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ed. 35 • AGOSTO de 2013

REVISTA FAZENDA DA GRAMA • EDIÇÃO 35 • AGOSTO 2013

O SOM ESTá NO AR

O pilOtO Cadu Valle

iniCia Carreira de CantOr COm shOw nO Club hOuse

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ORNAR

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cozinha bola - marcelo rosenbaum

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EDITORIAL

Quanta alegria nos proporcionou a benfazeja visita do papa Francisco ao Brasil. Atendendo as solenidades do encontro da juventude católica que reuniu por uma semana no Rio de Janeiro milhares de peregrinos, Sua Santidade trouxe a palavra da fé em Cristo e um incomum contato espiritual e humano com a vasta população que o cercou. Em um momento em que o nosso país atravessa uma situação de grandes indefinições e conturbação em sua vida social e política, o papa veio conviver com a nossa juventude e sentir dela os anseios demonstrados em manifestações de protestos nas ruas, e também nas ruas foram suas demonstrações de fé cristã. Foi um abençoado momento essa histórica visita à nossa terra. Uma oportunidade única de estar ao lado de um povo carente de maior espiritualidade, na qual o Santo Padre promoveu o chamamento da fé em sua inesquecível peregrinação. Não me lembro de ter visto tamanha manifestação religiosa em toda a minha vida. Um sacerdote de Cristo sul-americano, afirmativo, carinhoso, sorridente, comunicativo e, sobretudo, modesto, que trouxe um novo ânimo à nossa juventude e à de todo mundo, aqui representada por jovens dos cinco continentes. A fé em Cristo e fundamentos de religiosidade manifestados nos mais diversos momentos da visita buscaram dar alento não somente à comunidade católica, mas a todas as religiões, irmanadas no mesmo propósito de paz e amor fraterno entre os homens. Que as palavras ouvidas do Santo Padre Francisco fiquem impregnadas na mente e nos corações dos jovens que representam o nosso futuro e que elas tragam a esperança da renovação tão almejada por todos nós.

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Por aqui ficamos. Até a próxima vez.

Aluizio Rebello de Araújo

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DE cABEçA ABERTA A arte de ouvir está cada vez mais em extinção e, seguindo a lei da oferta e da procura, é a cada dia mais valorizada. O arquiteto José Ricardo Basiches, um jovem que desponta entre os maiores talentos de sua geração, diz que gosta de fazer o papel de ouvinte. “Até porque quem vai morar na casa são os clientes”, declarou ele à repórter Renata Turbiani. Um bom exemplo de como a pretensão e o autoritarismo estão em baixa. Eduardo Fernandez Mera e sua irmã são outra prova de que essa atitude profissional é bem-vinda. “Nosso trabalho requer pesquisas constantes e, principalmente, saber ouvir”, diz o paisagista. Telma Sobolh, presidente do voluntariado do Hospital Albert Einstein, é outra que soube escutar as demandas da comunidade de Paraisópolis e criar projetos em sintonia com a vontade dos moradores. O jornalista Renato Machado visitou o Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis e ficou impressionado com a qualidade dos serviços oferecidos. Nesta edição, temos também a primeira viagem organizada por Amyr Klink à Antártica: depois de muitos pedidos de operadoras internacionais ele decidiu unir-se a uma nacional e criar um roteiro para lá de especial para o continente gelado. E uma entrevista com Cadu Valle, um piloto que vem conquistando fãs com seu talento e voz afinada. Além disso, o associado Reinaldo Piscopo conta com riqueza de detalhes e emoção sua viagem à Escócia, quando jogou no campo de St. Andrews. E outro momento emocionante do golfe aconteceu na própria Fazenda da Grama, com a realização do 1º FortunA Golf Cup UNICEF, realizado pelo empresário Denilson Gallani Milan e com verba revertida para o Fundo das Nações Unidas para a Infância. desejamos a todos uma boa leitura!

QUEM FAZ

Renata Turbiani

Denilson Milan

Rosane Aubin

Nina Franco

Eduardo Galdieri

Murilo Matos

Renato Machado

Kevin Bulman

Sylvio Telles

Foto de capa: Fernando Hiro

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Contatos Fazenda da Grama Pabx. 11 4591-8000 Clubhouse starter 11 4591-8001 Clubhouse Bar 11 4591-8003 Clube 11 4591-8004 administração Juan Higuera romero (gerente geral) 11 4591-8010 eng. antonio (construções) 11 4591-8018 administração regina (assistente) 11 4591-8012 administração sandra (assistente)11 4591-8011 administração sabrina (assistente) 11 4591-8015 administração eng. sylvio (greenkeeper) 11 4591-8017

diretor executivo – Denilson Milan Publisher – Rosane Aubin direção de arte – Nina Franco (inspiredesignlab.com.br) Colaboraram nesta edição – Kevin Bulman, Renata de Farias, Renata Turbiani, Renato Machado, Reinaldo Piscopo, Sylvio Telles (textos), Eduardo Galdieri (arte), Carol Gherardi, Clarissa Di Ciommo e Murilo Matos (fotos), Silvana Marli (revisão) Para anunCIar – Tel. (11) 3521-7329 Denilson Milan – denilson@fortunacom.com.br www.facebook.com/fortunacom

ConseLHo edItorIaL Luís Eduardo Americano Araújo, Fernando Viana Lomonaco e Denilson Milan

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas não listadas no expediente não estão autorizadas a falar em nome da revista ou a retirar qualquer tipo de material sem prévia autorização emitida por carta timbrada da redação.

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sumário

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Boas Novas Bons ambientes para vinhos e aulas de gastronomia nas férias

32 Bate-BoLa Iatismo na China e equitação na terra de Elizabeth

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arquitetura Basiches: paixão e sintonia fina com os clientes

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torNeio Torneio: céu azul e tacadas certeiras a favor das crianças

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oBjetos do desejo Sob medida para o Dia dos Pais

46 viageNs Antártica à moda Amyr Klink

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Paisagismo Fernandez Mera: jardins para bater papo

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Por deNtro do CamPo Conheça os fungos que atacam gramados

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54 PerFiL Axell: um novo talento no golfe

goLF tiPs Distância do wedge sob controle

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foto murilo mattos

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eNtrevista O piloto Cadu Valle solta a voz

58 soCiaL Voluntários do Einstein: vida cor-de-rosa em Paraisópolis 66

eveNtos Alegria junina, copas e torneios agitam a sede

88 grama No muNdo A emoção de jogar em St. Andrews, por Reinaldo Piscopo 90

jaNeLa Claudia Rappa registra club house sob céu cinzento

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boas novas

Original e gOstOsO: as garrafas de vinho presas pelo gargalo e os quitutes criados por Paola Carosella para harmonizar com os vinhos

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Espaço premiado

A importadora de vinhos Mistral tem duas lojas que valem uma visita no Shopping JK Iguatemi. No segundo andar, o espaço-conceito Mistral JK mais parece uma galeria de arte: o projeto premiado de Arthur Casas apresenta as garrafas penduradas na parede, presas pelo gargalo. Recursos interativos permitem que o visitante veja os dados dos vinhos selecionados na parede e em uma mesa, onde é possível assistir a vídeos e obter informações sobre o produtor, uvas e até dicas de harmonização. Vencedora do prêmio Loja do Ano do International Store Design Awards do Retail Institute, de Nova York, e de vários outros prêmios, foi criada para proporcionar prazeres sensoriais ligados ao vinho. No primeiro andar do mesmo shopping, o Wine Bar tem sommeliers de plantão que dão dicas para harmonizar a seleção de rótulos, que muda a cada 15 dias, com o cardápio de tapas e petiscos elaborados com exclusividade pela chef Paola Carosella, do Arturito. Detalhe: o bar permite que os visitantes degustem alguns dos melhores vinhos do mundo, que raramente são servidos em taças. O espaço, projetado pelo arquiteto francês Eric Carlson, da Carbondale, ocupa um terraço de vidro que se projeta para dentro do shopping. www.mistral.com.br

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Pontualidade paterna

Os relógios da marca suíça IWC Schaffhausen estão entre os mais desejados por quem aprecia a alta relojoaria: aliam uma sofisticada engenharia e precisão ao design exclusivo. A loja da marca no Brasil, localizada no JK Iguatemi, tem vários modelos que podem deixar qualquer pai satisfeito no segundo domingo de agosto. A linha Portuguesa, que começou a ser produzida depois que dois portugueses encomendaram relógios que tivessem precisão equivalente aos instrumentos náuticos, tem dois modelos. O Portuguesa Cronógrafo Clássico está disponível em ouro vermelhor de 18 quilates e aço inoxidável. Já o Portuguesa Tourbillon Corda Manual, em ouro branco ou vermelho de 18 quilates, traz uma inovação tecnológica: os engenheiros da IWC aumentaram a frequência do volante para 28.800 semioscilações por hora, o que garante uma marcha da mais alta precisão. www.iwc.com/brazil

escOla nO resOrt: o chef do Ponta dos Ganchos ensina a preparar petiscos e a tradicional moqueca (abaixo)

Férias na cozinha

O resort Ponta dos Ganchos, em Santa Catarina, está promovendo curso de gastronomia com o chef Luis Salvajoli desde maio deste ano. Conhecido pela fusão entre as gastronomias francesa e italiana, o chef passou um tempo na Maison Troisgrois, em Roanne, na França, e na escola Le Cordon Bleu, em Paris, para aperfeiçoar seus conhecimentos. O curso do resort inclui passeio de barco para conhecer as fazendas de mariscos e ostras com degustação, preparo de entradas, workshop para aprender a comprar e preparar peixes e um receita de autêntica moqueca, entre outras atrações. www.pontadosganchos.com.br

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POGGEN

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GENPOHLL

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ARQUITETURA

TUDO SEMPRE DIFERENTE O arquiteto José Ricardo Basiches diz que seus projetos são como as pessoas, todos únicos Por renata Turbiani

esPaÇos inTerliGados: quando abertos, o painel ripado no hall de acesso e a grande porta de vidro da sacada dão fluidez e amplitude ao apartamento localizado no bairro de Perdizes, em São Paulo

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arquiteto paulistano José Ricardo Basiches tem todos os tipos de projetos em seu portfólio: residenciais, comerciais, empreendimentos imobiliários e decoração de interiores. É dele, por exemplo, o conceito arquitetônico da First Academia Studio; da Fit2You Academia Boutique, essa de propriedade da Sabrina Sato; do restaurante Noyoi − os três ficam em São Paulo −; e da casa noturna Taboo, nas unidades de São Paulo e do Guarujá. Eclético, Basiches, que é formado pela Faculdade de Belas Artes e filho da decoradora Teresinha Nigri, busca em cada trabalho uma linguagem contemporânea, urbana e, principalmente, fora do lugarcomum, mas sempre alinhada com as necessidades atuais e com os desejos dos clientes. “Dou sugestões, claro, mas nunca imponho meu gosto, até porque quem vai morar ou frequentar o local são as pessoas que me contrataram e não eu”, comenta o arquiteto. Fã de fotografia, desenho e toy art, Basiches também mescla como poucos formas, cores e texturas. Tanta ousadia e personalidade já lhe renderam diversos prêmios e participações em importantes eventos. Em 1997, quando ainda era estudante, ganhou um concurso interno promovido pela universidade e a representou na Bienal Internacional de Arquitetura. Em 2007, levou o prêmio Top XXI Mercado Design, oferecido pela revista Arc Design. “Tenho paixão pela arquitetura e não saberia fazer outra coisa. A vontade e a possibilidade de transmitir com seriedade e sensibilidade o jeito de morar, de usar, de estar em cada espaço... é isso o que me encanta”, comenta o profissional. A revista Fazenda da Grama aproveitou uma folga na apertada agenda do idealizador da Basiches Arquitetos Associados, inaugurada em 1999 e que hoje conta com outros 11 profissionais, e bateu um papo com ele sobre a profissão. Confira. Fazenda da Grama: O que o levou a ser arquiteto? José Ricardo Basiches: Eu não saberia fazer outra coisa. Tenho paixão, persistência e muita vontade de fazer as pessoas sentirem algo positivo por meio dos projetos que assino. E isso tudo começou de uma forma muito forte. No último ano da faculdade ganhei um concurso interno para representá-la na Bienal Internacional de Arquitetura. O trabalho foi exposto e recebi um convite inédito: conhecer o mestre Oscar Niemeyer e suas obras. Tive a honra de ser recebido por ele próprio para um bate-papo. Desse encontro pude levar, além da admiração e da simplicidade, o amor pela arquitetura. E o que me levou mesmo a me tornar arquiteto foi não só o senso estético, mas também a vontade de transmitir com seriedade e sensibilidade o jeito de morar, de usar, de estar em cada espaço... Papel esse que a profissão possibilita.

