EVOLUÇÃO DE MATOSINHOS

2001 - 2021

DADOS: CENSOS 2021

POPULAÇÃO RESIDENTE

LEGENDA:

FAMÍLIAS

ENSINO

Paulo Gaspar Professor Doutor

“RESPEITO pelos PROFESSORES” tem sido o slogan mais escrito na comunicação social e ouvido nas vozes dos professores nestes últimos tempos de contestação. Os professores estão descontentes não só com o seu status de carreira profissional mas também com algumas condições com que se tem tentado configurar a escola pública. Independentemente das metodologias utilizadas pelos movimentos sindicais em todo o processo de contestação, apraz-nos registar a espontaneidade de adesão dos professores, enquanto cidadãos e defensores da NOSSA democracia. Sem ingenuidades, percebemos que, infelizmente, também existem “arautos das politiquices” que, tendo “agendas escondidas”, apenas querem inverter o nosso caminho da democracia. Obviamente que esses projetam no horizonte paradigmas de ilusão, mas apenas lhes vão restar peças de puzzle. A contestação dos professores não é para pôr em causa princípios e valores democráticos mas apenas e só, para tentar redefinir e/ou corrigir algumas injustiças que todos sentem estarem enraizadas já há muito tempo, mas que ainda ninguém teve a coragem de modificar. Com este enquadramento, apesar de simplificado, parece-nos mais do que justo, os professores serem críticos e, de modo democrático, apresentarem padrões reivindicativos que melhorem a sua carreira profissional e contribuam para melhorias da escola pública. As políticas educativas podem e devem ser questionadas sempre que os seus agentes educativos se sintam insatisfeitos, o que acontece, inevitavelmente, em determinados períodos ao longo da história do sistema educativo de um país. Assim sendo, desenganem-se todos aqueles que tenham propósitos políticos, de mudança de governo ou mesmo de regime. O que está em causa são apenas, e só, algumas situações que já deviam ter sido resolvidas há algum tempo, no que diz respeito a especificas dimensões do sistema educativo, em particular no que diz respeito à carreira profissional dos professores. Por isso, é muitíssimo saudável para uma democracia encontrarem-se espaços de crítica e reivindicação que ponham em causa aspetos que podem ser modificados e, consequentemente melhorados, para a construção de uma sociedade mais justa. Enquanto professor, mas sobretudo, enquanto cidadão, ouso finalizar, quase com um apelo, aos nossos decisores políticos… NÃO SE PODE MUDAR DE COMPORTAMENTO CONSOANTE OS “VENTOS” QUE VÃO SURGINDO… FRAGILIZA A VERDADE DA DEMOCRACIA… POR ISSO RESPEITEM OS PROFESSORES COMO CIDADÃOS INTERESSADOS E EMPENHADOS NA CONSTRUÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE UMA SOCIEDADE CADA VEZ MAIS DEMOCRÁTICA.