Notícias do Mar n.º 373

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Notícias do Mar

Acordo Bilateral de Pescas Portugal - Espanha

Texto Antero dos Santos

Fotografia: JJCM

É para Ganhar ou Perder?

Numa Nota de Imprensa do Gabinete da Ministra do Mar foi comunicado que um novo acordo bilateral de pescas entre Portugal e Espanha encontra-se em processo de aprovação formal.

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A pesca artesanal precisa que a plataforma continental dê rentabilidade 2

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egundo os armadores e pescadores portugueses, desde o início do acordo Luso-Espanhol, ficámos sempre a perder porque tivemos que aceitar a entrada dos barcos espanhóis a pescar na nossa plataforma continental, “a mais rica do mundo”, para pescar tudo o que quisessem, sem vantagens para os barcos portugueses, pois poucos tinham condições para pescar nas águas espanholas, no Golfo da Biscaia ao Norte ou no Golfo de Cádiz ao Sul, em competição com a poderosa frota de pesca de arrastões e cercadores espanhóis. Desde o princípio do acordo, que entrou em vigor


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em Janeiro de 1986, este foi completamente rejeitado pela Associação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI). Apenas Carlos Pimenta, Secretário de Estado das Pescas na altura o defendia. As pescas funcionaram como moeda de troca, de algumas vantagens comerciais que Portugal obteve de Espanha em outros sectores. Se ganhámos algo no campo do comércio, não houve dúvidas que isso foi conseguido em detrimento da possibilidade de utilização plena dos nossos recursos pesqueiros e concedemos a outros a sua exploração. Porque devíamos ter defendido a pesca na nossa Plataforma Continental Quem primeiro nos disse que Portugal tem a plataforma continental mais rica do mundo foi o Professor Luís Saldanha, biólogo marinho que se distinguiu no estudo da fauna marinha do Atlântico Nordeste, foi professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, bem como presidente Instituto Nacional de Investigação das Pescas e autor do livro Fauna Submarina Atlântica, dizia: “ a riqueza dos peixes da nossa costa

Durante anos os arrastões espanhois conseguiram arastar dentro das 6 milhas da plataforma continental portuguesa não é apenas haver uma grande variedade que se pode comer é a sua extraordinária qualidade” . Hoje os cientistas sabem que a abundância de peixe é influenciada pela existência de condições favoráveis de temperatura, iluminação, salinidade e oxigénio das águas, das quais depende a existência de maior ou menor quantidade de plâncton, organismos microscópios vegetais, o fitoplâncton, ou animais, o zooplâncton, dos quais muitas espécies de peixe se alimentam. Como as referidas condições dependem da profundidade das águas e das correntes marítimas, existem nos oceanos áreas de maior e menor abundância e diversidade de espécies. Portugal tem a plataforma continental com início nas praias e nas falésias, estendendo-se submersa

Barco de pesca artesanal de Sagres

Comunicado do Ministério do Mar

A

necessidade de defender a atividade da pesca nacional e de preservação das boas relações de vizinhança, incluindo ao nível da gestão das pescas, com a manutenção da reciprocidade no acesso limitado aos recursos pesqueiros dum e doutro país ibérico bem como a manutenção do atual esforço de pesca, justificam o acordo bilateral de pescas entre Portugal e Espanha que tem vindo a vigorar desde a Adesão de ambos os Países à CEE em 1986, que agora se pretende renovar por mais 5 anos. Este acordo bilateral de pescas enquadra-se nos mecanismos previstos do regulamento-base da atual Política Comum de Pescas a vigorar até final de 2022, constituindo um compromisso de regulação do acesso às águas dos dois países até às 12 milhas e para fora das 12 milhas da nossa Zona Económica Exclusiva. Os ajustamentos a introduzir no texto do acordo bilateral que vigorou nos últimos 3 anos visam assegurar o equilíbrio entre as posições assumidas por ambos os países no sentido de, por um lado, as embarcações do sul de Espanha que dirigem a sua atividade para a pesca de crustáceos no Algarve, passarem a respeitar também as interdições da atividade que têm vindo a ser impostas internamente às embarcações portuguesas e, por outro lado, as embarcações de bandeira nacional que operam durante os fins-de-semana a Norte de Espanha, onde essa atividade não é permitida a barcos de bandeira espanhola, passarem a proceder ao desembarque das suas capturas a partir das 0h da 3ª feira seguinte. Com este novo acordo vai continuar a ser possível manter um adequado equilíbrio nas operações de pesca, que serão assim limitadas a níveis considerados sustentáveis. As entidades portuguesas e espanholas competentes em matéria de fiscalização acompanham a cooperação e cumprimento das normas legais de cumprimento do Acordo. Uma Comissão Mista assegurará a boa execução do acordo. Neste momento o novo acordo está em processo de aprovação formal.

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Pesca de palangre de Peniche com uma profundidade média de 200 metros até começar a afundar, numas zonas num declive suave e noutras abruptamente. Tem ainda a desaguar quatro importantes rios com grande caudal, o Tejo com o maior estuário da Europa, o Douro, o Mondego e o Sado.

Existem também três canhões, com as águas frias das grandes profundidades, o da Nazaré, de Lisboa e de Sagres. A subida das águas profundas favorece a oxigenação, criando condições para a formação de fitoplâncton. Quando aparecem as nor-

tadas, nos meses de verão, com os ventos fortes do Norte, soprando junto ao litoral, provocam o afastamento das águas superficiais para o largo. Gera-se uma corrente de compensação, com as águas profundas a ascenderem à superfície para substi-

Pesca artesanal de Sagres de palangre 4

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tuir as que foram afastadas pelo vento. Como as águas de maior profundidade são mais frias, provocam uma maior agitação das águas e a diminuição da temperatura. Esta corrente de compensação faz ainda ascender à superfície grandes quantidades de nutrientes, atraindo os cardumes. Dizem os estudos efectuados que é graças a este fenómeno, chamado de “upwelling”, que ocorre nos meses de verão, que há maior quantidade de espécies como a sardinha e o carapau, na costa portuguesa. Foi graças a este conjunto único de circunstâncias, com uma plataforma continental rica em quantidade, diversidade de fauna marinha e consideráveis condições favoráveis à abundância de recursos piscatórios, que os pescadores portugueses sempre pescaram com abundância e foi um erro permitir que uma das maiores frotas de pesca do mundo metesse cá o pé. Foi a partir daqui, com uma fiscalização ineficiente, que os recursos de pesca


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foram diminuindo. O primeiro Acordo Bilateral de Pesca Portugal-Espanha No acordo de 1986 não se teve sequer em conta o poder e dimensão da frota do país vizinho. Logo aí ficou estabelecido “plafonds” anuais de captura em regime de reciprocidade, de pescada 850 t, carapau 2.250 t e sardinha 4.000 t, que foram altamente contestados por todos os armadores e pescadores portugueses. Quanto aos arrastões, cada país podia ter 17 unidades na zona norte e 4 barcos na zona sul. Portugal só muito tarde acordou para a pesca longinqua, exceptuando a pesca do bacalhau, poucos barcos tinha a pescar em África, enquanto os espanhóis foram desenvolvendo a frota e já possuíam uma das maiores do Mundo, com centenas de arrastões e navios fábrica. Após décadas a arrastar pelos fundos de África, até limparem tudo, os armado-

A Marinha portuguesa a fiscalizar uma frota espanhola de pesca ao atum nos Açores res de Espanha estavam à espera de atacar a plataforma continental portuguesa que estava quase virgem. E conseguiram. Quanto às embarcações do palangre, os espanhóis tinham autorização para 75 unidades no norte e outras 15 do sul e para os portugueses foi autorizado 20 palangreiros no total, provavelmente os únicos que havia, para pescarem nas águas de Espanha. Isto é, enquanto os portugueses foram pescar apenas com

Barco de pesca artesanal de palangre com pargos

20 barcos de palangre nos pesqueiros espanhóis, as águas portuguesas foram invadidas por 90 barcos dos espanhóís. A autorização de apenas um palangre por barco, com o limite de comprimento até 20 milhas, podendo levar quase 14.000 anzóis, só beneficiavam as embarcações grandes que os espanhóis tinham. No que respeita aos barcos do corrico para a pesca do atum, que o Acordo determinava em número recíproco, os espanhóis passaram a pescar com cercadores, a maioria das vezes em frota, para melhor cercarem o cardume. A pesca ao atum com barcos portugueses limitou-se à pesca de salto e vara, prati-

cada pelos açoreanos. Portugal precisa pescar mais Quando comparamos as quantidades de peixe que a CE nos deixa pescar, com as quotas espanholas, impressiona como foi possível os nossos Governantes, deixado chegar a tão pouco para Portugal. Como exemplo, dados de quotas, TAC 2015 nas águas ibéricas: Areeiro - Por. 42 t, Esp. 1.271 t, Tamboril – Por. 495 t Esp. 2.490 t Pescada – Por. 4.129 t, Esp. 8.848 t Verdinho – Por. 6.467 t, Esp. 25.830 t Raia – Por. 1.729 t, Esp. 5.336 t

Pesca do atum em cerco de barcos espanhóis 2018 Janeiro 373

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Notícias do Mar

Os atuns capturados na rede de cerco

Espadarte – Por. 1.482 t, Esp.12.475 t Atum rabilho – Por. 278 t, Esp. 2.956 t Este ano podemos pescar carapau e biqueirão, quase sem limites, porque aos espanhóis já não interessa muito pescar estes peixes, porque são de pouco valor comercial. A partir de agora até ao início de Maio as traineiras não podem pescar sardinha e certamente muitas irão parar, porque só podem capturar cavala, biqueirão e carapau. A arte de pesca do pa-

A arte de pesca açoreana de salto e vara

As traineiras não podem ficar paradas 6

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langre é a mais sustentável, dá mais postos de trabalho, e captura o peixe de maior qualidade. Porque não se reconvertem agora as traineiras durante estes meses em palangreiros? Porque não apoiar a reconversão das embarcações, em vez de se darem subsídios por estarem parados? O custo de reconverter uma traineira é de certeza bastante menos do que se vai pagar para não sair para o mar. A elevada qualidade dos peixes capturados nos aparelhos é confirmada pelas autoridades sanitárias das lotas. Que dizem que pode até ser exportado. Importamos quatro vezes o peixe que comemos e temos espécies na nossa plataforma continental que pode ser exportado. Não podemos ter mais barcos parados como as traineiras. Isso é o que todos os países que exportam peixe para Portugal querem. Para apoiar estes novos palangreiros para pescarem é preciso limpar os melhores pesqueiros da plataforma continental das redes de emalhar de fundo, ilegalmente lá fundeadas permanentemente, para os anzóis dos aparelhos do palangre serem lançados e pescarem alguma coisa, em vez de ficarem presos nas redes. Houve sempre uma grande diferença entre Portugal e Espanha nos objectivos de pesca. Os portugueses sempre pescaram para comer, enquanto os espanhóis, praticamente, só pescam para vender. Agora vamos ver o que consegue a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, dos espanhóis. Já está no tempo de podermos pescar mais.


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Notícias do Mar

Economia do Mar

SNEM Aprovado na Assembleia da República

Vai Resolver o Problema do Registo das Embarcações de Recreio

Marina de Lagos A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, apresentou na Assembleia da República uma Proposta de Lei que mereceu a aprovação por unanimidade dos deputados, no passado dia 15 de Dezembro, que autoriza o Governo a criar o Sistema Nacional de Embarcações e Marítimos (SNEM) e resolver de vez o grave problema que dura desde 1999 com o Registo das Embarcações de Recreio.

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egundo informação do Ministério do Mar, “o SNEM é um sistema de dados nacional único, que vai agregar toda a informação relativa a navios, embarcações, ma-

rítimos, bem como outra informação relacionada com atividades marítimas, já existentes noutras bases de dados, garantindo um maior nível de segurança e proteção de dados pessoais”

Pretende a Ministra do Mar que o “SNEM tenha como pressuposto o acesso transversal de todas as entidades com competências materiais no âmbito de procedimentos na área

Cobalt 23SC com motor Yamaha F300 8

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das atividades marítimas, o que permitirá uma maior celeridade, segurança e clareza nas relações com a Administração Pública, ao mesmo tempo que imprime maior clareza e facilidade, do ponto de vista do particular, no acesso aos serviços públicos na área do mar.” “A criação do SNEM é uma opção de futuro, que aposta na desmaterialização dos procedimentos através da instituição de um único balcão eletrónico (Balcão Eletrónico do Mar) como ponto de acesso, evitando-se, assim, deslocações aos serviços, numa lógica de simplificação, com os respetivos benefícios ambientais e económicos.” O Ministério do Mar reforça “é, ainda assim, garantida a prestação de apoio local, quando neces-


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Lomac Adrenalina 7.5 com motor Honda BF200 sário, através de entidades próximas do cidadão, assegurando-se a colocação de terminais de acesso e atendimento personalizado através dos órgãos locais

da Autoridade Marítima Nacional, nomeadamente das capitanias dos portos, e das administrações portuárias.” Com a operacionalidade

do SNEM Ana Paula Vitorino garante que “permitirá uma maior cooperação dos vários organismos da Administração Pública, particularmente da Direção-Geral de

Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, dos órgãos centrais e locais da Autoridade Marítima Nacional e do Instituto de Registo e Notariado, I.P.”