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Três elemenTos arquiTeTônicos definem essa residência no Guarujá: o volume branco no térreo, o painel em madeira no piso superior e a moldura da cobertura; na área interna, predominam as cores neutras e o amplo sofá garante o conforto da família

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Como você define a arquitetura? Arquitetura é o que provoca sensações nas pessoas. Seja em qual escala for, um bom projeto nos desperta alguma coisa. Ele é capaz de mexer conosco. Por isso entendo que todo esse processo é ligado a uma sensibilidade sensorial. Nós fazemos e conduzimos pessoas nessa relação com o espaço. Hoje, o Brasil conta com diversos profissionais respeitados nessa área. O que é preciso para se destacar? Flexibilidade. Colocar e justificar de forma simples as necessidades sem que haja imposições. Gosto muito de compartilhar para fazer o papel de arquiteto ouvinte, até porque quem de fato vai morar na casa são os clientes. Por isso essa flexibilidade. E, com tantos trabalhos entregues, como não se tornar repetitivo e nunca cair na mesmice? Meus projetos são como as pessoas, que são todas diferentes, não se vestem igual, não vivem da mesma forma... Onde você busca inspiração? Busco inspiração na rua, no inusitado, no simples, até mesmo naquilo que, muitas vezes, passa despercebido ou é considerado estranho. E também recebo inspiração da música, da arte e da fotografia. Traduzo um pouco de tudo isso pelos desenhos e textos. Sempre estou com um caderno de desenhos na mão. Saberia definir seu estilo? Não saberia definir em palavras o meu estilo, pois entendo que faço aquilo que acredito ser bonito. Para isso adquiri ao longo do tempo um repertório cultural que me ajuda a guiar esse estilo dentro de cada projeto, sempre atendendo ao cliente.

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leveza: no Condomínio Waterview Juquehy o revestimento em madeira da fachada e os degraus da escada vazada e revestida de mármore deixam o ambiente agradável

O que um bom projeto de arquitetura precisa ter? Um bom entendimento das necessidades do cliente. Daí em diante é desenhar, criar, pensar e se envolver para transformar os sonhos e desejos em algo funcional e plástico. O arquiteto precisa ter a sensibilidade de sentir e perceber o que o cliente espera, e saber traduzir esses pontos. Para mim esse é o grande diferencial dos bons projetos. Já tornou real um pedido absurdo? Na verdade não encaro nenhum pedido como absurdo. Trata-se apenas de uma forma diferente de o morador ou proprietário pedir algo inusitado. O que pode dar um toque especial ou transformar a decoração da casa? Eu projeto e planejo cada detalhe. Mas acho que o toque especial está na personalidade dos moradores, ou seja, naquela peça que de alguma forma tem um significado especial para eles. Esse é o segredo. Qual foi a sua maior ousadia em um projeto? Na verdade, não foi. Ela acontece em cada projeto que tenho na prancheta. Levo ousadia para todos os trabalhos. Como transformar ambientes pequenos ou aqueles que naturalmente já não têm muita graça, como lavanderia, por exemplo, em locais charmosos? O tamanho ou o uso do espaço não interfere em nada. Quando se tem um bom projeto, bem pensado e elaborado, com conceito, qualquer ambiente se torna agradável e bacana. E esse é o papel da arquitetura: buscar soluções reais e até inusitadas para tornar um espaço, seja ele como for , criativo, bonito e funcional.

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Neste projeto, as salas de estar e jantar foram integradas ao terraço com a utilização de um piso único em madeira e a retirada das portas; ao lado da mesa para oito pessoas, o aparador abriga adega e equipamentos gourmet; e na suíte master, uma bancada de trabalho foi instalada no painel da cabeceira da cama

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Você tem projetos residenciais, comerciais, institucionais... tem um tipo preferido? Talvez essa seja a pergunta mais complexa e ao mesmo tempo mais simples, porque hoje desenvolvemos todo tipo de projeto, de interiores a prédios. Não dá para ter um preferido. Independentemente da escala, o processo criativo é o mesmo, por isso tenho essa vontade de fazer cada vez mais e sempre buscando novos conhecimentos. Às vezes, até brinco com a equipe, porque de repente estamos em uma reunião definindo a cor de um armário e logo depois temos outra reunião para pensar a cor de um prédio. Isso mostra que temos versatilidade. Quais são os seus desafios? Costumo dizer que cada trabalho é um desafio, seja ele pelo uso diferenciado, sobre o qual temos de estudar por ser algo que nunca projetamos, ou pelo simples fato de ter um cliente com propostas e pedidos diferentes. Meu desafio está em saber entender e traduzir. Também é importante ter a tranquilidade de mostrar ao cliente o passo a passo daquilo que, desde a minha primeira visita, já está claro e idealizado na minha cabeça. Além da arquitetura, o que gosta de fazer? Desenhar, fotografar e escrever o que vivencio, e conhecer cada vez mais sobre arte. Ah, e praticar muito esporte também!

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PAISAGISMO

JARDINS PARA SENTIR O paisagista Eduardo Fernandez Mera cria espaços para o convívio e a contemplação Por renata de farias Fotos divulgação

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duardo Fernandez Mera só tem motivos para comemorar: neste ano, o escritório Mera Arquitetura Paisagística, que ele comanda com a irmã, a arquiteta Beatriz Fernandez Mera, completou dez anos; o Jardim das Sensações, idealizado por ele e sua equipe, é um sucesso no Parque do Ibirapuera, especialmente entre as crianças; e seu nome tem lugar de destaque na lista de profissionais preferidos de grandes construtoras e incorporadoras como Queiroz Galvão, Gafisa e Brookfield, entre outras. Mas o reconhecimento do mercado não veio de uma hora para outra, apesar do sobrenome de peso que carrega − ele é filho de Elbio Fernandez Mera, fundador da Fernandez Mera Negócios Imobiliários. “Inicialmente, elaborávamos e executávamos apenas projetos de paisagismo residencial. Depois de dois anos é que começamos a atuar também em estandes de vendas e, com esta abertura, as construtoras passaram a solicitar projetos para seus empreendimentos”, lembra o paisagista. “Sei da importância que nosso nome tem no mercado. E eu e minha irmã tivemos, sim, oportunidades graças a ele, mas estamos atuando há tantos anos devido ao reconhecimento do nosso trabalho”. Hoje, o escritório Mera Arquitetura Paisagística continua desenvolvendo áreas verdes para residências de alto padrão, mas o envolvimento maior tem sido mesmo com empreendimentos de destaque e até projetos de novos bairros. Com a ajuda de sua equipe, Eduardo também participa de algumas das principais mostras de decoração,

Casa Cor 2012: os irmãos Eduardo e Beatriz Fernandez Mera homenagearam Gisele Bündchen no evento; escultura de Bia Dória traz a imagem da modelo estilizada

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como a Casa Cor. Na edição do ano passado, com o espaço Praça Casa Cor, que homenageava a top model brasileira Gisele Bündchen, ele ganhou os prêmios “Melhor Projeto de Paisagismo” e “Organização Nota 10”. Pesquisador incansável, ele está sempre em busca de novidades e inovações, tudo para oferecer as melhores soluções para os clientes e nunca cair na mesmice. Sua filosofia é valorizar o paisagismo com riqueza de detalhes e refinamento, características inerentes à arquitetura de edificações. “Escolhi essa profissão porque, para mim, as áreas externas são as que trazem as experiências e as sensações mais marcantes, como o churrasco com os amigos, os longos bate-papos perto da natureza, a interação e o convívio com outras pessoas ou simplesmente a contemplação da paisagem”, explica. Fazenda da Grama: Como é trabalhar em família? Eduardo Fernandez Mera: É fabuloso, pois nada melhor do que ter como sócio alguém que compartilha da mesma educação e dos mesmos princípios que você. Outro fator importante é o fato de sermos complementares: atuamos em diferentes áreas da empresa, o que confere dinamismo e foco nos projetos. Tanto nos eventos de decoração e paisagismo quanto nos trabalhos em residências e empreendimentos é preciso apresentar novidades. O que você faz para não se tornar repetitivo e conseguir impressionar público e clientes? O nosso trabalho requer pesquisas constantes e, principalmente, saber ouvir. Consideramos todo cliente único. Em cada projeto nos é dada a oportunidade de interferir diretamente na qualidade de vida das pessoas, e partindo dessa premissa é impossível ser repetitivo, pois cada ser humano possui gostos, desejos e necessidades diferentes.

Lazer em famíLia: paisagismo da residência em Tamboré privilegia o convívio; piscina ganhou desenho em preto e branco e o lago é um convite ao relaxamento

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Projeto em itú: a piscina é o coração do paisagismo; a partir da sua localização e estilo é que são dimensionados e locados os demais elementos da área verde

Como integrar o paisagismo com a arquitetura e a decoração? Sempre busco entender o estilo e o perfil dos futuros usuários do espaço, seja ele particular ou de um empreendimento. Além disso, quando necessário, faço reuniões com os profissionais das outras áreas para propor elementos e equipamentos que criem harmonia entre os ambientes externos e internos. Você já trabalhou com outros grandes profissionais da área. Se inspira neles na hora de desenvolver um projeto? Com certeza sim. Um dos profissionais com que tive a honra de trabalhar e que admiro muito é o arquiteto paisagista Benedito Abbud. Além de sua competência, todos nós arquitetos paisagistas devemos a ele o respeito e o entendimento da verdadeira função deste profissional no mercado imobiliário. Também gosto muito da obra do Burle Marx, que foi um grande artista do paisagismo brasileiro. Outra referência que temos aqui no escritório é a americana Pamela Burton. Quais são as principais diferenças entre a área verde pensada para um condomínio e para uma residência? As diferenças mais fortes são que, na elaboração de um projeto paisagístico para um edifício, procuramos oferecer o maior número de equipamentos possíveis para satisfazer os diferentes públicos. Já no particular, trata-se de um projeto elaborado para uma família, portanto a escolha dos equipamentos e das espécies vegetais está relacionada com as experiências, as necessidades e os desejos desta família. Como é o jardim ideal para quem tem filhos pequenos? Um jardim para crianças deve levar em consideração os seguintes itens: acessibilidade, medidas proporcionais aos pequenos e, principalmente, um universo lúdico em que sejam valorizadas as experiências e as fantasias que cada criança precisa viver nesta etapa de formação. Muita gente quer ter uma área verde em casa, mas acaba desistindo da ideia por achar que dá muito trabalho cuidar do jardim. Para essas pessoas, qual é a melhor solução? A vegetação é viva e sempre vai requerer algum tipo de cuidado. Portanto, é importante que as pessoas que querem ter jardim contratem um profissional qualificado. Ele poderá indicar as espécies que exigem menos manutenção e que melhor se adaptam ao espaço disponível. Do que você mais se orgulha na sua carreira? O maior orgulho da minha profissão é poder criar e implantar projetos que interferem diretamente na qualidade de vida das pessoas. Escolhi esse trabalho porque, para mim, as áreas externas são as que trazem as experiências e as sensações mais marcantes, como o churrasco com os amigos, os longos bate-papos perto da natureza, a interação e o convívio com outras pessoas ou simplesmente a contemplação da paisagem. Em seus projetos, os elementos da natureza (fogo, terra, água e ar) quase sempre estão presentes. Como eles são trabalhados? Esses elementos são importantíssimos e sempre nos acompanharam ao longo das civilizações. O ser humano tem necessidade da proximidade com esses elementos e, no paisagismo, eles estão presentes nas seguintes formas: fogo, em lareiras portáteis

