BG Magazine #04 - Brasil

Page 1

Estilo e comportamento para Bad Girls e Bad Boys no Second Life Edição 04 - Novembro 2007

Útil, fútil ou totalmente inútil?

A estranha economia do Second Life



índice

Colaboraram para esta edição (em ordem alfabética): Aleigh Millena, Aquiles Amat, Daryus Lowey, Ginseng Kyong, Jrma Zond, Noki, the Cat, Wolfen Schnyder, Zarrin Vuckovic e todo o povo do Cais do Porto/Metrô São Pedro. A eles nosso Very Thank You Much! XD

Editorial Adoradores do Deus Metal Consumo, logo existo Teste — Você tem fome de quê? Tribos — Bicho não! Furrie! aMIgos da Lucrecia Para viver uma aventura! Agenda Good Guy Bad Girl B.A.D. G.I.R.L. Perfil Indo às compras Beelza de avatar! Eu, avatar Linden Lag

Para ver/saber mais sobre Alyne Dagger e Lucrecia Slade visite os nossos sites: • Flickr - Share Your Photos! http://www.flickr.com Search: A Lucrecia that is not Borgia Alyne Dagger • Blog http://lucreciaslade.multiply.com Uma Lucrecia que não é Borgia Blog com música, vídeo, reviews, links e as fotos que não saem na revista... • Em breve www.bgmagazine.com.br O site com a revista em PDF, links, fotos e muito mais.

Textos, edição, editoração, projeto gráfico e tudo mais: Uma parceria das amigas Lucrecia Slade e Alyne Dagger (Lu & Ly para os íntimos).

Fotos: Lucrecia Slade. Mas Alyne tem melhorado muito! ^^

Contato: Quem quiser colaborar com dicas, espernear, aparecer ou simplesmente dizer “olá”, basta mandar MI para nós. As opiniões de gente deselegante e mal educada serão investigadas, fotografadas sem alarde e zoadas com enorme prazer na próxima edição. :-)

Para anunciar: MI para Alyne Dagger/Lucrecia Slade.

Edição 04 - Novembro 2007

4 6 12 18 22 26 27 27 36 38 40 42 52 54 58 62 66

A BG Magazine é independente e não publica opiniões conflitantes com o ideal da revista nem por todos os Lindens do mundo. Quando falamos bem, somos ótimas. Quando falamos mal, somos muito melhores!


editorial O poema do Prim* Por Alyne Dagger

Três Prims para os Roleplayers sob esta lua sempre cheia, Sete para os DJs e Promoters em suas festas intermináveis, Nove para os Donos de Ilha, fadados a pagar seus tyers. Um para o Senhor dos Lindens, em seu escuro servidor, Na Mainland desconhecida onde os Lags se deitam. Um Prim para todos governar, Um Prim para encontrá-los, Um Prim para trazê-los e no lag aprisioná-los, Na Mainland desconhecida onde os Lags se deitam. *baseado na obra “O senhor dos anéis”, de J.R.R. Tolkien.


O poema da arroz-de-festa* Por Lucrecia Slade

Tudo começou com a criação dos DJs. Três foram criados no Leste. Sete foram criados no Oeste. Nove foram criados nas Netherlands, Pois eles queriam ter O Poder. Mas todos foram enganados, Pois outro DJ foi criado. Um mestre para guiar todos os outros. Um DJ para todos governar. Os DJs foram criados E é isto que fazem: Criar sons inspiradores Para todos os povos da Terra Tocando músicas para encontrá-los E na pista de dança aprisioná-los. Music rulz the World!!!!!!!!!!!!!! *Sim, sou fã de Tiësto. E daí? XD.


Entrevista

Adoradores do Deus Metal Wolfen Schnyder + Daryus Lowey

Nem só de dance, psytrance e disco vivem as festas do Second Life. Uma turma muito fiel resiste adorando o velho e bom Rock and Roll em suas vertentes mais pesadas. A turma do metal, que é forte no SL estrangeiro, tem em Wolfen Schnyder e Daryus Lowey dois defensores de primeira hora. À frente de novos projetos ligados ao “Deus Metal”, os dois compareceram à casa de Lucrecia Slade para uma entrevista “irada” com as Bad Girls.