Bayliner 180 Element XL com motor Mercury 115 EFI 2018 Janeiro 373

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Náutica

Notícias GROW

Nova Campanha Honda Marine

Maré de Ofertas

A Honda Marine apresenta a campanha promocional “Maré de Ofertas” que terá início em Janeiro de 2018 e será válida até ao final de Abril.

A

gora, ao comprar um motor fora-deborda Honda Marine, poderá optar pela oferta mais vantajosa para si, que poderá ser a valorização da retoma até 3.450€, ou em alguns modelos (a partir do BF100), pode optar por ofertas, que poderão ir desde um conjunto de anexo+motor, até um motor ou um gerador Honda. Campanha Válida de Janeiro a Abril de 2018 Para conhecer em detalhe as ofertas para cada modelo basta consultar um concessionário aderente da Rede oficial Honda Marine. GROW Produtos de Força Portugal, Lda Rua Fontes Pereira de Melo,16, 2714-506 Abrunheira, SINTRA – PORTUGAL Tel. +351 211 303 000, Fax. +351 211 303 003 Mail: geral@grow.com.pt - WWW.GROW.COM.PT 10

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Náutica

Notícias GROW

Novos Motores TOHATSU MFS20 e MFS15 de Injecção A GROW Portugal, representante da TOHATSU em Portugal, apresenta os novos motores fora de borda de injecção, os modelos MFS20 e MFS15, os mais leves motores a 4 tempos de injecção de combustível com funcionamento sem bateria.

O Mais Leve do Mercado A TOHATSU conseguiu desenvolver o motor mais leve da sua classe. Alcançar isso não foi um caminho fácil, mas foi conseguido revendo toda a concepção do motor. O motor foi reduzido de 351cc para 333 cc mas a performance foi melhorada através do desenvolvimento de novos componentes e uma melhoria na taxa de compressão. A título de exemplo, só a coluna do motor viu o seu pesso reduzido em 35%. Outros componentes, 12

como árvore de cames, pistons, eixo da hélice, e mais 240 itens foram redesenhados para aumentar resistência e reduzir peso. Como resultado obteve-se uma redução de cerca de 17% no peso das peças interiores do motor. Com a introdução das inovações e com um novo design foi possível criar os motores de injecção mais leves da sua classe, com excelente desempenho, baixo nível de ruído, baixa vibração e facilidade de uso. Além disso, com o peso global diminuído, pesando à volta dos

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48kg, estes motores fora de borda apresentam também um elevado rácio de compressão para melhores prestações (10.2). Os novos Tohatsu MFS20 e MFS15 de injecção têm um arranque fácil sem estrangulamento e uma aceleração suave e nítida em todas as rotações. Outro benefício adicional é a sua eficiência de combustível. Os novos MFS20 e MFS15, herdaram o conceito de desenvolvimento e design “Light Weight ECO Sport” dos modelos MFS50 / 40A. Este conceito de de-

sign, ao ser tão bem recebido em todo o mundo, teria que acabar por ser incorporado nos novos modelos, contribuindo também para um peso mais leve. Para além disso, com a deslocalização de alguns componentes pesados, como por exemplo o eixo de transmissão, toda a eficiência do conjunto melhorou em relação à versão anterior. Os baixos níveis de vibração e ruído que foram alcançados no seu desenvolvimento, fazem destas novas unidades motores perfeitos tanto para a utilização no re-


Náutica

Sistema de combustível dições de frio. 3 - Ajuste de fornecimento de ar mais preciso em temperaturas extremas e mudanças na pressão do ar. 4 - Maior estabilidade do funcionamento do motor, 5 - Elimina problemas relacionados ao carburador 6 – Melhor eficiência de combustível. Normalmente, um sistema eletrônico de injeção de combustível requer energia da bateria para

operar o motor. No entanto, o MFS20 / 15E Tohatsu não necessita da energia da bateria o que significa que estes novos modelos também poupam aproximadamente 15kg que outros concorrentes têm que transportar. Inovações Tecnológicas Tohatsu O Compromisso da TOHATSU em desenvolver moto-

res de simples utilização, de qualidade e fiabilidade extrema, levou a marca até ao limite da inovação nestes dois novos modelos Sistema de Combustível VST (Vapor Separator Tank) foi projetado para integrar a bomba de alimentação de combustível de alta pressão e refrigerador de combustível dentro do VST, tornando-o

creio como profissional. EFI Uma Nova Geração de Injecção Electrónica de Combustível O que é o EFI? EFI significa Injeção Eletrônica de Combustível, onde a unidade de controlo (ECU) monitoriza o fluxo e a densidade do ar, entre outras condições, e controla de forma precisa o fornecimento de combustível consoante a temperatura e diversos estados do motor. Os principais benefícios fornecidos incluem: 1 - Resposta de aceleração mais suave e consistente. 2 - Arranque fácil em con2018 Janeiro 373

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Náutica

Tohatsu MFS20 um sistema de combustível integrado e muito compacto. Isso contribui para reduzir o

peso e melhorar a capacidade de manutenção. Possui também um regulador

embutido que permite que o ECU controle melhor o bombeamento de combustível e que corresponda à faixa específica de rpm o que também contribui para a economia de combustível. Filtro de Combustível O novo filtro de combustível Tohatsu está equipado com um indicador de água, e os utilizadores podem notar facilmente quando / se a água existir no combustível. O filtro de combustível Tohatsu não possui nenhum tubo de drenagem de borracha nem tampão, o que facilita a dre-

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nagem de água em qualquer circunstância. Corpo de Acelerador O Departamento de Engenharia da TOHATSU Corporation integrou todos os sensores e dispositivos necessários, como o sensor TMAP (Sensor de Temperatura Absoluta Pressão), a válvula ISC (Velocidade de marcha lenta) e o TPS (sensor de posição do acelerador), que são necessários para controlar o sistema EFI, e o corpo do acelerador. Toda esta unidade é muito compacta e contribui para


Náutica

lo de Mudança e Interruptor de Tilt de Energia, acelerador e mecanismo de ajuste da sensibilidade.

Admissão de Ar

Pega para Transporte Os Novos MFS20/15E não são apenas os mais leves! A pega de transporte faz com que sejam excepcionalmente fáceis de transportar.

reduzir o peso e, além disso, oferece mais facilidade na manutenção Punho Multi-Funções O Punho destas novas unidades incorpora um interruptor de Paragem, Manípu-

Integrated Bottom Cowl Para reduzir o peso e melhorar a capacidade de manutenção, os resguardos passam a ser em resina, e as juntas inferiores e superiores foram melhoradas o que e permite dividir as coberturas superiores em 3. O selante superior é aplicado sem cola ou grampos para simplificar a manutenção Admissão de Ar Para maximizar o desem-

Punho multi-funções

Componentes Electrónicos do Sistema de Arrefecimento 2018 Janeiro 373

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Náutica

Tohatsu MFS15 penho do motor, o Departamento de Engenharia da TOHATSU concentrou-se em melhorar a temperatura de

entrada do ar no motor. Uma melhoria na temperatura de admissão traduziu-se numa aumento de 3% na potência.

Válvulas de Admissão 16

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Componentes Electrónicos do Sistema de Arrefecimento Um termóstato de 52 ºC foi adotado para melhorar a durabilidade do motor. A temperatura da superfície do motor, que influencia a temperatura do lado interno da carcaça, depende da temperatura do óleo do motor, onde a temperatura da superfície do bloco do motor e dos cilindros são equivalentes ao óleo do motor. Portanto, reduzir a temperatura do óleo do motor resultará também na redução da temperatura da superfície do motor. Para fazer isso, o termóstato de 52 ºC

foi montado no motor para manter as temperaturas de refrigeração da água mais baixa. ECU é o componente mais importante para operar o sistema EFI e, assim, foi instalada uma unidade de Interceptação de calor em resina para evitar a transferência de calor do motor para garantir que a ECU esteja protegida contra o calor. Válvulas de Admissão Válvulas grandes de admissão que são quase semelhantes ao MFS40 / 50A são adotadas para suavizar o levantamento da válvula, o que contribui para melhorar o desempenho, tanto a saí-


Náutica

Nível sonoro da admissão da como do binário. Nível Sonoro 1 - Nível sonoro da admissão Para reduzir o ruído de entrada que resulta da ressonância do tubo de admissão, um Silenciador foi aplicado de forma flutuante com o uso de Montagem de Borrachas. Isso significa que o Silenciador de entrada está isolado do motor usando montagens de borracha para segurar esta unidade. Isso contribui para reduzir a vibração e o ruído. 2 - Nivel sonoro de entrada ISC A válvula ISC (solenóide) cria ruído operacional. Para

reduzir esse ruído, uma Câmara de amortecimento é usada como Silenciador de Injeção. Esta Câmara de amortecimento resulta no silêncio quase absoluto da válvula ISC. Além disso, também contribui para reduzir em 2dB o funcionamento do motor ao ralenti. Levantar o Motor É leve, mas também é projetado para se sentir mais leve ao inclinar o motor. Os componentes mais pesados foram projetados para serem colocados 30mm para a frente comparativamente com o modelo anterior. Com a distância do centro de gra-

vidade e o eixo de rotação mais curto reduz-se a força necessária para inclinar o motor. Desta forma, pesa apenas 22 kg ao inclinar-se, o que é 26.7% mais leve que o modelo anterior Estes modelos já se encontram disponíveis para comercialização em Portugal, nos concessionários Tohatsu em Portugal, que pode consultar aqui: www.tohatsu.pt Os preços de venda ao público com IVA incluído são: MFS15E L : PVP 3.460€ C/ IVA MFS20E L : PVP 3.700€ C/ IVA

Manobrabilidade mais Suave O raio de direção foi revisto e melhorado de 10º para 90º ficando em linha com a concorrência Levantar o motor 2018 Janeiro 373

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Marina Setúbal Pólo de Assistência Náutica

Entrevista Antero dos Santos

Nautiser Centro Náutico Toma Posse da Marina Marbella Setúbal

A antiga Marina Marbella de Setubal é agora Marina Setúbal, num negócio onde a Nautiser Centro Náutico, de Eugénio Martins, tomou posse do negócio.

Foi feita uma profundo renovação e reparação do travel lift, que permitirá a colocação na água de embarcações até 16 metros de comprimento, 5 metros de boca e 25 toneladas

O

conhecido empresário da náutica de recreio, Eugénio Martins, propriétario da Nautiser Centro Náutico, voltou a fazer dinamizar o mercado em Portugal, desta vez com o desenvolvimento de amplas infraestruturas náuticas em Setúbal e a representação e importação exclusiva de mais duas marcas dos USA, a Sea Ray e a Glastron. Eugénio Martins conta, ao apresentar a sua nova aposta: “Os últimos anos de funcionamento da Marina Marbella Setubal tornaram necessária uma 18

mudança de rumo. Este facto levou a que fossem iniciadas negociações, envolvendo várias entidades, onde se inclui a APSS. Ao longo de muitos meses de negociações. E no final tomei a posição da concessão da empresa.” Já tinha pensado neste tipo de instalações, pois a Nautiser/Centro Náutico em Palmela, está muito longe da água? “Como é do conhecimento de muitos, somos uma empresa “nacional”, temos clientes em todo o território nacional. No en-

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tanto, a privilegiada localização da Marina Setúbal, irá nos alargar o leque de serviços, permitindo a manutenção de embarcações de maior dimensão bem como veleiros.” A Nautiser/Centro Náutico já utilizava os serviços da Marina Marbella? “Sim, em específico com o apoio de tralel lift para as embarcações de maior porte. Neste momento, com a junção de esforços, ficamos 100% autónomos para as descidas e subidas. Saliente-se a profundo renovação / reparação do travel lift, que

permitirá a colocação na água de embarcações até 16 metros de comprimento, 5 metros de boca e 25 toneladas.” Vejo veleiros em seco junto ao travel lift. Também vão dar assistência a esses barcos? Sim, obviamente e dentro das nossas capacidades. Neste momento, posso afirmar, quem pretender subir um veleiro em Setúbal para manutenção, seja limpeza, pintura ou mecânica, pode contactar a Marina Setúbal para agendar serviço desejado.” Como vai a Marina Se-


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Eugénio Martins A representada Sea Ray na Marina Setúbal Em virtude da enorme confiança que Eugénio Martins transmite no meio internacional da náutica de recreio, não é difícil perceber que a marca Sea Ray, não quises-

túbal servir os clientes da Nautiser / Centro Náutico? “Aqui fazemos a recolha das embarcações e temos um pack de subidas e descidas para qualquer cliente que pode ser já da Nautiser Centro Náutico e que passou a utilizar mais um serviço que oferecemos na Marina Setúbal. Com este serviço, o cliente tem a possibilidade de á distancia, garantir que a sua embarcação seja colocada na água e retirada á hora que mais lhe convier. Este serviço estará disponível de Domingo a Domingo no período de Verão.”

