Revista Locaweb 22 Ed

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ao leitor Locaweb em Revista Edição 22 VP Comercial: Cláudio Gora Gerente de Marketing: Victor Sebastian Reis da Silva Coordenação de Comunicação: Daniela Veronese Coordenação Editorial: Douglas Camargo Editora Europa Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz Diretor Executivo: Luiz Siqueira Diretor Editorial e Jornalista Responsável: Roberto Araújo - MTb.10.766 - araujo@europanet.com.br Editores: Paulo Basso Jr. e Sérgio Vinícius Revisão: Marianna Russo Editor de Arte (projeto gráfico): Alexandre Dias (Nani) Colaboração: Eduardo Costela, Felipe Magalhães, Leonor Ribeiro e Yan Borowski Publicidade São Paulo: E-mail: publicidade@europanet.com.br Diretor de Publicidade: Mauricio Dias (11) 3038-5093 Executivos de Negócios: Flavia Pinheiro (coordenadora), Alessandro Donadio, Angela Taddeo, Claudia Alves, Elisangela Xavier e Rodrigo Sacomani e Marcos Roberto Criação Publicitária: João Paulo Gomes (11) 3038-5103 Tráfego: Renato Peron (11) 3038-5097 Circulação e Promoção - Gerente: João Alexandre Desenvolvimento de Pessoal: Tânia Marilia Ribeiro Roriz e Elisangela Tokashiki Locaweb em Revista é uma publicação da Editora Europa Ltda. e do departamento de comunicação e marketing da Locaweb Serviços de Internet. A Editora Europa não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros. Distribuidor Exclusivo para o Brasil: Fernando Chignalia Distribuidora S. A. - Rua Teodoro da Silva, 907 - CEP 20563-900 - Grajaú - RJ Impressão: Prol Editora Gráfica Somos Filiados à ANER - Associação Nacional dos Editores de Revistas

O sonho do negócio próprio O termo é novo: startup. O sonho, porém, é recorrente a profissionais das mais variadas áreas há muitos anos. Montar uma empresa nova, por diversas vezes embrionária, que desenvolve projetos promissores, ligados a pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras, é um projeto de vida extremamente tentador. Ter um empreendimento de sucesso, porém, não é fácil. É preciso acertar decisões, se envolver com pessoas certas, ter comprometimento. A sorte é que, para quem lida com TI e almeja montar um negócio próprio, as notícias são favoráveis. Os jovens empreendedores digitais são os grandes responsáveis pelo “boom” da Web 2.0. Não faltam cases de sucesso no Brasil e no mundo de pessoas que, com uma boa ideia e um pouco de iniciativa, encontraram espaço no mercado, conquistaram independência financeira e, acima de tudo, alcançaram o prazer de ser seu próprio patrão. Em uma reportagem aprofundada sobre o assunto, a repórter Leonor Ribeiro revela algumas das startups de maior sucesso do momento e dá os caminhos das pedras para você criar um bom negócio e vencer no mercado. Ainda na trilha do sucesso, Locaweb em Revista revela nas próximas páginas a profissão da moda no mundo de TI: community manager, uma galera que ganha dinheiro administrando mídias sociais. De quebra, apresenta o outro lado da moeda em uma reportagem a respeito da febre em torno dos social games, especialmente os do Facebook e Orkut. Dá para ganhar dinheiro nesse mercado também. Basta arriscar. Nas próximas páginas, ainda há uma entrevista com o piloto de Fórmula 1 Lucas di Grassi, detalhes do iPad, o novo queridinho da Apple, as novidades do Silverlight 4, informações importantes sobre a sopa de letrinhas PaaS, SaaS e IaaS, e muito mais. Boa leitura. E ótimos negócios! Claudio Gora editor@locawebemrevista.com.br

O que tem nesta edição...

• Startups 28

• Campanhas online 46

• Social games 52

• Community manager 42

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* Entrevista: Lucas di Grassi ...................06 * Notícias .................................................10 * Novas unidades Locaweb ....................16 * Portfólio ................................................18 * Análise: iPad: ........................................20 * Espaço ABRADi .....................................23 * Review: Adobe CS5 ..............................24 * Startups.................................................28 * Artigo: René de Paula Jr.......................36 * Design: dicas de especialistas .............38 * Community Manager ...........................42 * Artigo: Marcelo Trípoli.........................45 * Campanhas online ...............................46 * Social Games ........................................52 * SaaS, PaaS e IaaS ...................................60 * Silverlight 4...........................................62 * Locavip ..................................................66


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De segunda a sexta, das 8h às 19h 1 - Fonte: IDC, 1º trimestre 2010 (12/02/2010). Celeron, Celeron Inside, Centrino, Logotipo Centrino, Core Inside, Intel, Logotipo Intel, Intel Core, Intel Inside, Logotipo Intel Inside, Intel Viiv, Intel vPro, Itanium, Itanium Inside, Pentium, Pentium Inside, Xeon e Xeon Inside são marcas registradas da Intel Corporation nos Estados Unidos e em outros países. Microsoft e Windows são marcas registradas da Microsoft Corporation nos EUA. Empresa beneficiada pela Lei de Informática. Fotos meramente ilustrativas. © 2010 Dell Inc. Todos os direitos reservados.

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Entrevista

Tecnologia é essencial na F1 moderna, mas não é a única coisa Lucas di Grassi, piloto de Fórmula 1, fala sobre a relação entre informática e esporte e explica como a web o aproximou dos fãs Por Eduardo Costela

m sua primeira temporada na Fórmula 1, o brasileiro Lucas di Grassi, 25, da equipe Virgin Racing, já mostra ser um dos pilotos mais envolvidos com tecnologia, tanto dentro como fora das pistas. O piloto, patrocinado pela Locaweb, usa como poucos as ferramentas da web para manter contato com os fãs. Nesta entrevista exclusiva à Locaweb em Revista, ele conta também como seu carro foi desenvolvido com a utilização de técnicas inovadoras de computação e fala sobre o futuro do esporte com os avanços tecnológicos.

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Locaweb em Revista - Você é um dos esportistas do Brasil mais ativos na internet, principalmente no Twitter. Além disso, você tem site oficial, blog, página no YouTube etc. Na sua opinião, quais são os principais benefícios que essas ferramentas proporcionam, seja profissionalmente ou no contato com os fãs? Lucas di Grassi - O site oficial é uma ferramenta mais completa de informações. Por outro lado, o Twitter é muito importante porque dá ao fã uma oportunidade muito melhor de interação. Há dez, 15 anos, o fã não imaginava que ele 6 locaweb

Lucas di Grassi // ”O que o Twitter fez – e isso é o mais importante – foi ter dado a chance a qualquer pessoa de acompanhar o dia-a-dia de outros esportistas e de artistas também”

poderia mandar uma pergunta para o piloto e tê-la respondida. Hoje, chegamos a este ponto. Claro que não dá para responder a todas as perguntas, mas sempre que possível tento responder à maioria e interagir com eles. Isso é muito legal. LR - Especialmente na Fórmula 1, parece existir um tipo de “confraria” de pilotos no Twitter. Você acredita que o microblog aproximou os pilotos? Como você

vê a relação de outros esportistas com as novas mídias? LG - O Twitter ainda não chegou a este ponto, de aproximar os pilotos. Ainda não mudou nada. O que o Twitter fez – e isso é o mais importante – foi ter dado a chance a qualquer pessoa de acompanhar o dia-a-dia de outros esportistas (e artistas também). LR - O Rubens Barrichello, assim como você, é um dos mais ativos


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Entrevista

no Twitter. E o Felipe Massa, será que vai se render? Quem são, em sua opinião, os pilotos ou esportistas que melhor têm usado as redes sociais? LG - Eu acho que cada um tem seu jeito de interagir com os fãs. Não sei se esta é a maneira do Felipe, mas temos tentado convencê-lo (risos). Da parte dos pilotos, creio que ainda temos que melhorar muito nessa área. LR - O retorno do público pode ser sentido de forma mais evidente com os recursos da internet atual? Qual é a grande diferença deste contato se fizermos a comparação com o que acontecia alguns anos atrás? LG - O público maior que acompanha a Fórmula 1 ainda vem das arquibancadas dos autódromos e, principalmente, da audiência das TVs. Mas, em termos de notícias especializadas, a internet é o melhor meio. Anos atrás, o público que queria notícias especializadas procurava por revistas brasileiras e importadas. A internet abreviou um pouco esta espera por cada nova edição. O fã tem todos os dias as informações e também pode interagir com os pilotos que têm Twitter. LR - Além de difundir informação e permitir interação com o público, que outras funções você considera que as mídias sociais podem cumprir? Em especial para quem passa a maior parte do tempo longe de casa, elas se tornaram essenciais? Ou podem ser um vício? LG - Na minha opinião – e no meu caso –, as mídias sociais são utilizadas apenas para interação com o público e para promoções com os patrocinadores. Há pouco tempo criamos um concurso cultural no meu Twitter: o primeiro que acertasse a resposta a uma pergunta, ganharia um iPad da Locaweb.

* Na minha opinião e no meu caso, em especial, as mídias sociais são utilizadas apenas para interação com o público e para promoções com os patrocinadores, como a Locaweb LR - Como o marketing pode ser explorado por meio deste contato direto com o público sem ferir questões éticas? Isso é possível, na sua opinião? LG - Acho que é possível, sim. Embora eu não seja um especialista no assunto, sei que estamos muito no início desta era, então há muito o que ser desenvolvido e pensado. LR - O que você acha que é possível esperar do futuro das redes sociais? A “distância” entre fãs e ídolos pode ficar ainda menor?

* O público maior que acompanha a Fórmula 1 ainda vem das arquibancadas e da audiência das TVs. Mas, em termos de notícias especializadas, a internet é o melhor meio de informação LG - Pode haver uma interação maior com o público, mas de uma forma que a privacidade do atleta ou do artista seja mantida. LR - Seu carro na equipe Virgin de Fórmula 1 foi desenvolvido totalmente em computadores, sem o uso de túneis de vento. Como você avalia o uso desta tecnologia? LG - Em termos de custo-benefício, esse tipo de tecnologia tem provado ser muito interessante. No entanto, ainda precisamos desenvolvê-la mais, já que outras equipes utilizam o CFD [Computational Fluid Dynamics, tecnologia que analisa a

aerodinâmica no computador] como um complemento dos estudos em túnel de vento. LR - Em um tweet recente, você questionou se existia um aplicativo para iPad que permitisse conectar o aparelho ao carro para auxiliar no acerto do motor. Como você encara o avanço da tecnologia e do esporte? O que é possível esperar num futuro próximo? LG - Essa foi uma brincadeira que eu fiz (risos). Mas seria bem legal. Quanto ao avanço da tecnologia no esporte, a Fórmula 1 é o melhor exemplo disso, mas os custos têm sido muito altos, a ponto de a FIA [Federação Internacional do Automóvel] adotar medidas que restringem um pouco este avanço e tentam evitar a escalada dos gastos. LR - Em um esporte como a Fórmula 1, frequentemente, volta à berlinda a discussão sobre os avanços tecnológicos, os custos da categoria e a diferença de competitividade entre as equipes. Você acredita que possa haver, em algum momento, um equilíbrio entre estes fatores? LG - Nem é questão de poder haver equilíbrio. Acho que é preciso que exista [Lucas coloca ênfase na frase] o tal do equilíbrio. Avanços em tecnologia, custos e diferença de competitividade devem ser equilibrados para que o esporte continue saudável. A graça das corridas para o público – e para os pilotos também – é ver disputas acirradas, corridas competitivas. A tecnologia é parte essencial na Fórmula 1 moderna, mas não é a única coisa que importa. locaweb 7


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e-mails Form mail Gostaria de saber se é possível encaminhar um resultado de um form mail para dois ou mais e-mails usando apenas o padrão HTML. Enio Ferreira - Por e-mail É possível sim. Para realizar essa tarefa, é preciso colocar o endereço no parâmetro action da tag. Caso você queira mandar para mais e-mails, basta separá-los por vírgula. Veja como: <form name="email" method="POST" action="mailto: primeiro@teste.com.br; segundo@teste.com.br" enctype="text/plain"> <!-- Campos do formulário --> </form>

Para que essa solução funcione, entretanto, é necessário que o programa de e-mail do cliente esteja configurado corretamente. Além disso, ele receberá uma mensagem que o perguntará se o e-mail pode ou não ser enviado.

Busca por CEP Olá, amigos! Estou desenvolvendo um site em ASP para um trabalho na universidade e, nesse projeto, tenho de colocar uma loja virtual para venda de camisetas. Gostaria de saber como é feita uma busca em que o cliente digita o CEP e o sistema já retorna os dados de endereço, entre outras informações. Danielle Silva - Por e-mail

// Envie seu e-mail Se você tem alguma dúvida, sugestão ou crítica, entre em contato com nossa redação pelo e-mail locaweb@europanet.com.br.

Cara Danielle, para criar uma solução como essa, é preciso adquirir uma base de dados com todos os CEPs do Brasil. A boa notícia é que, no site oficial dos Correios (www.correios.com.br), você encontra mais informações sobre esse serviço, inclusive com os planos de venda e os preços. Depois, é necessário criar uma rotina que pegue o CEP enviado pelo usuário e retorne o registro com o endereço correspondente no banco de dados. Boa sorte no seu projeto!

Proteção de tela Existe alguma ferramenta que transforme meus arquivos Flash em proteção de tela? Estou precisando da solução

com alguma urgência, para um projeto em minha empresa. Jonas Saveiro - Por e-mail Há programas que fazem essa conversão, porém os mais indicados são pagos. Os gratuitos avaliados pela Locaweb em Revista são muito fracos ou incompletos. Nesse caso, as melhores opções podem ser compradas via internet. Dê uma olhada nos sites Flash2X Screensaver Builder (www.flash2x.net), Pretty Screen Saver (www.esansoft.com) e Swiff Saver (www.globfx.com) para conhecer melhor os programas. Depois, verifique se vale a pena obtê-los para o seu trabalho. Por fim, veja como realizar a compra segura via internet antes de efetuar o pedido.

ERRAMOS

Swiff Saver \\ No site www.globfx.com, é possível encontrar uma ferramenta que transforma arquivos Flash em protetores de tela, especialmente para serem usados em sistemas de espera dos computadores

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O nome da agência WLD saiu grafado erroneamente na página 18 da edição 19, na seção Portfólio. Na reportagem, a agência é descrita como WDL, em vez de WLD. Os meios de contato com a empresa também foram omitidos. É possível falar com a companhia pelo telefone (11) 2615-8180, pelo correio eletrônico sac@agenciawld.com.br e pela página eletrônica www.agenciawld.com.br.


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notícias blog.locaweb.com.br Confira as novidades da maior empresa de serviços de internet do Brasil

Locawb investe R$ 111 mi em infra de data center Empresa amplia estrutura, que terá capacidade para 25 mil servidores e ambiente capaz de suportar até 20 MW de energia para processamento Em maio de 2010, entrou em operação o segundo módulo do segundo data center da Locaweb, que terá capacidade para hospedar até 6,4 mil servidores. Concluído o plano de ampliação, que terá investimento de nada menos que R$ 111 milhões nos próximos sete anos, apenas em infraestrutura de data center, prevê-se que a nova instalação terá capacidade total para 25 mil servidores e um ambiente capaz de suportar até 20 MW de energia para processamento. Esses números o posicionarão como o maior do Brasil nesse quesito. A nova estrutura possibilitará à Locaweb oferecer aos clientes redundância de data center e de links de internet, assim como capacidade

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adicional para abrigar servidores de alta performance. Além disso, o segundo módulo do data center conta com dupla redundância de energia e de ar-condicionado em toda a instalação. Já foram feitos todos os estudos necessários para a implantação de uma subestação de energia no terreno. Com isso, a empresa Nova estrutura \\ proverá ainda Instalação permitirá que a Locaweb ofereça aos mais segurança clientes redundância de data e confiabilidade center e de links de internet; ao sistema. abaixo, a fachada do prédio


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e mais... LOCAWEB AUMENTA LIDERANÇA NO MERCADO DE HOSPEDAGEM DE SITES

• O relatório HostMapper Brasil, que apresenta bimestralmente o panorama do mercado brasileiro de hospedagem de sites, divulgou os resultados do primeiro bimestre de 2010. Segundo o estudo, a Locaweb, líder em serviços de infraestrutura de hosting, ficou em primeiro lugar com 23,2% sobre o total de domínios “.br” ativos. Assim, ampliou a participação no mercado e passou a ter 17,58 pontos percentuais a frente do segundo colocado.

Webcast: como melhorar a performance do meu site? evy Carneiro, membro da equipe de desenvolvimento do site da Locaweb, criou uma apresentação que fala sobre “como deixar seu site mais rápido”. O vídeo mostra várias técnicas e dicas para melhorar a performance de carregamento das páginas. Confira mais em http://migre.me/G8iB.

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ZFS – PARA USUÁRIOS OPENSOLARIS, WINDOWS, MAC E LINUX • Se você é um usuário MacOSX, MS Windows ou GNU Linux e quer usar o revolucionário sistema de arquivos ZFS, encontrará no livro ZFS – Para usuários OpenSolaris, Windows, Mac e Linux, de Marcelo Leal, um guia prático para com o qual, em poucos minutos, aprenderá a instalar o sistema operacional OpenSolaris. Além disso, a obra traz exemplos completos de como desfrutar do ZFS a partir desses sistemas operacionais usando protocolos comuns, como NFS, iSCSI e CIFS. Tudo sem complicação, pois a palavra de ordem do ZFS é simplicidade! Analista de tecnologia da Locaweb, o autor Marcelo Leal trabalha em computação há mais de 15 anos (sistema operacional e redes), dez deles dedicados a administração e suporte de ambientes Unix, GNU/Linux e BSD. Publicado pela Brasport (www.brasport.com.br), tem preço sugerido de R$ 49,30.