Alyne Dagger: A Lu me disse que vocês são pessoas que se dedicam ao Rock Daryus Lowey: Sim. =) Alyne Dagger: E estão para abrir um espaço de rock no SL. Como a idéia surgiu? Wolfen Schnyder: Desde pequeno, eu me dedico ao rock. E essa era uma idéia que eu já tinha há tempos tentei fazer parceria com umas pessoas e não deu certo foi quando eu encontrei a Lillyth e o grupo, e também meu parceiro Carl Susa, que arquitetou o prédio, e o Jhonnys Babii que me ensinou a ser DJ e me deu todo o apoio de stream. Juntamente com o Grupo Seguidores do Deus Metal pudemos criar o Double Dance Club, que hoje conta com um clube e uma arena para shows ao vivo além disso, gerenciamos um pub na ilha Itaim SP. Daryus Lowey: Eu curto muito som extremo tanto na primeira como na segunda vida. Lucrecia Slade: E vocês fazem o que aqui dentro? Trabalham no SL? Wolfen Schnyder: O Daryus que está aqui é DJ. Eu sou DJ e empresário, toco na Ilha Brasil Norte graças ao apoio do Zeus Fride. Alyne Dagger: O Zeus é muito legal. Wolfen Schnyder: Uma grande pessoa que também acredita no som diferenciado ou seja, no rocknroll. Alyne Dagger: \o/ Daryus Lowey: Mas na maioria tocamos mais heavy metal extremo no club. Lucrecia Slade: Eu tive a oprotunidade de ir em uma festa sua, como as pessoas recebem o seu som? Wolfen Schnyder: Os estilos variam.


Daryus Lowey: É voltado para o rock. Wolfen Schnyder: Quem toca heavy mesmo sou eu, o Daryus tem um som mais diferenciado. Ele pode explicar melhor o gosto dele Daryus Lowey: Poxa, metal em geral. Alyne Dagger: Isso significa que ele toca tudo de barulhento! (risos) Wolfen Schnyder: Muito barulhento! Daryus Lowey: ahah! Lucrecia Slade: Goth, indutrial, punk, dark... Daryus Lowey: Quase isso, punk não. Wolfen Schnyder: O Karil, penso eu, puxa mais para o death. Daryus Lowey: Eu toco tudo dentro do metal. Lucrecia Slade: Faz bem o estilão mesmo Wolfen Schnyder: Temos também o rock dinossaur. Lucrecia Slade: E vocês têm contato com pessoal de fora das ilhas Brasil? Daryus Lowey: E um pouco de som louco, tipo rock progressivo japonês. Wolfen Schnyder: Não vamos nos esquecer desse grande irmão que tocou na estréia do clube, o Rock Dinossaur. Alyne Dagger: Lucrecia, não atropela eles. >:\ Lucrecia Slade: ^^ Alyne Dagger: Vocês estão apostando numa casa de rock. Como é o público brasileiro para isso? Ou vcs vão apostar na galera de fora? Wolfen Schnyder: Penso que exista público sim do Brasil. O problema vem sendo a divulgação, por ser um lugar novo as pessoas não nos conhecem bem ainda. Existe um pessoal da

Itália que vem muito ao clube também, há dois clãs de vampiros pelo que sei que o freqüentam e muitos são estrangeiros principalmente alemães e americanos. Daryus Lowey: =) Alyne Dagger: Vocês também jogam RPG como vampiros? Wolfen Schnyder: O Rock Dinossaur me chamou para o LENDAS URBANAS uma ilha de RPG. Alyne Dagger: Já ouvi falar e estou doida para conhecer. Wolfen Schnyder: Essas parcerias que o clube vem fazendo solidificam lugares alternativos no Second Life. A idéia é fugir da mesmice, chega dessas festas, desculpe-me a expressão, melacuecas. Lucrecia Slade: Hauhauhauahuahauauha Daryus Lowey: =D Alyne Dagger: Eu sei exatamente a que tipo de festa vc se refere... Lucrecia Slade: A que nós duas detestamos.... Wolfen Schnyder: Três então. Alyne Dagger: Praia-praia-praia. Wolfen Schnyder: Ai, dó até nos “nelvos”. (risos) Daryus Lowey: Então, como o Wolfen dizia, surgiu tudo dessa forma, então houve um show histórico que foi muito bom, ao vivo. Wolfen Schnyder: Nosso grupo agencia bandas também. Alyne Dagger: Música ao vivo? Wolfen Schnyder: Trouxemos para o Second Life uma das dez melhores bandas de power


