Workshop Ameaças Fitossanitárias para o Brasil

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Ameaças Fitossanitárias para o Brasil Brasília, DF, 26 s 30 de março de 2012

Apresentação Interesses especiais: ∗

Defesa Sanitária Vegetal

Pragas quarentenárias

Agronegócio

Fruticultura

Grandes culturas

Florestas

Horticultura

Ornamentais

Conteúdo Apresentação

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Projeto InovaDefesa

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Programa

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Sobre o Workshop

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SBDA

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Comissão organizadora

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O workshop “Ameaças Fitossanitárias para o Brasil” é o terceiro de três workshops sobre Sanidade Agropecuária realizados pela Universidade Federal de Viçosa através do projeto Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária. Ele conta com a parceria da Embrapa e será iniciado com palestras e mesas-redondas envolvendo órgãos oficiais de Defesa Agropecuária, órgãos de pesquisa e setor privado. O workshop parte da premissa de que o aumento do trânsito de pessoas e mercadorias, decorrente da implantação de uma série de obras de infraestrutura viária na América do Sul, aumentará a probabilidade de ingresso de pragas no país. Num segundo momento, os participantes serão divididos em quatro grupos para avaliar o risco de pragas em quatro cadeias produtivas: fruticultura, hortaliças/ornamentais, grandes culturas e florestas. Ao final do workshop, espera-se responder às seguintes questões: Quais são as pragas vegetais com maior probabilidade de ingresso no Brasil no curto prazo?

A entrada de novas pragas pode trazer danos diretos e indiretos, além da perda de mercados externos. (Foto: jangadeiroonline.com.br)

Qual o potencial de impacto econômico, social e ambiental dessas pragas? Que ações podem ser empreendidas pelo país no sentido de prevenir a entrada dessas pragas?

De que forma a pesquisa científica pode colaborar com o desenvolvimento de métodos de prevenção e combate dessas pragas?

Projeto Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária O Projeto InovaDefesa foi uma demanda induzida pelo Fundo Setorial para o Agronegócio que, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), concedeu recursos financeiros a um conjunto de instituições sob a coordenação da Universidade Federal de Viçosa. O Projeto tem por objetivo aproximar a academia e os centros de pesquisa do tema, setor empresarial e órgãos de governo das esferas estadual e federal envolvidos

com o tema. As ações são focadas em: (1) indução de cursos de Mestrado Profissional e de curta duração; (2) facilitação da transferência de tecnologias para o setor privado ou órgãos regulatórios; (3) indução de uma visão estratégica sobre o sistema de Defesa Agropecuária e (4) criação de espaços presenciais e virtuais de interlocução. No que se refere à indução de visão estratégica, o Projeto InovaDefesa vem realizando desde 2009 estudos e levan-

tamentos sobre pragas agrícolas e sobre agentes patogênicos de animais que ocorrem nos países da América do Sul e Caribe, mas que não tenham sido relatados no Brasil ou que não tenham sido registrados nos últimos anos. O fato que motivou o início desta linha de pesquisa foi a informação de que o Governo Federal está realizando um conjunto de obras de infraestrutura viária, as quais levarão a um incremento no trânsito nacional e internacional de pessoas e mercadorias.


Ameaças Fitossanitárias para o Brasil

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Local Embrapa Estudos e Capacitação (CECAT) Parque Estação Biológica s/n Brasília - DF

Programa Dia 26 de março 13h. Credenciamento 14h30. Abertura 15h. Palestra: Desafios para a Defesa Sanitária Vegetal do Brasil, na visão do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal Palestrante: Cosam Coutinho (DSV/SDA/ MAPA) Coordenador: Evaldo Vilela (UFV) Dia 27 de março 8h. Palestra: Análise de Benefício: Custo para políticas de defesa fitossanitária Palestrante: Sílvia Helena Galvão de Miranda (ESALQ/USP) Coordenador: Lúcia Maia (IICA) 9h. Palestra: Impactos econômicos, sociais e ambientais de pragas introduzidas: o exemplo de pragas florestais Palestrante: Edson Tadeu Iede (Embrapa Florestas) Coordenador: José Magid Waquil (Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária)