se perder a oportunidade de manter a sua marca de prestígio, garantindo por Marina Marbella, passar a ser representada em Portugal pela Marina Setúbal. Eugénio Martins explica: “A Nautiser Centro Náutico continua a importar e

representar em exclusivo a Cobalt, e a gama Jenneau motor, mas também a partir do corrente ano de 2018 a marca Glastron. A Marina Setúbal, além da importação exclusiva da Sea Ray, obviamente que dará todo o apoio neces-

A Marina Setúbal será um pólo de assistência náutica 2018 Janeiro 373

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Armazém de recolhas para embarcações com o máximo de 12,98metros de comprimento

Área de exposição dos barcos novos Sea Ray e de barcos usados

sário aos clientes desta marca. Em ambas as empresas, teremos também uma vasta gama de barcos usados.” Comercialmente não haverá concorrência entre modelos de marcas diferentes? “Em relação aos barcos importados pela Nautiser Centro Náutico, ampliamos o nível de oferta com as três marcas. Com as duas marcas america-

O parqueamento em seco das embarcações 20

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nas, Cobalt e Glastron, cobrimos um largo leque de clientes deste tipo de barcos, pois são embarcações com custos de venda ao público muito diferente. Assim passamos a ter uma embarcação de entrada com um preço mais baixo. O cliente pode iniciar-se com um Glastron e passados uns anos comprar um Cobalt. A Jeanneau é uma marca francesa com embarcações que englobam uma vasta gama, desde os já conhecidos e práticos Cap Camarat aos Merry Fisher passando pelos Leader.” A Glastron produz barcos na Europa e a Sea Ray? “Quanto à Sea Ray esta situa-se num patamar de embarcações acima da Glastron. Estes barcos são os que melhor podem dar início à prática da náutica de recreio. A Glastron foi adquirida nos USA pelo Grupo Beneteau, que inclui a marca Jeanneau, da qual a Nautiser Centro Náutico é representante exclusivo em Portugal. Actualmente existem estaleiros na Polónia que constróem alguns modelos da Sea Ray e da Glastron e outros são construídos nos USA. Os europeus têm um nível de qualidade que não fica atrás dos americanos, por isso o fabrico é em função dos mercados.” Qual é a situação da Cobalt em relação às outras marcas representadas? “A Cobalt produziu apenas 1900 barcos desde 1950 nos seus estaleiros nos USA. Esta é a razão da extraordiária qualidade dos barcos, dos seus acabamentos e do preço mais elevado que os outros. Por isso se chamam aos Cobalt os “Rolls Royce” do mar.”


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Exposição de barcos usados Marina Setúbal um pólo de assistência náutica A Marina Setúbal tem as suas instalações adequadas para parquear em seco e fechadas num armazém

90 embarcações. Tem ainda oficina para reparar motores e fazer as revisões e dar a assistência às embarcações, como reparação de equipamentos e pintura de fundos. Faz também reparação em fibras, podendo executar

qualquer tipo de alteração nos cascos e nos interiores dos barcos, incluindo novos mobiliários, portas, estofos e modificação nas cores das paredes e tectos. Mesmo que seja necessário construir um molde, na Marina

Oficina de carpintaria naval 22

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Setúbal esse trabalho pode ser executado. O serviço de assistência na Marina Setúbal está dirigida a todos os que têm barco e querem usufruir de um passeio no Sado, levar o barco para a Marina de Tróia, ou sair para o mar. “Temos clientes na Marina de Tróia que se servem também da assistência da Marina Setúbal.” Existem boas perspectivas para o futuro? “A náutica de recreio tem estado a crescer e há mais procura de barcos. Agora com estas quatro marcas de embarcações prevejo um aumento de actividade bastante grande com as duas empresas a trabalharem em conjunto. Principalmente porque existe uma base de enorme confiança na organização. Os clientes aparecem com o passa a palavra com os que vão ficando satisfeitos.” E quanto aos usados qual vai ser a estratégia? “Vamos desenvolver na Marina de Setúbal o negó-


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A Marina Setúbal pode recolher em seco embarcações à vela e a motor com 16 metros de comprimento e o peso de 25 toneladas cio dos usados de modo a aparecer outra empresa de barcos usados. Mantendo a linha de rigor que já se conhece na Nautiser Centro Náutico. Aqui ficam os usados e os barcos novos Sea Ray.” Como vão impulsionar os serviços na Marina Setúbal? “Nos últimos cinco anos, quer as instalações como todo o espaço se degradou e os serviços desapareceram. Agora começámos a reparar tudo e já ampliámos as oficinas no espaço coberto e vamos dimensionar adequadamente a oficina para poder dar assistência e reparar também as embarcações grandes. Barcos até 10 metros são reparados dentro da oficina e os maiores no exterior. Quanto às recolhas, conseguimos reco-

lher embarcações com o máximo de 12,98metros de comprimento, pois o pavilhão tem dentro 13 metros de largura.” Qual é o tipo de modificações que fazem nas embarcações?

“Agora estamos a modificar a popa dum barco. Onde tinha uma garagem para um barco de apoio, está a ser ampliada para passar para um amplo solário. A popa está a ser cortada e construída uma

peça como plataforma de banhos para encaixar no meio e ficar com o dobro do tamanho. Eu já tinha modificado completamente o meu barco tanto no exterior como interiormente e agora estamos a

Bastante espaço para um novo pólo náutico na Marina Setúbal, com novos serviços de elevada qualidade 2018 Janeiro 373

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Onde tinha uma garagem para um barco de apoio, está a ser ampliada para passar para um amplo solário

Uma popa nova à espera de ser aplicada na embarcação transformada

Modificações em embarcações é um dos trabalhos mais importantes 24

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especializados para fazer qualquer alteração nas popas, se for rectangular passar para redonda e modificações no convés, no interior, ou pintar o casco com cor diferente. Nós podemos fazer tudo, como temos carpintaria e marcenaria e trabalhamos nas fibras, podemos fazer um tablier mais moderno, ou cozinhas novas e mudar as cores dos interiores com películas 3M. Um cliente que esteja cansado das cores dos interiores,

nós aqui mudamos com as cores que ele quizer. Principalmente as senhoras, quando depois entram no barco este parece-lhe outro completamente novo. Estes trabalhos tanto se podem fazer num barco a motor como num veleiro. Isto é um complemento ao negócio. Com o passar da palavra já estamos a receber os clientes com os barcos grandes. Não só porque estão mais perto da água e aqui podemos fazer qualquer tipo de assistência, como construirmos novas plataforas de banho. E este é um dos trabalhos mais importantes que na Marina Setúbal já fazemos.” Qual é a previsão de crescimento para as duas empresas? “Em termos de vendas, com o aumento da oferta com estas novas marcas de barcos, a melhoria da economia e um maior interesse das pessoas pela náutica de recreio, prevejo resultar num aumento entre 10 a15 % em 2018. Temos também os clientes da Nautiser Centro Náutico que passam a usufruir da assistência que será dada com o novo pólo náutico que vamos desenvolver com a Marina Setúbal, com novos serviços de elevada qualidade.“

Mudança de cores e novo mobiliário no interior duma embarcação


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Náutica

Teste Dipol D-25 CC com Novo Yamaha F175C DBW

Texto e Fotografia Antero dos Santos / Notícias do Mar

Barco Desportivo Vocacionado Para a Pesca Em finais de Outubro testámos no meeting do estaleiro espanhol Dipol de Huelva, em El Rompido, um novo Dipol D-25 CC equipado com o novo Yamaha F175 GETL, um conjunto muito polivalente e potente

C

om os estaleiros em Huelva, a Dipol, quando iniciou a construção em PRFV, começou por fornecer barcos para a pesca profissional. Em virtude disso, o estaleiro desenvolveu nas embarcações características de estabilidade e robustez, adequadas para navegarem no mar, construindo o casco com as estruturas longitudinais e transversais, bastante reforçadas e semi-planante à 26

popa. Com estas características os barcos, os barcos conseguem fazer boas performances com motores de potências reduzidas. Quando iniciou a construção de embarcações para o recreio a Dipol manteve o mesmo conceito, quanto ao tipo de casco, com um V evolutivo muito acentuado à frente e atenuado no último terço. Graças a estas ca-

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racterísticas, os barcos Dipol têm facilidade no arranque, um bom desempenho com motores de baixa potência e depois excelente comportamento no mar. O estaleiro de Huelva cria as embarcações a pensar satisfazer os pescadores lúdicos e desportivos, por isso e incorporam quase tudo o que é preciso para uma jornada de pesca com o equipamento standard ou como opcional

Dipol D-25 CC Barco desportivo e muito polivalente para a pesca lúdica, os desportos aquáticos e os passeios. O D-25 CC está muito bem fornecido de equipamentos para responder o mais possível às exigências da navegação no mar e quando são os dias dos piqueniques náuticos, facilitar o convívio e o relax. A consola de condução é alta e larga com um parabrisas acrílico arredonda-


Náutica

Posto de comando

Dipol D-25 CC

do. À frente tem um banco individual e dentro dispõe de um compartimento com sanita química. O banco do piloto é duplo, estofado e com encosto. Levantando uma tampa o banco tem dentro um lavatório e pode ter um frigorífico opcional. Nas costas do banco está montada uma mesa em madeira rebatível, para

apoio do poço. Na popa encontra-se um banco estofado com encosto. Este banco tem um porão para arrumar palamenta com uma tampa com amortecedor hidráulico. Ao lado por bombordo existe a passagem para a plataforma à popa que tem escada de banho. Junto á passagem e entrada para o poço está

montado o duche de água doce, como equipamento standard. O poço tem estantes laterais para colocar equipamentos de pesca. A borda do poço está forrada em madeira e comporta quatro porta-canas. No piso existe um grande porão onde se pode meter um açafate ou uma caixa para guardar peixe.

Velocidade económica de cruzeiro notável com 22/23 nós às 4.000 rpm 2018 Janeiro 373

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Náutica

O poço tem ampla polivalência 28

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Passagem do poço para a popa


Náutica

Banco à frente da consola

O espaço junto à proa é convertível. Tem um assento em U com almofadas ou monta-se um solário. No meio pode-se colocar uma mesa. A proa com a forma de um púlpito, tem junto o porão para o ferro. Dentro existe espaço para um montar um molinete eléctrico opcional. À volta do espaço à proa está montado um varandim em aço inox.

Estava montado o novo Yamaha F175C DBW

em 1,72 segundos o Dipol D-25 CC fez 11,1 nós de velocidade. No ensaio da velocidade máxima atingimos 36,7

nós às 5600 rpm. Em velocidade económica de cruzeiro é notável os 22/23 nós que fizemos, com o motor numa baixa

Excelentes performances no teste Ao testarmos o arranque,

À frente o espaço é convertrível em solário 2018 Janeiro 373

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Náutica

Mesa em madeira rebatível

Novo Yamaha F175C DBW

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Yamaha F175C comartilha todas as sofisticadas tecnologias das novas gerações dos motores Yamaha. O motor tem 4 cilindros em linha, com 2.785 cm3 de cilindrada, 16-válvulas, DOHC (Dupla árvore de cames à cabeça), comporta o sistema de Injeção eletrónica de combustível multiponto EFI e tem incorporada a nova tecnologia DBW. Graças à fiabilidade desta tecnologia, o motor tem um desempenho com excelente precisão na mudança de velocidades e fornecimento de potência sob o controlo Drive-by-Wire (DBW), de funcionamento simples e uma enorme vantagem para o utilizador no controlo e funcionamento da embarcação. O Sistema de Ignição é por Microcomputador TCI. O sistema digital de rede avançado exclusivo da Yamaha, com uma vasta gama de manómetros digitais, é compatível com o motor Tem o sistema VTS (velocidade de ajuste variável) para ralenti e velocidades baixos,em passos de 50 rpm, o ideal para a pesca ao corrico. O sistema de proteção antirroubo Y-COP está também incorporado.

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rotação, às 4000 rpm De realçar as excelentes performances que o Dipol D-25 CC fez com o motor F175C DBW, uma das novidades da Yamaha. Estes resultados devem-se também ao tipo de casco rápido que o barco tem e comportar desde a proa os planos de estabilidade laterais

bastante saídos até à popa que deslizam bem na água. A navegar o barco tem um desempenho muito marinheiro, graças à proa alta com um perfil deflector, e o V bastante marcado do casco que corta com conforto a água e deflecte-a para fora e para trás, sem molhar o

Encaixe para garrafas e latas


NĂĄutica

Prateleiras laterais e borda forrada em madeira com porta canas

Proa alta com um perfil deflector e o V do casco bastante marcado

Sanita quĂ­mica dentro da consola

O barco tem tudo e ĂŠ muito completo em equipamento 2018 Janeiro 373

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Náutica

O barco tem um desempenho muito marinheiro

interior. Em conclusão, consideramos que o D-25 CC

tem uma relação preço/ qualidade muito boa, para a classe onde se insere.