12º Encontro Locaweb de Profissionais de Internet 12º Encontro Locaweb de Profissionais de Internet foi um sucesso. O evento passou por seis Estados e reuniu aproximadamente 3.500 pessoas, que tiveram a oportunidade de assistir a renomados palestrantes, conhecer profissionais de mercado e atualizar s conhecimentos. Para conferir as palestras, fotos e vídeos de todas as edições, acesse www.locaweb.com.br/encontro/o-evento

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O melhor da cultura digital Nesta seção, você confere o que há de mais interessante nas prateleiras ao redor do mundo quando os assuntos são alta tecnologia, conectividade com a web e diversão eletrônica

Dockstation universal O TSi Radio, da TELE System, é muito mais que um simples dockstation para iPod. Além de trazer a entrada universal para os aparelhos da Apple, o dispositivo oferece entrada analógica P2 para outras fontes de áudio, USB para a reprodução direta de MP3 e WMA e conexão Wi-Fi com a internet, que permite sintonizar milhares de rádios online do mundo inteiro. Com botões iluminados e sensíveis ao toque, o TSi Radio ainda sintoniza as ondas de rádio FM e traz controle remoto completo. E o melhor de tudo é que seu preço nem é dos mais caros: R$ 700. Mais informações: www.telesystem-world.com

Skype TV A bola da vez é usar o sofá e a tela grande da sala para fazer videoconferências com os amigos e familiares. A ideia partiu do Skype e dois grandes fabricantes já se animaram com a ideia. LG e Panasonic anunciaram a integração de alguns modelos de TV com acesso à internet com Skype TV ainda em 2010. A comunicação é feita por uma webcam com microfone ligada na entrada USB da TV. Ainda não tem preço sugerido. Info: www.skype.com

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Wishlist

Tablet e notebook Enquanto o tão aguardado tablet dedicado da HP não chega ao mercado, a fabricante “cutuca” o setor lançando o HP Elitebook 2740p, um híbrido de notebook e tablet que traz características bem interessantes. Equipado com processador Intel Core i5, o laptop traz tela LED de 12,1” com sensibilidade de toque capacitiva (toques múltiplos) e bateria de seis células que proporciona uma autonomia de até 5 horas contínuas de uso. O preço sugerido nos Estados Unidos é de US$ 1.600. Mais informações: www.hp.com

Simplesinha, mas bonitinha A camcorder digital portátil DXG-567VB da DXG é uma ótima companheira, principalmente para quem costuma postar vídeos no YouTube. A pequena câmera, que captura imagens com 5 MPixels e faz vídeos em alta definição (720p), possui display de 2”, memória interna de 32 MB (expansível para até 8 GB com cartões SD), USB retrátil e traz software que faz o upload do conteúdo capturado diretamente nos sites de relacionamento. Porém, o que mais chama a atenção é seu preço nos Estados Unidos: apenas US$ 40. Caso vá passear no país do Tio Sam, não custa quase nada trazer uma dessa pra cá. Mais informações: www.dxgtech.com

iPad made in Cingapura A Fusion Garage, empresa de tecnologia com sede em Cingapura, acabou de lançar no exterior o que pode ser uma boa alternativa ao iPad. Batizado de JooJoo, o tablet, que lembra muito o aparelho da Apple, se destaca por oferecer câmera digital integrada e interatividade sem limites com a internet, exatamente os dois calcanhares de Aquiles do iPad. Tem configuração bem parecida com a dos netbooks atuais: processador Intel Atom de 1,6 GHz e memória RAM de 1 GB. O preço sugerido é de US$ 500. Mais informações: https://thejoojoo.com

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Wishlist

Porta-retrato inteligente O Vizit, porta-retrato digital da empresa Isabella Products, pretende revolucionar a maneira de compartilhar fotos nos dias atuais. Dispensando computadores, configurações complicadas e até cartões de memória para seu funcionamento, o dispositivo se conecta à internet via rede de telefonia celular, permitindo o envio e o recebimento instantâneo de imagens provenientes de vários dispositivos: computadores, celulares e até mesmo de outro Vizit. Tem preço sugerido de US$ 280. Mais informações: http://isabellaproducts.com

Receptor Bluetooth O receptor Bluetooth F8Z492 lançado pela Belkin adiciona facilmente a tecnologia sem fio em qualquer sistema de som com uma entrada de áudio auxiliar. O aparelho oferece uma saída de áudio estéreo (acompanha adaptadores para as conexões RCA e P2) e consegue reproduzir músicas de dispositivos compatíveis com a conectividade Bluetooth (como celulares, computadores e vários outros) que estejam a até 10 m de distância. O adaptador só é vendido nos EUA (por enquanto) e tem o valor médio de US$ 49. Info: www.belkin.com

GPS com iPod O XGPS300 é um receptor de GPS lançado pela Dual Eletronics que adiciona a funcionalidade de localização por satélite ao iPod touch. O dispositivo, que parece um mini dockstation, é encaixado na entrada de dados do player e é gerenciado pelo software navegador NavAtlas, que permite a montagem de rotas e oferece orientação por meio de voz. Para completar, o XGPS300 ainda funciona como uma bateria externa para o iPod, prolongando sua autonomia em quase duas vezes. Preço sugerido: US$ 180. Mais informações: www.dualav.com

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negócios Locaweb pelo País e pelo Mundo Conheça um pouco mais sobre as unidades da empresa no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Miami e Montevidéu ntre 2007 e 2009, a Locaweb expandiu suas dimensões fisicamente falando - para diversos lugares do Brasil e do exterior. Marcou presença em Miami (EUA) e no Uruguai, além de inaugurar novas unidades em dois dos maiores Estados do Brasil: Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Hoje, ambas as filiais da maior empresa de hospedagem de sites do Brasil - carioca e gaúcha - dão mostras que as apostas foram acertadas. Com o objetivo de oferecer atendimento personalizado e aproveitar a crescente demanda da região sudeste, a Locaweb inaugurou em abril de 2009 um escritório comercial na cidade do Rio de Janeiro. A ideia da companhia era estreitar o relacionamento com os clientes corporativos na região e consolidar a imagem no mercado fluminense. Entre as empresas cariocas que fazem - e fizeram - parte do portfólio de clientes estão o jornal Lance!, Pimaco, a Odebrecht, entre outros. Passado um ano, a companhia colhe frutos da aposta. Segundo Ronaldo Bomfim, gerente comercial da Locaweb e responsável pela unidade, o Rio de Janeiro sempre foi um dos Estados que mais demandaram serviços corporativos, como Cloud Computing, Servidores

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Ronaldo Bonfim \\ “O Rio de Janeiro sempre foi um dos Estados que mais demandaram serviços corporativos como Cloud Computing, Servidores Dedicados e PABX Virtual da Locaweb”

* A atuação no Estado do Rio Grande do Sul superou todas as expectativas da Locaweb. Em 2009, registrou crescimento de 33,7% nos contratos fechados Dedicados e PABX Virtual. “O mercado carioca tem cada vez mais necessidade de soluções robustas e projetos de outsourcing de TI, além de ter apresentado um crescimento superior a 40% no setor de Data Center”, conta o executivo.

Em 2009, a Locaweb identificou a necessidade de se firmar na região do Rio de Janeiro de maneira estratégica e direta, dando atenção personalizada aos clientes.

Rio Grande do Sul Em novembro de 2009, o escritório gaúcho da Locaweb comemorou o segundo aniversário. A atuação na região tem superado as expectativas e, somente em 2009, registrou crescimento de 33,7% em termos de contratos fechados, valor que posiciona a filial como primeira colocada em relação ao restante do Brasil.


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negócios

Raio-X Nacional

PORTO ALEGRE Inauguração: 2007 Projeção para 2010: 1o trimestre - manter o crescimento na ordem 36%. Equipe composta por: • Gerente Comercial .............Ronaldo Bonfim • Coordenador Comercial ......Cristiano Braier • Supervisor de Negócios......Luis Debastiani • Executivos de Vendas...........Luciano Sperb ...........................................Fernando Jaques • Consultores de Negócios .........Luiz Mester, ..............................................Renusa Pereira, ............................................Michel Magrisso .........................................e Silvana Sarmatz. • BackOffice ..........................Camila Santana. RIO DE JANEIRO Inauguração: 2009 Equipe composta por: • Gerente Comercial .............Ronaldo Bonfim • Executivos de Vendas .......Sérgio Carrenõ e ..............................................João Palombini • Executiva de Negócios..........Carla Andrade • Consultora de Negócios..................Ludmila ......................................................Magalhães • BackOffice .................................Taís Cristina

A unidade já alcançou a marca de 24 mil clientes, entre eles o Sport Club Internacional, Tramontina, Azaléia – Grupo Vulcabrás, Renault do Brasil, Hering e Grendene. “O desempenho na região sul tem sido extremamente positivo. A área já é a segunda em termos de representatividade para os nossos negócios e é responsável por 11,7% do faturamento do grupo”, ressalta Bonfim também responsável pela filial do Rio Grande do Sul. Graças à crescente demanda, o quadro de funcionários da unidade foi ampliado e, aos poucos, deve ganhar ainda mais contratados. Segundo Bonfim, a estratégia de ampliar a atuação no Sul do país nasceu em 2006, quando parte do investimento de marketing foi destinado às atividades da região.

Miami e Montevidéu Em 2009, a Locaweb deu outro passo para aumentar seus domínios. No segundo semestre, iniciou o projeto de estabelecer um centro

Inauguração da unidade gaúcha \\ Com mais de 24 mil clientes, a Locaweb sulista conta com nomes como SC Internacional, Tramontina, Azaléia – Grupo Vulcabrás, Renault do Brasil e Hering

técnico em Miami, nos EUA, e outro de serviços de suporte e atendimento, em Montevidéu, no Uruguai, visando a atender clientes de língua espanhola em todo o continente americano. À época, a ação demandou investimentos iniciais de US$ 1 milhão e a expectativa é que Site do Jornal Lance! \\ Periódico de esportes foi um dos representasse 5% do primeiros clientes cariocas da unidade regional da Locaweb faturamento total do grupo, em até três anos. de desenvolvimento. No último ano, Sem sentir os reflexos da crise recebeu a incumbência de preparar o financeira que atacou o mundo no portfólio de ofertas para os novos primeiro semestre a do ano passado, mercados. “Estruturamos uma oferta a Locaweb registrou um crescimento diferenciada, unindo estrutura técnica de 32,4%. Com isso, considerou a otimizada para atender à região com expansão internacional como um produtos e atendimento sob medida importante elemento de sustentação para as necessidades de nossos novos do dinamismo do seu crescimento. clientes”, comenta o executivo. “A Henrique Macedo é o coordenador competição na América Latina tem das operações internacionais. dado pouca ênfase à qualidade. Vamos Há nove anos na empresa, já foi explorar o nosso diferencial nesse desenvolvedor de software e gerente sentido”, finaliza. locaweb 17


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portfólio Confira o cliente do mês, destacado pela Locaweb, por produzir trabalhos online diferenciados que atraem muitos visitantes Construtiva Internet Software A agência digital é desenvolvedora da plataforma CIS Manager, solução de CMS para gerenciamento de sites e portais corporativos implantado em empresas de diversos segmentos. O case de destaque da Construtiva (www.construtiva.com.br) é o novo site da L&PM Editores, editora da maior coleção de livros de bolso do País, lançado em março. O site foi reotimizado para melhorar ainda mais a catalogação em sistemas de busca (SEO).

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Confira as inovações implementadas no site da L&PM Editores (www.lpm.com.br)

A grande novidade é a Web TV, que traz entrevistas exclusivas com autores, dicas de cultura e novidades da editora e do meio cultural.

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O site conta com catálogo completo dos livros, vida e obra dos autores, integração a redes sociais (Twitter e Blog), entre outras ferramentas. Vale a visita!

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análise Seu site no novo queridinho da Apple O iPad não renderiza nada que esteja em Flash, mas antes de sair por aí reclamando, saiba o que fazer para adaptar seu conteúdo ao dispositivo Por Felipe Magalhães

chegada do iPad causou alvoroço no mundo da tecnologia, mas entre críticos e adoradores, quem tem ou desenvolve sites figura entre os mais atingidos pelo lançamento da plataforma da Apple. Ou, pelo menos, deveria figurar, já que a presença com qualidade em todos os meios propagadores de conteúdo web é fundamental para a divulgação de qualquer negócio online. Antes de sair por aí criando ou adaptando páginas para o iPad, porém, é preciso saber que existem algumas pedras no meio do caminho. Tecnicamente, o que mais se discute dentro desse cenário é o fato de o dispositivo não renderizar nada que esteja em Flash (swfs, player de vídeo, entre outros). Isso tem impacto em

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No meio da guerra \\ Enquanto a batalha entre Flash e HTML 5 parece ficar cada vez mais acirrada, o jeito é adotar alternativas para colocar seu site no brinquedinho de Steve Jobs

uma quantidade enorme de sites, já que o Flash é tão difundido hoje em dia que está presente na maioria das páginas da internet. Para não ficar de fora da onda, alguns players saíram na frente e criaram versões em HTML 5, como o YouTube (www.youtube.com/html5), que ainda está em fase de teste. Além disso, a Apple publicou uma lista de endereços que, segundo a empresa, “tiram vantagem dos padrões web para entregar um conteúdo bem apresentável e que funciona de maneira bela no iPad” (www.apple.com/ipad/ready-for-ipad).

A lista figurou como uma resposta do grupo da maçã aos inúmeros críticos da nova plataforma, que soltaram o verbo mundo afora, inconformados com o fato de o iPad não suportar Flash. Para a turma de Steve Jobs, presidente da Apple, basta se inspirar nos sites da tal lista para se adaptar ou até criar versões exclusivas de conteúdo para iPad. O problema, nesse segundo caso, é que ele remete ao mesmo caminho pelo qual um dia passou o WAP, que apareceu como promissor, mas foi atropelado com o lançamento dos smartphones, que renderizam páginas como um PC.


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Conteúdo para iPad

Recheio da maçã \\ Ainda não se sabe o quanto o iPad será aceito pelo mercado, mas o dispositivo aparece como um divisor de águas e, portanto, o conteúdo do seu site precisa estar nele

E as alternativas? Uma alternativa talvez não muito conhecida, mas que causa uma apresentação impactante e que se aproxima bastante do Flash é o Processing.js (http://processingjs. org). Inicialmente criada como uma linguagem de programação e IDE voltada para artes eletrônicas com o propósito de aplicar os conceitos de programação em um contexto visual, a ferramenta é muito conhecida entre VJ’s e desenvolvedores de interfaces interativas. A versão javascript do Processing.js é muito potente. Permite o desenvolvimento de animações admiráveis e a possibilidade de se trabalhar com a tag <audio> do HTML 5 em paralelo, a fim de se obter um melhor resultado. Veja algumas amostras do que já foi feito com Processing.js no endereço http://goo.gl/TtbB. Outra alternativa ao Flash é o “Gordon”. A ideia desse aplicativo é usar javascript para converter arquivos Flash para uma saída SVG (Scalable Vectorial Graphics) – se você nunca ouviu falar disso, vale a

* Com o lançamento do pacote CS5 da Adobe, tornou-se possível importar com facilidade animações em Flash para o Canvas do HTML 5. O duro é ter de comprar a nova licença do software

ainda está engatinhando e suporta apenas elementos básicos do Flash. De qualquer forma, se você tem algum vídeo no site e está com a intenção de renderizá-lo corretamente no iPad, o Gordon oferece uma tag video, que conta com recursos de player idênticos aos do Flash. A ferramenta permite a inclusão de elementos como pré-carregamento, controles, execução em loop e reprodução automática e também a configuração das dimensões do vídeo. Seja qual for a alternativa escolhida, é bom ter em mente que é preciso ser cuidadoso ao desenvolver em HTML 5. Afinal, o padrão ainda está sendo elaborado pela W3C. Dessa forma, o site pode sofrer alterações bruscas. Além disso, nem todos os navegadores dão suporte à tecnologia.

É bom ter cautela pena pesquisar a partir do endereço http://pt.wikipedia. org/wiki/SVG). O projeto está sob a licença MIT e é aberto, mas a má notícia é que ele

Por outro lado, quem não abre mão do uso do Flash recebeu uma boa notícia com o lançamento do pacote CS5 da Adobe. Agora, é possível importar com facilidade animações em Flash para o Canvas do HTML 5. Assim, qualquer conteúdo desenvolvido em Flash poderá ser

Lista \\ A Apple divulgou uma lista com sites que “tiram vantagem dos padrões web para entregar um conteúdo bem apresentável e que funciona no iPad”

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Conteúdo para iPad

mensagens com usuários do Skype, MSN, Yahoo! Messenger, Google Talk, AIM, ICQ e também do MySpace e do Facebook.

Quadrinhos na tela \\ A Marvel Comics foi ligeira e colocou rapidamente seu conteúdo no iPad. Um aplicativo foi desenvolvido para baixar quadrinhos

visualizado nos dispositivos que suportam HTML 5 sem a necessidade de instalação do plugin Flash Player. Ou seja, dispositivos que não aceitam Flash, com o iPad, poderão visualizar o conteúdo normalmente por se tratar, na verdade, de uma tag do HTML 5. É o “pulo do gato” da Adobe. O único problema é que, claro, você terá de comprar uma licença do CS5, o que pode ser impraticável para muitas pessoas. Não se esqueça ainda de que, para quem se preocupa com semântica e padrões web, é preciso pesar onde cada tecnologia pode ser melhor aproveitada. Para entregar vídeos, por exemplo, o HTML 5 parece ser a melhor opção a curto prazo. Já para a criação de games ou aplicações RIA, de longe a melhor alternativa continua sendo o Flash, ainda mais com as novas ferramentas do CS5. É tudo uma questão de analisar antes de aplicar.

