Escrituras românticas antonio kotoviski

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Escrituras rom창nticas. ISBN 323-314-591-474 Direitos reservados.

Antonio Ilson Kotovski Filho Curitiba 2004

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DedicatĂłria. “Dedico este livro para aqueles que nesse momento,

reservaram um tempo de suas preciosas vidas para lerem meus humildes e imperfeitos pensamentos em forma de poesia�.

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Apresentação.

A presente obra poética foi 5ª tecida, mas nunca ganhou asas para viajar pelo mundo. Ficou guardada por nove anos esperando uma forma de se manifestar. A escrita é sem duvida a maior invenção do homem em toda a sua história. Propulsora do conhecimento e sabedoria que evoluiu e evolui junto com a vida humana. Já o amor é um sentimento universal que não foi criado pelo homem, mas que surgiu espontaneamente nos seres humanos. Uma importante invenção unida ao mais complexo dos sentimentos. Uma mistura harmônica, mas reagente a qualquer elemento mágico que a ela integre. O resultado de tal reação é a poesia. De fórmulas infinitas profundamente sentimentais e de compreensão universal. Esta reação ocorreu nesse livro, que hoje marca um passo em direção ao horizonte, distante, mas possível. Principalmente porque cada “fórmula poética” será analisada nos mais variados mundos pessoais de um ser humano vivente nos quatro cantos do planeta Terra. Talvez minha obra peque por não possuir as formalidades acadêmicas. Mas sentimentos escritos possuem formalidades? Suponho que não. Pois, são impessoais, porém transferíveis sem perca ou divisão da essência! Romance e paixão; segredos e confidências; sonhos e pesadelos; vida e morte... Um breve resumo do mundo a ser desbravado a partir das páginas do mundo que visita agora.

O autor: Antonio Ilson Kotoviski Filho kotovski@ig.com.br

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Capitulo I

Palavras exclusivas.

“ A verdadeira riqueza é o afeto; a verdadeira pobreza é o egoísmo”. (VINET. A) 5


Versos introdutórios Quando meus versos forem lidos, Ficarão as perguntas: Qual o destino que terão? Que leitor, de qual cidade brasileira, De qual país, Identificará ou simpatizará com eles? Não se sabe. É como se ele passasse a fazer parte, De um grande patrimônio cultural, Que é público! Os versos são meus! Mas não pertencem mais a mim, compreende? Pois, eles ganharam asas, liberdade, autonomia e independência. Para fazer efeito em quem eles escolherem, Em quem escolher aquilo que escrevi. Pode parecer simples, Mas reflita bem, É exatamente isso que faz a vida ser assim: Misteriosa, mágica, quente e envolvente. Sombria lembrança? Você gera lembranças, Como a luz gera a sombra, Que acompanha onde quer que eu vá, E que desaparece apenas na escuridão, Como se fosse o fim. Mas mesmo na mais intensa escuridão, A sombra surge. Com apenas um breve e derradeiro fio de luz. Irradiando um intenso poder, Capaz de desenvolver a esperança. Companheira única em meio ao deserto, Que me guia pelo caminho, O qual nem sei se existem, Mas que acredito existir. Porque não há outra, alternativa. Quando as sombras nos cercam, E as trevas se perpetuam. O simples raio de luz da lembrança, É a única estrada que pode me levar,

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Ao Sol que produz tenebrosas sombras. Registro de meus sentimentos Registrei meus sentimentos, Alguns especiais momentos, Até meus terríveis tormentos. Em uma folha de papel, Com palavras adoçadas com mel, Descreviam um utópico mundo, Com um ar metafórico profundo. Viajaram por diversas mentes, Sem eu saber se quem leu ficou contente, Mas mesmo assim se espalhou pelo mundo, Mostrando o que meu coração tinha escondido bem no fundo. Nesse lugar escondido, Estavam os sentimentos perdidos, Que originaram estas palavras com vários sentidos. Um obstáculo. Novos horizontes Se o meu maior obstáculo é atrair sua atenção, Em meio às dificuldades de comunicação. Fiz minhas palavras, serem lidas pelo mundo, Como prova de meu amor profundo. Mas isto não foi suficiente, A ponto de torná-la consciente, Que você é a realidade que fará eu ser gente. Mostrando-me uma visão do horizonte de forma coerente. Mas a falta de um sentimento receptivo, Faz-me ser passivo, De um obstáculo comunicativo, Que é um dos caminhos para alcançar meu nobre objetivo. Pois você não esta longe, Nem é tão difícil, Apenas esta inacessível, Pelos caminhos que achei possível. Existem outros caminhos a desbravar, Basta-me a eles me adaptar,

