PI.MAG 002

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PI.MAG PEACHVELVET INTERNATIONAL MAGAZINE - EDIÇÃO PORTUGUESA 0002 NOVEMBRO - DEZEMBRO - JANEIRO 2011/12 - PVP 8,90€


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FontanaArte

L’INVISIBILE by Portarredo

Suspensão WIG, desenhado por Chris Hardy para a FontanaArte, é composta por pétalas curvas lacadas a branco, que juntas simbolizam uma massa única, massa essa que é composta por elementos individuais, representando assim e segundo o designer, as relações sociais de um individuo com uma enorme sociedade.

Para um novo conceito de criatividade e design de interiores sem limites. Começa a imaginar ... L’INVISIBILE é um sistema exclusivo, patenteado e certificado (UNI EN ISO 9001-2000) de portas e de fecho de áreas técnicas montadas perfeitamente em alinhamento com a parede. Este sistema acaba com a necessidade de ajustar batentes visíveis, aros de portas e dobradiças à vista, assegurando de forma impecável e irrepreensível a abertura e funcionamento suave, com garantia de 5 anos!


news_01 Este é um espaço destinado à apresentação de produtos / soluções existentes no mercado e pretende funcionar como uma ferramenta auxiliar dos arquitectos no exercicio das suas funções. No caso de desejar apresentar o seu produto neste espaço envie P.F. um email para l@peachvelvet.com a solicitar o mesmo.

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Banheira SPOON XL da Agape, produzida em Biobased Cristalplant e desenhada por Benedini Associati. A superfície côncava no seu interior permite uma excelente distribuição da água usufruindo assim o utilizador de um momento de maior relax. O material utilizado na produção da banheira permite que a temperatura da água se mantenha durante muito mais tempo evitando assim utilizações desnecessárias de consumo.

O sofá “Allen” é o exemplo perfeito do que a Minotti quer dizer com “sofá”: um objecto definido por linhas e proporções suaves, de assertiva altura ao solo, e funcionalidade nas suas dimensões, sem sacrificar as linhas suaves e formas arredondadas, especialmente quando os braços estão em causa. Mesmo sendo um produto de design, “Allen” não significa certamente falta de conforto, graças ao encosto elevado que oferece total apoio para as costas e cabeça. O apoio de braços e costas é moldado, enquanto o assento reversível é coberto de penas de ganso. Os pés, feitos de peças moldadas de alumínio fundido, descrevem uma linha sinuosa, prova de que o conceito clássico é inerente ao DNA da Minotti.

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Ai Weiwei

Arte / Arquitectura

Desde a construção de seu próprio estúdio em 1999, o artista chinês Ai Weiwei projectou individualmente ou em conjunto com outros gabinetes de arquitectura, uma ampla gama de projectos arquitectónicos. A arquitectura tornou-se numa disciplina intrínseca ao trabalho criativo do artista através do qual, para além das artes visuais, ele é capaz de desenvolver um efeito físico e duradouro na sociedade.

Andres Lepik – historiador de arte/arquitectura - explora este aspecto do trabalho Ai Weiwei no seu ensaio. Reto Geiser analisa os seus projectos arquitectónicos e examina o papel da arquitectura em relação às actividades políticas de Ai Weiwei. Outra contribuição é a participação de Yilmaz Dziewior que o KUB apresenta nesta exposição concebida por Ai Weiwei.


exh_01 Quando Ai Weiwei foi convidado há um ano e meio atrás pelo Kunsthaus Bregenz para montar uma grande exposição individual, ninguém podia prever a actual situação do artista. No inicio de Abril de 2011 o artista foi preso no Aeroporto Internacional de Pequim e, tendo sido libertado sob fiança depois de dois meses e meio de incertezas. No entanto Ai Weiwei deve garantir que cumpre as estritas condições de fiança. O artista está proibido de sair de Pequim sem permissão durante os próximos 12 meses, de falar sobre o seu cativeiro ou mesmo de dar entrevistas para a imprensa. É acusado pelo Governo Chinês de delitos económicos, sendo que segundo um amigo próximo as autoridades impuseram multas na ordem dos milhões. Muitos políticos influentes, incluindo o Presidente Norte-Americano e os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Áustria e da Alemanha protestaram em resposta ao desaparecimento de Ai Weiwei em abril.

