Revista Rock Meeting #20

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Editorial Frustração - s. f. Ato ou efeito de frustrar(-se). Frustrar - v. 1. Tr. dir. Enganar a expectativa de; iludir. 2. Tr. dir. Fazer falhar, tornar inútil; baldar. 3. Pron. Não suceder o que se esperava; É bem assim que muitos se sentem quando não alcançam seus objetivos, mesmo que eles sejam menores, mas é um degrau que deve ser subido. Um passo de cada vez. É mais ou menos assim que são as coisas, independente da área. Desânimo - s. m. Falta de ânimo; Ânimo - s. m. 1. Alma, espírito, mente. 2. Gênio, índole. 3. Coragem, valor. 4. Desejo, intenção. Coragem, quem tem? Poucos. Quem se arrisca pelo incerto? Não conheço alguém em sua sã consciência que deixaria tudo para seguir o vir a ser. Muitos projetos estão sendo pensados, conversados, criticados, mesmo assim, espero que saiam apenas do papel e se tornem realidade. Coragem é preciso quando se luta pelo que quer. Desistir, por quê? O que houve? Na primeira armadilha da vida não tem forças. Coragem! Poderia até citar situações, porém é muito mais viável que cada um olhe para si e veja o que realmente está buscando. É tão individual uma decisão, mas que muda um conjunto, um grupo. Para aqueles que querem desistir, aí vai um conselho: erga-se e levante a cabeça. Não há nada melhor do que refletir. A reflexão nos traz as verdadeiras respostas e nos conduz à lucidez necessária para tomar uma decisão. Portanto, decida-se e permaneça. Só isso. E não lamente depois.


Nesta Edição: 02 - Darth Jeder 04 - Autopse 07 - World Metal 09 - Death Tribute 12 - Especial Chuck 16 - Capa -Torture Squad

21 - Conversa de Luluzinha 23 - Diário de Bordo 26 - O que estou ouvindo? 29 - PerFil RM 31 - Eu estava lá


Expediente Direção Geral Pei Fang Fon Fotografia Pei Fang Fon Revisão Jonas Sutareli Yzza Albuquerque Capa Lucas Marques Pei Fang Fon Equipe Daniel Lima Jonas Sutareli Lucas Marques Pei Fang Fon Yzza Albuquerque

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Jeder Janotti Jr. - Headbanger e professor da UFAL-UFPE

Lemmy is god Queridos leitores, a frase estampada aí em cima é uma doce lembrança de meus primeiros passos no mundo do heavy metal. Naquela época, meados da década de oitenta, o mercado brasileiro de discos estava cheio de novidades oriundas do mundo do rock. Antenados com o que estava acontecendo na Inglaterra e nos EUA, começavam a chegar por aqui os primeiros discos da nova safra metal e entre eles um que marcou para sempre minha vida: No sleep´til Hammersmith. Gravado ao vivo em Londres em 1981, o petardo do Motorhead era a coisa mais pesada que se tinha notícia! O guitarrista Fast Eddie, o baterista Philthy Animal Taylor e o baixista/cantor Lemmy Kilmister faziam o rock da década de setenta parecer música de ninar. Overkill com seu bumbo duplo era adrelina e peso: “Only way to feel the noise is when is good and loud!!”. Sina dos tempos, hoje canções como 'Overkill' e 'The Ace of Spades' continuam sendo grandes, mas soam como rock and roll pesado, perto das sonoridades do metal extremo, elas parecem canções de ninar. Dá até para entender o que Lemmy está cantando. Agora. Caro leitor, você pode se antecipar ao que vou dizer e pensar: “lá vem a velha melancolia saudosista dos roqueiros quarentões, que acham que música boa era a de seus tempos”. Ledo engano. Quero falar do que permanece, de uma lenda do mundo do rock: Lemmy Kilmister, de um bordão que continua a assombrar não só o mundo do heavy metal como do rock em sentido amplo: “Lemmy is God”, a frase que eu repetia para afirmar orgulhoso o que pensava de um dos maiores rockers da história, continua viva e sendo difundida pelo mundo todo. Quem ainda não viu o documentário Lemmy the movie: 49% 'Motherfucker,' 51% 'Son of a Bitch' deve correr e baixá-lo, lá está a lenda, o mito, o homem rock, pai e velhinho: hoje, Lemmy Kilmister está com 65 anos, mas continua sendo sinônimo de bom rock! 02 Rock Meeting


Antes que venham confundir o ícone Lemmy e sua valorização como ídolo que atravessa gerações com “adoração” ou fervor religioso, é bom dizer que esse não é o caso aqui. Como diz Lemmy em Rock´n´roll music, faixa gravada no recémlançado álbum do Motorhead, 'The world is yours': “rock´n´roll music is my religion/I don´t need no miracle vision/I don´t need no indecision/ look me right in the eye/rock and roll music gonna set you free? Know is gonna kick you outta your tree/ gonna get you right to where you wanna be/ do it tillthe day I die”, ou seja, só se for da religião contra os dogmas e certezas religiosas. Mas o que mais me chama atenção é a integridade da marca Lemmy. Ninguém em sã consciência vai achar que os atuais discos dos Rolling Stones ou de mesmo de Ozzy são os melhores de suas carreiras, quase todos irão concordar que sua grande produção está associada a décadas passadas, hoje seus álbuns servem para alavancar imensas turnês em que uma ou outra faixa nova são executadas ao lado de uma penca de antigos sucessos. Não é o caso de Lemmy. A produção recente do Motorhead é tão vintage como seus primeiros álbuns. A faixa de abertura de The world is yours, Born to lose já é um novo classic do cancioneiro roquenroll, e é isso que faz com que figuras como James Hetfield, David Grohl e Ozzy tenham Lemmy como sinônimo de honestidade e boa música. Aliás, boa música não, música de primeira, para dançar nas sepulturas, matar a própria morte, enfim, tornar o mundo um lugar mais ameno. Mas, deixa pra lá, afinal os deuses não devem ser incomodados. Lemmy Kilmister: Born to lose, live to win.

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‘Descontrole Mental’ Novo CD da Autopse Por Lucas Marques (@lucasmarx | lucas@rockmeeting.net) Fotos: Pei Fang Fon (@poifang | peifang@rockmeeting.net)


No dia 16 de abril, o KFOFO MUSIC BAR foi mais uma vez o centro do metal alagoano. A banda Autopse promoveu um evento para o lançamento de seu primeiro albúm, intitulado “Descontrole mental”. O evento foi composto por 4 bandas, além da Autopse, bem conhecidas do público local; Whishes, Never Say Die Juliet, No Cure e Penitência. O evento estava previsto para começar às 16 horas, mas por atrasasos não revelados, os shows só tiveram início após às 19 horas, ou seja, três horas de atraso. Nada fora do normal para os padrões dos pequenos shows da cena maceióense. O público certamente correspondeu às expectativas, apesar de não ter sido de longe o maior público do KFOFO, a presença de expectadores – em termos numéricos – até a metade da noite foi satisfatória.

