Notícias do Mar n.º 377

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Notícias do Mar

Economia do Mar

Texto Antero dos Santos

Novo Regulamento da Náutica de Recreio para Breve

Com o novo Regulamento da Náutica de Recreio a Marina de Lagos vai receber mais barcos de portugueses Finalmente, ao fim de 18 anos da náutica de recreio ter sido gravemente afectada pela legislação de um Regulamento da Náutica de Recreio aprovado em 1999, desmotivador da sua prática, vai ser aprovado um novo RNR.

L

ogo após ter tomado posse, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, começou a ser solicitada por diversos sectores para convocar o Conselho da Náutica de Recreio, cuja última reunião tinha sido em 2008, portanto há 10 anos. Aceitou e convocou para 11 de Maio de 2016 a reunião do Conselho da 2

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Náutica de Recreio. Desde essa primeira reunião que foram vingando as propostas dos representantes da ACAP/ APICAN, a associação das actividades económicas do sector náutico, para ser aprovado um RNR que fosse motivador da actividade e incentivasse novos praticantes. Recordamos que no

século passado a náutica de recreio tinha um bom RNR que proporcionava grande desenvolvimento. Nessa altura o RNR era muito diferente do actual e motivava bastante as actividades náuticas. Antes do ano 2000 vendiam-se e registavam-se largos milhares de barcos por ano e havia todos os

anos novos milhares de praticantes da náutica de recreio, à vela e a motor, para saírem de barco com a família, praticarem desportos aquáticos, ou pesca lúdica embarcada. Este desenvolvimento dava-se graças à Carta de Marinheiro existente nessa época, porque fomentava a iniciação à náutica de recreio. Para tirar esta


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Cobalt CS1 com motor interior poderá ser comandado com a Carta de Marinheiro

240 HP foi uma “Gralha” grave e está a mais

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o texto do artigo da Nauticampo 2018 da edição passada do Notícias do Mar, referimos como vitórias no novo Regulamento da Náutica de Recreio: 2 - A Carta de Marinheiro a partir dos 18 anos, aquela a quem se dirige a iniciação dos adultos, passa a permitir o comando de embarcações até os 12 metros de comprimento e se forem a motor, os barcos podem ter a potência até 240 HP.

Carta fazia-se um curso que no final permitia o comando de embarcações até 12,70 m de comprimento e com a potência máxima de 240 HP. Com estas habilitações, o novo praticante podia adquirir uma enorme variedade de embarcações à vela e barcos com motor interior ou fora de borda. As embarcações com motor interior tinham potências acima dos 135HP e eram, na maioria, barcos com volante, o motor

Pedimos as maiores desculpas aos nossos leitores, pois o texto correcto é o seguinte: 2 - A Carta de Marinheiro a partir dos 18 anos, aquela a quem se dirige a iniciação dos adultos, passa a permitir o comando de embarcações até os 12 metros de comprimento. Isto quer dizer que não há qualquer limitação de potência, ela será aquela que estiver adequada à embarcação e Registada como tal no Livrete do barco.

No Monterey 238 SS Surf com motor interior bastará o piloto ter Carta de Marinheiro 2018 Maio 377

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Com a Carta de Marinheiro a navegar até 10 mn de um Porto Abrigo e 3 mn da costa poderá comandar o Cranchi Z35 com motor interior

tapado com uma tampa, os bancos estofados e solário. Eram e são barcos excelentes também para a iniciação familiar. E

nesse sentido, formalizavam também o sonho de muitas senhoras, que por vezes eram as principais motivadoras na decisão

de compra. Elas precisavam primeiro de gostar do barco, da segurança que transmitia e do conforto que ofereciam.

Cobalt 25SC poderá ser pilotado com a Carta de Marinheiro 4

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Grande parte destes barcos, com dimensões para serem rebocados por estrada, facilmente eram levados nos atrelados até às albufeiras do interior, aos rios e aos portos de abrigo. Com motorizações até 240 HP, este tipo de barco apresentava-se como o ideal para a prática dos desportos aquáticos ou para levar a família a passear e navegar nas águas abrigadas e junto à costa. O mais importante da Carta de Marinheiro na altura, era dar ao seu titular habilitações para comandar estes barcos e permitir à família uma ampla diversão. Devido a isso, desenvolveu-se igualmente um importante negócio de usados, porque o barco


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em segunda mão facilitava a iniciação. Os fatídicos Decreto-Lei nº. 567/99 e 124/2004 Entretanto, em finais de 1999 sai o Decreto-Lei nº. 567/99. A Carta de Marinheiro passou apenas a permitir comandar barcos até aos 7 metros de comprimento e apenas com a potência até 60HP. Com estas habitações os velejadores ficaram impedidos de comandar 80% da frota de veleiros em Portugal. Para os que pretendiam barcos a motor, com esta nova Lei passaram a poder apenas comprar pequenas embarcações com motor fora de borda.

Bayliner Element XR7 agora acessível para a Carta de Marinheiro

As senhoras foram logo as primeiras a dizer que Não! Em nenhum barco do tipo familiar onde gosta-

vam de andar, com volante, bancos e solário se podiam montar motores fora de borda com apenas 60 HP, a potência máxima

permitida pela Carta. Quem quizesse mais habilitações e as mesmas da Carta de Marinheiro antiga, tinha que tirar ou-

A Carta de Marinheiro vai permitir comandar veleiros até os 12 metros de comprimento e ser timoneiro de quase toda a frota de regata 2018 Maio 377

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Legenda


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No Beneteau FLYER 6.6 SUNDECK bastará a Carta de Marinheiro para o comandar

Zodiac N-ZO 680 poderá ser pilotado com a Carta de Marinheiro

San Remo 900 Pro, em Costeira Restrita com a Carta de Patrão Local, poderá pescar até 25 mn Porto Abrigo e 6 mn costa 6

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tro curso, o de Patrão Local. O Resultado foi deixaram-se de tirar as Cartas de Marinheiro e também as de Patrão Local. E sem iniciação a náutica de recreio foi começando a definhar, sem interessados também nas Cartas de Patrão de Costa e de Patrão de Alto Mar. Cinco anos depois, o IPTM informou que só Registava 50% das ER e das Cartas de Navegador de Recreio. Entretanto, em vez das coisas melhorarem, saiu um novo RNR ainda pior. Saiu então o DecretoLei 124/2004 que manteve as mesmas habilitações das Cartas de Navegador de Recreio. Este Decreto-Lei 124/2004 aumentou a burocracia obrigando as ER a fazerem Vistorias em Seco e na Água, obrigando quem pretendia comprar um barco a elevadas despesas e perca de tempo para ter uma embarcação, fosse à Vela ou a Motor. Entretanto, sem alunos fecharam-se dezenas de escolas de formação náutica. Há escolas que já não aceitam alunos para o curso de Marinheiro, porque não conseguem reunir o número necessário de candidatos para requererem o exame. É esta Legislação que ainda está em vigor, que vai finalmente ser substituída. O novo Regulamento da Náutica de Recreio Não fosse a determinação dos representantes


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o Registo das Embarcações e a atribuição das Cartas de Navegador de Recreio, através da instituição de um único balcão electrónico (Balcão Electrónico do Mar) para se evitar as deslocações aos serviços.

Beneteau Barracuda 9 Fly com a Carta de Patrão Local pode pescar em Costeira Restrita até 25 mn Porto Abrigo e 6 mn costa

da ACAP/APICAN nas reuniões do Conselho da Náutica de Recreio e não seria aceite pela DGRM um novo Regulamento da Náutica de Recreio, cujo texto contempla finalmente o interesse dos praticantes e é incentiva-

dor para quem se queira iniciar na vela, na pesca lúdica e nos desportos aquáticos, ou para apenas passear de barco com a família. Não foi fácil, porque persistiam os “lobby” interessados em manter o

RNR na mesma. Entretanto, o Ministério do Mar está a preparar uma legislação, Lei do SNEM, Sistema Nacional de Embarcações e Marítimos, para simplificar os procedimentos e acabar com a burocracia para

No Jeanneau Merry Fisher 795 Marlin, para pescar em Costeira Restrita, basta a Carta de Patrão Local, para ir até 25 mn Porto Abrigo e 6 mn costa 8

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As principais medidas aprovadas - São eliminadas as vistorias de registo de embarcações de recreio novas abrangidas pela Directiva 2013/53/UE, ou seja, todas com a Marcação CE. - A classificação das embarcações de recreio passa a estar em conformidade com as categorias de conceção, previstas na Directiva 2013/53/UE, passando a existir uma correspondência entre as categorias de concepção das embarcações de recreio e as respectivas

Com o Monterrey 360 SC


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áreas de navegação. - Sem Carta para o comando de embarcações com motor até 11Kw 15HP em navegação em águas abrigadas. - Carta de Marinheiro de titular com mais de 18 anos pode comandar ER de comprimento até 12 m em navegação diurna à distância máxima de três milhas da costa e de 10 milhas de um qualquer porto de abrigo. Isto quer dizer que não há qualquer limitação de potência e será aquela que estiver no Registo da ER . - O aumento das áreas de navegação na classificação das ER e nas habilitações das Cartas de Navegador de Recreio, acertaram também com a adequação Carta/Barco. Tipo1- Oceânica Sem Limite – Carta de Patrão de Alto Mar Tipo 2 – Largo (eram

200mn) agora 250 mn - Carta de Patrão de Alto Mar Tipo3 – Costeira (eram 60 mn Porto Abrigo, 25 mn costa) agora 40 mn costa – Carta de Patrão de Costa. Tipo 4 – Costeira Restrita (eram 20 mn Porto Abrigo, 6 mn costa) agora 25 mn Porto Abrigo, 6 mn costa - Carta de Patrão Local Tipo 5 - Águas Abrigadas (manteve-se na mesma) 3 mn Porto Abrigo – Carta de Marinheiro. Com a Carta de Marinheiro pode-se comandar uma ER classificada emTipo 1, Tipo 2, Tipo 3 ou Tipo 4 desde que não ultrapasse a área para a qual agora está habilitada que são 10 mn Porto Abrigo e 3 mn Costa. - A Carta de Patrão Local teve um aumento de 15 mn e agora passará para 25 mn ao longo dum

registado em Costeira Restrita agora bastará a Carta de Patrão Local para passear ao longo da costa 2018 Maio 377

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Rodman 1250 Fisher Pro com a Carta de Patrão de Costa já poderá ir pescar aos Picos Hermínios a 36 mn sul de Olhão

Porto de Abrigo, que na prática dará para fazer todo o litoral e navegar 50 mn de porto em porto. Esta é uma das mais importantes medidas, para fomentar o interesse na navegação. - A Carta de Patrão de Costa vai permitir aos pescadores irem até todos os pesqueiros que estão até às 40 mn. Sem dúvida que as novas habilitações das Cartas, são um incentivo para se navegar mais e mais depressa tirarem-se os cursos das Cartas acima. - A aquisição dos pirotécnicos obrigatórios passa a ser feita directamente nos estabelecimentos de venda. - O pagamento do Imposto Único Circulação e da taxa de farolagem e balizagem serão realizados simultaneamente. 10

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CLASSIFICAÇÃO DOS BARCOS Tipo

Navegação

Actual

Nova

1

OCEÂNICA

S/LIMITE

S/LIMITE

2

LARGO

200 mn Porto abrigo

250 mn costa

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COSTEIRA

60 mn Porto Abrigo 25 mn costa

40 mn costa

4

COSTEIRA RESTRITA

20 mn Porto Abrigo

25 mn Porto Abrigo 6 mn costa

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ÁGUAS ABRIGADAS

6 mn costa 3 mn Porto Abrigo

3 mn Porto Abrigo

CARTAS DE NAVEGADOR DE RECREIO Sem Carta para embarcações com motor até 11Kw 15HP em navegação em águas abrigadas Carta

Actual

Nova

P. ALTO MAR

S/LIMITE

S/LIMITE

P. COSTA

25 mn costa

40 nm costa

P. LOCAL

10 mn Porto Abrigo 5 nm costa

25 mn Porto Abrigo 6 mn costa

MARINHEIRO

6 mn Porto Abrigo 3 mn costa Barco 7 m -45 Kw 60HP

10 mn Porto Abrigo 3 mn costa Barco 12 m

MARINHEIRO 14/18 anos

6 mn Porto Abrigo 3 mn costa Barco 5 m -22,5 Kw 30HP

MARINHEIRO 16/18 ANOS PRINCIPIANTE MARINHEIRO JÚNIOR +8 ANOS

10 mn Porto Abrigo 3 mn costa Barco 7 m -22,5 Kw 30HP 1mn costa Barco 5 m -4,5 Kw 6HP 3 mn Porto Abrigo 1 mn costa Barco 6 m -4,5 kW 6HP