Intelectuais, vencedores do Prémio Nobel, e um grande número de produtores culturais expressaram o seu apoio ao artista. Inúmeras instituições de arte também organizaram acções e petições. Uma petição para a liberação de Ai Weiwei, que o Kunsthaus Bregenz suportou através do seu site mas também através de uma acção realizada no decorrer da Bienal de Veneza, foi assinada por mais de 100.000 pessoas. Actualmente o KUB está em plena campanha activa pela libertação do artista. O Museu tem sido muitas vezes questionado se a exposição irá estar patente. “Na nossa opinião, agora é mais importante do que nunca mostrar o trabalho do artista não só porque o Kunsthaus Bregenz se foca em um dos principais temas da sua diversificada obra, a arquitectura, mas acima de tudo por estamos convencidos que é necessário manter o interesse e discussão do trabalho deste grande artista, bem como denunciar a sua perseguição pelo Governo Chinês aos olhos do público em geral.”

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Tree Hotel em Harads páginas 024 - 031 Arquitectura: Tham & Videgard Architects Projecto: Tree Hotel Localização: Harads - Suécia Colaboradores: Andreas Helgesson, Julia Gudiel Urbano, Mia Nygren Construção: 2008 - 2010 Desenhos: Tham & Videgard Architects Imagens: Åke E:son Lindman

pro_05 Tham & Videgard “Tree Hotel em Harads” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

O “Tree Hotel” é um projecto que está localizado na região Norte da Suécia, perto da pequena aldeia de Harads, sobre o círculo polar. Um abrigo nas árvores; Uma estrutura de alumínio leve pendurada no tronco de uma árvore; Uma caixa de 4x4x4 metros de vidro espelhado. O exterior reflecte o ambiente e o céu, criando um refúgio camuflado. O interior é forrado a madeira e as janelas permitem uma visão de 360 graus sobre o ambiente. Trata-se de uma construção que faz alusão à forma como o homem se relaciona com a natureza, como utiliza produtos e materiais de alta tecnologia ao explorar lugares remotos em climas severos (Gore-tex, Kevlar, materiais compósitos, tendas leves etc). O programa prevê a vivência de duas pessoas; uma cama de casal, um quarto de banho pequeno, uma sala de estar e um terraço. O acesso à cabine é feito através de uma ponte de corda. Para evitar que as aves colidam com o vidro foi utilizada uma cor transparente ultravioleta nos painéis de vidro laminados, visível apenas para as aves.

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No Picnic páginas 032 - 039 Arquitectura: Elding + Oscarson Projecto: No Picnic Localização: Estocolmo - Suécia Colaboradores: -----------------Construção: 2010-11 Desenhos: Elding + Oscarson Imagens: Åke E:son Lindman

pro_06 Elding + Oscarson “No Picnic” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