Show Quem abriu o evento foi a banda Whishes, que nunca deixa a desejar em suas apresentações. Como sempre, levando suas músicas próprias e alguns covers de sucesso, como Coal Chamber, a banda deu o gás inicial ao evento, deixando a porta do local vazia de imediato. Após a Whishes, quem passou a comandar as atividades foi a bem conhecida de todos e capa da edição passada da RM, Never Say Die Juliet. A banda certamente está em sua melhor fase, fazendo shows realmente instigantes para quem curte o seu estilo. A NSDJ fazia uma boa performance quando ocorreu um lamentável incidente. Estamos acostumados a ver pequenos tumultos em todos os shows, pequenas confusões causadas no calor de um show empolgante, desentendimentos rapidamente discipados. Porém o que aconteceu nesse momento foi algo que há muito tempo não era visto em um show do gênero. Por motivos ainda não esclarecidos, iniciou-se um tumulto muito grande, a pancadaria (no pior sentido do termo) rolou solta, resultando em narizes quebrados, polícia e mais da metade do público indo embora do local. Certamente isso fez com o que o show tomasse um rumo que não era esperado pelos organizadores e por quem foi curtir as bandas de maneira pacífica. Assim encerrou-se a apresentação da banda Never Say Die Juliet, com a frustração estampada nos rostos dos caras que faziam um bom show. 05 Rock Meeting


Após a ordem ter sido reestabelecida em meio às ameaças de fim de show proferidas pelo dono da casa, a anfitriã do evento, a banda Autopse, subiu ao palco. Com o público bastante reduzido, o grupo que estava lançando seu primeiro cd não deixou que a frustração destruísse a noite. A Autopse tocou com a empolgação de casa lotada, rolando muitas músicas próprias e alguns covers. Apesar do insidente anterior, o banda respeitou o público presente e fez bonito. O público era muito pequeno quando a No Cure tomou a sua vez no palco, porém quem ficou curtiu intensamente o show da mais antiga banda cover de System Of A Down do estado. Com todo mundo com as letras na ponta da língua, o show da No Cure, apesar do micro público, foi o mais dinâmico da noite, dando ânimo até para serem criados pequenos circlepits. E assim se encerra o lançamento do primeiro álbum da banda Autopse, em meio a ótimas bandas e pancadaria sem justificativa. Mas, apesar dos pesares, foi um ótimo evento para quem foi curtir e para quem ficou até o final.

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Jimi Hendrix: 5 mil palhetas para reproduzir guitarrista O artista Ed Chapman usou 5 mil palhetas para formar um mosaico da lenda das seis cordas, Jimi Hendrix. Fã declarado de rock, Chapman colocou sua obra num leilão realizado no Abbey Road, templo dos Beatles. O dinheiro arrecadado com a obra, quase R$60 mil, foi para o Instituto Britânico de Pesquisa de Câncer.

Poison: vocalista prepara seu lançamento solo

Bret Michaels confirmou o nome de seu novo álbum solo. “Get Your Rock On” será lançado dia 14 de junho, exatamente uma semana após o começo da turnê do Poison com o Mötley Crüe. Fontes ligadas ao cantor declaram que esse disco trará mais influências roqueiras agregadas ao Country, soando como uma mistura de Garth Brooks, John Mellencamp, Lynyrd Skynyrd e Aerosmith.

Gamma Ray: Cante no próximo EP que a banda lançará

O novo EP do Gamma Ray, pode ter a sua voz nele. A banda teve a ideia de regravar algumas músicas dos últimos CDs, incluindo o clássico “Rebellion in Dreamland” em versão karaokê! Para participar, você tem que cantar a música, gravar e enviar o arquivo para a banda selecionar até o dia 30 de maio (quarta-feira). O EP será lançado em formato digipack, se chama “Skeletons and Majesties” e vai ser lançado na América do Norte no dia 31 de Maio. A proposta

Slayer: divulgados valores de show no Via Funchal

O site do Via Funchal foi atualizado com os valores de ingressos para o show do Slayer que acontecerá no dia 9 d e junho. Pista: R$150,00 Mezanino: R$200,00 Camarote: R$250,00 Mais informações no link abaixo. http://www.viafunchal.com.br/shows.asp?ID=508

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é ser um negócio divertido. Ele traz as seguintes músicas, divididas em três partes: Skeletons 1. Hold Your Ground 2. Brothers Majesties 3. Send me a Sign (versão

acústica) 4. Rebellion in Dreamland (versão acústica) Faixas bônus: 5. Wannabees (primeira vez em CD) 6. Brothers (versão extendida) 7. Rebellion in Dreamland (versão karaokê) Para mais informações acesse http://www.gammayray.org

Arch Enemy: video clipe da “Yesterday Is Dead And Gone” A banda sueca de Melodic Death Metal, Arch Enemy, lançou um novo video clipe, desta vez para a música “Yesterday Is Dead And Gone”, que pertence ao álbum “Khaos Legions“, a ser lançado no dia 30 de maio na Europa e 07 de junho nos EUA via Century Media Records. Veja o vídeo: http://www.youtube.com/ watch?v=ZYRMwfM4w54


Metallica: Stephen King revela ouvir banda enquanto escreve O conhecido escritor de contos de horror Stephen King ainda se diverte ouvindo bandas como Metallica enquanto escreve suas histórias e novelas, de acordo com uma entrevista recente. Ele diz, “Metallica, Anthrax, ainda escuto esses caras quando trabalho... Tem uma banda chamada Linving Things que eu gosto bastante. Muito alta. Nunca liguei muito para Ozzy Osbourne... Black Sabbath não funciona comigo.” A participação mais famosa de King no Rock n’ Roll se deu com o álbum “Who Made Who”, do AC/DC, feito para ser a trilha sonora de seu filme “Maximum Overdrive”. (Nota do editor: sem esquecer sua ligação com o Ramones...)

Grave Digger: Divulgadas datas da turnê brasileira Anunciadas duas apresentações do Grave Digger no Brasil. No dia 23 de julho a banda se apresenta em São Paulo no Carioca Club e dia 24 de julho em Curitiba, no John Bull Music Hall. Os ingressos para a apresentação em São Paulo já estão a venda através do site da Tickets Brasil.

http://migre.me/4hDQp Tarja Turunen: “Underneath”, novo single digital A solista, Tarja Turunen, lançará um novo single, somente via digital, “Underneath”, em 22 de abril. O single, composto por três músicas, será disponibilizado para a Áustria, Suíça, Rússia, Polônia, Finlândia, Suécia, Ucrânia, França e Reino Unido. É composto de duas versões inéditas da linda balada “Underneath”, mais uma faixa inédita em espanhol. “Underneath” tracklist: 01. Underneath (rádio mix) 02. Underneath (mix orquestral) 03. Montañas de Silencio

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Morbid Angel: disponível amostra de novo single

Uma amostra de “Nevermore”, primeiro single do novo álbum do Morbid Angel, “Illud Divinum Insanus”, já pode ser ouvido no site da Amazon. O single estará disponível no dia 16 de maio através de download digital e vinil de 7 polegadas. O lado B terá uma versão exclusiva da música “Destructos Vs. The Earth” remixada pelo Combichrist.

Ingressos: Pista Promocional 1º Lote: R$80,00 + taxa de conveniência Pista Estudanteº Lote: R$50,00 + taxa de conveniência Camarote 1º Lote: R$120,00 + taxa de conveniência (promocional e estudante) Censura: 14 anos Realização e Informações: Negri Concerts http://www.negriconcerts.com.br Local: Carioca Club Endereço: Rua Card Arcoverde, 2899 - Pinheiros, São Paulo Symfonia: “In Paradisum” disponível para audição na integra

“In Paradisum”, o álbum de estréia da banda Symfonia, projeto de metal melódico com exmembros do Helloween, Stratovarius, Angra e Sonata Arctica, pode ser ouvido no link mais abaixo. Lançado na Europa no dia 01º de abril através Edel Germany GmbH e no 19 de abril na América do Norte através Armoury Records, “In Paradisum” Para ouvir o álbum na integra acesse AOL Music; visite www.symfonia.fi.


