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Diocese do Algarve estima levar apenas 1.000 peregrinos a Lisboa

A Diocese do Algarve estima levar 1.000 peregrinos à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza ente 01 e 06 e agosto, em Lisboa, disse à Lusa o responsável do Comité Organizador Diocesano (COD) algarvio

“A nossa previsão, para já, ronda os 1.000 peregrinos. É certamente a nossa maior participação, tivemos uma grande expressão na Jornada Mundial de Madrid - já não me lembro bem dos valores e não vou dizer, porque se calhar posso estar a enganar-me -, mas é a nossa maior expressão na JMJ”, afirmou João Costa, que coordena o COD do Algarve para a JMJ. João Costa reconheceu que o número de participantes da diocese algarvia “pode ser pouco represen- tativo da juventude que existe no Algarve”, porque os 1.000 peregrinos previstos representam “01% a 02% dos “cerca de 80.000 jovens dos 14 aos 30 anos” que há na região, segundo os dados estatísticos da Pordata, assinalou.

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Cerca de 600 a 700 são jovens

A mesma fonte precisou que, “dos 1.000 [participantes oriundos do Algarve], 600 a 700 são jovens”, esclarecendo que estes têm, “muitas vezes”, de ser “acompanhados por animadores” e que as inscrições podem também ser feitas por qualquer pessoa.

“É importante referir que a JMJ, apesar de ser dedicada, organizada e pensada para jovens dos 14 aos 30, o dicastério não fecha a possibilidade de participação de todas as pessoas”, salientou João Costa, salientando que “a inscrição está aberta a todos” os que queiram participar no evento, que contará com a presença do Papa Francisco.

João Costa explicou que o COD do Algarve tem por missão “organizar tudo o que está relacionado com a Jornada Mundial dentro da diocese” da região, que abrange as paróquias dos 16 municípios do distrito de Faro.

“Isto implica não só participação dos jovens e peregrinos diocesanos na JMJ, como as inscrições, uma pastoral, os autocarros, as catequeses, as preparações e as atividades Rumo 23 e outras”, acrescentou, frisando que o trabalho implica pôr de pé uma “grande logística” e assegurar “a organização da peregrinação para Lisboa”.

Questionado sobre os custos que os participantes têm para poder participar na JMJ, João Costa respondeu que, “dentro da inscrição da

Jornada, há diversos pacotes e modalidades, porque há possibilidade de participar na semana da Jornada, no fim de semana ou nos eventos centrais finais”.

“Dentro das três modalidades, ainda há diferentes pacotes. Posso escolher um pacote que inclui tudo, que tem o alojamento, a alimentação, os transportes dentro da Área Metropolitana de Lisboa, incluindo Setúbal e Santarém, o ‘kit’ peregrino e o seguro”, elencou, referindo-se aos benefícios do pacote com o custo mais elevado, de cerca de 250 euros. Mas há também alternativas mais baratas, contrapôs, dando como exemplo o caso de “um grupo que tem casa em Lisboa”, que “não precisa de alojamento” e pode “escolher um pacote sem alojamento”. Há diferentes possibilidades e “o preço sobe ou desce consoante o que for escolhido”, referiu, garan- tindo, no entanto, que “participar na Jornada Mundial da Juventude é grátis” e, “se uma família quiser participar na última missa, na missa de envio, pode fazê-lo sem, ter de pagar. “Ver o Papa não custa nada, o que se paga é o alojamento, a alimentação, são custos da logística”, justificou. A Jornada Mundial da Juventude, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures. As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

Adireção executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) liderada por Fernando Araújo divulgou esta semana o plano de funcionamento das maternidades para o primeiro trimestre deste ano para todas as regiões de Portugal continental, mantendo sem alterações o que já tinha sido anunciado para Lisboa e Vale do Tejo e para o Norte. Na prática, segundo o documento da DE-SNS, todos os 13 blocos de partos da região Norte vão funcionar de forma ininterrupta até ao final deste trimestre, assim como os sete do Centro e os três do Alentejo.

Quanto ao Algarve, o plano prevê que o bloco de partos de Faro funcione em pleno em fevereiro e março, enquanto aos fins de semana a maternidade do hospital de Portimão vai funcionar com condicionamentos nesse período.

Já para Lisboa e Vale do Tejo, continua previsto que quatro blocos de partos funcionem de forma ininterrupta –Hospital de Santa Maria, Maternidade Alfredo da Costa, Hospital de Cascais e Hospital Garcia de Orta - e nove com aberturas al- ternadas aos fins de semana. Com o funcionamento condicionado nesta região estarão, assim, as maternidades dos hospitais do Oeste (Caldas da Rainha), Médio Tejo (Abran- tes), Santarém, Vila Franca de Xira, São Francisco Xavier, Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), Beatriz Ângelo (Loures), São Bernardo (Setúbal) e Barreiro-Montijo.

As quatro instituições de Lisboa - centros hospitalares de Lisboa Norte, de Lisboa Central e de Lisboa Ocidental e o Hospital Fernando Fonseca - "vão cooperar e partilhar recursos", no sentido de garantir o funcionamento dos respetivos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia e das unidades de neonatologia durante o primeiro trimestre.

“Os resultados deste plano estratégico serão avaliados pela DE-SNS durante o primeiro trimestre, e informarão as decisões para os trimestres seguintes, nomeadamente para o verão”, adiantou ainda a direção executiva.

No início do ano, o diretor executivo do SNS adiantou à Lusa que o plano para o primeiro trimestre pretendia manter uma abordagem de rotatividade das maternidades, de forma a criar “previsibilidade” e ser possível “coordenar uma operação estável”.

“O objetivo é termos, numa área geográfica, uma resposta consistente e evitar que as grávidas estejam, até à última hora, a tentar perceber se aquele local vai estar aberto ou não”, referiu Fernando Araújo na altura.