metal melódico de todos os tempos, segundo a revista Burn japonesa, o Burning in Hell. Trouxemos também o Sepultura e vamos trazer uma banda chamada 7 Cities. Wolfen Schnyder: Além disso o clube já contou com um mega-evento que deu mais de 50 pessoas chegou a ferrar a stream! Daryus Lowey: Hahaha! Wolfen Schnyder: Com as bandas Burning in Hell e Judas Priest Official. Alyne Dagger: Sucesso total! Wolfen Schnyder: Além de uma canjinha do Death. Lucrecia Slade: O som é ao vivo? Daryus Lowey: Sim. Wolfen Schnyder: Na arena. Lucrecia Slade: \o/ Wolfen Schnyder: Que é o lugar para shows ao vivo sempre. Daryus Lowey: Reformamos a casa, antes nem tinha esse visual que estamos modificando, será mas sucesso ainda. =D Lucrecia Slade: Nossa, o local ficou show. Wolfen Schnyder: O visual novo foi o Daryus quem sugeriu. Daryus Lowey: Estamos cada dia melhorando ainda mais. Wolfen Schnyder: O clube não teve muita alteração da idéia original criada por mim e pelo Carl, mas a arena foi totalmente remodelada. Alyne Dagger: Quem são os sócios oficiais do clube? Wolfen Schnyder: Jhonnys Babbii, Carl Susa, Wolfen Schnyder. Os officers são a Lillyth, o

Synyster, o Chromm e o Fab Lucrecia Slade: E os DJs? Wolfen Schnyder: Os DJs são muitos. Karil e o Daryus são mais presentes, quase sempre estão lá para atender ao público. Alyne Dagger: Como é a agenda de eventos? Wolfen Schnyder: Nos fins de semana separamos para os DJs e para os shows ao vivo. As rádios de metal comem soltas lá o tempo todo. Lucrecia Slade: Equipe grande! Wolfen Schnyder: Sim e se somarmos os que são uma espécie de parceiros, fica muito maior. Lucrecia Slade: E quando foi a abertura oficial do local? Wolfen Schnyder: Foi com o show do Rock Dinossaur e das bandas Burning in Hell e Judas Priest. O show do rock foi há um mês e meio. O show do BiH e do Judas há poucas semanas. Wolfen Schnyder: Ok... O que mais, garotas? Lucrecia Slade: Agora o básico... Alyne Dagger: Peraí! Agora as minhas perguntas indiscretas!!! Lucrecia Slade: Lá vem a Ly... Alyne Dagger: Os meninos tem namoradas ou são livres para voar? Wolfen Schnyder: Eita! Daryus Lowey: Hahaha Wolfen Schnyder: Eu tenho, mas não tenho, ela me pediu um tempo. Daryus Lowey: Eu também! Tenho e não. Alyne Dagger: Eita! Os dois são tico-tico no fuba? É isso mesmo?


Lucrecia Slade: Hauhauahauhauaha Wolfen Schnyder: Ele quis dizer que tem, mas não é oficial, é ficante. Daryus Lowey: A minha está sem poder entrar, está um tempo fora. Lucrecia Slade: Ah, é filial sem matriz. Daryus Lowey: Mas coloca ai: a mulherada é bem vinda ao clube. Alyne Dagger: Não vou falar pras leitoras que você tá na pista pra negócio então, Daryus. Wolfen Schnyder: O nome da minha garota é Annalee. Ela é americana. Alyne Dagger: Ah, eu ia justamente perguntar isso. O nome das moças. Daryus Lowey: Da minha é Leticia Beck... Ela trabalha no club também, mas está fora por um tempo. Wolfen Schnyder: Muito gente boa, uma excelente promoter, diga-se de passagem. Alyne Dagger: Vocês parecem ser amigos, hein? Wolfen Schnyder: O Daryus foi o meu primeiro aluno. Isso é outra coisa que eu não falei: eu e o Jhonnys damos aulas para quem quiser ser DJ. Lucrecia Slade: Que legal! Wolfen Schnyder: Estamos construindo nossa escola agora. Alyne Dagger: Nossa, foi ótimo saber tanta coisa sobre vocês, tudo que vocês estão agitando e sobre como o metal está presente no Second Life. Lucrecia Slade: Desejamos sucesso a vocês dois e longa vida ao culto do Rock! Daryus Lowey: \m/


BA


Capa

Consumo, logo, existo

O que move a economia no Second Life? por Alyne Dagger Ilustração digital_B.A.

Talvez nossos leitores estranhem a escolha de um tema tão espinhoso quanto economia, mas bad girls antenadas devem saber de tudo um pouco. E pouco é o quanto conseguimos compreender sobre as estranhas relações de trabalho e consumo na segunda vida.