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E a seu gosto mostrar, Que eu mereço te amar. Lábios mensageiros Seus lábios atraem beijos, Carregados de desejos, Que expressam o amor, Com um doce sabor. É o caminho mais curto para o coração, Que surpreende a razão, Deixando-a sem noção, Da grande transformação. Que preenche o vazio, Com um grande e cheio rio, De incontáveis sentimentalidades, Que dá gosto á felicidade. Talvez com um beijo eu diga tudo, Que você quer ouvir, E assim permitir, Que eu faça parte de seu mundo. Repostas vitais Queria podê-la esquecer, Sem precisar morrer. Ou por outro alguém me apaixonar, E assim meu coração curar. Mas estou enfeitiçado, Por um encanto que não sei como pode ser quebrado. Que faz de meu destino, Um caminho para o abismo. Queria entender, Que tipo de poder. Capaz de me prender, Em sua imagem, sem nunca esquecer. Mas a resposta esta em você, E isto me coloca a mercê, De um perigo que não posso ver, Mas que acaba se algo você me responder.

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Aguardando um grande amor O frio faz-se presente, Mas você esta quente, Em cada pensamento, Neste solitário momento. Contento-me em aceitar, Que mesmo sem ter alguém para amar, Tenho você para sonhar. E assim me confortar. Não quero o destino desafiar, Pois, aguardo a hora que ele irá mostrar, O momento certo para buscar, Aquela que o meu amor irei doar. Espero que seja você quem eu irei encontrar, Para que juntos possamos caminhar, Por um mundo de realizações e felicidades, Transformando sonhos em uma única realidade. Irradiando encantos O toque do luar, Faz-me lembrar, Do brilho de seu olhar, Que conseguiu minha alma tocar. Traz a sensação de paz, Mostrando-me que sou capaz, De ser mais que um simples rapaz, Que o amor lhe traz. Quero ser a harmonia, Uma real utopia, Fazer renascer a magia, Presente em românticas nostalgias. Mas apenas sinto sua presença, Ainda intensa, Em cada pensamento, Parecendo como o vento. Que me faz sonhar,

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Em ser o mais belo luar, Capaz de te encantar, E em meu amor, fazê-la se afogar. Insensível Seria errôneo escrever, Que o que você vai ler, Irá fazê-la em mim pensar, Com o intuito de analisar, Os riscos de uma relação começar. Pois tanto já escrevi, E nada consegui, Parece haver uma falta de sensibilidade, Em avaliar a minha vontade, A buscar a felicidade. Por que faz assim? Eis que indefine o fim. Para o que sinto. Faz parecer que minto, Sobre meu natural instinto. Sinto-me mal, Sensação fatal! Pois mesmos com esperança, Não tenho confiança. Fazendo-me agir como criança. Autoria do coração A autoria, De cada poesia, Só foi possível, Graça a incrível inspiração, Que nasce nos momentos de solidão, Onde visualizo a minha salvação, Nos braços de uma princesa, Que irradia espontânea beleza, Ofuscando a Natureza. Mas isto é mais um sonho, Que me faz risonho, Por alguns momentos, Que é exatamente o tempo, Quando escrevo os derradeiros pensamentos,