Death Tribute Headbangers homenageiam Chuck Schuldiner Banda Goreslave (Death Tribute) faz tributo ao vocalista da Banda Death no KFofo Por Daniel Lima (@daniellimarm | daniel@rockmeeting.net)

Quando a música não faz parte do contexto musical atual, costuma-se dizer que ela é velha e as pessoas não aguentam mais ouvi-la. No Metal acontece o contrário. Ela se torna um clássico e vai passando de geração para geração. Death é uma dessas bandas que irá ultrapassar gerações e não será esquecida, tanto é que no dia 09 de abril no Kfofo, aconteceu um tributo para homenagear não só a banda, mas também lembrar os dez anos da morte de Chuck Schuldiner, fundador da Death. O Tributo Com duas horas e meia de atraso e o público esperando debaixo chuva, fraca, mas chuva, a primeira banda a subir no palco foi Goreslave que mostrou mais uma vez a potência que tem o Death Metal alagoano. Músicas que variavam entre a primeira Demo Tape e clássicos do Metal, eles não deixaram ninguém desanimado, já que o dia foi bastante chuvoso e todos sabem o quanto é difícil o público comparecer nesta situação. Goreslave surpreende o público com um clássico do Thrash Metal, ‘Pleasure To Kill’ da banda alemã Kreator e outras do Death Metal como Cannibal Corpse. Eles deixaram o palco muito aplaudidos como sempre para que em poucos instantes retornassem com surpresas e convidados. 09 Rock Meeting


Logo após, Death Tribute que é um projeto entre os integrantes da Goreslave, junto com João Goulart (guitarra) e Renato (vocal). Na verdade não foi um show, foi uma festa para ouvir os clássicos da gloriosa banda Death e relembrar Chuck Schuldiner que deixou órfãos os fãs de Metal. O show iniciou com uma das músicas mais conhecidas (se não a mais) chamada The Philosopher do álbum ‘Individual Thought Patterns’ de 1993. Já o público correspondeu à altura cantando e batendo cabeça. Em um determinado momento do show, Canuto (Foxy) foi convidado para tocar uma música junto com o pessoal do Death Tribute que com certeza foi uma ótima parceria. Depois de várias surpresas, o Death Tribute encerra seu show bastante aplaudido e o público ficou com a esperança de que esse projeto possa se repetir, já que ele foi criado para esse evento e como foi aprovado pelos presentes, quem sabe possam vir novas surpresas mais a frente! A terceira banda foi Imdy Project (Iron Maiden Cover). Nesse momento o público já havia reduzido um pouco. Iniciou seu repertório com a música ‘Satellite 15... The 10 Rock Meeting

Final Frontier’ e em seguida clássicos como ‘The Trooper’, ‘Blood Brothers’ e ‘Killer’, além da música de trabalho ‘El Dorado’. Durante o show a iluminação apagou e assim permaneceu durante algum tempo. Mas eles não pararam e continuaram a apresentação. Lobão subiu ao palco para falar que houve uma falha na iluminação que ficou prejudicada, mas o show continuaria e assim aconteceu. Imdy Project continuou tocando até que a luz voltou e assim continuou até encerrarem a apresentação. Uma ótima apresentação que teve a estreia de dois novos integrantes que são Zenitilde Neto no vocal e Phillipe na guitarra. A banda está de parabéns pelo show. Para encerrar, por volta das três e dez da amanhã a banda Abismo sobe ao palco com o público mais reduzido ainda. Não é fácil tocar a essa hora quando se trata do undergound em Alagoas, mas os caras estavam dispostos a fazerem o melhor para o público que ainda estava presente. Iniciaram o show tocando músicas próprias e o tempo teve que ser bastante reduzido pelo atraso para o início do show. Essa redução no tempo não foi apenas com eles, outras bandas também foram prejudicadas com isso. O público já estava cansado e ficou observando o show, o que é chato para uma banda que está se apresentando mas que pode ser compreendido pelo horário e o cansaço de todos. Com certeza o show foi encerrado com chave de ouro. Um fato que chamou bastante a atenção durante esse evento foi que a polícia militar entrou no recinto e colocou uma pessoa para fora por tentar tulmutuar uma noite de festa e que todos estavam ali para se divertir. Foi lamentável, mas ocorreu. Há pessoas que passam pela vida e nem são notadas, Chuck Schuldiner não foi uma dessas. Marcou época, uma geração de fãs de Death Metal e foi um choque para todos os admiradores a sua partida, já que o Metal perdia um gênio para a eternidade. A certeza que se tem é que ele deixou um grande legado para a história do Heavy Metal que jamais será esquecido. Rest in piece.



CHUCK SCHULDINER 1967 - 2001

Por Yzza Albuquerque (@yzzie | yzza@rockmeeting.net)



O tempo passa muito rápido. A impressão que fica é a de que foi ontem, mas já se foram quase dez anos desde a morte do homem que ficou conhecido como o pai do Death Metal. Charles Michael Schuldiner, ou simplesmente Chuck Schuldiner, nasceu em 13 de maio de 1967, em Long Island, no estado de Nova Iorque. Era o mais novo de três filhos de pais judeus. Para alguém que carrega tamanho rótulo nas costas, Chuck surpreenderia qualquer um, a começar por sua juventude: era um moleque comum. O interesse pela música surgiu somente aos nove anos de idade, porque ganhou um violão dos pais, depois da morte do irmão mais velho, Frank. Após um ano, ganhou uma guitarra, conseguiu alguns amplificadores, e daí em diante, nunca parou de tocar. Chuck foi um homem disciplinado e cheio de princípios em muitos aspectos de sua vida. Aprendeu a tocar guitarra e escrever música sozinho, e costumava praticar tudo o que sabia por três horas todos os dias, durante a semana, além de se trancar em seu quarto durante os fins de semana, a fim de fixar e melhorar suas técnicas. Fora do mundo musical, sempre foi contra o uso de drogas, muitas vezes, inclusive, adotando uma postura radical a respeito. Outro fato bem curioso é que Chuck foi um ótimo aluno nos tempos de escola, e morreu arrependido de ter largado os estudos, embora não se ressentisse de ter seguido carreira de músico. Também não era homem de vanglórias: quando questionado sobre ser visto como o pai do Death Metal, respondia afirmando ser “apenas um cara de uma banda de Metal”. Deixando a modéstia de Chuck de lado, qualquer headbanger precisa, ao menos, reconhecer a importância desta figura ilustre do Metal. Entenda o motivo. O contexto Chuck, no auge de sua adolescência, gostava de frequentar shows de Heavy Metal e Rock and Roll com os amigos. O músico sempre citou, como suas principais influências, KISS, Iron Maiden e o cantor britânico Billy Idol, além de possuir muito interesse em bandas que faziam parte do movimento “New Wave of British Heavy Metal” (NWOBHM). Mas eis o fator determinante para o nascimento de uma 14 Rock Meeting

lenda: Chuck, na década de 1980, se encontrava exatamente no meio do alcance de um monstro do Metal em ascensão – o Thrash. Bandas como Slayer, Metallica, Anthrax, Megadeth, Exodus e Testament geravam grande impacto tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa, o que, inevitavelmente, acabou influenciando e refletindo em Schuldiner. E isso, obviamente, gerou resultados: em 1983, aos 16 anos de idade, ele deu início ao que se tornaria a maior banda de Death Metal que já existiu.

Death: o início Em 1983, Chuck deu vida à Death, que, na época, se chamava Mantas. Ele ainda morava com os pais, em Orlando, na Flórida. Ao lado de Kam Lee e Rick Rozz, começou a compor e gravar canções em fitas cassetes, que passaram, juntamente com a demo “Death by Metal”, pelas mãos de inúmeros colecionadores de fitas ao redor do planeta, gerando enorme comoção e estabelecendo o nome da banda pela cena underground, mundo afora. Entretanto, em 1984, Chuck dissolveu a Mantas, formou a Death (com os mesmos integrantes) e passou a lançar demos sob o novo nome, a primeira delas sendo a aclamada “Reign of Terror”. Depois do lançamento de uma nova demo (“Infernal Death”), da demissão de Kam e Rick, das tentativas frustradas de encontrar novos músicos e de uma breve passagem pelo Canadá, Chuck mudou-se para São Francisco, onde gravou a demo que lhe garantiu um contrato com a Combat Records, “Mutilation”. “Scream Bloody Gore”, o primeiro LP da banda, foi lançado em 1987, e arrebatou a milhões de fãs de Metal ao redor do mundo. Até hoje, é considerado o primeiríssimo disco de Death Metal de todos os tempos. Death: 1988 - 1992 Em 1988, Chuck, Terry Butler, Bill Andrews e Rick Rozz, que depois seria, mais uma vez, demitido (e substituído por James Murphy), lançaram o segundo álbum da banda, “Leprosy”, de tom e qualidade bem diferentes e superiores ao trabalho de estreia da Death. Em 1989, Chuck deu início às gravações de “Spiritual Healing”, seu terceiro lançamento. A essa altura do campeonato, o músico já tinha abandonado a confecção de letras que abordavam temas grotescos e sangrentos, e se dedicava mais a


assuntos de cunho social, embalados por um fundo musical mais complexo e técnico. Após um episódio constrangedor em 1990, quando desistiu de uma turnê na Europa por causa de desorganização e foi surpreendido por seus parceiros de banda se apresentando sem ele, Chuck decidiu passar a contratar músicos temporários, ao invés de dividir o espaço permanentemente com outras pessoas. Em 1991, lançou o álbum “Human”, que é mais técnico ainda que seus trabalhos anteriores, e é, até hoje, o álbum mais vendido da Death. Turnês de divulgação do álbum foram feitas durante 1991 e 1992.