A grande maioria dos avatares anda por aí sem saber muito bem qual o real valor de um linden e se esse valor é de fato justo, ou porque diabos existem tantos lugares lotados de freebies, e porque os freebies são de graça. Quase ninguém se pergunta se vale a pena passar 30 minutos parado num entediante camp para receber a minguada quantia que varia de três a oito lindens, e menos pessoas ainda questionam qual a vantagem de quem tem ilha em pagar para que um avatar fique ali, parado como um desocupado se há tanta coisa interessante para fazer no Second Life.

BA

Bem, em primeiro lugar, é preciso entender que as relações econômicas e as leis que regem a relação entre capital e trabalho não mudam só porque estamos num metaverso. Na segunda, como na primeira vida, dinheiro e trabalho são bens de produção, que vão gerar lucro ou prejuízo para aqueles que se aventuram a sobreviver no Second Life ou sobreviver DO Second Life. O problema todo está em compreender o como a Linden Lab valoriza ou desvaloriza essas duas variáveis. Se você está interessado somente no jogo, é possível sim sobreviver sem jamais ter ganho um único linden. Eu, Alyne Dagger, passei minha primeira semana no Second Life num estado de total pobreza, porque nem sabia que se podia campear (sempre chega a hora de confessar alguma estupidez de newbie), mas nem por isso vivi como mendiga: no primeiro dia aprendi a editar as roupas e fiz um modelo preto total para andar pelas festas e no terceiro dia fui apresentada ao Freebies Dungeon, onde me muni de uma infinita tralha, que com criatividade ia combinando e ficando cada vez menos com cara de newbie. E, assim como eu fiz isso por um tempo, há pessoas que vivem muito tempo campeando atrás do mínimo para sobreviver, praticamente franciscanos do Second Life. Eu só fui me perguntar de onde vinha tanta coisa grátis quando comecei a ver lojas onde coisas que eu nunca tinha visto nas lojas de freebies por preços que eu nem sonhava em


Capa pagar: para quem vive de camp, 200 lindens num modelito é algo totalmente impensável. Milhares de lindens por um duo shape/skin então são algo muito além da realidade: exatamente como na vida real, a grande maioria dos residentes não pode comprar tudo que vê. E se você pensar bem, o valor dessas peças não é nada em vista do trabalho que demanda fazê-las: conhecimento em Photoshop, criatividade, jeito para desenho... É preciso levar em conta isso tudo e mais os 10L que são cobrados para subir uma imagem para o SL. O valor de uma peça de roupa, para compensar todo esse investimento, deve começar na casa dos 100 lindens. E se dá tanto trabalho, como é que acaba numa caixa de freebies? É importante ressaltar que se está em caixa de freebie não é necessariamente porque é porcaria. Quase tudo que é freebie um dia teve valor real, mas seja por ter sido muito vendido e perdido o fator raridade, seja por ter caído de moda, como toda peça no mundo, acabou dado de graça e vestido por todo mundo por aí. O mais interessante, porém, é que pouca gente percebe a diferença de atitude de um usuário free para um usuário premium. Não parece, mas a moeda do Second Life é estupidamente barata, ou ninguém jogaria, porque seria caro demais. Isso acarreta uma relação muito ambígua de trabalho e consumo:

para fazer dinheiro produzindo, é preciso produzir algo muito raro, porque camiseta comum qualquer um acha em caixa de freebies; mas ao mesmo tempo, produzir muito não tem a remuneração justa, porque para fazer dez reais, por exemplo, é preciso conseguir vender (descontados horas de trabalho de edição do arquivo, custo de upload, aluguel de loja ou espaço do vendor e todos os custos envolvidos) cerca de dez mil lindens. Não é mole, não é mesmo?


Em compensação, exatamente como os ricos da vida real, quem tem dinheiro para se manter na conta premium e comprar lindens de vez em quando, torna-se, na maioria das vezes, um grande perdulário. Porque quando o dinheiro entra na sua conta, o mais normal é gastá-lo, a não ser que você esteja poupando para seu enterro na segunda vida. E o que mais se vê é gente dando supostos absurdos nove mil lindens por skin e shape, que valem isso mesmo pelo tanto que quem fez ralou para chegar naquele resultado. É para esse público que quem quer trabalhar criativamente no Second Life produz. Por outro lado, o mercado de terras sofreu um tremendo golpe quando a Linden resolveu colocar dezenas de terra disponíveis, diminuindo o valor global dos terrenos: quem antes vivia de comprar e vender lotinhos hoje reclama tremendamente porque as taxas de manutenção (cobradas em dólares de verdade) não diminuíram em nada, mas o valor dos terrenos vem caindo progressivamente: um terreno de 1024m² na localidade de Dokkaebi, que em maio valia doze mil lindens, hoje vale sete mil, porém, a taxa continua sendo de 5 dólares. A Linden alega que colocou terrenos porque a demanda aumentou, mas o custo de manutenção continua o mesmo. A pergunta é: se a demanda aumentou, há mais usuários comprando terrenos. Se há mais clientes, como pode o custo de manutenção não ter caído, uma vez que ele é fixo? Sim, aplicando leis simples de economia pegamos pequenas mentirinhas dos nossos amigos provedores...