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Economia do Mar

Porto de Sines

“É Fundamental Conseguir um Shipping Seguro, Sustentável e Competitivo” Foi na Cidadela de Cascais, na cerimónia de abertura da 51.ª Sessão do ‘Port State Control Committee’, do Paris MoU – Memorando de Paris, que decorreu dos dias 7 a 11 de Maio, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino afirmou que “Port State Control é fundamental para um shipping seguro, sustentável e competitivo”

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oi um evento internacional que, este ano, foi organização de Portugal, pela DGRM – Direcção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Recursos Marítimos, reunindo responsáveis do Paris MoU e das 27 Autoridades Marítimas dos países que fazem parte deste acordo Na sua intervenção, a Minis-

tra do Mar realçou o compromisso de Portugal em matérias como a Segurança da Vida no Mar, a Prevenção da Poluição por Navios ou as Condições de Vida e de Trabalho a Bordo dos Navios. Ana Paula Vitorino lembrou que “Portugal é um país com 97% do seu território submerso, contando com a 5.ª maior

plataforma continental da Europa e a 20.ª à escala global, caracterizando-se também pela sua centralidade única na região euro Atlântica» na confluência das grandes rotas marítimas globais”. Tendo em consideração esse conjunto de particularidades, a Ministra do Mar vincou a importância do papel do

A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, na sessão de abertura do ‘Port State Control Committee’ 12

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Port State Control, “Queremos um shipping cumpridor nos nossos portos, e a segurança, a proteção ambiental e as condições de vida e trabalho a bordo dos navios» são fatores-chave para melhorar a segurança no mar”. “A costa portuguesa está localizada de frente para uma das rotas de navegação mais sobrecarregadas do mundo que, anualmente, passam cerca de 70 mil embarcações, ao passo que os portos portugueses registam uma média de 11 mil escalas anualmente” acentuou a Ministra do Mar A necessidade dum regime de inspecção “Devem-se exigir elevados padrões de segurança dos navios, para os mares estarem mais limpos e seguros, e é essencial haver uma maior nivelação, em termos de concorrencia, para garantir uma


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indústria do transporte marítimo global, para se conseguir isso, o ‘Port State Control’ é fundamental”, realçou Ana Paula Vitorino, acrescentando, “é preciso que existam diferentes níveis de controlo para se conseguir a aplicação eficiente das metodologias,pois é preciso que situações diferentes não tenham a mesma abordagem” “Foi um passo em frente e na direcção correcta, o novo regime de inspecção, com a actividade do Port State Control, baseado em critérios de risco de inspecção e é uma recompensa para os Estados de bandeira, companhias e navios que sejam cumpridores, ao identificarem-se os menos cumpridores.Queremos um shipping cumpridor nos nossos portos. Não toleraremos concorrência desleal”, exigiu Ana Paula Vitorino. Port State Control Anualmente, são realizadas milhares de inspecções a bordo de navios estrangeiros, que se encontram em portos que fazem parte do ParisMoU, assegurando assim que cumprem as regras de segurança internacional e de protecção do meio ambiente e garantindo que as tripulações têm condições de vida adequadas. A responsabilidade pelo controlo da conformidade dos navios com as normas internacionais de segurança, de prevenção da poluição e de condições de vida e de trabalho a bordo dos navios incumbe, em primeiro lugar, ao Estado de bandeira. Apoiando-se, na medida do necessário, em organizações reconhecidas, o Estado de bandeira garante plenamente a eficácia das ins-

peções e vistorias efetuadas no âmbito da emissão dos certificados pertinentes. A responsabilidade pela manutenção do estado do navio e do seu equipamento, depois de realizadas as vistorias para cumprimento dos requisitos das convenções aplicáveis ao navio, compete à companhia do navio. Todavia, verifica-se que um certo número de Estados de bandeira, descuram gravemente a aplicação e o cumprimento das normas internacionais. Por conseguinte, como segunda linha de defesa contra os navios que não obedecem às normas internacionais, surgiu a necessidade de existir um outro nível de controlo da conformidade com as normas internacionais de segurança, de prevenção da poluição e de condições de vida e de trabalho a bordo dos navios, o qual é assegurado, tal como previsto nos instrumentos internacionais, pelo Estado do porto. Importa clarificar que as inspecções realizadas pelo Estado de porto não substituem, em nenhum momento, as responsabilidades que cabem ao Estado de bandeira. O conceito do Controlo pelo Estado do porto (PSC) foi introduzido pela Organização Marítima Internacional através da sua Convenção Internacional sobre Normas de Formação, de Certificação e de Serviço de Quartos para os Marítimos de 1978 (Convenção STCW). O artigo X da Convenção STCW exige que as Partes ao acordo apliquem os requisitos STCW a todos os navios que escalem os seus portos de modo que não haja desvantagem competitiva para os navios que arvoram bandeira de estados que não são Parte à Convenção.

Porto de Leixões Este princípio sustenta agora muitos dos regulamentos da IMO, e o PSC tornou-se um elemento essencial do cumprimento internacional das normas regulamentares. Reconhecendo que uma abordagem harmonizada na realização, pelos Estadosmembros da União Europeia, das inspeções pelo Estado do porto aos navios que escalem os seus portos evitará distorções da concorrência e que a existência de um quadro jurídico comunitário, harmonizando os procedimentos dessas inspecções, é fundamental para assegurar a aplicação uniforme dos princípios de segurança da navegação e de prevenção da poluição que estão no âmago das políticas comunitárias de transportes e de ambiente, o Conselho adoptou a Directiva n.º 95/21/CE, relativa à aplicação, aos navios que escalem os portos da Comunidade ou naveguem em águas sob jurisdição dos Estados-Membros, das normas internacionais respeitantes à segurança da navegação, à prevenção da poluição e às condições de vida e de trabalho a bordo dos navios (inspecção pelo Estado do porto).

A Directiva n.º 2009/16/CE, que foi transposta para a ordem jurídica interna através do Decreto-Lei n.º 61/2012, introduz uma reforma profunda no sistema de inspecções que vigorava anteriormente, ao substituir o limite mínimo quantitativo de 25 % de navios inspeccionados anualmente por Estado-membro, por um objectivo colectivo: a inspecção de todos os navios que escalem os portos da União Europeia. Aumenta-se, assim, a frequência das inspecções aos navios com perfil de risco elevado, os quais passam a ser inspeccionados de seis em seis meses, e diminui-se o número de inspecções aos navios de qualidade e que apresentem um perfil de baixo risco. Estas alterações proporcionam ainda aos operadores do sector do transporte marítimo um quadro concorrencial mais equitativo, reduzindo a concorrência desleal representada pelos navios que não cumprem as normas internacionais, os quais passarão a ser objecto de sanções mais severas, e dando aos operadores de navios de qualidade o benefício de um regime de inspecções mais leve.

Porto de Setubal 2018 Maio 377

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Notícias DGRM

Ministério do Mar Reforça VTS Costeiro com 12 Novos Técnicos Superiores O Ministério do Mar reforçou o quadro técnico de suporte e operação do VTS (Vessel Traffic System) Costeiro com doze novos técnicos superiores, que assumiram funções no início do corrente mês de maio na Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), entidade responsável pela operação e manutenção do Sistema de Controlo de Tráfego Marítimo do Continente.

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reforço de quadros resultou de um concurso externo realizado para o efeito, no qual foram selecionados oito novos operadores de VTS, e mais quatro técnicos

superiores para a manutenção do sistema. O VTS é um sistema essencial para o exercício das funções de Estado Costeiro, no âmbito da segurança da navegação, que funciona em

tempo real, 24/7. O sistema permite a monitorização de todo o tráfego marítimo, de forma a prevenir e evitar atempadamente problemas e reduzir a possibilidade de acidentes entre navios e poluição no mar. Esta missão é exercida por prevenção de situações de aproximação excessiva de navios, aproximação de navios à costa ou a outros potenciais perigos. Por outro lado, permite também auxiliar nas situações de busca e salvamento, combate à poluição e monitorização de outras atividades ilícitas. O Vessel Traffic System emprega tecnologia radar, radiotelefonia VHF e o

sistema de identificação automática (AIS, Automatic Information System) para acompanhar os movimentos dos navios e garantir a segurança de navegação em áreas limitadas ou com restrições à navegação, designadamente organizando o tráfego nos esquemas de separação de tráfego, reduzindo-se assim o risco de acidente e mitigando os eventuais danos dele resultantes, nomeadamente para o meio ambiente. O VTS costeiro articulase com os VTS portuários e integra a partilha de informação com outros sistemas das autoridades e sistemas complementares, como é o caso do SafeSeaNet.

DGRM desenvolve novo Diário de Pesca Eletrónico

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DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, tem em fase final de desenvolvimento, uma nova plataforma do DPE – Diário de Pesca Eletrónico, designada por DPE+, mais moderna e fácil de utilizar pelos pescadores profissionais. Depois de realizadas sessões de apresentação aos utilizadores e recolha de contributos para a sua melhoria, a nova plataforma será, durante o próximo mês de abril, colocada em testes reais em embarcações piloto, com vista à sua utilização em ambiente operacional a bordo das embarcações de pesca com comprimento igual ou superior a 12 metros de fora a fora. Na nova plataforma do DPE+, para além do cumprimento dos requisitos legais de reporte das atividades, é disponibilizada uma nova filosofia de funcionamento, evoluindo da anterior orientação à mensagem para a orientação à viagem. O preenchimento dos atos declarativos será sincronizado com as diferentes fases das viagens de pesca e orientado para as atividades que objetivamente se executam, aproveitando os elementos de georreferenciação e de licenciamento para melhorar a qualidade da informação reportada e facilitar os procedimentos de inserção dos dados. Para além da simplificação da operação a bordo, com esta ino-

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vadora abordagem, a estrutura tecnológica do DPE+ passará a disponibilizar “on-line”, a cada um dos agentes económicos, diversas valências e informações complementares, guiando e sugerindo os mestres das embarcações para o correto cumprimento dos diferentes atos declarativos previstos e, sempre que possível, pré-preenchendo a informação para minimizar o esforço dos profissionais da pesca. Recorde-se que o DPE é a componente operativa da plataforma VMS (Vessel Monitoring System), ferramenta padrão de monitorização, controlo e fiscalização das pescas em todo o mundo, permitindo o reporte de atividade para todos os maiores navios das frotas, sendo a informação do DPE transmitida via satélite das embarcações para a DGRM. A obrigação de os navios da União manterem um diário de pesca está estabelecida no Regulamento (CE) n.º 122472009 do Conselho, de 20 de novembro de 2009, com as regras definidas no Regulamento de Execução (UE) n.º 404-2011 da Comissão, de 8 de abril de 2011, bem como nas medidas de gestão e controlo das Organizações Regionais de Gestão das Pescas, de que a União é Parte Contratante ou Parte Cooperante não Contratante, e nos Acordos da União Europeia com países terceiros.


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Náutica

Testes Mercury com Quicksilver Activ 555 Bowrider e 555 Cabin, Bayliner VR4 e Bayliner Heyday WT-1 SC

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Diversão Aquática

com Muita Segurança e Conforto

A Touron Portugal convidou a imprensa especializaada, para no passado dia 1 de Março, testar na albufeira do Castelo de Bode, quatro novas embarcações, equipadas com motores fora de borda Mercury e interior Mercruiser, que responderam no ensaio, estarem bem vocacionadas para satisfazerem a diversão aquática.