Death: o fim Chuck trabalhou, em 1993, com Gene Hoglan (ex-Dark Angel) e Andy LaRocque (atual guitarrista do King Diamond) nas gravações de seu quarto lançamento, “Individual Thought Patterns”. A época de lançamento desse álbum ficou conhecida como o auge do sucesso comercial da Death, e seus videoclipes estavam sendo veiculados constantemente em emissoras como a MTV americana. Em 1994, a banda de Chuck foi contratada pela Roadrunner Records, e foi debaixo da asa desse selo que a Death lançou um dos álbuns mais cultuados pelos fãs de Metal dos últimos anos: “Symbolic”, de 1995. Após o lançamento do quinto álbum, Chuck deixou seus afazeres de lado por um tempo para se concentrar em um projeto paralelo de Metal Progressivo, chamado Control Denied. Após assinar um contrato com o selo independente Nuclear Blast, onde concordava em compor para as duas bandas que mantinha, Schuldiner acabou lançando, em 1998, “The Sound of Perseverance”, o álbum que marcou o fim da Death. 15 Rock Meeting

Batalha contra o câncer e morte Em maio de 1999, Chuck passou a sentir fortes dores no pescoço. Após recomendação de especialistas, o músico decidiu fazer exames mais sérios, e descobriu que as dores estavam sendo provocadas pela presença de um tumor na região. Em seu aniversário de 32 anos, Schuldiner foi diagnosticado com um tipo maligno de câncer cerebral, chamado Glioma Pontino. Os médicos decidiram por tratamento imediato, com radioterapia. Em janeiro de 2000, Chuck passou por uma cirurgia para remoção do tumor, que havia necrosado. Infelizmente, a família do músico passava por problemas financeiros na época, o que dificultou o tratamento apropriado da doença. Fãs, músicos e amigos se mobilizaram para tentar juntar a quantidade de dinheiro necessária, organizando leilões e shows beneficentes. Artistas como Red Hot Chilli Peppers e Korn tomaram a frente, na tentativa de ajudar a família Schuldiner a arcar com as despesas hospitalares. Infelizmente, os esforços feitos foram em vão. Após ser medicado com uma droga muito forte, o músico, enfraquecido, acabou pegando pneumonia e não resistiu. Chuck Schuldiner morreu no dia 13 de dezembro de 2001, aos 34 anos de idade. O legado do músico é mantido pela mãe, Jane, pela irmã, Beth, e pelo ex-empresário de Chuck, Eric Greif. Um website é alimentado pelos Schuldiners (http://www.emptywords. org), e nele, a família tenta manter a memória do artista viva, além de se comunicar com fãs espalhados pelo mundo. Não deixe de conferir.


Para a Rock Meeting Por Pei Fang Fon (@poifang | peifang@rockmeeting.net) Fotos: Divulgação


A Rock Meeting alçou mais um voo importante para sua caminhada como uma revista virtual, e principalmente, representando Alagoas. Após algumas entrevistas feitas com Shadowside e Violator, agora foi a vez da banda paulista Torture Squad. De renome mundial, o “Esquadrão da Tortura”, através de seu baixista, Castor, conta um pouco mais sobre o início, a participação no Wacken e seu novo álbum, ”AEquilibrium”. Confira agora esta entrevista exclusiva para a RM, e saiba de algumas particularidades da banda.


Rock Meeting: Para começar, por mais que seja costumeiro, quem é que faz o Torture Squad? Castor: Musicalmente falando, nós quatro compomos. Às vezes, um tem uma estrutura de uma música quase terminada, e a gente vai dando uns toques aqui ou ali, ou a gente vai juntando ideias picadas e montando, e por aí vai... Na parte lírica, a maioria delas é feita pelo Vitor. Pergunta básica! Como surgiu o nome da banda? Foi criado pelo fundador e ex-guitarrista, Cristiano Fusco, inspirado pelo som da banda Sacred Reich, “Death Squad”. Fazendo uma viagem pela história da banda, são quase duas décadas de música, persistência e coragem. Qual é a lembrança mais forte, lá do início da carreira, que carrega como um ponto principal no alicerce do Torture Squad? A gravação da nossa primeira demo tape, “A Soul in Hell”, lançada em 1993. Foi quando colocamos em nossas cabeças que, dali em frente, iríamos começar a lançar nossos álbuns, começar a ser uma banda de verdade, de estrada. São sete álbuns ao longo de quase 20 anos de banda. Qual o álbum que ficou marcado para vocês? Difícil, viu? Cada álbum tem grande importância em nossas carreiras como músicos, e na vida também. Mas eu diria, na minha opinião, que do “Pandemonium” para cá, a banda vem conseguindo mais fãs, e muitas oportunidades surgiram para nós a partir desse álbum. Depois de passar pela seletiva do Wacken em 2007, muitas portas foram abertas para vocês, incluindo gravadora e shows pelo Velho Mundo. O quevocês lembram desse período? Dos shows, do CD lançado (“Hellbound”), a receptividade do público... Lembro que a gente decidiu participar sem nenhuma pretensão, tipo, “vamo que vamo” (sic), se rolar rolou, se não rolar, “Oda- se” (como dizia o finado Alborgethi). Continuaríamos a nossa batalha do mesmo jeito. Felizmente, conseguimos passar pela etapa de São Paulo, depois a do Brasil e, “boom!”, daí então a próxima etapa, o “ Wacken Open Air”. Fizemos promos da banda para divulgar no evento para revistas, zines e gravadoras lá presentes, e quando anunciaram o Torture Squad como vencedor do Metal Battle, foi uma sensação muito foda. Tipo, só a gente ter tocado no festival, poder ter divulgado o nosso trabalho lá, já era uma vitória! Mas enfim, conseguimos o contrato com a Wacken Records, e no ano seguinte, 2008, eles lançaram na Europa o nosso álbum “Hellbound”. Bem na sequência, uma extensa turnê, a maior que já fizemos: durante cinco meses, tocamos em 20 países, incluindo, novamente, o Wacken, como banda convidada. Tivemos boas recepções nos shows em que fizemos naquela turnê, especialmente na cidade de Skopje, na Macedônia. Esse show foi em plena quarta-feira, e o lugar estava abarrotado de gente. Do começo da nossa intro do show, a galera não parava de cantar e abrir roda, stage dive... Foi foda! 18 Rock Meeting


Em 2009, vocês estiveram com duas lendas do Thrash Metal, o Exodus e o Overkill, nas turnês deles. Passaram por Inglaterra, Espanha, Itália, entre outros. A receptividade do público europeu é diferente do brasileiro, ou a linguagem do Metal é a mesma? É a mesma linguagem. Cada país tem sua peculiaridade, claro, mas, no geral, é a mesma paixão em qualquer lugar do mundo, a que o headbanger tem pelo Metal! Essa turnê com o Exodus e o Overkill foi e sempre vai ser inesquecível, pois dividir o palco com duas bandas que crescemos ouvindo, vendo vídeos em fitas VHS podres... E, de repente, estarmos lá, com eles, no mesmo palco, viajando, virando camaradas etc. Foi realmente incrível! Saindo um pouco do passado e entrando no presente/futuro.

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“AEquilibrium” foi um álbum bastante esperado, devido à repercussão do antecessor. E agora, o tem lido/ ouvido a respeito do novo projeto? Pessoas que realmente acompanham o TS desde o nosso primeiro álbum curtiram demais, acham até que é um dos melhores álbuns nossos. Já a galera que conheceu a banda de um ou dois álbuns para cá não assimilou logo de cara. Já ouvi esse pessoal que não entendeu o álbum a princípio falando que mudou de opinião e que está curtindo muito. Na minha opinião, “AEquilibrium” é o melhor álbum do TS já lançado. Qual é o conceito por trás do “AEquilibrium”? Que tipo de “equilíbrio” que estão buscando? Todo ser humano busca equilíbrio na vida. Não só o ser humano; toda a natureza vive em um equilíbrio.