Características Técnicas Comprimento

7,47 m

Boca

2,60 m

Lotação

6/8

Potência máxima

300 HP

Classificação CE

B/C/D

Motor em teste

F175CETX DBW

Preço Pack com IVA

47.900€

Performances

O banco à popa

O porão no banco da popa tem a tampa com amortecedor hidráulico 32

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Tempo para planar

1,72 seg 11,1 nós

Aceleração 5000 rpm

30,5 nós 11,68 seg

Velocidade cruzeiro

22/23 nós 4000 rpm

Mínimo a planar

10,6 nós 2700 rpm

3.000 rpm

13,5 nós

3.500 rpm

20,3 nós

4.000 rpm

22,7 nós

4.500 rpm

27,3 nós

5.000 rpm

30,7 nós

5.500 rpm

36 nós

Velocidade máxima

36,7 nós 5600 rpm

Estaleiro: DIPOL GLASS, S.L. La Lobera S/N – 21510, San Bartolomé de la Torre (Huelva) – Espanha Tel: 959 387 543 dipolglass@dipolglass.com Importador: YAMAHA MOTOR EUROPE N.V. Sucursal em Portugal Rua Cidade de Córdova 1 - Alfragide 2610-038 Amadora Tel.: 214 722 125 Mob: 926 486 572 www.yamaha-motor.pt


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

A Mãe de Todos os Debates…

Dai-me agora um som alto e sublimado, Um estilo grandíloquo e corrente, Por que Vossas águas Febo ordene Que não tenham inveja as de Hipocrene. Luis de Camões in os Lusíadas Foi a sociedade civil que tomou a iniciativa de a partir de 2015 dar início à preparação do programa e aos contactos com alguns parceiros, nomeadamente os municípios, algumas Cims, outras entidades ligadas ao Tejo e a sociedade do conhecimento, para a organização de um novo Congresso do Tejo, o terceiro, pela mão da Tagus Vivan, a legítima continuadora da obra de 25 anos da AAT- Associação dos Amigos do Tejo, fundada em 1984, ONGA declarada de Utilidade Pública no DR em 1991, cujas origens remontam aos anos sessenta do século passado.

C

om efeito, estas duas associações cívicas sem fins lucrativos no seu desígnio de pugnar pelo nosso maior rio, tiveram sempre a preocupação de estarem bem informadas sobre o estado dele e essa informação foi na sua maioria recolhida de dentro para fora do rio, com a preocupação de falar com verdade, e optaram por seguir uma estratégia pelo diálogo e persuasão com perseverança, e empreenderam um conjunto de acções com pragmatismo, procurando levar para o Tejo os autarcas e as populações ribeirinhas para voltarem a aproximar34

se dele, reforçando essa proximidade para conhecerem-no melhor, por ser sabido que ninguém ama, protege ou cuida daquilo que desconhece. Por ser sabido também que é do estado de salubridade da água e das potencialidades deste grande recurso natural para criar vida e riqueza, que depende a qualidade de vida dessas populações que devem estar bem conscientes dessa realidade e também para entenderem que é pela proximidade que se está a par das realidades para além de compreenderem que a sociedade civil não pode abdicar, alhear-se ou sentir-se

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desresponsabilizada de participar e intervir nos destinos do futuro do seu território e dos seus bens naturais, mesmo que eles sejam comuns e partilhados, como é o caso do Tejo. Foi por esta estratégia que estas associações cívicas optaram para procurar por meio da informação e do diálogo alertar a consciência dos cidadãos, como por exemplo os “Encontros intermunicípios ribeirinhos” bastante participados ao tempo, complementado com outras acções e actividades, muitas delas a navegar, tendo elegido a juventude ribeirinha para propagar a sua

mensagem de consciencialização ambiental e cívica, por ela ser não só o futuro mas também o elo provavelmente mais eficaz de transmissão aos pais, aos avós e às comunidades onde está inserida, para o que a preparou por meio de formação prática e teórica, nalguns casos intensiva no período de fins de semana e férias, nas áreas da educação ambiental, vigilância, navegação, defesa e preservação dos patrimónios ambiental e cultural, material e imaterial, que são valias importantes e muito diversificadas e particulares de região para região, e também na escola


Notícias do Mar

durante o ano lectivo como aconteceu no programa “O Tejo na Escola”, durante um ano lectivo, para o qual os próprios professores foram previamente levados para dentro e fora do Tejo para o conhecerem de perto e melhor. Outros programas também preparou e materializou, de aproximação e convívio com o Tejo e de índole educativa e formativa como as “Tagíadas da Juventude”, “Descidas ecológicas lusoespanholas de canoagem”, “ Formação de Vigilantes do Tejo”, de jovens pré-universitários e universitários, bem assim como as “Descobertas d´Áquém” que consistiu numa viagem durante um mês num barco Varino típico do Tejo que foi atracando em todos os portos fluviais desde Valada até Oeiras, com a tripulação a ser rendida semanalmente, composta por jovens oriundos das diver-

sas comunidades do Tejo, que nos portos que eram escalados os tripulantes durante dia e meio conviviam com os jovens locais e havia sempre uma sessão de debate sobre o rio localmente, dentro ou fora do barco, dependendo do número de participantes, com a presença dos autarcas e dos professores de geografia e de ciências naturais das escolas locais. Para além desta viagem aconteceram outros encontros pontuais de esclarecimento e animação, sempre com uma componente formativa e de consciencialização com a participação de jovens, de autarcas e das populações locais, por vezes com uma componente de navegação desportiva ou criativa como a regata de OFNIS (objectos flutuantes não identificados), entre jangadas com automóveis em

cima, tendas e outros objectos fruto da imaginação, e até uma banheira à vela, desde o Rocio ao Sul do Tejo até ao Castelo de Almourol, para jovens e adultos, e também uma “Conquista do Castelo de Almourol” por alunos do ensino secundário. Durante este percurso “Com empenho e desempenho” foram levados ao Tejo os autarcas, os alunos, os professores, alguns representantes das tutelas, a juventude ribeirinha “O Juventejo”, técnicos, cientistas e outros especialistas enfim, sempre em prol do Tejo dialogando, informando, esclarecendo e formando, com algumas actividades inovadoras para a época, e toda estas acções foram muito apoiadas pela comunicação social que ao tempo era mais consciente e formativa, com um conceito muito diferente dos oportunismos,

sensacionalismos ou populismos, todos a baterem na mesma tecla para fazer render o papel, ou a antena do áudio-visual como acontece nos tempos de hoje. Também foram feitas intervenções junto dos organismos públicos e privados, sempre usando o diálogo e a persuasão como arma. Houve quem apelidasse todo este trabalho de romantismo ou até de Quixotesco o que mereceu da parte dos Amigos do Tejo apenas esta resposta, com um sorriso: enquanto o D. Quixote travava lutas com os moinhos de vento para os destruir, nós pelo contrário, como velejadores lutámos com os ventos para irmos construindo moinhos! Fez também parte desta estratégia organizar dois Congressos do Tejo, o primeiro na Fundação Calouste Gulbenkian em 1987, o

O Tejo tem de continuar a criar vida

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Notícias do Mar

segundo na Gare da Rocha Conde de Óbidos em 2006 e agora aproxima-se o terceiro que consideramos a MÃE DE TODOS OS DEBATES SOBRE O FUTURO DO TEJO que foi precedido de um Ciclo de 5 Conferências Regionais preparatórias para fazer um diagnóstico do Tejo por esse rio acima, com a validade de um préCongresso e nos próximo dias 16 e 17 do mês de Fevereiro de 2018, na emblemática Gare da Rocha Conde d`Óbidos, na Doca de Alcântara em Lisboa, vai acontecer o Congresso do Tejo III, MAIS TEJO, MAIS FUTURO, Um Compromisso Nacional. O Tejo com água e velas ao vento não pode ser uma quimera num país de marinheiros...

O Tejo e as suas férteis Lezírias 36

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Registámos a seguinte opinião por parte de alguns especialistas sobre a perti-


Notícias do Mar

nência da realização deste Congresso do Tejo III. “Passados que foram já alguns anos sobre a última realização do Congresso do Tejo, estou convencido que não só é oportuno como é também de grande importância realizar uma nova edição de um encontro desta natureza. Os problemas devido à escassez de água, aos baixos caudais e aos episódios de poluição e de má qualidade da água, a que se associam as questões transfronteiriças, as alterações climáticas, as alterações do uso da água, ou os desafios do transporte fluvial e marítimo, justificam plenamente um novo encontro técnico-científico sobre o maior rio português.” António Carmona Rodrigues (Prof. FCT.UNL) “Depois de algumas centenas de milhões de euros de investimento em saneamento e todo o tipo de infraestruturas, um rio estar como está o Tejo não tem justificação. É inaceitável e inexplicável, é um

crime e devia ser tratado como tal. Todos somos responsáveis, mas uns são bem mais que outros. Há um marco simbólico que, provavelmente, não aconteceu por acaso, e que assinala o início do abandono do rio, conduzindo à situação em que hoje está. Refiro-me ao desmantelamento da ARH do Tejo no vale do Tejo quando a sua gestão é relocalizada nas Caldas da Rainha. Como foi possível, nessa altura, autarcas, grupos de ecologistas e demais forças vivas do Tejo terem aceite esta decisão? Sem fiscalização, sem proximidade, sem conhecimento e sem saber só podia dar no que hoje temos: uma catástrofe que corresponde a décadas de retrocesso. Na prática, é um problema muito complexo que não tem solução simples e fácil. Vai necessitar de muito dinheiro e tempo. Quando um ecossistema como o Tejo chega a esta situação, mesmo com a ação certa, a inércia para a inversão é grande. Se juntarmos a tudo isto a

situação de “crise” que sustenta a “justificação” para más práticas do sector empresarial e público, e ainda a grave seca que vivemos, a equação para a catástrofe está completa. É bem sabido que quem se junta em congressos a mais das vezes está sempre de acordo com a nobre causa.” Carlos Cupeto (Prof. U.Évora) “Todos os rios têm características particulares que os distinguem de todos os outros no que se refere, não apenas aos aspectos da sua fisiografia e regime hidrológico, mas também à relação que as comunidades humanas com eles estabelecem. No contexto da Península Ibérica, o Tejo é um rio com características singulares nesses dois planos. Ele liga um Norte montanhoso húmido, característico dos afluentes da margem direita, com um Sul mais plano e semiárido, próprio dos afluentes da sua margem esquerda. No plano histórico e cultural, corre

predominantemente de Este para Oeste, desde os planaltos e serranias de Castela até à orla atlântica de Portugal, ligando a região da “austera” cidade de Madrid à “suave” cidade de Lisboa. Ao longo de todo o percurso são estreitos os laços da população com o “seu” rio. Esta dupla articulação Norte-Sul e Este-Oeste fazem do Tejo uma espécie de “alma hídrica” do território peninsular onde tudo de essencial, ou quase tudo, se reflete. Por isso, nunca será demais a atenção que Portugal e Espanha lhe dediquem, procurando resolver e superar os muitos problemas que ao longo das últimas décadas se foram acumulando. Um melhor futuro para o Tejo é necessariamente um melhor futuro para a economia, para o ambiente e para as populações dos dois lados da fronteira.” Francisco Nunes Correia (Prof. FNC.IST.UTL) “A razão de ser do Congresso sobre o rio Tejo

A partir do passado contruir o futuro

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Notícias do Mar

O Estuário do Tejo e o seu Porto voltaram a estar no centro do Mundo

fundamenta-se na necessidade de vir a conhecer a sua realidade no que se refere ao estado da sua água em termos qualitativos e quantitativos, por forma a poderem ser avaliadas num processo de decisão linhas de acção que

visem atingir objectivos que permitam corrigir as debilidades limitativas do processo do seu ambiente envolvente nas diversas actividades que nele podem ser desenvolvidas.” Luis Medeiros Alves (Vice-Almirante)

“O rio Tejo alimentou um longo processo histórico de ocupação e circulação humana, de afirmação de comunidades locais, de desenvolvimento de culturas e saberes específicos, atividades particulares, paisagens

singulares. Imaginemos, por um momento, a história deste longo troço do país sem o rio Tejo: como teria evoluído este território, o que seria ele hoje? Esta situação absurda é, afinal, o que está hoje em causa num rio acossado por diversos fatores, das alterações climáticas à dependência de espaços de decisão que Portugal não controla. É isto que está em debate no III Congresso do Tejo. Para que o futuro desejado se imponha ao futuro temido, para que a visão e a esperança permitam combater todas as distopias, para que as vozes de quem o conhece e o entende se façam ouvir, para que o Tejo se mantenha vivo e, assim, continue a dar vida e a rejuvenescer ecossistemas, comunidades, atividades e culturas que nele encontram a sua fonte de existência e razão de ser.” João Ferrão (Prof. ISC. UL)