A

Touron montou a sua base no Hotel Segredos de Vale Manso, junto à albufeira. Tínhamos para testar os novos Quicksilver Activ 555 Bowrider com o Mercury F80 EFI, o Quicksilver Activ 555 Cabin com o Mercury F115 EFI, o Bayliner VR4 16

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com o F115 EFI e o Heyday WT-1 SC com o Mercruiser 6.2 MPI 320 HP. No dia dos testes, apesar da chuva que caiu, saímos com os barcos e conseguimos analisar o desempenho a navegar e a sua comodidade, aspectos importantes que devem ter embarcações para

utilizadores que pretendem barcos de utilização polivalente, para passear e praticar desportos aquáticos. Quicksilver Activ 555 Bowrider com Mercury F80 ELPT EFI

Trata-se duma embarcação compacta, com 5,01 metros de comprimento, inovadora e prática, de uso versátil, ideal para os dias dedicados aos passeios de família e com os amigos, devido ao projecto do interior e o amplo número de equipamentos que comporta, para facilitar


Náutica

O novo motor Mercury F80 EFI estava no Quicksilver Activ 555 Bowrider

Quicksilver Activ 555 Bowrider

com prazer utilizações diferentes, incluindo porta canas para fazer uns corricos e pescar uns peixes. O 555 Bowrider oferece espaço para acomodar pessoas no poço e numa zona social à frente convertível em solário. O pára-brisas abre-se ao meio para permitir a passagem do poço para a proa. O piloto tem o posto de comando ergonómico com painel de instrumentos e GPS/Plotter/Sonda.

Para o piloto e o copiloto existem bancos estofados individuais e giratórios para se virarem para a popa. Atrás o poço contém um banco corrido. Na altura dos piqueniques, monta-se uma mesa em madeira de teca ao meio no poço. Este barco tem muito espaço para arrumações. Para guardar cabos e defensas,dentro das plataformas de banho. Para arrumar equipamentos, os skis e o wake, existe um compartimento sob o banco da popa. No porta-luvas do co-piloto podem-se guardar os objectos mais pequenos. Para guardar palamenta e coletes, existem compatimetos sob os assentos à frente. Para o ferro e a corrente há um porão à proa. Existe ainda um porão sob o piso do poço, onde se pode guardar a mesa. Para os dias de sol as refeições podem ter a sombra do opcional toldo bimini. De salientar a altura interior da borda que dá boa segurança na circulação do

popo para a proa. O Activ 555 Bowrider apresenta o tipo de casco característico da gama Activ, com a proa alta com perfil deflector e um V evolutivo, robaletes e planos de estabilidade laterais bem salientes, para oferecer um desempenho marinheiro, seguro e confortável. Com este motor a velocidade máxima é de 27,5 nós.

Porém o mais importante é a velocidade económica de cruzeiro e com a qual se consome menos combustível e consegue-se maior autonomia. Essa velocidade é de 18,5 nós às 4.100 rpm. Ensaiámos as qualidades do casco a navegar, utilizando a agitação da água provocada pelas esteiras dos outros barcos na albufeira. Verificámos que os

O Activ 555 Bowrider tem o casco deflector, em V evolutivo, robaletes e planos de estabilidade laterais bem salientes 2018 Maio 377

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Náutica

O poço do Activ 555 Bowrider tem um banco corrido e bancos individuais para o piloto e o copiloto planos de estabilidade laterais salientes da proa até à popa equilibram muito bem o barco a navegar a direito e a curvar agarram-se bem na água, permitindo o barco curvar com segurança. Quicksilver Activ 555 Cabin com Mercury F115 ELPT EFI O novo modelo Activ 555 Cabin, com 5,50 metros de comprimento, foi o terceiro lançado e é o maior da gama

Cabin, um barco compacto e rápido com boa acomodação para seis pessoas a bordo e também com espaço numa cabina, com uma confortável cama, para duas pessoas dormirem. É um barco criado para satisfazer os que pretendem fazer passeios mais longos e fins-de-semana náuticos, fazer piqueniques, dar uns mergulhos e apanhar banhos de sol. Também se podem fazer uns corricos para pescar

A zona do bowrider é ampla no Activ 555 Bowrider algum peixe, pois comporta dois porta canas à popa. Importante no Activ 555 Cabin é a segurança que oferece o poço com a borda alta,facilitando o movimento das pessoas. O poço tem um banco à popa que se converte rapidamente num amplo solário e dois bancos estofados e giratórios para o piloto e copiloto. Estes, virados para trás, podem tomar refeições na mesa que é montada ao meio e que serve também

quem estiver sentado no banco. O piloto dispõe do posto de comando ergonómico, com espaço para os instrumentos electrónicos e o GPS/Plotter/Sonda e tem a direção com direcção hidráulica standard que permite uma condução mais fácil, segura e sem esforço. O acesso à proa é seguro e facilitado por degraus no poço a bombordo, junto ao posto de comando. À proa em cima da cabina pode-se

Motor Mercury F80 EFI

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Motor Mercury F80 EFI a 4 tempos, incorpora as últimas inovações tecnológicas da Mercury, com as quais consegue uma elevada combinação de potência e força com inigualável poupança de combustível. Ele pertence à nova geração de motores Mercury a 4 tempos de 80/100/115 que foram desenvolvidos segundo a mesma arquitectura, dos populares e de grande prestígio, motores Mercury F150 EFI, que asseguram arranque a frio, estabilidade de funcionamento e elevada durabilidade, qualquer que fossem as condições de navegação. Este motor fora de borda Mercury tem um bloco com 2,1 litros de cilindrada, quatro cilindros, oito válvulas e uma árvore de cames. Caracteriza-se por ser muito leve e de baixo perfil e proporciona elevada potência e grande binário. Quanto ao sistema EFI, a injecção electrónica de combustível Mercury, consegue um melhor controlo do fluxo do combustível, assegurando grande economia no consumo. A transmissão de design hidrodinâmico é totalmente inovadora a nível mundial, com uma relação de caixa de 2.07:1 que melhora a eficiência, reduz o consumo e aumenta as

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RPM. Como a parte superior do motor está insonorizada, o seu escape é silencioso e foram instaladas diversos componentes do motor, como o corpo de aceleração, de modo a reduzir vibrações e diminuir o ruído da admissão, o motor funciona de forma notavelmente muito silenciosa e suave. Sem manutenção de válvulas, algo Inovador também neste motor, ele torna-se mais simples de manter, com apenas a mudança de filtros de óleo e de combustível e o sisetma de lavagem do motor com água doce, a entrar na parte superior do motor. A Garantia deste motor é de 5 anos.


Náutica

Quicksilver Activ 555 Cabin montar um segundo solário. A cabina é espaçosa e comporta assentos em forma de U e uma mesa, que se convertem numa enorme cama dupla, com cerca de dois metros. No tecto tem uma escotilha para a ventilação e a entrada de luz. Para os mergulhos à popa, existem plataformas de banho com extensão opcional e escada de banho integrada. Nos dias de sol intenso e seja necessário sombra no poço, pode-se montar um bimini-top. Quanto ao casco, o Activ 555 Cabin comporta as característico da gama Activ, a proa alta com função deflector, dispõe de um V evolutivo, com os robaletes e os planos de estabilidade laterais bastante salientes, para se apoiar bem na água à popa, a fim de oferecer um desempenho rápido no arranque e com uma navegação segura e cómoda. Com o motor Mercury F115 EFI o barco atinge a velocidade máxima de 37,9 nós às 6.000 rpm. Uma excelente performance.

O Activ 555 Cabin tinha montado o novo motor Mercury F115 EFI Em velocidade de cruzeiro, aquela mais económica e que permite maior autonommia nos passeios, às 4.000 rpm do motor o barco navega a 22,7 nós, também a demonstrar um bom desempenho com o motor. Na albufeira do Castelo do Bode havia vento, mas a maior agitação da água era provocada pelos outros barcos. Queríamos testar o desempenho do casco a navegar, por isso passámos várias vezes pelas esteiras

O casco do Activ 555 Cabin tem a proa alta, V evolutivo, robaletes e planos de estabilidade laterais bastante salientes. 2018 Maio 377

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Náutica

Poço do Activ 555 Cabin dos outros barcos. Tal como esperávamos, os planos de estabilidade laterais salientes que o barco tem da proa até à popa equilibram muito bem o barco a navegar a direito e a curvar, quanto mais comprido é o barco, nota-se mais o V do casco agarrado na água, permitindo o barco curvar com segurança. Também notámos que o barco cortava o água sem bater, oferecendo uma navegação confortável

Bayliner VR4 com Merrcury F115 ELPT EFI Na gama de embarcações do tipo bowrider da Bayliner, ditinguem-se os modelos VR que ampliam as características do aproveitamento do espaço à proa. O Bayliner VR4, com 5,70 metros de comprimento, é o mais pequeno da linha. Os maiores são o VR5 e VR6. Os Bayliner Bowrider são barcos que se distinguem

Banco à popa do Activ 555 Cabin pelo reconhecimento da elevada qualidade que têm, para nada faltar aquando a sua utilização, quer na prática dos desportos aquáticos e nas jornadas dos passeios com a família e os amigos. Esta tradicional mensagem de prestígio, dirige-se tanto aos que se pretendem iniciar, pois existe uma enorme variedade de modelos à escolha, como facilita os que já são clientes, na troca de embarcações, normalmente

maiores. A Bayliner tem como filosofia a inovação e todos os anos desenvolve novidades. Conhecendo bem o mercado e o gosto dos seus clientes, a Bayliner vai sempre introduzindo melhoramentos nos seus modelos, ou criando novos de modo a terem maior desempenho, mais conforto e maior capacidade de guardar equipamentos e apetrechos. Quando foi criada a gama

Mercury F115 EFI

O

motor Mercury F115 EFI a 4 tempos, é dà nova geração de motores Mercury a 4 tempos de 80/100/115, um conjunto de motores inovadores, construídos com a mesma arquitectura do popular e de grande prestígio Mercury F150 EFI, notável no arranque a frio, com um funcionamento sempre estável e de grande durabilidade, em quaisquer condições de navegação. O Mercury F115 EFI caracteriza-se por incorporar as últimas inovações tecnológicas da Mercury, conseguindo uma elevada combinação de potência e força com inigualável poupança de combustível. O motor do Mercury F115 EFI tem um bloco com 2,1 litros de cilindrada, quatro cilindros, oito válvulas e uma árvore de cames. Este motor, com apenas 163 Kg, caracteriza-se por ser o mais leve e de mais baixo perfil, no seu segmento de potências e é o que proporciona mais potência e mais binário que a sua concorrência. O sistema EFI, a injecção electrónica de combustível Mercury consegue um melhor controlo do fluxo do combustível, proporcionando grande economia no consumo.

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2018 Maio 377

Notável é a transmissão com um design hidrodinâmico que é totalmente inovadora a nível mundial, com uma relação de caixa de 2.07:1 que melhora a eficiência, reduz o consumo e aumenta as RPM O motor funciona de forma notavelmente muito silenciosa e suave, graças à parte superior do motor estar perfeitamente insonorizada, terem sido instaladas diversas componentes do motor, como o corpo de aceleração, de modo a reduzir vibrações e diminuir o ruído da admissão e ainda o seu escape ser muito silencioso. Outra inovação neste motor são as válvulas sem manutenção, porque ele torna-se mais simples de manter, com apenas a mudança de filtros de óleo e de combustível e também com a lavagem do motor com água doce através do sistema de lavagem. Quanto à Garantia, ela é por 5 anos


2018 Maio 377

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Náutica

Bayliner VR4

O novo motor Mercury F115 EFI estava montado no Bayliner VR4

O casco do Bayliner VR4 tem um V profundo, com 19 graus de ângulo à popa 22

2018 Maio 377

Element, ela foi desenvolvida com o casco em M, um êxito que já foi premiado. Mais tarde foi desenvolvido o conceito “BeamForward”, que aumenta a boca do barco à proa, criando uma zona mais espaçosa e com maior capacidade em comparação com os barcos trtadicionais de proa afiada. Também a forma do desenho “AftAdvantage”, aumenta a zona dos assentos des-

de o poço à popa. O Bayliner VR4 inclui estas inovações registadas pela Mercury, para aumentar ainda mais o prazer de se passar um dia náutico, oferecendo grande conforto na acomodação no poço e à frente junto à proa. O poço apresenta bem desenvolvido o conceito de ergonomia e dispõe, com os bancos do piloto e do copiloto, de diferentes opções de uso, como solário e assentos, e espaços para arrumação em seco de sacos em seco. O posto de comando tem um pára-brisas com abertura ao meio, para o acesso à proa. O piloto tem um banco de enorme comodidade com duas posições de condução, uma em cima e outra em baixo. O ergonómico painel de instrumentos tem toda a informação necessária para uma condução segura. De destacar no Bayliner VR4 o clássico casco em V profundo, com 19 graus de ângulo à popa, ligeiros pla-


