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Autarquia prepara estratégia de biodiversidade

Município aposta no restauro ecológico até 2030

O município de Matosinhos está a elaborar a Estratégia de biodiversidade, ecossistemas e capital natural, projeto integrado na Estratégia de biodiversidade da União Europeia para 2030 e no movimento Green City Accord, cuja adesão Matosinhos assinou há dois anos.

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O objetivo é proteger a natureza e reverter o processo de degradação dos ecossistemas, colocando a biodiversidade da Europa numa trajetória de recuperação até 2030.

O município de Matosinhos partilha esse objetivo e começou, em final do ano passado, a preparar a sua Estratégia de biodiversidade. Para o efeito, foi feito o levantamento e caracterização da biodiversidade e ecossistemas existentes no concelho.

Os resultados foram esta segunda feira, dia 17 de abril, apresentados no workshop de Opções Estratégicas, dinamizado no Parque Ecológico Monte S. Brás pela NBI – Natural Business Intelligence.

A reunião de trabalho, na qual marcou presença a vereadora do Ambiente, Manuela Álvares, contou com a participação de dirigentes e funcionários da autarquia de áreas como o urbanismo, ambiente, proteção civil, obras, entre outras.

Matosinhos é um território maioritariamente urbano, com atividade agrícola em algumas partes do concelho, sendo que as manchas florestais são essencialmente constituídas por eucaliptos em pinhais e matas. Orla costeira, rio Onda e Corredor Verde do Leça são outras áreas verdes do concelho. O documento aposta para uma tendência de perda de capital natural que a autarquia quer inverter. No workshop, os participantes foram

VOU TENTAR OU VOU FAZER, EIS A QUESTÃO

Seja bem-vindo(a) caro(a) Leitor(a). Espero que se encontre bem! Continuando a “saga” do tão famoso conceito de sucesso, o que na sua mais pura essência significa suceder, principalmente, ao que nos propomos, neste artigo, vou-lhe dar a conhecer o conceito de autorresponsabilidade.

De uma forma prática, para que se possa ser autorresponsável por algo, deve-se, em primeira instância, tomar a consciência desse algo.

Simplificando, imagine que o Sr. José tem um terreno. O terreno do Sr. José é o algo. Se o Sr. José perceber que o terreno pode ter uma determina preparação, é muito provável que tome a consciência do que é necessário para preparar o terreno e, desse modo, começa a envolver-se com a ideia de preparar o terreno. Quando o Sr. José chega à conclusão que está “na altura de passar à prática”, apenas “passa à prática”, não se tornando automaticamente autorresponsável pelo terreno. Isto acontece porque, para tomarmos a responsabilidade de algo, tem de existir o comprometimento e, para que este comprometimento ocorra, é tudo tão simples como trocarmos o “tenho que fazer” pelo “vou fazer porque quero fazer”, e acrescentar um prazo para se começar realmente a “pôr a mão na massa”. Neste ponto, estamos comprometidos com um processo, o que, inevitavelmente, e no caso do Sr. José, nos leva a podermos dizer que, o Sr. José, depois de tomar a consciência do que precisava para começar a preparar o terreno, tomou a responsabilidade de encontrar as ferramentas para o fazer. Depois de começar a lavoura, entra o ingrediente-chave para que a preparação do terreno resulte num terreno preparado ou seja, um terreno que está em preparação precisa de tempo, do hábito e da consistência para que se torne num terreno preparado, ou que, pelo menos, as probabilidades de que isso ocorra aumentem.

Se o terreno ficar preparado como o Sr. José idealizou, é muito provável que se tenha criado um vínculo emocional com o terreno e, neste caso, o Sr. José é, à partida, autorresponsável por tudo o que acontece no terreno, o que lhe dá a capacidade de seguir a “lei da formiga”, o sétimo passo para o sucesso.

No caso de existir algum contratempo, entra em cena o sexto passo para o sucesso, a curiosidade, ou a capacidade de transformar frustrações em fascinações… Espero que tenha gostado!

Até já

Cordialmente

João de Almeida divididos em grupos, indicando os projetos em curso ou em desenvolvimento, a sua georreferenciação, os indicadores de biodiversidade/ecossistemas relevantes para o município, apresentaram propostas de medidas de mitigação e soluções para a valorização do capital natural do município e os prazos para a sua implementação. Os contributos serão analisados, bem como a sua relevância e possível integração no plano de ação e monitorização que a autarquia irá implementar.

Carlos Marinho Professor Doutor

DE MOCHILA PESADA ÀS “COSTAS”

Certo dia uma leitora entrou numa livraria e reparou que um dos livros que estava interessada estava autografado pelo autor. Entusiasmada referiu-o ao gerente da livraria. Ele referiu com alguma graça, se encontrar algum que não esteja autografado, vai valer uma fortuna. O presidente da república portuguesa tem uma forma de presidir peculiar e diferente de todos os seus antecessores. Fá-lo como se não houvesse amanhã. Comenta todos os assuntos, alimenta sugestões para o futuro, direciona caminhos, acumula jornalistas atrás de si. Se existir algum assunto que não tenha tido alguma intervenção sua direta ou indireta, essa matéria pode valer uma fortuna. Mas, nem todos os assuntos que tenta insinuar, são seguidos e corrigidos por quem governa. Basta ver o caso dos professores. A dado momento, paradoxalmente do pouco que falou deste assunto, este sim, importante para o país, sugeriu que gostaria que a negociação com os professores fosse feita até à Páscoa. Todos os anos existe Páscoa. A de 2023 já foi. Como disse Confúcio “querem que vos ensine o modo de chegar à verdadeira ciência? Aquilo que se sabe, saber que se sabe; aquilo que não se sabe, saber que não se sabe; na verdade, é este o saber”. Sabe-se que os professores reclamam tempo de serviço que lhes foi retirado de forma administrativa. Este aspeto deveria ser inegociável para todos. Foi trabalho que foi realizado. Em relação aos professores sabe-se algo mais importante. Ensinar é a profissão mais difícil de todas. Não acredita? Feche-se numa sala com 30 pessoas durante 90 minutos. Espere 5 minutos e verá. Gerir 25/30 alunos ao mesmo tempo, acreditem é complexo. Ensinar é muito mais que ocupar os alunos. Tem de se ter condições para comunicar, transmitir conhecimento, obrigar a que esta sabedoria chegue aos alunos. Não me parece que com o prolongar desta dureza negocial entre governo e professores vá trazer algo de positivo ao país. Não é de certeza com professores exaustos, cansados, esmagados na sua dignidade, saturados, mal pagos, possam passar esse conhecimento.

Com esta mochila pesada às “Costas”, ver para lá da montanha requer que se suba a montanha, não de costas voltadas, mas de frente para o Adamastor. Escalar sobre condições mateológicas agrestes não trará nunca a visão da planície verde. Este é o tempo, de recuperar o que é ainda recuperável. Este é o tempo de emergirem novos momentos, de serem repostas novas filosofias de ler e ver o futuro. Dar valor, autoridade, ver a luz no fundo do túnel quando não existe luz, é um paradoxo que se deve seguir até à exaustão. Por entre os escombros, a história dará razão aos professores.