10h. Intervalo 10h20. Mesa-redonda: Edital CNPq 032/2009: Análise de Risco de Pragas Moderador: Jefé Leão Ribeiro (DARP/ CGPP/DSV/SDA/MAPA) Participantes: Marcelo Lopes da Silva (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia), Simone Jahnke (UFRGS), Carlos Meira (Embrapa Informática Agropecuária) 12h. Intervalo 14h. Palestra: Quarentena de germoplasma vegetal para a pesquisa no Brasil: perspectivas na mudança do modo de execução Palestrante: Abi Marques (Embrapa Quarentena Vegetal) Coordenador: Vilmar Gonzaga (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) 15h. Palestra: Pest Risk Analysis – PRATIQUE – An European experience Palestrante: Alan MacLeod (Food and Environment Research Agency, Reino Unido) Coordenadora: Janisete Gomes da Silva (UESC)

Dia 28 de março 8h. Palestra: Entender o passado para prever o futuro: pragas em risco iminente de entrada no Brasil a partir da América do Sul Palestrante: Regina Sugayama (Agropec) Coordenador: Luís Carlos Ribeiro (Andef)

Serão formados quatro grupos de trabalho para discussão de pragas emergentes mais importantes: Fruticultura, Hortaliças/ Ornamentais, Grandes Culturas e Florestas.

9h. Painel: Edital 064/2008: Experiências e resultados de projetos de defesa fitossanitária Moderador: Denise Návia (Embrapa Cenargen) Apresentação 1: Gestão e manejo de risco de uma praga florestal. Dalva Queiroz (Embrapa Florestas) Apresentação 2: Monitoramento e diagnose do complexo Aceria tosichella e vírus transmitidos: compreensão e

manejo de um patossistema em expansão na América do Sul. Douglas Lau O ácaro vermelho das palmeiras, Raoiella indica (Hirst): constatação precoce de sua introdução no país e preparativos para seu controle. Denise Navia (Embrapa Cenargen) & Elisângela Fidelis Morais (Embrapa Roraima). 10h30. Intervalo 11h. Orientação para os trabalhos de grupo. Marcelo Lopes da Silva (Embrapa Cenargen) 12h. III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Suely Brito (ADAB) 12h30. Intervalo 14h. Trabalhos de grupo 29 de março 8h. Trabalhos de grupo 12h. Intervalo 13h. Trabalhos de grupo 19h. Jantar de confraternização (por adesão)

Dia 30 de março 8h. Apresentação do GT sobre ameaças fitossanitárias à fruticultura 8h20. Apresentação do GT sobre ameaças fitossanitárias às florestas plantadas 8h40. Apresentação do GT sobre ameaças fitossanitárias às grandes culturas (grãos, oleaginosas e agroenergéticas) 9h. Apresentação do GT sobre ameaças fitossanitárias às plantas ornamentais e hortaliças 9h20. Discussão 10h. Intervalo


Ameaças Fitossanitárias para o Brasil

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Workshop “Ameaças Fitossanitárias para o Brasil” Pelo menos 80 espécies regulamentadas como quarentenárias, ausentes do território brasileiro, estão presentes em países da América do Sul e têm alto potencial de impacto sobre a agricultura brasileira. O ingresso destas novas pragas pode resultar em perdas expressivas para a produtividade da agropecuária brasileira, com reflexos na necessidade de desenvolvimento de novas tecnologias de controle, bem como, no esforço de controlar a introdução de um novo organismo no País e a perda de mercados externos. É necessário ressaltar que boa parte dessas pragas é regulamentada por países para os quais o Brasil exporta produtos de origem vegetal in natura e a entrada de alguma dessas espécies traria, consequentemente, a perda de mercados externos. Segundo o coordenador do projeto, Evaldo Vilela, o principal objetivo do workshop é identificar as pragas com maior probabilidade de ingresso no Brasil a partir dos países da América do Sul e seu potencial de dano econômico. Em foco, as dificuldades do sistema de vigilância de fronteiras internacionais, principalmente na região Norte do Brasil. Por isso, o trânsito de mercadorias ilegais em virtude do maior fluxo de pessoas nas fronteiras torna-se uma questão estratégica. “No Brasil, existe uma situação relativamente melhor do que em outros países dependentes das exportações de alimentos. Mas temos que melhorar nossos aeroportos e rodovias para evitar a entrada de material estranho no país; estamos em constante contato com tantas pragas e ervas daninhas