Náutica

Poço do Bayliner VR4

Posto de comando ergonómico do Bayliner VR4

Heyday WT-1 SC nos de estabilidade laterais e três robaletes de cada lado. Com este casco conseguese uma navegação de extremo conforto e com a máxima segurança a curvar. O motor montado era o Mercury F115 EFI, com o qual na velocidade máxima o barco atinge 37,36 nós. No Bayliner VR4, um barco vocacionado aos passeios familiares, é muito importante conhecermos qual a velocidade de cruzeiro e aquela que vai garantir uma navegação mais económica. Pois ela é de 23,11 nós, o que mostra também que o casco se solta bem da

A popa do Heyday WT-1 foi projetada para dar à esteira a forma de uma onda de surf 2018 Maio 377

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Náutica

O Heyday WT-1 é um barco inovador para a prática de wakesurf Posto de comando do Heyday WT-1

O poço ergonómico do Heyday WT-1 é tão inovador como o seu casco água. Para provar o desempenho do casco, passámos pelas ondas das esteiras dos outros barcos e graças ao V profundo, com 19 graus de ângulo à popa, o barco curvou com segurança e também cortou a água sem bater, oferecendo uma navegação muito confortável Heyday WT-1 SC com Mercury Mercruiser 6.2 MPI 320 HP O Heyday WT-1 é um inovador barco diferente, criado e construído de propositadamente para a prática de wakesurf e que foi projectado para agitar o mundo do desta modalidade em virtude da sua simplicidade e baixo preço. O WT-1, com 6,01 de comprimento, tem o casco 24

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em V que foi modificado especificamente para o wakesurf. A inovação que originou o êxito deste barco é a popa, com um ângulo de 117 graus e que foi projetada para dar à esteira a forma de uma onda

de surf de competição, sem recorrer a guias. Quando o barco vai em andamento os cantos na popa permitem que se vá formando uma onda natural. Também como o barco é excepcionalmente largo à popa, vai ajudar a manter a simetria da onda. Outra inovação foi o desenvolvimento de um projecto que consegue maior deslocamento da água sob o casco, reduzindo assim a sua resistência ao impulso para dentro da água, permitindo ao Heyday deslocar mais água e criar uma onda maior. Com a consola de condução lateral, o interior do barco é tão inovador como

o seu casco. Para uma lotação de 9 pessoas, tem um sistema de assento flexível que usa encostos removíveis ou movidos para diferentes posições. Isso permite assentos dianteiros ou voltados para a frente, perfeitos para observar o piloto, sempre em segurança. O piloto tem uma consola de condução ergonómica, onde tem toda informação do barco do seu desempenho, controlos de velocidade e do motor. Nada falta. O temporal que se abateu sobre a albufeira do Castelo do Bode, não permitiu que se testasse o wakesurf na onda do Heyday WT-1

Características Técnicas Activ 555 Bowrider

Activ 555 Cabin

Bayliner VR4

Heyday WT-1 SC

Comprimento total

5,01 m

5,50 m

5,70 m

6,01 m

Comprimento casco

4,92 m

5,29 m

Boca

2,08 m

2,29 m

2,28 m

2,40 m

Calado

0,37 m

0,42 m

0,86 m

0,79 m

Peso

710 Kg

865 Kg

1.280 Kg c/motor

Lotação

6

6

7

9

19 graus

117 graus

Depósito combustível

70 L

110 L

125 L

132,5 L

Potência máxima

100 HP

115 HP

200 HP

320 HP

Motor em teste

Mercury F80 EFI

Merrcury F115 EFI

Merrcury F115 EFI

Mercruiser 6.2 MPI

Preço barco/motor

18 990 € + IVA

22 540 € + IVA

24 890 € + IVA

45 990 € + IVA

Deadrise

5,40 m

Importador: Touron Portugal Telf.: 21 460 76 90 geral@touronsa.pt www.touron-nautica.com/pt


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Electrónica

Notícias Nautel

Nova Marca na NAUTEL

para Inversores e Reguladores de Carga de Painéis Solares

N

esta primeira fase, é apresentada uma gama de inversores de onda quasi-sinusoidal e onda pura. Para 3 níveis de potência em cada série. Os preços são incrivelmen-

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te atrativos por comparação com outras marcas concorrentes. A variante de onda pura e 2200W, ideal para alimentar a 12VDC as máquinas de café, micro-ondas, pequenos frigoríficos etc:

Custa apenas 499€. Neste registo de preços abaixo da média do mercado estão também os reguladores de carga (para painéis solares). Existem para

10, 20 e 30 A, que dão tanto para 12 como 24VDC, e têm display de monitorização. Para mais informações consulte o site www.nautel.pt


Notícias do Mar

Ciências do Mar

Investigadora da UC Vence Prémio Mundial de Fotografia Filipa Bessa, investigadora do MARE (Centro de Ciências do Mar e do Ambiente) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), venceu o concurso mundial de fotografia da Campanha CleanSeas, na categoria macro, promovida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UN Environment).

A

fotografia vencedora, intitulada “SeaPlasticSalt”, pretende alertar para a contaminação por microplásticos (fibras sintéticas) de todos os recursos aquáticos e foi produzida no âmbito do projeto de pós-doutoramento que a investigadora está a realizar no MARE sobre a ocorrência de microplásticos nos ambientes marinhos e costeiros e os seus efeitos no biota. Neste estudo, “iremos avaliar a presença de microplásticos nos habitats costeiros (águas e sedimentos do estuário do Mondego, praias) e os seus efeitos em espécies aquáticas”, adianta a investigadora. Sobre o prémio, Filipa Bessa afirma que “enquanto investigadora na área da avaliação da contaminação por plásticos dos recursos aquáticos, pretendo de forma ativa sensibilizar e envolver os vários atores da sociedade na mudança de comportamentos que viabilize a redução da emissão de plásticos nos nossos oceanos”. Por isso, o galardão agora obtido “permitiu-me participar num encontro mundial sobre esta temática, integrar ativamente as iniciativas mundiais e contribuir para que a Campanha CleanSeas se estabeleça em Portugal”. A Campanha CleanSeas, promovida pelo Programa das Nações Unidas para o

A fotografia vencedora da Campanha CleanSeas, na categoria macro Meio Ambiente, visa promover a sensibilização para a problemática do lixo marinho e dos plásticos nos oceanos, através de várias iniciativas (em vários idiomas), como ações de sensibilização, programas de educação ambiental, cursos online e concursos mundiais. Neste âmbito, “o “Clean Seas Photo Challenge” pretende, através da fotografia, ser um veículo adicional para a sensibilização desta temática e é um dos tópicos prioritários das Nações Unidas”, esclarece Filipa Bessa. Além de ter permitido a participação da investigadora na 6ª conferência internacional de lixo marinho (com viagem, estadia e inscrição pagas), que decorreu em San Diego (6IMDC), Estados Unidos da América, o

prémio traduz-se também na possibilidade de Filipa Bessa integrar o Grupo Mundial da Campanha CleanSeas e participar nas discussões de trabalho, de modo a criar sinergias entre investigadores e instituições nacionais que promovam a investigação e integração de entidades

interessadas na busca de soluções para a problemática em questão. Permitiu, também, colocar o MARE e a UC na vanguarda da promoção desta temática. A fotografia vencedora irá integrar várias iniciativas e exposições temáticas da Campanha CleanSeas

Entrega do prémio a Filipa Bessa 2018 Maio 377

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Notícias do Mar

Notícias Moteo

BMS Boat Marina

Nomeado Novo Concessório Suzuki Marine

A BMS Boat Marina, Unipessoal , Lda. e a Moteo Portugal estabeleceram um acordo de concessão para os produtos Suzuki Marine que engloba a comercialização e assistência técnica para os motores fora de borda da conceituada marca japonesa.

E

ste acordo de concessão agora oficializado abrange a zona da Nazaré e irá permitir aos inúmeros clientes desta reputada casa no centro do país aceder à completa gama de motores da Suzuki Marine, com uma oferta totalmente focada na tecnologia a quatro tempos e propondo modelos desde o portátil DF2,5 até ao recente DF350, internacional-

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mente galardoado com os mais prestigiados prémios do sector devido à sua evoluída tecnologia, de onde se destaca a revolucionária propulsão através de duas hélices coaxiais contra rotantes. A partir da sua loja localizada no Porto de Abrigo da Nazaré, a BMS estará a partir de agora disponível para prestar todo o tipo de serviço comercial ou de após-venda aos utilizadores profissionais ou de recreio que prefiram os produtos Suzuki Marine, dispondo de uma equipa experiente e profundamente conhecedo-

ra do mercado náutico, e de instalações de primeira linha capazes de corresponderem a todas as exigências. A Moteo Portugal, enquanto importador e distribuidor exclusivo da Suzuki Marine para o nosso país,

congratula-se com esta nova parceria e deseja que todos os atuais e futuros utilizadores de motores fora de borda Suzuki possam usufruir da qualidade dos serviços do novo concessionário da marca na Nazaré.


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

Não Foi Por Acaso…

Como a Tagus Vivan, Confraria do Tejo Vivo e Vivido, nunca age por música de ouvido, porque ela própria, pelo seu objecto social, é um observatório de tudo o que diga respeito ao universo do Tejo, teve o cuidado de começar a preparar a organização do

Congresso do Tejo III, realizado com êxito nos dias 16 e 17 de Fevereiro passado no auditório da Gare Marítima da Rocha Conde de Óbidos, em Lisboa, evento este que contou com a preciosa e indispensável colaboração da Administração do Porto de Lisboa,

preparação essa que teve início a partir de Fevereiro de 2015, com três anos de antecedência, para que o programa temático desse evento fosse o mais criterioso e realista possível e pudesse também contar com a participação dos melhores especialistas

MESA REDONDA, da dir.»esq. – Prof. Miguel Azevedo Coutinho (relator), Prof. Pedro Santos Coelho (moderador do 2.º Painel), Alm. José Bastos Saldanha (moderador do 1.º Painel), Prof. António Carmona Rodrigues, moderador da Mesa, Prof. João Ferrão (moderador do 3.º Painel, Eng. João Soromenho Rocha (relator) 30

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nas matérias a abordar e com uma massa crítica significativa, conhecedora e esclarecida. Não foi por acaso que o grande debate que o programa temático deste Congresso do Tejo, o terceiro, motivou sobre as mais variadas matérias com substância que foram criteriosamente seleccinadas para serem abordadas, debatidas e avaliadas com o saber e rigor que exigiam, a fim de que, com a participação interactiva entre a mesa e o auditório, se procurasse encontrar e propor as melhores soluções para serem tomadas em consideração pelo poder político de forma a que este passe a legislar em conformidade para mitigar alguns problemas, vulnerabilidades e insuficiências que agentes terceiros pouco escrupulosos vêm causando ao nosso maior Rio, e até erradicar


Notícias do Mar

Alm. José Bastos Saldanha

outros, intoleráveis. Ora, só foi possível apurar as matérias com mais substância a partir das conclusões das cinco Conferências Regionais preparatórias realizadas propositadamente durante esses três anos, por “Este Rio Acima” (Fausto) nas regiões CIMS, da Lezíria do Tejo, do Médio Tejo, do Alto Tejo português

e do Tejo Internacional ( CIMS da Beira Baixa e do Alto Alentejo), mais as conferências sobre o Estuário e a da Navegabilidade no Tejo, com a colaboração de vários parceiros dos quais se destacaram as Câmaras Municipais de Vila Franca de Xira (2 conferências), de Benavente, de Vila Nova da Barquinha e de Vila Velha de

Prof. Pedro Santos Coelho

Prof. João Ferrão

Prof. António Carmona Rodrigues

Eng. João Soromenho Rocha

Prof. Miguel Azevedo Coutinho 2018 Maio 377

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Notícias do Mar

batidos foram os seguintes:

Mesa do 4.º PAINEL, da dir.»esq., Prof. Pedro Santos Coelho, Prof. Luis Veiga da Cunha, Prof. António Carmona Rodrigues, moderador, Prof. Augusto Mateus, Eng.ª Paula Sengo a comunicar. este Congresso conseguiu exceder as expectativas. Congresso do Tejo III Para que uns conheçam e os outros recordem, os mais variados temas abordados e de-

Ródão, para além de outras reuniões, apresentações e workshops vários. Estes encontros de trabalho que fizeram parte de um Ciclo pré-desenhado que teve como objectivo fazer o diagnóstico do corredor fluvial do Tejo no intuito de compreender melhor cada uma das regiões e conhecer com validade actual os pontos problemáticos para poder-se procurar mitigá-los ou 32

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resolvê-los, mas também os pontos positivos para procurar potenciá-los, e desta forma construir um programa temático, o mais criterioso e realista possível deste Congresso do Tejo, para permitir levar a debate o maior número possível de matérias com mais interesse, graças ao resultado desse trabalho exaustivo, que obteve resultados muito interessantes e úteis, e foi graças a ele que

PRIMEIRO DIA, 16 de Fevereiro 1.º PAINEL – Agricultura e Rega; Abastecimento Urbano; Produção de Energia; Actividade Portuária e Navegabilidade; Turismo; Valores Ambientais e Culturais, seguido de debate. 2.º PAINEL – Administração Central; Riscos de Cheias e Secas; Directiva Quadro da Água; Impactos Ambientais; Participação Pública, seguido de debate. 3.º PAINEL - Recursos Hídricos; Ambiente; Desenvolvimento Regional; Marketing Territorial, seguido de debate. Já foram feitas referências à Sessão de Abertura do Congresso e a estes três Painéis, no Notícias do Mar dos meses de Março e Abril passado, sendo referidos neste jornal do Mês de Maio, os seguintes trabalhos: NESSA REDONDA - Com a participação dos moderadores dos painéis anteriores e os dois relatores do Congresso, seguido de debate.