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Que se vão como o vento, Mas ficam registrados, Como marcas do passado, De um instante que senti felicidade, Na atenção da beldade. Que me faz redigir, Com o extinto de seus carinhos, conseguir. Roleta – russa Cada palavra, verso, poesia... É um tiro que dou no escuro, Esperando para ver as conseqüências, E enfrentar a seqüência, Desse ato irresponsável, Que para muitos é perdoável, Mas para mim é questionável. Porque busco o amor. Mas acho sempre acontecimentos que me trazem a dor. Aprendi que minha intenção, Para você não tem razão, É apenas uma canção, Que provoca ilusão, Acabando sempre em solidão. E quando isso acontece, É como os tiros que se voltam para mim, Trazendo a mensagem do fim. Mas que por sorte para no colete da esperança, Elevando minha perseverança, Simplesmente com sua lembrança. Justificar meu amor Justificar o meu amor a você, É um tempo que vou perder, Deixando de ganhar, A chance para te amar, E assim provar, Que eu não preciso me justificar. Amor não se justifica, Nem se explica, Apenas se aceita, Como sendo a receita, Para a felicidade, Que não se encontra em nenhuma loja da cidade.

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Justificar o amor, E criar margem para a dor, Desenvolver o rancor, É mostrar desconfiança, Desmistificar a esperança, E por fim na temperança. Versos metaforicamente profanos Cada metáfora, É uma forma profana, De tanger sua alma, Aguçar seus sentidos, Experimentar seus sentimentos. E dele retirar o novo olhar para o horizonte, Como se fosse a última vez. Fazendo ressurgir, A alvorada, harmônica, Inexplicável como os eclipses do coração, Que equilibram o amor e desejo, Não explicando, Mas fazendo-nos compreender, Que tudo é como o céu, E nada pode ser considerado comum, Porque possuem vida, Como nossas aventuras, Guiado pelo crepúsculo, Que nos jogam na noite, Para ver o brilho das estrelas, Admirar a Lua, Sentir o frio, E implorar pelo Sol. Nas mãos dos deuses Estou nas mãos de Moira. Sofrendo com a tirania de Cronos, Vivendo no mundo de Morfeu, Sobre a influência de Mânia, Onde Nix não dá trégua. Minha esperança está com Têmis. Rezo que meus pensamentos sejam abençoados por Atena. E o poder de Fanes me guie, Pelo labirinto de Apate, Na busca por Potos,

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E assim eu possa pedir-lhe, Que crie na “Psiquê” que tanto sonho, Um espaço para a flecha definitiva de Eros. Sei que Eros aprovará, Pois ele viveu algo semelhante com a Psiquê dele. Quero evitar história semelhante, Mas quero apenas o mesmo fim! Onde a felicidade reine em minha vida, Com o mesmo poder que Zeus possui sobre os Deuses. O que Moira reservou-me? Nem mesmo os Deuses conseguiram convencer, Moira a mudar meu caminho. E tão pouco responder, Por que foi que colocou uma mulher, Abençoada por Afrodite na minha vida? E por que a desviou, Fazendo-me assim caminhar para o mundo de Pento? O que me reserva Moira? O que ela sabe, a ponto de preferir me ver sofrer, Ao invés de permitir o que tanto eu sonho? Ás vezes, quando passo pelo Reino de Fobos, Penso o quanto já passei pela mão de Tánatos, E nem percebi! Pois o sofrimento da perda, É a sensação do fim. Por que esta afinidade de compreensão do mundo de Tánatos me persegue ? Se tudo que eu quero é caminhar, Pelos campos floridos de Filótis, Irene e Eros, De mãos dadas com minha princesa Crystal. Ao Deus chinês da escrita, coM urgência! Oh! Poderoso Fohi, Dei-me o dom de dominar a escrita, Com o intuito de eu poder encontrar, As palavras mágicas capazes de encantar, A mais bela das mulheres. Quero simplesmente escrever, O que ela sempre quis ler, Quero expressar os seus sonhos, Dando parecer que é ela que esta escrevendo. Não quero escrever apenas palavras bonitas, Mas palavras objetivas e compreensivas, Sem ao mesmo tempo perder o grau de magia,

