Vila Nova Conceiçao - Just For ed3

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VIL A

NOVA

CONCE I Ç Ã O

VILA NOVA CONCEIÇÃO JUST FOR

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ANO 1 - EDIÇÃO 3 - 2010

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FESTAS, PRESENTES, DESEJOS...

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EDITORIAL

Esta revista é uma publi­ca­ção da 4 Capas Editora e Fortuna – Gestora em Comunicação de Luxo, dis­tri­buí­da via correio exclu­si­va­men­te aos moradores da Vila Nova Conceição. VENDA PROIBIDA

Licença para sonhar

Felipe Lopez: pág. 98 Danilo Borges: pág. 38

CONSELHO EDITORIAL Denilson Milan, Doron Menache Sadka, Georges Schnyder e Mariella Lazaretti

Diretor Executivo – Georges Schnyder georges@4capas.com.br Diretora Editorial – Mariella Lazaretti mariella@4capas.com.br Gerente de Publicidade – Ruth Nór ruth.nor@4capas.com.br Direção de Arte – Nina Franco ninafranco@4capas.com.br Colaboraram nesta edi­ção: Alexandra Forbes, Ana Paula Kuntz, Caio Vilela, Edgard Reymann, Luciana Bianchi, Luisa Cella e Rosane Aubin (texto); Ricardo D’Angelo, Sérgio Coimbra e Danilo Borges (fotos); Paula Portella (arte); Drica Cruz (stylist), Silvio Rogério da Silva (tratamento de imagem) e Ruth Figueiredo (revisão)

Caio Vilela: pág. 70 Luciana Bianchi: pág. 80

Rua Andrade Fernandes, 283 CEP 05449-050, São Paulo, SP Telefax (11) 3023-5509 E-mail: 4capas@4capas.com.br

Para anunciar Tel. (11) 3521-7329 Diretor Executivo – Denilson Milan denilson@fortunacom.com.br Diretor Comercial – Doron Sadka doron@fortunacom.com.br Produção Gráfica – Doron Central de compras gráficas, tel. (11) 3813-9799 doroncentral@uol.com.br

A revis­ta não se res­pon­sa­bi­li­za pelos con­cei­tos emi­ti­dos nos arti­gos assi­na­dos. As pes­soas não lis­ta­das no expe­dien­te não estão auto­ri­za­das a falar em nome da revis­ta ou a reti­rar qual­quer tipo de mate­rial sem pré­via auto­ri­za­ção emi­ti­da por carta timbrada da reda­ção.

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Luisa Cella: pág. 78

O que seria da humanidade se não fossem os sonhadores? São eles que empurram todos para a frente, com suas ideias mirabolantes e projetos ousados. Em Trends, você vai conhecer o jatinho com autonomia de voo de 13.000 quilômetros, ou seja, dá para sair de São Paulo e ir a Paris para desfrutar um jantar preparado por Alain Ducasse com conforto e rapidez. Rápido também é o novo carro da Aston Martin, que deverá ser lançado no começo de 2011 e também será o mais veloz, com 750 cavalos de potência. De Barcelona, nossa correspondente Alexandra Forbes lista e desvenda os encantos secretos dos restaurantes que estão colocando a capital da Catalunha no mapa-múndi da gastronomia. E Mariella Lazaretti visita um endereço bem brasileiro, o Hotel Orixás, um exemplo de conforto e de sofisticação em saudável união com o entorno, uma vila de pescadores alegres e hospitaleiros. Caio Vilela foi bem mais longe: relata um trekking de 16 dias pelo Nepal, até os pés do sagrado e desafiador Monte Everest. Para continuar sonhando, a stylist Drica Cruz produziu dois ensaios com o que há de melhor para o Ano-Novo. Joias e bebidas ganham status de arte com as fotos de Sérgio Coimbra, um fotógrafo que tem um verdadeiro fascínio em flagrar objetos inanimados em movimento. Em moda, Danilo Borges clica a elegância e a sensualidade de uma mulher no Continental Supersports da Bentley. E a visionária Coco Chanel é objeto de uma pesquisa minuciosa feita pela repórter Ana Paula Kuntz, que produziu um relato de sua trajetória desde as primeiras agulhadas e ousadias até a criação de um verdadeiro império fashion. Outros visionários que entraram de vez para o topo, só que estes, no mercado de artes, são os grafiteiros. Eles são tema de uma reportagem de Edgard Reymann. E no Calendário, a colaboradora Luciana Bianchi traz as dicas mais quentes de Londres, enquanto Luisa Cella garimpa endereços e passeios para curtir São Paulo. Na última página, outro artista mostra que sonhar é preciso e pode deixar a vida melhor: Felipe Lopez fotografa, imprime, recorta e cola com sensibilidade recantos da paisagem urbana de São Paulo. Para você – e só para você – um grande momento de leitura e diversão. Just in case Caso você queira alterar seu nome, endereço, dar sugestões e se manifestar ou deixar de receber esta publicação, entre em contato com justfor@4capas.com.br.

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SUMÁRIO 24. ÍCONE

luxo e axé Hotel Orixás: conforto máximo numa comunidade de pescadores

28. festas

para beber e brilhar Joias e drinks para um Ano-Novo luminoso

38. moda

chiques e velozes Um carro e uma mulher: elegância sobre quatro rodas

50. brands

demoiselle coco Chanel: a mulher que retirou os babados e frufrus do guarda-roupa e virou sinônimo de elegância

54. arte urbana

nas galerias Grafite brasileiro conquista os salões nobres e o mundo

64. tecno

quase profissional Fotógrafos amadores: olho vivo e câmeras maravilhosas

70. especial

perto de sua alteza Caminhe pelo Nepal até a base do Monte Everest

76. calendário

10. TRENDS

máquinas poderosas O jatinho que leva você direto à Austrália e o carro mais rápido do mundo

18. bite

água na boca O endereço dos restaurantes que colocam Barcelona no mapa gastronômico internacional

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agenda Arte e chocolate na VNC; um clube gourmet exclusivo em Londres e novidades de São Paulo

82. CADERNO VNC

serviços especializados Empresa pioneira leva terceiros de luxo a Moema

98. Click

recorta e cola Felipe Lopez retrata a paisagem urbana em obras que misturam foto e colagem

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Panettone Fasano É Natal no Fasano! O tradicional e exclusivo Panettone Fasano acaba de chegar às enotecas. O irresistível e famoso Panettone está disponível em embalagem de 1 kg. Quem ainda não experimentou o Panettone Fasano terá oportunidade de degustá-lo nas lojas da Enoteca Fasano. Confeccionado artesanalmente, seguindo a clássica receita milanesa, o pane contém em seu recheio as tradicionais frutas cristalizadas e uma deliciosa cobertura açucarada. O Panettone Fasano é muito apreciado na época das festas de final de ano desde 1902, quando Vittorio Fasano partiu de Milão para abrir a primeira Casa Fasano no Brasil. A qualidade foi comprovada por críticos de gastronomia do país, que o elegeram o melhor Panettone entre nove marcas, pela revista Veja São Paulo de 2007 e 2008.

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trends t e nta ç õ e s

Rolls-Royce dos céus

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Gulfstream acaba de lançar no mercado brasileiro o jato executivo G650. Com capacidade para até 19 passageiros, a aeronave pode ser equipada com televisão, internet, telefone e personalizada com base em centenas de opções de materiais e acabamentos. Com motor Rolls-Royce, o G650 se autointitula o mais veloz da categoria. Mais que isso: tem autonomia para voar sem escalas até 13.000 quilômetros de distância de São Paulo, em 15 horas. É possível pegar uma balada em Sydney, na Austrália, saindo às 8 da manhã daqui. Ou decidir de manhã ir jantar no La Pergola, em Roma, no Ducasse, em Paris, no Viajante, em Londres, ou no Thomas Keller, de Nova York. Mais simples chegar lá do que conseguir vaga nesses restaurantes. Mas, convenhamos, não se pode ter tudo na vida.

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Preço: a partir de US$ 64,5 milhões. Mais informações: tel. (11) 3704-7070.

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trends T e N T A ç õ e S

luXo, PAZ e AMoR

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oleção Montblanc, John Lennon edition, com três modelos de caneta, foi lançada para homenagear os 70 anos que o criador dos Beatles completaria neste dia 9 de outubro. Um deles é o Commemoration edition 1940, com referência ao seu ano de nascimento. Limitada a 1.940 peças, a caneta possui uma tansanita azul, em alusão aos famosos óculos azuis de Lennon, adornando o clipe com design inspirado na guitarra. O instrumento de escrita é cheio de simbologia: a data de lançamento da música “Imagine” (2.10.1971), a antológica assinatura em forma de autorretrato, a flor da paz na pena de ouro 18 quilates. O tipo tinteiro custa cerca de R$ 9.000 e a rollerball, quase R$ 8.000. A Limited edition 70 é a maior cobiça entre os colecionadores, com apenas 70 unidades. e o preço sob consulta. evocando seu principal hit-solo, a palavra “Imagine” envolve o corpo da caneta feito de ouro branco 750. Se os apressadinhos não lhe derem chance, há como consolo a ilimitada Special edition 2010 – que, aliás, será a única à venda no Brasil. Os delicados sulcos esculpidos em resina negra imitam um disco de vinil e o clipe é moldado como uma cabeça de violão com as cravelhas e cordas gravadas no pescoço. A tinteiro custa R$ 2.461,20 e a rollerball, R$ 1.851,36. Parte dos lucros da John Lennon edition será destinada ao patrocínio de programas educacionais musicais para as novas gerações ao redor do planeta. informaçõeS: www.montblanc.com

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trends T e N T A ç õ e S

de 007 PARA 077

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ocê provavelmente já ouviu falar na nova máquina da britânica Aston Martin, o modelo one-77, que vem sendo alvo de especulações há mais de dois anos. Mas agora é para valer: o mítico carro já está em produção e a promessa é que as exclusivíssimas 77 unidades estejam com seus motores V12 ronronando no primeiro semestre de 2011. A montadora britânica fez em setembro os primeiros testes na rua e anunciou que o automóvel mais rápido do mundo, com 750 cavalos de potência, será capaz de ir de zero a 100 quilômetros por hora em 3,5 segundos e atingir a velocidade máxima de 321 quilômetros por hora. Vale avisar que a nova vedete da família dos carros preferidos do espião 007 talvez seja privilégio de menos de 77 pessoas: dizem que um multimilionário do oriente Médio já teria reservado exclusivamente para si dez unidades, ao fazer um depósito de us$ 23 milhões na conta da Aston Martin. cada um custa em torno de € 1,3 milhão, sem contar os impostos. Quem quiser um desses vai ter de correr, e muito. Vale para testar se o futuro proprietário tem o espírito compatível com a aura do carro mais inteligente do cinema inglês. maiS informaçõeS: tel. (11) 3016-5050

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Joias de teto

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pendente Orquídea é uma das criações da designer mineira Rita Valadares para sua marca, a Scatto Lampadário. Toda feita artesanalmente, a peça tem forma de uma árvore de cabeça para baixo com gotas de orvalho que descem pela copa e orquídeas espalhadas pelos galhos. Montada em estrutura de aço, tem flores de tela de tecido. Um dos detalhes marcantes são as gotas de orvalho feitas com cristais checos, que emitem luz e brilho. Com muita influência da moda em seus trabalhos, Rita Valadares se consagrou mundialmente ao criar peças que lembram joias feitas com materiais nobres e detalhes minuciosamente pensados. O pendente Orquídea tem 3,5 metros de comprimento por 70 centímetros de largura e está disponível em dourado, prata, ouro-velho, branco, preto e vermelho. Preço aproximado: R$ 27.770. informações: tel. (11) 3061-2262; www.scatto.com.br

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BITE

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restaurantes e chefs

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Barcelona

põe a mesa

Novos restaurantes cheios de bossa fervem a capital da Catalunha. Agora, em vez de partir para comer nos estrelados das regiões vizinhas, é imperioso ficar

Por Alexandra Forbes, da Catalunha

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Falemos a verdade

Barcelona está longe de ser uma Paris ou Nova York. Sempre deu para contar seus melhores restaurantes nos dedos de uma só mão. Naquele peculiar pedaço de mundo, a Catalunha, as grandes mesas escondem-se fora da cidade, em pequenos lugares: o elBulli, em Roses, na Costa Brava. El Celler de Can Roca, em Girona. Sant Pau, na pequenina Sant Pol del Mar. Mas aos poucos a cena começa a mudar e os olhares vão se virando mais e mais para a “capital”. E por bom motivo: Barcelona está na crista de uma onda de renovação movida a milhões e milhões de euros. Nos últimos tempos, o surgimento de novos hotéis de design têm redesenhado não só o skyline como também o cenário gastronômico. O pioneiro foi o hotel Omm, que trouxe para a “cidade grande” um gostinho da cozinha dos célebres irmãos Roca, do El Celler de Can Roca (número 4 no mundo, segundo o ranking da revista Restaurant). O restaurante Moo, no Omm, serve pratos das “coleções” passadas do Celler, além de criações próprias supervisionadas pelo trio. Ali pertinho e em pleno Passeig de Gracia (a Quinta Avenida local), o lindíssimo novo Mandarin Oriental traz

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um restaurante assinado por ninguém menos que Carme Ruscalleda, única espanhola a ter as cobiçadas três estrelas Michelin (no Mas Pau, seu restaurante ao norte da cidade). Já o ME, de arquitetura dramática e lobby multicolorido, fica em um distrito mais novo e comercial e tem como trunfo o Dos Cielos, o esplêndido restaurante dos gêmeos Sergio e Javier Torres (os mesmos do Eñe paulistano e carioca). O W, na ponta da praia Barceloneta, investiu em um nome de peso para comandar seu “asador”: Carles Abellan, pupilo de Ferran Adrià que cozinhou no elBulli durante oito anos. Se esses restaurantes de hotel são a ponta-de-lança, atrás deles veio vindo outra leva de novidades que fez subir 1 ou 3 pontos o nível da oferta gastronômica local. Direta ou indiretamente, parte desse boom se deve ao simples fato de que há muitos excelentes cozinheiros em Barcelona, muitos lapidados a ferro e fogo nas cozinhas do famoso elBulli, 90 minutos ao norte. O próprio elBulli, que inseriu a pequenina Roses no mapa global, também acabou impulsionando e divulgando no exterior a gastronomia catalã como um todo. E agora que o celebradíssimo restaurante vai deixar de funcionar (os últimos clientes serão servidos no dia 30 de julho de 2011), voltam-se os olhares para Barcelona e abre-se espaço para outros catalães se destacarem sem temer a “sombra” do grande mestre. Percorremos Barcelona para experimentar o melhor que essa nova geração de restaurantes oferece, e dividimos nossos achados com você a seguir.