“No Picnic” é uma das maiores consultoras mundiais de design, exercendo a sua actividade na área do design industrial, design de produto, direcção artística, estudos de mercado e arquitectura. Dificilmente poderíamos imaginar um cliente melhor orientado, e esperar nada menos do que um projecto ambicioso, exigente e divertido. Foi-nos solicitado a concepção de escritórios em “open-space”, uma oficina para protótipos, um “showroom” para protótipos, diversas salas de projecto, e uma área destinada a clientes separada dos restantes espaços. Foi eleito pelo cliente um conjunto de edifícios do século XIX localizados no centro de Estocolmo para a execução do projecto. Trata-se de dois volumes, sendo o primeiro um antigo pavilhão de treinos para tropas e o segundo um antigo estábulo para os cavalos da polícia. Ambos os pavilhões já tinham sido convertidos num “showroom” no decorrer da década de 80, mas encontravam-se num estado bastante degradado. Estes edifícios estão sob o mais elevado nível de protecção histórica. A conversão teve que ser sensível, tendo sido avaliada a cada passo com um antiquário até ao mais ínfimo detalhe. Queríamos nos livrar de todas as camadas adicionadas até a origem. No estábulo conseguimos descascar o compartimento, e apenas adicionamos isolamento acústico nas paredes, mas no antigo pavilhão de exercícios, a economia e a função exigiram que uma “mezzanine” construída na década de 1980 fosse mantida. A “mezzanine” divide o espaço longitudinalmente, afectando a experiência / percepção do espaço. O topo coincide com o centro do pavilhão, sendo que por isso optamos por método utilizado no “design” industrial - formas arbitrárias mas simétricas esculpidas como metades num espelho. Desta forma conseguimos recuperar a ideia de uma sala inteira, em vez do espaço dividido. Procedemos à construção de um delicado painel de alumínio ao longo de um eixo central. As salas de reuniões situadas dentro desta membrana de metal tem grandes janelas para o corredor. O reflexo do vidro nivelado com a superfície de metal faz com que o vidro pareça um espelho, enquanto o metal aparece, transparente e desaparece. É ousado, caleidoscópica e ilusória criando um efeito “trompe l’oeil”.

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Planta de piso 1

Planta de piso 0


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Casa da Escrita páginas 040 - 059 Arquitectura: João Mendes Ribeiro Projecto: Casa da Escrita Localização: Coimbra - Portugal Colaboradores: Alexander Glaser, Joana Brandão, João Sérgio Braga da Cruz, Patrícia Domingues, Susana Neves (projecto), Joana Figueiredo, João Branco (obra), Catarina Fortuna (mobiliário) Construção: 2008-10 Desenhos: João Mendes Ribeiro Imagens: © 2011 – do mal o menos, Patrick Monteiro

pro_07 João Mendes Ribeiro “Casa da Escrita” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

A Casa do Arco, actual Casa da Escrita, situa-se na Alta de Coimbra, na proximidade da Torre do Anto e insere-se num conjunto urbano denso, de ruas estreitas e sinuosas, predominantemente habitacional. O programa para a Casa da Escrita previa a reutilização contemporânea do edifício, com a sua adaptação a novas funções, conciliando valores patrimoniais e simbólicos com os actuais requisitos técnicos e de conforto e flexibilidade. A flexibilidade entendida, não como a antecipação exaustiva de todas as mudanças possíveis, mas sim como a aptidão para uma ampla margem de usos e interpretações, materializa-se, na Casa da Escrita, no “esvaziamento” e depuração formal dos espaços de habitação, tornando-os disponíveis para novos usos. Mantendo, no essencial, a complexidade orgânica na distribuição dos espaços interiores, gerada pela sobreposição de zonas públicas e privadas, dispõe-se, actualmente, de espaços amplos e flexíveis, passíveis de acolher a diversidade de conteúdos e actividades ligadas à escrita, bem como as acções espontâneas dos habitantes da Casa. Foi, no entanto, necessário introduzir nessa estrutura orgânica um sistema racional de acessos e comunicações verticais, espaços de serviço e infra-estruturas técnicas, em resposta aos novos requisitos funcionais. A ala Sul do edifício, ao nível do piso térreo, integra três novos espaços relacionados entre si que correspondem, respectivamente, à cozinha, aos acessos verticais (escada e elevador) e às instalações sanitárias. Estas dependências ocupam um volume compacto e independente, integralmente construído em madeira. Junto à entrada principal, no piso térreo, fica a livraria cuja configuração, baseada no uso de estantes móveis, pode ser facilmente alterada, transformando-a, por exemplo, num espaço para exposições. No primeiro andar, localizam-se os salões correspondentes à ala do século XIX, a partir dos quais se faz o acesso aos jardins. Essas salas são actualmente ocupadas como biblioteca, auditório e sala de refeições. Na ala Sul, as salas menores, destinam-se aos espaços de residência temporária de artistas, que inclui um quarto com casa de banho e uma sala de trabalho, que poderá ser convertida num quarto adicional. No piso superior, o salão nobre mantém a sua configuração geral, mas a sua caracterização foi significativamente alterada com a pintura integral, a branco, de tectos, paredes e de todas as peças de madeira. Esta solução, que se estende a toda a Casa, permitiu caracterizar um ambiente uniformemente luminoso e ligeiro, contrastante com a ambiência anterior à remodelação. O espaço do sótão é ocupado por uma sala única que acolhe o arquivo activo e três nichos para consulta individual de documentação, sob as novas mansardas rasgadas na cobertura. Todo o mobiliário da Casa foi seleccionado por forma a proporcionar a adequação dos espaços ao novo programa funcional e a um público alargado, sem, no entanto, anular a referência ao espaço original e ao ambiente de conforto e intimidade da habitação.