AequilibriumEm nossas vidas particulares, e principalmente essa palavra, “equilíbrio”, participa é o melhor musical, constantemente do nosso dia-a-dia, em composições, atitudes etc. Nesse você pode sentir isso ouvindo e prestando álbum do TS álbum, atenção nas construções das músicas. Enfim, a busca por equilíbrio é infinita.

Vocês se apresentaram no Abril Pro Rock, no último dia 15. Como foi a receptividade da galera do Recife? Foi a primeira passagem de vocês com o novo disco por lá? Nossa, foi incrível! Sempre queríamos participar do Abril Pro Rock. Chegamos a ser cogitados em algumas edições anteriores, mas por problemas de datas em nossa agenda, não rolava. Mas agora deu tudo certo, e foi mais que o esperado para nós! Foi um show bastante energético. A galera estava muito quente, cantando os refrões das músicas, abrindo rodas imensas, uma verdadeira festa, como dever ser! A galera curtiu muito as músicas do “AEquilibrium”, que estava no setlist daquela noite. Lembro-me da galera cantando “Raise Your Horns”, foi demais mesmo. Vai ficar na memória, com certeza! Ouvimos dizer que vocês ensaiam exaustivamente. Quanto tempo vocês ensaiam por semana? Como são os ensaios? Falem um pouco da rotina de ensaios de vocês. Temos o ensaio como a coisa mais sagrada da banda. Isso desde o começo, e com o passar do tempo, a gente pode estender mais os dias e horas pra isso. Ensaiamos três vezes por semana, de 3 a 4 horas por dia. Temos ensaios de repertório de shows e composições novas, isso sempre. Gravamos as ideias novas, ensaiamos diferentes setlists, e assim vai... Uma curiosidade: em uma entrevista feita há três anos, vocês comentaram que já tocaram no casamento do vocalista da Trashcanned, na Áustria, em meio a castelos. Conte-nos como foi esta experiência. Desde então, surgiu algum outro convite aqui no Brasil? Foi muito louco! Os conhecemos numa turnê que fizemos na Áustria em 2006, e ficamos amigos de todos eles. Em 2008, o vocal quis que tocássemos em seu casamento. Foi surreal. Nós tocando dentro de um castelo com headbangers vestidos socialmente, a noiva no meio, agitando... (Risos) Por fim, quais os projetos para 2011? Turnês fora do Brasil à vista? Muito obrigada pela entrevista. Sucesso! Sim, estamos com a agenda cheia aqui pelo Brasil até a metade de julho. A partirdo dia 28 desse mês, estaremos começando a nossa turnê europeia. Tocaremos em alguns festivais de verão lá, incluindo o Wacken, e logo depois, faremos uma turnê em clubes até o final de outubro. Retornaremos ao Brasil depois, e faremos mais shows aqui a partir de novembro, nas cidades que não passamos ainda na turnê de divulgação do “AEquilibrium”. Gostaria de agradecer a você, Pei, e à Equipe da Revista Rock Meeting, pelo espaço cedido para divulgar o Torture Squad. Valeu!

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Nem só de música as meninas do Rock vivem. Então, a Rock Meeting, em parceria com o blog 'Pra fazer Bonito', traz algumas dicas para você que cuida do visual mesmo quando não vai aos shows.

Dicas infalíveis de maquiagem Por Vitória Alcântara - Pra Fazer Bonito

Uma maquiagem bem feita é aquela em que você fica mais bonita, mas sem cara de rosto pintado. Para conseguir esse efeito, leve sempre em conta a máxima que diz que “mais é menos”. Em se tratando de make, não há nada mais verdadeiro. Para você não errar a mão, alguns truques básicos que vão garantir um look pra lá de legal.

Boca

Se seus lábios são finos, garanta efeito ‘bocão’ fazendo o contorno dos lábios com um lápis de boca mais escuro do que o tom do batom. Você também obtém uma boca carnuda pincelando gloss dois tons mais claro que o batom no centro dos lábios. A área mais clara dá a impressão de volume maior. Mas se você quer disfarçar o tamanho da boca, a dica é ‘apagar’ o contorno natural dos lábios usando base e passar o lápis por dentro da linha natural da boca, preenchendo com batons escuros.

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Cílios Falando em olhos, não podemos esquecer os cílios. Qualquer maquiagem, por mais simples ou express que seja, deve contar com camadas e mais camadas de rímel. Lembre-se que o uso do curvex vem sempre antes da aplicação da máscara para cílios.

Olhos Olhos muito próximos podem ser ‘separados’ com o uso do delineador. Para conseguir esse feito aplique apenas nos cantos externos e leve a linha um pouco além dos olhos. Quer olhos maiores? Experimente usar sombras mais escuras que sua pele. Esse truque garante profundidade e a impressão de olhos maiores. Ah, por favor, esqueça a história de usar sombra branca para conseguir um ‘olhão’. Maquiadores garantem: Além de não funcionar é super cafona. Para completar a lente de aumento, passe lápis bege no interior dos olhos. Funciona melhor que o lápis branco e fica mais natural. Outro truque para aumentar os olhos é passar lápis preto rente aos cílios superiores esfumando com pincel ou cotonete. Em caso de pressa ou pouca prática, vale esfumar com os dedos mesmo. O resultado é ótimo! Mas se ao contrário, você quiser diminuir os olhos, basta combinar duas cores diferentes de sombra. A mais escura deve cobrir o canto externo da pálpebra; a mais clara, o interno.

Bochechas Nem boneca, nem palhaço. Então aqui vão alguns segredinhos para você saber como usar o blush para ficar com aquele ar saudável e não com carinha de boneca de porcelana. Antes de passar o blush belisque duas vezes as bochechas, o tom rosado que aparece na pele é sua referência na hora de passar o produto. Se o blush fica mais escuro do que isso é porque você está exagerando nas pinceladas. Outra boa dica é sorrir para o espelho. A região das bochechas que fica mais saliente é onde você deve passar o blush.

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Centro de Convenções Recife - 03/04/2011 Por Messias Júnior

O Iron Maiden é uma daquelas bandas que se tornaram atemporais, e extremamente emblemáticas, seja pelo visual, pelo som, ou pela extrema qualidade de sua música. Como um fã incondicional da banda e de todo o “folclore” que a cerca, não poderia perder mais essa chance de ver os cinquentões ingleses. Saindo de casa no sábado, enfrentando algumas horas de direção (em alguns pontos, a situação estava bem sinistra... a duplicação da BR-101 vem causando enormes transtornos) e finalmente chegando à Recife para um bom descanso e aguardar a hora do show. Diferente das outras vezes em que fui a um show do Iron, optei por chegar mais tarde, e não sofrer com aquela “pagação de promessa” que é ficar toda a manhã e a tarde fritando como um churrasco na fila. Já previa que o público seria menor, e logicamente, mais sossegado. Cheguei ao local do show aproximadamente às 17 horas, e já me 23 Rock Meeting

deparei com vários amigos e conhecidos de Maceió, alem de outros brothers de Recife, Salvador e Aracaju. Filas pequenas, nada de tumulto. Apenas alguns detalhes, que eu achei completamente fora de lógica, e inaceitáveis. Como por exemplo, quem comprou seus ingressos pela internet, na hora da troca no guichê, tinha que apresentar o cartão de crédito que fez a compra! Oras, como assim? Então, se você comprou o ingresso com o cartão de algum familiar, ou amigo, ou parente, ou simplesmente não quis levar seu cartão de crédito para um show (por motivos óbvios... ou não), não iria poder trocar seu ingresso? É o primeiro show que vou onde preciso comprovar com qual cartão de crédito eu fiz minha compra. Isso gerou um certo tumulto e muitas reclamações nos guichês. Além da boa e velha discussão da meia entrada. Pô, comprou meia entrada? Leva a carteira de estudante! Senão, vai provar como?