Técnicos, Cientistas e Consultores Convidados para intervirem nos trabalhos do congresso do Tejo III, por ordem alfabética António Manuel Figueiredo (FEP – Quaternaire) António Gonçalves Henriques (Eng./ LNEC) António Sequeira Ribeiro (Dr./ APAMBIENTE) António Carmona Rodrigues (Prof./ FCT.UNL) Augusto Mateus (Prof. Econ./ Consultor) Carla Antunes (Prof.ª / U.Algarve) Carlos Salgado ( Pres./Tagus Vivan) Fernando Santana (Prof./ FCT.UNLisboa) Eduardo Oliveira e Sousa (Eng./ Pres. da CAP) Francisco Nunes Correia (Prof/ IST.UTL) – Presidente do Congresso Lia Vasconcelos (Prof.ª / FCT.UL) Lídia Sequeira (Prés./ APL) Luis Veiga da Cunha (Prof./IST,UL) Luis Mota Figueira (Prof./ IPT) Luis Figueiredo (Eng./Pres. ETE) João Ferrão (Prof./ ICS.UL) João Soromenho Rocha (Eng./ LNEC) – Tagus Vivan José Félix Ribeiro (Dr./ F.C.Gulbenkian) José Bastos Saldanha (C/Alm/Pres.Tagus Universalis

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José Sardinha (Eng./ Pres. EPAL) Manuel Reis Ferreira (Prof./ Cons. Turismo) Manuel Lacerda (Eng./ ADP) Maria da Graça Saraiva (Prof.ª/ FA.UL) Miguel de Azevedo Coutinho (Prof./ IST.UL) – Tagus Vivan Núria Hernandez Mora/ Espanha Pedro Santos Coelho (Prof. – FCT.UNL) Pedro Serra (Especialista e Consultor) Rodrigo Oliveira (Prof. – IST.UL) Rui Rodrigues (Eng./LNEC) SERÁ CONFIRMADO EM BREVE O PROGRAMA TEMÁTICO COM OS NOMES DOS MODERADORES E ORADORES CONVIDADOS, JÁ ENQUADRADOS NAS RESPECTIVAS COMUNICAÇÕES TEMÁTICAS PROGRAMADAS PARA CADA UM DOS PAINÉIS DO CONGRESSO.


Notícias do Mar

Programa do Congresso do Tejo III MAIS TEJO, MAIS FUTURO – Um Compromisso Nacional

Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos (Lisboa, Doca de Alcântara) 16 e 17 de fevereiro de 2018

Programa do 1º Dia (16/02/2018) 8.30h – Recepção aos Participantes 9.00 h – Sessão de Abertura Mesa da Sessão: João Matos Fernandes (Ministro do Ambiente) Lídia Sequeira (Presidente da APL) Francisco Nunes Correia (Presidente da Comissão Organizadora) Carlos Salgado (Comissão Organizadora) António Carmona Rodrigues (Comissão Organizadora) Manuel Lacerda (Comissão Organizadora) João Soromenho Rocha (Comissão Organizadora– Relator do Congresso) Miguel Azevedo Coutinho (Comissão Organizadora – Relator do Congresso) 9.30h – 11.00h 1º Painel – Presente e Futuro: Os Usos da Água e Potenciais Conflitos Agricultura e rega Abastecimento urbano Produção de energia Atividade portuária e navegabilidade Turismo Valores ambientais e culturais Debate 11.00h – 11.30h – Intervalo para café 11.30h – 13.00h 2º Painel – Presente e Futuro: Administração Pública e Participação Administração Central Riscos de cheias e secas Diretiva-Quadro da Água Impactos Ambientais Participação pública Debate 13.00h – 14.30h – Pausa para almoço

14.30h – 15.50h 3º Painel – Presente e Futuro: Planeamento Estratégico e Desenvolvimento Recursos hídricos Ambiente Desenvolvimento regional Marketing Territorial Debate 15.50h – 16.10h – Intervalo para café 16.10h – 17.30h – Mesa-Redonda - Conclusões e Recomendações do 1º dia Moderadores do 1º dia Relatores do Congresso Debate 17.30h Sessão de Trabalho - Programa de Ações e Preparação da Carta de Lisboa, participada por moderadores dos Painéis, Convidados e Relatores do Congresso Programa do 2º Dia (17/2/2018) 9.00h – 10.30h 4º Painel – Mais Tejo, Mais Futuro Especialistas convidados nas diversas áreas de interesse Debate 10.30h – 10.50h – Intervalo para café 10.50h – 12.00h Conferência de Encerramento – Tejo, um Rio Luso-Espanhol Orador espanhol Orador português Debate 12.00h – 13.00h Sessão de Encerramento Conclusões, Recomendações e Proposta de Carta de Lisboa Ana Paula Vitorino (Ministra do Mar) Francisco Nunes Correia (Presidente da Comissão Organizadora) Carlos Salgado (Comissão Organizadora) António Carmona Rodrigues (Comissão Organizadora) Manuel Lacerda (Comissão Organizadora) João Soromenho Rocha (Relator do Congresso) Miguel Azevedo Coutinho (Relator do Congresso) Está previsto após o encerramento haver um Tejo de Honra precedido de um Show Cooking no Salão Almada Negreiros.

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Notícias do Mar

O Tejo a Pé

Tejo em Lisboa, Monsanto

No Marquês começamos a nossa caminhada.

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o Tejo a pé começamos o ano da melhor maneira, pela mão do Nuno Luz voltamos a Monsanto. Desta vez a proposta foi sair do centro de Lisboa, partimos do Marquês de Pombal. No solarengo e frio primeiro domingo do ano os turistas naquele local eram às dezenas e todos procuravam encaixotarem-

A meio da “encosta” do Parque Eduardo VII encontramos o Centro de Interpretação Ambiental da Estufa Fria, uma conveniente construção em madeira (Luís Morgado). 40

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se num dos muitos autocarros turísticos panorâmicos por ali aparcados. O mesmo, igual em qualquer cidade europeia. Nenhum deles sonha que ali ao lado, com confortável acesso a pé, está, provavelmente, o mais fabuloso parque verde urbano da Europa e arredores. Porque razão Lisboa e o Turismo de Portugal não “vendem” Mon-

Este magnífico corredor (antiga linha de água) mostra-nos que o Tejo está logo ali, do outro lado a serra da Arrábida.


Notícias do Mar

Texto Carlos A Cupeto Fotográfia Carlos A Cupeto e Luís Morgado

Alguns passos depois a primeira (boa) vista de Monsanto, tão perto! santo? Absurdo, há coisas que só neste país acontecem. O magnífico corredor verde levou-nos do centro de Lisboa até Monsanto com muita facilidade, só não utiliza esta fantástica infraestrutura quem não quer.

Em Monsanto, desta vez, estava à nossa espera a joia da coroa, dezasseis hectares de reserva integral, completamente vedada no acesso ao público. Trata-se de uma experiência com cerca de 25 anos que demonstra

Já em Monsanto, a biodiversidade é “antecedida” da geodiversidade, aqui bem patente na rocha basáltica do antigo moinho. a magnificência sublime da natureza. Aqui a floresta é endémica e a intervenção humana é mínima, o resultado não se consegue escrever ou mostrar em imagens, tem de ser vivido, respirado, sentido, pisado… Este é o

exemplo de como se faz, sem custos, em Portugal, em Lisboa, a que ninguém liga. Como explicar mais esta? Viver Monsanto não tem preço; será que é melhor manter assim, quase, no segredo dos deuses?

Esta é alcatifa natural que pisámos na reserva integral de Monsanto – indiscritível. 2018 Janeiro 373

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Electrónica

Notícias Nautel

Nova Humminbird SOLIX 10

A Humminbird® lança a nova SOLIX™ 10. A premiada série SOLIX™ da Humminbird® passa a incluir um modelo com um ecrã de 10.1”.

O

s outros modelos já antes lançados no ano passado, eram de 12,1” e 15”. Incorpora já o novo mapa base da Humminbird e características exclusivas tais como: Interface Cross Touch®, MEGA Imaging™, Sonar Digital CHIRP, AutoChart® Live, Radar, conectividade Bluetooth® e compatibilidade i-Pilot® Link™. Em Janeiro de 2017, quando a Humminbird® introduziu a série SOLIX™, foi feita uma redefinição do modo de funcionamento como sonar, uma vez que integrou as características da sua tecnologia mais revolucionária (MEGAIMAGING) aliadas à potente funcionalidade de sonda convencional e DI, não esquecendo a facilidade de operação. Para 2018 a Humminbird® expandiu a série com a introdução da SOLIX™ 10. O seu ecrã 42

de 10.1” torna-a ideal para uso na proa ou numa consola com pouco espaço. A SOLIX™ 10 ajuda os navegadores em geral, e os pescadores e mergulhadores em particular. A estes fica reforçada o encontrar e capturar mais peixe ou objetos submersos através do seu sonar avançado, de uma imagem clara e mapeamento, características que a tornam única. De realçar o feito da SOLIX 15 MEGAIMAGING em Portugal ao ter ajudado dois mergulhadores a encontrar um tesouro no Rio Tejo, feito amplamente coberto pelos meios de comunicação social, e pela National Geographic internacional. Imagens claras como cristal A série SOLIX™ 10 integra dois modelos: o primeiro modelo in-

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clui a característica exclusiva da Humminbird que é o MEGA Imaging™ com GPS e Sonar Digital CHIRP. O outro modelo apenas integra GPS e o Sonar Digital CHIRP. A tecnologia Down e Side Imaging é a primeira imagem ultra clara MEGA Imaging da Humminibird, a introduzir um alcance de frequência megahertz com um desempenho quase três vezes maior do que as frequências tradicionais de 455 Khz. Isso resulta em imagens mais visíveis e nítidas jamais vistas em ecrã. O pescador ou mergulhador pode escolher MEGA Side Imaging™ pela sua incrível vista tanto á esquerda como á direita no seu barco, enquanto que o MEGA Down Imaging™ oferece uma imagem cristalina daquilo que se passa por baixo do barco. Ambas possuem um alcance que cobre as profundidades mais populares em pesca. “Peixe, rochas e troncos

quase se parece com fotografias, enquanto estruturas artificiais como naufrágios ou pontes afundadas oferecem imagens MEGA para feixes individuais”, explica a Humminbird : “Depois das pessoas verem, simplesmente não conseguem acreditar “. O MEGA Imaging™ opera em conjunto com o Sonar Digital CHIRP, o qual transmite mais impulsos do que os transdutores tradicionais – e mais pulsar significa mais informação, uma melhor separação do alvo e uma imagem superior clarificada em profundidades maiores. Tecnologia de Ecrã Personalizável A série SOLIX™ 10 vem com o Interface de utlizador padrão da Humminbird : Cross Touch®. Este, permite a operação via ecrã táctil ou através do teclado. Os utilizadores podem personalizar o ecrã até 4 vistas de painel independentes, que


Electrónica

www.nautel.pt

simultaneamente obtêm Down Imaging®, Side Imaging e informação de GPS de modo a satisfazer as suas necessidades num ápice. Painéis individuais podem ser aumentados ou diminuídos, ou movidos para diferentes localizações no ecrã, conforme as preferências dos pescadores ou das condições de pesca. Eleve o mapeamento ao próximo nível O padrão SOLIX™ 10 é o novo Mapa Base da Humminbird® o qual ajuda os pescadores a identificar os pontos fortes da pesca, indicando os contornos de profundidade da água em incrementos de 3 a 10m para mais de 10.000 lagos americanos e cobertura precisa de todo o litoral dos Estados Unidos da América, graças aos gráficos NOAA, a fonte mais fiável de dados costeiros. O Mapa Base também inclui ajudas á navegação, bóias de marcação, profundidades, pontos de interesse e locais de lançamento para melhorar a experiência de navegação. Para além dos lagos pré-carregados com mapeamento de contorno, o Mapa Base da Humminbird® fornece mapas da costa para centenas de milhares de outros lagos. Também exibe rotas, estradas, caminhos-de-ferro, ciclovias, além de mais de 200 ícones. Outra característica padrão da SOLIX™ 10 é o AutoChart® Live (automapeamento instantâneo dos fundos). Esta tecnologia exclusiva da Humminbird® faz o mapeamento e grava o contorno da profundidade, a dureza dos fundos, a vegetação ou qualquer outro objecto que se encontre na água. Os peixes relacionam-se com a profundidade, vegetação e pontos de transacção em cada tipo de fundo - por exemplo: onde um fundo suave e lodoso transita para manter a areia firme ou a rocha. Ao recolher todos esses dados num mapa AutoChart® Live, a Humminbird® ajuda os pescadores a encontrar o “local no local” como nunca. O AutoChart® Live também é compatível com o i-Pilot® Link™ dos motores de proa Minn Kota® para retirar o má-

ximo controlo do barco e do sucesso da pesca. Com a sonda, e a comunicação do motor, os pescadores podem dizer ao seu motor trolling da Minn Kota® que “siga” um contorno específico do AutoChart® Live, a uma velocidade definida e premindo um botão, o barco seguirá automaticamente o caminho exacto. Sem tocar nos comandos do motor de proa (ULTRX ou ULTERRA), os pescadores podem permanecer no contorno de linha de erva, na profundidade ou na dureza do fundo para manter o engodo na água em todos os momentos. As novas unidades são totalmente compatíveis com as cartas Humminbird®, LakeMaster® SmartStrike™ and Navionics® Gold/HotMaps™. A Navionics tem agora cartas marítimas locais e portanto mais económi-

cas, para Angola/Namibia/África do Sul (oeste) , e Moçambique/ África do Sul (este) . Conectividade Bluetooth O Bluetooth® está incorporado em cada SOLIX™ 10, permitindo aos pescadores sintonizar com os seus smartphones e assim ver mensagens de texto, chamadas perdidas e a força de sinal do ecrã da SOLIX™. Cria uma rede integrada de componentes electrónicos e conectividade. Para redes de conexão, a Ethernet em alta velocidade proporciona ligações fáceis á sonda Humminbird 360 Imaging®, Minn Kota® i-Pilot® Link™, Humminbird® CHIRP Radar, NMEA2000 para ligação a motores, e adicionalmente ás unidades SOLIX™ ou HELIX®.