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Fundació Antoni Tàpies páginas 060 - 075 Arquitectura: Ábalos + Sentkiewicz Projecto: Fundació Antoni Tàpies Localização: Barcelona - Espanha Colaboradores: Víctor Garzón (coordenação), Haizea Aguirre, Elena Cuerda, Ismael Martín, Alfonso Miguel, Renata Sentkiewicz Construção: 2007-10 Desenhos: Ábalos + Sentkiewicz Imagens: José Hevia

pro_08 Ábalos + Sentkiewicz “Fundació Antoni Tàpies” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

O objectivo principal da renovação da “Fundació Antoni Tàpies” era a necessidade de adaptação do edifício às novas regulamentações de segurança e evacuação, que se traduziam numa melhoria global do complexo, permitindo a abertura do edifício histórico ao público com novas áreas exposição, arquivo e de ensino, e de se concentrar as áreas administrativas num novo pavilhão de três andares, localizado na parte inferior do perímetro, com um acesso ao pátio. Mas a renovação da “Fundació Antoni Tàpies” procura também e acima de tudo, ajudar a consolidar uma nova geração de museus, como centros de produção cultural, apresentando uma versatilidade espacial, adaptada à diversidade das práticas artísticas, a aplicação de equilíbrio termodinâmico, a oferta no valor de bens herdados e a dissolução da atmosfera para a intensificação da experiência do visitante, oferecendo todo um programa que suporta uma experiência complexa da produção cultural e o edifício modernista como parte do sistema próprio ecrã. O diálogo estabelecido entre o projecto original de Lluís Domènech i Montaner construído entre 1881 e 1884 – e a intervenção de Roser Domènech Amado e Lluis Domènech entre 1987 e 1990, especialmente a instalação da obra de Antoni Tàpies - Nuvol i Cadira, 1990- inclui agora um outro pedaço de Tàpies, Mitja - Calcetín, 2010 - e um jardim no terraço que abre o museu para a continuação do diálogo com o pátio interno do plano de Cerdà. Em termos ambientais, a expansão representa uma melhoria substancial na iluminação natural do edifício original bem como a sua forma geral, que engloba a intervenção em um único volume para o benefício de controlo e reduzido gasto de energia.

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Atelier Oehlen páginas 076 - 087 Arquitectura: Ábalos + Sentkiewicz / Enguita & Lasso de la Vega Projecto: Atelier Oehlen Localização: Bülher - Suiça Coordenação: Iñaki Ábalos, Paloma Lasso de la Vega Construção: 2007-09 Desenhos: Ábalos + Sentkiewicz / Enguita & Lasso de la Vega Imagens: José Hevia

pro_09 Ábalos + Sentkiewicz / Enguita & Lasso de la Vega “Atelier Oehlen” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