Softwares para iPad Antes de adaptar conteúdo para o iPad, é bom usar como referência alguns softwares que já foram desenvolvidos para o dispositivo. Confira os mais interessantes:

» The Elements Esta tabela periódica em tela cheia tem como grande destaque a interatividade. Vem com riqueza de informações sobre os elementos químicos e permite visualização em 3D (com óculos). O interessante é a conexão do software com o 22 locaweb

buscador Wolfram Alpha, conhecido por sua inteligência em pesquisas e resultados muito completos sobre os mais variados tópicos. » Marvel Comics Permite a leitura dos quadrinhos da Marvel, com destaque para a riqueza das cores. É possível fazer um preview dos quadrinhos antes de comprá-los (online) e também baixar conteúdo diretamente para o iPad. » The Wall Street Journal Permite a leitura online do Wall Street Journal, conceituado jornal norte-americano que trata de economia, com análises detalhadas, cotações em tempo real, vídeo e acesso ao WSJ. Para completar, é possível personalizar o aplicativo para que sejam mostradas apenas as notícias mais interessantes. » OrkUp Aplicativo que permite integração com o Orkut e oferece recursos para manipulação dos álbuns, incluindo edição das legendas das fotos e envio de múltiplos arquivos. » Nimbuzz Integra o acesso a várias redes sociais e mensageiros instantâneos. É possível realizar chamadas gratuitas, trocar

» Desktop for iPad Com este pacote de aplicativos, é possível navegar ao mesmo tempo em que se escreve um e-mail ou, por exemplo, visualizar um mapa enquanto procura notícias sobre a temperatura. A necessidade deste programa veio a partir do fato de que o iPad não é multitarefa. Vem com ferramentas como navegador, dicionário de inglês, calculadora, tradutor, conversor de moedas, mapas e gadget de clima, entre outros aplicativos úteis. » E*Trade Mobile Pro Este aplicativo faz com que você fique antenado nos investimentos, bem como recebimento de cotações em tempo real e visualização completa da carteira de ações. » Echofon Este já é um velho conhecido. Mudou de empresa, foi rebatizado, mas continua fazendo sucesso por permitir o uso do Twitter de uma maneira mais proveitosa. Ainda mais agora com a versão para iPad. » Apontador Táxi Este é nacional! Integrado com o sistema de mapas do Apontador, permite a localização dos pontos de táxis mais populares próximos ao usuário. Pesquisa endereços, calcula o preço de corridas e salva os pontos de táxis favoritos. » Justin.tv Dispensa maiores comentários, não? Este aplicativo permite a visualização das transmissões do Justin.tv, oferecendo interface amigável, busca, acesso aos canais favoritos e criação de conta.


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Espaço ABRADi

marketing Marcello Barbusci Diretor de planejamento estratégico da Addcomm, BrANDSgroup e IdeiasNet Email: marcello.barbusci@ addcomm.com.br Twitter: @mbarbusci Site: www.addcomm.com.br

Em que negócio realmente estamos? Inicialmente, parece uma questão simples, mas você já parou para fazer uma análise e responder a essa pergunta com total segurança? Vamos começar pela empresa mais assediada do mundo atual, que atende pelo nome de Google. Em que negócio o Google realmente está? No de buscas, é claro, e é por isso que vamos usá-lo como exemplo principal. O serviço de buscas do Google não tem rendimento, assim como Gmail, Google Maps, Google Docs e todos os derivados, com exceção de um: o de publicidade, seja em links patrocinados ou na venda de espaços nos AdServers. Por conclusão, o Google conta com uma gama de serviços gratuitos que gera um fluxo enorme de seguidores e consumidores para poder vender a publicidade apresentada. Ou seja, a principal receita não vem dos grandes serviços, mas de uma porta lateral pouca notada pelos consumidores. O negócio em que o Google realmente está é o de venda de espaço publicitário via exposição de conteúdo publicado por terceiros. Trata-se de um dos negócios mais rentáveis da atualidade, pois a empresa apenas organiza os conteúdos para depois vender espaço entre eles, ganhando dinheiro com o trabalho dos outros. Absurdamente inteligente. Mas não estou aqui para falar do Google, mas sim da necessidade de descobrirmos em que negócio estamos. Vou colocar um exemplo pessoal. Tenho um casal de amigos, Carla Toledo e Vanderlei Marques, que é proprietário da Reserva Floral, empresa de design floral. Eles foram inteligentes ao analisar o negócio e perceber onde estavam.

Descobriram que não estão alinhados com as empresas de comércio online para venda de flores. Eles são diferenciados, pois atuam no ramo corporativo, sem dúvida mais rentável para quem conhece o segmento. Mas eles poderiam ter se iludido com a ideia de ser mais uma empresa de arranjos comuns. Porém, o que gerou rentabilidade foram as técnicas e apresentações profissionais, além de cursos e palestras ministrados por Carla. No caso das grandes corporações, a AOL acreditou estar no negócio de conteúdo e iludiu até a gigante Timer Warner, com quem fez parceria. Na verdade, a AOL estava no mercado de comunidades muito antes de as redes sociais virarem febre. Os chats e fóruns foram populares em uma época na qual não existia Facebook ou Orkut. O problema é que eles não fizeram a pergunta certa: em que negócio realmente estamos? A Kodak demorou para constatar que o filme estava aposentado e só deixou de fabricar câmeras instantâneas com filme em 2008. Por isso, quando você pensa em foto, lembra de qual empresa? Sony, Nokia e outras, mas não da Kodak. Se tivesse perguntado “em que negócio realmente estamos?”, talvez teria comprado o Flickr antes do Yahoo!. Em todos os segmentos, podemos criar essa dúvida: consultórios médicos são empresas de doenças ou empresas de saúde? Os restaurantes são cozinhas ou comunidades? E você, sabe em que negócio realmente está? locaweb 23


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Ficha Técnica

Nome e versão: Adobe CS5 Desenvolvedor: Adobe

Adobe CS5 chega às prateleiras do Brasil Novo pacote de aplicativos voltado à criação e à publicação de conteúdo digital ganha foco em web; Photoshop ganhou novos recursos Por Sérgio Vinícius

Adobe colocou no mercado o novo pacote Adobe Creative Suite 5 (CS5), família de programas de design e desenvolvimento para profissionais do mundo digital. O CS5 recebeu melhorias do ponto de vista prático, com aperfeiçoamento nas ferramentas de criação e integração em itens de medição e otimização de conteúdo online e de marketing de mídias digitais. Um dos destaques do novo pacote é a tecnologia Omniture, que permite aos usuários capturar, armazenar e analisar informações geradas por websites e outras fontes. Uma novidade é o Flash Catalyst, que permite aos usuários criar conteúdo interativo sem composição de códigos. Como resultado, há, segundo informações da Adobe, a diminuição de ruídos nos processos colaborativos que envolvem designers e programadores. Dois conhecidos produtos da Adobe também ganharam inovações no pacote CS5. O Flash e o Adobe AIR foram otimizados para telas de dispositivos móveis. Assim, ambos os sistemas foram remodelados para aproveitar as capacidades nativas de portáteis e

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CS5 \\ Mais de 250 novos recursos foram integrados aos aplicativos do pacote; o InDesign CS5, por exemplo, teve melhorias no item de publicação digital com novos documentos interativos

proporcionar melhor experiência – leia-se, mais rápida e prática – para o usuário.

Pacote A nova suíte inclui, em um único pacote, Photoshop, Illustrator, InDesign, Flash Catalyst, Flash Professional, Dreamweaver, Adobe Premiere Pro e After Effects. Todas as ferramentas também estão disponíveis separadamente, ou em uma das cinco edições da Creative Suite. A linha completa da Creative Suite 5 inclui a Creative Suite 5 Master Collection, Creative Suite 5 Design Premium,

Creative Suite 5 Web Premium, Creative Suite 5 Production Premium e Creative Suite 5 Design Standard, bem como 15 produtos individuais. Mais de 250 novos recursos foram integrados ao CS5. O InDesign CS5, por exemplo, teve melhorias no item de publicação digital com novos documentos interativos e suporte aperfeiçoado a dispositivo leitor eletrônico. Sobre o Photoshop, umas das novidades é o Refine Edge, que detecta bordas de figura e oferece resultados de máscaras em menos tempo. O Photoshop CS5 também inclui a capacidade de remover um


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Os programas

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O CS5 Web Premium, voltado principalmente a desenvolvedores de plataformas de internet, inclui Flash Professional, Dreamweaver, Photoshop Extended, Illustrator, Fireworks, o novo Flash Catalyst e o Flash Builder.

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No pacote, há as três exclusivas ferramentas Flash. A Professional para web é voltada para designers criarem experiências imersivas. A Catalyst, para designers criarem interfaces de aplicações de web e interação de design. O Flash Builder 4 tem como objetivo ser usado por

desenvolvedores que preferem trabalhar especialmente com códigos, criando aplicações ricas de internet.

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O CS5 também apresenta suporte aos sistemas de gerenciamento de conteúdo de fonte aberta; acesso ao Omniture SiteCatalyst e Omniture Test&Target a partir do Flash Professional e Dreamweaver; e integração com os serviços online Adobe CS Live.

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No Flash Professional CS5, webdesigners têm em mãos o novo recurso Text Layout Framework, que oferece capacidade de tipografia de nível

profissional com funções como kerning, ligatures, tracking, leading, threaded text block e colunas múltiplas, bem como recursos avançados de tipografia multilíngue e layout para mais de 30 línguas, incluindo Árabe, Hebraico, Chinês e Japonês.

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Outra novidade no Flash Professional CS5 é um Code Snippets Panel pré-instalado, que permite ao designer injetar código rapidamente em projetos para navegação na linha do tempo, ações, animação, áudio e vídeo. Designers e desenvolvedores podem criar, testar e disponibilizar conteúdo de web

em uma grande gama de plataformas e dispositivos, como smartphones, tablets, netbooks, smartbooks. É possível gerar conteúdo em navegadores com o Flash Player 10.1. Designers podem criar aplicações AIR utilizando o novo Packager para o iPhone tool Preview, um componente do Flash Professional CS5 que pode ser aplicado no iPhone e no iPad, com suporte futuro para Android, BlackBerry e Palm webOS.

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elemento de imagem e * Photoshop, imediatamente repor o Premiere e After pixel faltante por meio do Effects agora são Content Aware Fill. Photoshop, Premiere aplicativos nativos Pro e After Effects agora de 64 bits, tanto em são aplicativos nativos de Mac quanto em 64 bits, tanto em Mac quanto em Windows. Isso Windows; softwares significa que os softwares permitem ao usuário permitem ao usuário trabalhar de modo trabalhar de modo mais fluído em projetos de alta mais fluído em resolução. O Mercury projetos de criação Playback Engine, com Premiere \\ Mercury Playback Engine, com aceleração por Unidade de aceleração por Unidade de Processamento Gráfico da NVIDIA, permite abrir projetos mais rapidamente Processamento Gráfico da NVIDIA, Adobe CS Review, Acrobat.com, Adobe conteúdo, como Drupal, Joomla! e permite ao usuário do Adobe Premiere Story e SiteCatalyst NetAverages WordPress, permitindo ao designer Pro abrir projetos mais rapidamente, da Omniture. obter visões precisas de conteúdo refinar em tempo real sequências de Os preços sugeridos as suítes são: dinâmico da web a partir do alta definição ricas em efeitos e US$ 4.946 para a Master Collection CS5, próprio produto. reproduzir projetos complexos US$ 3.766 para a CS5 Design Premium, Os produtos CS5 se integram sem renderizar. US$ 3.570 para a CS5 Web Premium, também com o novo Adobe CS Live, A ferramenta Roto Brush do After US$ 2.964 para a CS5 Production Effects, que permite economizar tempo, conjunto de cinco serviços online para Premium e US$ 12.784 para a CS5 acelerar fluxo de trabalho de criação e ajuda a isolar elementos móveis do Design Standard. permitir ao designer mais foco em primeiro plano em uma fração do Para o mercado brasileiro em criação. Os serviços online CS Live tempo normal. Além disso, o especial, a Adobe realiza uma (gratuitos por período limitado de Dreamweaver agora suporta sistemas promoção de 15% nos softwares. tempo) incluem Adobe BrowserLab, populares de gerenciamento de CS Live \\ Projeto online da Adobe, que tem integração com o CS5, inclui Adobe BrowserLab, Adobe CS Review, Acrobat.com, Adobe Story e SiteCatalyst NetAverages da Omniture

Dreamweaver \\ Software suporta sistemas populares de gerenciamento de conteúdo, como Drupal, Joomla! e WordPress, permitindo ao designer trabalhar com conteúdo dinâmico

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Coisas assim não são fáceis de encontrar Contrate um plano de hospedagem de sites na Locaweb e ganhe a primeira anuidade de um novo domínio. E mais: a Locaweb oferece diversos benefícios e serviços gratuitos para tornar seu site mais conhecido na Internet. Confira:

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O caminho das pedras para você se tornar um empreendedor digital. Conheça os cases de sucesso de jovens profissionais que criaram companhias de tecnologia, venceram na web e hoje são referência no Brasil e no mundo Por Leonor Ribeiro

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s pessoas iniciam um negócio por diferentes razões. Alguns seguem a trilha de uma ideia original para explorar um nicho ainda não atendido no mercado, outros investem no desejo de ficar rico rapidamente. Mas é fato comprovado: a grande maioria aposta no prazer de ser seu próprio patrão. Seja qual for o motivo, quatro ingredientes são fundamentais para conquistar o sucesso. O primeiro deles é iniciar o negócio com boas pessoas, comprometidas no desenvolvimento de algo que seja objeto de desejo dos consumidores e, para tal, investindo o mínimo de recurso possível. E, acima de tudo, ser perseverante, mesmo diante de um cenário não muito animador. Muitos empreendedores falham pela falta de algum destes ingredientes. A boa nova é que uma startup que invista nestes quatro fatores será muito provavelmente bem-sucedida. Mas, afinal, o que define uma startup? De maneira bem simples, podemos defini-la como uma empresa nova, muitas vezes embrionária, que desenvolve projetos promissores, ligados a pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras. locaweb 29


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Startups: modo de fazer

so s a Pa passosucesso para o

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Tenha clareza Re ou produto e ap suma sua ideia grupo desconhecresente para um forem capazes deido. Se eles oferta e percebe entender sua você está no camrem real valor, inho certo

veis cados rentá Busque mersetores da e Identifiqu ue estejam indústria qs e onde seu mais ativo enda a uma produto at e específica necessidad

* Em sua maioria, os idealizadores de uma startup são jovens, entre 19 e 30 anos, que podem ser chamados de empreendedores digitais e estão entre os principais responsáveis pela avalanche Web 2.0 Buscapé \\ Página de comparação de preços é um projeto que começou por iniciativa de alguns estudantes da USP e hoje é acessado por milhares de brasileiros

Encontre consum pagar Escolha umidores dispostos a qual os consum nicho de mercado, no pagar por um pridores estejam prontos a Certifique-se de oduto como o seu. realmente de ac que sua oferta está ordo com o preç o cobrado o foco Mantenha o que Identifique seu exatamente viço é e crie produto/sersta de valor uma propoe o início única desd

Seja a resposta para a “dor ” do seu cliente De entregue um pr senvolva e que seja efetivooduto/serviço para resolver o e confiável seu consumidorproblema de

Diferenciam-se, geralmente, por serem MercadoLivre \\ Site de leilões é um dos exemplos brasileiros de muito dinâmicas e com potencial de empresas que venceram e são cases de sucesso no mundo digital crescimento acelerado. Além disso, o maior ativo de uma startup não são os ativos “bolha da internet” nos meados dos anos 1990, físicos – máquinas e estrutura física – e sim seus capitaneada pelas inúmeras aquisições lideradas cérebros idealizadores e realizadores do projeto. pela Microsoft e pelo Yahoo! em empresas Em sua grande maioria, os idealizadores localizadas na região do Vale do Silício, nos de uma startup são jovens, entre 19 e 30 anos, Estados Unidos. Muitas delas hoje são e também podem ser chamados de admiradas como referência de sucesso no “empreendedores digitais” e, atualmente, estão mercado como YouTube, Facebook, Orkut, entre os principais responsáveis pela avalanche Last.fm, entre muitas outras. Web 2.0. Ou seja, a atual era digital, que provoca uma revolução quase diária nas tendências tecnológicas, econômicas e sociais, oferece No Brasil, entretanto, embora se reconheça ambiente propício para o desenvolvimento deste imenso potencial empreendedor no País, novo tipo de empreendimento. ainda é difícil encontrar empresas que sejam Mas o conceito em si não é novo. Ele promissoras no mercado, como os casos nasceu junto com a evolução da tecnologia, conhecidos do MercadoLivre e do Buscapé, mais precisamente durante a formação da que se consolidaram como modelos sólidos de

Startups brazucas

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Startups: modo de fazer

Equipe Migre.me \\ Contador de cliques alcançou sucesso por sua capacidade de selecionar os conteúdos enviados pelo Twitter a partir do número de cliques e de retuites

Site do sistema \\ Ferramenta versátil, é usada também para encolher URLs grandes, que podem render espaço em postagens no Twitter, que somente aceita 140 caracteres por post

geração de receita. Mas já temos boas histórias para contar. Este é o caso da KingoLabs, que nasceu, literalmente, de uma aposta entre blogueiros que participavam da Campus Labs, painéis que reúnem empreendedores e investidores durante a Campus Party – maior evento de inovação tecnológica, internet e entretenimento eletrônico em rede do mundo. Pioneira na pesquisa e no desenvolvimento em reality mining, a empresa é uma startup que atua em desenvolvimento de ferramentas de métricas, monitoração para web e mobilidade. O pontapé inicial surgiu da ideia de Jonny Ken, responsável pela criação e pelo desenvolvimento do migre.me (www.migre.me), um contador de cliques que se tornou uma ferramenta de enorme sucesso por sua capacidade de selecionar os conteúdos enviados pelo Twitter a partir do número de cliques e de retuites (quantas vezes a mensagem foi repassada para frente), mas sem a intervenção do usuário. A necessidade de mais tempo para administrar, atualizar e criar novas funcionalidades para a ferramenta abriu espaço para o “casamento” de Ken com Paula Signorini e Maria Carolina Cintra, que decidiram investir em uma empresa com foco em desenvolvimento de produtos. Ou seja, a oportunidade obedeceu a uma nova demanda do mercado. Foi neste mesmo modelo que nasceu a Startupi, projeto da SocialSmart Ventures, empresa criada no final de 2008 pelo investidor norte-americano Michael Nickas em sociedade com Gilberto Junior e o blogueiro Alexandre Fugita.