Notas de Editor A Johnson Outdoors Marine Electronics, Inc. consiste nas marcas Humminbird®, LakeMaster®, Minn Kota® e Cannon®. A Humminbird® é um líder inovador e fabricante das unidades de sondas, sondas/GPS combo, ice flashers e medidores de profundidade digitais. A LakeMaster® é a uma marca de cartografia eletrónica de alta definição. A Minn Kota® é a principal fabricante mundial de motores de elétricos de proa para apio à pesca em pequanas embarcações, além de oferecer uma linha completa de âncoras eletrónicas para águas baixas, carregadores de bateria e acessórios marítimos. A Cannon® é o líder em pesca de profundidade controlada e inclui uma linha completa de produtos e acessórios de downrigger

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Náutica

Notícias GROW

Novos Motores Honda Marine

BF100, BF80, BF50 e BF40

A HONDA MARINE apresenta os novos motores BF40, BF50, BF80 e BF100 com um novo design, e novas características.

O

novo estilo de design, vem uniformizar o aspecto exterior dos motores da gama baixa e média. Este design confere aos motores uma presença forte e atlética que combina com toda a tecnologia existente por baixo do simples e elegante

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novo capot. Nova tecnologia de Injecção Electrónica de Combustível (EFI) Com uma unidade de controlo ECU melhorada, os novos motores fora de borda incluem a mais recente

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tecnologia de injecção electrónica de combustível (EFI - Electronic Fuel Injection) para assegurar que o combustível é entregue ao motor de uma forma extremamente eficiente e precisa. Como consequência, o combustível é entregue ao motor no momento perfeito e na

quantidade exacta, garantindo que este funcione de forma mais suave na potência máxima enquanto queima significativamente menos combustível. ECOmo ou Sistema de Economia Controlada A par da nova tecnologia EFI da Honda, os novos fora de borda também incorporam tecnologia de controlo de combustão pobre, o que permite que a combustão funcione numa relação de ar/combustível mais eficiente. Um sensor de oxigénio controla de forma precisa a mistura de ar/combustível durante a velocidade de cruzeiro para alcançar um consumo de combustível especialmente reduzido, este sistema é normalmente designado ECOmo ou Sistema de Economia Controlada. Já a revolucionária tecnologia BLAST™ (Binário Aumentado a Baixa Rotação)


Náutica

da Honda amplifica o binário a baixas rotações durante as acelerações rápidas. Tecnologia BLAST A tecnologia BLAST™ segue a relação ar/combustível que resulta no binário máximo para cada rotação do motor, enquanto segue simultaneamente o ponto de ignição máximo que pode ser obtido usando uma mistura rica em ar/combustível na zona de aceleração máxima e avança o ponto de ignição máximo para o limite, por forma a obter o melhor binário. Esta amplificação da potência e do binário a baixas rotações, contribui para obter um excelente desempenho e colocar rapidamente a embarcação a planar. Tecnologia VTEC Já a tecnologia VTEC™ que foi desenvolvida originalmente para os automóveis

desportivos da Honda, altera o comando e a elevação das válvulas para fornecer um desempenho optimizado tanto em baixas como em altas rotações. Disponível no BF100; a tecnologia VTEC™ entrega a baixas rotações um ralenti suave com redução de consumo de combustível, enquanto o aumento da elevação das válvulas a rotações mais elevadas aumenta a curva de binário para obter maior potência. Ligação NMEA2000 A Honda está também focada no futuro, e é por isso que todos os novos motores fora de borda têm de série a possibilidade de ligação NMEA2000. Os novos BF40 e BF50 têm ainda um novo sistema de lavagem e descarga de água para facilitar a preservação do motor entre períodos de paragem. Este

novo sistema é perfeito para barcos que permanecem na sempre na água, não havendo sequer necessidade de ligar o motor para proceder à lavagem com água doce.

A Honda desenvolve e constrói motores fora-deborda há mais de 50 anos, e só produz motores a 4 tempos contribuindo para Oceanos mais limpos.

Especificações

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Pesca Desportiva

Notícia Go Fishing

Workshop Go Fishing Valeu a pena! Realizou-se no passado dia 16.12.17, pelas 14.30h, nas instalações da Go Fishing, mais um workshop dedicado a temas relacionados com pesca à linha.

E

stas iniciativas visam sobretudo actualizar informação, e de alguma forma ajudar a formar o novo pescador desportivo português: mais conhecedor, mais protector do meio ambiente, mais respeitador das leis em vigor, em suma: mais evoluído. Desta vez, em parceria com o Jigging Clube de Portugal, o tema “Jigging” foi desenvolvido por alguém que sabe muito do oficio: Luis Ramos. Recentemente chega46

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Pesca Desportiva

do de Angola, onde pesca diariamente como profissional, partilhou conhecimento, deu resposta a dúvidas e enriqueceu com a sua sabedoria uma plateia ávida de saber mais e mais. Ao longo de 3 horas falou sobre particularidades das diversas técnicas englobadas no conceito Jigging, canas, carretos, linhas, amostras. O Jigging Clube de Portugal esteve representado ao seu mais alto nível, através do seu presidente, Jorge Sousa, e do campeão nacional em título, Orlando Bento. 2018 Janeiro 373

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Pesca Desportiva

Notícias de Pesca

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho

Curioso,

...pelo insólito! Raia voadora

Depois de um temporal rijo, com vento forte e ondulação a passar dos 4/5 metros na zona da Comporta, baía de Setúbal, o mar deu uma folga nesta segunda semana de Dezembro, aproveitada pelos pescadores da zona para ensaiar as douradas.

T

rata-se de um período em que muita gente de outras zonas do país aproveita para tentar a sorte. Encontrar pessoas de Beja, de Coimbra, de Portalegre, é relativamente frequente. O filme já está muito visto: as douradas estão descansa48

das e picam durante a semana, quando muito poucos barcos têm possibilidades de se deslocar à Vereda, ou pedras vizinhas. Pouco barulho, e as douradas entram aos caranguejos com vontade. A notícia é dada, e corre o país em poucas horas. Ao fim de semana, perante

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uma centena de barcos, de cabos, de correntes, de ancoras, ….e muitas centenas de linhas, chumbadas, etc, ….os resultados são absolutamente catastróficos. Raramente alguém consegue fazer algo. Por esse motivo, quando todos os pescadores apostam

todas as fichas na tentativa de conseguir uma das ditas, eu, que já não vou em “febres do ouro”, aproveito para fazer uns pargos grandes, em zonas em que eles estão agora muito mais descansados. Num desses locais, e depois de ter entrado um pargo bonito, pescado pelo Tó-Zé Pinheiro, resolvi fazer um intervalo para pescar uns quantos carapaus. A sonda estava bem marcada por uma bola de peixe a cerca de 80 metros de profundidade, num fundo de rocha a cerca de 89 mts. E eles cumpriram com aquilo que se espera de um carapau: bonitos, grandes, gordos e muitos. Em poucos minutos, os penachos fizeram o seu trabalho e 3 kilos de carapau estavam na caixa. A cana que tinha utilizado para pescar os pargos estava na água, a uma profundidade de 7 a 8 metros, com um resto de isca, um filete de cavala, concretamente. Dizia-me o Tó-Zé para o Gustavo Garcia, entre dentes: “Passou aqui qualquer coisa debaixo do barco que não consigo perceber o que é”…. Daí a minutos, reparo que a minha cana estava a ser arrastada para a água, e num derradeiro esforço, consegui lançar-lhe a mão. Seguiramse alguns minutos de luta desenfreada, com uma pressão enorme, a que o carreto Daiwa correspondeudevidamente. Após alguns avanços e recuos, aí estava o animal: uma raia, fisgada a 8 metros da superfície, em mar aberto, num fundo de 89 metros!!!! Poderá haver algo mais improvável que um ratão auto anzolado nestas circunstâncias? Ora vá lá alguém entender isto da lógica aplicada à pesca…. O animal, depois de fotografado, foi restituído à água em perfeitas condições de ir atazanar outro atleta. Cuidado, ele …anda por aí!!


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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Texto e Fotografia: Redação/Mundo da Pesca

Dicas para pesca às douradas – parte II

O que lhe pode estar a passar ao lado

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Pesca Desportiva

Na continuação do que fizemos na edição passada, e porque elas ainda andam aí, continuamos a enumerar alguns aspetos que não lhe poderão passar ao lado para fazer boas pescas às manhosas douradas. Trata-se de pequenos aspetos que, todos somados, podem certamente ajudá-lo a aproveitar as suas saídas de pesca a um dos peixes mais técnicos que temos nas nossas águas, peixes que não-raramente nos põe a cabeça em água.

Solução...na ponta dos dedos Uma forma de nos apercebermos se a chumbadinha atingiu o fundo é quando a linha para de sair do carreto. No entanto, por ação da força da aguagem, vento, ou ambos, a linha pode continuar a sair enganosamente, estando já a chumbadinha no fundo, as douradas a comerem e nós a pensar que a isca ainda não chegou ao fundo. Uma das formas de o evitar

é baixar a ponteira da cana obrigando-a a ficar ao rés da água para evitar o vento e pressionar ligeiramente a linha que sai do carreto com o polegar e indicador para evitar o mais possível o efeito da aguagem. Este último aspeto de pressionar a linha também vai fazer com que a chumbadinha não fique tão afastada do anzol, algo que vai aumentar a nossa sensibilidade, tão importante nesta técnica, sobretudo às manhosas douradas.

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Pesca Desportiva

A solução está na ponta dos dedos... Procure pontos de referência Se as douradas andarem no fundo é precisamente no fundo que teremos de insistir. Para isso é importante perceber que a pesca está no fundo, seja a chumbada quando pescamos na vertical, seja a chumbadinha, quando usamos esta técnica. Se a nossa sensibilidade se apoiar na visualização dos toques, a partir daí, e quase em ritmo de contrarrelógio, devemos colocar a ponteira num plano que nos permita visualizar os mesmos. Como sabem, os toques por vezes são muito subtis e quase impercetíveis daí que seja importante “lêlos” de imediato que, numa situação normal, sobretudo com muita dourada miúda se iniciam mal o isco bate no fundo. Dependendo da luminosidade do dia, contrastar a 52

ponteira com o céu é uma ótima solução, nunca elevando em demasia a ponteira pois dessa forma perdese algo muito importante: o ângulo de ferragem. Se analisarem ainda mais a fundo verão que se a cana estiver muito na vertical começam a perceber menos bem os toques. O ideal é manter a cana numa posição que vá de um ângulo abaixo da horizontal até sensivelmente aos 45˚. O “kit de unhas” Mais uma vez as mãos desempenham um papel importante na pesca das douradas e não apenas para iscar ou partir os caranguejos. O chamado “kit de unhas” é importante, sobretudo em embarcações MT onde, pelas “leis da casa”, nos calha um pesqueiro que não os da ré e queremos pescar à chumbadinha. Correndo a aguagem para a ré é natural

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Pesca Desportiva

que os pescadores que aí pesquem tirem mais proveito da situação. Nessas condições ou se tem forçosamente de pescar na vertical ou, para os mais teimosos da chumbadinha, se tem de recorrer a outras soluções para ferrar mais eficazmente mas para isso como vimos, é importante visualizar os toques na ponteira. Se não o conseguirem fazer, a sugestão é colocar o indicador a prender a linha; idealmente até podem recorrer a estes dois métodos em simultâneo para lerem melhor os toques e ficarem com a perceção de como está a dourada a comer. Ter esta noção é algo que tem a ver com a sensibilidade e experiência de cada um e muito difícil de explicar num barco, quanto mais nestas linhas. Só para dar um exemplo, certos toques mais secos e com paragens mais largas entre si podem significar que a dourada aboca-

nhou o caranguejo; ferrar de imediato pode ser um erro pois estamos a tirar a isca da boca do peixe, algo fácil de acontecer se houver muita linha entre a chumbadinha e a isca. O que se recomenda nestes toques é que se sinta o peso da pesca e se este não se fizer sentir é porque a dourada abocanhou a isca e levantou a chumbadinha. O que há a fazer é esticar a pesca lentamente até sentir a linha quase esticada e só aí ferrar. Isto é apenas um exemplo das muitas situações com que podemos deparar… pois há mais. Mas é tudo uma questão de sensibilidade. Ponteiras A maior parte dos pescadores “batidos” na pesca das douradas prefere o uso de ponteiras de fibra de vidro maciça. A ideia é visualizar os pequenos toques das douradas mas para que o