Já dentro do estacionamento, foi questão de poucas horas até os PA’s se ligarem e a banda Terra Prima aparecer no palco. Pessoalmente gostei da apresentação dos caras, que apesar de toda a pressão e responsabilidade, não deixaram o show se perder, nem se intimidaram. Dou um desconto para o vocalista, que devido ao nervosismo, creio eu, soou forçado em alguns momentos e deu uns escorregões terríveis no português. Bom, eu lá em cima, acho que nem conseguiria falar! São grandes músicos, que apresentaram algumas faixas próprias. Muita técnica e boas músicas são as marcas dos caras. Pra encerrar, um cover muito bem feito de “Enter Sandman” do Metallica, fez o público cantar e gritar muito. Ótima sacada deles, que saíram muito bem aplaudidos do palco, e souberam deixar sua marca. Agora é segurar a onda, tomar uma bebida e aguardar. Impossível não se emocionar quando “Doctor, Doctor” toca nos PA’s. A sensação de que uma das maiores bandas do mundo está prestes a entrar e fazer 2 horas de um heavy metal de altíssima qualidade nos deixa emocionados. Após a intro de “Satellite 15”, os ingleses sobem no palco, com a presença e carisma de sempre, tocando “The Final Frontier” a faixa título do mais novo disco deles. Particularmente achei que ela funcionou muito bem, e é uma faixa candidata a clássico da banda daqui a alguns anos. Logo após, vem “El Dorado”, mais uma do disco novo, também empolgante, básica, simples e direta. Quando os primeiros acordes de “Two Minutes To Midnight” começam a soar, ai sim... você sente o drama! O público (assim como eu também) literalmente grita com todas as forças. É uma música clássica, onde fica claro o poder do Iron Maiden. Logo após, vem “The Talisman”, do álbum novo. Impressionante como essa música 24 Rock Meeting

funcionou bem ao vivo. Nota-se que uma boa parte do público ainda não se familiarizou com as músicas do álbum novo, mas “The Talisman” soou redonda e emocionante. É uma canção longa, nova, mas que tem diversas mudanças de andamento e alguns dos riffs mais bonitos que o Iron já fez. Destaque para Bruce Dickinson, que cantou divinamente bem. E cá pra nós, ela é bem complicada para se cantar, ainda mais ao vivo. Pior ainda com o calor que fazia. A propósito, falando em calor... como o Dave Murray não desmaiou naquele show? Tocar no calor de Recife com um casaco daqueles... muito corajoso ele. O que falar de “Coming Home”? simplesmente perfeita! Uma mezzo-balada bem construída, que soou magnificamente grande ao vivo, emocionou a todos, pelo menos ao meu redor! Particularmente uma das melhores músicas que o Iron compôs em muito tempo. Cantei a plenos pulmões essa, acompanhando os caras pelos telões. Logo após, vem “Dance Of Death”. Acreditem, nunca dei muita atenção a essa música. Não que ela seja ruim, pelo contrário. Mas acho que o senhor Steve Harris vem ao longo dos anos exagerando nas repetições. Uma intro mais ágil, e uma reduzida na música a tornaria perfeita. Destaque para o pano de fundo, onde aparece um Eddie vestido de morte, com uma foice gigantesca. As cores, a composição e o ambiente criado deram um ar sombrio ao show. Quando você vê o pano de fundo sendo trocado pelo clássico Eddie com farda militar, segurando a bandeira da Inglaterra em frangalhos, o que esperar? “The Trooper”, é claro! Clássico! Brutal! Infernal! Dica pra quem nunca foi a um show do Iron: nessa hora, se proteja! E reze pra não desequilibrar e cair. Vi gente se dar mal nessa hora...


Após a porrada, a banda revisita o álbum Brave New World, com “The Wickerman”, cantada em uníssono, e “Blood Brothers”. Queria muito ver essa música ao vivo. Uma das músicas do Iron da “nova safra” com as melhores qualidades que uma boa canção heavy metal deve ter: Riffs grudentos, um refrão bom, solos marcantes. E “Blood Brothers” tem tudo isso. Gritos e choros por parte desse que vos fala foram inevitáveis. Ai vem “When The Wild Wind Blows”, do álbum novo, e ficou claro uma “esfriada” no clima do show. Não é uma música ruim, mas é fraca. Pouco sal, muito longa. Um riff principal que soa engraçado, um pouco primal demais para um Iron Maiden da vida. Na minha opinião, não funcionou, nem ao vivo, nem no álbum. Alegres mesmo, ficaram os vendedores de bebida. Muitas pessoas aproveitaram para repor líquido nessa hora. Inclusive eu. Ai vem mais um clássico: “The Evil That Men Do”. Impossível não cantar, não pular! Milhares de “air guitars” ao mesmo tempo, emulando os solos de Dave Murray e do sempre metódico Adrian Smith. Perfeita ao vivo, com Bruce cantando como nunca. Depois vem “Fear Of The Dark”. Ah, tenha paciência! O que é aquilo? Pelo amor dos deuses... A sensação que se tem é que todos estão em transe. Ponto altíssimo do show, cantado a plenos pulmões. Nessa hora, os caras até poderiam parar de tocar, se quisessem, pois o público canta tudo! 25 Rock Meeting

Logo em seguida, “Iron Maiden”. A música que define tudo. O começo e o fim. Hora do Eddie Predador no palco. Muito bem construído, é como se um novo integrante vivo entrasse no palco. Impossível não aplaudi-lo. Janick Gers fazendo suas estripulias de sempre. Despedidas... e vamos para o bis. P a l c o avermelhado, um pano de fundo focando os olhos de um Eddie extremamente sinistro, e começamos com “The Number Of The Beast”. Nossa, o que você sente quando vê e ouve quase 12 mil pessoas entoando uma passagem do livro do apocalipse? Surreal e sinistro o negócio! Igualmente sinistra e empolgante é também “Hallowed Be Thy Name”. Um clássico absoluto, uma música perfeita, que segue em um crescendum magnífico, e termina de forma emocionante e épica. Perfeição, como muitas músicas que o Iron Maiden tem em sua discografia. Fechamos com “Running Free”, com sua pegada Punk. Bruce apresenta a banda, como segue o roteiro, os guitarristas brincam com Adrian, o “Mr. Les Paul” (devido a guitarra que ele estava usando, e que deve ter quase a idade dele), e terminamos mais um grande show! Saída sem tumultos, devagar e sempre. Hora de reencontrar amigos e conhecidos. Todos visivelmente emocionados e felizes. Hora de arrumar a mochila e voltar para casa, com a ótima sensação de ter visto mais um grande show da maior banda de Heavy Metal de todos os tempos.


"O que estou ouvindo?" é a mais nova coluna da Rock Meeting, feita pela Equipe da Revista. Saiba o que estamos ouvindo.

Megadeth

Por Jonas Sutareli (@sutareli | jonas @rockmeeting.net)

Minha paixão e meu amor pelo Megadeth não são segredo para ninguém que me conheça ao menos um pouquinho. Sempre ouço todos os álbums, de todas as épocas e fases. Desde o início, em 1985, com o “Killing Is My Business...”, até o “Endgame”, muita coisa mudou no jeito como o Megadeth faz música. Mas continua Megadeth! Ouço todos os álbuns muitas vezes! Difícil dizer o melhor deles, mas considera-se o "Rust in Peace" o suprassumo da banda. Mesmo assim, meu disco predileto é o "The World Needs a Hero", de 2001. Gosto muito dele. Não desmerecendo nenhum outro, mas, esse disco me agrada muito pelo fato de ser algo muito diferente de todas as outras coisas que eles já fizeram (não como o “Risk”. É um bom disco, diferente, mas não tem a cara do Megadeth, exceto pelos vocais do Mustaine), mas mesmo assim ainda ser a cara do Megadeth! Um disco consistente, com riffs seguros, crus e diretos. Com destaque paras as faixas "When", "Disconnect", "The World Needs a Hero", "Burning Bridges", "Recipe for Hate... Warhorse" e "Return to Hangar".