Startupi \\ Blog, coordenado por Diego Remos, é especializado em abordar assuntos relativos ao mercado de startups de tecnologia

O negócio foi impulsionado pela necessidade de mapear o cenário brasileiro de startups do mercado de Tecnologia da Informação, ainda sem informações reunidas em um único diretório. Hoje, o Startupi (www.startupi.com.br) se define como blog dirigido para o mercado de startups de tecnologia. Sob a coordenação de Diego Remos, aborda em seu conteúdo essencialmente iniciativas web e todo o mercado que o circunda, como, por exemplo, capital de risco, incubadoras e aplicativos. Já a Improve It, fundada em 2001, startup especializada em desenvolvimento de software, é um exemplo de iniciativa que nasceu da necessidade de os fundadores terem a própria empresa. locaweb 31


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Startups: modo de fazer

so s a Pa passosucesso para o

6 7 8 9 10

Controle os custo Gaste apenas o s absolutamente necessário. Evite custos supérfluo s Seja rápido as e Ações rápidos planos clar a podem ser estar à chave para ercado frente no m

* A característica mais marcante nos empreendedores das startups brasileiras é a vontade de dar certo. Os primeiros 12 meses de cada uma delas parece dar o tom do tamanho da expectativa

“Sempre quisemos ter uma empresa, mas, quando fundamos a Improve It, não tínhamos uma ideia clara de que negócio atacaríamos”, explica Vinícius Manhães Teles, atual Construa um tim proprietário do empreendimento digital. e ap aix on ado O DNA de uma Prova disso é que a empresa reinventou seu formado nos pr companhia é Invista em colabimeiros 90 dias. modelo de negócios muitas vezes, passando de or ad or es que sejam pautados pelos mesmos aconselhamento e análise do mercado, quando valores e objetivo s que a empresa se dedicava à prestação de serviços de consultoria, mentoring e treinamento, até o Seja único com Envolva-se e atual foco: desenvolvimento ágil de software, o çã va a ino do dedicado à criação de produtos web-base. E hoje deixe de laismo o conform estão 100% dedicados ao produto Be on the Net, com planos de expandir a operação na América Não caia na tent do Sul, começando pela Argentina. gastar sem cont ação de É fácil perceber que a internet tem um papel gastos ao que imrole Limite seus diretamente sua pacta fundamental para a existência dos três Mantenha o focoprodutividade. empreendimentos. Porém, a característica mais principal, sempr no objetivo e marcante nos empreendedores destas startups é a vontade de dar certo. E o primeiro ano de cada uma delas parece dar o tom do tamanho da expectativa. “Obviamente, esperávamos que o faturamento fosse maior no primeiro ano, mas essa dificuldade não atrapalhou os planos futuros”, explica Paula Signorini, diretora executiva da KingoLabs. Ou seja, no início, a entrada de receitas é muito flutuante, e é importante buscar alternativas para lidar com os altos e baixos. “Como em qualquer negócio, tivemos momentos de alto rendimento financeiro e outros em que não entrava um tostão. Conseguir superar a pior fase sem fechar as portas é desafiador”, afirma Vinícius Manhães Teles, proprietário KingoLabs \\ Segundo Paula Signorini, diretora da empresa, no início, a entrada de da Improve It. receitas é muito flutuante; é importante criar alternativas para lidar com altos e baixos 32 locaweb


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Startups: modo de fazer

Vinícius, da Improve It \\ “Como em qualquer negócio, tivemos momentos de alto rendimento financeiro e outros em que não entrava um tostão”

Site da Improve It \\ Empresa reinventou seu modelo de negócios diversas vezes, passando de aconselhamento até análise do mercado

Onde está o dinheiro

contar com uma parceria da Microsoft foi fundamental para o crescimento no primeiro ano da empresa. “A parceria tem nos dado muitos recursos e muitos frutos, principalmente no que toca o desenvolvimento de aplicativos para celulares”, pondera a executiva Paula Signorini. Este caminho também é seguido pelo blog Startupi, que conta com o aporte financeiro da SocialSmarts Ventures para cobrir os custos operacionais do empreendimento. Normalmente, os investidores buscam empreendimentos que já tenham um plano de negócios bem formatado e com possibilidade de crescimento sustentado. No Brasil, sabe-se que empresas de peso, como a Microsoft, têm programas de consultoria e capacitação diretamente voltada para este nicho. Além disso, outros players conhecidos no mercado como Niklas Zennström, co-fundador do Kaaza e do Sype, também estão de olho buscando startups na área de TI para investir. Os números do mercado impressionam. Atualmente no Brasil, há 257 fundos registrados, que movimentam cerca de 45 bilhões de dólares em investimentos, de acordo com Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP). Segundo estudos da instituição, o número de investimentos cresceu cerca de 21% no Brasil e os setores mais procurados pelos fundos estão relacionados a inovação e tecnologia. O fato é que, para atrair investimentos, o negócio precisa ser escalável em receita e também em margem. Isto significa apontar consistentemente para crescimento e estabilidade e também para geração de lucro que permita o reinvestimento na empresa e

Uma saída para este momento mais complicado é a busca por investidores. No caso das startups que estão baseadas em tecnologia, este é um movimento comum e bem-sucedido. Por isso, aprender a medir o valor destes empreendimentos é uma tarefa importante, mesmo que dependa de aporte imediato ou não. Embora pareça simples estipular um preço ao seu negócio, o valor de uma startup depende de o quanto estão dispostos a pagar por ela ou mesmo por uma parte, por um determinado período. Por isso, é fundamental que o empreendedor aprenda a se distanciar emocionalmente de seu negócio e encontre métricas menos subjetivas para quantificá-lo. É uma equação complicada que envolve percepção de valor do negócio no mercado, conhecimento de finanças e ainda uma boa dose de sangue frio para o momento da negociação com o Microsoft \\ Gigante da tecnologia mundial tem histórico de realizar palestras com investidor. Na experiência da KingoLabs, profissionais, de forma a fomentar o desenvolvimento da internet e do TI no Brasil e no mundo

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Startups: modo de fazer

também a remuneração de seus investidores. Até porque, embora sejam muitas vezes chamados de anjo-investidores, por seu papel fundamental no pontapé inicial, a geração de riqueza é a meta principal nessa operação. Identifique do que você precisa Defina a vaga e o perfil do profissional baseado Exatamente por isso, é importante manter na cultura e nos objetivos que sua empresa tem. O uma linha direta com o investidor, deixando-o a sucesso da empresa dependerá do trabalho integrado e par de todos os acontecimentos da empresa. amistoso da equipe “Essa transparência ajuda os investidores a ficarem mais confiantes e apostarem ativamente Divulgue Divulgue na internet, nas redes sociais e também no negócio”, alerta Paula Signorini. entre os amigos. Normalmente, as melhores Há também a possibilidade de contar com a indicações vêm das pessoas mais próximas reserva financeira da empresa ou dos sócios, caso da Improve IT, que usou os recursos de um Conte sua histórias e investigue grande projeto realizado para reinvestir no Conte os sonhos da empresa, os objetivos e certifique-se de que o candidato está apaixonado por crescimento da empresa. “Não usamos nenhum ela. Tire dúvidas sobre o perfil profissional, busque tipo de recurso externo. Até porque sou a referências sobre os históricos pessoal e profissional. Para favor de evitar o uso de tais recursos, sejam uma startup, é fundamental encontrar parceiros do sonho eles na forma de empréstimo, capital de risco ou outro”, afirma Vinícius Manhães Teles. Seja sincero É importante conquistar o coração do candidato, para O importante é entender seu próprio que ele se interesse genuinamente pelo projeto, mas modelo de negócio e saber que os momentos também é fundamental que ele saiba onde está pisando. Por difíceis também fazem parte do cotidiano de isso, conte sobre a dificuldade do começo e a incerteza de uma startup e estar preparado para eles. As que a empresa irá existir nos próximos meses. Se ele topar dicas de quem já passou pela experiência o desafio, é porque acredita que pode dar certo incluem ter um bom plano de negócio e nunca Dê retorno perder o foco. Além disso, participar das Valorize seus candidatos, mesmo que eles não sejam discussões sobre o setor pode fazer a diferença os escolhidos para as oportunidades. Respeite aqueles para encontrar boas respostas para questões que investem tempo em um processo seletivo, dando o práticas comuns. Outro segredo para o sucesso é feedback sobre o andamento do processo contar com profissionais altamente envolvidos com o projeto, que acreditam no crescimento. Desafios comuns como crescer, sem perder a qualidade, podem ser mais facilmente superados com uma equipe 100% qualificada e obstinada. É preciso também investir em talentos complementares, que tragam para a empresa o mix adequado de competências que ajude a construir um portfólio robusto de ofertas para o mercado. Espíritos empreendedores encontram no Brasil ambiente propício para crescer. É preciso estar atento e pronto para lidar com uma boa dose de burocracia e altos impostos. O caminho está Página da ABVCAP \\ De acordo com associação, há, no Brasil, 257 fundos aberto, quem mais vem? registrados, que movimentam cerca de 45 bilhões de dólares em investimentos

Dica de recrutamento para uma startup

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opinião/articulista

design René de Paula Jr. User Experience Evangelist Microsoft Brasil @renedepaula rene.de.paula@microsoft.com Blog: O UAU Nosso De Cada Dia http://blogs.msdn.com/ renedepaula

Internet à moda da casa Ela deveria ser global, mas não é. Em termos de mercado e perfil dos profissionais, entre outros fatores, a web é para lá de regional Eu não sei bem o que anda acontecendo com TV a cabo, mas aqueles canais que eu sempre curti (National Geographic, Discovery, History Channel) viraram a vitrine do bizarro. Num canal, a vida no presídio. No outro, desastres retumbantes. Mudo de novo e... mudança de sexo. Nem os programas mais sossegados, aqueles de turismo e gastronomia, escaparam da maldição do freak show: turistas gastronômicos radicais saem por aí comendo minhoca, morcego, besouro... Se você quiser perder peso, assista. Eu até que viajo bastante, quase sempre a trabalho, mas sou zero aventureiro em termos de comida. Pensando bem, aventuras não são meu forte. Esse negócio de botar o pescoço em risco só pela adrenalina não é minha praia. Sou mais acrobático e malabarista mesmo em termos de carreira e pensamento e vida e obra e criatividade e tal, nada que me mande para o hospital, mas coisas que podem mudar de verdade o rumo do que eu faço. Voltando à história da comida: uma coisa que descobri circulando por aí, sobretudo nos Encontros Locaweb, é que internet tem gosto diferente em cada lugar. Curioso isso. Internet deveria ser “global”, mas de global não tem nada: a internet mineira não tem nada a ver com a internet paulista nem carioca nem gaúcha, e não estou falando de velocidade de banda, mas sim de mercado, tipo de trabalho, perfil dos profissionais, perspectivas, abertura para inovações. E, curiosamente, descubro os “sabores” mais vivos e inusitados onde não esperava. 36 locaweb

Vou dar um exemplo. Pensemos em Sampa, onde nasci e vivo. Num evento de web realizado por aqui, tem gente que já nasceu com web e vive de web. Você pergunta: quem aqui é designer? Vários levantam a mão. Quem aqui faz motion? Outros tantos. Quem é developer? Quem é mídia? Quem é gerente de projeto? As mãos vão se levantando. O que isso quer dizer? Esse é um mercado onde está tudo consolidado, no qual os papéis são mais claros e é possível fazer carreira em apenas uma área. Tem gente que é webdesigner faz 15 anos, praticamente um vovozinho interativo que só pensa naquilo (webdesign). Se eu vou para BH (ou Curitiba, ou Salvador) e pergunto o mesmo, o cenário é diferente: tem empreendedor que desenvolve, designer que faz atendimento, desenvolvedor que desenha. Em suma: mercados em que, por não serem tão focados como grandes agências, têm gente multitarefa preparada para toda situação. É esse o ponto que interessa: abertura para inovação. Gente que deseja explorar novas fronteiras. Profissionais que querem ser vistos como parceiros. Empresas que querem pensar e agir fora da caixa. Estou estereotipando, generalizando e tal? Talvez, esse é o risco de ser turista: você tromba com uma moça bonita em Cucamonga e acha que o país é o paraíso de mulheres lindas. Generalizando ou não, espero que a provocação valha: até que ponto você está viciado no arroz com feijão digital? Esteja você onde estiver, pense seriamente em virar a mesa. Tem gente fazendo receita... com novas receitas.


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designweb processo de criação no mundo do design digital, como em qualquer outra área, depende muito de fontes de inspiração. Dificilmente uma idéia surge do zero. É por isso que grandes profissionais sempre usam sites específicos ou designers renomados como referência na hora de produzir uma campanha ou criar uma página.

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Por Eduardo Costela

É consenso entre especialistas da área que o bom designer precisa antes de tudo ser um grande observador. Ao contrário da maior parte das pessoas, este profissional preciso estar atento a detalhes de tudo o que vê, especialmente em relação a sites inovadores e criativos. Tudo isso deve ser absorvido e pode ser usado como background no momento da criação. Para Diego Araújo, coordenador de criação da agência

Click, boas referências são fundamentais no trabalho do desenvolvimento de design digital porque é necessário estar sempre ligado nas novas tendências. Essas fontes de inspiração, segundo ele, devem servir justamente para permitir que o trabalho alcance novos patamares criativos. “É muito importante estar alinhado com o que acontece no mundo e estar em sintonia com o mercado. Mas penso que as

Especialistas apontam sites de referência mundial para servir de inspiração na hora de criar e apontam as tendências do mercado

Tudo se cria, nada se copia

Tudo se cria, (quase) nada se copia Especialistas indicam sites de referência mundial para servir de inspiração na hora de criar e apontam as tendências do mercado Por Eduardo Costela

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processo de criação no mundo do design digital, como em qualquer outra área, depende muito de fontes de inspiração. Dificilmente uma ideia surge do zero. É por isso que grandes profissionais sempre usam sites específicos ou designers renomados como referência na hora de produzir uma campanha ou criar uma página. 38 locaweb

É consenso entre especialistas da área que o bom designer precisa antes de tudo ser um grande observador. Ao contrário da maior parte das pessoas, esse profissional precisa estar atento a detalhes de tudo o que vê, especialmente em relação a sites inovadores e criativos. Tudo isso deve ser absorvido e pode ser usado como background no momento da criação. Para Diego Araújo, coordenador de criação da agência

Click, boas referências são fundamentais no desenvolvimento de design digital porque é necessário estar sempre ligado nas novas tendências. Essas fontes de inspiração, segundo ele, devem servir justamente para permitir que o trabalho alcance novos patamares criativos. “É muito importante estar alinhado ao que acontece no mundo e estar em sintonia com o mercado. Mas penso que as


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Design

* É consenso entre especialistas da área que o bom designer precisa antes de tudo ser um grande observador. Tem de estar atento a detalhes de tudo o que vê, sobretudo em relação a sites inovadores e criativos referências não devem ser apenas fonte de inspiração. Elas são parâmetros para o que já foi feito ou não, além de inspirações de qualidade e inovação. Referências devem dar repertório justamente para você ir além do que já foi feito.” Araújo cita o site criado pela DDB de Estocolmo em parceira com a produtora North Kingdom para recrutamento das Forças Armadas da Suécia (http://rekryt.mil.se/ recruitment2009) como exemplo de trabalho de design inovador, com

layout bonito e usabilidade bem resolvida. A página funciona como um game online em que o visitante é levado para uma misteriosa base militar subterrânea, onde enfrenta uma série de testes psicológicos que vão definir se o candidato tem o que é preciso para se alistar. “Nesse exemplo, o trabalho de design está em todos os elementos que envolvem o visitante. É um site muito bom, que mostra como um assunto que muitos poderiam considerar burocrático pode ser uma excelente peça de entretenimento. Como se não bastasse, identifica que profissionais que trabalham com design para internet precisam estudar diversas disciplinas para orquestrar um bom projeto”, diz Araújo.