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Dos Palillos Ferran Adrià é o primeiro a dizer que a cozinha do elBulli sempre se inspirou nas tapas, tanto as espanholas como as japonesas: seus pratos são pequenos, concebidos para ser comidos em um bocado ou dois. Não surpreende, portanto, que Albert Raurich, chef do elBulli por oito anos, tenha levado esse conceito a seu próprio restaurante, o Dos Palillos. Trata-se de um bar de tapas asiáticoespanholas, mas chamar os pratinhos que compõem o menu degustação de tapas seria passar uma falsa ideia de rusticidade. Apesar de pequenos, os bocados são de uma sofisticação associada à alta cozinha. Exemplo? O fígado de rape (conhecido como “foie gras do mar”), macerado em saquê e gengibre, feito ao vapor, e servido sobre leito de wakame e algas frescas, com molho de ponzu, soja líquida e dashi (caldo de peixe japonês). Na mistura de Ásia e Espanha a primeira sai à frente: do won ton crocantíssimo que abre o menu degustação, passando pelo temaki que o próprio cliente enrola e até as frutas sobre gelo da sobremesa, o Dos Palillos passeia por Japão, China e sudeste asiático. Para acompanhar o desfile de gostosuras, há uma bemsacada lista de saquês e vinhos assinada por Tamae Imachi, mulher do chef e sommelière. O “bar de tapas” lembra um sushibar: detrás de um balcão, os chefs cozinham à vista dos clientes, servem e descrevem os pratos. Divertido! Rua Elisabets, 9, tel. (34-93) 304-0513; www.dospalillos.com

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Moments Não há hoje em Barcelona hotel mais bonito do que o novo Mandarin Oriental, cuja dramática arquitetura casa-se perfeitamente com os interiores assinados pela “star designer” Patricia Urquiola. Ele merece ser visitado até mesmo por quem esteja hospedado em outros hotéis, seja para o chá da tarde ou uma cava no bar. Melhor ainda: reserve uma mesa no Moments, o chiquíssimo restaurante comandado por Carme Ruscalleda. Ali encontram-se luxos cada vez mais raros: sous-plats metalizados lindos; banquetas para as senhoras guardarem as bolsas, cadeiras de couro branco superconfortáveis. Escurinho, o salão tem teto negro e vista para um muro verde. Mesmo quem pede uma entrada e um prato experimenta diversas delícias: os amuse bouches e as mignardises são tão extensos que o garçom entrega ao cliente um panfleto contendo a descrição de cada um! O menu, a cargo de Raul Balam, filho de Carme, que cuida do dia a dia da cozinha, tem ares relativamente clássicos e reverencia a Catalunha, como por exemplo o arroz caldoso de gambas. Passeig de Gràcia, 38-40, tel. (34-93) 151-8781; www.mohg.com

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Cuines Santa Caterina Visitar mercados de comida faz parte do roteiro de todo viajante gourmet, e em Barcelona, além do famoso Boqueria, sempre repleto de turistas, há também o menorzinho Santa Caterina, famoso pelo icônico teto ondulado e multicolorido. A grande atração é o restaurante Cuines Santa Caterina, que faz o tipo pau para toda obra – é lugar para ir de jeans, bem relax, mas tem claras ambições gastronômicas. O menu divide-se em quatro “capítulos”: vegetariano, mediterrâneo, oriental e carbón (grelha). Embora simples, a alcachofra com jamón e (muito) alho é fantástica. Os legumes sautés são servidos al dente, cortados com muito esmero. Tudo superfresco. E o ambiente é um charme, com pé-direito duplo, cozinha aberta para o salão, longas prateleiras abarrotadas de conservas, enlatados e mantimentos e, ao fundo, um muro coberto de ervas. Na entrada, há um bar de tapas que abre às 9 da manhã (sim, servem desayuno!) e só fecha lá pela meia-noite. Avenida Francesc Cambó, 16, Barcelona, tel. +34 93 268 9918, www.grupotragaluz.com

Bravo 24 Desde que saiu do elBulli, em 2001, Carles Abellan estabeleceu-se como um dos grandes chefs locais, graças à excelência de seu restaurante Commerç24, de cozinha de vanguarda. Em 2006, resolveu expandir seus negócios, com o bar Tapas 24 – outro sucesso. A mais nova adição ao grupo é o “asador” Bravo 24, no Hotel W, inaugurado em outubro (cujo formato de vela lembra muito o icônico Burj al Arab, em Dubai). Dos três, o Bravo 24 é o mais sofisticado, o que se nota pelos preços altos e pelo décor. O vasto salão envidraçado dá para um terraço repleto de vasos de plantas, espreguiçadeiras e mesas ao ar livre, com belíssima vista. Um lugar e tanto! Apesar de fazer parte de um hotel de rede, o menu não faz concessões aos “internacionalismos-para-gringos”. Superfocado em carnes assadas na brasa, principalmente espanholas, o menu descreve a origem dos diferentes cortes (parda de montaña do Vale Esla, vitela retinto de Extremadura etc.). As carnes são “parilladas” à perfeição e servidas sobre grossas placas de pedra, com purê de batata e salada à parte. Mas o resto do menu não fica atrás. Há desde entradas de peso como os ótimos foie gras com cogumelos e berinjela grelhada com missô, até um risoto perfeitamente al dente de frutos do mar. As sobremesas também merecem notas altas. Fazem os sorvetes e sorbets à mão, e a torrija (rabanada) com toque de laranja gera disputa pela última garfada. As quenelles de creme de chocolate salpicadas de flor de sal e servidas com finas torradinhas e azeite são o perfeito exemplo de como casar doce e salgado com maestria. W Barcelona, Placa de la Rosa dels Vents, 1, tel. (34)(93) 295 2636

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Moo Um dos pioneiros dos restaurantes de vanguarda em Barcelona, o Moo destacou-se desde que surgiu por ser uma espécie de filial simplificada do El Celler de Can Roca, domínio dos irmãos Joan, Josep e Jordi Roca, em Girona. O restaurante, que fica no descolado hotel Omm, serve como ótima introdução ao mundo fantástico dos Roca. Um amuse bouche pode ser, por exemplo, uma carolina com gosto de... chouriço. E que tal uma “espuma sólida” de nozes? Uma aparentemente simples “salada russa” contém ervilhas e azeitonas encapsuladas (esferas de líquido contido em frágeis membranas). O lindo ovo dourado, servido sobre farelo com gosto de milho tostado, é feito de caramelo soprado e, ao se quebrar, revela um ovo de gema mole e um fundinho de trufa. No serviço de mesa, destaca-se o sommelier Roger Viusà, que conquistou colocação de número 2 no mundo em campeonato em Roma: deixe a harmonização nas mãos dele e não se arrependerá! Rua Rosselò, 265, tel. (34-93) 445-4000; www.grupotragaluz.com

Dos Cielos Um reputado chef português recentemente elogiou o Dos Cielos, o restaurante relativamente novo dos gêmeos Sergio e Javier Torres no 24o andar do hotel ME. Apesar de meio fora de mão, em um bairro de negócios que chamam de Zona 22, ele garante que se trata do “restaurante mais falado da atualidade”. Depois de conferirmos o menu degustação, vimos que o chef tem mesmo razão: o Dos Cielos é um espetáculo. Lugar explicitamente fino, com guardanapos de linho enormes, mesas espaçadas, taças do melhor cristal, serviço primoroso, não mais que trinta lugares. Pães impecáveis, feitos ali mesmo. E mais: ao contrário de seus restaurantes Eñe no Brasil, no Dos Cielos os gêmeos cozinham e até tiram os pedidos! Nota-se em cada bocado ou prato um extremo cuidado na execução, desde os tomates-cereja sem pele deliciosos do amuse bouche, recheados com um creminho quase morno, às mignardises achocolatadas do final. Especialmente impressionante: uma sopa nem fria nem quente, mas intensamente saborosa, que traz, em cada colherada, um novo sabor: capim-santo, caracol do mar e camarõezinhos molinhos e quase doces em uma montagem belíssima sobre “prato” que se parece com um travesseiro de vidro, oco. Outros da lista tem-que-provar: ravióli recheado de foie gras e castanhas, com tomate seco, azeitona kalamata e caldo de açafrão e, enquanto durar a estação, espardeña (pepino do mar) com arroz “meloso”. Rua PERE IV, 272, tel. (34-902) 14 44 40; www.me-barcelona.com

Nos últimos tempos, o surgimento de novos hotÉis de design têm redesenhado não só o skyline como também o cenário gastronômico

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ORIXÁS ART HOTEL • FLECHEIRAS Piscina: cenário para as caipirinhas

Suíte: tecidos produzidos nas comunidades

Suíte com direito a piscina

Duna: natureza quase intocada

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Pôr do sol

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Com a bênção dos Na praia de Flecheiras, um delírio onírico torna possível uma estada confortável em uma vila de pescadores P o r M ariella L a z aretti

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uando alguém diz que passou o Réveillon numa praia de pescadores, e que foi maravilhoso (lembro ter lido isso da Bruna Lombardi certa vez), passam-me pela cabeça as seguintes verdades embutidas: 1) Foi um Réveillon com Coca-Cola quente em vez de champanhe no brinde da virada. 2) Não era praia de pescadores de verdade – a última jangada a entrar no mar e trazer peixes e não alemães vermelhos e bêbados datava de 1978. Por isso me parecia impossível ter ao mesmo tempo o charme pitoresco de uma praia não explorada pela indústria de turismo e o conforto de um hotel distinto à beira-mar. No entanto, na Praia de Flecheiras, no Ceará, está a prova de que há uma equação perfeita para a cilada do réveillon-na-praia-de-pescadores. Lá, as jangadas são verdadeiras e ficam espalhadas por toda a orla como a prova da fonte de renda que provê os habitantes. Não só os pescadores e suas jangadas são legítimos, mas também as dunas brancas, o pôr de sol vermelho, as crianças nativas jogando futebol à tardinha. Durante o ano todo, tudo é real e não um cenário de Cancún. De frente para tudo isso está o Hotel Orixás, que vai garantir aos hóspedes as mordomias, a boa comida e uma adega de vinhos, seja na virada do ano, seja em qualquer outro dia. O hotel é mais que um sonho, é um delírio onírico do uruguaio Erich Steffen, radicado no Brasil há 40 anos. São 20 suítes com nomes de entidades do candomblé,

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decoradas com obras de arte brasileiras e africanas, colchas e cortinas de tecidos feitos pelas comunidades da região, e em sua arquitetura muita palha, madeira, sapé e cerâmica quente. Steffen e a esposa, Graça, passeavam pela região em 2001 e depararam com o paraíso intocado da Praia de Flecheiras, a 150 quilômetros de Fortaleza. A combinação das piscinas naturais, com o simpático povoado, o mar verde com coqueirais a perder de vista levariam qualquer cidadão com sensibilidade e dinheiro no bolso a ter uma epifania, a rever a vida e a fazer fincar-pé na areia. (Quase fiz isso, não fosse a preguiça que toma conta da gente naquele pedacinho de paraíso, eu teria efetivado a compra de um terreno e hoje estaria digitando esta matéria de uma rede). Mas, enfim, foi isso que o casal fez e, em 2001, começou a construir o Orixás Art Hotel. Os Steffen, contudo, não largaram tudo: continuaram a cuidar do restaurante e da galeria de arte Orixás, que fundaram em 1978 no Embu, em São Paulo, e também da Casa Orixás, em Sintra, Portugal, aberta na década de 90. Sorte nossa poder usufruir as massagens, a piscina em forma de ameba, as caipirinhas, e os bons pratos assinados pelo chef paulistano Piero Gaspari. E, sobretudo, compartilhar a simpatia da população do vilarejo, que à noite se encontra na praça e depois vai dançar no bar ao ar livre ao lado dos orixás. Afinal, comemorar a vida é natural em Flecheiras, nem precisa ser um feriado mundial para isso. www.hotelorixas.com.br

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PUBLIEDITORIAL

MIMO SÓ PA R A

BRASILEIROS O LUXUOSO HOTEL MANDARIN ORIENTAL DE MIAMI OFERECE PACOTE QUE INCLUI DIA DE COMPRAS ACOMPANHADO POR PERSONAL SHOPPER PARA HÓSPEDES DO BRASIL