Se o mercado de produção e venda de terras anda em baixa, os serviços, principalmente os de festas e casamentos, estão em alta. Se alguém me perguntasse qual a melhor profissão no momento no SL eu diria: Promoter. Quem tem uma boa lista de contatos e sabe animar uma festa online tem emprego garantido, e remuneração razoável. Proporcionalmente, o promoter e o DJ ganham mais que o organizador da festa, porque eles não arcam com nenhum custo. As festas, por sua vez, são uma aposta dos donos de ilha em circulação, para que os usuários consumam em suas lojas, aluguem suas lands, freqüentem suas ilhas... O retorno nem sempre é garantido. Muitas ilhas têm uma circulação enorme durante as festas, que cai dramaticamente quando não há nenhum evento. A dica para os donos desse tipo de ilha é investir em som ambiente, e manter um “clima de festa”, mais ou menos como o das ilhas Búzios e Porto Alegre, que mantêm uma circulação constante mesmo quando não há nenhum evento rolando. É a melhor garantia de que as pessoas vão circular – e consumir – nas suas ilhas. Depois de tudo isso, a pergunta que fica é: vale a pena levar tão a sério o Second Life? Ninguém ainda tem a resposta. Se o metaverso vai ser realmente um lugar para se vender, comprar e ganhar dinheiro de verdade só o tempo vai dizer. Por enquanto, divirta-se. Mas se você se divertir entendendo o que move o mundo Linden, é mais provável que você não embarque numa furada – e prejuízo é prejuízo seja no real, seja no virtual.

Capa






Tribos

Fotos e texto por Hanakin Saiman





aMIgos da Lucrecia A biohazard girl roubou a coluna da Alyne!!! ^^ Mas prometo devolver no Natal, ok? A amiga recebe o MI de um admirador e copia e cola pra assessoria de estilo mais famosa do Cais do Porto: BD: VAI ANOTANDO AI..RS BD: Tipo longilíneo, 1,70. Cabelos negros de uma selvageria noturna! BD: Braços ágeis e graciosos. BD: A cinturinha eh uma fiel aliada do trazeiro, dando-lhe proporções enlouquecedoras. rs BD: Se for falar do rosto vou ficar aqui umas 8 horas. BD: Vou embora. Não aguento mais ficar olhando esses cabelos, essa dança, essa bunda! Lucrecia Slade: Ele tem de dar aula pros newbies como se dá uma cantada ultra-mega-sexy sem ser baixo-nível... O cara paga um mico na festa cumprimentando a amiga: “Olá, Putona!”. Detalhe: o nome da garota É ESSE MESMO: Khris Ghia: Vamos procurar quem mais tem esse nome no SL???? (...) Katy Saenz: OLHA O Q É ISSO NO SL Katy Saenz: 10 PUTONAS Katy Saenz: 80 PUTAS Khris Giha: KKKK Katy Saenz: 3 VEADOS Lucrecia Slade: Também temos 293 Bibas... Katy Saenz: KKKKKKKKKK (...) Lucrecia Slade: E eu já estou na décima página de 100 nomes... Temos muito mais que 1.000 Monas no SL!!! o.O Bira Dagger: DANÇANDO SÓ DE CUEQUINHA VAI PERDER? ahhaha e pra vcs homens dançarinas fodasticas. corre!!!!!!! Alyne Dagger: Bira... vc já foi mais recatado


Lugares imperdĂ­veis










Garotas más têm CAIS DO PORTO Brasil Porto Alegre (19, 33, 26) Aloprado Beck comanda a fervilhante equipe de DJs e Promoters do Cais. Cultura, expos, música e muita gente bonita. Veja a programação completa em http://www.freewebs.com/portomaisalegre/ METRÔ SÃO PEDRO Brasil Porto Alegre (32, 186, 35) quintas DOS INFERNOS Toda quinta-feira uma festa temática à fantasia. As Bad Girls esperam você por lá! Veja a programação completa em http://www.freewebs.com/portomaisalegre/ IMPERIA CORP. Nova Imperia 02 (220, 73, 22) A exclusivérrima Impact Vougue Night Club, shoppings, concursos e muito mais. E preparem-se para o grito de Carnaval, no dia 1o de dezembro!!!! Confira a programação completa em http://www.imperiacorp.com


bons amigos!