Notícias do Mar

Prof. Pedro Santos Coelho Eng.ª Paula Sengo

Prof. Augusto Mateus SEGUNDO DIA, 17 de Fevereiro: 4.º PAINEL – Mais Tejo, Mais Futuro com a participação dos convidados: Pedro San-

tos Coelho, Lídia Sequeira, Augusto Mateus e Luis Veiga da Cunha, seguido de debate. NO JORNAL DO MÊS QUE

Prof. Luis Veiga da Cunha VEM ABORDAREMOS A CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO, AS CONCLUSÕES, A PROPOSTA

DA CARTA DE LISBOA, A SESSÃO DE ENCERRAMENTO E O TEJO DE HONRA.

Assistência atenta

Assistência 2018 Maio 377

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Notícias do Mar

Voo Guarda-Rios

Tejo Morto ou Vivo?

Lezírias

O Guarda Rios (GR), para alertar as consciências gosta de fazer a comparação da vida e saúde de um Rio, que é um ser vivo, com as da pessoa humana e desta vez ousa comparar o caso do nosso Tejo, o português, que por estar a ter cada vez mais problemas causados pelo homem e não só, que estão a levá-lo a correr para a morte e por causa disso ele está a passar progressivamente de caminhar apoiado em canadianas e destas, por este andar, vai passar a deslocar-se numa cadeira de rodas e acaba por ficar acamado, quando ainda está a tempo de com algumas cirurgias e próteses, como os humanos fazem quando estão a ir para a idade, poder voltar a ter vida em condições de continuar a produzir e a criar riqueza, não é verdade?

O

GR já esperava que os especialistas que estudaram e se formaram na área do ambiente, pelo facto de considerarem que um rio que passa a ser represado deixa de ser rio, vão querer chumbar o novo Projecto Tejo proposto pelo eng.Jorge Froes, o que o GR compreende em certa medida porque eles têm de fazer pela vida, mas quanto a outros que não têm essa formação específica, que se 34

2018 Maio 377

lhes estão a colar já é discutível, porque vivem na quimera de que o Direito à Partilha Equitativa das Águas dos Rios Transnacionais, ou o Tribunal Europeu, ou ainda o Direito Internacional vai (ão) resolver a situação da falta de regularidade da quantidade de água do Tejo vinda de Espanha, e por vezes de qualidade duvidosa, e outros fazem-no porque, ou não foram convidados para o projecto ou apenas porque esse tipo de “luta” dá direito

a mediatismo, mas bem podem os seus bisnetos esperar pelo resultado disso, sobretudo agora que a nossa vizinha está a preparar-se para declarar oficialmente o estado de “SECA” na região (Vale) do seu Tajo/ Tejo, com o argumento da falta de precipitação nas cabeceiras do rio e a acentuada diminuição do nível de água acumulada em comparação com o ano anterior e a média dos últimos dez anos.

Mas se algo for conseguido entretanto no sentido da Espanha deixar passar regular e diariamente mais água do Tejo para o lado de cá da fronteira tanto melhor, pois se isso acontecer contribui para garantir ainda mais os efeitos positivos das tais próteses e cirurgias de que o nosso maior rio está a precisar, até porque um ser humano que passa a conseguir viver melhor graças às intervenções atrás referidas, não deixa de continuar


Notícias do Mar

a ser um ser humano, como o Tejo não deixa de ser rio nem de ser Tejo a partir das intervenções previstas no novo Projecto Tejo do Eng. Jorge Froes, com a grande diferença do nosso Tejo ficar apto a “viver em sociedade e a trabalhar para o colectivo”, convenientemente. Os benefícios e vantagens Esta afirmação do GR prende-se com os benefícios e vantagens que o nosso maior rio terá se passar a ser auto-suficiente, por via do que o projecto/empreendimento em causa, o Projecto Tejo, sobretudo tendo em atenção, ou melhor, não podemos ignorar que devido ao “aquecimento global do Planeta” é mais do que provável que os períodos

Produtos das Lezírias com regadio, vinha, melão, meloa, melancia, tomate e arroz

O novo Projecto Tejo vai viabilizar o encontro do Tejo com o Turismo, finalmente 2018 Maio 377

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Notícias do Mar

de seca se vão repetir daqui para o futuro. Ora, o que este novo Projecto Tejo em questão propõe fazer é uma obra de grande envergadura e abrangência territorial ou sejam um Apro­veitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste. – que é um projecto de rega para cobrir uma área territorial de 300 mil hec­tares, que corresponde ao dobro do Alqueva, e pode abranger o Ribatejo, a Península de Setúbal e a Região do Oeste, que prevê uma rede de aproveitamento hidráulico da água existente à superfície na bacia do Tejo, com funções múltiplas (turís­ticas, agrícolas e ambientais) e que permite compatibilizar o antigo sonho da navegabili­dade do rio Tejo entre Lisboa e Abrantes para transporte

fluvial ligeiro com açudes e eclusas (insufláveis), no leito do rio, controlo de cheias e da salinidade da água da maré, rega agrícola, retoma da actividade da pesca e da aquacultura, levando ainda água à região do Oeste, as­ sociando a isto a produção de energia renovável e ga­ rantindo reservas e capaci­ dade de abastecimento de água doce também para os meios urbano e industrial. O GR está suficientemente informado para poder esclarecer genericamente os cidadãos portugueses e os órgãos de soberania de que este novo projecto que vai “Dar Vida ao Tejo” e conseguir torná-lo mais independente da nossa vizinha Espanha, com a contribuição das barragens existentes no Tejo e os afluentes da margem Norte que apresentam

uma capacidade de armazenamento conjunta de 2.130 Mm3, muito superior ao necessário no sentido do arranque imediato do Projecto e da futura gestão integrada dos recursos e por outro lado prevê a construção de novas barragens e de “ Açudes” que serão equipados com turbinas para produção de electricidade de modo a cobrir as necessidades energéticas das estações elevatórias previstas a ser instaladas na margem. A solução da distribuição passará pela construção de Açudes rebatíveis, espaçados entre si, aproximadamente 20 km, desde Vila Franca de Xira (Estuário) até Abrantes, equipados com eclusas, criando um plano de água contínuo e navegável desde Lisboa até Belver, para cima de Abrantes. Es-

Este novo projecto permitirá também a navegação comercial, lúdica, turística e desportiva. 36

2018 Maio 377

tes açudes serão equipados com escadas de peixe eficazes para que as migrações das várias espécies nunca sejam interrompidas, contrariamente ao que acontece hoje, o que é mais uma valorização ambiental significativa. VIDÉ ARTIGO PORMENORIZADO SOBRE ESTE PROJECTO TEJO SAÍDO NO NOTÍCIAS DO MAR DO MÊS DE ABRIL PASSADO. Ora, todo este sistema trará bastantes benefícios ao Tejo, à sua bacia hidrográfica e também às populações ribeirinhas, vide o sucesso que o Alqueva está a ter para a região alentejana. O GR não pode deixarde evidenciar que este novo projecto vai garantir a criação de benefícios ambientais significativos, para além de evitar que a cunha salina suba para montante o que está a ser hoje altamente prejudicial ao regadio das Lezírias, para além de possibilitar que seja mais fácil a detecção, a nível regional, da origem dos focos de poluição, bem assim como o controlo da pesca ilegal e outras malfeitorias que estão a lesar o Tejo e a delapidar os seus recursos, para além de possibilitar também o incremento da aquacultura no seu habitat natural, o que pode beneficiar as comunidades piscatória mais envelhecidas e não só. Mais possibilita, que o plano de água de cada um dos açudes seja controlado e até gerido por uma comissão intermunicipal integrada por técnicos da Protecção Civil, SEPNA, IGAMAOT e APA, e porque não até ?, uma refundação da ARH-Tejo, ou outro órgão regional equiparado, aproveitando o processo da descentralização e da regionalização, ARH essa que quando esteve activa deu provas de competência, organização e de acrescentar


Notícias do Mar

Potencia o encontro do Tejo turístico com o património imaterial das suas gentes valor à Região Hidrográfica, que foi levianamente subalternizada e a sua operacionalidade praticamente extinta, cujos resultados negativos dessa decisão foram bem visíveis durante os últimos sete anos, pela negativa, e se ela ainda estivesse operacional até provavelmente os fogos brutais e calamitosos do ano passado não teriam chegado a atingir as proporções que atingiram. Aliás, relativamente aos fogos, com este novo Projecto Tejo, passa-se a dispor de muito mais reservas de água no Tejo, e mais à mão, para os apagar. Para além de todos os benefícios já apontados, a reposição da navegabilidade que vai viabilizar a navegação para montante numa

extensão considerável que potenciará significativamente o encontro definitivo do Tejo com o Turismo (que equivale ao “petróleo” deste país), o que para além da revitalização da navegação e transporte de mercadorias, pessoas e bens, vai criar riqueza e mais postos de trabalho, com o benefício de retirar das estradas uma boa parte dos transportes rodoviários de longo curso que para além dessa vantagem, não só de ordem económica significativa como é sabido, também contribui para a redução da poluição, do condicionamento do fluxo de trânsito e para a diminuição de acidentes rodoviários. O GR RECOMENDA AOS OPOSITORES DESTE PRO-

JECTO QUE PONDEREM BEM E QUE SEJAM CONCIENTES NA SUA AVALIAÇÃO, PORQUE O TEJO MESMO COM PRÓTESES E CIRURGIAS PODE, GRAÇAS A ELAS , VOLTAR A

TER ÁGUA E FORÇA SUFICIENTE PARA CUMPRIR MUITAS DAS FUNÇÕES PARA QUE ORIGINALMENTE UM RIO NASCE, DE QUE ELE DEU PROVAS DE TER CUMPRIDO NO PASSADO.

Este novo projecto dá mais Vida ao Tejo 2018 Maio 377

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Notícias do Mar

O Tejo a Pé

Tejo a pé no Sado

Texto Carlos Cupeto Fotografia Luís Morgado

Uma pintura muito romântica.

N

o final de abril voltámos ao Sado. Quase no centro de Setúbal há uma joia, no

estuário do rio Sado, que se chama moinho da Mourisca. Neste mesmo local há uns anos a amiga Lour-

des Azevedo, que sabe da essência das coisas e não dos conceitos, perguntou onde estava o Tejo? Na

Outrora aqui, pela força da alternância das marés, acontecia a magia da transformação do cereal em farinha. 38

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verdade, exceto para quem manda nos rios ou estuda nas universidades, a diferença entre os dois rios é nada. É água, muito mais


Notícias do Mar

Para quê palavras? que recurso, que une e não separa. A caminhada não passou de um passeio nos intervalos da chuvada. Talvez por isso, com muita água no céu, a paisagem estava particularmente bonita. A riqueza ambiental e paisagista do local é enorme e proporciona quadros inesquecíveis. Neste lugar, com alguma facilidade viajamos até aos tempos em que os homens (inclui mulheres) viviam harmoniosamente com a natureza e sabiam aproveitar os seus recursos sustentadamente.