O

s brasileiros têm um caso de amor com Miami que vem de longa data. E nem o passar do tempo desgasta essa relação. Pelo contrário: de acordo com dados oficiais divulgados em setembro de 2010, o número de turistas brasileiros na cidade mais badalada da Flórida cresceu 15% no primeiro semestre deste ano – a maior porcentagem entre os estrangeiros do mundo todo. Estiveram lá 500.000 brasileiros, em 2009, deixando mais de 1 bilhão de dólares em compras. Mas alguns privilégios são para poucos. Hospedar-se em uma das 326 suítes do único hotel com praia privativa, por exemplo, é um luxo ao qual somente alguns privilegiados têm acesso. O Mandarin Oriental, localizado em uma ilha em Biscayne Bay, possui as mais espaçosas suítes de Miami e conta com fitness center completo, piscina de borda infinita, sushi bar, bar na piscina e pista para jogging que circunda a ilha. No The Spa, cada experiência é desenvolvida em uma sequência de rituais, com tratamentos inspirados nas tradições chinesa, ayurvédica, europeia, balinesa e tailandesa. Elevadores panorâmicos levam o hóspede ao The Spa, que oferece 17 salas de tratamento, incluindo seis suítes privativas e duas suítes para casais, todas com janelas para a baía. Para os brasileiros há um mimo a mais. Neste ano, o hotel lançou o programa Miami Luxury Shopping Experience, que, além de três noites de hospedagem, proporciona vantagens em compras na loja Saks Fifth Avenue, no shopping Dadeland Mall. Antes de partir, é recomendável tomar um café da manhã reforçado, aproveitando as delícias preparadas na cozinha do hotel. Na sequência, um encontro exclusivo com um personal shopper serve para os hóspedes conversarem sobre suas expectativas sobre as compras. As lojas Saks Fifth Avenue, uma das mais tradicionais lojas de departamento do mundo, reúne inúmeras coleções de marcas como Armani, Burberry, Missoni, Fendi, Gucci e Prada, entre outras americanas e internacionais, que colocam ali uma grande variedade de bolsas, sapatos, joias, cosméticos e artigos para casa. Na hora do almoço, está programado um brinde com champanhe. E, para quem faz questão de manter um belo visual apesar da maratona percorrendo tantas vitrines, há profissionais à disposição na Saks para retocar a maquiagem. Os clientes ainda têm a comodidade de ter suas compras entregues em sua suíte e prioridade no ajuste de peças e embalagens para presentes. Até dezembro de 2010 as tarifas desse programa custam a partir de 829 dólares. INFORMAÇÕES E RESERVAS: 0800-8913578 E WWW.MANDARINORIENTAL.COM

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Aniversário Fantástico.

Celebre os 10 anos do único hotel de Miami com praia privativa e spa cinco estrelas. Aproveite a oferta “Miami’s Top 10” em mandarinoriental.com e desfrute do nosso renomado serviço. 500 Brickell Key Drive, Miami, FL 33131 (305) 913 8383

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FESTAS

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Kir Royale 25 ml de licor de Cassis Dijón e champagne. Modo de preparo: monte todos os ingredientes diretamente em taça flûte previamente resfriada monte cristo Colar em ouro branco com diamantes e coração de nefrita.

Tim-tim... dizem as pedras e as taças

fotos Sérgio coimbra styling drica cruz/AbáMgt

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Look Rodrigo Rosner Bracelete H.Stern Decoração: Luminária Cone

Champagne Cocktail 1 torrão de açúcar, Angustura Bitter, 15 ml de cognac e champagne. Modo de preparo: pingue gotas de Angustura Bitter em 1 torrão de açúcar; em seguida, coloque o torrão de açúcar com bitter em uma taça flûte e acrescente os outros ingredientes CARTIER Pulseira Panthere em ouro amarelo e laca preta com olho de peridoto.

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Cosmopolitan 50 ml de vodca, 20 ml de licor Cointreau, 25 ml de suco de cranberry e 10 ml de suco de limão-tahiti. Modo de preparo: em uma coqueteleira, bata todos os ingredientes com cubos de gelo. Faça coagem fina em uma taça Martini previamente resfriada. Guarnição: twist de limão-siciliano Casa leão Par de brincos em ouro branco 18k com ametistas, águasmarinhas, morganitas, peridotos, rubilitas e citrinos.

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Buck’s Fizz 50 ml de suco de laranja natural e champagne. Modo de preparo: monte todos os ingredientes diretamente em taça flûte previamente resfriada bvlgari Colar Bzero 1, em ouro branco e diamantes.

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Classic Dry Martini 75 ml de gim e 5 ml de vermute extrasseco. Modo de preparo: em um mixing glass com gelo, verta o vermute e misture até que o mixing glass se resfrie. Dispense o vermute e, em seguida, acrescente o gim; mexa até que o gim se resfrie por completo. Faça coagem fina em uma taça para Martini previamente resfriada. Guarnição: 1 prisma com 2 azeitonas e zest de limão-siciliano HStern Anel Highlight de Ouro Nobre com ametista e diamantes.

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Manhattan 50 ml de Bourbon ou Tennessee Whiskey, 20 ml de vermute Carpano, 5 ml de calda de cereja e 2 gotas de Angustura Bitter. Modo de preparo: em um mixing glass previamente resfriado, acrescente os ingredientes e mexa até que a mistura se resfrie por completo. Faça coagem fina em uma taça para martíni previamente resfriada. Guarnição: 1 prisma com 2 cerejas Amarenas Dryzun Pendente linha Cascatas em ouro branco, água marinha, prasiolitas e diamantes.

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Em busca da mistura perfeita O mixologista Márcio Silva é um expert na arte de criar drinks Para uma das fotos do ensaio fotográfico com joias, Márcio Silva escolheu a mesma taça usada em uma das cenas do clássico Casablanca, em que Humphrey Bogart serve um drink a Ingrid Bergman. “Escolhi-a porque ela tem um ar vintage”, diz o mixologista, que é craque em usar referências e seu vasto conhecimento do universo das bebidas para criar drinks que deliciam os clientes de bares como o Astor (RJ/SP), o SubAstor, do Pirajá, o BottaGallo, do Original, e as pizzarias Bráz. Depois de passar 13 anos na Europa – onde começou sua carreira e trabalhou com nomes como Kenji Jesse, embaixador mundial da Smirnoff Black, e Spike Marchant, embaixador do World Class, campeonato considerado o Oscar dos bares –, ele voltou ao Brasil há apenas dois anos e já é considerado um dos melhores profissionais de sua área. Muitos nunca ouviram falar do trabalho de um mixologista e outros confundem essa função com a de um bartender. Porém, enquanto este é o vendedor direto, o primeiro fica responsável por montar a conceituação para venda, treinar os funcionários, desenvolver a carta, fazer contato com os fornecedores, verificar a qualidade das bebidas e conhecer a fundo a estrutura dos ingredientes, para poder criar outras receitas e harmonizar drinks com pratos. É um trabalho mais complexo e que exige maior preparo. Aos 18 anos, então vivendo em Londres, Márcio trabalhou em um bar. Foi seu primeiro contato com a área que, pouco tempo depois, viraria sua grande paixão. A partir daí, mergulhou no mundo dos drinks e, para conhecer os processos envolvidos na criação, cursou a faculdade de engenharia química e fez pós-graduação em destilaria. Daí para a frente, não parou mais de estudar. Em pouco tempo de conversa, é fácil perceber que ele entende muito do assunto, desde a história até as novas tecnologias e os lançamentos do mercado. E, para pôr as ideias em prática, criou seu escritório nada convencional: um grande bar que ocupa metade do espaço de sua casa, onde faz experiências diárias. “Sou apaixonado pelo álcool e pelas situações que ele pode proporcionar, se for consumido com moderação. Ele desinibe, sociabiliza e, além disso, me permite conhecer outras pessoas.” Comunicativo e espontâneo, Márcio confessa que a maioria de suas criações vem de momentos de festa. “São instantes inspiradores em que as ideias surgem. Mas, até chegarem ao resultado que quero, testo-as e modifico-as muitas vezes. E não crio nada por acaso, tenho sempre alguma referência.“

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MODA

Arrasa

CORAÇÕES

ELEG A N T E E S E X Y E N T R E D UA S P O RTA S

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FOTO S DA N I LO BO RG E S STYLING DRI C A C R U Z / A B Á MGT BELEZA JU MU Ñ OZ / C A PA MGT MODELO AMANDA BRAND Ã O / FO R D MO D E L S AGRADECIMENTO E S P EC I A L B E N T L E Y

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Colar de pĂŠrolas Fabrizio Gianonne Maxi colar Max Mara Top Diane Von Furstenberg Saia D&G Bentley Continental Supersports

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Look Marc Jacobs Brincos e anéis Look Monte Rodrigo Cristo Rosner Sapatos Christian Bracelete Louboutin H.Stern Decoração: Luminária Cone

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Top e saia Gl贸ria Coelho Sobretudo Christian Dior Anel H.Stern Sapatos Christian Louboutin

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Terno Emporio Armani Brincos Cartier Camisa Daslu

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Vestido Gucci Brincos Monte Cristo

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Vestido Emporio Armani Colar e braceletes Fabrizio Gianonne

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Vestido FH por Fause Haten Brincos e anel H.Stern

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Vestido NK Store テ田ulos Christian Dior

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O Continental Supersports tem... 621 cavalos de potência Velocidade máxima de 329km/h Preço de R$ 1,35 milhão Aceleração de 0 a 100 km/h de 3,9s Bancos de couro e tecido Alcantara costurados a mão British Cars do Brasil: Rua Colômbia, 784 www.bentleysaopaulo.com.br

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Vestido Samuel Cirnansck Sandálias Walério Araujo Decoração: módulo da Luminária PET

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BRANDS

HISTÓRIA DA S GRANDES MARCA S

A

dama DE PRETO

ELA TRANSFORMOU AS SILHUETAS SIMPLES E AS CORES SÓBRIAS EM SINÔNIMO DE ELEGÂNCIA. COCO CHANEL AINDA É REFERÊNCIA E COBIÇA NO MUNDO DA MODA POR ANA PAULA KUNTZ

Com a mesma aura enigmática que envolvia sua criadora,

a Chanel inaugura nova loja no Shopping Iguatemi de São Paulo: com mistérios até o último minuto. Com 200 metros quadrados, o espaço abriga a segunda butique stand alone de São Paulo (a primeira fica no Shopping Cidade Jardim) e tem projeto inspirado no modelo da flagship na Place Vendôme, em Paris. Suas araras e prateleiras estarão sempre em dia com as últimas novidades da linha prêt-à-porter de roupas, bolsas, sapatos, relógios. As amplas fachadas, constituídas de janelas de vidro e paredes de mármore branco, refletem na arquitetura a elegância minimalista característica da grife, avaliada em cerca de 6 bilhões de dólares. O frisson causado pela abertura da loja, o lançamento de uma coleção, a estreia de filme ou qualquer outra novidade que envolva seu nome é compreensível quando se entende o poder e a influência que Gabrielle Chanel exerceu não apenas sobre a moda, mas sobre todo um estilo de vida e comportamento social. Precursora da filosofia “menos é mais” e idealizadora do “pretinho básico”, com uma ousadia rara entre as mulheres de seu tempo, a estilista francesa insurgiu na década de 1910 ao pregar o fim de fitinhas, frufrus e outros enfeites profusos e típicos da belle époque, e fez de seu nome sinônimo da mais refinada elegância. Antes dela, vestir-se era uma verdadeira tortura para as mulheres, que tinham de se espremer em corpetes, equilibrar pesados chapéus e manejar com grande esforço saias e mais saias que impediam o andar livre e ágil. É graças à geniosa Mademoiselle Chanel que hoje as mulheres podem desfrutar, com toda a naturalidade, da mobilidade das calças, da praticidade chique de um tailleur e da simplicidade cômoda de uma roupa esportiva. “Não gosto que falem de moda Chanel. Chanel é antes de tudo um estilo. A moda sai de moda, o estilo, jamais”, disse ela, antevendo a perenidade de sua marca. De forma sumária, os cabelos curtos com a nuca à mostra e os sapatos abertos nos calcanhares continuam sendo chamados Chanel, o que pode ser uma afronta para os devotos da marca, mas é um preço que se paga por ser um ícone da revolução fashion, e do qual não se pode fugir. Recentemente, os advogados da grife publicaram um comunicado pedindo para que não se use seu consagrado nome em vão, nem os termos “chanel-ed’”, “chanels” e “chanelized”, dizendo que “por mais que nosso estilo seja determinante, um terninho não é um terninho Chanel a não ser que seja nosso”.