Mutante Como tudo o que é relacionado com a internet, o webdesign também é um campo em constante

evolução – e em ritmo acelerado. Emerson Viegas, diretor de arte da agência de marketing digital iThink, lembra que nada pode ser considerado estático nessa área. “Um só site não consegue ser uma grande referência mundial de design, pois as tendências da área para a web são muito ágeis e mutantes. O que é referência hoje pode não ser mais daqui a um mês. O importante é saber usar a multiplicidade de formatos, linguagens e tendências para criar algo realmente diferente. Só assim o site se destacará e não ficará com uma linguagem datada”, analisa. Como exemplo de referência que se destaca pelo design não-datado, Viegas cita o site UniqLock (www.uniqlo.jp/uniqlock), concebido pela produtora japonesa Projector para a Uniqlo vender roupas. “Nesse trabalho, a famosa frase ‘menos é mais’ é materializada de forma brilhante. Como um trabalho artístico, cada detalhe precisa estar alinhado com o conceito para tornar-se uma obra-prima. Desde a trilha sonora, passando pelo desenho da arquitetura de informação, layout e

Artístico \\ Concebido pela produtora japonesa Projector para a Uniqlo vender roupas, site vira exemplo do conceito de design “menos é mais”

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* Para Schartzman, gerente-geral da Ogilvy Interactive, é importante prestar atenção nas novas interfaces criadas para o iPad e outros tablets de interface touch alguns anos atrás, ainda é grande coreografias, chegando até a referência para quem deseja fazer programação dos códigos. Tudo sites com imagens tridimensionais, influencia no impacto do projeto e com interações envolventes e uma sua representação junto ao mercado boa história por trás. Assim como criativo e concorrente”, diz Viegas. acontece na produção de games para “Para construir um projeto assim, é consoles famosos, a criação do preciso empregar um bom tempo conceito durou anos. O cenário, os em conceitualização, rascunhos e personagens e o humor presentes em discussões. Tudo isso muito antes de cada etapa tornam o Get The Glass ir para o computador. Esse é o atual”, explica. grande segredo em qualquer grande sucesso no design, no cinema, nos games.” Viegas também aponta o site Get The Glass (www.getthe glass.com) como bom exemplo. A página foi desenvolvida para a campanha “Got Milk?”, que incentivou o consumo de leite nos Estados Unidos. “Apesar Os melhores \\ O FWA premia os melhores sites da web de de ser um trabalho de acordo com a criatividade do design e da inovação tecnológica

João Ferraz, coordenador de arte da agência Enken, sugere dois sites que servem como compiladores de trabalhos interessantes. No Lürzer’s Archive (www.luerzersarchive.net), revista alemã que trata de propaganda, a seleção dos trabalhos que entram é feita por editores acostumados a conviver com o que de melhor acontece na publicidade ao redor do globo, principalmente no que se refere a designs criativos. “Não há um júri, não há lobby, o critério é a imparcialidade [dos editores]. A [Lürzer’s] Archive goza de grande respeito do mercado mundial não só entre as agências, mas também com os principais anunciantes globais, porque privilegia a linguagem e os conceitos universais”, afirma Ferraz. Outro escolhido por Ferraz como boa referência é o FWA (www.thefwa.com). O Favourite Website Awards, fundado na Inglaterra no ano 2000, premia os melhores sites da web de acordo com a criatividade do design e da inovação tecnológica apresentada. Até janeiro de 2010, o site já havia recebido mais de 75 milhões de visitantes, o que dá uma ideia da importância da publicação no mercado. “É um site de referência mundial em webdesign, os melhores trabalhos estão lá”, resume Ferraz.

Convergência

Leite derramado \\ Desenvolvido para a campanha “Got Milk?”, que incentivou o consumo de leite nos Estados Unidos, o site Get The Glass (www.gettheglass.com) é referência em criação 3D

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Michel Lent Schartzman, gerente-geral da Ogilvy Interactive, agência de marketing digital do grupo OgilvyOne, vai além e cita a convergência entre mídias como paradigma. “Devemos olhar para o design em movimento. Para o que está sendo feito na TV, principalmente a cabo e nos canais HD. É importante prestar atenção nas novas interfaces criadas para o iPad e outros tablets de interface touch. O mundo caminha para o touch e para o motion graphics”, diz.


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Quem são as referências das referências

Além de sites, é bom ficar de olho em nomes que são referência no mundo do webdesign. João Ferraz, da agência Enken, indica os trabalhos de Dieter Rams, designer da Braun nas décadas de 1950/60. “Jonathan Ive [designer da Apple] e Steve Jobs são fãs do trabalho de Rams e do design alemão da época. Alguns dos trabalhos deles são inspirados em Rams. Ele estava muito além de seu tempo”, diz. O brasileiro Adhemas Batista, conhecido por usar cores bastante vivas nos seus trabalhos, foi citado por Ferraz e também por Emerson Viegas, da agência iThink. “Poucos sabem usar cores como ele. Suas formas e ilustrações remetem aos movimentos orgânicos, como gotas d’água”, afirma Viegas. “Gosto muito dos trabalhos do Adhemas. É uma pessoa que influenciou bastante o design na web de hoje, com suas curvas e florais”, completa Ferraz.

Lent, porém, não deixa de lado a pureza do design limpo, que leva em consideração a ideia de que “menos é mais”, tão difundida entre

os profissionais da categoria. Por isso mesmo, usou dois extremos em suas sugestões de referências: o gigante buscador Google (www.google.com.br) e o Nike+ (http://nikeplus.com), programa em parceira da empresa de materiais esportivos com a Apple – consiste em um dispositivo acoplado ao tênis que manda informações para iPods sobre os exercícios realizados e pode ser descarregado e analisado num computador. “Cito os dois por serem sites extremamente preocupados com o serviço. O Google pela simplicidade total voltada para a rapidez das respostas. E o Nike+ por ser um exemplo de duas marcas juntas criando serviço para os clientes. Esse foco em serviço, na minha opinião, é para onde caminha o mundo”, afirma Lent.

Sem plágio Tão importante quanto a busca pela inspiração é o cuidado para não incorrer em plágio. É consenso entre os especialistas da área que o limite entre copiar e criar algo novo a partir de conceitos já existentes

deve ser bem explícito. “Referência é o que inspira você a criar algo novo. Se um designer faz plágio, ele está contra o princípio da profissão, que é criar”, afirma Viegas. Quando se trata de internet, a velha máxima lançada por Chacrinha com relação à TV, de que nela “nada se cria, tudo se copia”, deve ser vista com ressalvas, já que a web é um verdadeiro paraíso para os plagiadores. “É preciso conhecer, se inspirar, mas buscar sempre uma oferta de valor diferenciada naquilo que criamos e projetamos. Ao encontrar essa oferta de valor relevante, não há plágio”, avalia Lent. Muitas vezes, as próprias características do trabalho que está sendo realizado levam o designer a produzir algo único, diferenciado, já que cada caso tem suas necessidades específicas. “É preciso focar no direcionamento do problema a ser resolvido, de acordo com as limitações, como formatos, pesos, veículo, público, verba. Usar algo já criado como referência para aquele mesmo problema é uma questão de releitura, redescobrir, repensar”, finaliza Ferraz. Ao lado \\ A empresa de materiais esportivos e a Apple se reuniram para criar um serviço inovador para seus clientes, usando a web como base

Abaixo \\ O gigante das buscas tem design simples, mas totalmente funcional e voltado para a rapidez na prestação de seu serviço

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Community Manager, o síndico do conteúdo O crescimento das redes sociais e da força da voz do internauta fez surgir mais uma profissão ligada à web: a dos gerentes de comunidades Por Eduardo Costela

crescimento frenético ocorrido nos últimos anos com redes sociais como Facebook, Orkut e Twitter, que rapidamente se transformaram em gigantes plataformas virtuais não apenas de simples interação social, mas também de trabalho, fez nascer mais uma profissão de nome pomposo e aparentemente complicado, mas que aos poucos deverá se tornar tão conhecida – e indispensável – como a de advogados

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* O gerente de comunidades precisa agir mesclando as características de um anfitrião de uma festa e um host de restaurante. Tem de ser simpático e eficiente ou gerentes comerciais. Trata-se do community manager, profissão cujo nome não tem equivalente exato em português, mas que vem sendo chamada de gerente de comunidades ou, numa expressão mais adequada,

de síndico de conteúdo. Essa figura é responsável por servir como elo de ligação entre audiência e conteúdo – ou entre consumidores e empresa. Ou seja, é a pessoa que faz o “meio-campo” entre potenciais clientes/ consumidores e determinadas empresas ou instituições no mundo virtual, em especial nas mídias sociais. Para o especialista norte-americano em TI Jeremiah Owyang, um dos pioneiros na profissão – exerceu a função em 2006 para a Hitachi Data Systems –, o papel do community manager muitas vezes é confundido com o de um ouvidor ou


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Mídias Sociais

* Em uma crise já deflagrada, o gerente de comunidades trabalha para minimizar os estragos – e nada é mais eficaz para combater a velocidade de propagação da campanha negativa que usar as próprias mídias sociais para explicar o problema até mesmo de um advogado, que ora atua ao lado da empresa, ora atende ao consumidor. Apesar de admitir que esse conceito não está por todo errado, ele ressalta que o objetivo do profissional é outro. “O papel central deve ser o de ouvir e informar”, conta Owyang em seu blog Web Strategy (www.webstrategist.com/blog), no qual discute o impacto da tecnologia na comunicação entre empresas e consumidores. Muito mais que apenas uma ferramenta com a qual homens, mulheres e crianças enviam mensagens e trocam fotos, as mídias sociais deram voz ativa a um público que, antigamente, apenas recebia informações e era obrigado a engolir quase tudo calado. Assim, a reputação de uma grande empresa, por mais que esteja sedimentada por longos anos de credibilidade, pode facilmente ser colocada em xeque por consumidores na base do “boca a boca online”. Pior: a campanha negativa pode ser iniciada por um simples boato, mas os estragos são bastante reais. O community manager tem papel importantíssimo na prevenção e no gerenciamento de crises como essa. Em caráter preventivo, o contato direto com os clientes pode ajudar a encontrar soluções para problemas individuais. Na outra mão do relacionamento, a empresa pode detectar erros e encontrar caminhos para aperfeiçoar os serviços. No caso de uma crise já deflagrada, o gerente de comunidades trabalha para minimizar os estragos – e nada é mais eficaz para combater a velocidade de

Facebook, Orkut e muito mais \\ O community manager de uma empresa ou meio de comunicação precisa monitorar tudo que sai no Facebook, Orkut e Twitter, além de sites como YouTube, Ning e LinkedIn

propagação da campanha negativa que usar as próprias mídias sociais para explicar o problema.

Papel Mesmo com a função de ouvir e interagir com o público em geral, muitas vezes o community manager precisa saber sair de foco e encaminhar o cliente para o setor correto da empresa. Ou seja, precisa sair do caminho quando não puder esclarecer plenamente um problema e fazer a conexão certa. Em resumo, precisa ouvir tudo, responder o que for necessário, informar a empresa sobre as demandas e conectar as pessoas certas. Para isso, o profissional precisa monitorar tudo o que é dito sobre a

empresa em que trabalha nos já citados Facebook, Orkut e Twitter, além de diversos outros sites, como YouTube, Ning e LinkedIn. Apesar de muitas empresas considerarem a posição como um cargo “menor” – e de relegarem a função a estagiários –, as habilidades requeridas não são poucas. Um bom community manager precisa não só ouvir, mas também locaweb 43


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Mídias Sociais

Ao lado \\ Um dos papéis do “síndico do conteúdo” de empresas com nome consolidado no mercado é impedir boatos e notícias negativas propagadas na internet

Abaixo \\ Mais que correr atrás do que é dito sobre a empresa na web, o profissional deve atrair o público para as comunidades oficiais em diferentes plataformas de comunicação

traduzir os anseios e necessidades dos consumidores. É necessário gostar de tecnologia e entender a cultura online. Além de grande capacidade de comunicação, é necessário gostar de pessoas, ter experiência de vida para servir como background e saber ser flexível para lidar com problemas reais. Segundo o norte-americano Chris Brogan, presidente do New Marketing Labs (www.newmarketinglabs.com), empresa de marketing digital que planeja estratégias para engajamento em comunidades sociais, o gerente de comunidades precisa agir mesclando as características de um anfitrião de uma festa e um host de restaurante. “Faço a distinção porque um anfitrião de uma festa é mais pessoal, enquanto o host de um restaurante precisa ter em mente que se trata de um negócio. O community manager precisa das duas habilidades igualmente. O anfitrião de uma festa vai fazer as pessoas se aproximarem, receberá convidados apropriadamente, manterá conversações durante o evento e verá todos saírem em segurança, com um sorriso e um aceno. O host de um restaurante precisa ter certeza de que 44 locaweb

* Bastante difundida nos EUA, onde existe até o Dia da Community Manager, festejado na quarta segunda-feira do mês de janeiro, a função ainda engatinha no Brasil tudo está certo com relação ao ambiente, saber se a cozinha está funcionando bem e ajudar os funcionários a proporcionarem uma experiência sem falhas aos clientes. A mistura das duas atitudes é o que um community manager precisa ser”, diz Brogan no blog www.chrisbrogan.com.

Atrair e engajar Se por um lado o gerente de comunidades precisa ir atrás do que está sendo dito pela web afora a respeito da empresa, por outro deve tentar atrair o público para as comunidades oficiais em diferentes plataformas de comunicação. Neste sentido, sua função é estimular. “O profissional que atua nessa área precisa pensar em maneiras de fazer

com que as pessoas se engajem na comunidade e interajam com os demais membros. Isso é feito por meio de estímulos à interação, pela valorização de quem participa ativamente e pelo diálogo entre o administrador e quem participa”, explica Robinson Melgar, analista de mídia e community manager da revista Veja São Paulo. “Além disso, deve-se estar atento às singularidades e à linguagem de cada uma das redes sociais disponíveis.” Bastante difundida nos EUA, onde inclusive já existe o Dia da Community Manager, festejado na quarta segunda-feira do mês de janeiro, a função ainda engatinha no Brasil. Mas os profissionais brasileiros já sabem quais são alguns dos pecados capitais para quem exerce o cargo. Um dos mais graves é o da omissão. “Para que uma comunidade vingue, é necessária a presença constante do administrador. Ele deve moderar a comunicação e estimular a participação. Quando as pessoas percebem que uma comunidade está abandonada, elas rapidamente perdem o interesse”, diz Melgar.


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opinião/articulista

e-business Marcelo Trípoli Presidente da agência de marketing digital iThink e autor do blog ifound.com.br @marcelotripoli marcelo.tripoli@ithink.com.br

Enfim, a internet social Ferramentas como a Open Graph, apresentada pelo Facebook, aparecem como o caminho da tão prometida internet personalizada Trabalho com comunicação digital desde 1995 e, desde então, escuto sistematicamente a mesma promessa, feita na maioria das vezes por empresas que vendem softwares de milhões de dólares: que os sites seriam personalizados de acordo com o perfil e os desejos de cada consumidor. Vitrines mostrariam apenas produtos relevantes para mim, sites de notícias teriam filtros automáticos e muitas outras conveniências. Essa maravilha da comunicação one-to-one, invariavelmente, não passou de promessas não cumpridas. Com exceção da Amazon.com e pouquíssimas outras empresas, o sonho de uma internet relevante e contextualizada ficou apenas na imaginação. Vários fatores impediram, até pouco tempo, que esse modelo funcionasse. O principal deles é que, ainda hoje, cada site na internet é como um ponto isolado, que não se comunica com outras plataformas. Dessa forma, a personalização da experiência proporcionada por eles é extremamente limitada e, muitas vezes, baseada apenas no cadastro e na própria navegação. Por outro lado, redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter são riquíssimas em informações relevantes, que até então ficavam restritas. Esse cenário, porém, começou a mudar quando o Facebook anunciou, em maio de 2008, o Facebook Connect, que permite a qualquer site ou aplicativo trocar informações com a

maior rede social do mundo. Em 15 meses, o serviço atingiu 100 milhões de usuários, número que o próprio facebook.com demorou 55 meses para alcançar. Semanas atrás, foi lançada uma plataforma atualizada chamada Open Graph, que aumenta ainda mais as possibilidades da internet social. A visão do fundador do Facebook, Marck Zuckerber, é que as interações na internet deixaram de funcionar baseadas em hiperlinks estáticos entre páginas, evoluindo para uma navegação baseada no que você e seus amigos estão fazendo. Sites que adotam a plataforma permitem que você veja quais dos seus amigos passaram por ali, comeram naquele restaurante ou compraram um determinado produto. Para os gestores de marca, esse cenário é o nirvana. Uma base gigantesca de informação com hábitos e preferências fica disponível e permite que mensagens publicitárias funcionem como mísseis teleguiados, reduzindo para praticamente zero a dispersão. Além do Facebook, outros players, como Twitter e Google, estão tentando se firmar como a "cola social" da internet. Existe um debate em torno da privacidade dessas iniciativas, mas o que podemos constatar diariamente é que, cada vez mais, as pessoas estão dispostas a abrir mão de certos níveis de sigilo em troca de conveniência e relevância. A promessa está se tornando realidade. locaweb 45


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O poder da

publicidade As campanhas digitais não param de criar novos conceitos na comunicação. Da Copa do Mundo ao Greenpeace, veja como o marketing viral se espalha como uma epidemia

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Por Eduardo Costela

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ada vez mais, as campanhas de marketing dos mais diversos produtos tomam a via digital como opção à publicidade tradicional. A web, com suas infinitas possibilidades de interação com o público, permite que empresas possam difundir suas marcas de maneira inteligente e criativa e ainda oferece, na maior parte das Lembra dessa? \\ A campanha em que Ronaldinho Gaúcho acerta a bola no travessão três vezes traz uma propaganda sutil, mas um marketing avassalador vezes, condições financeiras muito mais convidativas. Esse imenso campo de atuação, no Os principais meios de qual não é possível saber quais são os * Uma campanha online propagação para esses links, hoje, limites, já que a tecnologia está em fez os ex-jogadores Pelé e são os blogs, mídias sociais e sites constante evolução, vem aos poucos Zidane se enfrentarem em populares, como Orkut, Twitter, criando novos conceitos na comunicação – e com a publicidade e o uma partida de pebolim. YouTube, Facebook e MySpace. Muitas campanhas usam o meio marketing não é diferente. Com O técnico argentino online não apenas como apoio, mas campanhas online, é mais fácil atingir Diego Maradona como único modo de atingir o públicos específicos, com interesses diretos em determinados assuntos, apresentou o embate, mas consumidor. É o caso, por exemplo, dos virais da fabricante de material informações, produtos ou serviços. O quem decidiu a peleja esportivo norte-americana Nike. Entre sucesso, nesse caso, pode ser medido foram os internautas eles, o que mais ficou famoso no com facilidade. Algumas campanhas se Brasil provavelmente foi aquele em tornam verdadeiros hits da internet, que Ronaldinho Gaúcho, então astro do Barcelona e no auge graças ao efeito “boca a boca” online. O fenômeno ganhou da forma, acerta a bola três vezes seguidas no travessão, o nome de marketing viral, já que a campanha se espalha chutando de fora da área, em meio a malabarismos diversos. de maneira exponencial, como um vírus numa epidemia. locaweb 47


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Campanhas Online

Tudo isso sem deixar que ela caia no chão (veja em http://is.gd/bDVaW). Nenhuma grande referência à marca é feita no vídeo. De forma bastante discreta, logo no início, o meia-atacante recebe chuteiras Nike novas de um funcionário do clube e as calça. É o bastante para atingir o efeito desejado. Outro viral de sucesso da Nike é o vídeo em que o golfista Tiger Woods aparece com ar sério, numa imagem em preto e branco, calado, enquanto ouve a voz de seu falecido pai, Earl Woods, questionando seu comportamento (http://is.gd/bDVVU). O vídeo, que faz parte da campanha para promover a volta do esportista às competições, depois do escândalo sexual em que Tiger admitiu diversos casos extraconjugais, teve mais de 6 milhões de acessos, segundo levantamento do site Visible Measures em parceria com a Advertising Age. Explorar recursos interativos que só podem ser utilizados na web é uma das grandes vantagens das campanhas online. Na nova campanha para o CrossFox, por exemplo, a Volkswagen induz o internauta a navegar pelo hotsite de maneira inovadora. No lugar de um filme publicitário tradicional, há um vídeo em que o internauta escolhe o ângulo de visão que deseja ter. Ao mesmo tempo, é possível clicar em diversas partes específicas do carro para obter mais informações (assista em http://is.gd/bDY0s). Muitas vezes, apenas a criatividade para explorar meios específicos faz toda a diferença.