Um pequeno edifício inserido num terreno com um declive acentuado que está quase sempre coberto de neve, dá origem a um volume prismático encastrado no terreno pela fachada Norte e em varanda sobre a paisagem na fachada voltada a Sul. Este acomoda um espaço-armazém como diáfano para estúdio de um artista e uma cave cujo programa é dedicado ao arquivo de obras de arte. Uma grande janela abre o atelier para a paisagem, enquanto duas clarabóias fornecem iluminação zenital. Na encosta do volume principal as clarabóias são cortadas assumindo uma forma triangular, dando ao edifício o seu aspecto característico. Devido ao seu acabamento industrial, ao desenho do próprio volume e à utilização da cor branca o edifício aspira a integrar-se com as restantes residências e a paisagem de neve característica de Saint-Gallen. De forma a incrementar a eficiência ambiental o volume foi desenhado de uma forma compacta sendo inclusive parte enterrado. As janelas voltadas a Sul aproveitam a energia solar e procuram obter os melhores níveis de luz para a sala de trabalho. O conforto térmico é garantido por paredes de betão para piso térreo e madeira laminada no resto do edifício revestida com painéis de aglomerado reciclado e isolamento de sal. Exteriormente o edifício é revestido com tábuas industriais sendo a cobertura um prolongamento do terreno.

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Casa em Kitakami páginas 088 - 097 Arquitectura: Nadamoto Yukiko Projecto: Casa em Kitakami Localização: Kitakami - Japão Coordenação: ----------------Construção: -------------------Desenhos: Nadamoto Yukiko Imagens: ----------------------

pro_10 Nadamoto Yukiko “Casa em Kitakami” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

Esta casa, localizada num bairro residencial na cidade de Kitakami, foi construída para uma família constituída por 4 pessoas. O cliente queria uma casa que consistisse “num espaço único e unificado para acomodar as actividades distintas e as individuais de cada membro da família ao invés de um espaço aberto e contínuo, e composto por sala de estar, sala de jantar, cozinha, varanda e quartos.” Este pedido desempenhou um papel fundamental no nosso processo de design. Para podermos dar resposta a este pedido aparentemente contraditório, a estratégia passou por desenhar uma casa que se assemelhasse a uma cidade em si mesma. Para atenuar a fronteira entre o interior da casa e o terraço, desenhado originalmente como um espaço exterior, bem como para estabelecer uma conexão entre esses dois domínios, desenvolvemos uma solução eficiente – criar um espaço interior como um exterior e um espaço exterior como um interior. Tendo como objectivo estabelecer ligações subtis entre os espaços, desenhamos três paredes curvas na moldura rectangular. O espaço resultante e esculpido por estas paredes curvas define a sala de jantar e estar para toda a família. Era importante que estes espaços resultantes fossem vistos como elementos exteriores, integrantes da cidade. O que importava não era a exterioridade real das áreas relevantes, mas apenas a aparência e impressão do exterior.

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Edifício dos Lóios páginas 100 - 103 Arquitectura: Floret Arquitectura + Patrícia Cunha Projecto: Edifício dos Lóios Localização: Porto Coordenação: Adriana Floret Colaboradores: Telma Cunha, Maria João Brandão Construção: 2011 Desenhos: Floret Arquitectura Imagens: FG + SG

call_for_projects_01 Floret Arquitectura “Edifício dos Lóios” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

O edifício localiza-se em pleno centro histórico do Porto, logo inserido na área classificada de Património Mundial da Humanidade. O Largo dos Lóios, cujo processo de consolidação se concluiu no princípio do século XIX, possui edifícios com valor arquitectónico, alguns individuais, outros que no seu conjunto garantem a qualidade arquitectónica do local. Trata-se de um edifício que tinha como função no rés-do-chão comércio e nos restantes pisos habitação que foi sendo alvo de constantes alterações no interior e na caixilharia exterior. O edifício tem duas frentes, com configuração em L, possui uma única serventia pelo Largo dos Lóios, e a outra frente é orientada para um pequeno logradouro, que estava fechado com uma ampliação. O sistema construtivo do edifício em causa é composto por paredes autoportantes em alvenaria de pedra (granito). Relativamente às lajes de piso, são em vigamento em madeira com revestimento a soalho. A estrutura encontra-se em estado razoável de conservação sendo que para confirmar foi solicitado ao Instituto da Construção (FEUP) um relatório de inspecção. Esse relatório pode ser analisado em pormenor no “site” de obra (afloret2.wordpress.com).