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“NÃO GOSTO QUE FALEM DE MODA CHANEL . CHANEL É ANTES DE TUDO UM ESTILO. A MODA SAI DE MODA , O ESTILO, JAMAIS”

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LINHA DO TEMPO 1883

Nasce, em Saumur, Gabrielle Chanel

1910

1913

1916

1920

Inauguração do ateliê na Rue Cambon, em Paris

Primeira loja Deauville, à beira do Canal da Mancha

Introduz o jérsei, tecido que só era usado em roupas íntimas, nas coleções de alta-costura

A Maison Chanel é transferida e fixada, definitivamente, no número 31 da Rue Cambon

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1921 Lançamento do Chanel no 5, o perfume mais vendido do mundo

TALENTOS E AMORES

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Gabrielle nasceu em 1883, em Saumur, e foi deixada em um orfanato pelo pai, logo após a morte da mãe. Virou Coco de tanto cantar Qui Qu’a Vu Coco e ganhar o apelido carinhoso dos clientes que frequentavam o cabaré em que trabalhava. Quem assistiu ao filme sabe que a música fala de um passarinho chamado Coco. Aos 20 anos, teve seu primeiro emprego relacionado à moda como vendedora em uma loja de acessórios, e logo começou a esgrimir a alfinetadas precisas e certeiras seu próprio caminho. Para ela, o luxo não tinha outra finalidade que não a de ressaltar a simplicidade, máxima que aplicava em todas as suas criações, a começar pelos chapéus. “Eu era um bicho curioso, com um chapéu de palha sobre a cabeça e uma cabeça sobre os ombros”, disse sobre os pequenos canotiers, foram seu primeiro sucesso no mundo da moda. Outro marco foram as calças. “Essa constitui a mais espetacular das inovações de Chanel. É a ela que essa cópia do traje masculino deve todos os seus títulos de nobreza”, afirma a romancista francesa Edmonde Charle-Roux no livro A Era Chanel (Editora CosacNaify). O adereço era uma atração à parte nos encontros da alta sociedade nos hipódromos, que Coco Chanel frequentava acompanhando Étienne Balsan, um jovem de família renomada e nobre que lhe ofereceu uma vida em comum, mas não o casamento, motivo pelo qual ela era discriminada e considerada membro do demi-monde, termo cunhado pelo dramaturgo Alexandre Dumas Filho. Era uma casta que as despossuídas almejavam e as ricas temiam. A capacidade de inventar moda tomou formas de negócio próprio na década de 1910, quando inaugurou sua primeira loja no balneário francês Deauville, com a ajuda do seu amante inglês e rico Arthur Capel. Ele também lhe deu apoio na abertura de seu ateliê no número 21 da Rue Cambon, em Paris, que mais tarde seria transferido para o número 31, onde está até hoje a Maison Chanel. Também são dela as primeiras roupas esportivas, inspiradas nas blusas de pescadores da Normandia, onde passava as férias, e em uniformes de trabalho em geral. Coco produzia as peças em tricô e jérsei, que até então só era usado em roupas de baixo e, na sequência, confeccionava roupas de banho, um traje abusadinho que ia até os joelhos e tinha mangas curtas (praticamente uma roupa de freira, se comparada aos ousados biquínis de agora). Até 1933, Chanel não tinha nenhuma rival na moda, até que a Vogue decretou que uma das criações da estilista romana Elsa Schiaparelli, a italiana que inventou o rosachoque, era o suéter do ano. Mas foi em 1947 que começou um período duro para a francesa. Por causa de sua relação com um oficial alemão durante a ocupação, foi detida (mas logo liberada) pela polícia, e decidiu fechar seu ateliê para se retirar, em exílio na Suíça. Em 1954, recomeçou a produção, seus vestidos voltaram a ser usados nas ruas e, no ano seguinte, já havia reconquistado a primazia. Voltou ao posto de rainha da moda dos 79 aos 88 anos, solitária, respeitada, orgulhosa e tirânica. Armada de uma grande tesoura amarrada à cintura ou ao pescoço, ela submetia suas modelos a intermináveis seções de provas e reparava cada ruga, cada detalhe de suas roupas com alfinetes até ficar satisfeita. Um perfeccionismo que se imortalizou mesmo após sua morte, aos 88 anos, na suíte do Hotel Ritz de Paris, onde morava.

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Coco Chanel falece num domingo, dia da semana que dizia odiar

1945

1924 1926 1933 1938 Lançamento da primeira coleção de joias

Nasce o imortal vestido pretinho básico

Primeira rival à altura, a romana Elsa Schiaparelli confecciona suéteres que desbancam a grife francesa

1954 1955

Em plena 2a Volta a Guerra Mundial, produzir, após mas seu ser detida desfile e liberada pela não obtém polícia, Chanel grande decide fechar sucesso o ateliê e partir para o exílio na Suíça Karl

Chanel está no auge de sua reputação

1971 Reconquista a primazia e volta a reinar no mundo da moda, solitária e tirânica, dos 79 aos 88 anos

Lagerfeld: mãos de ferro na condução do império da Maison

Cena do filme Coco Avant Chanel, com Audrey Tautou

Muito mais excêntrico Desde 1983, o alemão Karl Lagerfeld, chamado de “kaiser” da moda, é o diretor artístico da Maison Chanel. Suas coleções têm feito jus ao legado de Coco, mas o estilista tem as próprias excentricidades. Lagerfeld pretende inaugurar até 2014 a Isla Moda, projeto de ilha artificial que está sendo construída a 20 quilômetros de Dubai, pelo escritório de arquitetura Oppenheim e o grupo hoteleiro Kor. O complexo terá três hotéis de luxo, 150 vilas residenciais e uma série de butiques: tudo inspirado nos palácios da Índia e nos navios de cruzeiro.

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ARTE

URB ANA

Obra de Zez찾o: das galerias subterr창neas para a Galeria Choque Cultural

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r i d a v n i NÓS VAMOS

SUA SALA

COM UMA LINGUAGEM CRIATIVA, CAPAZ DE MISTURAR AS RAÍZES DO PAÍS À CULTURA DA METRÓPOLE, O GRAFITE BRASILEIRO GANHA STATUS DE ARTE E CONQUISTA O MUNDO POR EDGARD REYMANN FOTOS RICARDO D’ANGELO E DIVULGAÇÃO

Speto, Mundano, Zezão, Ninguém, Chivitz, Kobra, Presto, Nunca, Onesto, Titi Freak, Highgraff, 6emeia. Lidos assim, juntos, esses nomes podem dar a impressão de se tratar de um bando de moleques arruaceiros ou de alguma banda de rock ou rap. Se juntarmos a eles um outro codinome bem mais conhecido, OsGemeos, aí, sim, cairá a ficha de que estamos falando de pessoas que estão à frente de um movimento estético que vem revolucionando o mundo das artes. E se os nomes dos artistas citados acima ainda não fazem parte de seu vocabulário, é bem possível que sejam referência para seus filhos, e, ao que tudo indica, serão chamados de precursores de uma nova arte para as gerações futuras. Porque o Brasil é campeão nesse metiê. E o grafite é a arte do século 21. E não é por que se expressa usando paredes que é uma novidade. A rigor, ele existe desde a Antiguidade. Mas com tantas paredes disponíveis no espaço público, com a abundância dos materiais e dos recursos tecnológicos à mão, o grafite se tornou um fenômeno que se espalhou rapidamente pelas grandes metrópoles e invadiu museus e galerias de arte. O mais interessante é que, com o grafite, nosso olhar, sempre voltado para a arte vinda de fora, inverte a direção. O grafite produzido em São Paulo é de altíssima qualidade, e muitos dos traços e cores que encantam metrópoles como Londres, Tóquio, Nova York, Los Angeles, Berlim e Londres têm a assinatura de artistas brasileiros.

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N

No ano passado, a figura gigante de um ambulante vestido apenas com um gorro em que se vê o desenho do mapa do Estado de São Paulo, com cerca de 20 metros de altura, segurando uma porção de bugigangas nas mãos foi estampado na parede do respeitado museu Tate Modern, de Londres. Os autores? Gustavo e Otávio Pandolfo, conhecidos como OsGemeos. Outro gigante também já havia sido desenhado por eles em Berlim. Eles são os artistas que obtiveram maior expressão internacional até agora, e muito de seu sucesso se deve à descoberta dos irmãos, em 2005, pelo Deitch Project, galeria de Nova York especializada em arte contemporânea, fundada por Jeffrey Deitch, colecionador e principal difusor da arte urbana com base nos trabalhos de Michel Basquiat e Keith Haring, na década de 1980. Era de esperar que com um suporte desses as obras de Gustavo e Otávio ganhassem reconhecimento internacional e valorizassem a ponto de competir em pé de igualdade com qualquer artista plástico contemporâneo. No Brasil, desde 2006, OsGemeos são representados pela Fortes Vilaça. Segundo o diretor da galeria, Alexandre Gabriel, eles representam o que há de melhor na street art. “O trabalho deles tem valor único. Seu traço, a mistura da visualidade da rua com uma raiz nordestina existente em São Paulo, o visualismo fantástico latinoamericano, onírico, são únicos.” A primeira exposição da galeria gerou muita discussão na mídia, e pessoas que não prestariam atenção a essa arte ficaram mais atentas. De acordo com Gustavo, que concedeu uma entrevista entre as viagens de sua agenda, o interesse aumentou à medida que eles foram melhorando tecnicamente. “Se está havendo interesse hoje é porque temos qualidade, somos admirados tanto pelo colecionador tradicional, que sabe muito bem o que está comprando, como por gente mais jovem”, diz. De fato, se o duo começou fazendo letras de hip-hop nas paredes, durante a adolescência há 20 anos, hoje eles usam todo tipo de suporte, como telas, painéis, ferro ou madeira. E um quadro deles não sai por menos de 40.000 dólares. E o que eles produzem nas ruas difere do que fazem para as galerias? “Às vezes, sim, às vezes, não. Na rua, não é só a pintura que importa, mas tudo o que a rodeia.” Esse clima é o que provavelmente o cineasta alemão Wim Wenders,

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que esteve em São Paulo para a Mostra Internacional de Cinema e aproveitou para fazer uma exposição, tentou captar ao fotografar uma obra de OsGemeos. Na esteira do sucesso dos irmãos Pandolfo, toda uma geração de grafiteiros vem ganhando destaque aqui e lá fora, como Speto, Kobra, Zezão, Titi Freak, entre outros. E assim como o Deitch Project foi importante para OsGemeos, aqui em São Paulo a Choque Cultural é a galeria que desde 2004 vem dando apoio a esses artistas. Baixo Ribeiro, um dos sócios, com a esposa Mariana Martins, diz que o objetivo nunca foi tirar o grafite da rua e levá-lo para a galeria. “É um senso comum, mas falso. O movimento real é que os artistas que trabalham na rua precisam ter condições de viver, eles precisam se sustentar”, afirma. O contato intenso com o mundo das artes plásticas de ambos – Mariana é filha do pintor Aldemir Martins, morto em 2006 – ajudou a fazer a ponte entre colecionadores e artistas. O retorno é animador. “O mercado da arte é muito complexo, envolve valores subjetivos e dinheiro alto”, diz Baixo, que trabalha o negócio visando a um investimento com retorno futuro para os colecionadores. Para ele, o colecionador ideal é aquele que olha para o trabalho de arte e, além de gostar, entende que está investindo na carreira do artista. “Procuro aqueles que desejam que as ideias do artista se propaguem, que tenham orgulho de ter investido no cara certo. Esse é o bom colecionador”, afirma Baixo. Uma das razões para o crescimento desse segmento é a mudança de mentalidade de alguns colecionadores. Como o grafite ainda é uma arte muito cultuada por jovens, só agora estão começando a aparecer clientes capazes de perceber o potencial dessas obras, embora muitos ainda tenham a cabeça do consumidor tradicional. Um fator de influência têm sido os filhos desses colecionadores. Baixo cita o caso de um cliente que recebeu de herança dos pais quadros de pintores importantes como Portinari,

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Obra inconfundível de OsGêmeos: artistas da maior expressão no mercado internacional de arte

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Beco do Batman, na Vila Madalena: rico acervo ao ar livre

Di Cavalcanti e Aldemir Martins. Para ele, arte era o que ele tinha na parede, o que ele via nas ruas eram apenas ruídos visuais de uma metrópole caótica. Mas, um dia, caiu em suas mãos Graffiti Brazil, livro inglês sobre o grafite brasileiro. “Ele contou que abriu uma página do livro, junto com o filho de 9 anos, e ele reconheceu o estilo de Zezão, que tem uma obra perto do Aeroporto de Congonhas, por onde eles passam todos os dias. Ele percebeu que o trabalho do Zezão já fazia parte do vocabulário de seu filho.” Isso foi o que o moveu a investir no grafite. O grafiteiro, de 38 anos, que ficou conhecido por pintar bocas de lobo e galerias subterrâneas, é, com Speto, um dos artistas já consagrados de Baixo. E tem duas obras muito bem cotadas na Choque Cultural. Uma delas, feita de madeira descartada de construções, misturando com a técnica de lambe-lambe (veja o boxe sobre as técnicas na página 61), custa 26.000 reais. Outra, que usa como suporte o piso de um ônibus, está à venda por 20.000 reais. Pode-se perceber que o background dessa geração de grafiteiros não é o convencional. OsGemeos, Zezão e Kobra, entre outros, nunca estudaram artes plásticas. Como todo garoto que cresce em bairros mais pobres da capital, foram se desenvolvendo aos poucos, vendo o que outros faziam e assimilando. As histórias em quadrinhos, em especial as de Robert Crumb, e os mangás japoneses, sempre tiveram força. Mas a cultura hip-hop era a maior referência, todos admitem, embora tenham se distanciado dela para desenvolver o próprio estilo. Eduardo Kobra, por sinal, começou como pichador, tipo muito criticado pela sociedade por sujar monumentos e construções, geralmente em pontos de difícil acesso. Isso ao mesmo tempo que incomoda, surpreende, e essa é uma das bases da atividade do grafite, tema do ótimo documentário Exit Through the Gift Shop, exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo deste ano, e que mostra muito da arte e nada da identidade do gênio do grafite inglês, o irreverente Bansky. Com o tempo, Kobra trocou o “pixo” pelo grafite do hip-hop e hoje tornou-se um muralista de mão-cheia. Inspirado pela arte do mexicano Diego Rivera – que foi marido de Frida Kahlo – ele e sua equipe, munidos de pincel, tinta látex e sprays, começaram a reproduzir em vários pontos da cidade imagens da São Paulo antiga. O viaduto Tutoia, na Avenida 23 de Maio, a Praça Panamericana, a Avenida Oscar Americano e a Praça do Patriarca foram os primeiros alvos de Kobra. O artista usa o que ganha com os quadros vendidos nas galerias Pró-Arte e André, por cerca de 15.000 reais cada um, para bancar seus projetos na rua. O da Praça Panamericana, por exemplo, custou do próprio bolso cerca de 10.000 reais. Em outubro, ele foi convidado pela marca de automóveis Mini Cooper para customizar alguns de seus cobiçados modelos. O resultado foi exposto no Mini Art Nights, evento que contou até com a