* Em uma campanha promovida pelo Greenpeace no YouTube, uma barra no alto da tela representa a biodiversidade e corre em sentido contrário ao da evolução do vídeo, que mostra o aquecimento global É o que ocorre na série de vídeos desenvolvidos para o YouTube em uma campanha do Greenpeace. Neles, o conceito é simples: o filme consiste em uma barra de progressão que fica logo acima da barra que mostra a evolução do vídeo. O anúncio sugere que a barra do tempo representa, por exemplo, a temperatura do planeta, em crescimento constante. Enquanto isso, a barra de cima, que representa o nível dos oceanos, corre muito mais rápido. O efeito visual é o de um gráfico animado (http://is.gd/bDZfT). Em outro exemplo, a barra superior representa a biodiversidade e corre em sentido contrário ao da evolução do vídeo, que mostra o aquecimento global.

África do Sul-2010 A Copa do Mundo de futebol também instigou a publicidade digital. A grife francesa Louis Vuitton preparou para o Mundial da África do Sul uma campanha online em que os ex-jogadores Pelé e Zidane se enfrentam em um jogo de pebolim. Quem decidiu a peleja, porém, foram os internautas.

BOAS IDEIAS

=Greenpeace

O Greenpeace usou criatividade para “brincar” com a barra de evolução do vídeo e chamar a atenção para o aquecimento global e outras preocupações ambientais

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=Batman

O site Dark Campaign convocou internautas em uma campanha para tentar fazer com que o filme Batman – O Cavaleiro das Trevas levasse o Oscar de Melhor Filme. Não conseguiu, mas fez barulho


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Campanhas Online

Para isso, foi criado um hotsite (http://is.gd/bDZS3) em que ninguém menos que o também ex-jogador e atual técnico da seleção argentina, Diego Maradona, apresentava o embate. Também embarcando na Copa do Mundo, a Coca-Cola usou sua página no Youtube (www.youtube.com/ cocacolabr) para promover a campanha “comemoração sem fim”, na qual os usuários podiam fazer uploads de vídeos em que mostram sua maneira de festejar – e com isso concorreram a ingressos para os jogos. A Umbro, por sua vez, fez correr na web um vídeo que serviu como lançamento para a camisa número 2 da seleção inglesa, que o time usa quando joga como visitante (http://is.gd/bE1jF). A jogada consistiu em fazer o líder da banda de rock Kasabian, Tom Meighan, entrar no palco usando a nova camiseta em um show “fora de casa”, no teatro Olympia de Paris – a rivalidade entre ingleses e franceses é comparável à que existe entre brasileiros e argentinos. Em meio a vaias, a banda iniciou o hit Fire, o que fez com que os apupos passassem a vibração.

Mistérios Um truque interessante usado pela Samsung para gerar um viral foi criar um mistério que chamou a atenção dos geeks, justamente seu público-alvo na ocasião. Um vídeo publicado pela marca convidava a desvendar um enigma sobre como uma cena havia sido filmada. Em certo momento, o celular que faz a filmagem simplesmente desaparece (http://is.gd/bE2Qd). Depois, a empresa explicou a “mágica” também pelos compartilhadores de vídeo, dando ainda mais publicidade ao produto (http://is.gd/bE2S8).

=Umbro

A Umbro lançou a camisa número 2 da seleção de futebol da Inglaterra num show da banda de rock Kasabian em Paris e espalhou o vídeo pela web. Até os franceses, rivais dos ingleses, curtiram

Mistério \\ Empresa de eletrônicos apela para o mistério e instiga os internautas a desvendarem um enigma na filmagem da campanha online

Algumas campanhas, porém, vão além. Demorou até que as pessoas percebessem que um vídeo no YouTube era parte de uma campanha da editora Marvel Comics. As imagens, supostamente gravadas de um celular, mostravam um homem mascarado defendendo uma pessoa de criminosos em Nova York. Somente quando o escritor Mark Millar anunciou a criação da página da HQ Kick Ass no MySpace o mistério foi revelado – a página tinha o mesmo vídeo. Até ferramentas de streaming de vídeos ao vivo podem ser usadas. Em uma experiência no Yahoo! Live, a Axe promoveu de forma inusitada o lançamento de um desodorante com fragrância de chocolate. A empresa colocou duas belas garotas, vestidas em trajes insinuantes, para conversar ao vivo com internautas enquanto comiam chocolates.

=Marvel

Imagens supostamente gravadas em um telefone celular mostravam um homem mascarado defendendo uma pessoa de criminosos em Nova York. Ninguém sabia o que era, até lançarem o HQ Kick Ass no MySpace

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A Sony chegou a criar um reality show online para promover o console de videogames PlayStation. Com nome de The Tester (www.thetester.com), o programa divulgado pela PlayStation Network visava escolher uma pessoa para testar games para a companhia – e, de quebra, funcionou como uma eficiente campanha. Mas uma campanha digital nem sempre dá certo. O Banco do Brasil, por exemplo, sofreu com uma ação malsucedida. Certo dia, o site da instituição passou a exibir, no banner principal, a inscrição “Banco do Fulano Antídoto \\ Depois de se envolver em um escândalo sexual no qual admitiu (nome do cliente)” em vez de Banco do ter “pulado o muro”, o golfista Tiger Woods “ressurgiu” em um vídeo online Brasil. Resultado: milhares de clientes se apavoraram e superlotaram as linhas telefônicas de companhia, a começar por United Breaks Guitars atendimento para relatar o que consideravam ser (http://is.gd/bE5Wp). O sucesso do vídeo fez com um ataque de hackers. O site acabou sendo que a companhia fosse inundada por reclamações retirado do ar provisoriamente – e a ação causou que diziam não perdoar omissões. um grande prejuízo. Por outro lado, internautas também se unem para promover empresas ou marcas. Ou até um filme, como aconteceu com Batman – O Cavaleiro Democracia das Trevas. Uma ação conjunta intitulada Dark Com plataformas de publicação tão democráticas Campaign (http://www.darkcampaign.com) decidiu quanto as redes sociais, é natural que o internauta “comum” também tenha a oportunidade de criar usar a internet como trampolim para tentar levar o campanhas. Mesmo que sejam negativas. Foi o que filme a conquistar o Oscar de Melhor Filme, usando, fez, por exemplo, o músico Dave Carrol. Depois de a além da página oficial, sites como Facebook e United Airlines ter quebrado seu violão – e de ter YouTube. O filme acabou perdendo o Oscar de ignorado suas reclamações –, ele publicou uma série Melhor Filme – não foi nem indicado –, mas levou de vídeos com músicas bem-humoradas criticando a vários prêmios. Campanhas digitais têm seu poder.

PÉSSIMAS IDEIAS

=Banco do Brasil

A página do Banco do Brasil com o nome do cliente assustou internautas e foi exemplo de ação online desastrada. É preciso tomar cuidado, pois nem sempre o vírus do marketing é do bem

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=Dave Carrol

O músico Dave Carrol se revoltou pelo fato de a companhia aérea United Airlines ter quebrado seu violão. Fez músicas contra a empresa, postou na internet e agitou a galera



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Todo mundo

está no jogo Os games online tornaram-se febre nas redes sociais e criaram um ambiente no qual é possível não apenas se divertir, mas também fazer campanhas publicitárias na internet e até mesmo gerar receita Por Luciano Delfini

D

e um ano para cá, social games como Farmville (www.farmville.com), do Facebook, e Colheita Feliz (http://colheitafeliz.org), do Orkut, ganharam fãs em uma velocidade digna de internet. Prova disso é que, muito provavelmente, você já recebeu convites para fazer parte do Mafia Wars (www.facebook.com/MafiaWars), também do Facebook, ou então do Buddy Poke (www.buddypoke.com), do Orkut, entre outros. Com estética própria e dinâmicas distintas de interatividade e jogabilidade, além de competição e cooperação mútua, esses games viraram mania entre os usuários de redes sociais e criaram uma legião de casual gamers (ou jogadores casuais) no universo da web. Isso porque os jogos online se transformaram nos aplicativos com maior número de adeptos dentro das plataformas sociais da internet, segundo avalia Mitikazu Lisboa, diretor da Hive Digital Entertainment (www.hive.com.br), agência de criação, publicação e gestão de games e outros aplicativos de redes sociais e comunidades online, que tem em seu catálogo jogos como o Takô Online (www.takoonline.com.br). Se voltarmos um pouco no tempo, logo descobrimos que os games para web disputam público há algum tempo. O World of Warcraft (www.worldofwarcraft.com), por exemplo, em 2005 e 2006, já havia se tornado uma grande

comunidade virtual, repleta de personagens fantásticos – os avatares – capazes de se “teletransportar” de um ambiente para outro, com direito até a epidemia de um vírus mortal virtual que eliminava quem não tivesse força o bastante para derrotá-lo. No entanto, o World of Warcraft nunca rodou em uma rede social. Ele mesmo se tornou um vasto território online abrigado por jogadores do mundo todo. Nesse sentido, Guilherme Tsubota, criador de games da 8D Games (www.8d.com.br), que também oferece cursos voltados a entretenimento digital e negócios online, garante que a diferença entre um game e um social game é apenas questão de nomenclatura, uma vez que ambos são jogos online com a participação de muitas pessoas com interesses comuns. O diretor da Hive completa: “social games estão dentro de ou são uma grande rede social”. A mesma visão é compartilhada por Guilherme Loureiro, gerente de interatividade da Talent e autor do blog www.nosgeeks.com.br. “Os social games já existiam há muito tempo. Eles apenas tomaram maior proporção agora. Todos aqueles games que têm comunidade, para mim, são sociais.” Loureiro, um fanático por games e advergames, lembra que a Atrativa, empresa brasileira de jogos que foi comprada pela Realgames, dispõe há bastante tempo do Clube do Poker (www.clubedopoker.com), no qual as pessoas interagem, conversam, marcam jogos, e por aí vai. “O Farmville não fez nada além de transportar o Sims para a fazenda e criar o fator ‘comunidade’ para o jogo”, comenta.


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O que realmente vem fazendo a diferença dos jogos que rodam exclusivamente em redes sociais, e chamando a atenção de analistas e estudiosos da web nos últimos meses, porém, é o poder de alcance em comparação aos games convencionais e a capacidade de gerar experiência em grupo. Afinal, os usuários são levados a buscar novos participantes em seus próprios perfis, ou mesmo em outros grupos, desde que façam parte da mesma rede online de relacionamentos. É consenso entre os especialistas no assunto que os games sociais surgiram com a proposta de colocar à disposição do público uma opção muito convincente de entrar na onda e virar um gamer. Diferentemente de um jogo de videogame, que exige do jogador um nível de conhecimento bem mais elevado, até mesmo para dominar o complexo painel do joystick em diversas sequências, os games para web funcionam na base do clique. Afinal de contas, a internet é o grande território em que grande parte dos problemas é resolvida com apenas um ou mais cliques. Tem também a questão do tempo gasto diante de um jogo. Tsubota explica que o social game não exige que o usuário fique três horas na frente da tela para, por exemplo, pular de fase. “Você pode jogar cinco minutos, sair para almoçar, voltar e jogar mais um tempo. E o jogo se mantém onde você parou.” Contudo, ele reconhece que essa dinâmica não faz com que o casual gamer jogue menos que o gamer.

“Muita gente passa horas no Farmville, o que significa que, em tempo gasto no jogo, o casual gamer é parecido com o gamer, porém, ele dispõe de uma forma mais simples de jogar.”

Uma legião de fãs Para se ter uma ideia parcial dos números que envolvem a adesão de internautas em social games, a produtora PopCap Games (www.popcap.com) publicou um levantamento em fevereiro deste ano. Nele, é revelado que Estados Unidos e Grã-Bretanha reúnem, atualmente, 100 milhões de jogadores sociais (ou social gamers). Das 5 mil pessoas selecionadas, 1.200 foram caracterizadas como “social gamer” de fato por jogarem pelo menos uma vez por semana, o que se enquadrava na proposta da enquete. Desse total, 95% afirmaram que jogam várias vezes por semana e 64%, pelo menos uma vez ao dia. Ainda segundo o levantamento, o Facebook aparece como a plataforma que mais agrega jogadores sociais, tendo sido citado por 83% dos participantes em comparação a 24% do MySpace (não se sabe o motivo, mas o Orkut ficou de fora da pesquisa). Um dos resultados do trabalho encomendado pela PopCap Games que mais geraram comentários, no entanto, foi o que trata do gênero e da idade do casual gamer. De acordo com o estudo, 55% dos usuários de jogos sociais são mulheres, contra 45% do sexo masculino. A faixa etária desses adeptos ficou na média dos

Ao lado \\ Com 83 milhões de jogadores no mundo, o Farmville, também conhecido como a fazendinha do Facebook, é o social game mais jogado no mundo

Abaixo \\ Na sequência, aparece o Café World, também do Facebook, no qual você cria seu próprio restaurante virtual, com cerca de 32 milhões de usuários


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43 anos; nos Estados Unidos, ela se aproximou dos 48 anos, enquanto na Grã-Bretanha girou em torno de 38 anos. Ao juntar os dois países de língua inglesa inseridos na pesquisa, somente 6% dos jogadores casuais têm 21 anos ou menos. Na opinião de Tsubota, os dados da enquete referentes a sexo e idade não trazem grandes novidades. “Muito antes do advento das redes sociais, mulheres na faixa etária de 30 a 45 anos já eram as maiores consumidoras daqueles joguinhos que vêm no Windows”, lembra o criador de games. Mitikazu reforça a tese ao afirmar que os produtores sempre trabalharam com a perspectiva de atrair públicos específicos em determinados jogos. “Existem métodos para desenvolver uma estética para o inconsciente de um público específico gostar mais ou menos. Não sei se a Zynga [criadora do Farmville e do Mafia Wars] aplicou isso no Farmville, mas acreditamos que sim”, avalia Tsubota. Ganha uma cerca nova e dois sacos de semente quem adivinhar qual o game social preferido dos internautas na atualidade. Ele, o Farmville! O queridinho entre as mulheres e que hoje já conta com uma população na casa, ou melhor, na fazenda dos 83 milhões de jogadores no mundo, transformou-se no aplicativo mais bombado do Facebook. Depois, vem o Café World (www.facebook.com/cafeworld), no qual você cria seu próprio restaurante virtual, com cerca de 32 milhões de usuários, e o Mafia Wars, que reúne aproximadamente 27 milhões de “mafiosos” no mundo todo, ambos do Facebook. No Orkut, o Colheita Feliz já fez cerca de 14 milhões de pessoas “experimentarem a vida no campo”, mas o campeão de audiência ainda é o Buddy Poke, com aproximadamente 34 milhões de jogadores. Outras informações do levantamento, em inglês, podem ser checadas no endereço http://goo.gl/uPw8. O Mashable publicou um resumo do estudo, disponível (também em inglês) em http://goo.gl/CI0r. É importante lembrar que, na internet, os números mudam de um momento para outro. Aplicativos, redes sociais, games e outros serviços oferecidos pela web ganham e perdem usuários todos os dias, em todos os lugares. No Brasil, infelizmente, os números relacionados a adeptos de jogos sociais ainda divergem. Em uma busca rápida pela internet, é possível encontrar diversas cifras. No entanto, estima-se que a população brasileira de jogadores casuais seja da ordem de 32 milhões de internautas. O momento é mais do que propício para um levantamento completo sobre a quantidade de internautas que se converteu em usuários de jogos em redes sociais da web, a faixa etária que mais tem mostrado interesse nesse tipo de entretenimento, quem paga e quem não paga para jogar, os games mais bombados no Brasil, e por aí vai.

Aplicativo vira social game

Os aplicativos para web sempre buscam novas formas de entreter usuários e conquistar novos adeptos. Há algum tempo, desenvolvedores passaram a inserir lógicas de games nos aplicativos, adicionando insígnias (ou badges) que podem ser conquistadas à medida que o usuário enriqueça a participação dentro da dinâmica oferecida pelo serviço. Guilherme Tsubota, criador de games da 8D Games, diz que o segmento de e-Learning já usa essa metodologia há bastante tempo. “Eles entenderam que o game leva à concentração total do jogador, e muitos conceitos de jogabilidade foram parar no e-Learning. Até por tratar-se de ensino à distância, sem a presença do professor para estimular o interesse do aluno na tarefa proposta.” Tsubota acredita que o mesmo pode acontecer com o segmento de aplicativos para web. Como exemplo, ele cita o Foursquare (http://foursquare.com) para iPhone, que, segundo ele, começou como aplicativo até os criadores perceberam que ele era mais parecido com um game. “O Foursquare funciona da seguinte maneira: você está em um café e decide escrever alguma coisa interessante sobre o local ou produto que está consumindo, como a qualidade do grão usado, a origem, em que época ele é colhido e por aí vai. Pronto, você ganha um ponto no aplicativo. Caso dê outra informação, considerada mais importante, como divulgar o endereço do café, dois pontos são somados. Ao voltar dez vezes naquele estabelecimento e fizer algum comentário em todas as visitas, uma insígnia de consumidor VIP é concedida. Isso gera uma competição informal para ver quem conhece mais sobre o tema. É jogo! O aplicativo usou todos os conceitos de um game.” Se isso vai mudar a maneira como se usa a web hoje em dia, o criador de games prefere não arriscar palpites. Mas lembra que os grandes portais já aplicam esse tipo de dinâmica quando propõem aos internautas, por exemplo, que votem dizendo se gostaram ou não de uma determinada notícia ou serviço. “Outro exemplo: compartilhe esse link no Twitter. Sempre haverá aquele usuário que mais divulga, que mais retuita. Isso é ranking, e ranking é oriundo do game. Pode ser que os portais nem saibam que essa dinâmica venha do jogo, mas já estão aplicando o conceito de jogabilidade”, avalia.