existentes nos países limítrofes do Brasil. E também a costa e o litoral do país são grandes extensões, com possibilidades de entrada de organismos estranhos e maléficos. O Projeto InovaDefesa para Defesa Agropecuária trata especificamente destes assuntos. E como pano de fundo, está a minimização do impacto das introduções de produtos, ou bens, que podem desencadear danos ao setor produtivo, no tocante às importações e exportações” observou Evaldo. Para o pesquisador Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Marcelo Lopes, a oportunidade que está sendo criada pelo InovaDefesa revigora a questão da sanidade vegetal e coloca em destaque um assunto que, por diversas vezes, não parece relevante à parte da nação que é urbana. Este distanciamento, segundo ele, do Brasil urbano com os problemas do campo leva a situações de pouco interesse da mídia sobre os reais problemas. “A história demonstra que isto é um erro de avaliação, problemas sanitários de plantas não são em hipótese alguma, apenas de alcance limitado em seus efeitos. A preocupação com a saúde das plantas já nasceu no século XIX, na Europa. De forma trágica, um fungo introduzido destruiu totalmente a produção de batatas na Irlanda, o que levou à fome e à morte, 1/3 da população do país. Comparativamente, nenhuma guerra teve um efeito tão desolador em um curto espaço de tempo. E o Brasil? No início desse século, o fungo que provoca uma doença chamada ferrugem na soja apareceu. Até agora, provocou prejuízos de bilhões de dólares e, se não fosse a eficiência de certas medidas

adotadas, poderíamos ter tido um problema muito maior para uma cultura que é um dos carro-chefe das nossas exportações. No final de 2009, chegou a ferrugem da cana, em São Paulo, cuja a extensão de danos ainda não conhecemos. Também são desconhecidos os futuros impactos negativos das pragas que entraram no Brasil pela Região Norte nos últimos anos. Estas situações não trouxeram apenas problemas para a agricultura, mas também problemas ambientais, pois essas pragas têm potencial de destruir espécies da flora nativa.” salientou Marcelo. Em vista do crescimento econômico, das melhorias na infraestrutura viária e de sua participação nos mercados externos, registra-se, no Brasil um aumento no risco da disseminação de organismos nocivos pelo país. Portanto, explica Evaldo, que para evitarmos acontecimentos desagradáveis na agricultura brasileira, a pesquisa agropecuária, os empresários e o Estado têm se unido para promover ações estratégias, superando obstáculos. Prova maior disso é a realização do workshop, que tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e da Associação Brasileira de defensivos Genéricos (Aenda) . Por João Carlos Costa

“Problemas sanitários de plantas não são, em hipótese alguma, apenas de alcance limitado em seus efeitos“ (Marcelo Lopes da Silva)


Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária - SBDA Av. dos Andradas, 1220 Centro - Belo Horizonte - MG Tel: (31) 3235 3436 Email: sbda.contato@gmail.com

www.inovadefesa. ning.com

É uma entidade civil sem fins lucrativos, fundada em 16 de agosto de 2010. Tem por objetivo integrar órgãos de pesquisa, instituições de ensino, órgãos regulatórios e setor privado em torno da promoção de ações em prol da melhoria do sistema brasileiro de Defesa Agropecuária. CONSELHO DIRETOR Presidente: Evaldo Ferreira Vilela Vicepresidente: Altino Rodrigues Neto Secretária: Regina Sugayama Tesoureiro: José Magid Waquil Secretária Adjunta: Ângela Peres Editora: Tânia Lyra Gestora de Redes Sociais: Sofia Iba da Gama

CONSELHO CONSULTIVO Cleber Soares Jorge Caetano Luís Eduardo Pacifici Rangel Décio Coutinho Paulo Emílio Torres Nataniel Diniz Nogueira

Realização

Comissão Organizadora

Patrocínio

Evaldo Ferreira Vilela (UFV) Marcelo Lopes da Silva (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) Regina Sugayama (Agropec) Denise Návia Ferreira (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) José Magid Waquil (Bolsista InovaDefesa) Márcio Sanches (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) Norto Polo Benito (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) Lúcia Maia (Instituto Interamericano de Cooperação na Agricultura) Andrea Ramos Stancioli (Bolsista InovaDefesa) João Carlos Costa Jr. (Bolsista InovaDefesa) Roberto Mitsuo Takata (Bolsista InovaDefesa) Sofia Kiyomi Iba (Bolsista InovaDefesa) Joenilma Leite (JNL) Maria Elvira de Rezende (Embrapa Quarentena Vegetal) Helouise Montandon (Embrapa Quarentena Vegetal)


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