Mural de Kobra no Morumbi: de pichador malvisto a artista reconhecido

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“Abri uma página do livro Graffiti Brazil, junto com meu filho de 9 anos, e ele reconheceu o estilo do Zezão. Percebi que o trabalho do Zezão já fazia parte do vocabulário do meu filho”

Obras de Zezão e Titi Freak na Choque Cultural: valores subjetivos, dinheiro alto

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LUIGI STAVALE

À esquerda, tela de Speto; abaixo, uma janela velha emoldura pintura de Titi Freak; e no rodapé, uma das carroças de Mundano

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presença de celebridades. Do cachê de 5.000 reais, ele diz ter doado uma parte e ficado com outra para financiar os projetos outdoor. Diferentemente de Kobra, Speto vem de uma família de artistas plásticos, mas admite que teve de se distanciar um pouco da sólida base estética para desenvolver seu estilo. Essa coragem lhe deu autenticidade reconhecida por empresas multinacionais e governos de vários países. Um dos mais requisitados para eventos de live painting, ele já mostrou suas habilidades até em show de O Rappa. Viajou para Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, sempre a convite de empresas ou de prefeituras, como a de Roterdã, na Holanda, cujo prédio ganhou sua pintura. Como todo grafiteiro, ele sabe que seu trabalho na rua ajuda a valorizar o que vende em galerias. Para isso, Speto, que também ganha a vida como ilustrador publicitário, aprimorou as técnicas de pintura. Seus quadros, vendidos na Choque Cultural, custam a partir de 2.000 reais. Um princípio fundamental de todo grafiteiro de respeito é que ele nunca deve abandonar a rua, mesmo que os negócios estejam indo bem na galeria. Expoente da novíssima geração, Mundano já expôs em Nova York, Buenos Aires e, lógico, em São Paulo, e suas telas já alcançam o valor de 1.000 dólares. Mas ele está sempre envolvido com questões de rua e ecologia. Em São Paulo ou Buenos Aires, Mundano deu cor a dezenas de carroças, objeto de sua admiração. “Além de coletar boa parte do lixo da cidade, as carroças não poluem.” Seu projeto mais recente tem como endereço um espaço da Vila Nova Conceição. Impressionado com a beleza da Praça Pereira Coutinho, Mundano elaborou, com outro grafiteiro chamado Apolo Torres, o Projeto Graffiti na Praça. O objetivo é pintar, em estilo figurativo, uma banca de revistas, para integrá-la ao ambiente. O custo: cerca de 1.400 reais. As negociações começaram no ano passado, mas esfriaram. Agora, ele pretende reativar as conversas para dar cor ao elegante bairro. Outro ponto que os grafiteiros mais jovens reconhecem é a importância dos pioneiros, que, ainda na década de 1970, subverteram a ordem, afrontaram a ditadura militar e tomaram o espaço público. No Brasil, a história começa com Alex Vallauri, etíope naturalizado italiano e radicado em São Paulo. É dele o primeiro estêncil feito na cidade, no bairro de Vila Madalena. De início, uma bota preta de salto bem fino. Logo, ele começou a estampar nas paredes uma mulher, batizada de Rainha do Frango Assado. Na época, as paredes também eram povoadas de frases, algumas espirituosas, como “Quero morrer nos braços de uma mulher peituda”, provavelmente inspirada nas mulheres de Robert Crumb, que começava a ser conhecido por aqui. Logo depois, formou-se o grupo Tupinãodá, que teve entre seus integrantes Rui Amaral, José Carratu, Jaime Prades e Carlos Delfino. Junto com Carlos Matuck, John Howard, Celso Gitahy, entre outros, vieram das melhores escolas de artes plásticas de São Paulo. Mas o que importava mesmo era ocupar o espaço público e dar vazão a uma arte nova e a autores que não encontravam espaço nas galerias tradicionais. “Para nós, o grafite começou como um ato político”, diz Jaime, que, como integrante do coletivo Tupinãodá, participou da Bienal de São Paulo de 1987, na seção A Trama do Gosto. O túnel que liga as avenidas Paulista e Doutor Arnaldo foi um dos alvos mais marcantes da época. O coletivo se associou com o grupo Titãs para a divulgação dos discos Cabeça Dinossauro e Õ Blésq Blom, reproduzindo a imagem das capas. Foi ali a primeira relação clara do grafite brasileiro com o rock. Jaime seguiu a carreira de artista plástico. Em setembro, seus quadros foram exibidos na Galeria Matilha Cultural, onde vendeu várias telas por 5.000 reais. Enquanto isso, Rui Amaral seguiu a carreira de professor e artista gráfico. “Sempre dediquei parte de meu tempo à periferia, pois o grafite é uma arte popular, fala com eles, e não tem o ranço da academia.”

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NETA NOVAES

Acima, pintura de Rui Amaral, representante da Velha Guarda do grafite. Ao lado, obras de Jaime Prades expostas em galeria e na origem das ruas

O BEABÁ DAS CALÇADAS

Jaime Prades explica quais são os materiais e as técnicas usadas na arte de rua Estêncil – Consiste em recortar papel tipo dúplex com estilete criando formas chapadas ou em alto-contraste. Essa máscara é encostada na parede e pinta-se com spray “imprimindo” a imagem. É rápido, barato e pode ser pintado repetidamente em vários lugares. Alex Vallauri, Mauricio Villaça, Waldemar Zaidler, Carlos Matuck, Ozeas Duarte e Celso Gitahy, entre outros, fizeram e fazem trabalhos incríveis de estêncil. Spray – Alguns grupos acham que só quem usa spray faz grafite. Diferentemente do estêncil, ele é feito à mão livre. Os artistas mais destacados atualmente levaram as técnicas do spray às alturas conseguindo efeitos incríveis. Rolinho – Com a entrada das tintas acrílicas usadas na

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É uma forma de favorecer jovens de poucos recursos e ajudá-los a optar por uma profissão que pode ser bem lucrativa. Um de seus projetos mais caros é a realização da primeira Bienal de Arte de Rua, que deve acontecer em fevereiro do ano que vem. Ele já está formando parcerias para viabilizar o evento, que vai tomar todos os pilares do Minhocão. O custo previsto é de 1,4 milhão de reais. Rui também faz trabalhos para a televisão. É dele boa parte da decoração das paredes e das vinhetas do Big Brother Brasil. E é dele também uma das paredes do túnel da Avenida Paulista, tombada pelo Patrimônio Histórico. Todos concordam que o grafite é uma arte efêmera. Normal que, depois de concluída e fruída por algum tempo pelos passantes, a parede seja caiada para dar espaço a uma nova obra. Os registros vão para os livros de fotografia, lançados no Brasil e no exterior por muitas editoras interessadas no grafite brasileiro. E, com isso, a história da metrópole vai sendo contada por quem vive nela. Como já disse Robert Crumb, arte é uma diversão temporária. Mas, como toda arte, no futuro ela será lembrada em museus e vendidas em galerias e leilões eletrônicos. Se isso acontece hoje com a arte do passado, é porque alguém soube preservá-la. Com o grafite, não será diferente.

construção civil na década de 80, além do acesso a esses materiais de maior qualidade, surgiu uma vasta gama de acessórios de pintura. Entre eles, os rolinhos de 5 cm de cabo plástico. Era o que faltava para a arte de rua “explodir” na cidade. O grupo Tupinãodá, de Jaime Prades, Zé Carratu e Carlos Delfino inaugurou uma nova fase da arte urbana, com painéis enormes, graças aos rolinhos. Stickers – O acesso às impressoras residenciais de jato de tinta e ao papel adesivo gerou uma febre internacional de colagens em placas, ônibus, metrôs. Pela internet, esse movimento criou uma rede de ações concomitantes em vários países. Lambe-lambe – As artes são feitas sobre papel e coladas nas ruas. Podem ser obras únicas, impressas, colagens etc. Em São Paulo, desde a década de 90, alguns ateliês de gravura em madeira têm colado suas grandes impressões nas paredes da cidade.

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PUBLIEDITORIAL

O MELHOR É PARA SEMPRE

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design dinamarquês deu ao mundo a luminária Artichoke, de Poul Henningsen, a cadeira The Egg, de Arne Jacobsen, e a The Chair, de Hans Wagner, batizada como “a” cadeira pelo presidente americano John Kennedy, por sua leveza, elegância e conforto. Esses produtos que marcaram época e também a nova produção do país ganham um espaço exclusivo no Brasil com a abertura da loja Danish Design, no Jardim América. Atemporal, elegante e discreto, o design sempre fez parte da cultura da Dinamarca, mas ganhou destaque no mundo em meados do século 20. Parte dos motivos que levaram o design escandinavo a estar no topo das aspirações dos exigentes em movelaria reside na necessidade. O clima frio fez com que o lar dinamarquês se tornasse o principal núcleo social da população, daí a premência em se criar peças confortáveis, belas, úteis e duráveis, que emprestassem aconchego e praticidade ao ambiente doméstico.

Acima, o casal Rolf e Gramatikki Andersen; o presidente Kennedy na “The Chair”, modelo que batizou e está à venda na Danish Design

Paradoxalmente, para os dinamarqueses, bom gosto é sinônimo de modéstia e racionalidade no uso de materiais. A simplicidade nas linhas esconde a verdadeira vocação do design dinamarquês, que é a de eternizar-se por meio de peças sólidas e clássicas, por muitas gerações. Toda a excelência dessa produção pode ser vista e encontrada na Danish Design, cuja singularidade nos trópicos trouxe o príncipe Joachim Holger Waldemar para a inauguração. O projeto da loja é do casal dinamarquês Gramatikki e Rolf Andersen. Ele, com mestrado em finanças internacionais, trabalhou na multinacional Maersk; ela, formada em letras na Sorbonne, trabalhava como aeromoça. Transferidos para cá por causa do trabalho de Rolf, apaixonaram-se pelo Brasil e decidiram ficar. Da paixão compartilhada pelo design mobiliário surgiu o plano de trazer para o país uma marca que representasse os grandes nomes dinamarqueses. “A Danish traz não somente os nomes tradicionais do design de nosso país, como Heningseen ou Jacobsen, mas também amostras de novos nomes como Thomas Pedersen, Johannes Foersom e Louise Campbell”, diz Rolf Andersen. “E essa nova geração também tem uma preocupação com a produção sustentável e com o planeta”, afirma. Rolf Andersen acredita que a Danish está para os móveis e as luminárias assim como a Tiffany & Co. está para as joias. As peças sobressaem por terem linhas simples, elegantes e clássicas e serem produzidas da maneira mais perfeita possível, aliando técnicas precisas e os melhores materiais do mercado”, diz. “No design dinamarquês, o melhor pode durar para sempre.” A DANISH DESIGN FICA NA RUA ENGENHEIRO ALCIDES BARBOSA, 47, UMA TRAVESSA DA AV. REBOUÇAS. TEL. (11) 3062-0085, WWW.DANISHDESIGN.COM.BR. A LOJA FICA ABERTA DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 10 H ÀS 18 H.

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TECNO Arte, tecnologia e

foco

A fotografia é um hobby que vem ganhando adeptos com tanto dinheiro quanto disposição para andar com equipamentos grandes e pesados de padrão profissional P o r A n a P a u l a K u n t z f o t o A BERTUR A M a r t i a l G e n t h o n

S

e você pensa que essa foto foi tirada por um profissional, engana-se. O autor é um executivo, Martial Genthon, suíço que já morou no Brasil (na Vila Nova Conceição, aliás) e hoje vive na China. “Meu trabalho exige que eu tenha a flexibilidade de morar em países diferentes e fazer viagens de negócio. Gosto de ter sempre meu equipamento comigo e registrar ‘l’instant decisif’, como dizia Cartier-Bresson”, afirma.