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ou de fogo de chão e velas; água, em piscinas e espelhos d’ água; ar, em tudo o que nos rodeia e o barulho das folhas; terra, naquilo que nos conecta à realidade e permite que a natureza mostre sua força por meio das plantas. Quais recursos podem ser utilizados para levar a natureza para dentro das casas? Hoje em dia não há limitações para levar o verde para dentro das casas. Ele pode estar presente em pequenos ou grandes espaços, em terrenos naturais ou lazer, pois neste caso podemos usar painéis verdes, coberturas verdes e vasos. Você é do tipo que faz experiências com plantas e flores em sua casa? Sim, tanto em casa quanto no escritório, onde temos uma área com diferentes tipos de plantas no nosso roof top. Lá testamos condições de manutenção e, principalmente, rega. A maioria das casas do Condomínio Fazenda da Grama possui piscina. Como trabalhar o paisagismo nessas áreas? As piscinas são o coração do paisagismo de uma área destinada ao lazer, pois a partir da sua localização e de seu estilo serão dimensionados e locados os demais elementos paisagísticos, como espaços de permanência, contemplação, quadras, vegetação etc. Seu escritório tem preocupação constante com a sustentabilidade. De que forma emprega essas questões no desenvolvimento e na implantação de um projeto? Sempre buscamos nos atualizar a respeito das novas tecnologias e dos materiais sustentáveis presentes no mercado, para podermos indicar e apresentar suas vantagens de uso. Para você, qual é o jardim mais bonito do mundo? E do Brasil? No Brasil, o Instituto Inhotim, em Minas Gerais, é realmente espetacular, com sua densidade de espécies vegetais cuidadosamente escolhidas em harmonia com os pavilhões. No mundo, considero os jardins do bairro de Praia Brava, em Punta Del Este, no Uruguai. A ausência de muros e a presença dos morrotes de grama como único elemento de divisa entre as casas conferem ao bairro uma valorização do paisagismo como um todo, criando um imenso jardim sem fronteiras. Outro jardim que realmente vale a visita é o High Line Park, em Nova York, nos Estados Unidos. Lá a interferência

Casa de CamPo: atmosfera aconchegante e receptiva na entrada da residência no condomínio Terras de São José, em Itu

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CLima de resort: localizada no Jardim Acapulco, no Guarujá, a casa tem uma bela área de lazer, com deck, SPA, pergolado, sala de ginástica e até campo de badminton

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urbana é fortíssima, com os jardins suspensos em meio à cidade. Os jardins marroquinos, com seus pátios internos e o uso de frutíferas, que lhes dão um clima de verdadeiros oásis, também me encantam e são uma referência para o nosso trabalho no escritório. Quais são seus planos futuros? Tivemos importantes conquistas nestes 10 anos, como a instalação de uma praça temática no Parque do Ibirapuera desenhada por nós, e muitos prêmios recebidos. FiaFlora e Casa Cor 2012, por exemplo. Mas ter o reconhecimento e ver a satisfação dos nossos clientes é a principal representação de sucesso. Para o futuro, continuaremos nos atualizando e buscando diferenciais para o nosso trabalho ser cada vez mais inovador, além de continuar fazendo cada projeto único. Carregar o sobrenome Fernandez Mera traz apenas vantagens ou também tem as suas desvantagens? Tanto eu quanto minha sócia e irmã temos muito orgulho de sermos filhos do Elbio Fernandez Mera. Sabemos do peso que tem este nome no mercado, por isso tivemos, sim, oportunidades graças a este vínculo, mas estamos atuando há tantos anos devido ao reconhecimento do nosso trabalho. Sem contar que sempre buscamos criar um caminho independente, mas respeitando nossas origens.

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GOLF TIPS

POR Kevin Bulman

A chAve pArA bAixos escores: controle dA distânciA com os wedges

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ontrolar a distância com os wedges possibilita alcançar mais putts possíveis de embocar (para birdie ou par) e também é muito útil para evitar três putts e chips complicados. Praticamente, qualquer jogador pode melhorar nesse aspecto, que fará uma diferença mais relevante para o seu escore do que adicionar algumas jardas na tacada do driver. Há três maneiras para controlar melhor a distância nas tacadas com os wedges: isso lhe permitirá fazer um full swing normal e, em razão do menor raio de swing, reduzir a distância de voo da bola.

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eNcuRTaR o BacKSWiNG: muitos treinadores recomendam para o backswing o “sistema do relógio”, levando as mãos, por exemplo, às posições 9 horas ou 10h30 para determinar a distância de voo da tacada com o wedge

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ReduziR a velocidade: evidentemente, um swing mais lento vai encurtar a distância de voo da bola

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Cabe a você descobrir qual desses métodos será mais adequado. No meu caso, por ser um jogador mais instintivo (feel player), muitas vezes utilizo uma combinação dos três métodos. E, como em muitos aspectos no golfe, o segredo está em treinar Boa sorte!

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Por Renato Machado

bate-bola

CRÉDITO Da fOTO: “alex SChmITT/flICkR”

Polo no Rhein-Main

O gramado do Polo Club Hessen será palco da sexta edição do Frankfurt Gold Cup, entre os dias 30 de agosto e 1o de setembro. A Polo Sport GMBH, organizadora do evento, garante uma disputa de alto nível nas partidas − jogadas no formato low goal − e espera receber até 5 mil pessoas durante o final de semana. Ao final das quatro chukkas (períodos que dividem uma partida de polo), os presentes poderão aproveitar a bela região conhecida como Rhein-Main (por estar entre os rios Reno e Meno) no requisitado evento beneficente. Para maiores informações, acesse: polo-sport-gmbh.com/der-frankfurt-gold-cup

eUa recebem grandes do tênis

A temporada de tênis está chegando ao fim. Com isso, o US Open é a última oportunidade no ano para os fãs do esporte curtirem a bolinha amarela em ação em um Grand Slam. Disputado no centro esportivo USTA Billie Jean King, em Nova York, o torneio norte-americano é famoso pelas quadras de piso rápido e pela final na maior arena de tênis do mundo, o Arthur Ashe Stadium, com capacidade para 23.200 pessoas. Em grande momento na temporada, o escocês Andy Murray defende o título da edição passada – derrotou o sérvio Novak Djokovic na final em 2012 e vem com moral após a vitória em Wimbledon, acabando com um jejum de 77 anos sem conquistas de um tenista britânico. O US Open acontece entre 26 de agosto e 9 de setembro. Para maiores informações, acesse o site do torneio: www.usopen.org

MaioR MoRal: andy murray chega com a missão de defender o título da edição passada

CRÉDITO Da fOTO: “maRIanne bevIS/flICkR”

Enquanto algumas temporadas acabam, a do iatismo está apenas começando. A primeira regata da Copa do Mundo de Iatismo acontece entre 12 e 19 de outubro, nas águas da Baía de Qingdao, na China. Além do complexo construído para as Olimpíadas de 2008, o torneio utilizará as instalações do clube de iate Yinhai, do Zou Marina e a praia de banho número três. Pela primeira vez sediada no país oriental, a competição conta com as disputas das classes 470 e RS:X (ambas para homens e mulheres) e as exclusivas Laser (masculino) e Laser Radial (feminino).

CRÉDITO fOTO: “PeDRO RIbeIRO SImõeS/flICkR”

China, a nova casa do iatismo

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CRÉDITO fOTO: “hOne mORIhana/flICkR”

Golfe para presidente ver

A homenagem está no nome: The Presidents Cup. O torneio norte-americano, disputado a cada dois anos, já teve como presidente de honra Gerald Ford, George Bush (pai e filho) e Bill Clinton. Em 2013, entre os dias 3 e 6 de outubro, a disputa será em Muirfield Village, Ohio, e o título simbólico de presidente foi dado a Barack Obama. Em sua décima edição, a competição organizada pela PGA TOUR (Associação dos Golfistas Profissionais) promove a disputa entre a seleção dos 12 melhores atletas norte-americanos e um combinado internacional (com golfistas não europeus). Neste ano, Fred Couples e o zimbabuano Nick Price serão os capitães dos Estados Unidos e da equipe internacional, respectivamente. Para maiores informações: www.presidentscup.com

CRÉDITO Da fOTO: “JeRemy lITTle/flICkR”

CRÉDITO Da fOTO: “mImI falb/DIvulgaçãO”

equitação na terra da rainha

Disputado desde 1961, o Land Rover Burghley Horse Trials, uma das mais tradicionais competições de equitação do mundo, acontecerá entre 5 e 8 de setembro. O torneio britânico é sediado na Burghley House, mansão construída no período Elisabetano, no século XVI, localizada em Stanford, Lincolnshire. O Burghley Trials faz parte do Grand Slam of Eventing – ao lado do Badminton Horse Trials e do Rolex Kentucky Three Day – e é um dos seis eventos classe quatro estrelas da temporada (o torneio Olímpico, por exemplo, é considerado três estrelas). O Burghley Horse Trials é um CCE (Conjunto Completo de Equitação) disputado em três dias com as provas de adestramento, cross-country e salto. O vencedor do torneio recebe, além da Burghley Challenge Cup – entregue pelo sexto marquês de Exeter –, um prêmio no valor de 60 mil libras esterlinas

Gelo só no Hemisfério Sul

Fora da temporada europeia, os amantes dos esportes no gelo devem procurar no Hemisfério Sul alternativas para apreciar competições de alto nível. Uma delas está na Oceania. Entre 15 e 26 de agosto, a Nova Zelândia sediará mais uma edição do NZ Winter Games. Criado em 2009, o evento conta com disputas de curling, esqui alpino, esqui cross-country, freeski e snowboard. Regularizados pela Federação Internacional de Esqui (FIS), os jogos terão a presença de medalhistas olímpicos e paralímpicos e são considerados o pontapé inicial para os Jogos de Inverno de Sochi, em 2014. A edição 2013 será disputada em três locais do país: Naseby, Queenstown e Wanaka. www.wintergamesnz.com

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TORNEIO

POR UM FUTURO MELHOR UNICEF participa pela primeira vez de torneio de golfe no Brasil. por rosane aubin Fotos clarissa di ciommo e Murilo Mattos

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o dia 07 de junho, uma sexta-feira, 76 golfistas especialmente selecionados participaram do 1o FortunA Golf Cup UNICEF no campo da Fazenda da Grama. A disputa, em modalidade Four Ball, Best Ball modificado, agradou a todos os jogadores e teve como campeã a equipe formada por Tuca Gantus, Beto Dias, Tom Zé Dias e Carlos Rea, com 36 pontos Net. O evento, que ocorreu num dia luminoso de sol e pouco vento, contou com a participação de várias marcas do mercado de luxo, na sua maioria inéditas no esporte. A primeira edição arrecadou mais de 56 mil reais para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). “Eventos como este proporcionam visibilidade ao UNICEF e a arrecadação de recursos que são fundamentais para a nossa atuação”, disse o americano Gary Stahl, representante do UNICEF no Brasil. Ele viajou de Brasília a Itupeva para prestigiar o evento. “Hoje não dá mais para traçar uma estratégia de negócios sem levar em conta a sustentabilidade. As questões socioambientais devem estar sempre em pauta na gestão das empresas”, diz Denilson Gallini Milan, empresário da FortunA − Gestora em Comunicação de Luxo. O torneio contou com três copatrocínios: Bombardier, Rolls-Royce e Global Aviation. Foram premiadas as três equipes com melhores pontuações. Os 12 golfistas receberam troféus elaborados especialmente pelo joalheiro Antonio Bernardo. A equipe vencedora recebeu também garrafas personalizadas Blue Label e canetas inglesas Rolls Royce. A equipe vice-campeã e a terceira colocada ganharam canetas inglesas Rolls Royce. Também foram distribuídos prêmios “Near Pin” em todos os 4 buracos par 3, cedidos pelas marcas Bombardier, Elements – Banyan Tree Spa, Ornare, Poggenpohl, Santovino Ristorante e VR. Todos os golfistas receberam um kit especial, com direito a chapéu oficial modelo Panamá da Bombardier e camisa oficial polo da marca VR. Uma plateia com 90 convidados vips acompanhou o torneio. Os convidados tiveram à disposição um lounge assinado pela Missoni Home, clínica de golfe, as mágicas de Ricardo Madureira, considerado o melhor do Brasil, test drive do modelo Ghost da marca inglesa Rolls Royce, doces da tradicional Dulca e música com a top DJ Lara Gerin, entre outras atrações. Durante a premiação, vários objetos foram leiloados em prol do UNICEF com destaques para: uma camisa oficial da Seleção Brasileira autografada por grandes craques, touca do campeão mundial e olímpico de natação Cesar Cielo, uma bola oficial UNICEF autografada pelo ex-jogador Zico, uma manta da Missoni Home, anuidade do Quintessentially – Concierge Services & Luxury Lifestyle Management e uma garrafa de conhaque Louis XIII. Ainda foram sorteados os números das bolinhas personalizadas FortunA – UNICEF que deram direito à estada em cinco hotéis luxuosos internacionais: Mandarin Oriental, de Miami e Nova York, Guanahani & SPA em St. Barths, no Caribe, The Residence Mauritius e Las Ventanas, no México. Apoiaram o torneio as marcas Alug – Rent a Car, Antonio Bernardo, Armando Cerello, Chandon, Chubb Seguros, Elements – Banyan Tree Spa, GR Properties, Haganá, Lig Veículos Elétricos, Louis XIII, Mandarin Oriental, Missoni Home, Ornare, Poggenpohl, Quintessentially, Santovino Ristorante, Terras Novas, Velorbis e X-Mart. O golfista Antonio Mario Yunes resumiu o torneio da seguinte maneira: “Foi maravilhoso. Já participei de vários eventos parecidos, mas este foi o mais bem organizado e de alto padrão em todos aspectos, desde os brindes, o café da manhã, a saída com os carrinhos, os caddies educados e uniformizados, o serviço de bar durante o trajeto, almoço, leilão e premiação”.