Confira a agenda dos locais e DJs que apóiam a BG Mag. KYLIAM PARADISE Costard (132, 133, 22) Festas a partir de 5a feira, sob o comando da GATE Eventos.

ARENA DO ROCK Pagons HideOut (142, 208, 21) Shows ao vivo, festas e muito rock para os adoradores do Deus Metal!

RÁDIO DA WEB http://radiodaweb.vai.la DJ Robinson Bade transmitindo o melhor do psy trance, via Internet.

Quer ter a sua agenda divulgada gratuitamente? Torne-se um amigo das Bad Girls: MI para Aline Dagger ou Lucrecia Slade. De domingo a 5a, de 22h às 1h da manhã, e 6as e sábados, até onde render a balada.


Good Guy do MĂŞs

Zarrin Vuckovic Curador de Arte Solteiro


Cult


Bad Girl do M锚s

Hanakin Saiman Fot贸grafa, furry Independente


Just herself


B.A. Fotos + Styling_Lucrecia Slade

Modelo_Aleigh Millena


Top BG4E!, saia e calcinha Slash!, colar e braceletes Pearl’s Designs, brincos FNKY! Cake, sandålia Ronjas

.D. g.i.r.l.


Top BG4E!, short Innocence, colar e braceletes Pearl’s Designs, brincos FNKY! Cake, bota Innocence


Blusa e calรงa de couro BG4E!, colar Wild Lilies, bracelete Ronjas, brincos, FNKY! Cake, sapatos Slash!


Top BG4E!, short WB Design, colar White Lilies, bracelete Ronjas, brincos FNKY! Cake, sapatos Slash!


Corset BG4E!, short WB Design, colar Wild Lilies, braceletes Ronjas, brincos FNKY! Cake


Macac達o BG4E!, braceletes Ronjas, brincos FNKY! Cake, sapatos Slash!



Corset e saia BG4E!, sandรกlias Ronjas


Top BG4E!, calรงas Crucial 2, bracelete Ronjas, brincos FNKY! Cake


Perfil por Lucrecia Slade

Seu Nome? Aquiles Amat Idade (no SL)? 02 /04/2007 Como veio parar aqui e por quê? Bom, na verdade foi até engraçada a minha vinda para o Second Life: estava em casa, em pleno domingo noite, e vi uma chamada no Fantástico, transmitido pela Rede Globo. Imediatamente, fiz um perfil e não parei mais... Hoje já trouxe muitos amigos, parceiros de negócios e até mesmo família . O que mais gosta no SL? (risos) É difícil dizer exatamente o que mais gosto, mas existem coisas que realmente gosto. Entre elas minha land (Brasil Verão Residencial) e minha agência (OLIMPO). Adoro as baladas em lugares exóticos, surfar, minha carreira de DJ, fotografar, ilhas ecológicas sempre são meu fraco, vou sempre que posso. O que detesta? Legal fazer essa pergunta, pois não tem o que detestar — por que o que não gosto, tiro do meu caminho. Fale sobre seu projeto atual dentro do SL e quais suas expectativas? Meu mais novo projeto é minha agência “Olimpo”, de

Aquiles Amat

comunicação visual em geral. Paralelo a isso também sou DJ e adoro tocar. Às vezes, danço na real junto com a galera (risos). Tenho um projeto muito bom: a Olimpo, e estamos trazendo algumas empresas reais pra lá — não posso falar muito sobre isso ainda, mas vem coisa por aí... Quem logar, verá... (risos) Lugares prediletos? Poxa, acho que nessa página não cabe tudo. Mas vou dizer alguns: Vila Boemia, Brasil Verão, Curitiba e por aí vai... Quem levaria pra balada? Ahhhhh, assim não vale! Levaria todos meus amigos, quando toco sempre eles vão e a festa sempre fica massa com eles.... Quem deixaria numa land deserta? (...) Deixaria todos que não são honestos, nem humildes. No Second Life não há lugar pra essas pessoas. Sua mensagem pros residentes? “Futuro tem muitos nomes. Para fracos, ele é inatingível. Para temerosos, ele é desconhecido. Para os corajosos, ele é a chance....”