Assim como Martial, cada vez mais pessoas estão adotando esse hobby que combina arte e tecnologia, e que exige disposição para investir alguns milhares de dólares e também para carregar equipamentos grandalhões, mas cheios de recursos. As câmeras já têm GPS e conexão wireless, são capazes de fotografar em 3D e filmar em full-HD, resistem a água e duras tombadas. O corpo das câmeras mais poderosas podem custar

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mais de 5 mil dólares, e ainda há uma infinidade de lentes para comprar à parte. Um modelo Nikon de lente grande angular (AF-S 24 mm), por exemplo, custa 10 mil reais, e a teleobjetiva de maior alcance da Canon (EF 800 mm) custa o preço de um carro, 58 mil reais. Sem entrar em detalhes técnicos, que interessam apenas a usuários com objetivos muito específicos, a Sigma tem lentes que chegam a 90 mil reais. Uma viagem. É também recomendável investir em um curso. “A demanda do público triple A aumentou muito nos últimos três anos. Geralmente, a meta é cruzar a fronteira entre o amadorismo das câmeras compactas (que geralmente cabem no bolso) e o profissionalismo das câmeras reflex (que possibilitam a troca de lentes)”, afirma o fotógrafo Marcos Kim, que dá aulas exclusivas em seu estúdio ou na casa dos alunos, por 180 reais a hora. Já Izan Petterle, professor e fotógrafo da National

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Instante decisivo: fotógrafos amadores apuram olhar e técnica para captar momentos de extrema beleza

Geographic, realiza expedições exclusivas que unem workshop fotográfico a turismo de luxo. Uma das mais recentes foi ao Pantanal de Poconé, para quatro participantes, totalmente personalizado, ao custo de 5 mil reais por pessoa, incluindo o curso e o deslocamento, fora a hospedagem. “É gente que viaja muito, conhece o mundo e deseja levar a sua fotografia a patamares elevados. Muitos pensam, depois da aposentadoria, em passar a vida viajando e tirando fotos”, diz. Os três destinos imperdíveis na opinião de Petterle, que unem paisagens espetaculares e hospedagens incríveis, são Atacama, Africa e Índia. Se apesar do dinheiro faltar talento, é possível conseguir boas fotos contratando um personal photographer. Conforme explica o fotógrafo Daniel Sviech, o propósito é ir a eventos intimistas e até caseiros, como jantares ou aniversários em família, e fazer o registro com qualidade. “As pessoas tentam fotografar com suas próprias câmeras e acabam ficando frustradas com os resultados das imagens e também por não aparecerem nas fotos”, diz. “Além disso, o conceito permite expandir as possibilidades de trabalho para uma viagem, uma sessão de fotos durante a prática de esportes ou um ensaio fotográfico”. Nesse caso, é só dizer xis.

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tecno

TI P A A W A R D S 2010

Todos os anos, uma comissão formada pelos editores de 28 revistas especializadas em fotografia elege os melhores entre uma infinidade de equipamentos disponíveis no mercado. Já que a cada dia surgem novidades, em volume e velocidade que deixam qualquer um zonzo, selecionamos cinco das câmeras que receberam o prêmio TIPA (Technical Image Press Association) em 2010 para você se orientar sobre o há de melhor no mundo da fotografia em diversas categorias. E também os lançamentos mais interessantes do mercado.

Prestígio: Leica M9 Mito do fotojornalismo, a marca usada por Cartier-Bresson é robusta, precisa e longeva. Não teve boa estreia no mundo digital mas se redime com este modelo de 18 MP. Preço aproximado: US$ 6.900 (uma lente simples de foco manual custa cerca de 1.300)

DSLR geral: Pentax K-x Pelo conjunto da obra, este modelo foi eleito a melhor opção para quem quer explorar o mundo das reflex. Tem resolução de 12 MP, estabilizador, modo de vídeo HD e cores variadas. Preço aproximado: US$ 530 (kit com lente 18-55 mm)

DSLR expert: Canon EOS 7D O poderoso ISO de até 12.800 – uma altíssima sensibilidade à luz do sensor – requer técnica apurada para aproveitar seu potencial. Faz filmes em HD e tem 18 MP de resolução. Preço aproximado: US$ 1.900 (kit com lente 18-135 mm)

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Filmadora geral: Samsung HMX-H205 Fazer filmes em full-HD está ao alcance das mãos. Com custo-benefício interessante, tem sensor que absorve mais luz que os usados em outras máquinas da categoria: tem alta performance com pouca luminosidade. Preço aproximado: US$ 450

DSLR professional: Nikon D3s Foi eleita por conseguir os melhores resultados em ambientes de baixa luminosidade, graças ao ISO de até incríveis 102.400. Preço aproximado: US$ 5.000 (apenas o corpo, as lentes mais recomendadas para esta câmera custam cerca de US$ 1.700)

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L A N ç A M ENTO S

Panasonic DMC-GH2 Hasselblad H4D-31

O modelo, que vem com lente de 80 mm, é o elo entre quem fotografa com reflex e quem começa a fazer filmes digitais. Uma edição tem acabamento em vermelho e leva o logotipo da Ferrari para reforçar o conceito de qualidade e design (o valor ainda não foi divulgado). Preço aproximado: US$ 14,000

Híbrida, fotográfica e filmadora, grava vídeos em full-HD e possui saída HDMI, que permite ao usuário assistir, em um monitor, à gravação em tempo real. Capta fotos e vídeos em widescreen e é compatível com lentes 3D (vendidas à parte, por cerca de US$ 250). Preço aproximado: US$ 1,500 (kit com lente 14-140 mm)

Nikon D7000

Sensor de 16,2 MP, visor LCD de 3x, grava vídeos em full HD. O corpo compacto é selado para assegurar proteção contra água e poeira. Preço sugerido: US$ 1,500 (kit com lente 18-105 mm)

Leica V-LUX 2

Sucessora do modelo V-LUX 1 (lançado há quatro anos) , incorpora a capacidade de filmar em full-HD. Tem lente de superzoom ótico de 24x, resolução de 14,1 MP e monitor LCD de 3, articulado. Preço aproximado: US$ 850

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tecno

L A N ç A M ENTO S

Canon PowerShot SX30 IS

É a digital compacta de maior zoom ótico da categoria, de até 35x. Vem com estabilizador de imagem para evitar ao máximo os borrões nas fotos. Tem 14,1 MP, visor LCD de 2,7 articulado e grava em HD. Preço aproximado: US$ 400

Sony Alpha 55

Uma nova tecnologia reflex, chamada “Traslucent Mirror”, permite foco automático mais rápido no modo Live View (usando o visor LCD). Tem 16,2 MP, ISO de até 12.800, grava em full-HD, é compatível com lentes 3D e tem GPS para adicionar informações sobre a localização da foto. Preço sugerido: US$ 850 (kit com lente 18-55 mm) Pentax K-5

Essa reflex digital vem com sensor de 16.3 MP e a sensibilidade que atinge ISO 51.200. Também grava em full-HD. Preço aproximado: US$ 1,800 (kit com lente 18-55 mm)

Fuji Finepix Real 3D W3

É a primeira câmera digital com recurso de filmagem 3D em alta definição. Além do modo automático, é possível fotografar com exposição manual. Tem zoom ótico 3x (equivalente a 35-105 mm, no formato tradicional 35 mm). Preço sugerido: US$ 450

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Kodak Easyshare M590

Ideal para quem usa as redes sociais, vem com o botão “share” que permite compartilhar fotos e vídeos diretamente na web. É pequena, com apenas 1,5 cm de espessura, tem zoom de 5x e 14 MP de resolução, e filma em HD. Preço sugerido: US$ 170

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Especial Aos pés de Deus Caminhar até a sagrada Sagarmatha, como o Everest é chamado pelos nepaleses, é um encontro épico com a natureza e consigo mesmo que, segundo nosso repórter, não exige do viajante comer o pão que o diabo amassou Fotos e texto Por Caio Vilela

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dia amanhece nublado na porção mais baixa e florestada do Himalaia. Sob fina neblina, o fundo do Vale de Phakding só recebe os primeiros raios de luz depois das 8 da manhã. Pastores conduzem rebanhos enquanto o Sol aquece os terraços de arroz. As brumas se dissipam, e as montanhas mais altas do planeta são reveladas em um pano de fundo de proporções gigantescas no horizonte. Inserido num grupo com mais uma dúzia de brasileiros, tenho a mesma reação imediata de deslumbramento do resto da turma: começamos todos a fotografar, empolgados com aquela luz dourada que banha a paisagem tomada de picos nevados. ”Calma”, diz o guia nepalês Padang. “Este é o dia menos bonito da caminhada.” Estamos na primeira manhã de um trekking de 16 dias pelo Khumbu, o vale glacial sombreado pelo Everest e seus vizinhos Lhotse, Nuptse, Pumori e Amadablam, além de outros gigantes sagrados com mais de 8.000 metros. Durante o preguiçoso café da manhã, observamos crianças brincando no jardim, enquanto mulheres acendem incenso em um santuário budista e preparam chá de gengibre no fogão a lenha, repetindo um ritual milenar. Na pousadinha rural, a atmosfera de tranquilidade que rege a vida na montanha contagia os brasileiros.

Carregador nepalês descansa sobre uma pedra em um dos vários mirantes do trajeto

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Com uma xícara de chá entre as mãos, percebo que não é preciso ser atleta ou jovem mochileiro para encarar a verdadeira odisseia a pé que nos espera no coração do Himalaia. Apenas disposição para caminhar – por vezes subindo – em um terreno sem grandes dificuldades técnicas ou exposição a alturas. “Temos o dia todo para completar um percurso que faríamos em 5 horas, caso não houvesse nenhuma pausa para descanso” , esclarece nosso guia. Com sua doçura e serenidade, típicas do povo nepalês, Padang estava ali para garantir o ritmo de passeio de nossa jornada. Nosso objetivo final é chegar aos pés da sagrada Sagarmatha, como o Everest é chamado pelos nepaleses. Claro que uma boa dose de exercício físico diário faz parte do programa, e esse esforço – nota-se depois – garante as mais gratificantes recompensas. Em nosso loop planejado sobre o mapa, encaramos quatro dias de caminhada até alcançar Gokyo, um vale elevado ocupado por três lagos de altitude. A partir dali, subimos dois picos, de 5.360 e 5.545 metros (Gokyo Ri e Kala Pattar), e atravessamos um passo, quando cruzamos uma cadeia de montanhas, de 5.400 metros chamado Cho La, antes de chegar ao campo-base do Everest, situado a 5.300 metros. Uma versão resumida da trilha pode ser feita em 11 dias, usando o mesmo caminho para ir e retornar ao campo-base. Assim se corta a porção mais bonita do Khumbu: as paisagens escondidas no Vale de Gokyo. Entre as localidades mais interessantes e confortáveis do trajeto está Namche Bazar, o maior dos vilarejos do caminho, onde um mercado semanal reúne aos sábados camponeses de toda a região. A 3.500 metros acima do nível do mar e pouco mais de 2.000 habitantes, Namche exibe seu cotidiano rural estimulado economicamente com a presença de uma ruela repleta de cafés, lojinhas, postos de telefone e internet. No alto do povoado incrustado em uma escarpa inclinada, o primeiro mirante para o Everest divide atenções com um pequeno museu da cultura sherpa. Com tantos atrativos e aconchego, dá vontade de ficar mais. Mas é preciso seguir em frente. Em menos de 3 horas caminhando a partir do campo de futebol no alto do Namche, chegamos a 4.000 metros de altitude. A paisagem se transforma. Florestas de pinheiros são substituídas pela aridez de rochas e gelo. Estupas tibetanas, os monumentos budistas em torno dos quais os fiéis se aglomeram, marcam o caminho e o vento sopra bandeirolas coloridas espalhando mantras caligrafados em sânscrito. Contemplados a distância, ocasionais turistas estrangeiros com roupas coloridas destoam na monocromia dos ambientes nevados e cedem passagem aos iaques de carga dos nepaleses. Completamos 6 horas de caminhada nos dias mais curtos, e 8 nos mais longos, descontando o tempo de parada para o almoço, mas incluindo as pausas para fotografia e descanso nos

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inúmeros mirantes. Dentro da pequena mochila diária vai apenas a câmera, água, protetor solar, castanhas e um chocolatinho. Carregadores sherpas contratados levam toda a bagagem, e ainda animam o ambiente, com seu eterno alto-astral e natural hospitalidade. Para a maioria das pessoas, a ideia de alcançar a base da mãe de todas as montanhas é o propósito da grande aventura. Mas um dia caminhando na trilha basta para fazer cair a ficha: o destino final não é o único objetivo da viagem. Como bem notado por 100% de nosso grupo, o período de duas semanas longe da civilização permite tempo de sobra para bastante reflexão e autoconhecimento, com direito a um bom exercício e muito ar puro. O programa do dia começa: andar a pé até o próximo vilarejo. O mesmo programa dos próximos 13 dias, porém percorrendo novas paisagens espetaculares. Entre um povoado e outro, os carregadores sobem ladeiras sem perder o fôlego. Carregam pelos menos 30 quilos cada um, e caminham cantando Rishan Firiri e outros clássicos do repertório da cantiga popular sherpa. À noite, se juntam à equipe de cozinha das pousadas e, incansáveis, trabalham com dedicação para incrementar e garantir uma boa refeição para o grupo. O ar começa a ficar rarefeito à medida que vencemos o relevo, e alguns efeitos da altitude aparecem acima dos 4.000 metros. Ocasionais falta de apetite, falta de sono, náusea e dores de cabeça são geralmente curados com repouso e chazinho, e embora incomodem um

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Crianças brincam em templo em Bhaktapur, na cidade de Kathmandu

Mercado do vilarejo de Namche, o maior dos povoados da região Khumbu

Monjes budistas em ritual no monastério de Tengboche

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Caminhantes descem trilha no vale de Gokyo

Subindo o pico Gokyo Ri (5360m) com o vilarejo e o lago semicongelado de Gokyo ao fundo