Procure pontos de referência 2018 Janeiro 373

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Pesca Desportiva

As ponteiras 54

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Pesca Desportiva

unhas”, isso só vem com o tempo… ou não. Engodagem Pesque-se ou não em MT, engodar é importante por vários motivos. O primeiro e mais óbvio, é manter as douradas debaixo do barco; a segunda é fazer os pei-

xes subirem e comerem na descida. A dourada quando come na descida é muito mais franca, mais bruta e por isso mesmo esta situação simplifica mais a vida ao pescador. Quando isso acontece é importante tirar partido da pesca da chumbadinha e explorar todas as

camadas de água até perceber onde o peixe está a pegar. Mais uma vez pressionar a linha com o polegar é importante e, de quando em vez, devemos travá-la para colocar a isca numa determinada cota e perceber se o peixe aí está. Se não estiver, deixa-se sair mais uns me-

O “kit de unhas” excesso de sensibilidade não se torne um problema temos de saber escolhê-las e não é à toa que as boas marcas disponibilizam várias ações para fazer face às mais diversas situações. Pescar com uma ponteira demasiado sensível com um mar agitado pode ser uma situação complicada e que obriga a um esforço muito maior do pescador para compensar o efeito da vaga de maneira a que a ponteira não esteja sempre a dobrar. A regra é “nem tanto ao mar nem tanto à terra”. Mares muito estanhados requerem ponteiras sensíveis e quanto maior a agitação menor deverá ser esta sensibilidade. Se têm um amigo que pesca sempre com uma cana de spinning e tem ótimos resultados certamente que isso se deverá um bom “kit de

A engodagem 2018 Janeiro 373

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Pesca Desportiva

tros de linha até se sentirem as douradas que, quando andam desta maneira “até puxam por um homem”!

Os detalhes contam

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Douradas ou não? Em muitas das nossas jornadas há muitas ocasiões em que as douradas “fecham a boca”. É um facto. No entanto sentem-se alguns toque que pensamos serem de douradas e continuamos com o mesmo afinco pensando que o peixe continua a comer e não passando a outro plano alternativo. Se o isco em questão for o caranguejo partido, se não forem douradas que o andam a comer o isco aparece chupado no interior, as suas partes moles, pois a parte rija volta presa ao anzol. Se forem douradas isso não acontece e não volta nada para cima, excetuo se forem outros clientes como raias, cações ou peixe-porco. Já agora, nessas alturas mais paradas experimentem iscar com um

caranguejo inteiro e sejam pacientes… Os detalhes contam... São muitos os detalhes a ter em atenção na pesca das douradas. Estar atento e interpretar cada situação é uma vantagem. Perceber a aguagem, se ela existe ou não, ter a noção da velocidade de queda do caranguejo e consequentemente da nossa pesca, pescar perto, pescar longe, tudo isso faz parte de um exercício que requer foco, concentração. Não saia de terra com ideias concebidas, que só vai pescar na vertical, ou só à chumbadinha: mente aberta! Duas coisas vos alerto e que podem ter como asseguradas: (1) se não houver aguagem – por pouca que seja – a pesca da chumbadinha não funciona…esqueçam-na; (2) o resultado de uma pesca não é como começa mas sim como acaba… façam por isso.


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Notícias do Mar

Boot 2018

Joana Schenker

Sea of Portugal Leva 21 Entidades Portuguesas à boot 2018 21 instituições e empresas portuguesas vão rumar à boot 2018, a maior feira mundial de náutica e desportos náuticos, numa participação conjunta “Sea of Portugal”e promover junto do mercado internacional o que Portugal tem de melhor para oferecer neste sector.

O

Sea of Portugal, uma participação conjunta de 21 empresas e instituições portuguesas, vai marcar presença pela 3ª vez consecutiva na boot, uma das maiores

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feiras internacionais de náutica de recreio e desportos aquáticos, que decorre em Düsseldorf, Alemanha, de 20 a 28 de Janeiro. A representação portuguesa vai dar a conhecer

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algumas das regiões mais emblemáticas de Portugal ao nível da náutica e dos desportos náuticos, numa colaboração inédita cujo objectivo é a internacionalização do turismo náutico.

Trata-se de uma colaboração desenvolvida pela Media 4U, empresa de organização de eventos, com o apoio do jornal Notícias do Mar e a Messe Düsseldorf e com a participação de insti-


Notícias do Mar

Comitiva do Sea of Portugal: Associação de Turismo de Portimão: Visa o desenvolvimento turístico sustentado do Município de Portimão através da cooperação entre o Município, Entidades Públicas nacionais e regionais de promoção turística e pessoas singulares ou colectivas que desenvolvam, directa ou indirectamente, actividades no sector do turismo em Portimão. BBDOURO: No mercado privado, Academia de vela para adultos e crianças, experiências variadas à vela nos vários tipos de barcos, serviços de consultoria e preparação de barcos – rigging – e Yacht Charter das nossas duas embarcações Beneteau First 47.7, em destinos variados. No mercado corporate, programas de team building e incentivos que permitem receber grupos entre 6 a mais de 100 pessoas. BoatCenter: Serviços e Actividades Náuticas: Importador exclusivo de barcos novos da Chaparral, Chris Craft e GreenLine. Tem venda de barcos usados. Presta um serviço de pós venda: Parqueamento / Recolhas; Manobras; Deslocações; Limpeza; Mecânica; Reparações de Fibra; Polimentos; Pinturas Anti vegetativas; Documentação; Vistorias. Tem ainda o serviço de aluguer: toda a tipologia de barcos à disposição, sozinho ou em família, com ou sem skipper (instrutor), para aulas práticas ou para um dia de lazer. Câmara Municipal de Espinho: Espinho é uma cidade acolhedora, com uma onda de classe mundial onde se realizam vários campeonatos da World Surfing League. Possui 8 kms de praias e uma ondulação atlântica proporcionando uma das melhores ondas portuguesas e a melhor onda do Norte, para a prática de desportos aquáticos e de deslize como o Surf, Bodyboard e Longboard. Conhecida ainda pela sua Arte Xávega. Câmara Municipal de Esposende: Esposende diferencia-se pelas excelentes acessibilidades, a qualidade do alojamento, a proximidade de cidades classificados como Património da Humanidade, como Porto e Guimarães, e todo o vale do Douro, e a possibilidade de poder praticar desportos náuticos numa área classificada como Parque Natural do Litoral Norte. Oferta: Surf, Kitesurf, Windsurf, passeios de barco, canoagem, e outros desportos de natureza. Câmara Municipal de Vila do Bispo: Ao longo das duas linhas de costa de Vila do Bispo (oeste e sul), os turistas podem encontrar, para além das belas paisagens naturais, muitas praias, a maioria distinguida com vários certificados de qualidade. De salientar o potencial das ondas para desportos aquáticos como surf, windsurf e bodyboard. Em Sagres, no Porto de Baleeira, é possível encontrar operadores turísticos que disponibilizam passeios de barco, observação de aves marinhas e cetáceos e a prática de mergulho. FEELDOURO: Sedeada em Vila Nova de Gaia, opera nas vertentes de charter (bareboat) e Cruising (with crew) no rio Douro, possuindo uma frota de seis embarcações, cinco das quais estão disponíveis para charter. Dis-

ponibiliza igualmente serviço de guia, visitas, programas à medida e atividades náuticas (SUP). FEELVIANA SPORT HOTEL: Localizado na Praia do Cabedelo, este hotel preserva e respeita o habitat excepcional em que se insere. Conta com 46 quartos e 9 bungalows, Restaurante, Bar, Lounge Terrace sobre a praia, piscina exterior e interior aquecida, uma área Wellness & Spa e um Business Center. Para além disso, dispõe do FeelViana Sports Center que aproveita as condições naturais da cidade de Viana do Castelo (mar, rio e montanha) para um convite à prática de actividades desportivas náuticas e terrestres, como: Kitsurf; Stand up Paddle; Windsurf; Surf e Bodyboard, entre outras. FPAS – Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas: Marcará presença na boot 2018, em conjunto com a Câmara Municipal de Vila do Bispo, de forma a promover o 31th. World Spearfishing Championship 2018, que irá decorrer, este ano, em Sagres, de 6 a 9 de Setembro. Kook Proof: Disponibiliza aulas de diversos desportos aquáticos: Surf; Kitesurf e Stand up Paddle, para todos os níveis de aprendizagem em Esposende e de Kitesurf na ilha de Santa Maria, em Cabo Verde. Conta com uma equipa de profissionais nas várias modalidades. Marina de Lagos: Com 462 amarrações para embarcações até 30 metros de comprimento e acesso às instalações do Marina Club Lagos Resort e a um conjunto de lojas e restaurantes/bares, disponibiliza diversos serviços como posto de abastecimento de combustíveis, pump-out, serviço de apoio à atracação, água, electricidade, acesso wifi à Internet, segurança 24/7, spa, etc. Marina de Portimão: Com 620 postos de amarração disponíveis para alugueres de curta e longa estadia, a Marina de Portimão comporta embarcações até 50m. Os serviços disponíveis incluem lavagem de fundo, esgoto de águas, aluguer de cacifos e pintura, para além de uma vasta gama de serviços de reparação. Ocean Revival: Promove o turismo subaquático na região de Portimão, criando para os mergulhadores um destino excepcional. Quatro navios de guerra afundados formam um grande recife artificial único no mundo, com as condições ideais para a proliferação da vida marinha. Onda Magna Surf School: Acreditada pela Federação Portuguesa de Surf (FPS) e reconhecida como operador marítimo-turístico pelo Turismo de Portugal. Conta com uma equipa formada por surfistas experientes e professores de educação física. Disponibiliza aulas de surf, bodyboard, SUP e yoga durante todo o ano, essencialmente, na praia de Ofir, Esposende. Palmayachts: Opera no sector do Charter náutico, turismo e organização de eventos náuticos, como acções de team building, corporativos, entre outros.Com frota própria e embarcações geridas, fornece serviços de yacht charter à vela, motor e iates de luxo, com ou sem skipper e tripulação, passeios de barcos no rio Tejo e experiências náuticas em todo o país.

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Notícias do Mar

PuraVida Divehouse, Dive School & Accommodation: Situada a 5 minutos a pé da praia do Martinhal (Sagres) é um Centro e escola de mergulho totalmente equipado e alojamento informal até 34 pessoas em regime de camarata, quartos privados ou estúdio equipado, cozinha comum, sala de estar com audio-visuais e internet. Atividades: Mergulho recreativo, eco-diving, passeios de kayak, alojamento e yoga. Salt Flow: Insere-se no Centro de Surf de Esposende e é uma escola certificada pela Federação Portuguesa de Surf. Assegura o ensino do Surf e de atividades náuticas com «um elevado grau de profissionalismo, segurança e know-how». Possuí aulas para todos os níveis de aprendizagem, acompanhadas por treinadores qualificados. Santa Bernarda Cruzeiros: Esta caravela com dois mastros mostra o melhor da costa e das grutas algarvias. A “Santa Bernarda” tem a bordo o mais moderno equipamento de segurança e salvamento no mar e no “Bar dos Piratas” servem bebidas quentes e frescas. Sai do “Cais Vasco da Gama”, perto do Clube Naval de Portimão. A área estende-se de Sagres e Lagos a oeste a Albufeira, Quarteira e Vilamoura a este. SeaXplorer Sagres: Localizada no Parque Natural Costa Vicentina, opera no sector do Turismo Marinho, com saídas de barcos para Observação de Cetáceos, Passeios costeiros, Pesca e Passeios privadas/Aluguer. Todos os passeios são dirigidos por um biólogo marinho que fala alemão, inglês, espanhol e português. Subnauta: Centro de Mergulho, na Praia da Rocha (Portimão), empenhado em demonstrar que é possível fazer mergulho de qualidade, com segurança, protegendo o património, fauna e flora do país, potenciando o turismo da região. Wind4all: Empresa de Water Sports Centre, localizada na praia do Martinhal, em Sagres. Serviços: Windsurf, Stand Up Paddle e Kayaks, nas vertentes de Aulas/Cursos, Alugueres e Passeios. Actividades complementares: o Surf, Bodyboard e Skimmy. Barco de apoio em permanência sem custos para os clientes. tuições e operadores locais e empresas parceiras. Esta participação tem vindo a crescer (20% relativamente à edição anterior) e este ano a comitiva de 2018 é constituída por 21 representações, entre instituições e empresas portuguesas, que irão estar localizadas em dois dos pavilhões da feira: Pavilhão 3 (Mergulho) e Pavilhão 13 (Turismo Náutico). Com o aumento de ex60

positores, o Sea of Portugal adquire escala e leva uma representação cada vez mais transversal de Norte a Sul de Portugal, através da promoção de uma vasta oferta que vai ao encontro do que os visitantes procuram: Avistamento de Cetáceos, Cruzeiros no Douro ou ao longo da costa, Eco-resorts, Kitesurf, Mergulho, Surf e Surf Camps, Turismo Náutico (e de Natureza), Windsurf

