Meeting? acesse: www.flickr.com/photos/revistarm E se veja na Rock Meeting


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