Comeback Kid

Por Lucas Marques (@lucasmarx | lucas@rockmeeting.net)

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Bom, sou um cara que sempre busca por novos sons. Escuto de Pop-punk à Thrash Metal. Mas, como todo mundo, tenho as minhas preferências musicais. Mostrar-lheei aqui o que está fazendo a minha cabeça no momento. Sempre fui um bom fã de Hardcore melódico, porém de uns anos para cá eu passei a escutar muito Thrash Metal, chegando a me estagnar um pouco no estilo. Agora voltei a curtir o Hardcore e acabei por descobir coisas bem interessantes no meio, sons que abandonaram a simplicidade que tanto me entediava dentro do estilo. Uma banda que há um bom tempo está na minha playlist é Comeback Kid. CBK, como também é conhecida, é uma banda de Hardcore Punk de Winnipeg, Canadá. Seu som é uma das coisas mais instigantes que já escutei dentre vários estilos, com afinações baixas eles fazem uma mesclagem perfeita de peso e velocidade, como pode ser percebido nos dois álbuns que eu mais escuto: Broadcasting e Wake the Dead. Confira o som dos caras no Myspace: http://www.myspace.com/comebackkid


Iron Maiden

Por Daniel Lima (@daniellimarm | daniel@rockmeeting.net) Faz dez anos que esse álbum foi gravado, mas não deixou de ser uma grande referência para aqueles que querem conhecer a essência do Iron Maiden. Esse show marca a volta de Adrian Smith (guitarra) e Bruce Dickinson (vocal) à banda, e também o fim da turnê do álbum “Brave New World”. Esse show ainda é bastante comentado por todos os integrantes da banda quando se fala no Brasil. Como citei no início, é um álbum para quem quer conhecer a essência, porque ele envolve músicas cantadas tanto pelo próprio Bruce, quanto os dois vocalistas anteriores (Paul Di’Anno e Blaze Bailey). Lembrando que Bruce entrou na banda em 1982, quando saiu Paul Di’Anno, desligou-se

Avenged Sevenfold

Por Yzza Albuquerque (@yzzie | yzza@rockmeeting.net)

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do Iron em 1994, quando entrou Blaze entrou para substituí-lo, e voltou em 1999, para gravar o CD que originou a turnê na qual foi gravado o álbum. Clássicos do começo ao fim, impossível para de ouvir para quem realmente gosta da banda. Um momento que deixa quem está ouvindo paralisado é a música “Blood Brothers”, na qual existe uma atmosfera musical que faz viajar e respirar Iron Maiden. É uma música para relaxar e se preparar para o que vem mais a frente. Antes do fim da primeira parte do show, a banda toca dois grandes clássicos, que são “The Evil That Men Do” e “Fear of the Dark”, para poder encerrar com a música título do primeiro álbum e nome da banda: “Iron Maiden”. A segunda parte (bis) começa com a música que marca o início da era Bruce Dickinson no Iron Maiden. “The Number of the Beast” inicia a sua introdução com toda a expectativa do público, fazendo-os delirar, pular e gritar no refrão que diz “Six, six, six, the number of the beast!”, o que causou polêmica com a igreja na época; e em seguida vem outra música do mesmo álbum, chamada "Hallowed Be Thy Name". Após, tocam "Sanctuary", e encerram com “Run to the Hills”. Para um bom apreciador, poucas palavras bastam, mas, quando estamos falando de Iron Maiden, não há palavras suficientes para descrever a emoção de ouvir cada nota, cada música, e poder vê-los ao vivo é indescritível. Up the Irons! Scream for me, Brazil!

Pensei em vários CDs para colocar aqui, e acho que alguns de meus colegas de revista vão estranhar a minha escolha, mas vou ficar com o álbum “Nightmare”, lançado no ano passado pelos norte-americanos do Avenged Sevenfold. Em 2005, os caras estouraram no mercado da música, com o lançamento de uma bomba atômica chamada “City of Evil”. Antes disso, eles eram uma banda de Metalcore meio clichê - algo nada surpreendente, já que esse estilo estava em evidência na época. Após dois CDs que só angariaram fama no underground estadunidense (“Sounding the Seventh Trumpet”, de 2001, e “Waking the Fallen”, de 2003), os membros do “A7x” finalmente conseguiam o reconhecimento que queriam, sendo até recompensados por isso no Video Music Awards da MTV de 2006, vencendo na categoria de Melhor Novo Artista - o que deixou Rihanna, Chris Brown, Panic! at the Disco, James Blunt e Angels and Airwaves, ou os concorrentes, com um sorriso bem sem graça. Foi algo muito engraçado de se ver.


Depois de “City of Evil”, como costumam dizer, os integrantes correram para o abraço. Seis anos se passaram, e eles se tornaram uma das bandas americanas mais consistentes da atualidade. Mas atenção, “metalcoreanos”: o som deles não é mais para vocês. Na verdade, é difícil até especificar para quem é. Eu poderia resumir o grupo como uma mistura insana de Guns N’ Roses, Dream Theater e Pantera, fato que acaba resultando em um Hard Rock com esteróides e levemente progressivo, mas acho que não há maneira melhor de descrever a música deles como, simplesmente, “Avenged Sevenfold”. Em 2007, eles lançaram outro CD, que recebeu o mesmo nome que a banda, e foi tão bemsucedido, em crítica e vendas, quanto “City of Evil”, mas com um som menos maluco e mais homogêneo. No fim de dezembro de 2009, Jimmy Sullivan (“The Rev”), baterista, morreu por motivos até hoje não muito claros. Mike Portnoy, ex-Dream Theater e ídolo de Jimmy, foi escalado para finalizar as gravações de “Nightmare” e sair em turnê com os outros integrantes pelos primeiros meses de promoção do álbum, tendo, inclusive, se apresentado com o Avenged Sevenfold no Brasil, no festival SWU. Um ano e meio depois da morte de Sullivan, e agora com o novato Arin Ilejay à frente da bateria, M. Shadows, Johnny Christ, Synyster Gates e Zacky Vengeance se recuperam da maneira que podem, recebendo o apoio de fãs ridiculamente devotos por onde passam. “Nightmare”, para muitos, é o melhor CD da banda depois de “City of Evil”. Para mim, em alguns momentos é até melhor. O single eleito como carro-chefe, que também dá nome ao álbum, ficou em primeiro lugar, nos EUA, nas vendas da loja digital iTunes, com mais de 23 mil cópias compradas no dia de seu lançamento. Para os chegados em música recheada de bons instrumentistas e indivíduos com cordas vocais treinadas, melodias pensadas e repensadas e solos de guitarra espalhafatosos e elaborados, o lançamento mais recente do Avenged Sevenfold (assim como os dois álbuns anteriores) é um prato muito cheio, a ponto de transbordar. Minhas faixas preferidas são “Danger Line”, “Natural Born Killer” e “God Hates Us”. Vou começar por ele. Já ouvi muitos lançamentos e pouquíssimos me agradaram. Um deles é o novo álbum da banda holandesa de Symphonic Metal, Within Temptation. Acompanhando a “evolução” do CD através do Facebook da banda, pude conferir algumas músicas novas disponibilizadas por eles. No entanto, nada havia me agradado muito. A temática do CD é sobre história em quadrinhos. A capa mesmo é tão estranha! Completamente diferente dos seus antecessores. Baixei o álbum. Na primeira ouvida, me perguntei: “O que é isso?” Sim, fiquei realmente surpresa. E Within Temptation confesso: não gostei. Como se tratava de uma banda Por Pei Fang Fon (@poifang | peifang@rockmeeting.net) que gosto muito, resolvi dar mais uma oportunidade. Fui ouvindo e ouvindo, achando a sonoridade do novo trabalho muito estranha. Até que, um belo dia, ouvi realmente com mais atenção. Adorei! Não é um CD extraordinário, como o “The Heart of Everything”, com canções marcantes e o estilo da banda mais evidente. “The Unforgiving” é completamente alheio ao que a banda vem tocando. Há quem reclamava que a Sharon den Adel (vocalista) tinha uma voz muito aguda, o que irritava um pouco. Mas este novo CD não merece as reclamações de outrora. “The Unforgiving” tornou-se minha audição diária. Tenho que ouvir, pelo menos uma vez, as músicas “Shot in the Dark” e “Sinead”. Gosto muito delas. Para quem gosta de banda com vocal feminino e está entediado com canções de vocal muito lírico, ouça o “novo” Within Temptation. Mas ouça muito! Pode soar estranho, mas consegue arrebatar. Comigo foi assim. 28 Rock Meeting