Pago ou não pago? Eis a questão... Apesar do número elevado de adeptos, a pesquisa divulgada pela PopCap Games revela que apenas 28% dos entrevistados disseram que já pagaram por um jogo social, o que nos leva a pensar que, por enquanto, o casual gamer não pretende gastar dinheiro com esse tipo de entretenimento. E aí surge a grande questão: como gerar receita com jogos para web? Tsubota divide o universo dos jogos sociais em dois mercados: do Brasil e do exterior. Segundo ele, o mercado externo já está bem consolidado, dispondo de seu próprio modelo de negócios. No Brasil, o potencial existe, mas a locaweb 55


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frente da tela, entretida em sua fazenda. No dinâmica ainda está totalmente no início. entanto, afirma que nunca pagou pelo jogo e que “Temos empresas nacionais que desenvolvem não pretende pagar, pelo menos por enquanto. social games, mas quem ainda ganha dinheiro “Morro de vontade de entrar na área paga, mas sei são as estrangeiras.” Em sua avaliação, existem que isso seria apenas um impulso de consumo, já dois modelos para se gerar receita com jogos que na parte cobrada você pode adquirir vários sociais: a cobrança de uma taxa mensal para o incrementos para a fazenda. É um grande esforço usuário ou a publicidade. para não cair na tentação”, brinca. Sua amiga A partir dessa perspectiva, o criador de games Sandra Junqueira, também adepta do Farmville, da 8D reconhece que as produtoras brasileiras de engrossa o coro ao dizer que, apesar de se divertir games terão de se adaptar a determinadas muito com o jogo, não tem a menor inclinação para exigências e costumes para obter lucro com esse gastar dinheiro com esse tipo de entretenimento. tipo de entretenimento. “O brasileiro não quer Com uma justificativa mais precisa, a publicitária gastar dinheiro, pois prefere serviços gratuitos. Cristina Andrade, outra fã da famosa fazendinha do Isso é notório pelos altos índices de pirataria, não Facebook, explica que não paga porque o game é só nos games, mas em softwares e diversos outros cobrado em dólar. “Penso muito em aderir à área produtos.” Nesse caso, se o estúdio que cria um paga, mas acabo desistindo. Se fosse taxado em game optar por cobrar uma taxa do usuário, seja real, até pagaria”, confessa Cristina. para comprar um item dentro do jogo, seja uma Com isso, o mundo dos jogos online se vê mensalidade por uso, essa taxa deve flutuar em diante de um verdadeiro quebra-cabeça virtual, ou níveis baixos, algo em torno de R$ 5 a R$ 20, melhor, real. Mas ainda existe outro modelo valores, segundo Tsubota, aceitos pelo apontado por Tsubota para se gerar receita com consumidor brasileiro para se divertir. “Se o casual social games: a publicidade. No caso, o patrocínio gamer tiver de gastar R$ 200 por um jogo, como é de uma marca por trás do jogo. Esse modelo de o caso do PlayStation, provavelmente desistirá.” negócio é defendido por Mitikazu, que destaca que Mesmo na hipótese de o jogo ser barato, vale os jogos da Hive já são lançados no mercado com lembrar de que é preciso que se estabeleça no patrocínio ao propor diferentes opções para que Brasil uma cultura de pagar por um social game, uma empresa destaque os benefícios e atributos do de mostrar ao usuário que existem meios seguros produto no ambiente de um jogo social. “Uma de pagamento digital via cartão de crédito, até bebida customizada, por exemplo, pode gerar um porque, no caso dos jogadores adolescentes, são efeito real no game ao garantir mais força e os pais que compram os tíquetes para os filhos velocidade para o personagem. O patrocinador poderem jogar. “Os social games que deram certo também pode manter a marca integrada no foco do seguem um padrão: uma área é gratuita e outra, jogador nos momentos mais cruciais de cada fase paga, como é o caso do Farmville. As pessoas do game”, sugere. preferem se limitar à área gratuita, mesmo que haja coisas muito legais na parte paga. Daí, são necessárias artimanhas e estratégias de marketing para o usuário aderir à parte cobrada e gastar uma certa quantia por mês”, avalia Tsubota. A questão do pagamento é muito nítida entre os casual gamers brasileiros. Gisela Ostronoff, gerente comercial da GW São Paulo Comunicação (www.gw.com.br), aderiu ao Farmville no segundo semestre do ano passado após receber o convite de uma amiga italiana. Hoje, considera-se uma verdadeira fã do universo campesino hospedado no Facebook. Inclusive, já atingiu o último estágio do jogo, que é a fase 70. Gisela Milhões \\ Segundo levantamento da produtora PopCap Games, Estados Unidos e Grã-Bretanha reúnem 100 milhões de jogadores sociais passa ao menos três horas por noite na


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Por fim, Mitikazu avalia que o efeito da publicidade também tende ao êxito se a empresa gerar um ambiente E são bons também... virtual dentro do jogo, onde o consumidor consegue itens e Games indicados pelos especialistas e power-ups exclusivos. “É possível criar uma loja integrada que ainda não contam com tantos fãs com o tema e o cenário do game.” Happy Aquarium (www.fabebook.com/happyaquariumgame) Com experiência em publicidade para games, Loureiro Travian (www.travian.com.br) reforça a ideia de que os anunciantes precisam entender Castle Age (www.facebook.com/castleage) que os jogos sociais devem ser encarados como uma nova Aldeia Virtual (http://pibmirim.socioambiental.org) ferramenta de relacionamento na web e que a empresa estará inserida no momento de maior descontração do marca de refrigerante ou de cerveja.” Para o criador de internauta. “Se um anúncio chamar mais a atenção do games da 8D, a publicidade é o caminho preferido do jogador que o próprio game, ele vai parar de jogar e clicar empreendedor brasileiro, uma vez que o retorno pode ser no banner para ver a mensagem. Assim, o melhor tipo de bem mais rápido. “Entrar pelo outro lado, o de convencer o campanha é aquela que está contextualizada com o game. jogador a fazer uma assinatura do game, exige mais tempo Por exemplo, ninguém anuncia charutos em um jogo e criatividade para se capitalizar. Porém, trata-se de um voltado ao universo feminino [ainda que muitas mulheres já crescimento orgânico do faturamento, cujo resultado tenham aderido ao hábito de dar tragadas num bom também pode ser bem mais duradouro”, explica. Na visão cubano]. Tampouco pode partir para um anúncio de estética de Tsubota, é arriscado depender apenas de patrocínio, uma medieval em um game futurista. A contextualização da vez que determinada marca pode decidir por bancar um mensagem é essencial para a efetividade da campanha”, game apenas por três meses e depois não voltar mais. “Isso resume o gerente da Talent. deve ocorrer no período da Copa do Mundo deste ano. A Loureiro cita como exemplo o aplicativo Bola Social empresa patrocinará apenas um jogo durante o evento. Soccer, do Facebook, que vem conquistando um número Quando o Mundial acabar, o patrocínio também acaba.” considerável de jogadores no Brasil e foi lançado aos Por isso, nem tudo são flores na relação da publicidade internautas com o patrocínio de grandes marcas com a web. Para Loureiro, essa integração é ainda mais consolidadas no mercado. “Claro que houve uma carga de difícil no segmento de games, que não é encarado com a mídia gigantesca para a divulgação do game, que simula o devida seriedade e muitas vezes taxado como “coisa de universo do futebol. Porém, se o jogo for muito bom, moleque.” “Muitas pessoas que criminalizam os games se apenas o boca a boca dentro da rede social já é suficiente. esquecem que cresceram jogando e que, hoje, buscam os Ninguém viu campanhas na mídia sobre Farmville, Mafia videogames de terceira geração para jogarem com os filhos. Wars, Yoville, Colheita Feliz, entre outros. Foram os convites e as atualizações que geraram o volume de usuários que esses games sociais têm hoje”, analisa. O gerente da Talent também destaca o caminho inverso, ou seja, jogos que foram lançados no mercado sem patrocínio e depois conquistaram o apoio de um produto. “O Colheita Feliz teve uma campanha do Mini Bis surpreendente. O anunciante não se restringiu a colocar o logo do produto no ambiente do game, mas criou um mecanismo para que ele fosse plantado na fazenda. Isso sim é contextualizar a mensagem”, defende. Nesse cenário de modelos distintos de negócio, é possível criar um game pensando em determinada marca ou produto, conforme avalia Tsubota. “Eu posso imaginar um jogo Convite para a máfia \\ Se você tem e-mail ou participa de alguma rede social, provavelmente já já com a ideia de patrocínio de uma recebeu o convite para participar de games como o Mafia Wars. É o boca a boca que os propaga locaweb 57


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Quando uma mulher adere a um jogo como o Bejeweled (www.popcap.com/games/free/ bejeweled2) ou até mesmo ao Paciência, ela está jogando. Hoje, todo mundo brinca virtualmente, independentemente da faixa etária e do gênero. Então, por que a resistência?” Tsubota também critica essa resistência das campanhas de marketing com relação aos games. Para ele, a impressão que fica é que a publicidade tem medo de mídias novas. “Tudo depende de como você apresenta o produto, mas é preciso também que as empresas reconheçam que os números envolvendo social games são muito expressivos. O usuário gasta, no mínimo, cinco minutos na frente do jogo e em diferentes períodos do dia. A marca está lá, cara a cara com o consumidor.”

Vida própria Criar um game não é tão simples como parece. Para muita gente, basta uma ideia genial. Ok, a criatividade é a essência do bom negócio, mas colocar um jogo para web no mercado exige uma estrutura que vai além da “sacada certa.” Com exceção dos jogos amadores, conhecidos como games indies, normalmente criados por estudantes ou fanáticos por competições online, os games profissionais têm por trás uma equipe de especialistas em diferentes aspectos inseridos no ambiente no jogo. Tanto Mitikazu como Tsubota destacam a necessidade do trabalho em

conjunto que envolve animador, roteirista, ilustrador, músico, programador, gerente de projeto e divulgador, entre outros. “Um jogo profissional simples mobiliza, em média, de sete a dez pessoas”, conta o criador de games da 8D. “Não adianta ter um game pronto e não dispor de um profissional para divulgá-lo e vendê-lo no mercado. O mesmo vale para quem tem uma ideia na cabeça e não sabe como transformá-la em animação, como desenhar os personagens e ambientes, como elaborar o roteiro que sustentará a proposta do jogo, selecionar a melhor trilha sonora e etc. Tudo isso deve estar em sintonia para que o game faça sentido”, explica o diretor da Hive. Diante dessa estrutura, é possível imaginar que um social game é capaz de ter vida própria, de sobreviver fora de uma grande rede social. Os especialistas no assunto garantem que os games podem caminhar sozinhos, mas reconhecem que eles são bem mais potencializados quando estão dentro de uma plataforma de relacionamento da web. “É necessário ter comunidade, e isso pode ser criado em qualquer ambiente, não apenas nas redes sociais. A vantagem das redes está no fato de que cada atualização feita será compartilhada naquele ambiente. Todos os amigos saberão daquela atualização e isso gera curiosidade e experimentação, causando o efeito viral que todos os publicitários sonham em alcançar”, afirma Loureiro. “A sobrevivência de um game fora da rede social irá depender da estratégia do desenvolvedor.

Ao lado \\ A Hive Digital Entertainment (www.hive.com.br), agência de criação, publicação e gestão de games, vê os jogos sociais como um grande negócio

Abaixo \\ O Takô Online (www.takoonline.com.br) é um dos games do catálogo da empresa. Produzir um jogo de qualidade exige a presença de profissionais das mais variadas áreas


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* Os anunciantes precisam entender que os jogos sociais devem ser encarados como uma nova ferramenta de relacionamento na web e que a empresa estará inserida no momento de maior descontração do internauta O Farmville, por exemplo, está totalmente amarrado ao Facebook. Nesse sentido, é mais fácil ficar em uma rede de relacionamento”, aponta Tsubota. Apesar do sucesso da parceria entre redes e jogos sociais, o criador de games da 8D não acredita que os joguinhos se transformem em core business das plataformas sociais. “O Facebook quer manter a fidelidade do usuário e estimulá-lo a fazer tudo ali dentro. Seu objetivo é continuar como uma plataforma, um ecossistema. Não creio que a empresa vá investir na produção de games, mas, ao mesmo tempo, ela gera ferramentas para auxiliar os desenvolvedores a criarem coisas legais para o internauta que está no site”, avalia Tsubota. Em que pese todas as questões levantadas por especialistas em games e em publicidade para esse tipo de entretenimento, o fato é que os joguinhos sociais estão fazendo a cabeça de muitos internautas. Gisela, por exemplo, diz que começou a se interessar por games quando seu filho ganhou um Nintendo. “Adorava jogar Super Mario com ele”, conta. Hoje, além do Farmville, Gisela joga o Yoville (www.yoville.com), versão urbana do colega camponês. A gerente comercial da GW Comunicação relata que o compromisso com o game é levado a sério, uma vez que, no caso do Farmville, é necessário se planejar para não perder as horas certas da plantação, da colheita e até para alimentar o cachorro na fazenda. “O grande barato é que, caso não esteja disponível nesses momentos cruciais do game, um amigo pode completar as tarefas. Por exemplo, a cooperativa do Farmville estabelece prazos na dinâmica operacional, o que o obriga a se juntar a outros participantes, como em uma cooperativa de verdade. No caso do cachorro, o que está em jogo é a confiança depositada nos amigos. Se não puder alimentá-lo na hora estipulada, o animal ficará mais fraco e pontos serão perdidos. Para que o amigo o alimente, você tem de fornecer login e senha do Facebook. É um belo exercício de confiança e cooperação”, analisa. Gisela diz que prefere jogar com os amigos, mas garante que já conheceu pessoas novas dentro do Facebook a partir das necessidades surgidas ao longo da dinâmica do game. “A ajuda vem à medida que os pedidos aparecem na rede, e essa colaboração acaba fazendo com que você descubra outros perfis que não façam parte de sua comunidade.”

Sandra também defende o potencial de integração social do game. Além do Farmville, jogo que a fez entrar no universo virtual, é adepta de Happy Island, Café World e Social City, todos do Facebook. “Jogo com amigos e com os amigos dos amigos. Chego a passar de quatro a cinco horas por dia na frente da tela, descansando a cabeça e descontraindo”, garante Sandra. Nesse cenário, Cristina destaca que games como Farmville e Social City sugerem que o participante acrescente vizinhos que sejam amigos no perfil da rede social. “Quem está jogando vai descobrindo pessoas conhecidas que também estão no jogo”, conta a publicitária. Apesar de toda a dedicação a esses games que nos fazem lembrar a febre do Second Life, as três amigas garantem que nunca deixaram de fazer outras coisas para ficar na frente da tela do computador plantando semente, decorando um restaurante ou construindo o telhado de uma casa na cidade. Por outro lado, elas são categóricas ao afirmar que, em uma situação inversa, ou seja, quando não há nada para fazer, os games sociais são imbatíveis para preencher o ócio. Nem sempre o game está associado à falta do que fazer. Alguns jogadores não quiseram participar desta reportagem exatamente porque acessam os jogos durante o período de trabalho. Mas que isso não sirva de mote para que chefes e gerentes proíbam o acesso dos funcionários a aplicativos e outros serviços da web. Como bem lembra Tsubota, proibir não é a melhor saída, mesmo que para a chefia seja complicado lidar com esse tipo de realidade que já faz parte do cotidiano de muita gente, seja na vida pessoal ou profissional. “Jogar durante o trabalho é uma questão de bom senso, uma vez que não se pode descartar o risco de ser mandado embora por passar o dia todo brincando na web. O correto é usar o intervalo de almoço ou do café para relaxar a cabeça num social game, e isso é saudável. O que não pode é entrar num ciclo vicioso”, conclui.

Colheita abaixo da média \\ É preciso tomar cuidado para não viciar, prejudicar o ritmo de trabalho e tornar triste a colheita que era para ser feliz

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Cloud computing SaaS, PaaS e IaaS

Aprenda o que são SaaS, PaaS e IaaS Conheça algumas categorias de Cloud Computing, tendências da computação em nuvem com escalabilidade e alta disponibilidade, oferecidas pela Locaweb Por Eduardo Martinez

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Cloud Computing dita as regras atualmente na internet. É, de fato, uma realidade que teve um boom no segundo semestre de 2009 e está funcionando a todo vapor atualmente, em meados de 2010. Como se sabe, a computação em nuvem, diante de diversos benefícios, oferece itens como escalabilidade, segurança, alta disponibilidade, economia e agilidade. Mais uma vez se colocando como umas das principais empresas de tecnologia do mercado, a Locaweb está constantemente ajustando seus Google AppEngine \\ Plataforma de desenvolvimento de aplicações, inclusive de software como um produtos para esse novo conceito. serviço, é um dos pilares do Google e um dos exemplos de Cloud Computing mais populares na rede Nesta reportagem, serão abordados detalhes de cada tipo de serviço ligado ao Cloud Computing que a empresa oferece.