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pouco nosso grupo, não conseguem atrapalhar o passeio. Para aqueles com alguma indisposição existe Diamox, uma droga que ameniza – e por vezes neutraliza por completo – o mal-estar. A adaptação à altitude independe do condicionamento físico de cada um. Um dos integrantes do grupo, fumante que nunca havia feito longas caminhadas, tirou de letra todas as subidas do caminho. No resto da turma havia um executivo de multinacional, uma agente de viagens, dois bancários, um metalúrgico, uma psicóloga, uma médica e um piloto de avião. Alguns estavam preparados com treinos, pedaladas e leituras, mas no caminho descobriram possuir um metabolismo com adaptação naturalmente mais lenta. Entra aí a sabedoria dos guias nepaleses, que programaram fazer a caminhada inteira em um ritmo suave. “Na trilha, jamais vamos pedir para segurar o ritmo dos primeiros ou apressar os últimos. Queremos estimular cada um a encontrar seu próprio ritmo”, diz Deepak, um jovem carregador, misturando um parco inglês e mímica. De fato, sabendo respeitar o próprio ritmo natural de aclimatação e caminhando devagar e sempre, a coisa flui suave. Não é como voar para La Paz, onde desembarcar do avião a 4.000 metros já significa um golpe em qualquer pulmão. O trekking do Everest começa a 2.800 metros e sobe gradualmente, vencendo aproximados 350 metros de desnível por dia, no máximo. E isso faz toda a diferença. O aconchego no fim do dia está garantido com outra pousadinha simpática: quarto privado quentinho, cama com travesseiro, banho, comida caseira, lareira e até internet. Por comida entenda-se bife de iaque, noodles chinês, chowmein e arroz frito com vegetais; mas também pizza e espaguete. O conforto da cidade presente nos alojamentos de montanha é um fenômeno recente no Nepal. Há menos de dez anos a caminhada se fazia com pernoites em barracas ou dormitórios coletivos. Sem internet. Hoje o caminhante conta com pousadas equipadas com quartos duplos, banheiro ocidental e restaurantes bem estabelecidos, na maior parte da rota. Gente do mundo todo posta suas fotos na rede ou encontra familiares, via webcam, ao longo da trilha e até mesmo em Gorak Shep, a última pousada antes do campo-base. Durante os quatro dias na porção mais alta do Khumbu, o conforto é mais restrito: a eletricidade movida a gerador tem uso regulado com horário, os banheiros são coletivos e o banho é improvisado com bacia e canequinha. No caminho de volta, uma visita ao povoado de Tengboche, onde fica a melhor padaria do Khumbu, e uma passada no memorial dos escaladores que ali deixaram a vida ilustram a caminhada. A 3.860 metros, Tengboche abriga um monastério,

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Barracas e alojamentos de montanha acomodam os viajantes no vilarejo de Gokyo, a 4800m

símbolo da presença do budismo tibetano no Nepal. O vilarejo é habitado por monges e famílias religiosas, que recebem cordialmente os visitantes fora do horário reservado para oração. Bem explorado, como fonte de renda, o turismo move o cotidiano do povo nepalês. O potencial turístico é uma bênção para o desenvolvimento desse antigo protetorado britânico, geograficamente espremido entre dois gigantes: China e Índia. A hospitalidade natural de seu povo favoreceu a instalação dessa atividade econômica de uma forma respeitosa e positiva. Hoje o trekking mais clássico é feito todo ano por gente de todas as idades e nacionalidades. Mesmo na alta temporada nunca se sente um ambiente de lotação nas trilhas, como acontece em julho na trilha inca peruana. No Nepal, o menu de ecoturismo é variado: são inúmeras rotas de trekking, rafting, escalada, safári (nas partes florestadas, próximo à divisa com a Índia) , canoagem, cavalgadas e outras modalidades. Mas a épica jornada até o sopé da sagrada Sagarmatha ou Chomolungma, como o Everest é chamado pelos tibetanos, sempre será um dos motivos mais convincentes para se aventurar por aqui. Quem passa por uma experiência como esta acredita ter chegado aos pés de Deus – isso não é algo que se consiga guardar só para si.

“na trilha, jamais vamos pEdir para sEgurar o ritmo dos primEiros ou aprEssar os Últimos. quErEmos Estimular Cada um a EnContrar sEu próprio ritmo”

Monumento feito com pedras e bandeirinhas budistas marca o campo base do Monte Everest

Everest, no centro, ao fundo, e a montanha Nuptse

DETALHES TÃO PEQUENOS

a viagem custa aproximados 12.000 reais, com tudo incluído. São 16 dias de trekking, o resto se divide entre a maratona de voos (sp-istambul-delhi-kathmandu-lukla-kathmandudelhi-istambul-sp); dois dias em Kathmandu e um dia de aclimatação em Namche (3.500 m). a cada temporada os grupos saem com 12 a 18 pessoas e todos portam um seguro de viagem que cobre até remoção com helicóptero, caso (toc, toc, toc) alguém precise.

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Quando ir – O Nepal tem duas temporadas de trekking: abrilmaio e setembro-outubro. ambas são temporadas ideais para caminhadas no Himalaia, mas a primavera (abril-maio) tem dois bônus: vê-se a florada do rododendro, flor símbolo do Himalaia, e também o movimento nas trilhas de expedições de escaladores rumo ao cume do everest. Quem leva – a agência Venturas & aventuras tem duas saídas por ano, geralmente no começo de abril e de outubro; www.venturas.com.br

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CALENDÁRIO

P or A N A P A U L A K U N T Z RICARDO D’ANGELO

VILA NOVA CONCEIÇÃO

É de “chocolarte” Já pensou harmonizar arte com chocolate? Na Chocolat Des Arts é assim: a cada exposição em cartaz na loja há uma seleção de doces que remetem à obra da vez. Para o fim do ano, a artista plástica Isabelle Ribot – conhecida por pintar telas gigantes e vendê-la aos pedaços – criou telas que farão parte de um kit de Natal composto de bombons e chocolates em forma de estrelas, com castanhas e frutas secas (a partir de R$ 150). A proprietária Cíntia Sanches Lima mantém uma linha permanente de chocolaterie inspirada nos movimentos artísticos modernos, feita com chocolates Callebaut e Valrhona (a caixa com 25 unidades custa R$ 95). O ambiente é acolhedor e apresenta, com galhos e tronco, uma legítima árvore de cacau. Uma dica imperdível: não deixe de se surpreender com as bolas de folhas de chá, produzidas e costuradas manualmente na China. Como num conto de fadas, ao receberem água quente elas desabrocham em delicadas flores esculturais (a lata com 10 bolas custa R$ 87).

RICARDO D’ANGELO

Chocolat Des Arts • Rua Diogo Jacome, 360. Tel. (11) 3044-7431. De segunda-feira a sábado, das 10 h às 19 h; www.chocolatdesarts.com.br

Comendo e queimando A Cristallo Villa Nova Conceição está completando 10 anos de história. Encravada no coração do bairro, a loja é tida como uma extensão da casa dos moradores nos arredores. A matriarca Cacilda Decoussau Affonso Ferreira comanda a cafeteria com os filhos Rubens e Roberta, propondo refeições completas a qualquer hora, com saladas, sopas, crêpes e sanduíches. Para 2011, a Cristallo está organizando sua primeira corrida de rua, com percurso de 8 a 10 quilômetros pelas cercanias do bairro. Fique atento sobre mais informações a respeito das datas e inscrições ali mesmo, no balcão, entre um cafezinho e outro. É comer de um lado e queimar calorias de outro. Cristallo • Praça Pereira Coutinho, 182. Tel. (11) 3044-6000. De segunda a quinta-feira, das 8h30 às 20h30; de sexta-feira a domingo, das 8h30 às 21 h. Música ao vivo aos sábados e domingos, a partir das 17 h

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Casas caleidoscópicas

Recém-chegada ao Brasil, a Missoni Home, confecção italiana famosa pelas estampas geométricas e coloridas, já está com a nova coleção nas prateleiras. Em tempo real com as atualizações da Itália para casa, a loja brasileira traz várias peças para as áreas internas e externas: pufes, almofadas, cortinas, tapetes, mantas e sofás. As composições do momento têm um quê de surreal e procuram trazer sensações de viagens, de oásis oníricos, de caleidoscópios ultratropicais, com cores intensas ou suaves, criando variações de escala cromática. Missoni Home • Rua Lourenço de Almeida, 805. Tel. (11) 3034-6469. De segunda-feira a sábado, das 10 h às 22 h; domingo, das 14 h às 20 h.

Misturinha boa Reinaugurado em uma das mais nobres ruas do bairro, o restaurante especializado em comida orgânica e funcional leva para o novo endereço as mesmas receitas que fizeram sua fama no circuito da alta gastronomia. Desde outubro, o chef Renato Caleffi, que também é proprietário do Le Manjue Bistrô, com o empresário Bruno Fattori, desenvolveu o Festival de Jambalayas, com harmonização de vinhos servidos em taça (R$ 125 por pessoa), que será realizado por tempo indeterminado. São três versões da receita: de bacalhau, de salmão defumado com queijo brie e damascos, e de cordeiro. Para quem não conhece: jambalaya é um prato de origem africana com influências espanhola e francesa, típico de Nova Orleans. Le Manjue Bistrô • Rua Domingos Fernandes, 608. Tel. (11) 3034-0631. De terça a sexta-feira, das 12 h às 15h30 e das 19 h às 23h30; sábado, das 12 h à meia-noite; e domingo, das 12 h às 17 h.

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sÃO PAULO

P or L U I S A C E L L A

Artistas novos na área

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A ideia é detectar o novo quando ele ainda estiver brotando e encorajar a formação de públicos e de outros produtores de arte. A Galeria Zipper é uma criação dos marchands Fábio Cimino e Melina Valente e do arquiteto e artista Danilo Beltran, trio com longa experiência no ramo. O prédio foi todo reformulado pelo arquiteto Marcelo Rosenbaum para abrigar exposições, acervo e áreas de convivência. Na primeira mostra, A Casa em Festa, a artista Flávia Junqueira misturou cenografia, performance e fotografia. O Átomo e o Vazio, do artista paulistano RAG (Ricardo Aguiar), ficará em cartaz até dezembro. Serão apresentadas obras da série Pigmentos, enormes quadros monocromáticos com pigmentos vibrantes.

Limpo, ecológico e moderno O arquiteto Márcio Kogan, que coleciona prêmios internacionais por suas construções engenhosas e sensíveis, é fã de Ingmar Bergman e Federico Fellini, e reflete essa forma poética de ver o mundo na loja que criou para a Decameron Design. Alinhado com a tendência sustentável, aproveitou contêineres e concebeu uma construção “simples, rápida, limpa e barata”. Os megaobjetos de aço, que seriam descartados caso não tivessem nova finalidade, resultaram em uma estrutura potente, com visual low tech e grandes proporções. Soldados uns nos outros, eles receberam pintura antiferrugem por fora e, por dentro, foram revestidos de MDF branco, para que os principais destaques sejam os móveis da marca e as peças de design da holandesa Droog, que a Decameron vende com exclusividade no Brasil. O projeto também favorece a ventilação: as portas das extremidades do contêiner podem ser abertas, gerando corrente de ar e mantendo agradável a temperatura da loja.

Zipper • Rua Estados Unidos, 1494, Jardins. De segunda a sexta-feira, das 10 h às 19 h. Sábado, das 11 h às 17 h. Tel. (11) 4306-4306; www.galeriazipper.com.br

Decameron Design • Al. Gabriel Monteiro da Silva, 2136, Jardim Paulistano; www.decamerondesign.com.br

Achados com beleza e sabor Com projeto do arquiteto Jayme Lago Mestieri e decoração inspirada no Balthazar, um dos restaurantes mais calorosos do Soho nova-iorquino, o Empório Central é o novo espaço de 250 metros quadrados recém-inaugurado no Shopping Cidade Jardim. Dividido entre bistrô e empório gourmet, tem um balcão central, pães, tortas, folhados, massas, açougue e frios nacionais e importados, como os presuntos San Daniele e Pata Negra, e vários tipos de queijo. Nas prateleiras, chocolates, temperos, condimentos, cafés e ainda uma adega com vinhos de várias regiões. O premiado e histriônico chef Douglas Van der Ley, do restaurante “É”, do Recife, aceitou o convite para comandar a casa e mostra o melhor de sua “cozinha de garimpo” – um mix de influências simples e sofisticadas de vários lugares do mundo, como Tailândia, Japão, Vietnã, Itália e França. Shopping Cidade Jardim • De segunda a quinta-feira, das 10 h às 23 h. Sexta e sábado, das 10 h à meia-noite. Domingo, das 12 h às 23 h. Tel. (11) 3552-3720; www.emporiocentral-sp.com.br

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londres

Por Luciana Bianchi

O Clube gourmet quase secreto

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Enquanto aguardava a abertura de seu novo restaurante, Viajante, o chef português Nuno Mendes decidiu testar os novos pratos de seu menu transformando sua casa, um estúdiogaleria, no bairro alternativo de East London, em uma cozinha experimental. Ali, a cada noite, 16 pessoas poderiam jantar o menu degustação. The Loft tornou-se a mesa mais cobiçada de Londres, com direito até a senha para entrar e pagamento adiantado. Depois da abertura do novo restaurante, Nuno transformou a casa em um ateliê de chefs – The Loft Project. Chefs de restaurantes renomados, como elBulli, Noma e The Fat Duck, já se apresentaram no clube. Uma reserva? Só com muita antecedência e sorte! Os londrinos chamam o clube quase secreto de Nuno de “übercool”. The Loft Project • Quebec Wharf Unit 2, 315 Kingsland Road – Londres (shhh! Segredo!); www.theloftproject.co.uk