Aquiles fazendo o que sabe e gosta: DJ na festa de inauguração de seu estúdio de comunicação visual, o Olimpo.

O estúdio é amplo, abrigando o portfolio da agência.

O sócio de Aquiles no empreendimento: wreletronics Miles, com sua skin Venom.


Indo às compras por Lucrecia Slade

Radical, sexy e com animação de andar. Estes sapatos são feitos no Brasil e prezam pelo cuidado no acabamento e no vestir,. Siga as instruções que vêm dentro de sua caixinha de presente fofa e seja uma bad girl feliz, arrancando mais suspiros e elogios do que nunca por aí! *Donna LULU* Brasil Sp Jardins (229, 238, 27)


Móveis da melhor qualidade e bom gosto, com animações deliciosas. Preço? Ora, meninas, o que a gente gosta não é caro! Vale cada linden e vai deixar apaixonado aquele good guy que você levar pra casa no fim de noite pra conhecer seu sofá novo... BELLAROSE Fine Furniture BellaRose (105, 138, 25)


Ok, vamos abstrair o nome... Mas vocĂŞ precisa ver os desenhos deslumbrantes de tatuagens de corpo inteiro desta loja. Homens e mulheres com tribais e florais enroscados em peitorais, ventres e costas se tornam ainda mais sexies e faz das praias de nudismo uma experiĂŞncia visual MUITO mais ousada e intensa. Garden of Ku La Costa del Chipiron, Thisbe (224, 13, 25)


Jrma Zond é um designer português com um catálogo simples, mas moderno: inspirado nos móveis europeus da nova safra, ele mistura charme e leveza em peças limpas, classudas e de muito estilo. JRMA Furniture & Decor ARCI groups, Glookbone (249, 113, 23)


As gêmeas krystalcla Vita e Biane Rivera sempre fazem bonito onde vão.

Desculpe, Linn, mas é com todo o respeito: seu gato é gato mesmo e tem estilo! ^^


Beleza de avatar!

por Lucrecia Slade

Este mês o que tinha de gente linda e criativa à solta... Vamos ver quem fez a beleza e a diversão das lentes das minha câmera nada discreta.

Eu sou uma fofoborg! É inútil resistir!

Daryus Lowey e seu estilo inimitável!


Ego trip: depois de tanto elogio, tive de atender aos fãs — o novo visual não tira a doçura do olhar...

Cezinha Chemistry tem atitude até no nome: um dos melhores DJs do Cais do Porto.

Morten Weiland: guitar lover Miau! =^.^=


Good karma: karmma Hynes na festa de inauguração da Olimpo (acompanhado, meninas, I’m sorry to say...)

Pertinho da câmera? É ruim de não clicar, hein! XD

Look das trevas é comigo mesma. Amei o estilo da vampira endiabrada.


Alyne Dagger comenta

Eu, avatar

Confesso que não pedi para nascer. Você quem me trouxe ao segundo mundo, onde eu nasci sem graça e sem jeito, com essa cara de boneco do posto, como você mesmo me chamou. Estranhei tudo e todos os meus passos até aprender o nada que se aprende na ilha de orientação, de onde eu saí, só tempos depois soube, tão desorientado quanto entrei. Também não fazia idéia da minha feiúra até deparar-me com uma musa de shape sarado e skin luminosa que você me fez cercar e perguntar, sem um pingo de noção, se tinha programa para aquela noite. Depois do meu primeiro fora virtual confesso que comecei a sofrer de complexo de inferioridade, achando meu corpinho muito ridículo e aquela minha cor de pele muito esdrúxula. Foi quando você pela primeira vez agiu como Deus e mudou tudo em mim. Acho que piorei, mas você olhou todos os avatares fortões e tentou fazer o mesmo comigo, me tornando uma coisa meio encaroçada e cabeçuda. O pior momento provavelmente foi quando você me deixou pelado em público enquanto escolhia uma outra roupa qualquer para colocar em mim. Você protegido pela sua solidão da vida real não observou os olhares de troça dos meus iguais. Pobre de mim, nu e indefeso nessa terra de ninguém.


