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Criança que saiu do Hospital de Faro com necrose aguarda possível cirurgia

Acriança de sete anos que se magoou a andar de bicicleta no pé direito e que regressou ao Hospital de Faro com uma necrose no pé, poderá vir a ser submetida a uma intervenção cirúrgica. Segundo disse a mãe ao POSTAL, a menina Naiara acabou por ficar internada entre quinta e segunda-feira, dia em que teve alta. No entanto, passou a ter que deslocar-se ao Hospital de Faro de quatro em quatro dias para fazer o penso na ferida.

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Ainda se desconhece a gravidade da lesão ao ponto de se saber se afetou os tendões ou não de Naiara. “A menina não consegue andar. Está traumatizada. Acorda durante a noite e só consegue dormir comigo. Provavelmente será submetida a uma intervenção cirúrgica que consiste em retirar pele de uma parte do seu corpo para com essa mesma pele tapar o buraco da ferida”, explica Janete Serrano. A médica de cirurgia, que mandou fazer um “simples” penso e levar a menina para casa, no dia em que Naiara foi pela primeira vez ao Hospital de Faro, “mostra-se agora recetiva a ajudar a minha filha, questionando as enfermeiras que estavam a cuidar dela sobre o seu histórico recente, mostrando preocupação”, mas Janete diz que, ainda assim, quer processar médica e hospital.

Regressou dois dias depois com uma necrose

Naiara magoou-se a andar de bicicleta no pé direito. A mãe levou-a na terça-feira, dia 28, ao Hospital de Faro. A menina não terá tido a atenção devida e teve alta com a indicação de pensos regulares na zona em ferida. Dois dias depois, a criança regressou à unidade hospitalar com uma necrose no pé. Janete Serrano, a mãe de Naiara, relata que naquele dia “às 19:30, dirigi-me à Pediatria do Hospital de Faro; a médica que nos atendeu foi cinco estrelas. Mandou fazer um raio-x, falou com os colegas da ortopedia que confirmaram que [o pé] não estava partido nem fraturado, mesmo assim a médica quis a opinião dos colegas da cirurgia”. A mãe explicou ao POSTAL que “esperámos duas horas porque na Pediatria não tinham médico da cirurgia infantil. Após duas horas, veio uma médica da cirurgia que foi muito arrogante e respondeu assim às enfermeiras e médica que estavam a seguir a minha filha: “o que querem que eu faça?” [Essa médica] mandou fazer um penso e deu instruções para ir para casa. A médica que estava a seguir a minha filha ficou perplexa com a “resposta” da colega.

A médica que nos estava a seguir acabou por pedir para ser feita medicação se a minha filha estivesse com dores [aplicar] gelo e fazer o penso de dois em dois dias”, informação que a Direção Clínica do Centro Hospitalar Universitário do Algarve confirmou ao POSTAL em comunicado.

A mãe dirigiu-se, dois dias depois, ao Centro de Saúde de Olhão com Naiara e “ao fazerem o penso à minha filha pediram para eu ir o mais rapidamente possível para o hospital com a Naiara”. Janete deslocou-se de imediato ao Hospital de Faro e deparou-se com a mesma médica que seguiu a sua filha, na primeira vez

Urgência do Hospital de Faro sobrelotada: filha muda fralda do pai no corredor

QUEM necessitou ir às urgências do Hospital de Faro, esta sexta-feira, voltou a presenciar um cenário recorrente: um corredor sobrelotado com doentes em macas.

Foi o caso de Janete Serrano, cujo pai encontra-se no corredor das urgências com um tumor no cérebro, à espera de ser internado. Entretanto, a própria Janete teve que alimentar e mudar as fraldas do pai. Segundo disse ao POS - que esteve na Pediatria do Hospital de Faro.

TAL, perante a “notória falta de assistência”, acabou por prestar auxílio a outros pacientes, nomeadamente, levar à casa de banho um homem que tinha sofrido uma intoxicação alimentar e que precisava de ajuda para se deslocar. Nesse dia, foi o marido dela que ficou no quarto a acompanhar a filha Naiara, enquanto Janete ajudava no corredor o pai e outros pacientes como se ela própria fosse auxiliar de saúde.