Por ora ficamos à espera que os sadinos, ou outros, saibam tirar partido do reconhecido sal português e que por ali as ostras nos tragam muita riqueza. Pela hora de almoço grande parte do grupo mudou de cenário e foi almoçar à quinta “Projeto Romã”. Um projeto de suficiência local que nos foi detalhadamente apresentado Tatiana e Cláudio e que todos admirámos. Há quem saiba fazer, quase sempre bem mais perto da nossa casa do que julgamos.

Ao almoço saboreámos algumas iguarias cultivadas pelo Cláudio e cozinhadas pela Tatiana.

O casal Tatiana e Cláudio no alpendre da casa, por eles construída, fizeram uma primeira apresentação do Projeto Romã.

Despedimo-nos com uma visita à horta. 2018 Maio 377

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ICOM IC-M330E / GE, Desempenho Ultra num Design Ultracompacto Transcetor de VHF com DSC Classe D com GPS O engenhoso departamento de Engenharia da ICOM desenvolveu e concebeu mais uma vez um dos rádios fixos de VHF/DSC mais pequenos do mercado, o IC-M330, disponível em duas versões: Com GPS (IC-M330/GE) e sem GPS (IC-M330E).

O

painel frontal do rádio IC-M330E/ GE é tão compacto que se equipara às dimensões de um Smartphone moderno. Apesar das suas dimensões reduzidas, o ICM330E/GE possui todas as características de design ICOM, utilização simples e elevado desempenho. Corpo Ultracompacto, Instalação Flexível O compacto IC-M330E/ GE mede apenas 156.5 (L) x 66.5 (A) x 110. (P) mm, sendo ideal para instalação em cabines onde o espaço é limitado. O IC-M330E/GE possui o mesmo interface de utilizador adotado anteriormente pelos rádios mais recentes da ICOM, incluindo um teclado intuitivo que per40

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mite um rápido acesso às funções do rádio. Função AquaQuake O IC-M330E/GE e microfone possuem um nível de estanquicidade IPX7 e podem suportar submersões até 1 metro de profundidade, durante 30 minutos. Este rádio fixo de VHF possui também a funcionalidade de drenagem AquaQuake. No caso de água entrar para a grelha do altifalante e abafar o som, a função de dreno AquaQuake emite um zumbido que provoca a libertação da água acumulada e garante comunicações nítidas, mesmo nas piores condições. Novo Altifalante Apresenta um Áudio Nítido

e Dinâmico Um altifalante com um novo design apresenta um áudio nítido, livre de distorção, mesmo com o volume no máximo. Oferece assim um som claro e dinâmico, com um grande alcance de graves e agudos. O recetor do rádio de VHF marítimo ICM330GE oferece uma comunicação fiável em ambientes ocupados de RF, como uma marina (Seletividade e IMD: mais de 70 dB).

Recetor Integrado de GPS e Antena Externa de GPS A versão com GPS, ICM330GE, inclui um Recetor de GPS integrado que permite também que a informação atual sobre a sua posição e hora seja utilizada em chamadas DSC. A antena externa de GPS permite um encaixe direto num barco a motor de topo aberto ou numa mesa cartográfica num iate; instalação de nunca foi tão simples. PVP (c/IVA): IC-M330E: 250,00€ | IC-M330GE: 314,00€ Para mais informações sobre este novo produto da ICOM, por favor visite o site www.nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.


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McMurdo, Moldando o Futuro da Busca e Salvamento Nova Família de Produtos

As promessas de inovação e tecnologia estão intrinsecamente ligadas e em nenhuma outra área são tão importantes como na área de Busca e Salvamento (SAR – Search and Rescue). A implementação de uma organização internacional Cospas-Sarsat para coordenar operações de busca e salvamento na frequência dedicada 406MHz, já salvou mais 40.000 vidas desde 1982. Que futuro virá para a área de Busca e Salvamento...?

A

McMurdo está a contribuir para a definição desse futuro, com o lançamento das Radiobalizas (EPIRB’S) de busca e salvamento mais potentes do mundo. A nova família SmartFind G8 da McMurdo dá continuidade à herança da McMurdo em liderar os padrões de segurança e inovação através da con-

vergência de tecnologias. MEOSAR Nos próximos anos, a área de busca e salvamento irá ser revolucionada com a MEOSAR, uma rede de 72 satélites de Órbita Média de Busca e Salvamento que aceleram os tempos de salvamento e em última análise, salvam ainda mais vidas.

O ecossistema Cospas-Sarsat SAR existente irá possuir capacidades melhoradas, oferecendo uma deteção de sinal quase instantâneo, com maior cobertura e precisão de localização. A nova família de Radiobalizas (EPIRB’s) SmartFind da McMurdo é compatível com a rede MEOSAR, e está preparada para oferecer uma deteção mais rápida e uma localização mais precisa ao operar com as estações terrestres EOC da rede de satélites MEOSAR, Centros de Controlo de Missão e Centros de Coordenação de Salvamento, tais como os que foram desenhados e instalados pela McMurdo na Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos. O Futuro Chegou Com o compromisso da McMurdo em melhorar a área de busca e salvamento através de inovação, a nova gama de Radiobalizas (EPIRB’s) SmartFind G8 introduz tecnologia avançada para criar um futuro ainda

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mais seguro. Além disso, ao ser compatível com a rede MEOSAR, estas Radiobalizas melhoram componentes críticos do processo de busca e salvamento: Alerta, Localização e Rastreio para um Salvamento bem-sucedido. As Primeiras Radiobalizas (EPIRB’s) no Mundo com Quatro Frequências A SmartFind G8 AIS da McMurdo é a primeira EPIRB no mundo a incluir as frequências 406MHz, 121.5MHz, AIS e GNSS (melhor conhecido como GPS) para acelerar o processo de busca e salvamento. O poder único destas novas Radiobalizas reside na flexibilidade e capacidade adicional de rastreio, há muito “exigidas” pelos clientes do setor. Estas características irão contribuir para a redução do tempo de salvamento ao combinar a potência de localização da


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frequência 406MHz com as capacidades de salvamento localizado do AIS, introduzidas anteriormente na gama de MOB AIS da McMurdo. Multi Recetor GNSS A nova gama de Radiobalizas da McMurdo oferece também uma maior precisão de localização ao incluir múltiplos recetores GNSS, o que significa que estas irão receber sinais GNSS de várias frequências de satélite, aumentando a velocidade e precisão da localização da sua posição na água. Produtos Únicos de uma Empresa Única Apenas a McMurdo oferece

uma gama com este elevado padrão, uma contribuição única para o ecossistema de Busca e Salvamento Cospas-Sarsat. A McMurdo é o único fabricante de radiobalizas no mundo a oferecer uma solução de busca e salvamento completamente integrada no processo, do início ao fim, desde as radiobalizas às Estações Terrestres de Satélite, Centros de Controlo de Missão e Centros de Coordenação de Salvamento que facilitam os salvamentos. Características e Serviço Inovadores As Radiobalizas da gama SmartFind da McMurdo incluem inovação enquanto padrão, com uma base robusta, bateria de serviço simples e normas de funcionamento em conformidade com o novo mandato de emergência “mãos livres” dos Estados Unidos. A proteção de ativação falsa adicional, múltiplos autotestes e verificações profissionais de segurança oferecem tam-

bém uma confiança total ao utilizador. Aliada a uma herança marítima sem igual, compromisso para com qualidade e história em inovação, os clientes irão sempre saber que podem confiar na McMurdo para os auxiliar a chegar ao futuro da busca e salvamento. As Radiobalzias (EPIRB’s) Mais Poderosas do Mundo As novas EPIRB’s SmartFind G8 AIS da McMurdo oferecem um Processo Acelerado de Salvamento via: - Quatro frequências de busca e salvamento - Maior precisão de localização - Deteção mais rápida de alertas - Alerta Global Combinado – 406 MHz com o poder de recuperação localizado do AIS - O único fabricante de EPIRB’s que também desenvolve e suporta infraestruturas para o ecossistema Cospas-Sarsat - O único fabricante de

EPIRB’s a tornar a MEOSAR uma realidade PVP (c/IVA): SmartFind G8 Manual com AIS: 873,00€ | SmartFind G8 Auto com AIS: 1.197,00€ Para mais informações sobre este novo produto da McMurdo, por favor visite o site www.nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.

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Raymarine actualiza LightHouse 3.4 e Apps LightHouse A Raymarine apresenta a mais recente atualização LightHouse 3.4 e Apps LightHouse para Displays Multifunções das Gamas Axiom e Axiom PRO

O

que torna um chartplotter num display multifunções (MFD)? Desempenho, tecnologia e conectividade. Seguindo este espirito, a FLIR anunciou a versão LighHouse 3.4, a mais recente e gratuita atualização do Sistema Operativo LightHouse 3 da Raymarine. Carregada de atualizações e melhorias, a versão 3.4 do SO LightHouse traz funcionalidades e serviços digitais reservados até aqui para smartphones e para a sua sala de estar. Apps LightHouse para Entretenimento, Comunicações e Integração As aplicações LightHouse são uma nova e emocionante forma de expandir as capacidades e poder do SO LightHouse. Os utilizadores dos displays multifunções das gamas Axiom podem agora aceder a conteúdos de entretenimento das plataformas Netflix e Spotify as-

sim como, aceder à App de serviço global de meteorologia Theyr’s GRIBview. Com as Apps LightHouse, a Raymarine torna mais fácil a integração parceiros em tecnologia marítima e criadores de apps com o sistema LightHouse 3 e os displays multifunções AXIOM. A Raymarine continuará a expandir as Apps LightHouse com suporte futuro para o controlo de giro-estabilização Seakeeper, comunicações por Satélite Mazu e mais! As Apps LightHouse só estão disponíveis para os

displays das séries Axiom e Axiom Pro da Raymarine. Saída de Áudio Bluetooth A versão 3.4 do SO LightHouse adiciona ainda uma saída de áudio via Bluetooth dos Displays Multifunções Axiom e Axiom Pro. Conecte o seu display Axiom via Bluetooth ao seu sistema de som marítimo ou altifalantes que possuam conexão Bluetooth e desfrute de áudio digital dos filmes e música transmitidos via stream. O áudio Bluetooth está disponível apenas nos displays multifunções Axiom e Axiom Pro. Outras Características do LightHouse 3.4: - Histórico e Gestão de Alarmes da Embarcação. O LightHouse 3.4 oferece agora um acesso simples a definições de alarme e respetivo histórico, diretamente do menu principal. - “Find Nearest Hot-Spotting” (“Encontrar ponto de interesse mais próximo”).

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Prima de forma continua em qualquer lugar na carta para lhe aparecer o menu “Find Nearest” (Encontrar ponto mais próximo) e visualizar instantaneamente uma lita de Pontos de Interesse comuns como, destroços, marinas, estações de abastecimento e muitos mais. - Modo de Carta Marés e Correntes. Ative o modo de marés no seu display de carta e veja instantaneamente altura das marés e estações de maré nas proximidades. - Ferramentas de Gestão de Combustível. Esta função interage com os seus dados NMEA2000 do motor e sensores de tanque. Visualize em tempo real o consumo de combustível, autonomia restante e nível de economia e receba também alertas de baixo nível de combustível. - Dimuição de Luminosidade para Displays Multifunções e Instrumentos. O LightHouse 3.4 é agora compatível com o sistema de controlo de luminosidade em


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Teste - Jeanneau Cap camarat 635

rede da Raymarine, utilizado também pelos instrumentos i50, i60, i70 e controladores de piloto automático. Reduza ou aumente o brilho de todo o painel de controlo, com um único comando. - Ecrãs Iniciais Personalizados. Personalize o seu display multifunções Axiom ao selecionar uma foto ou

gráfico favorito para ser apresentado no seu ecrã durante o arranque do equipamento. Relembre um momento favorito, celebre a sua embarcação ou equipa ou, simplesmente altere o ecrã pela diversão e variedade. Atualize Hoje e Mantenha

o Seu Sistema Atualizado. A versão LightHouse 3.4 já está disponível gratuitamente em Raymarine.com. Pode ainda atualizar o seu Display Multifunções recorrendo à ligação em rede Wi-Fi integrada, caso se encontre ao alcance de uma rede sem fios ou hotspot de internet

móvel. Detalhes completos das atualizações de software Raymarine estão sempre disponíveis online. Para mais informações sobre esta última atualização do Sistema Operativo LightHouse 3, por favor visite o site http://www.raymarine.eu/multifunction-displays/lighthouse3/v3-4/.