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Grandes conquistas O americano Gary Stahl assumiu o escritório do UNICEF no Brasil há um ano e meio. Nascido em uma pequena cidade do Estado do Illinois, nos Estados Unidos, ele conta com alegria as realizações do fundo da Organização das Nações Unidas (ONU) no país. Depois de discursar no evento, ele concedeu entrevista à revista Fazenda da Grama.

EquipEs vEncEdoras Campeã: 36 Net tuca Gantus Beto Dias tom Zé Dias Carlos Rea ViCe-Campeã: 39 Net Douglas Delamar Giovane Gávio Luis Carlos martins Luiz Carlos Fortino teRCeiRa CoLoCaDa: 39 Net Giampaolo michelucci Fernando Bianco Rosada Rogério picanço Francisco matarazzo

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Neste um ano e meio em que você assumiu a representação do UNICEF no Brasil, quais foram os projetos e ações do fundo? Gary Stahl: Desde que assumi o escritório no Brasil, pude acompanhar e fazer parte de algumas conquistas importantes para superar as desigualdades e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) nos principais territórios onde atuamos. Por exemplo, desde 1999, o UNICEF vem promovendo a estratégia do Selo UNICEF Município Aprovado, uma ação direta em nível municipal pela melhoria das políticas públicas. O sucesso da experiência levou à ampliação da metodologia para todo o Semiárido e para a Amazônia Legal, regiões onde há 19 Estados com 2.300 municípios e quase 23 milhões de crianças brasileiras, particularmente as mais excluídas e vulneráveis. Desse total, mais de 70% dos municípios aceitaram o desafio de trabalhar com o UNICEF mais efetivamente pelos direitos da criança e do adolescente. Isso é uma grande conquista! Outro exemplo: o fundo contribuiu para a recente ampliação da obrigatoriedade do ensino dos 4 aos 17 anos e tem ajudado a melhorar o acesso, aprendizagem, permanência na escola e conclusão dos estudos de crianças, principalmente as mais vulneráveis. E tem trabalhado com os governos do Ceará e do Piauí para ampliar o número de crianças alfabetizadas na idade certa (até os 8 anos), com o programa Palavra de Criança. Também, com o objetivo de promover as melhores práticas para a saúde dos bebês e das mães para reduzir a mortalidade infantil e materna, o UNICEF tem mobilizado centenas de municípios nas regiões do Semiárido e da Amazônia Legal para realizarem a Semana do Bebê. Muitos já criaram a sua Lei Municipal para garantir que o evento aconteça anualmente e há dados que comprovam que as localidades mobilizadas apresentam melhorias em seus indicadores sociais, como o aumento dos índices de amamentação e redução da mortalidade infantil. Essa boa prática já ultrapassou a fronteira do Brasil, chegando aos países como Portugal, Argentina e Uruguai.

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Sol, tecnologia e bemestar: o evento incluiu test drive de um Rolls Royce, tratamentos no spa, passeios e muito conforto

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Como está sendo essa experiência? Você já atuava no UNICEF em outros países? Ser representante do UNICEF no Brasil é um grande desafio e uma experiência profissional diferenciada. Trata-se da sexta economia do mundo, um país em desenvolvimento, o quinto maior país do mundo em termos de população, mas que se depara com desafios sociais próprios de nações ainda muito pobres que requerem uma atuação estratégica. Desde que cheguei, tenho trabalhado intensamente para contribuir, de alguma forma, pela redução das injustiças e pela garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. Antes do Brasil, fui representante na Nicarágua e no Chile, de onde eu vim para assumir o escritório brasileiro. Trabalhei também como oficial de campo em Ruanda durante o massacre. Você declarou em seu discurso que no Brasil a maior parte das ações visam mais o desenvolvimento e menos a ajuda em situações de emergência, de crianças em perigo. Poderia explicar mais um pouco o que é feito em ambos os casos? O fato de o Brasil ser considerado a sexta economia do mundo, e estar em desenvolvimento, com certeza define um papel diferente de atuação do UNICEF, do que, por exemplo, em outros países com desafios maiores, como os do continente africano. Aqui, o nosso trabalho tem sido o de monitorar a situação da infância e da adolescência e ajudar o país a encontrar soluções sustentáveis para a redução da desigualdade na infância e na adolescência. Já em países muito pobres ou em situação severa de emergência, como o Haiti e, agora, a Síria, a nossa missão é prestar uma assistência direta, fornecendo vacinas, nutrição, abrigos, água e condições sanitárias adequadas, por exemplo, além de velar pela proteção das crianças e dos adolescentes para que não sofram nenhum tipo de violação e que tenham todos os seus direitos respeitados e garantidos, mesmo em situações adversas. E não trabalhamos sozinhos. Por exemplo, estamos agora fazendo um apelo global para levantarmos 470 milhões

de dólares, ou seja, por volta de 1 bilhão de reais, em doações para ajuda humanitária à Síria. Quais são os principais projetos e objetivos do UNICEF no futuro, no Brasil e no Exterior? Em 2000, após analisar os maiores problemas mundiais, a ONU estabeleceu 8 Objetivos do Milênio − ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo e norteiam a atuação do UNICEF no país. De acordo com essa declaração, os objetivos devem ser atingidos por todos os países até 2015. Os objetivos são: 1, acabar com a fome e a miséria; 2, educação básica de qualidade para todos; 3, igualdade entre sexos e valorização da mulher; 4, reduzir a mortalidade infantil; 5, melhorar a saúde das gestantes; 6, combater a aids, a malária e outras doenças; 7, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; 8, todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. Temos muitas esperanças de que o país consiga num curto espaço de tempo diminuir ainda mais as suas desigualdades internas. Como você avalia eventos como o FortunA Golf Cup UNICEF? O trabalho do UNICEF é realizado graças ao apoio de um conjunto de pessoas, por isso, nosso lema é “todos juntos pela criança”. Eventos como esse proporcionam visibilidade ao UNICEF e a arrecadação de recursos que são fundamentais para nossa atuação. O Fundo depende integralmente de contribuições voluntárias para atuar no país e trabalhar para que os direitos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade sejam integralmente cumpridos, respeitados e protegidos. Então, só podemos ver com muita gratidão e reconhecimento iniciativas como essa. Entendo ainda que esse tipo de engajamento torna-se um diferencial valioso das empresas que deixam de ter apenas a imagem de fornecedora de produtos e serviços para se tornarem agentes responsáveis no desenvolvimento de um mundo muito melhor não só para nossas crianças e adolescentes, mas para todos nós. Registro aqui os meus parabéns e agradecimento à FortunA pela iniciativa.

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1. Bruna 2. Bruna, Julia, Luisa e Lídia Carvalho 3. Fernanda e tomas 4. manuela 5. Chryso Fontes e patricia Rollo 6. Blue Label – personalização prêmio 7. Dj Lara Gerin 8. Lídia Carvalho, Gary Stahl e Camila Carvalho

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09. Bandeira Fortuna Golf Cup UNiCeF – missoni Home 10. eugenio perate, Federico Rocha Grosso, Geraldo Vieira e pedro martins 11. Fernando Bianco, Francisco matarazzo, Rogério picanço e Giampaolo michelucci 12. Fernando penazzo, Roberto Gomez e Fernando moura 13. tasso pereira, Claudia Rappa, Ângela Rappa e Diogo pereira

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14. Giampaolo michelucci 15. Roberta Ferraro, Liliana Ferraro, Jonas aloise, Christopher philips e amigos 16. petter Schattan, Stefan Schattan, Sidnei Rodrigues, Denilson milan e Flavio Batel 17. Henrique m. Furtado Neto, Joana marques Neto e Gary Stahl 18. trofĂŠu do evento, design antonio Bernardo

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19 19. antonio mario Yunes e Denilson milan 20. maria montserrat Ryan, Yara pavan, anamaria Starck e maggy Rodrigues 21. Deborah milan, Ricardo Rosada, Fabio Zenha e Ricardo madureira (mรกgico) 22. Fernando Lomonaco e Denilson milan 23. Gary Stahl, Flavia maria Cielo e Cesar augusto Cielo

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24. Gary Stahl 25. Flavia maria Cielo, Wilney almeida prado, Cesar augusto Cielo e Denilson milan 26. Fabio Lemonica, Jessia Lobo e Denilson milan 27. Denilson milan, Reinaldo piscopo e LĂ­dia Carvalho 28. Denilson milan, tuca Gantus e Camila Carvalho 29. tarcĂ­sio De angelis e Denilson milan 30. Luciana Rocha Grosso, Federico Rocha Grosso, Jessia Lobo e Denilson milan

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31. alvaro almeida 32. tuca Gantus, Giovane Gávio e Denilson milan 33. Francesca picciafuochi, Sylvia Nishi e Denilson milan, 34. Diogo pereira, Claudio Cantamessa, petter Schattan, Stefan Schattan e Denilson milan 35. petter Schattan, Lucita marques da Costa e Denilson milan 36. Lucita marques da Costa, Carlos Rea e Denilson milan 37. Denilson milan, Francisco matarazzo, Rogério picanço, Viviane polzim, Flavia Hauser, Giampaolo michelucci e Fernando Bianco 38. evelyn Raposo, Viviane polzim, Flavia Hauser, Giovane Gávio, Douglas Delamar, Luis Carlos martins, Luiz Carlos Fortino e Denilson milan 39. evelyn Raposo, Viviane polzim, Denilson milan, tom Zé Dias, Beto Dias, Flavia Hauser, tuca Gantus, Carlos Rea, Jp Leopardo e Victor Drummond12. tama Ylm, Julia Kiyota, mara Consonni, aziza Farahat

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VIAGENS

No barco do amyr Viagem à Antártica promete emoções vividas pelo navegador solitário em suas expedições Texto Rosane Aubin Fotos Marina Klink

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uem já sonhou em ser um marujo e singrar mares desconhecidos vai querer embarcar na primeira viagem do barco Paratii 2, no primeiro semestre de 2014, para a Antártica. Desenhado a partir de ideias do navegador Amyr Klink, que dispensa apresentações − só para constar, ele já foi à Antártica mais de 40 vezes −, o barco é considerado um dos melhores para as condições de navegação locais e foi adaptado para receber pequenos grupos depois que o navegador decidiu associar-se à Latitudes − Viagens de Conhecimento para oferecer a marinheiros de primeira viagem a possibilidade de conhecer o continente gelado. Serão no máximo oito pessoas a cada viagem, num total de 12 dias embarcados, com direito a conhecer a fauna e a flora locais, escalar montanhas, acampar, andar de caiaque e até cozinhar para os companheiros de aventura. Isso sem falar em todas as atividades normais de um veleiro que os turistas terão de desempenhar: todos podem ajudar nas tarefas e até nos mutirões que podem surgir pelo caminho, já que em lugares remotos às vezes a chegada de visitantes com disposição para o trabalho braçal é muito bem-vinda. Amyr Klink não vai participar da expedição, mas a tripulação será a mesma que costuma viajar com ele. “Construímos um capital humano, formamos um grupo de tripulantes muito especial, extraordinariamente divertido. Apesar das agruras, a gente vê o tempo inteiro o Fábio Tozzi, um médico que opera desde varizes até o coração, de bom humor. O Flavinho faz mais de seis tipos de pães”, diz Amyr. Tozzi também treina navegadores em primeiros socorros para sobrevivência no mar. “Ele é muito prático, se tiver anestesia, usa, se não tiver, dá uma pancada na cabeça”, brinca Amyr. O humor, aliás, é uma das mais fortes características do navegador. Quem imagina um solitário homem do gelo, sério e compenetrado, surpreende-se com a facilidade dele em criar finas ironias para contar histórias de suas aventuras.