Serviços O conceito de Cloud Computing possui, no momento, 11 categorias de serviços. As mais populares são: Saas, PaaS e IaaS. As demais vertentes são aprimoradas dia a dia. Em curto prazo, outros serviços estarão segmentados de acordo com essas categorias no mercado. Entretanto, o ideal é analisar, mais de perto, as três categorias mais populares quando o assunto é computação em nuvem.

Saas (Software as a Service) É um conceito de software oferecido em forma de serviço ou prestação de serviços. O software é executado em um servidor 60 locaweb

Blue Cloud da IBM \\ Categoria de computação do tipo IaaS, usada pela gigante da tecnologia IBM, refere-se ao fornecimento de infraestrutura computacional como serviço


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Cloud computing SaaS, PaaS e IaaS

remoto. Não é necessário instalar o sistema no computador do cliente, basta acessá-lo pela internet. Alguns serviços da Locaweb que se encaixam nessa modalidade são: PABX Virtual e Call Center Virtual E-mail Marketing Mobimail Loja Pronta Os serviços do tipo SaaS mais comuns no mercado: Google Docs Gmail Sales Force (salesforce.com)

PaaS (Platform as a Service) Este conceito oferece uma plataforma de desenvolvimento de aplicações, inclusive de software como um serviço. Em resumo: ações como desenvolver, compilar, debugar, deploy e test em uma aplicação passaram a ser executadas na nuvem. Pode parecer que estamos voltando à época dos mainframes – e, de certa forma é isso mesmo –, porém de forma organizada e escalar. A vantagem deste serviço é poupar custos, não alocar hardware desnecessariamente e poder escalar dados de forma simples sem ter que lidar com o ambiente físico diretamente. Alguns serviços da Locaweb que se encaixam nessa modalidade são: Hospedagem de Sites Revenda Serviços comuns no mercado: Google AppEngine Force.com da Salesforce

IaaS (Infrastructure as a Service) Refere-se ao fornecimento de infraestrutura computacional (geralmente em ambientes virtualizados) como um serviço. Em vez de o cliente comprar servidores para uma determinada aplicação, ele contrata um serviço dentro de um datacenter proporcional aos seus requisitos de infraestrutura e tem acesso completo à plataforma e ao software. Esse tipo de serviço é cobrado de acordo com a utilização ou pela reserva de recursos contratados. Alguns serviços da Locaweb que se encaixam nessa modalidade são: Cloud Server com Gerenciamento pelo Cliente (G0) Servidor Dedicado com Gerenciamento pelo Cliente (G0) Serviços comuns no mercado: EC2 da Amazon Blue Cloud da IBM

* A vantagem da Platform as a Service (PaaS) é poupar custos, não alocar hardware desnecessariamente e poder escalar dados de forma simples sem ter que lidar com o ambiente físico de forma direta

Outras alternativas...

Fora as categorias de Cloud Computing mencionadas, que são as que se aplicam aos serviços da Locaweb, existem outras que estão ganhando força no mercado agora em 2010. Segue uma lista com outras categorias:

DB as a Service Oferece serviço de banco de dados como serviço operando em um datacenter, podendo ser acessado externamente por qualquer tipo de aplicação, como se fosse local.

Governance as a Service Serviço que viabiliza o gerenciamento de topologias, monitoramento de recursos e virtualização via internet, com base em políticas definidas para dados e serviços.

Information as a Service Conceito que tem como objetivo consumir informações hospedadas remotamente, assim como uma integração de softwares, utilizando, por exemplo, APIs.

Integration as a Service Serviço que oferece as funções e os recursos de um (EAI) “Enterprise Application Integration” operando em Cloud.

Process as a Service Recurso que oferece remotamente meios de criar processos de negócio. O aplicativo pode interagir com sistemas, serviços e informações, que, combinados, geram uma sequência de processos empresariais.

Security as a Service Oferece serviços de segurança lógica aplicadas a e-mail, navegação, controle de vulnerabilidades, entre outros, incluindo uma interface de monitoramento via internet.

Storage as a Service Modalidade que oferece armazenamento como serviço dentro de um datacenter, podendo ser acessado por aplicações externas.

Test as a Service Ambiente para testes de aplicações em nuvem, websites e aplicações remotas disponibilizado na internet. O conceito vem evoluindo constantemente, tanto que já se fala até em Everything as a Service (EaaS ou XaaS), ou seja, “tudo como serviço” rodando na nuvem. O caminho, sem dúvida, tende a esse final, visto que a rede pode, de fato, viabilizar essa tendência.

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Silverlight:W2008 28/5/2010 15:44 Page 62

Programação Silverlight 4

Silverlight 4: o que você está esperando? Novas funções da ferramenta multimídia da Microsoft incluem itens como suporte a caching no lado cliente e política de recuperação de arquivos via HTTP Por Yan Borowski

Silverlight 4 Toolkit

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Silverlight 4 trouxe aos usuários muitas novidades. Na edição 20 da Locaweb em Revista, foram retratadas funcionalidades como suporte a webcam, campo RichText, microfone, streaming multicast e drag and drop do desktop. Nesta reportagem, serão detalhadas mais funcionalidades da nova versão da ferramenta multimídia da Microsoft, que visa bater de frente com o Adobe Flash.

Silverlight 4 Training Kit

O Toolkit do Silverlight é um conjunto de controles adicionais, desenvolvido pela equipe do Silverlight, para auxiliar os desenvolvedores a criarem novas aplicações. Seu intuito é difundir melhor o produto entre a comunidade e fazer com que ela ajude a melhorá-lo. Serão detalhados, a seguir, dois dos principais controles, inclusos no novo Toolkit:

Menu de Contexto (ContextMenu) A classe de menu de contexto é um controle ideal para ser utilizado com a nova funcionalidade de clique com o botão direito do mouse. Esta classe possui um conjunto de "MenuItens", que pode conter texto e ícones. Temos aqui um exemplo no qual há um Menu de Contexto utilizando os itens com ícones e somente texto. Eles não suportam sub-itens, pois o "ContextMenu" é uma subclasse de "ItemsControl". Ele suporta um "ItemTemplate", o que permite customizar os itens.

O Training Kit é uma excelente fonte de pesquisa para quem não conhece muito sobre a tecnologia e quer aprender a utilizá-la. É um item indispensável para quem está começando com o Silverlight e está meio perdido. O link para download está no box Material de Apoio / Downloads (ver na página 65) juntamente com outros links interessantes para testes. No Training Kit, há links para o Channel 9, onde você encontra vídeos de treinamento da tecnologia e gravações de eventos. Lá, existem também o whitepaper, com todos os detalhes do que há de novo nesta versão, e muitos hands-on mostrando como utilizar cada funcionalidade nova. Há ainda cursos com exemplos práticos de como montar uma aplicação Silverlight utilizando WCF RIA Services, autenticação de usuários, validações, RichTextBox, WebCam, Drag and Drop, Microfone. O Training Kit está em inglês, mas usuários com conhecimento básico do idioma não terão Visual Studio 2010 Training Kit \\ Na página da Microsoft (www.microsoft.com), há um kit para dificuldades em compreendê-lo. download que ensina iniciantes em Silverlight a trabalharem com a ferramenta de multimídia da empresa 62 locaweb


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Silverlight 4 Programação

Exemplo em XAML: <Controls:ContextMenu HorizontalAlignment="Left" VerticalAlignment="Top" Width="110" FontWeight="Bold"> <Controls:MenuItem Header="Copy"> <Controls:MenuItem.Icon> <Image Source="/SilverlightApplication1; component/Copy.png"/> </Controls:MenuItem.Icon> </Controls:MenuItem> <Controls:MenuItem Header="Cut"> <Controls:MenuItem.Icon> <Image Source="/SilverlightApplication1; component /Cut.png"/> </Controls:MenuItem.Icon> </Controls:MenuItem> <Controls:MenuItem Header="Paste"> <Controls:MenuItem.Icon> <Image Source="/SilverlightApplication1; component/ Paste.png"/> </Controls:MenuItem.Icon> </Controls:MenuItem> </Controls:ContextMenu>

BuzyIndicator Este controle permite que o desenvolvedor insira conteúdo dentro dele, pense nele como uma "<div></div>", para que a iteração do usuário seja interrompida via código, quando necessário. Ele disponibiliza uma propriedade booleana chamada "IsBuzy", que deve ser alterada para "true" quando você não deseja que o conteúdo, dentro do BuzyIndicator, responda a uma iteração do usuário. Quando isso acontece, o BuzyIndicator exibe uma UI simples para o usuário, exibindo a mensagem configurada, bloqueando as iterações. Exemplo em XAML: <controlsToolkit:BusyIndicator IsBusy="{Binding MyBusyProperty}" BusyContent="{Binding}"> <!-- O conteúdo vem aqui... --> <Border VerticalAlignment="Center" HorizontalAlignment="Center" Background="#FF669CC7" CornerRadius="20"> <Canvas Margin="8" Height="200" Width="300" Background="#FF669CC7"> <Button Content="Button" Height="23" Name="button2" Width="75" Canvas.Left="160" Canvas.Top="22" /> <TextBox Height="23" Name="textBox1" Width="120" Text="Hello World" Canvas.Left="24" Canvas.Top="22" />

* O Training Kit é uma excelente fonte de pesquisa para quem não conhece muito sobre a tecnologia e quer aprender a utilizá-la. Nele, há links para o Channel 9, com vídeos de treinamento da tecnologia e gravações de eventos

Progresso no carregamento \\ Função permite que a aplicação saiba quando o conteúdo começa a ser enviado, para que informe ao usuário

</Canvas> </Border> </controlsToolkit:BusyIndicator>

O BuzyIndicator mostra uma mensagem para o usuário indicando que ele está ocupado. A mensagem pode ser definida pelo código no Bind. Ainda existe a possibilidade de adicionar uma barra de progresso ao controle. Exemplo em XAML: <controlsToolkit:BusyIndicator IsBusy="{Binding MyBusyProperty}" BusyContent="{Binding}"> <!-- Permite uma mensagem personalizada para o estado de ocupado --> <controlsToolkit:BusyIndicator.Busy ContentTemplate> <DataTemplate> <StackPanel> <TextBlock Text="Downloading Email" FontWeight="Bold" HorizontalAlignment="Center"/> <StackPanel Margin="6"> <TextBlock Text="{Binding MyStatus}"/> <ProgressBar Value="{Binding MyProgress}" Height="15"/>

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Programação Silverlight 4

</StackPanel> <Button Content="Cancel" HorizontalAlignment="Center"/> </StackPanel> </DataTemplate> </controlsToolkit:BusyIndicator.Busy ContentTemplate> <!-- Remove a barra de progresso padrão--> <controlsToolkit:BusyIndicator.ProgressBarStyle> <Style TargetType="ProgressBar"> <Setter Property="Visibility" Value="Collapsed"/> </Style> </controlsToolkit:BusyIndicator. ProgressBarStyle> <!-- O conteúdo vem aqui... --> </controlsToolkit:BusyIndicator>

Novas Funcionalidades Entre os destaques do Microsoft Silverlight 4, estão novos controles de impressão e suporte a cliente Multicast. Confira alguns detalhes dessas ferramentas, que podem ser muito úteis.

Impressão O Silverlight introduziu suporte para que o desenvolvedores possam controlar o que e como suas páginas serão impressas por linha de comando. Veja o exemplo: PrintDocument pd = new PrintDocument(); pd.PrintPage += (s, args) => { args.PageVisual = LayoutRoot; }; pd.Print();

Webcasts Recomendados

Para quem não tem o costume de assistir a Webcast, é recomendável que passe a ficar por dentro dos Webcasts da Microsoft para a comunidade. Os assuntos são sempre muito bem detalhados por profissionais extremamente competentes, da Microsoft e da comunidade, que estão empenhados em disseminar o conhecimento. Vou listar alguns Webcasts sobre Silverlight e o link do MSDN para vocês estarem de olho nos próximos Webcasts. • Webcasts MSDN: http://msdn.microsoft.com/ptbr/events/default.aspx • Visão geral do Microsoft Silverlight 4: O que o Silverlight 4 trará de novo? • Apresentador: Márcio Fábio Althmann • Link: https://msevents.microsoft.com/CUI/WebCastEventDetails. aspx?EventID=1032449972&EventCategory=4&culture=ptBR&CountryCode=BR • Como um desenvolvedor pode criar aplicações visualmente ricas • Apresentador: Rafael Godinho • Link: https://msevents.microsoft.com/CUI/WebCastEventDetails. aspx?EventID=1032450046&EventCategory=4&culture=ptBR&CountryCode=BR • Construindo aplicações para Windows Phone com Silverlight • Apresentador: Luciano Condé de Souza (@luconde) • Link: https://msevents.microsoft.com/CUI/WebCastEventDetails. aspx?EventID=1032449982&EventCategory=4&culture=ptBR&CountryCode=BR

Controle ViewBox Este controle nada mais é que um contêiner com redimensionamento flexível da janela do navegador. Confira algumas de suas particularidades: Viewbox com as propriedades padrão - janela maximizada

Ampliação dos idiomas suportados Nesta versão, há suporte a idiomas que fluem da direita para a esquerda, como hebreu e árabe. Este suporte está disponível em todos os controles, configurando a propriedade "FlowDirection" para "RightToLeft". Para o texto fluir da esquerda para a direita (que é o padrão), a propriedade deve ser configurada para "LeftToRight". Controle RichTextBox Suporta conteúdo XAML, hiperlinks, incorporação de imagens e todas as outras configurações, como cor da fonte, itálico, negrito, cor de fundo. Este controle permite que arquivos de texto (como doc, docx e txt) possam ser arrastados do Windows Explorer para dentro dele. Estes arquivos são convertidos em texto, que aparece instantaneamente dentro do RichTextbox. 64 locaweb

Viewbox com a propriedade "StretchDirection" como "UpOnly" - janela com 500x500 pixels Suporte a cliente Multicast UDP O Silverlight agora suporta Multicast em UDP de ”um para muitos” por meio de infraestrutura IP. Ele faz isso muito bem para um grande número de pessoas que estão recebendo a transmissão. Existem dois métodos de utilização do suporte UDP. Confira: Single Source Multicast (um para muitos): usa o System.Net.Sockets.UdpSingleSourceMulticastClient Any Source Multicast (muitos para muitos): usa o System.Net.Sockets.UdpAnySourceMulticastClient


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Silverlight 4 Programação

Melhorias no SDK Novos namespaces foram adicionados ao SDK para suporte ao Microsoft Managed Extensibility Framework (MEF), que é uma biblioteca do .NET. Ele permite uma grande reutilização de aplicações e componentes, construindo aplicações modularizadas, onde estes componentes podem ser adicionados incrementalmente.

WCF TCP-based Binding Agora o WCF no Silverlight permite comunicação baseada em TCP, o que permite a comunicação com serviços WCF configurados com "NetTcpBinding". Nenhum tipo de segurança é suportado nesta release.

Suporte para autenticação com ClientHttpWebRequest Foi adicionada a capacidade de passar as credenciais da aplicação para o servidor, para suportar autenticação NTLM, Basic e Digest. Isto permite que aplicações Silverlight passem as credenciais do usuário para serviços como ADO.NET Data Services ou Live Mesh.

• Progresso de upload no cliente. Isto permite que sua aplicação saiba quando o conteúdo começa a ser enviado, para que você informe o usuário. • Suporte a Caching no lado do cliente. • Nova política de recuperação de arquivos via HTTP. • O cabeçalho Accept-Language foi incluso.

Melhorias com rede O Silverlight 4 traz as seguintes novas funcionalidades para rede:

* O Microsoft Silverlight, na versão 4, agora suporta Multicast em UDP de “um para muitos” por meio de infraestrutura IP. Ele faz isso muito bem para um grande número de pessoas que estão recebendo a transmissão

Microsoft Enterprise Library 5 \\ A biblioteca do Microsoft Silverlight é bastante completa e pode servir como vasto material de apoio para usuários que querem começar a trabalhar com a ferramenta

Material de Apoio/Downloads

• Microsoft Silverlight 4 Runtime: www.microsoft.com/getsilverlight • Microsoft Visual Studio 2010 RTM: www.microsoft.com/visualstudio/en-us/products • Microsoft Silverlight 4 RC2 para Visual Studio 2010: www.microsoft.com/downloads/details.aspx?FamilyID=bf5ab940-c0114bd1-ad98-da671e491009&displaylang=en • Silverlight 4 Training Kit: www.microsoft.com/downloads/details.aspx?FamilyID=24cea29e-042e41c9-aa16-684a0ca5f5db&displaylang=en • Visual Studio 2010 Training Kit: www.microsoft.com/downloads/details.aspx?familyid=752CB725969B-4732-A383-ED5740F02E93&displaylang=en

• Documentação Offline do Silverlight 4: www.microsoft.com/downloads/details.aspx?familyid=B6127B9B968C-46C2-8CB6-D228E017AD74&displaylang=en • Microsoft Enterprise Library 5: www.microsoft.com/downloads/details.aspx?familyid=BCB166F7DD16-448B-A152-9845760D9B4C&displaylang=en • Microsoft Expression Blend 4: www.microsoft.com/downloads/details. aspx?FamilyID =884848251b3c-4e8c-8b14-b05d025e1541&displaylang=en • WCF RIA Services Abril 2010: www.microsoft.com/downloads/details.aspx?familyid=7B43BAB5-A8FF40ED-9C84-11ABB9CDA559&displaylang=en

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• Só Matemática • www.somatematica.com.br

* “Ao buscar um parceiro para o hosting de nossas soluções, procuramos a melhor tecnologia, muita flexibilidade e alta escalabilidade, além de um ótimo atendimento. Com o serviço de cloud computing da Locaweb, conseguimos satisfazer todos estes requisitos. Estamos muito satisfeitos.” Eduardo Kazmierczak Neto, diretor de Produto e Inovação

• Bobs • www.bobs.com.br




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