A maior butique de sapatos do mundo Em um espaço maior do que o Turbine Hall do Tate Modern, a loja Selfridges exibe 5.000 pares de sapato de 120 marcas. Chanel recriou o apartamento de Coco Chanel construindo uma pequena repartição dentro do departamento gigantesco. A seção de Christian Louboutin tem um tapete vermelho na entrada e lustres de cristal, como os de um palácio. Paul Smith, Dolce&Gabbana, Jimmy Choo e outros 30 designers renomados têm coleções exclusivas na loja. Selfridges & Co. • 400 Oxford Street – Londres; www.selfridges.com

deliciosamente exagerado Criado pelo empresário argelino Mourad Mazouz, em parceria com o chef Pierre Gagnaire, o Sketch é um projeto em que a arte contemporânea e a comida dividem o mesmo espaço. Dividido em Parlour (a pâtisserie), Glade (bistrô e bar), Galeria de Arte (exposições e eventos), Bar do Leste e Sala de Leitura – Biblioteca (restaurante), é um lugar para quem gosta de novas aventuras culinárias, de arte e de badalação. A decoração é uma fusão entre os estilos Luis XV, J.P. Gaultier e Salvador Dalí. Os banheiros são dentro de ovos gigantes, no topo de uma escadaria, ou incrustados de cristais Swarovski “à la Moulin Rouge”, em um canto escuro. Entre os frequentadores famosos Bill Clinton, David e Victoria Beckham e Madonna. Foi o local escolhido pela cantora Rihana para apresentar, em uma festa exclusiva, seu novo CD, Loud. Visita obrigatória! SKETCH • 9 Conduit Street, London; www.sketch.uk.com

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JUST VNC LIDERANÇA EM EXPANSÃO

PIONEIRA NO MERCADO DE TERCEIROS DE LUXO LEVA SUA EXPERTISE A MOEMA

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ai ano, entra ano, a agitação do mercado imobiliário não para: aquecido como nunca, o segmento de terceiros vem ganhando cada vez mais destaque nesse cenário. Isso se deve à escassez de terrenos em regiões tradicionais, principalmente na redondeza do Parque do Ibirapuera, o que tem levado imóveis a preços sem limite. Embora haja um número cada vez maior de corretoras de imóveis dando atenção a esse nicho, poucas possuem o know-how necessário para satisfazer as expectativas dos exigentes clientes. A VNC Negócios Imobiliários é pioneira e líder nesse assunto. Ao longo de 16 anos de atuação, a empresa adquiriu uma expertise incomparável no segmento de imóveis usados em bairros nobres de São Paulo. Seu banco de dados conta com o histórico de vendas

de apartamentos de alto padrão, catalogados com informações bem apuradas que são de fundamental importância para o comprador. “Antes de vender, nós nos preocupamos em prestar uma consultoria esclarecedora e precisa, que valoriza cada detalhe do imóvel. Fornecemos informações corretas e um real panorama do mercado, para que nossos clientes possam fazer as melhores comparações entre os empreendimentos de seu interesse e então tomar a decisão de compra”, afirma o diretor da VNC, Marcos Goggi. A liderança da VNC nesse mercado vem levando a imobiliária a expandir seus negócios. Uma nova agência está sendo inaugurada em Moema. A empresa também está investindo ainda mais em inovações e melhorias, que poderão ser conferidas já no início do ano que vem.

EXCLUSIVIDADE X AVALIAÇÃO CORRETA Uma tendência que vem se fortalecendo é a exclusividade. Com a maturidade do mercado imobiliário, estão sendo feitas parcerias entre imobiliárias e corretores autônomos, ampliando as oportunidades de venda de imóvel. A exclusividade hoje está sendo mais bem assimilada também pelos proprietários. Quando bem trabalhada, proporciona muitas vantagens e mais segurança aos clientes. Esse tabu felizmente está sendo quebrado, porém, alguns pontos ainda devem ser observados no momento da autorização por parte dos proprietários e corretores. Avaliação comercial correta é fundamental para se ter sucesso nesse processo. Quem não possui estatísticas baseadas em dados oficiais e atuais não pode fazer uma avaliação correta. Quando a avaliação é sentimental, na especulação ou por insegurança do corretor

de transmitir ao proprietário o preço real, todos perdem tempo. A empresa compromete-se por meses em vender por um preço inviável no mercado, gasta com mídia que não trará resultado e cria uma expectativa falsa no cliente. Com isso, tudo volta à estaca zero, e cria-se novamente o tabu de que não adianta colocar o imóvel à venda com exclusividade. A VNC aconselha ao cliente a realização de melhorias que possam agregar valor ao imóvel, como uma reforma ou uma pintura, que contribuirão para encantar o comprador logo à primeira vista. Dentro desse atendimento personalizado a VNC tem o objetivo de orientar com ponderação e transparência, o que permite estabelecer resultados com eficiência de venda. Após criteriosa análise, a VNC tem por princípio não aceitar com exclusividade imóveis com preço fora do mercado.

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NEGOCIAÇÃO PERSONALIZADA DE IMÓVEIS ESPECIAIS A busca personalizada nos endereços mais cobiçados de São Paulo é um dos principais diferenciais dos serviços da VNC. O sistema de inteligência imobiliária, aliado a um banco de dados onde estão cadastrados todos os imóveis de alto padrão da cidade, permite encontrar oportunidades para a compra de extraordinárias e únicas moradias. Com um refina-

JARDIM EUROPA FREDERIC CHOPIN

ITAIM SAINT PAUL

mento superior ao dos demais corretores, os consultores imobiliários da VNC sabem, inclusive, onde e como encontrar o empreendimento ideal para cada cliente, mesmo que ele não esteja em oferta no mercado. A credibilidade da VNC é o selo de garantia junto aos proprietários desses imóveis durante o processo de negociação.

MOEMA THE PLACE

VILA NOVA CONCEIÇÃO CHÂTEAU LAFITE

Privilégio de morar com a exclusiva vantagem do atendimento VNC

EXPERIÊNCIA QUE FAZ A DIFERENÇA • Há 16 anos, a VNC oferece consultoria em imóveis de alto padrão, identificando sempre as melhores oportunidades e com amplo conhecimento no mercado de terceiros.

• A equipe é formada por profissionais que, além de corretores, são consultores imobiliários altamente qualificados e com larga experiência no mercado.

• A VNC conta com assessoria jurídica própria, que se responsabiliza pela elaboração de contratos, consultas, documentação e orientação a seus clientes.

• Um exclusivo sistema de mapeamento digital oferece uma experiência única, que permite a visualização espacial, quadra por quadra, lote por lote, apartamento por apartamento.

PRAÇA PEREIRA COUTINHO, 182 (AO LADO DA CRISTALLO), VILA NOVA CONCEIÇÃO. TEL. (11) 3638-9999

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VILA NOVA CONCEIÇÃO

REF. 62842 A vista agradável deste dúplex é um grande diferencial deste imóvel. O living é encantador e finamente decorado. Armários de extremo requinte e bom gosto. Área útil: 365 m² 4 suítes, 6 vagas Valor sob consulta

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VILA NOVA CONCEIÇÃO

REF. 58962

E NG L A N D V I L A N OVA

Endereço: Rua Marcos Lopes, 233 Com sua imponente arquitetura rica em detalhes, o belo empreendimento tem o privilégio de ser vizinho do Parque Ibirapuera. O lazer é em grande estilo, pois conta com spa, espaço gourmet, piscina coberta, salão de festas, entre outros destaques. O terraço com churrasqueira é integrado à cozinha, facilitando a circulação dentro do apartamento, uma ótima opção para os dias de comemoração. Área útil: 192 m² 4 suítes, 4 vagas e depósito

Valor sob consulta

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REF. 39886 Apartamento com projeto arquitetônico Dado Castello Branco, execução Marcelo Della Manna e paisagismo Burle Marx. Alguns detalhes que valem destacar são as persianas automatizadas, a cozinha com estilo e personalidade, além da câmara refrigerada para vinhos. Uma verdadeira exclusividade dentro de um imóvel. Área útil: 293 m² 4 suítes, 4 vagas Valor sob consulta

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VILA NOVA CONCEIÇÃO

EXCLUSIVIDADE VNC

REF. 51514 Lugar perfeito para pessoas que gostam das melhores coisas da vida e querem estar a poucos passos delas. Próximo do glamour das lojas do bairro e da Praça Pereira Coutinho. Projeto de Itamar Berezin, paisagismo de Benedito Abbud, e lazer em grande estilo. Completo, com piscina, sala de ginástica, sauna com sala de massagem, praça com churrasqueira coberta e bangalôs. Área útil: 232 m² 4 dormitórios, 2 suítes, 3 vagas Valor: R$ 2.050.000,00

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VILA NOVA CONCEIÇÃO REF. 62312 Sobrado moderno com projeto arrojado e belo living com lareira. Um agradável jardim com ofurô e fonte marroquina é o ambiente perfeito para relaxar no final de tarde. 3 suítes, 4 vagas Área útil: 259 m2 Área terreno: 259 m2 Valor sob consulta

REF. 45457 Cobertura descolada com três andares, piscina e elevador privativo. A vista agradável para a Praça Pereira Coutinho combina perfeitamente com o living aconchegante e o espaço gourmet para receber os amigos. 3 suítes, 4 vagas Área útil: 352 m2 Valor sob consulta

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MOEMA

REF. 62122

THE PLACE

Magnífico, situado em sofisticado edifício neoclássico na Vila Nova Conceição, com projeto de Pablo Slemenson, paisagismo com árvores frutíferas, lazer com fitness, serviço de concierge e courier, sala de biblioteca. Dispondo de ótima distribuição, o apartamento possui deslumbrante hall de entrada, espaçoso living e amplo terraço. Área útil: 470 m² 4 suítes, 6 vagas Valor sob consulta EXCLUSIVIDADE VNC

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ITAIM

REF. 62498 Empreendimento com projeto privilegiado para atender pessoas que procuram grandes espaços com ambientes integrados. Localização perfeita, com vista para o Jardim Europa e próximo dos melhores restaurantes do Itaim. Com ótima distribuição, acabamentos impecáveis, com excelente decoração e bom gosto. 2 suítes, 4 vagas Área útil: 290 m² Valor sob consulta

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VILA PRIMAVERA

REF. 62865 Charmoso apartamento decorado, oportunidade para quem quer praticidade com estilo. Projeto com ambientes integrados e terraço privilegiado para relaxar e apreciar o verde do bairro. Cozinha gourmet equipada com muito bom gosto. 3 suítes, 4 vagas Área útil: 255 m² Locação: R$ 30.000,00

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MOEMA REF. 9444 Apartamento aconchegante com espaçoso living para três ambientes e ótima distribuição dos ambientes. Localização em uma das melhores ruas de Moema. É só entrar e morar. Área útil: 300 m² 4 suítes, 5 vagas Valor sob consulta

REF. 59354 Praticidade e elegância reunidos em ambientes amplos, decorados com armários, closet e cozinha Ornare. Totalmente reformado, com ambientes integrados, ampla suíte máster com banho sr. e sra. Aconchegante sala de almoço, acabamentos modernos de muito bom gosto, revestimento em mármore, granito, tábuas largas, automação e ar condicionado. 3 dorms, 3 suítes Área útil: 320 m2 4 suítes, 5 vagas Valor sob consulta

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JARDIM LUSITÂNIA REF. 3640 Reformado com muito bom gosto, este belo sobrado está localizado em rua fechada garantindo aos moradores privacidade e segurança. Amplo living para quatro ambientes com excelente acabamento, além de churrasqueira equipada em ótimo estado de conservação. Área construída: 450 m² Área terreno: 450 m² 5 suítes, 4 vagas Valor sob consulta

REF. 62628 Sobrado em estilo normando com ambientes amplos, aconchegantes, e em perfeito estado de conservação. A localização é privilegiada, a poucos metros do Parque Ibirapuera, um verdadeiro sonho. Área construída: 850 m² Área terreno: 864 m² 4 dormitórios, 2 suítes, 10 vagas Valor sob consulta

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PLANALTO PAULISTA REF. 62911 Este sobrado charmoso está impecável e muito aconchegante, além de estar localizado em uma rua tranquila. Ter em casa um jardim para relaxar é uma ótima solução para quem tem de encarar a movimentada cidade de São Paulo todos os dias. Área construída: 300 m² Área terreno: 380 m² 3 suítes, 4 vagas Valor sob consulta

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CIDADE JARDIM

REF. 46898 A localização é um dos grandes diferenciais desta casa, próxima ao Parque Alfredo Volpi. Quatro casas com projeto de Gustavo Horta e paisagismo de Martha Gavião. Adega, piscina particular com raia, elevador, jardim privativo, sistema de aspiração central, aquecimento de piso nos banheiros da suíte do casal e segurança. Área útil: 483 m² Área terreno: 936 m² 4 suítes, 8 vagas Valor sob consulta

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CLICK F E L I P E LO PEZ www.lomolopez.com / www.choquecultural.com.br O fotógrafo, o artista e a cidade: esta poderia ser de forma bem resumida a definição do trabalho de Felipe Lopez, um fotógrafo que registra o cenário urbano, imprime em etiquetas, pinta e refaz a paisagem. O resultado fica entre a fotografia e a obra de arte: a imagem é desconstruída e refeita a partir de seu olhar sensível. Aos 26 anos, ele começou a fotografar antes de terminar o ensino médio, estudou arte na Espanha e é um dos autores do livro Estética Marginal, da Editora Zupi.

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