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ca João Marques do Reis, director do projecto. «A percepção que os visitantes têm de Portugal é já muito positiva. Consideram-no um país encantador, pacífico e com uma natureza muito preservada. Um país com história e grande tradição náutica, com excelentes condições para os desportos aquáticos. A nossa presença regular, nos últimos três anos, tem permitido cons-

truir uma relação de confiança e de credibilidade junto das pessoas que nos visitam. Pelo que é essencial continuarmos a trabalhar em conjunto e a levarmos uma oferta bem estruturada e fiável, que nos diferencie na maior feira do Mundo», conclui o responsável. Também pelo segundo ano consecutivo, a actual Campeã Mundial APB, Tetra Campeã Europeia e Tetra


Notícias do Mar

Campeã Nacional de Bodyboard, Joana Schenker, irá marcar presença, com o patrocínio da Câmara Municipal de Vila do Bispo, neste certame para surfar na THE WAVE, a maior onda indoor do mundo. A atleta estará na boot de22 a 24 de janeiro. Também e de forma a promover o networking irá decorrer no stand do Sea of Portugal (hall 13, E18) duas noites de confraternização.

e Yacht Charters. «A Náutica, o Turismo Náutico e os desportos aquáticos são estratégicos para o Turismo e para a economia Portuguesa, pelo que através da sua promoção temos vindo a

dar a conhecer e viabilizar junto do mercado internacional o que Portugal tem de melhor para oferecer neste sector. O Sea of Portugal permite comunicar de forma assertiva e eficaz a oferta dos operadores

portugueses que actuam neste sector, num certame que prevê receber nesta edição cerca de 250 mil visitantes, provenientes de várias partes do mundo, mais de 1850 expositores e 2.200 jornalistas», expli-

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Notícias do Mar

Notícias GRID International

GRID International Conclui Terminal de Hidrocarbonetos no Egipto

A GRID International - Consulting Engineers, empresa de engenharia portuguesa é uma das empresas do projeto Portugal Steel da CMM, foi responsável pelo projeto do tabuleiro do Terminal Marítimo de Hidrocarbonetos no Mar Vermelho, no Egipto, cuja construção foi agora concluída.

A

construção do terminal, em forma de “F” e com cerca de 3 km de extensão, esteve a cargo da jointventure BESIX– Orascom, com um valor de obra de 90.5 milhões de euros. O tabuleiro, em estrutura mista, é constituído por 83 vãos simplesmente apoiados, uma vez que era essencial conceber uma solu62

ção leve em que a maior parte das atividades de construção se pudesse realizar “onshore” e que as operações de montagem e ligações, a realizar “offshore”, fossem o mais expeditas possível. Para Mónica Fonseca, responsável pela comunicação da GRID International, “Esta infraestrutura, localiza-

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da no Golfo de Suez, é de grande importância estratégica para a região. Para a GRID foi um projeto muito desafiante, pois dado que o mesmo foi desenvolvido com a obra já a decorrer, tendo por este facto que acompanhar o ritmo da construção, que em cinco meses e meio tinha um cais com 2km pronto para

a atracagem dum navio”. Este projeto vem reforçar a estratégia da GRID International em termos de futuro, que passa por uma aposta clara tem apostado simultaneamente na diversificação dos mercados e simultaneamente na diversificação das tipologias de projetos a desenvolver. A área das obras marí-


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timas é uma das suas apostas prioritárias, que fica agora reforçada com este projeto do Terminal de hidrocarbonetos. Sobre a GRID International - Consulting Engineers A GRID International, é uma empresa de Engenharia Civil, que abrange as vertentes de Projeto, Consultoria e Assessoria Técnica à Fiscalização e Construção de Empreendimentos. A GRID International desenvolve a sua intervenção fundamentalmente no domínio da Engenharia de Estruturas, quer em betão, armado e/ou pré-esforça-

do, quer em estruturas metálicas ou mistas, com particular incidência na vertente dos Projetos de Estruturas Especiais. A empresa está fisicamente presente em 5 países: Portugal, França, Macau, Moçambique e Senegal. A sua atividade no mercado nacional desenvolve-se em Portugal Continental, Açores, Madeira, e internacionalmente em diversos países nomeadamente, Bélgica, Emiratos Árabes Unidos, França, Guiné Equatorial, Marrocos, Moçambique, Senegal, Qatar, entre outros. A GRID faturou 3M€ em 2016, 70% dos quais dizem respeito à atividade da empresa no mercado

internacional. Sobre o Portugal Stell Criado pela CMM - Associação Portuguesa da Construção Metálica e Mista em parceria com empresas de relevo no setor da construção metálica nacional, o Portugal Steel é um projeto que pretende fazer a promoção e divulgação do setor da construção metálica nacional, através do reconhecimento dos benefícios da construção metálica e das vantagens decorrentes de uma aposta estratégica neste setor, assim como potencializar a internacionalização da construção metálica nacional.

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Desportos Aquáticos

Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático 2017

Clube de Natação da Amadora

Fotografia: Rui Pereira by PopUp Alive

Campeão

O Clube de Natação da Amadora venceu o Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático FPAS, após a última etapa realizada no dia 17 de Dezembro de 2017, nas Piscinas Municipais de Porto de Mós.

P

Pódio 1º Lugar – CNA, 2º Lugar –Aquacarca, 3º Lugar – Shaks 66

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ara a prática desta modalidade, nas extremidades da piscina estão colocadas no fundo duas balizas com 3 metros de comprimento e 18 centímetros de largura, onde deve ser introduzido o disco (1,3 kg de chumbo revestido de borracha) na calha da baliza. O Hóquei Subaquático joga-se numa piscina que tenha as dimensões entre os 20 e 25 metros de comprimento, 12 e 15 metros de largura, deve ter uma profundidade mínima de 1,80 metros (mínimo para competições oficiais, para trei-


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nos qualquer piscina pode ser utilizada) e máxima de 3,65 metros, desde que a inclinação máxima não exceda os 10%, o ideal será 2,20 metros de profundidade constante. Este ano o Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático FPAS foi realizado num modelo competitivo dividido em duas etapas, com a primeira etapa a ter lugar, no passado dia 15 de Outubro, nas Piscinas Municipais da Mealhada, organizada em conjunto com o clube Zupper e a segunda, e última, etapa foi realizada, no dia 17 de Dezembro de 2017, nas Piscinas Municipais de Porto de Mós, em parceria com a AQUACARCA - Associação de Novos Desportos

Aquáticos. A segunda etapa contou com a participação de cinco equipas, as mesmas que disputaram a primeira etapa, a AEIST - Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, Aquacarca de Carcavelos, CNA - Clube de Natação da Amadora, Sharks de Coimbra e Clube Zupper de Valongo. Tratou-se de uma competição de escalão Elite, cada equipa teve obrigatoriamente pelo menos seis jogadores em campo e mais

4 suplentes tendo as substituições sido ilimitadas. A prova realizou-se em duas fases distintas, a primeira fase denominada de “Round Robin” onde todos jogaram contra todos, durante a manhã de Domingo, e após os dez encontros, a classificação ficou assim ordenada: 1º - CNA: 12 Pontos 2º - Aquacarca: 9 Pontos 3º - Sharks: 4 Pontos 4º - Clube Zupper: 4 pontos

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Fotografia: Rui Pereira by PopUp Alive

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5º - AEIST: 0 Pontos Após esta fase e fazendo o agregado das duas etapas, a classificação para a fase final foi a seguinte: 1º - CNA 2º - Aquacarca 3º - Sharks 4 º - Clube Zupper 5º - AEIST A segunda fase, denominada de “Final Four” para o apuramento do terceiro e quarto lugar e do vencedor do Campeonato Nacional, que decorreu na parte da 68

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Segundo classificado – Aquacarca va, bem como, o empenho e desportivismo demonstrado por todos os participantes neste Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático. Actualmente o Hóquei Subaquático é praticado em quase todos os países da Europa, com destaque para o Reino Unido, França e Holanda que são as maiores potências. A nível Mundial temos países como a África

tarde, em ambiente de grande animação e incentivo aos atletas em prova e após a emocionante final entre o CNA e Aquacarca, cujo resultado foi de 5-0, o pódio ficou ordenado da seguinte forma: 1º - CNA 2º - Aquacarca 3º - Sharks No final, os prémios foram entregues por Telma Cruz Vereadora da Educação, Acção Social, Saúde e Juventude da Câmara Municipal

de Porto de Mós, Francisco Oliveira e Lourenço Silveira Vice-presidentes da Direção da FPAS. A FPAS aproveitou a ocasião para agradecer à Câmara Municipal da Mealhada e à Camara Municipal de Porto de Mós pela disponibilização das respectivas instalações, ao Clube Zupper e à Aquacarca pela colaboração na organização das duas etapas e, realçou ainda, o espírito competitivo em que decorreu toda a pro-

do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Colômbia, Estados Unidos da América e Canadá. Em Portugal, a modalidade existe oficialmente desde 2007, tendo ocorrido experiências prévias a esta data, mas só nesse ano foi criado o primeiro Clube oficial de Hóquei Subaquático e, desde então, o crescimento tem sido muito significativo.

Primeiro classificado - CNA 2018 Janeiro 373

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Notícias do Mar

Últimas Volvo Ocean Race 2017/2018

“Sun Hung KaiScallywag”

António Fontes no “Sun Hung Kai/ Scallywag” Vai Vencer a 4ª Etapa

A

ntónio Fontes como navegador do veleiro da equipa “Sun Hung Kai/Scallywag”, que representa Hong Kong, deve chegar no dia 20 de Janeiro em primeiro a Hong Kong e vencer a 4ª etapa. A terceira etapa da Volvo Ocean Race largou no passado dia 10 de Dezembro da Cidade do Cabo na África do Sul para a Austrália com a chegada em Melburne, com o português António Fontes como navegador do veleiro da equipa “Sun Hung Kai/Scallywag” repre-

sentante de Hong Kong. Ao fim de 14 dias constituiu-se um grupo de quatro veleiros à frente comandado pelos espanhós do “Mapfre” que venceu a 3ª etapa, seguidos pelos chineses do Dongfeng Race Team a 4 horas, o “Vestas”, representante dos USA/Dinamarca, em terceiro a 5 horras de distância e o “Brunel” dos holandeses a 7 horas em 4º. A equipa de Hong Kong, onde vai António Fontes, foi o 5º, com mais um dia de navegação. O veleiro “Turn the Tide on

Vestas vai em 2º

Plastic”,da fundação Mirpuri, que representa Portugal e a ONU que tem os velejadores olímpicos portugueses, Bernardo Freitas e Frederico Melo, entrou em 6º, duas horas depois da equipa do António Fontes. A largada da 4ª etapa deu-se a 2 de Janeiro, com pouco vento muitas mudanças de lider. Com mais velocidade enre os 14/16 nós o “Dongfeng” ganha a dianteira no dia seguinte e acelera com mais vento, chegando aos 21,5 nós. Com o vento a abrandar ainda vai na frente até ao dia 8, ao largo do arquipélago das Ilhas Salomão, seguido pelo ”Mapfre” de Xabi Fernández e o “Akzonobel” com o skipper Simeon Tienpont. Aí em último, à distância de 58 milhas passou António Fontes com o “Sun Hung Kai”. O Vento caiu entretanto e dá-se uma reviravolta na regata e é como se começasse de novo. Os chineses caem para 6ºlugar e a regata chega a ser liderada, nos dias 9 e 10 pelo “Mirpuri” de Portugal. Depois o “Mapfre” e o “Vestas” também lideraram com os chineses em último, a 25 milhas. Entretanto, o veleiro de Hong Kong foi-se aproximando, acaba por passar a frota e no dia 12 toma a dianteira, com mais velocida-

António Fontes de que os adversários, chegando aos 25 nós. A três dias de chegar a Hong Kong o “Sun Hung Kai/Scallywag”, leva já um bom avanço. O seu perseguidor mais directo é o “Vestas” que está a 81 milhas de distância,seguido pelos chineses do “Dongfeng” que se encontram a 95 milhas. “É uma nova experiência para nós, mas é bom”, disse o skipper David Witt do veleiro de Hong Kong “ Está tudo parecendo ok. Estamos numa posição muito forte, e nós vamos avançar no momento. Espero que aumentemos nossa liderança “. David Witt revelou que a principal ameaça para a sua iminente vitória não era das outras tripulações, mas do tempo. A sua tripulação está actualmente enfrentando mares de frente com ondas até quatro metros, com velocidades do barco com mais de 20 nós. “Vamos tentar não quebrar o barco”, acrescentou. “Desde que possamos manter o barco como uma peça, teremos uma boa vantagem em Hong Kong. Estamos realmente ansiosos para isso “.

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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