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Outra imagem errada é sobre a solidão na Antártica. “A vida social é muito intensa. Não gosto muito de vida social, mas aprecio os encontros com o pessoal de outros barcos, os jantares conjuntos. Sempre levamos encomendas para o pessoal da base ucraniana de Vernadsky. Eles ficam lá dois anos e pouco sem contato com o mundo externo, levamos tudo de que eles precisam: cachaça (risos)!. Eles têm o pub mais austral do mundo e fazem tudo com seriedade, quando se dedicam a beber é para valer.” Para o velejador, o encontro com as pessoas chega a ser uma experiência mais interessante do que o contato com uma natureza tão diversa. “Tem desde contrabandistas e políticos até milionários russos e pesquisadores franceses sem dinheiro”, diz. Amyr conta que foi convidado a realizar programas turísticos por operadoras internacionais deste tipo várias vezes, mas só agora aceitou. “A primeira vez em que levamos as meninas (suas três filhas) foi uma experiência muito gratificante. Temos uma embarcação muito diferente das que operam lá, conseguimos ir a lugares que eles não vão. Chegou um ponto em que pensei que seria egoísmo não compartilhar isso com mais gente. E tive a sorte de encontrar uma empresa que organiza viagens em que as pessoas não se sentem turistas, e sim protagonistas”, diz Amyr. O roteiro do Paratii 2 é inédito: os mais de 20 veleiros e 35 navios que visitam a Antártica por ano oferecem viagens de apenas cinco dias, e a da Latitudes terá 12 dias de navegação. Além disso, o veleiro é considerado por 80% dos capitães que conhecem a região o melhor para navegar por lá, e consegue propiciar passeios e experiências que nenhum outro oferece. Exemplo: em vez de âncoras, difíceis de serem fixadas por conta do solo de pedra, ele é preso com cabos e pinos em rochas aéreas. “Ele fica como uma aranha, presa em sua própria teia”, diz Amyr. Qualquer pessoa pode ir? Essa é uma pergunta pertinente quando se trata de Antártica e de um veleiro como o de Amyr. O fato é que ele já levou as filhas Laura, Tamara e Marininha sete vezes, desde quando ainda eram crianças − elas até escreveram um livro contando a viagem, chamado Férias na Antártica. “Já encontrei uma senhora de mais de 80 anos, sem a perna direita, que se divertia mais que outros mais jovens”, conta Amyr. Rindo, ele lembra também de um turista que chegou com a namorada e 22 malas Louis Vuitton à Ushuaia para viajar, o que tornou o casal motivo de piada na pequena cidade argentina.

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“A melhor roupa para usar na Antártica é a de cortador de cana”, diz. Suas filhas aparecem em fotos vestindo botas de borracha, daquelas bem comuns, pretas, e roupas de neoprene. Outra questão que costuma assustar os viajantes é a passagem do Canal de Drake, famoso por provocar enjoos até em marinheiros de muitas viagens. “Teremos voos de Punta Arenas, no Chile, até a King George Island”, diz Amyr. Com isso, os viajantes evitam a turbulenta passagem em que os oceanos Atlântico e Pacífico se encontram. Mesmo assim, se algum corajoso quiser fazer a travessia, poderá fazê-la na primeira viagem de ida ou na última de volta, provavelmente em março. O preço ainda não foi fechado, mas segundo a empresa Latitudes deve ficar em torno de 30 mil dólares por pessoa, e não inclui as passagens aéreas do Brasil até Santiago. É importante que os viajantes tenham agendas flexíveis, já que nem sempre o tempo permite que as viagens, as aéreas ou as marinhas, sejam feitas nas datas previstas.

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BARco ideAl: considerado o melhor tipo de embarcação para as condições locais, o Paratii 2 permite chegar a locais que nunca são visitados; o pinguim imperador e outros animais podem ser avistados

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iMPoNeNTe: geleiras e icebergs gigantescos; as filhas de Amyr Klink ainda meninas em Parati e explorando a Antártica

roTEIro rESUmIdo dia 1 Embarque para Punta Arenas via Santiago. Chegada e transfer para o hotel. dia 2 Passeios em Punta Arenas ou embarque direto para a Antártica, se o tempo permitir. dia 3 O voo fretado parte de Punta Arenas até a base chilena Frei, em King George Island, uma das ilhas do arquipélago Shetland. Embarque no Ice Rib, barco de apoio do Paratii 2. O início da jornada já permite observar a fauna exuberante em terra, mar e ar, as montanhas de rocha nua cobertas de neve, os glaciares e icebergs de gelo vívido. dia 4 Navegação e chegada a Dorian Bay, local em que Amyr invernou sozinho entre 1989 e 1990. dias 5, 6 e 7 Passeios a partir de Dorian Bay a bordo do Ice Rib. Praias distantes, geleiras, icebergs, pinguins, focas, aves e leões-marinhos, além de, possivelmente, jubartes, minkse ou orcas. dia 8 Saída de Dorian Bay em direção às ilhas Argentinas, onde se encontra a Base Ucraniana Vernadsky. dias 9, 10 e 11 Passeios pelos arredores de Vernadsky, local com muitos lugares fascinantes e pouco visitados por causa da inadequação das embarcações. dia 12 Navegação em direção a Paradise Bay ou Melchior Archipelago, pontos de beleza única e seguros para ancorar. dia 13 Viagem para Deceptcion Island ou Half Moon Bay. dia 14 Regresso até a base aérea Frei e embarque a Punta Arenas. dia 15 Embarque de Punta Arenas para Santiago. iNFoRMAÇÕeS: antartica@latitudes.com.br ou pelo telefone 11-3045-7740. www.latitudes.com.br

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o NaVEGador rEcomENda Antes de embarcar, afirma Amyr Klink, é bom entrar no clima. Além das reuniões que serão feitas com os grupos de viajantes, ele sugere uma lista de livros interessantes sobre o tema. No coração do mar Nathaniel Philbrick Cia. das Letras Relato do naufrágio do baleeiro Essex.Os tripulantes ficaram a deriva durante três meses. A pior viagem do mundo Aspley Cherry-Garrard Cia. das Letras A última expedição de Scott à Antártica entre 1910 e 1912. Prefácio de Amyr Klink. endurance Caroline Alexander Cia. das Letras Viagem de Shackleton à Antártica em 1914. dicionário do mar Sérgio Cherques Ed. Globo História das navegações, embarcações. Conhecimentos de cartografia, oceanografia, construção naval e meteorologia. o último lugar da terra Roland Huntford Relato das expedições de Amundsen e Scott.

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POR DENTRO DO CAMPO

POR SYLVIO TELLES

POR UM GRAMADO SAUDÁVEL

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odos queremos ter um gramado saudável e sempre verde, ao longo do ano. Com temperaturas mais amenas, não raramente observamos manchas, muitas vezes confundidas com urina de cachorro. Essas manchas são causadas comumente por patógenos, em sua maioria fungos que causam dano à paisagem, comprometendo a qualidade do “tapete verde”. Vamos falar um pouco sobre os fungos mais comuns, pois fatalmente todos já nos deparamos com eles, inclusive em jardins residenciais. Antes, vale lembrar, a doença é fruto de três fatores que interagem: 1) Susceptibilidade da planta 2) Condição favorável de clima, temperatura e umidade, por exemplo 3) Patógeno – Agente causador Brown patch Ocasionada pelo fungo Rhizoctonia solani, é doença comumente encontrada em gramados residenciais, cuja necrose é normalmente confundida com urina de cachorro. São manchas circulares que aumentam de diâmetro na ausência de controle efetivo.

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Fairway Ring Popularmente conhecida como anel de bruxa, a infestação é causada por basidiomicetos de mais de 50 tipos diferentes. Pode se manifestar de três formas distintas, nas quais aumenta circularmente: • Anel com necrose circular seca; • Anel com necrose circular verde-escura; • Anel com necrose circinal verde-escura e com “guarda-chuvas” ou “chapéus” de cogumelos de forma circular. Spring Dead Spot Essa doença é ocasionada pelos fungos Ophiosphaerella korrae, O. namari e O. herpotrichae. Aparece na primavera, quando as condições ideais para o desenvolvimento deles ocorrem. É considerada a mais séria doença da grama bermuda. Dollar Spot Comumente encontrada em gramados esportivos e residenciais, a doença Dollar Spot é causada pelo fungo Sclerotinia homoeocarpa. A necrose se caracteriza por manchas circulares secas do tamanho de uma moeda, daí a origem do nome.

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Mini Ring Mais comum em greens, essa doença está tirando o sono de muitos greenkeepers pelo mundo, pois é de difícil controle. É uma doença relativamente nova e está sendo estudada por pesquisadores especialistas. É causada pelo fungo Rhizoctonia zeae e o seu controle consiste em aplicações preventivas de fungicidas ao longo do ano. Obtendo-se o histórico de doenças de determinado gramado, podemos traçar um plano de ação específico, pois é cientificamente provado que as condições de temperatura e de horas de umidade sobre as folhas proporcionam o aparecimento de determinado fungo. Dessa forma, podemos traçar três linhas de trabalho: 1) Alterar as condições ideais de desenvolvimento do fungo ao remover o orvalho com rega ou com um vara, por exemplo. Esse procedimento reduz o tempo de umidade sobre a folha, fator que favorece o desenvolvimento do fungo. 2) Aplicar fungicidas preventivos com um adequado programa de aplicações. 3) Evitar estresse ao gramado com cortes excessivamente baixos por longos períodos. Como qualquer ser vivo, o gramado necessita de energia acumulada e resistência para combater o agente patógeno. Se o gramado estiver submetido a condições extremas, fatalmente o dano será maior.

Acima: aspecto de anel de bruxa em grama bermuda e detalhe do sintoma com lupa Abaixo: aspecto de mini Ring em greens e detalhe do sintoma com lupa

A maior pressão de ataque de fungos ocorre no outono e na primavera, períodos em que as temperaturas são mais amenas e ainda há umidade atmosférica. Tais condições favorecem o aparecimento desses patógenos. É, ainda, justamente nesta época que os gramados brasileiros entram em dormência, ou seja, o restabelecimento é lento. Nesse período, é fundamental o fornecimento, em quantidade adequada, de fertilizantes e o aumento da altura de corte da grama, principalmente a dos greens. Dessa forma,o jogador nota, na velocidade do green, as medidas preventivas adotadas para se proporcionar menor impacto e maior capacidade de defesa. A velocidade de rolagem se torna mais lenta, porém, pode ser amenizada com a aplicação do rolo específico. Nos greens do campo da Fazenda da Grama, no período de outono e de inverno, elevamos a altura de corte, justamente a fim de garantir a sanidade e a qualidade, que nem sempre se medem pela velocidade extrema.

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PERFIL

EM BUSCA DA PROFISSIONALIZAÇÃO Axell Gustavo Balestre dos Santos, starter do Fazenda da Grama, participou do 83o Campeonato Amador de Golfe do Brasil

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o início de julho, o starter do Fazenda da Grama, Axell Gustavo Balestre dos Santos, de 21 anos, participou do 83o Campeonato Amador de Golfe do Brasil, que foi realizado no Alphaville Graciosa Clube, em Pinhais, no Paraná. Mais de 90 golfistas brasileiros e de outros nove países da América Latina tiveram a oportunidade de disputar o torneio, vencido pelo carioca André Tourinho, sétimo colocado no ranking amador masculino. Apesar de não ter obtido um bom resultado – ele não passou da fase de corte –, Axell, que mora em Campinas, garante que a experiência foi 100% válida. “Pretendo me profissionalizar para poder jogar pelo Fazenda da Grama, mas sei que ainda preciso ganhar mais experiência, por isso ter feito parte da competição foi ótimo. Lá pude ter uma visão diferente do jogo, conversar com outros competidores e também aprimorar minha técnica.” O starter ressalta, ainda, a importância de conhecer novos campos. “Nos acostumamos a jogar apenas no nosso campo, onde conhecemos cada buraco. Quando vamos para outros, saímos um pouco da zona de conforto, e essa vivência é fundamental para quem quer ser profissional.” Antes deste torneiro, o golfista campineiro havia participado do Faldo Series South America Championship 2011, realizado do Damha Golf Club, na cidade de São Carlos. Na ocasião, ficou na 23o posição.