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Mastervolt Apresenta Novo Regulador de Carga Alpha Pro III

O

novo regulador de carga Alpha Pro III da Mastervolt transforma qualquer alternador num avançado carregador de baterias de 3-etapas Nem todos os alternadores foram otimizados para uma carga eficiente de baterias. No entanto, o novo regulador de carga Alpha Pro III vai mudar tudo isso. Compatível com qualquer alternador ou tipo de bateria, o Alpha Pro III vai aumentar significativamente a capacidade de carga da sua embarcação. A Mastervolt anuncia assim a chegada do Alpha Pro III, um avançado regulador de carga, com controlo de temperatura, que irá aumentar bastante a eficiência de qualquer tipo de alternador marítimo. Este novo regulador de carga não só oferece um processo de carga de 3-etapas, o mais eficiente e seguro disponível, como também monitoriza a carga do motor para auxiliar a reduzir o ruído do mesmo e desgaste dos componentes do alternador. O Alpha Pro III é um regulador de carga inteligente e que, caso seja necessário, pode comunicar com o restante sistema elétrico a bordo através do cabo de dados MasterBus. A eletrónica integrada fornece uma funcionalidade inteligente “keep alive” que garante leituras de tacómetro fiáveis. Recorrendo ao MasterBus, o regulador de carga comunica dados como RPM do motor, estado do alternador e estado de carga ao restante sistema elétrico que, por sua vez pode ser controlado através do ecrã tátil EasyView 5. Aproveite o máximo do seu alternador Muitas embarcações estão equipadas com um alternador padrão, uma unidade de baixo custo que carrega as baterias de uma forma relativamente lenta. Além disso, podem sobreaquecer facilmente, impactando na eficiência de carga. Ao substituir o regulador de carga padrão por um Alpha Pro III, vai poder aceder a ciclos de carga mais rápidos assim como, proteção das baterias contra sobreaquecimento e sobrecarga. Combinadas com o processo de carga de 3-etapas, estes mecanismos aumentam exponencialmente a vida útil dos seus bancos de baterias. Eficiência ainda maior Para uma carga super rápida a baixas rotações, a Mastervolt recomenda que se combine o Alpha Pro III com um alternador de

elevado desempenho, como os da reconhecida série Alpha. Com uma capacidade de corrente de 20 A, o Alpha Pro III é o único regulador de carga no mercado capaz de controlar alternadores com saídas até 400 A! Concebido para uma instalação simples, o regulador de carga Alpha Pro III é o resultado de 20 anos de experiência da Mastervolt em fornecer sistemas de carga rápidos e fiáveis que protegem as baterias e ao mesmo tempo, maximizam a sua eficiência e vida útil. Características Chave: - Transforma qualquer alternador num carregador de baterias de 3-etapas com controlo de temperatura - Protege as baterias de sobrecarga, garantindo uma maior vida útil - Reduz o ruído e emissões do motor, poupando combustível - Equilibra a carga do motor para suavizar as variações de RPM - Compatível com a maioria dos alternadores existentes, incluindo modelos de alto rendimento (200 A – 400 A) - Função integrada “keep alive” permite leituras fiáveis de tacómetro - Indicada para qualquer tipo baterias, incluindo Iões de Lítio - Funciona com sistemas de 12V e 24V - Compatível com MasterBus para uma monitorização e automação inteligente do sistema - Instalação fácil Nota: A substituição de reguladores de carga em alternadores standard não são permitidas em motores Euro 5/6. Para mais informações sobre este novo produto da Mastervolt, por favor consulte o site www.nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.

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Náutica

Zodiac Pro 5.5 com Yamaha F100FETL

Afinal é 23% Mais Barato Este Barco

Com um Casco Bem Vocaciondo para o Mar Na edição nº 366 do Notícias do Mar publicámos os testes de uma sessão promovida pela Yamaha com diversas embarcações entre as quais o Zodiac Pro 5.5 com Yamaha F100FETL. Por lapso demos o preço do conjunto por 33.900 € mais IVA. Afinal o preço já tinha o IVA incluído. As nossas maiores deculpas aos leitores, e principalmente à Yamaha e à Yacht Works Lda, agora o importador exclusivo para Portugal dos semi-rígidos Zodiac.

Escadas de banho, remos telescópicos, Bomba manual de enchimento e medidor de pressão,Bomba de esgoto elétrica com automático e Kit de reparação.

A

Zodiac, líder mundial de produtos náuticos insufláveis, apresentou o seu novo Conceito KeepExploring, no Miami International Boat Show de 2018, reflectindo a herança de120 anos de existência. “Quem compra um Zodiac adquire um companheiro para toda a vida e para todas as suas aventuras” O Conceito KeepExploring, reforça a filosofia da Zodiac, fabricando os produtos e prestando os serviços com a máxima qualidade.

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O Zodiac Pro 5.5, com 5,40 m de comprimento, é um semi-rígido com um grande e alto espaço no interior, possibilitando com facilidade e segurança, a movimentação na pesca lúdica e submarina e no mergulho. O fllutuador é removível, construído em tecido StronganTMDuotexTM (2x1100 dctex), com o grande diâmetro de 0,575 m e a característica de não tocar na água com o barco parado, graças ao casco ter um V muito profundo e à colocação elevada no casco do flutuador. Isto é uma vantagem para quando

os barcos estão fundeados muito tempo no mar. A consola de condução é larga, alta e comporta direção hidráulica. O piloto tem um banco encosto duplo para a condução em pé. Como assentos, existe à popa um banco de três lugares e um banco à frente da consola. Para arrumação existe espaço de armazenamento por baixo do convés, na loca de popa e na consola. À proa encontra-se o porão para o ferro. Na proa está um cabeçote em fibra de vidro com roldana basculante e atrás em baixo uma torre de amarração. Tem também um varandim de proa. Os flutuadores também podem ser construídos em tecido Hypalon/Néoprène (1100 dctex). Equipamento Standard: Depósito integrado 100 L mais filtro decantador água/ gasolina, Corta corrente,

Semi-rígido muito polivalente A característica do Zodiac Pro 5.5 de não assentar com os tubos na água quando está parado, facilita as saídas rápidas da água, pois diminui o atrito à popa. Foi o que verificámos com o arranque em 1,37 segundos e depois com a velocidade mínima do barco a planar com 9 nós. Em velocidade máxima atingimos 28,8 nós às 5600 rpm. Testámos a aceleração até às 5000 rpm, habitualmente utilizada para os esquiadores e verificámos que foi de 18,4 nós em 5,09 segundos, que mostra bem a aceleração do motor ajudado pela fácil deslocação na água do Zodiac Pro 5.5. Em velocidade de cruzeiro o conjunto manteve os 18/19 nós às 4000 rpm, uma boa velocidade com baixa rotação. Realçamos o equipamento do Zodiac Pro 5.5 que permite boa polivalência na sua utilização, para a pesca lúdica e submarina, o mergulho e com boa resposta para os esquiadores. Quanto a navegar, o Zodiac é de excepcional conforto, porque tem o casco com o V muito profundo e com um ângulo de 24 graus de popa.


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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Texto e Fotografia: Rui Carvalho/Mundo da Pesca

História

Em Portugal e no mundo, pescar a partir de um “kayak” não é uma moda, é uma forma de pescar cada vez mais apreciada e que faz todo o sentido. A minha opinião é baseada no acompanhamento de uns longos 15 anos deste desporto, que de forma muito tímida se foi instalando em Portugal.

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Pesca Desportiva

e evolução nos kayaks de pesca

E

m 2002 tive o meu primeiro contacto com os cinco vídeos que descobri sobre

pesca em kayak, vídeos americanos onde a técnica apresentada era o trolling e tudo à pagaia.

Apesar de possuir um barco nessa altura algo fez clic, algo que me deixou alguns dias a pensar no que

vi, mal sabia eu de toda a potencialidade que este tipo de embarcação nos podia proporcionar! 2018 Maio 337 377

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Pesca Desportiva

Este foi o modelo que fez despertar a pesca de kayak em Portugal e no mundo: o Prowler. Simples, sem arrumação e pouco confortável, mas era o que havia. 50

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Pesca Desportiva

Desbravar... O primeiro passo foi reunir com a capitania e esclarecer a Lei para este tipo de embarcação e a sua propulsão! Após esclarecimento de todos os deveres e obrigações comprei “o” kayak que colocou a pesca em kayak no mundo e em Portugal: o velhinho Prowler 13 da Ocean Kayak. Esta era uma embarcação que tinha apenas a vantagem de ser rápida, tirando essa característica era tudo “pouco”: pouco confortável, pouco espaço, e nada pensado para pescar, pois era um modelo com muitos anos com o objetivo de simplesmente fazer passeio! O início da revolução Foi nos Estados Unidos que o número de praticantes cresceu muito, num espaço muito curto de tempo, e a marca Ocean Kayak,

pioneira em fazer este tipo de embarcações, teve uma ideia simples mas inteligente. Fez uma pequena pesquisa na Internet e chegou às pessoas que se dedicavam mais a este desporto, falou com eles e questionou todos os porquês de todo o equipamento que apresentavam nas fotos. Ou seja, fizeram a pergunta “o que precisa de ter um kayak para pescar”? Desta forma, em 2008 nasceu o primeiro kayak que veio revolucionar o desporto e fazer nascer novos fabricantes com as mais variadas ideias, com base na cultura de pesca. O belíssimo Trident 15 era uma máquina imponente, para todos os tipos de pesca, com excelente arrumação e um local para colocar sonda e transdutor. Com alguma naturalidade foram aparecendo novas marcas e cada vez

A evolução do Prowler fez-se com o Trident 13 e 15… 2018 Maio 377

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Pesca Desportiva

mais modelos de kayaks de pesca, alguns sempre a inovar outros a transformar kayaks de passeio já existentes que colocavam dois suportes de cana e diziam que eram para pesca; assistimos a tudo.

Uma evolução do Trident, uma verdadeira máquina de pesca, fosse em que mar fosse o ULTRA 4.7 era um sonho, o primeiro modelo a ter uma geleira completamente encastrada no kayak, o peixe já podia ir bem guardado.

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Denominador comum Mas uma coisa era comum a todas as marcas: a forma de propulsão. Existiam várias marcas de kayaks, vários tamanhos, cores e acessórios mas, a pagaia era igual para todos. A pagaia era uma “tecnologia” dos esquimós que durante centenas de anos fez parte de tudo o que é desporto de embarcações tipo “kayak”. Em Portugal


Pesca Desportiva

não era excepção, embora a pagaia fosse algo “doloroso” para grandes deslocações e pescar muitas horas de um lado para o outro. No entanto, o desporto não parou de crescer. Os resultados eram positivos, o investimento era muito baixo para fazer pesca embarcada quando e onde nos apetecia, bastando para isso colocar a embarcação em cima do carro e entrar num local qualquer!

Após esclarecimento de todos os deveres e obrigações comprei “o” kayak que colocou a pesca em kayak no mundo e em Portugal:

o velhinho Prowler 13 da Ocean Kayak são que foi um bom substituto da pagaia. O seu sistema de pedais - Mirage Drive - permitiu ter a cana na mão em vez de ter a pagaia. Na altura

a falta de espaço, nada elaborados para pesca e o preço exagerado em relação a todos os outros, não caiu muito bem, mas teve adeptos porque era mais

rápido e muito mais fácil de navegar sem esforço. Mais ou menos com a introdução da Hobie, chegou outra marca americana, a Native, com um sistema de

A alternativa à pagaia Não consigo precisar o ano em que entrou em Portugal, mas a grande marca americana Hobie chegou com um sistema de propul-

Narval 13, feito na China mas bem feito. O modelo com pedais de hélice mais vendido em Portugal. Tem tudo o que é necessário para este desporto com um preço baixo de 1350€. 2018 Maio 377

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Pesca Desportiva

Um dos muitos exemplos de montagem dos motores elétricos.