Portanto a proposta teve em atenção o relatório e o projecto de arquitectura tentou aproveitar o máximo dos elementos construtivos em bom estado de conservação. A escada de acesso aos pisos superiores é em madeira e será mantido o desenho da escada e do corrimão original, sendo reabilitado o que for possível e o restante substituído por peças idênticas. A encimar a escada é proposta uma clarabóia com desenho contemporâneo, com o intuito de iluminar toda a caixa de escadas, contribuindo para um maior destaque desta e servindo como complemento e de valorização deste elemento tão característico da tipologia arquitectónica dos edifícios de habitação portuense. Os apartamentos são na sua generalidade de tipologia T1 constituído por um hall de entrada, uma sala dotada com cozinha, uma instalação sanitária e um quarto. A cozinha resume-se a um bloco de armários onde é possível encerrar ou abrir, tornando o espaço o mais flexível possível. O quarto está orientado para o logradouro interior, um espaço mais calmo e confortável para dormir.

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Ribeira dos Mochos / Sede de Escuteiros páginas 104 - 105 Arquitectura: PAR . Plataforma de ARquitectura / Joana Carmo Simões + Susana dos Santos Rodrigues Projecto: Ribeira dos Mochos / Sede de Escuteiros Localização: Ribeira dos Mochos Coordenação / Especialidades: António J. F. Cristóvão (eng), António Alves Cristóvão (eng) Construção: 2009 Desenhos: PAR . Plataforma de ARquitectura Imagens: João Carmo Simões

call_for_projects_02 PAR . Plataforma de ARquitectura “Sede de Escuteiros” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

Num grande Parque Urbano de acesso público, foi cedida uma parcela de terreno para a construção de uma Sede de Escuteiros. A área de construção necessária era vasta, o local de implantação e o orçamento apertados. O programa de uma Sede Escutista é singular e requer espaços de características muito diferentes e marcadas. Tinha de se criar lugar para a congregação geral, para a reunião em secções e para as actividades em pequenos grupos. Ao longo um corredor estruturante, vão-se sucedendo os diversos espaços: encerrados com portas ou generosamente abertos, interiores ou exteriores, em penumbra ou banhados de luz. O edifício procura acomodar-se às actividades escutistas: A sala de reunião geral abre-se francamente ao contacto com a natureza envolvente no Parque e beneficia do pé-direito mais elevado; Nas salas de secção, buscam-se vistas mais resguardadas, como os muros de alvenaria existentes; Os “cantos”, pensados como

esconderijos, aproveitam o desvão das águas da cobertura; A sala de ateliês é silenciosa e inspiradora, como uma capela. O sistema construtivo de “frame” possibilita a adaptação das peles interiores e exteriores aos objectivos do projecto. Procurava-se um edifício que se enquadrasse no Parque de forma completa, e por esse motivo aplicaram-se “shingles” pelo exterior, tanto nas paredes como na cobertura. Podemos vê-lo de diferentes pontos de vista da paisagem, pelo que a cobertura é tratada como um alçado. No interior, privilegiou-se a sensação de largueza de espaço, com o uso total do branco. A excepção dá-se no pavimento, onde se expõe a madeira da laje e a sensação de conforto que desta advém.

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O lema para o projecto de Puente de Génave surge como confirmação de uma primeira intuição: a escolha, para a construção do novo Museu de Arte Contemporânea da cidade, de um lugar carregado de memórias e com um espírito resistente ao passar dos anos – os pavilhões da antiga “Fábrica da Vicaría”. Esta opção resulta de duas razões distintas: por um lado permite a reabilitação de do património arquitectónico e urbano existente, reforçando a lógica contemporânea de aproveitamento de estruturas obsoletas em detrimento de uma construção massificada e desnecessária do território; por outro lado, a qualidade espacial e formal das duas naves existentes respondem eficazmente às necessidades programáticas e às exigências particulares de um espaço museológico contemporâneo.