Perfil RM Apresente-se Sou Eduardo Moraes, guitarrista da banda DarkTale, Maiden Maníaco, viciado em música, estudante de Filosofia na Ufal entre outras coisas... É clichê, mas é necessário. Como e quando foi a sua primeira audição do rock? Foi por intermédio de parentes, amigos? Conte-nos sobre seu início no rock and roll. Meu primeiro contato com o rock foi com a banda The Offspring com os 2 primeiros álbuns (Offspring e Ignition), CDs que meu irmão comprou em 97, só que nessa época ainda era um contato meio tímido, até gostava do som mais ele ainda não tinha tanta importância então já um ano e algumas bandas de punk depois (Ramones e Green Day principalmente), lá estou eu numa locadora chamada “CD Mania” e devido a capa com aquela caveira “medonha” acabei locando o disco ”Iron Maiden – A Real Live One” chegando em casa coloco logo pra tocar, e minha reação com 'Be Quick Or Be Dead' foi a de quem achou aquilo que nem sabia que devia procurar, tratei de passar logo pra uma fita K7 que me acompanhou durante longos anos no meu walkman, depois desse dia minha vida nunca mais foi a mesma... Sabemos que toca guitarra. Para todo iniciante a sua guitarra foi uma ‘Jennifer’? Fale um pouco da sua paixão pelo instrumento e o que te motivou a tocá-lo? Nem fala nisso (risos) já cheguei até a fazer show com ela e um pedal de overdrive ridículo e se não bastasse isso ainda arrebentou a corda “Lá” 29 Rock Meeting

Esta edição traz um dos guitarristas menos virtuosos, como ele mesmo diz, no entanto, defensor da cena alagoana, Maiden maniac e torcedor dos Red Devils. Ele é Eduardo Moraes, guitarrista da DarkTale, perfilado do mês.

e tive que tocar o resto do show todinho assim. O que me motivou a tocar guitarra foi o clipe de 'Stranger In A Strange Land' do Iron Maiden, quando eu vi aquele solo do Adrian Smith eu disse a mim mesmo “eu quero ser guitarrista” e quanto à paixão pela guitarra ela vem ao mesmo tempo em que a paixão pela música, a guitarra é o meio que eu me expresso artisticamente, que dá vida às minhas composições. Como guitarrista da banda de Doom/ Gothic Metal, DarkTale, o que este estilo tem de tão diferente que te fez participar de um grupo, ter seu momento de composição de melodia? O que afinal o estilo representa para você? O motivo real de eu ter me juntado a essa banda foi a “facilidade” de tocar, já tive minhas tentativas frustradas com bandas de Heavy metal, sabe aquela de querer ser o guitarrista virtuoso e tal, não obtive tanto sucesso, enfim daí surge a oportunidade por intermédio de um amigo em comum de eu fazer parte da DarkTale e eu aceitei, só a partir daí que eu me aprofundei nesse subgênero. Quanto à forma de compor eu me identifiquei muito com o gênero, pois consigo criar boas melodias com simplicidade, porém não se trata apenas de poucas notas e andamentos lentos e sim de exteriorizar seus sentimentos através das músicas. O Doom pra mim representa nosso sentimento mais intimo existencial é aquele estilo que traz conforto não com palavras bonitas de que tudo vai dar certo, mais que estamos sós e sós morreremos.


Sendo estudante de filosofia, de alguma maneira, as teorias influem no seu momento de composição, ou é mais uma prática acadêmica e apenas fica restrito ao curso? Então, a música sim influencia na minha música, eu costumo separar as coisas nem trago as minhas filosofias pra música nem trago as filosofias das musicas pra minha vida, claro que em certo ponto o meu jeito de pensar e agir pode interferir no meu modo de compor, porém por enquanto só a música exerce esse caráter de influência. - Uma curiosidade. Todos sabem do seu amor pela música, mas você é um torcedor fanático do time inglês, Manchester United. O que tem de diferente entre o músico e o seu lado futebolístico? Acho que a diferença e que na música eu tanto sou fã quanto músico, no futebol eu só sou torcedor, não jogo nada (risos), então apesar de áreas diferentes eu mantenho a mesma paixão por ambos.

sobre elas. Bom como um downloader e colecionador de musicas maníaco eu não costumo ter sempre as mesmas coisas no mp4, sempre ouço coisas novas, mas lá vai:

Você já comentou isso outras vezes. Mas você teria mesmo coragem de ficar todo pintado de vermelho, no frio que Manchester faz, se tivesse a oportunidade de ir ao Old Trafford assistir ao jogo dos Red Devils? (risos) Não é todo dia que se vai à Inglaterra, certamente faria mesmo. Se fosse dia de clássico então, lá estaria eu todo pintado gritando “Glory Glory Man United!”

DarkTale – The Winter Mist Embraces My Soul (essa não sai nem com reza braba – risos - essa musica tem um gostinho especial pra mim pois marcou o inicio de uma grande fase na banda).

Saindo um pouco das loucuras passageiras. Em quem você se inspira quando vai tocar guitarra? Você é daqueles que ficam assistindo vídeo aulas de guitarristas famosos? A minha maior inspiração por incrível que pareça é um baixista, Steve Harris, sabe aquela de mesmo que ninguém de uma pipoca pelo seu som, você continua batalhando e seguindo em busca do seu sonho. Até vejo algumas vídeo aulas, só nas partes que rola um playback e eles tão solando, porque da teoria muitas vezes num entendo nada que eles tão falando (risos). Momento crítico. Seu top 5 das músicas que não saem de jeito algum da sua playlist. Explique um pouco 30 Rock Meeting

Swallow The Sun – Through Her Silvery Body (na verdade o álbum inteiro não sai do meu mp4, mas destaco essa por ser a que mais gosto). Doom:Vs – Half Light (projeto One Man Band do Johan Ericsson guitarrista do Draconian, essa musica é fantástica, andamento lento totalmente pra baixo, pros fãs do estilo altamente recomendada). M26 – Lágrimas de Desidéria (banda de Dark Metal de Pelotas/RS, a letra tem um verso genial “nada ser, nada ter, nada crer eis o fim da ilusão”). My Dying Bride – The Cry Of Mankind (impossível falar de My Dying Bride e não falar dessa música, que ao vivo ganha uma interpretação matadora do grande Aaron Stainthorpe).

Para finalizar. Quais os shows mais inesquecíveis que já foi? Cite alguns deles. Muito obrigado e sucesso! Os três shows da banda Iron Maiden 02/03/08 (SP), 31/03/09 (PE) e 03/04/11 (PE) sem sombra de dúvidas foram os melhores shows que já fui desde a hora que acordei até a hora de voltar para casa, simplesmente inesquecíveis. O exMaiden Blaze Bayley 03/04/10 também foi coisa de outro mundo porque dessa vez eu pude estar lá na frente do palco e o melhor foi em Maceió, e se não bastasse ele ainda pegou a demo da minha banda no palco (risos). E para fechar as atrações internacionais Gamma Ray e Helloween em abril de 2008. Sem esquecer das bandas “brazucas”, show do Imago Mortis aqui em 2006 que apesar de pouca gente foi um dos melhores shows que já assisti, a banda é simplesmente impecável. Show do Angra em 2005 onde foi tocado o Temple Of Shadows na integra também foi “O” show!


Eu Estava Lá

As fotos do mês são de Márcio Augusto, fã de Rock’n Roll. Ele foi para o Abril Pro Rock 2011 realizado dia 15 de abril de 2011 no Chevrolet Hall em Recife-PE. Line up - Cangaço (Pe), Facada (CE), Desalma (PE), Violator (DF), Torture Squad (SP), Musica Diablo (SP), D.R.I. (EUA), Misfits (EUA).



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