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História Axell começou a jogar golfe há apenas três anos e meio. O interesse veio depois que ele foi trabalhar como caddie no condomínio Fazenda da Grama. “Nunca tinha tido contato com o golfe, mas, por conta do trabalho, comecei a me envolver e resolvi treinar. No início eu observava outros jogadores e assistia a vídeos na internet.” Mais tarde, o starter também passou a receber instruções do Head Pro do Fazenda da Grama e PGA profissional, Kevin Bulman. “O Axell ainda tem pouca experiência, no entanto, ele tem um tremendo potencial e talento. Se ele continuar a trabalhar duro com os pequenos detalhes de seu Swing e posição de impacto, terá grande sucesso como jogador profissional”, afirma o orientador. E acrescenta: “Ele foi abençoado com uma ótima capacidade física, tem uma grande velocidade na cabeça do taco e explosão para impacto na bola. Isso é algo que nenhum professor pode ensinar”. Atualmente, o golfista amador treina três vezes por semana – às segundas, terças e quartas-feiras –, durante cinco horas por dia. Além de buscar a profissionalização, ele pretende dar aulas de golfe. “Estou no primeiro semestre do curso de educação física da Faculdade Max Planck, em Indaiatuba. Minha meta de futuro é um dia poder jogar o PGA Tour , finaliza ele.”, finaliza ele. TalenTo promissor: o PGA Kevin Bulman prevê um grande futuro para Axell Gustavo Balestre

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NOVOS VOOS ENTREVISTA

O piloto Cadu Valle inicia carreira de cantor com a ajuda da dupla Fernando & Sorocaba Por Renata Turbiani

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os 35 anos, Cadu Valle resolveu deixar o céu um pouco de lado e se concentrar na terra, ou melhor, nos palcos. Apaixonado por música desde pequeno, o sócio da CFLY Aviation, empresa de aviação executiva, está prestes a realizar o maior sonho: tornar-se um cantor sertanejo de sucesso. Para ajudálo a decolar na nova carreira, contratou o escritório FS Produções Artísticas, da dupla Fernando & Sorocaba, que empresaria também o grupo Inimigos da HP e as duplas Marcos & Belutti e Thaeme & Thiago. E a parceria tem dado resultados: Cadu gravou o primeiro álbum, batizado de “Em Algum Canto do Brasil”, e tem feito vários shows no interior de São Paulo e em diversas cidades do Paraná. “Lá as pessoas já me reconhecem nas ruas, pedem autógrafo, para tirar fotos e cantam minhas músicas nos shows.” A apresentação de estreia do piloto cantor como artista profissional aconteceu em junho, em uma festa realizada no Fazenda da Grama. “Foi um show incrível, as pessoas estavam bastante animadas, e por ser o primeiro contratado, vai ficar para sempre na minha memória.” Outro momento inesquecível foi quando os “padrinhos” Fernando & Sorocaba o chamaram para subir ao palco com eles. “Devia ter umas 20 mil pessoas na plateia, mas acho que me saí bem. Foi um momento de descontração e muito divertimento”, comemora Cadu Valle. Fazenda da Grama - Por que você decidiu virar cantor? Cadu Valle - Eu canto desde criança, e sempre tive a música como um hobby, mas agora resolvi me lançar profissionalmente. Na época do colégio até tive uma banda com alguns amigos. Tocávamos em festas e rodeios, e nosso repertório era bem variado, ia do rock até a MPB, passando pela bossa nova e pela country music. Com o tempo iniciei outra carreira, na aviação, mas a música nunca deixou de ser uma paixão. Aí, em 2011, comecei a pensar mais seriamente no assunto, e muitos amigos diziam que eu devia ir atrás desse sonho. Resolvi encarar. E por que a escolha do sertanejo, já que você também gosta de rock, MPB e bossa nova? Realmente gosto de muitos estilos, mas o sertanejo sempre esteve presente na minha vida e na minha formação de cultura musical. E eu cresci em fazenda, então acabei tendo muito contato com este tipo de música. Escutei muito Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó e Tonico e Tonico. Após decidir começar a nova carreira, qual foi seu primeiro passo? Quando decidi que queria me tornar cantor profissional, procurei

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um amigo de longa data, o Fábio Fakri, que é empresário da dupla Fernando & Sorocaba, e também primo do Sorocaba. Ele marcou uma reunião com eles. No dia, os três ficaram mais de uma hora falando mal da profissão, dizendo que é uma carreira difícil e sacrificada. Quando terminaram, eu perguntei: “Mas e aí, quando começamos?”. Contratei o escritório deles, o FS Produções Artísticas, para me assessorar. E nessa hora não te deu medo por estar se arriscando em uma nova profissão? Não tive medo, até porque estou fazendo algo em que acredito. E estou em um momento da minha vida em que dá para fazer isso. Algumas pessoas chegaram a me falar que era tarde para virar cantor. Na comparação com outros cantores, é tarde sim. Normalmente, eles começam com 15, 16 anos. Comigo está sendo diferente, fui fazer outras coisas primeiro. Construí uma carreira na aviação, que é outra paixão, e agora estou tendo a oportunidade de entrar para o mercado da música. Acredito que nunca é tarde para correr atrás de um sonho, não existe data para isso, e também não quero chegar aos 90 anos e pensar: “Puxa, deveria ter feito”. Como está a sua rotina? De segunda a quinta-feira fi co no escritório, sexta e sábado faço shows. Por enquanto está dando para conciliar. Em alguns finais de semana, quando preciso voar, não marco shows, mas se já tenho algum agendado e aparece um voo, outro piloto me cobre. E quando não der mais para conciliar as duas coisas, o que pretende fazer? A partir do momento em que ficar complicado, terei de optar. Mas vou esperar chegar essa hora. Fora que hoje tenho uma estrutura que me permite fi car um mês fora, por exemplo. Outros pilotos podem me cobrir sem problemas. Qual foi a estratégia que o escritório FS Produções Artísticas elaborou para você? O primeiro passo foi definir qual caminho eu iria seguir. Depois, para sentir o clima dos shows, o Fernando e o Sorocaba me convidaram para acompanhar algumas apresentações deles. Já na primeira, em Umuarama, no Paraná, o Wando tinha acabado de falecer, e no hotel ficamos tocando violão e cantando algumas músicas dele. No meio do show, o Sorocaba falou que o sobrinho do Wando estava lá e que iria cantar uma música com eles. Lembro que pensei: “Nossa, que bacana”. De repente o Fabio Fakri me empurra e fala: “O sobrinho é você, vai lá”. Você foi? Fui sim. Já subi no palco com o microfone na mão. Devia ter umas 20 mil pessoas na plateia. Cantamos “Fogo e paixão”, do Wando.

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Antes disso já tinha subido para cantar com outros amigos, só que em shows menores. Mas foi superbacana, descontraído. Acho que foi mais um teste que eles fizeram comigo, para ver como eu me sairia diante de tanta gente e para conhecer melhor a minha voz. Voltando à estratégia... Então, o Sorocaba ajudou a definir meu estilo. Depois disso, chamou o compositor Caco Nogueira, que é um nome bastante conhecido entre as duplas sertanejas do país. Nós três viajamos a Paraty, para que o Caco me conhecesse melhor antes de compor. Contei algumas histórias para ele e disse que queria uma música que falasse de várias cidades brasileiras, já que como piloto eu sempre viajei bastante. Daí saiu “Em algum canto do Brasil”, a canção de trabalho e que dá nome ao meu primeiro álbum. Ele também me apresentou músicas que já tinha prontas. Recusei algumas e aceitei outras. Por que recusou? Tenho 35 anos, sou casado há nove e pai de duas meninas, uma de 7 e outra de 5 anos. Meu negócio não é cantar tchu-tchá. A música precisa encaixar na interpretação do artista, e quero cantar apenas o que combina comigo. As pessoas dizem que canto sertanejo universitário, mas acho que faço um sertanejo pop. Seu primeiro álbum foi lançado neste ano, certo? Foi lançado há alguns meses, mas ainda de forma independente. Demoramos mais de um ano para acertar todas as músicas e gravar. São 11 faixas, nove do Caco Nogueira, uma do Sorocaba e uma da dupla Filipe & Guilherme, de Bragança Paulista. Cantamos essa faixa juntos, inclusive. Mas este primeiro CD, como diz o Sorocaba, é mais um teste. Não dá para acertar tudo logo de cara. Pensa em gravar com Fernando & Sorocaba? Temos planos de gravar juntos, mas eles dizem que tudo tem a sua hora. Primeiro preciso ganhar experiência e fazer a minha curva de aprendizado. E como está sendo a sua preparação para essa nova carreira? Estou fazendo aulas de canto, coisa que nunca tinha feito. A voz é um músculo e precisa de exercícios, senão não aguenta a maratona de shows. Preciso me preparar. E também estou exercitando a composição. Seu primeiro show contratado foi no Fazenda da Grama. Como foi essa experiência? Foi ótimo, e vai ficar marcado para sempre. O show aconteceu no dia 15 de junho. No mesmo dia ainda fiz outras duas apresentações. A primeira foi em uma festa junina do Colégio Santo Américo, em São Paulo, e o segundo foi uma participação em um evento de um empresário da área musical. Mas o show no Fazenda da Grama foi muito divertido. O pessoal estava superanimado. A maioria dos seus shows tem acontecido no Paraná. Por que lá? O Fernando e o Sorocaba começaram no Paraná. Eles dizem que no início da carreira é preciso focar em uma região, e lá eles conhecem muita gente, têm muitos contatos. O Paraná se tornou um celeiro da música sertaneja. O Sorocaba costuma dizer que se der certo lá, vai dar no país todo. Onde você tem se apresentado? Por enquanto são shows menores, em clubes e boates de música sertaneja. Mas os contratantes fazem ampla divulgação nas rádios.

Outro dia fizemos uma ação bacana: “Voe com o Cadu Valle”. Nove ouvintes foram sorteados. Levei três por vez para fazer um voo comigo, foi ótimo. Também tenho feito muitos shows corporativos. E quando virá para São Paulo? Tenho um show agendado em São Paulo. Será no dia 28 de agosto no Na Mata Café, no Itaim Bibi. As pessoas já te reconhecem na rua? No Paraná sim. Lá já dou autógrafos e os fãs pedem para tirar fotos. Nos últimos shows do Fernando & Sorocaba, que participei, cantei minha música, e as pessoas têm cantado junto. É muito bacana isso. Para finalizar, como foi a gravação do videoclipe? Ah, foi ótima. Gravamos o clipe da música de trabalho “Em algum canto do Brasil”. O diretor foi o Alex Batista, que também trabalha com o Luan Santana. Minha ideia inicial era gravar em todas as cidades citadas na música, mas isso ficaria inviável financeiramente. Acabamos escolhendo um único cenário, a fazenda de um amigo, perto de Campinas. Fiquei à vontade durante as filmagens e o resultado foi excelente. É um vídeo bem divertido.

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SOCIAL

O LADO ROSA DE PARAISÓPOLIS Voluntários do Hospital Albert Einstein deixam sua marca na comunidade paulistana Por Renato Machado Fotos Vivian Lins

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ostume internacional, o jaleco rosa identifica de longe os voluntários a serviço da comunidade de Paraisópolis. Representando o nome e a tradição do Hospital Israelita Albert Einstein, mulheres e homens se dedicam a atender a população carente da segunda maior comunidade de São Paulo − de acordo com o IBGE, são cerca de 63 mil moradores. O Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis, mais conhecido como PECP, serve a região desde 1997, comandado pelo Departamento de Voluntários do hospital. Inicialmente, o projeto atuava como um ambulatório médico, atendendo crianças. Com o passar dos anos − e com a insistência do voluntariado −, o PECP ampliou seus serviços e voltou os olhos também para a questão social e de formação cultural dos jovens que por ali passavam. Essa foi uma bandeira levantada desde o início pela presidente do voluntariado do hospital, Telma Sobolh. “Eu fiz pedagogia, o que me ajudou muito a realizar o trabalho em Paraisópolis. Por conta de uma visão mais global, a gente insere atividades socioeducativas.