Museu de Arte Contemporânea Santiago Ydañez páginas 106 - 109 Arquitectura: dep-A [departamento Arquitectura] Projecto: Museu de Arte Contemporânea Santiago Ydañez Localização: Puente de Génave - Espanha Ano: 2010 (Projecto a concurso, 1º Prémio) Desenhos: dep-A [departamento Arquitectura] Imagens: dep-A [departamento Arquitectura]

call_for_projects_03 dep-A “Museu de Arte Contemporânea Santiago Ydañez” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

O primeiro gesto considera a extrusão da volumetria existente, reforçando o seu valor espacial. Aproveitando os limites espaciais da área de intervenção conservou-se estrategicamente a actual cércea edificada e clarificouse a função do espaço “entre-casas” como plataforma de acesso ao museu. Pretendeu-se criar uma imagem integradora que respeitasse a lógica urbana existente e que recuperasse a memória de um antigo lugar fabril. “Gosto de trabalhar em grandes formatos, dando rédea solta aos gestos numa espécie de dança. É uma experiência de enorme tensão e concentração na qual às vezes te evades totalmente.” (Santiago Ydáñez) As altas e amplas naves e a homogénea e neutra materialidade dos espaços interiores adequam-se à expressiva e contundente obra de Santiago Ydáñez. A luz, elemento chave na criação de um espaço arquitectónico qualificado, queria-se

controlada e apaziguadora. Através de uns „candeeiros‟ de luz natural, iluminamse as naves da exposição permanente de forma pontual, sem interromper a leitura contínua do interior do volume construído. O piso térreo concentra todas a funções públicas do Museu: os espaços de exposição permanente e exposição temporária, área de vídeo e projecção, cafetaria e loja, que estão em directa comunicação com a área central de recepção e informação (foyer). Também a partir de aqui se acede ao piso superior - de carácter administrativo - e ao piso inferior, mais reservado, organizado em torno do patio central e onde encontramos os espaços complementares públicos, depósitos e instalações gerais. A opção por um volume compacto em betão à vista permite uma austera integração na paisagem envolvente e garante uma construção rápida e eficaz. As duas casas serão objecto de uma cuidada recuperação e conservação de forma a garantir uma leitura global da sua qualidade construtiva e espacial.

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Habitação Unifamiliar em Matosinhos páginas 110 - 111 Arquitectura: - nu.ma | unipessoal, lda (nuno matos silva) Projecto: Habitação Unifamiliar em Matosinhos Localização: S. Mamede Infesta - Matosinhos - Portugal Ano: 2011 Desenhos: nu.ma | unipessoal, lda (nuno matos silva) Imagens: nu.ma | unipessoal, lda (nuno matos silva)

call_for_projects_04 nu.ma “Habitação Unifamiliar em Matosinhos” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

Estando inserido numa malha urbana consolidada, o lote apresenta como limite lateral, construções de rés-do-chão e aproveitamento de águas furtadas. Estas construções pela sua época construtiva apresentam pés direitos nada convencionais. A densidade da malha urbana nesta rua apresenta edifícios com características temporais diferentes e por isso, com abordagens construtivas diferentes, apresentando pés-direitos e cotas altimétricas diferentes, materiais diversos; etc... um resultado do crescimento e evolução desta rua. Tendo por base um lote já com construção (habitação com pátio lateral a norte, e logradouro) esta, apresenta-se em estado de ruína não sendo passível a sua recuperação. Ao mesmo tempo, a sua caracterização funcional não se adequa às exigências do novo programa. Propõe-se assim, uma nova implantação mantendo a filosofia do pátio lateral, mas implantando o edifício a Norte, libertando este pátio a Sul, possibilitando desta forma um aproveitamento mais eficaz em termos solares. Considerou-se importante manter o alinhamento da habitação e das construções existentes por forma a não criar irregularidades formais do desenvolvimento da rua. Em termos de volumetria,