“A médica, ao ver as fotos do pé da minha filha, ficou em ‘choque’ e pediu logo ajuda aos colegas da cirurgia da urgência porque não havia cirurgia infantil naquele dia [quinta-feira] no Hospital de Faro. O colega da cirurgia ficou ‘chocado’ com a situação em que se encontrava o pé da minha filha e com o trabalho da colega”, conta Janete. “Ponto da situação: Se a médica da cirurgia tivesse levado o caso mais a sério, a situação não tinha chegado a este ponto. Este é já o segundo caso ‘negligente’: primeiro foi a Bianca, filha da minha amiga Eudora Rosa e agora é o da minha filha. A situação é lamentável e tem que ser denunciada na comunicação social”, salientou na altura ao POSTAL.

Arrendar casa está cada vez mais caro. Subida em Faro foi 40% mais do que a média nacional

Os preços das casas para arrendar na capital algarvia subiram 7,8%, mais de 40% do que a média nacional (+5,5%), no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, refere o idealista. De acordo com o índice de preços do idealista, arrendar casa tinha “um custo de 13,6 euros por metro quadrado (m2) no final do mês de março”, tendo em conta o valor mediano, esclarece a empresa em comunicado, realçando que em março, a subida foi de 1,7% face ao mês anterior. No primeiro trimestre, o preço de arrendamento subiu em quase todas as capitais de distrito do país, com Viseu (+17,6%) a liderar a lista, seguindo-se Leiria (+13,3%), Viana do Castelo (+9,6%), Braga (+8,4%), Faro (+7,8%), Setúbal (+6,7%), Lisboa (+6,6%), Funchal (+5,2%), Coimbra (+5%) e Santarém (+1,5%).

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Região de convergência: Alentejo pode passar a estar ao nível do Algarve

O PRESIDENTE da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo alertou esta segunda-feira para o risco de o território ser prejudicado no acesso a fundos comunitários, após 2030, com a reorganização administrativa já aprovada.

Em causa, indicou à agência Lusa António Ceia da Silva, está a criação da NUTS (sigla em inglês para as nomenclaturas de unidades territoriais para fins estatísticos) II do Oeste e Vale do Tejo, que retira ao Alentejo os 11 concelhos da Lezíria do Tejo. Segundo o responsável, a saída destes concelhos, com 240 mil habitantes, e a subida do produto interno bruto (PIB) regional, devido ao desenvolvimento de Sines, podem “significar a subida do PIB per capita acima dos 75%”.

Ao nível do Algarve ou de Lisboa

“Se isso suceder, o Alentejo deixa de ser considerada região de convergência e passa a estar ao nível do Algarve ou de Lisboa e isso significa perder fundos e as taxas de comparticipação vão, obviamente, diminuir”, vincou.

Assinalando que a situação, a ocorrer, “será no pós Portugal 2030 (PT2030)”, o presidente da CCDR do Alentejo apontou a necessidade de se fazerem “as contas sobre o que pode significar para [a NUTS II do] Alentejo perder 240 mil habitantes” dos 11 concelhos da Lezíria do Tejo. “Acho que tem de ser estudado”, insistiu Ceia da Silva, escusando-se, no entanto, a apontar uma solução: “A mim não me compete arranjar soluções. Apenas chamei a atenção para este facto que deve ser analisado”, limitou-se a sublinhar.

Também a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, numa resposta a um requerimento do PSD sobre as alterações ao mapa das NUTS, no parlamento, há cerca de duas semanas, mostrou-se preocupada, mas assegurou que deverá ser encontrada uma solução.

A ministra da Coesão Territorial comprometeu-se, na altura, que, enquanto tiver este dossiê em mãos, haverá “uma preocupação de não prejudicar o Alentejo”, sublinhando que existem “muitos mecanismos para não prejudicar” a região

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