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Tranquilidade para brincar: as crianรงas participam de atividades de lazer

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Essa parte é muito importante na formação da criança”, explica Telma, que há 18 anos lidera o grupo. O trabalho duro dos voluntários do PECP se intensificou durante a expansão física do projeto. “Tudo o que temos hoje foi construído em apenas três anos. A gente trabalhou demais para isso. Foram shows do Roberto Carlos, Elba Ramalho, Carlinhos de Jesus; toda a venda da sucata que restava do lixo do hospital; fazíamos o jantar do chef, com médicos na cozinha e como garçons. Naquela época, eu trabalhava todos os dias, das 7h às 20h. Se tinha evento eu saía mais tarde ainda”, conta ela. Atualmente, o PECP possui 3.500 metros quadrados de área construída, em um terreno de 5.500.

dedicação ToTal: há 27 anos no Departamento de Voluntários do Albert Einstein, Telma Sobolh percebeu a importância de oferecer programas socioeducativos

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O PECP O trabalho do PECP se divide entre a área social, com o Centro de Promoção e Atenção à Saúde (CPAS) e médica, e com o Ambulatório Paraisópolis (AMPA). Em 2012, o programa atingiu a marca de 320 mil atendimentos, com um investimento anual do Hospital Albert Einstein na casa dos R$ 21 milhões. No CPAS, são oferecidas oficinas culturais de música, teatro, saraus e inclusão digital, aulas complementares para crianças matriculadas em escolas públicas da região, práticas esportivas, serviço social, além do foco na capacitação do beneficiário. Nesses projetos, jovens e adultos da comunidade têm a possibilidade de se qualificar para o mercado de trabalho, com cursos de manicure, maquiagem, cabeleireiro, gastronomia e moda. “Quando você passa pelas salas, dá para

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Tirando as dúvidas: mães e seus bebês dividem sala de aula no PECP

infraesTruTura e organização: o espaço inclui biblioteca, computadores, quadra esportiva e salas de capacitação

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um bom começo: a voluntária Elisabete Baltazar destaca a importância da assistência pré-natal

ver tudo acontecendo. Cada grupo faz uma atividade diferente, com pessoas diferentes. Muita gente passa por aqui”, orgulha-se Lídio Moreira, coordenador de projetos comunitários do PECP, ao apresentar a turma de culinária para diabéticos. Já na AMPA, a recepção se restringe a crianças de 0 a 14 anos. Com todo o aparato e know-how do Hospital Albert Einstein, o ambulatório faz anualmente cerca de 140 mil atendimentos. Neles, os pacientes podem contar com a assistência médica ambulatorial especializada e até mesmo uma farmácia completa. A divisão entre social e saúde existe, mas Lídio deixa claro que os dois ramos caminham juntos pelo bem da comunidade. “A gente tem o Núcleo de Saúde Integrado, que serve para os dois lados. Se um educador percebe algo de diferente com uma criança − ou o médico nota que falta alguma coisa −, a gente tem a possibilidade de direcioná-la para os profissionais especializados”, explica. O Núcleo de Saúde Integrado inclui Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Psicopedagogia, Farmácia, Nutrição e Terapia Ocupacional. Também faz parte do Núcleo o Programa Materno Infantil. MãEs E filhOs A falta de informação e despreparo comuns a mães de primeira viagem não acontece com as gestantes de Paraisópolis cadastradas no PECP. Além do acompanhamento médico, elas recebem aulas ministradas por profissionais especializados, com o intuito de sanar questionamentos que surjam ao longo da gestação. “Você vê dúvidas das outras meninas que nem imaginava ter, daí a gente tira juntas. Nem sei como seria sem os cursos”, conta a copeira Jucilene Melo, de 25 anos. Soma-se à atenção durante a gestação a vantagem de a criança nascida sob os cuidados da PECP possuir o aparato do projeto até os 3 anos de idade. Grávida de cinco meses do terceiro filho, Jucilene não

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esquece o amparo dos voluntários em sua primeira gestação, com apenas 14 anos. “Eu era muito nova, nem esperava tanto apoio como eu tive”. O acolhimento dos voluntários é essencial no processo, conta Elisabete Baltazar, vice-coordenadora do grupo de gestantes do PECP. “Esse tempo que as mães têm com a gente é muito importante porque, muitas vezes, elas se abrem com os voluntários e não em sala. É aqui que elas terão esse trato mais humano”. Há dez anos nos programas do Hospital Albert Einstein, Elisabete brinca com a importância da sua área: “Tudo começa aqui. Sem a gestação não tem esporte, não tem teste vocacional, porque não tem a criança”. Ela também reforça a questão do dom para o voluntariado. “Não adianta vir aqui com outros objetivos. A gente vem porque gosta, porque ama o que faz.” E complementa: “Os voluntários do Albert Einstein são extremamente profissionais. Você é voluntário, mas deve cumprir suas tarefas, não pode ficar faltando. É um trabalho muito bonito”. Atualmente, 440 pessoas integram a família dos voluntários do Hospital Albert Einstein, divididos nas quatro unidades do grupo (Morumbi, Paraisópolis, Vila Mariana e M’Boi Mirim).

aonde o povo esTá: o programa, que inclui educação e assistência médica, está no coração de Paraisópolis

Para vEstir O jalECO Aos interessados em entrar para o grupo de voluntários da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, basta ter mais de 21 anos e assistir a uma palestra introdutória. Para saber datas e horários, acesse: http://migre.me/fzF8R. Ou agende sua participação por meio do telefone (11) 2151-3580. Neste mesmo número é possível fazer contribuições em dinheiro. Para doar roupas, brinquedos, móveis etc., envie com seu nome e endereço para Av. Albert Einstein, 627/701 – Morumbi – São Paulo; CEP: 05652-900.

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NOIVA E BRINCADEIRA

F E S TA J U N I N A

O Arraiá da Grama, no dia 19 de junho, teve tudo o que pede uma boa festa junina: quadrilha, casamento caipira, música de sanfona e pescaria. As comidinhas também fizeram um sucesso enorme com as crianças, que degustaram algodão doce, maçã do amor, canjica e outros quitutes juninos.

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1. Quadrilha 2. Helen 3. Clara 4. Aiymi e Patricia 5. Mateus,Lucas,Vitoria, Julia,Rafael e Clara

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6 6. Adriana,Claudia e Santa 7. Sergio e Fabiana 8. Erick,Lucas,Valentina,Matheus e Dudu 9. Valentina, Lucas,Vitoria e Julia 10. Leticia e Matheus 11. Fhilip 12. Leticia, Mateus,Vitoria, Rafael,Clara, Francisco, Lucas, Valentina

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13. Luiza, Ana e Paulo Ronaldo 14. Fernanda,Maciotro e Avo 15. Matheus 16. Valentina,Tobias e Pietro 17. Leticia 18. Clara,Marina,Nicoli e Sergio e Equipe de Recreação 19. Clara, Helen, Lorena, Julia, Sofhie e Nicole

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A TAÇA CONTINUA

TA Ç A E N G . OSCAR AMERICANO DE CALDAS FILHO

1. Marcelo Semeoni e Alfredo Breda. 2. Ricardo C. Pavan, Yara Pavan, Beatriz Do Valle e Numa Do Valle. 3. Luiz Guilherme Frisoni, Geraldo Vieira, Paulo Ronaldo e Antonio Palma. 4. Luigi Valentino, Ralph Rocha, Luis Fernando Araújo, Rogério Picanço e Rony Blinder. 5. Rony Blinder, Abraham Graicar, Roberto De Pietro e Rubens Martire. 6. Marcelo Semeoni, Alfredo Breda e Gilberto Jordan. 7. Carlito Fonseca, Marcelo Semeoni e Clybas Ferraz.

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No dia 17 de maio, uma sexta-feira, jogadores da Fazenda da Grama e da Quinta da Baroneza disputaram a tradicional Taça Engº Oscar Americano de Caldas Filho, uma homenagem ao personagem que faz parte da história dos dois clubes. O torneio foi feito em formato de equipes jogando match play com 12 duplas de cada time, considerando a melhor bola net de cada uma. A Fazenda da Grama manteve a posse da taça: somou 14 pontos, contra dez da concorrente.

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8. Luis Henrique Araújo 9. Gustavo Belluzzo, Diogo Pereira, Roberto Rappa, e Marcelo Pregnolatto 10. Ivan 11. Ivan, Alfredo Breda, Roberto Reichert e Axell Balestre 12. Carlos Eduardo Vilella, Luis Henrique Araújo, Clybas Ferraz e Fernando Lomonaco13. Rogério Picanço, Walter Ferreira, Ralph Rocha e Max Raposo 14. Frederico Benite, Giuseppe Aita, Sergio Del Porto e Luciano Leo Jr.15. Fernando Pascoal 16. Axell Balestre

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PRONTOS PARA A FINAL

A Taça Mensal realizada no sábado, dia 22 de junho, teve um sabor especial para os vencedores. A disputa definiu as duplas que jogarão a final do Nespresso Trophy 2013, dia 20 de setembro, no São Fernando Golf Club. Os vencedores da última etapa ganharão uma viagem de três dias para San Sebastian, Espanha, onde conhecerão o lendário golfista José María Olazábal. Silvia Nishi e Massami Uyeda Jr. venceram na categoria A , seguidos por Alexandre Martins e Gilberto Pereira. Na categoria B, Cláudia e Beto Rappa foram campeões; e Pedro Sapag e Roberto Araujo, vice-campeões.

TA Ç A M E N S A L NESPRESSO 22/06/2013

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Tasso Pereira Mario Lima Tom Zé Dias Rogério Picanço Giampaolo Michelucci e Claudio Raupp Clara e Giampaolo Michelucci

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7. Nespresso 8. Pedro Martins 9. Reinaldo Piscopo 10. Massami Jr. 11. Massami Jr. e Silvia Nishi 12. Paulo Ronaldo e Geraldo Vieira

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C A P TA I N S CUP

1. Jogadores aquecendo no Drive Range 2. Giampaolo Michelucci 3. Reinaldo Piscopo, Cacá Vieira e Geraldo Vieira 4. Jackson Silva e Beto Dias 5. Flávio Lattes 6. Alfredo Breda e Massami Jr.

ABERTURA ANIMADA O calendário de torneios de 2013 começou em grande estilo, dia 9 de março, com o Captains Cup. O anfitrião e capitão Alfredo Breda recebeu os golfistas para a disputa, realizada em duas categorias, handicap de 0 a 18 na modalidade stroke play e categoria 19 a 36 em stableford. Na categoria B, Jackson Silva foi o campeão, com 40 pontos, seguido de Claudia Rappa, com 37. Na A, Fernando Lomonaco venceu com 62 net , seguido por Tom Zé, com 63 net.