E mais ou menos nesse momento, constatamos juntos que éramos pobres no Second Life. Minha carteira com zero lindens te animou a me jogar num camp, onde através de mim você tentou “falar com umas gatas” que campeavam conosco. A única que me deu assunto era tão feia e sem graça quanto eu, mas entusiasmados pelo sucesso, começamos eu e você um pequeno romance, que prosseguiu numa bolinha de beijo e durou até ela descobrir uma loja de freebies e me trocar pelas compras e um cabelo flex. Vagabunda! Voltamos ao camp, mas antes passamos num lugar onde você me constrangiu novamente ao pegar um pênis freebie e anexá-lo em público para ver como ficava. Você achou genial, e me largou usando aquilo por cima da calça, provocando uma nova onda de riso e chacota. Quando você descobriu que não levaríamos nenhuma garota para uma sex bed com esse comportamento eu já havia andado algumas horas com o incômodo anexo, que nem mesmo combinava com a cor da minha pele. Confesso que na nossa jornada pelas caixas de freebie pensei seriamente em usar as pistolas que você achou na caixa de 60 armas em você. Mas como, se estamos em mundos diferentes?


Eu, com aquela triste aparência, sonhava muito em um dia ser um HUMANO, com pele e músculos em vez de bites e renders. Imaginava que você devia ser perfeito como os sujeitos que passavam por mim, musculosos e morenos como havaianos de Hollywood. Quando você cansou de mim e me jogou no limbo existencial por um tempo, achei que descansaria em paz porque você havia desistido do jogo, mas você voltou animado e turbinou minha carteira. Ouvi seu pensamento que dizia que nunca mais pisaria num camp e constatei que agora tinha dinheiro na minha carteira virtual. E daí em diante, minha vida, a sua segunda vida, mudou da água para o vinho. Passamos num lugar onde me tornei um deus grego, tão belo quanto os que eu via por aí, depois ganhei calça de couro, cabelo flexível e um pênis que eu sei que é muito maior que o que você tem na vida real. Dançamos numa festa e as garotas que me ignoravam quando eu era uma coisinha tosca praticamente se jogaram em cima de mim. Estreamos numa sex bed com uma promoter de festa, que para mim era uma deusa, para você “uma tremenda vadia” e ainda desprezamos a mocinha que havia nos trocado pelo passeio nos freebies. Eu creio que foi quando me tornei mais um saradão que comecei a me sentir mais deprimido: uma máquina sexual, cujo orgasmo é um mero script. Mais que nunca desejei ser humano e ter o que você tinha, senhor do meu


avatar: prazeres simples, mas reais, a capacidade de sentir frio ou calor, de saber que certas coisas não se fazem em público. Voar é bom, teleporte é o melhor transporte que existe... Mas o que adianta tudo isso se nem eu, nem você, somos verdadeiros? Você me arrumou uma namorada virtual, e ela é linda, mas quem será que se esconde atrás daquele corpo sarado? Ela é mais experiente e disse coisas para mim que eu não posso acreditar: que aquele é o terceiro avatar da sua dona, que tem vergonha de namorar mais um usando o primeiro e o segundo. Disse que eu sou o quarto namorado virtual, e que o terceiro deixou sua dona tão obcecada que ela chegou a fazer um avatar masculino para conversar com o namorado anterior e dizer que estava apaixonado por ela. Nós dois sacudimos a cabeça quando conversamos isso depois de uma sessão de sexo naquela velha conhecida, a cama de poses, e concluímos que nossos donos são loucos. Enquanto vocês trocavam carícias no chat, nós dois ficamos imaginando se conseguiriam amar-se da mesma forma no mundo real. Ela sacudiu o cabelo flex e desapareceu quando sua dona foi dormir, e lá fomos nós para mais uma sessão de busca pela próxima gata virtual... Confesso que pensei de novo em usar minhas pistolas para te matar, porque desenvolvi alguma ligação com a nossa namorada. Mas eu não sou o dono dos meus sentimentos, e de novo, através dos scripts, estou aqui dançando, esperando o dia em que você me responda à pergunta que me faço desde que nasci de forma tosca e chinelinhos de newbie: afinal de contas... O que eu estou fazendo aqui?






Anuncie na

nos seguintes pontos de distribuição: Ilha Porto Alegre: Cais do Porto (totem e site) Metrô São Pedro (totem e site) Ilhas da Imperia Corporation: Nova Imperia 01 | Nova Imperia 02 Kyliam Paradise SAO PAULO, Sao Paulo Itaim - Pub Ilha Pagons HideOut - Arena do Rock Para baixar a revista offline: http://www.spotbit.com — search: BG Magazine Se você se interessa em ter um de nossos totens em seu evento, mande MI para Alyne Dagger ou Lucrecia Slade.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.