esta será resolvida em dois pisos (rés do chão e piso 1), sendo estes dissimulados na fachada com um desenho de alhetas nos alçados. Estas alhetas irão criar alguns alinhamentos altimétricos com as construções vizinhas. Propõe-se uma habitação com dois pisos e com a tipologia de T3+1. A distribuição espacial interior resume-se à separação de forma radical, da função por piso. A zona de serviços/social, fica à cota da entrada e é composta por “hall” de entrada, instalação sanitária, cozinha, sala de jantar/estar, acesso vertical e garagem. Pelo carácter longitudinal da habitação e pelas únicas duas frentes para a construção, propõe-se um pátio exterior no centro da habitação para poder trazer luz natural à sala de jantar e à cozinha. No piso 1, a zona mais privada, é composta pela zona dos quartos e instalações sanitárias afectas a cada quarto, e uma zona de estar/leitura, que servirá de complemento aos quartos. Neste piso, novamente o pátio exterior no meio da habitação para poder fazer chegar luz natural aos compartimentos mais interiores. Ao nível do piso 0 na zona posterior da habitação, será criada uma plataforma de ligação do interior ao exterior, e garantindo um acesso pedonal até ao final do lote.

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Museu da Indústria da Zona Oriental de Lisboa páginas 112 - 113 Arquitectura: Fábio Ferreira Neves Projecto: museu da indústria da zona oriental de lisboa Localização: Lisboa - Portugal Universidade: ISCTE-IUL Coordenação: Paulo Tormenta Pinto | Ana Lúcia Barbosa | Gonçalo Byrne Data: 2009 Desenhos: Fábio Ferreira Neves Imagens: Fábio Ferreira Neves

pro_a_01 Fábio Ferreira Neves “Museu da Indústria” veja também em www.peachvelvet.com/xxxx.pdf

O Museu da Indústria da Zona Oriental de Lisboa, implanta-se em torno das escadas de Israel, em Marvila. Este local que se apresenta com extrema precariedade, caracteriza-se por uma arriba calcária, por onde se desenvolve uma das ligações entre as cotas mais altas de Marvila e o aterro. O novo edifício constrói-se com base na expressão da própria arriba, reinventando uma relação perdida, com a área onde se implantava o antigo pátio de Israel, uma das muitas vilas operárias da zona Oriental da Cidade. Os vestígios de outro tempo são também visíveis naquilo que resta de uma antiga torre que terá sido erguida para que o Rei D. Pedro pudesse assistir à inauguração da ligação ferroviária entre Lisboa e o Carregado. É a reinterpretação dos antigos fragmentos do passado que inspiram o projecto do Museu, manipulando-se uma nova realidade, que possa dar sentido à situação decadente que pode encontrar-se no local. O ingresso no museu estabelece-se ao nível das cotas inferiores, numa área

fortemente caracterizada pela presença de um volume evocativo do arquétipo de casa. O percurso ascendente, realizado já no interior do museu, realiza-se por meio de um ascensor que relaciona o ingresso com a cota dos espaços expositivos. Toda a área prevista para exposições é pontuada por aberturas de grande dimensão que introduzem o próprio território Marvila na exposição sobre a indústria. O Museu possibilita a estruturação das cotas superiores da área de intervenção, lançando as bases para a construção de um parque que se relaciona directamente com o interior do museu. Nesta intervenção o vazio é o agente principal. O equipamento museológico, por seu lado, protagoniza os pressupostos da regeneração de Marvila, naquele local. A massa do museu, ao diluir-se na paisagem, estabiliza a envolvente evidenciando a condição preexistente de uma área urbana adormecida que se pretende revitalizar com base em elementos e situações existentes.

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