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7. Paulo Ronaldo 8. Cacá Vieira 9. Freddy Giorgi, Sergio Del Porto, Ricardo Tannus e Luciano Leo 10. Fernando Lomonaco, Luis Henrique Araújo, Mario Lima e Pedro Vergani 11. Reinaldo Piscopo 12. Freddy Giorgi 13. Claudio Raupp e Giampaolo Michelucci

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14. Alexandre Martins, Jackson Silva, Tasso Pereira e Beto Dias 15. Gonzalo Cassarino e Ralf Hakim 16. Hiroe Wakabayashi, Beatriz R. do Valle e Silvia Nishi 17. Celso Ogawa, Glenn Peebles e Jackson Silva 18. Massami Jr, Ricardo Sapag, Masafumi Wakabayashi, Rony Blinder, Alfredo Breda e Freddy Giorgi

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19. Ricardo Sapag, Beto Dias, Franklin Gindler, Pedro Vergani, Massami Jr, Luis Henrique AraĂşjo e Fernando Lomonaco 20. Ricardo Tannus e Freddy Giorgi 21. Carlos Ernanny, Paulo Ronaldo, Geraldo Vieira, Alexandre Martins, Reinaldo Piscopo e CacĂĄ Vieira 22. Luciano Leo, Ricardo Tannus, Freddy Giorgi e Sergio Del Porto 23.Beatriz Giorgi, Shigueko Sako, Mariana Ogawa, Hiroe Wakabayashi, Yara Pavan, Claudia Rappa, Marina Leo, Beatriz R. do Valle, Silvia Nishi e Vera Breda

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CLUB CHAMPIONSHIP

OS MELHORES

O Club Championship 2012, realizado em 23 e 24 de fevereiro por causa das chuvas, elegeu os melhores golfistas do clube. Único torneio disputado na categoria Gross em 36 buracos, teve como vencedora, na categoria feminina, Marina Leo, com 146 net, seguida por Claudia Rappa, com 155 net. Na categoria net masculino, Ricardo Casali Pavan jogou 136 net, sagrandose campeão, seguido pelo vice Rony Blinder jogando, com 143 net. Na categoria Gross feminina, a campeã foi a capitã Silvia Nishi, com 164 gross, seguida por Hiroe Wakabayashi, com 169 gross. Já na categoria Gross masculina, Sergio Fernandes, que estava por um put de 4 jardas para o título no buraco 18, acabou levando a disputa com Glenn Peebles para o play off no buraco 1. Sergio Fernandes sagrouse campeão Gross com um lindo birdie no play off do buraco 1, seguido por Glenn como vicecampeão, ambos jogando 156 gross.

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8 1. Alfredo Breda e Mario Lima 2. Alfredo Breda 3. Massami Jr. 4. Tom ZĂŠ Dias, CacĂĄ Vieira, Alexandre Martins e Jackson Silva 5. Carlos Ernanny, Paulo Ronaldo e Alexandre Legey 6. Paulo Ossamu e Patricia Ossamu 7. Sergio Fernandes. 8. Fernando Lomonaco. 9. Tuca Gantus 10. Silvia Nishi 11. Thiago Marques e Carlos Otero. 12. Marina Leo, Silvia Nishi, Hiroe Wakabayashi, Claudia Rappa, Vera Breda e Adriana Martire

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TA Ç A A L U I Z I O REBELLO DE ARAÚJO

PARABÉNS AOS CAMPEÕES

Torneio de maior destaque do ano, a Taça Aluizio Rebelo de Araújo foi realizada no dia 25 de maio com duplas formadas por um associado e um convidado jogando best ball. Aluizio Rebello de Araújo discursou durante a premiação, que teve como destaques Tuca Gantus e Carlos Rea, campeões com 61 Net. A dupla vice-campeã foi Beto Dias e Marcio Oliva, com 62 Net, seguidos por Pedro Vergani e Antonio Junqueira, com 64 Net. Paulo Ronaldo ganhou o Near Pin no buraco 11.

1. Aproach no buraco 18 2. Roberto de Pietro 3. Pedro Sapag, Ernani Araújo, Roberto Rappa e Daniel Simeoni 4. Pedro Vergani, Antonio Junqueira, Alfredo Breda e Eduardo Meirelles 5. Fernando Motta e Alexandre Martins 6. Tuca Gantus 7. Roberto de Pietro, Jackson Silva, Luciano Leo e Alvaro Cesar de Oliveira

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11 8. Wagner De Angelis, Mario Lima, Fabio Machioni e Roberto Dhelomme 9. Marcelo Varella, Flรกvio Lattes, Ruy Dias e Fernando Lomonaco 10. Alexandre Martins 11. Flรกvio Lattes 12. Fernando Motta, Alexandre Martins, Tuca Gantus e Carlos Rea 13. Carlos Rea 14. Elizabeth Yoshida, Mariana Ogawa, Vera Breda e Lucila Andrade 15. Fernando Lomonaco

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TA Ç A ALUIZIO REBELLO DE ARAÚJO

16. Alfredo Breda e Aluizio Rebello de Araújo 17. Tom Zé Dias, Beto Dias, Giovane Gáveo, Fernando Motta, Marcio Oliva e Tuca Gantus 18. Alfredo Breda,Tuca Gantus e Aluizio Rebello de Araújo 19. Luis Henrique Araújo, Antonio Junqueira e Pedro Vergani 20. Troféus 21. Massami Uyeda, Beto Dias e Marcio Oliva

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M AT C H P L AY DUPLAS

DISPUTA ACIRRADA

A final do Match Play Duplas 2013 foi feita no dia 22 de junho, e teve como campe천es Marina e Luciano Leo Jr, que ganharam depois de uma forte disputa com Alexandre Martins e Gilberto Pereira.

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1. Luciano Leo Jr., Marina Leo, Alexandre Martins e Gilberto Pereira 2. Alexandre Martins 3. Gilberto Pereira 4. Gilberto Pereira e Alexandre Martins 5. Luciano Leo Jr.

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EVENTO SHOW C A D U VA L L E

2 AFINADO No dia 17 de junho, um sábado, o cantor Cadu Valle, revelação do sertanejo universitário, animou a noite no club house. Antes e depois do show, a música ficou por conta dos DJ’s Álvaro Araujo e Antonio Lati.

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4 1. Cadu Valle 2. Álvaro Araújo 3. Franklin Gindler, Nino Lucarelli e Marco Antonio Queiroz 4. Santa Napoli e Luigi Valentino 5. Vera Salles Oliveira, Carlos Eduardo R. do Valle, Aluizio Rebello de Araújo e Anna Helena Araújo.

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6. Ricardo Sapag, Luis Eduardo Araújo, Tuna Andrade e Eduardo Khouri. 7. Marco Antonio Queiroz, Fernando Lomonaco, Rubens Wagner e Alfredo Breda. 8. Luciano Julião, Maria Luiza Almeida, Maria Amelia Julião e Eduardo Vidal. 9. Mauricio Monteiro, Helena Pacheco Fernandez e Maria Elisa Araujo. 10. Maria Luiza, Silvia Nishi e Martha Vidal 11. Vera Salles Oliveira e Regina Figueiredo. 12. Ricardo e Maite Etchenique. 13. Ana Dacia Medicis da Silveira, Silvia Lucia Monteiro e Maria Luiza Almeida

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GRAMA NO MUNDO

DIAS MEMORÁVEIS NA MECA DO GOLFE Golf Week in St. Andrews deixa boas recordações e vencedores em duas categorias do torneio

A turma da Grama, formada por Reinaldo Piscopo, Pedro Martins, Geraldo Vieira e Sérgio Del Porto, na famosa ponte do buraco 18 do Old Course

Por Reinaldo Piscopo Fotos Kim Cessford

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ostaria de compartilhar com todos vocês, caros golfistas, a experiência que tivemos no primeiro semestre de 2013 em St. Andrews, na Escócia. Como é exigido para quem quer jogar no berço do golfe, a programação da nossa viagem começou em março de 2012. Nossa opção foi a de participar de um torneio amador com golfistas do mundo inteiro, chamado de Golf Week in St. Andrews, para experimentar a sensação de jogar e competir na meca do golfe e, ao mesmo tempo, não termos de nos preocupar com a dificuldade de marcar os tão concorridos tee times. O torneio Golf Week in St. Andrews é uma tradição da cidade e é jogado em cinco dias, nos principais campos da região: Kingsbarns Golf Links, Castle Course, Jubilee Course, New Course e no sonhado Old Course. Para organizar nossa viagem, tive uma “difícil” tarefa: encontrar mais três golfistas para integrar o foursome. Não demorou e já éramos oito. Eu, Pedro Martins, Geraldo Vieira e Sérgio Del Porto, formando o time da Grama, e Jorge Adati, Yuji Oiwa, Helvécio Silva e Valdir Bignardi, formando outra equipe de golfistas do Brasil. Início de abril de 2013, viagem se aproximando e a primavera na Europa estava somente no calendário. Ansiedade à parte, e com a preocupação de que o rigoroso inverno de 2013 pudesse atrapalhar nossos planos, dia 4 de abril estávamos lá: Guarulhos/Londres-Londres/Edimburgo. Na viagem de ida, já que teríamos uma escala em Londres, por que não aproveitar para um joguinho em terras inglesas para um warm up?

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Valdir Bignardi, Jorge Adati, Helvécio Silva e Yuji Oiwa posam em frente ao Club House do Old Course

Dia 6 de abril, o primeiro “compromisso”: Wentworth Golf Club, um espetacular campo situado a 30 minutos do Aeroporto de Heathrow, que já foi sede da Ryder Cup e recebe todos os anos uma etapa do PGA. Detalhe reconfortante: para quem estava com medo de jogar golfe na neve, tivemos uma tarde ensolarada com uma temperatura próxima dos 10 graus Celsius. Excelente início de viagem. Aquecidos e já no clima, dia 7 adentramos a Meca do Golfe. A recepção do torneio, no The Hall of Champions, sede social do Old Course, já nos dava uma dica do que iríamos encontrar. Jantar de gala, formalidade britânica e uma confraternização com aproximadamente 130 golfistas do mundo inteiro. Dia 8, café da manhã no hotel com neve caindo e se misturando com a paisagem do mar e do tee do 01 do Old Course. Algumas comprinhas rápidas antes do jogo nas lojas que circundam o hotel e já estávamos todos devidamente trajados para, se esse fosse o plano, uma bela manhã de esqui. Na hora da compra, ficamos em dúvida se seria necessário realmente comprar aqueles ‘’pequenos’’ casacos e calças de nylon para jogar golfe. Mas, confiando nos anfitriões, seguimos a sugestão. Todos devidamente encapotados e rumo ao primeiro dia do torneio: Kingsbarns Golf Links. Uma experiência ímpar. Estávamos lá, em um autêntico link course, muito vento e uma vista fantástica do campo, com o mar da Escócia se perdendo no infinito. O frio?!!! Nesse contexto ele até que passa despercebido, especialmente pela recepção no “bar de passagem’’, sempre com uma sopa quente e algumas doses de puro malte para esquentar o jogo. No dia 10, estreamos efetivamente no complexo de St. Andrews, com um jogo disputado na modalidade Four Ball Better Ball, no Jubilee Course. Nesse dia, à beira mar, temperatura de 3 graus Celsius (sensação térmica de -6) e com um vento característico, junto com um pouco de chuva, entendemos o trocadilho de que na Escócia se joga golfe também em dias de sol. No final do dia, que já estava esculpido na memória de cada um, um delicioso jantar oferecido pela organização do evento, em um restaurante estrelado Michelin, com direito a sete pratos acompanhados por sete diferentes e excelentes vinhos, e algumas pérolas que já começavam a marcar o grupo: “Não fala com a minha bola”; “Quem disse boa bola?”; “Sua auto-estima está ótima”; “Você parece minha mulher”... Entre outras. Isso também é golfe! Dia 12, e já no quinto dia de torneio, eis que nos vimos no

tee do 01 do tão sonhado Old Course. Parece exagero, mas a emoção realmente toma conta. Dar a primeira tacada em um campo com uma “pequena” história de mais de 600 anos, onde já triunfaram Bobby Jones, Seve Ballesteros, Jack Nicklaus e Tiger Woods, realmente é um privilégio. Lembro-me particularmente quando o starter veio falar conosco para passar algumas informações sobre o torneio, velocidade do jogo, dentre outras, e nos perguntou se já havíamos jogado no Old Course. Diante da nossa resposta, todos debutantes, o starter nos disse de maneira simples e resumida: “You are in the Old Course. Keep Left and Have Fun”. E assim fizemos, jogando, nos divertindo e meio que sonhando acordados. Que dia de golfe! Para o grand finale, os deuses do golfe ainda reservaram duas grandes surpresas para nossa história no Old Course: um primeiro lugar para nosso amigo Geraldo Vieira, na categoria Medal Champion Gross, e um primeiro lugar para mim, na categoria Stableford, em um jogo em que cada tacada – até aquelas não tão boas assim – foram vivenciadas com alegria e emoção. Enfim, a melhor viagem – de golfe! – da minha vida!

DICAS: quem tiver interesse em participar do Golf Week in St. Andrews, busque informações em www.standrewsgolfweek.com; e, para entrar no clima da viagem, assistam antes o filme Bobby Jones: Stroke of Genius.

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Flagrante A associada Claudia Rappa registrou um fugaz momento de contraste entre o verde da grama e o cĂŠu cinzento prĂŠ-tempestade, com o club house da Fazenda da Grama em perspectiva.

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