Mas uma coisa era comum a todas as marcas: a forma de propulsão. Existiam várias marcas de kayaks, vários tamanhos, cores e acessórios mas, a pagaia era igual para todos

um hélice desenvolvido pela Torqeedo, uma enorme estabilidade e uma caixa própria para a sonda, transdutor e bateria, são algumas das características que fazem do 54

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Pesca Desportiva

propulsão também de pedais mas com hélice, o que permitia andar para a frente e para trás sem largar a cana, e já com uma cadeira elevada onde o conforto era claramente o melhor para tudo. Na altura a introdução desta marca falhou apenas pelo preço; todos os kayaks de pesca andavam entre os 600 e os 1200€, o Hobie na casa dos 2400€ e a Native com 3000€. O futuro passou-nos ao lado porque olhámos apenas para o preço! Os motores elétricos Depois passámos por uma fase dos motores eléctricos, uma versão mais económica mas com pouca autonomia e muito peso em baterias, mas sempre com uma solução muito mais leve e com mais autonomia. No entanto a solução mais leve elevava o pata-

mar monetário do kayak para o de um pequeno barco, onde o conjunto kayak/ motor eléctrico chegava facilmente aos 4000€, dependendo obviamente do kayak. Esta solução de propulsão fez com que muitos praticantes passassem da pagaia para o motor eléctrico e fez entrar no desporto praticantes com mais idade, que não queriam fazer esforço nenhum, embora tivessem mais material para carregar e descarregar. A afirmação Na feira ICAST 2016 todos os focos ficaram apontados para um kayak, o Predator PDL. Este modelo ganhou todos os prémios, mas mais importante, fez com que o desporto desse uma volta de 180˚. Desde essa data, todas as marcas optaram pelo óbvio: todos os kayaks de pesca passaram a ser com

Um desenho de casco fabuloso, um sistema de propulsão magnífico, Radar 135 o kayak mais completo da atualidade, com um preço muito “baixo” para o kayak que é. 2018 Maio 377

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Pesca Desportiva

Os kayaks conquistaram muitos pescadores em Portugal e a sua maioria declinou a aquisição de barco dado o preço e liberdade que a pesca em kayak proporciona. Sistemas de Propulsão O Miragedrive é um sistema de propulsão da Hobie e foi o excelente substituto da pagaia. Até 2016 só andava para a frente, nos dias de hoje tem um sistema que permite andar para trás. Mas menos eficaz que o hélice, porque no novo sistema é necessário puxar um cabo sempre que quiser inverter as pás. O Pedaldrive foi um sistema desenvolvido pela Native que veio revolucionar o desporto. O sistema de hélice permite andar para a frente e para trás sem mexer em nada. Rodo o pé para a frente anda para a frente, rodo o pé para trás anda para trás. Simples e perfeito.

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pedais de hélice. Como já estamos habituados aos valores dos kayaks entre os 2000 e 4000€, existirem várias opções de pedais com hélice dentro destes valores foi algo que o mundo aceitou e Portugal não foi excepção. Mais uma vez quem saiu a ganhar fomos nós, os praticantes. Hoje em dia temos à nossa disposição embarcações muito confortáveis a todos os níveis e com um sistema de propulsão de pedais com hélice tudo ficou mais fácil. Ninguém tem dúvidas de que o caminho é este. Este tipo de embarcação sempre foi muito furtivo na

abordagem aos pesqueiros em águas baixas e este sistema de pedais permitenos manter a embarcação no mesmo sítio sem fazer barulho e sempre com as mãos livres, algo que é de incontestável utilidade na pesca. Ao fim de 15 anos como praticante deste desporto, vejo que a evolução foi muito grande. Mas o mais importante é que muitos de nós deixámos os barcos e outros nem sequer chegaram a comprar o seu primeiro. Somos praticantes de pesca embarcada sem deixar qualquer “pegada” ecológica.


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Notícias do Mar

Economia do Mar

Pescadores de Caminha com Novo Cais

A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, inaugurou o novo Cais dos Pescadores de Caminha, no passado dia 12 de Maio, num Investimento de 820 mil euros que triplicou a área do antigo cais.

A

na Paula Vitorino realçou “palavra dada, palavra

honrada”, na cerimónia da inauguração, depois de um Protocolo assinado no ano

passado entre a Docapesca, com apoio do Mar 2020 e a Sociedade Polis Litoral

Norte. “Este foi um compromisso de concretizar a vontade das pessoas”,

A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino 58

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Notícias do Mar

Cerimónia de inauguração

Cais dos Pescadores de Caminha

admitiu a Ministra do Mar, destacando o papel dos pescadores que têm sido “um dos principais parceiros do Ministério do Mar nestes dois anos e meio de Governo”. Em causa está um investimento de 820 mil euros, que permitiu aumentar a área útil desta estrutura de 570 para 1.660 metros quadrados e prolongar a zona de atracação de barcos para os 85 metros com as devidas condições de segurança. A obra incluiu ainda a reparação e beneficiação da rampa-varadouro, a recuperação das escadas para acesso às embarcações, a instalação de um novo guincho na rampa e a melhoria do sistema de iluminação com a instalação de três colunas com seis metros de altura. A expansão da área do cais, em 1.090 metros quadrados, possibilita uma maior arrumação das em-

barcações em seco – para atividades de manutenção e reparação – e o incremento da capacidade de manuseamento dos aprestos de pesca. Para o acesso ao areal na baixa-mar, foi ainda construída uma escadaria em betão pré-fabricado ao longo do muro-cais. Esta é uma obra à qual a Ministra do Mar atribui especial importância, concebida para garantir a melhoria das condições de trabalho dos pescadores e da operação portuária, a convivência da nova estrutura com a população local e os turistas, assim como a articulação harmoniosa com a projetada marginal de Caminha. Trata-se de um investimento da Docapesca - Portos e Lotas, com apoio do Mar 2020, executado pela Sociedade Polis Litoral Norte, através de um protocolo de cooperação técnica e financeira, cuja inauguração contou ainda com as presenças do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, do secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, do presidente da

Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves, da presidente da Docapesca, Teresa Coelho, do presidente da

Polis Litoral Norte, Pimenta Machado e do presidente da Comunidade Piscatória de Caminha, Augusto Porto.

Nauticampo 2018

É PESCÓPEIXE e não SOPEIXE

N

o artigo da Nauticampo publicado na edição passada, indicámos a presença da SOPEIXE em vez da PESCÓPEIXE, como expositor num stand no Pavilhão 2. Foi um lapso do qual pedimos as maiores desculpas aos nossos leitores, à PESCÓPEIXE e à SOPEIXE. A PESCÓPEIXE estava, como habitualmente, com uma

vasta gama de canas e carretos das principais marcas ou das marcas que os pescadores mais entendidos preferem, mais uma vez fez grande sucesso e boas vendas. Sempre cheio de visitantes a serem atendidos, este expositor completa bem um salão que é náutico, pois são bem centenas-de-milhar de pescadores de barco que existem em Portugal.

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Surf

Circuito de Surf do Norte

João Crespo, sub 14, Zema Bruschy, sub 16 e Salvador Couto sub 18 Campeões Regionais Decorreu no fim-de-semana 21/22 de Abril a etapa de apuramento regional norte – CSN - Powered by Activo Bank que pôs à prova os melhores surfistas do Norte.

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oão Crespo foi o grande vencedor e conquistou o título de campeão regional sub14. Zema Bruschy e Salvador

Couto venceram nas categorias de sub16 e sub18, respetivamente. Este campeonato, que reuniu cerca de 80 atletas nos dois dias,

elevou a fasquia para os jovens surfistas e atraiu centenas pessoas ao recinto do evento, provando que a modalidade é um forte atrativo

Salvador Couto, campeão sub 18 62

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nas cidades do Porto e Matosinhos. As condições do mar baixaram em relação ao primeiro dia do CSN - Powered by Activo Bank, mantendo, no entanto, uma boa formação, nomeadamente, durante a parte da manhã. O primeiro call do dia levou os atletas da categoria sub 14 à água da Praia Internacional do Porto. João Crespo destacou-se nas finais com ondas a rondar os 5 pontos e acabou por se sagrar campeão regional. Salvador Tavares assume o lugar de vice-campeão com 8.50 pts, João Maria Pereira ocupa o terceiro lugar (6.75) e, Duarte Pinho, o quarto lugar (6.50). Na parte da tarde tiveram lugar as finais de sub16. Zema Bruschy impressionou logo na segunda onda, onde conseguiu um score


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João Crespo, campeão sub 14

de 7 pts, e terminou a bateria com 12.75, sagrando-se campeão de sub16. Tomás Jervell, vice-campeão, termina com 8.80. Sacha Garcia e Victor Sizaret ocupam, respetivamente, o terceiro e quarto lugar. No escalão de sub18, Salvado Couto, atleta de Leça da Palmeira, assumiu a liderança do heat desde

o primeiro momento. O surfista somou 11.60 pts, uma diferença de 4 pontos em relação a Gonçalo Magalhães, atleta que esteve muito consistente durante todo o campeonato, e que conquistou o segundo lugar. Manuel Villas-Boas (7.25) e Zema Bruschy (6.65) ocupam, respetivamente, a terceira e quarta posição. Para Marcelo Martins, organizador do “Porto & Matosinhos Wave Series 2018”, “O CSN foi, novamente, um grande sucesso ao cativar cerca de 80 atletas para as nossas praias. Este segundo dia foi decisivo e mostrou o talento e a dedicação das

camadas mais jovens, o que justifica a continuidade na aposta neste tipo de iniciativas. Não podíamos ter um arranque melhor do “Porto & Matosinhos Wave Series”. A Sponsor Village animou os dois dias do evento com atividades que atraíram dezenas de famílias ao recinto. Esta prova marca o arranque do “Porto & Matosinhos Wave Series 2018” que tem como objetivo a promoção das praias das duas cidades para a prática de desportos de mar. A terceira etapa do Circuito de Surf do Norte – Powered by Activo Bank foi organizada pela Onda Pura

em colaboração com as Câmaras Municipais do Porto e de Matosinhos e contou com o apoio institucional da Federação Portuguesa de Surf, da Associação Onda do Norte e da Entidade regional Turismo do Porto e Norte de Portugal. Contou também com os apoios de Activo Bank, Mazda e Autosueco, Vitalis, Ramirez, 58 Surf, Hospital de Santa Maria – Porto, Meo, Solinca, Açaí Amazon, Pizza Hut, Chef Tapioca, Urbana, Booínga Café, Azurara Parque Aventura, Be Stronger, Mix Pão, Edifício Transparente, e colaboração mediática da FUEL TV, Beachcam e Surf Total.

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Notícias do Mar

Últimas VOR Etapa 9

Espanhóis do Mapfre Venceram a Etapa 8 em Newport

O veleiro Mapfre do team de Espanha, venceu em Newport USA

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om mais um final dramático na VOR, no passado dia 8 de Maio, desta vez na Etapa 8 em Newport nos USA, o Team “Mapfre” de Espanha, com Xabi Fernández como skipper, venceu em cima da linha de chegada o Team “Brunel” da Holanda. Entretanto a frota da VOR já largou para a Etapa 9, no dia 20 para Cardiff em Inglaterra, com vento e os veleiros a navegarem com velocidades de 18 a 23 nós. Mantém-se o Team da China do “Dongfeng” à frente mais ao Norte, com o “Mapfre” a 30 milhas e todos os outros veleiros apenas 60 mn atrás. Para recordarmos a vitória da Mapfre na Etapa 8,ela foi o resultado de uma recuperação extraordinária de

50 mn, porque o veleiro espanhol estava em quinto lugar, posição que ocupou na maior parte da Etapa e lutando por vários dias, contra as avarias dos sistemas de energia que controlam a posição da quilha. Mas foram as transições de zonas climáticas para outras que provocaram constantes alterações na liderança na Etapa. Quando a frota contornou a parte ocidental dos Açores e entrou uma baixa pressão ia o Team Brunel à frente com o “Dongfeng” em 2º. Seguiam quase juntos, a poucas dezenas de milhas de distância uns dos outros, o “Vestas” o “AkzoNobel” e o “RaceTurn the Tide on Plastic” da Fundação portuguesa Mirpuri, com bandeira de Portugal/ONU, e de cuja tripulação fazem parte os velejado-

res olímpicos portugueses, Bernardo Freitas e Frederico Melo. O “Sun Hung Kai/ Scallywag” de Hong Kong, com António Fontes na tripulação mantiveram- se em regata, apesar da morte do tripulante John Fisher, perdido no Indico, antes da travessia do Cabo Horn. Foram os últimos a chegar a Newport.

Classificações Etapa 8 1º - Mapfre - Espanha 2º - Brunel – Holanda 3º - Vestas – USA/Dinamarca 4ª – Dongfeng - China 5º - AkzoNobel – Holanda 6º - RaceTurn the Tide on Plastic – Portugal/ONU 7º - Sun Hung Kai/ Scallywag - Hong Kong

Turn the Tide on Plastic, da Fundação Mirpuri com a bandeira portuguesa

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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