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Que todo texto romântico deve conter. Sou um mortal, Sofrendo por um momento especial, Que pode ser fatal, Se eu não atingir ao natural, O coração de Lady Crystal. Pois meus sentimentos não são superficiais, Mas parecem artificiais, Quando a demonstro, Pois minhas palavras são lindas, Mas não conseguem passar a mensagem, Que só as palavras certas conseguem. Psicóloga do amor Conceda-me uma hora, Para me ouvir contar minha história. Que o consultório seja um restaurante, Para tornar mais agradável o breve instante. Não serei melancólico, Tão pouco bucólico, Apenas falarei sobre a realidade, Que se fundamentam apenas na verdade. Preciso de sua atenção, Mesmo que isso não tenha razão. Mas tenha a nobre educação, De analisar com carinho minha situação. Eis que sabe que faz parte dela, Pois você é a causa indireta de mazela. Porém não quero que você se responsabilize, Por meus passionais deslizes. Mas gostaria muito que me ajudasse, E até mesmo me explicasse, Por que não posso caminhar, Ao seu lado com a intenção de te amar? Ousando sem ousadia Meus pensamentos viciados, Formulam argumentos, Para conseguir, Um sentimento que não se consegue com palavras.

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Talvez nem com a minha própria presença, Nem com gestos ou atitudes. Tão menos com intencionais presentes. Pois este sentimento, Parece estar reservado, Para a ousadia de poucos, A qual, possuo! Mas não a utilizo. Pois temo um desfecho derradeiro de minhas intenções. As quais ainda fundamentam a esperança, De não tê-la por uma noite apenas, Mas por uma eternidade. Uma eternidade que não se descreve. Pois se parece um sonho. Mas verás que é uma bela realidade. You! Encantadora criatura, A mais bela de todas que já vi, Suas palavras revertem uma sedução, Jamais observada em outra mulher. Nunca me cansaria de contemplá-la, E de possui-la ao meu lado. Sob a fascinação de sua beleza, Dos seus olhos e das palavras, Sinto coisas estranhas e surpreendentes. Não há possibilidade de equívoco. É o amor! Que se alastra como fogo sobre a palha. Penso somente em você, Não vejo a hora de vê-la e falar-lhe, Sua imagem é desejada e agradável, Aparece nos sonhos e nos devaneios. Sofro se tarda a hora de vê-la. De escutar a música da sua voz e sentir a luz do seu olhar. Meios alternativos Procuro por meios, Para fazer com que se repitam, Os momentos de poder falar a sós, Com você, meu agrado! E dá-lhe a entender,

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Com os olhos e com palavras reticenciosas, A impressão que lhe produz sua presença, Indico-lhe, primeiro de modo velado, Depois mais à vontade, Onde poderei me encontrar, Sem que ninguém perturbe nosso encontro, Acabando sem cerimônia alguma, A marcar o encontro mais ousado, Conforme as situações, contanto que eu a veja. Falarei o que já sabe, Pois jamais encontrei uma dádiva como você. Não tomarei a iniciativa das carícias, Mas apertarei estreitamente a mão. Fitando com paixão, Suspirando versos, Na ânsia de beijar-lhe seus lábios, Trêmulos e enternecidos. Fonte de felicidade! Mas de mil pessoas me cercam, Estão em mim, Preenchem-me. E continuarei sempre assim. Ao lado, Dentro do coração, E da satisfação, De quem apenas quer viver mais. Podemos dar inúmeras voltas, Mas lá em nosso coração, E em nossa mente, Queremos mesmo, Sermos felizes! É por isso que imploro seus zelos, Sua atenção, Eis que quero dividir, Esta felicidade com você, Sem cobrar por ela, Pois ela não diminuirá nunca, Enquanto você estiver dela desfrutando. Eis que a minha felicidade, É a sua realização romântica!

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Para a capricorniana de meus sonhos Não espero que jogue tudo para o vento, Tudo para viver um grande amor. Mas que seja racional e sério, A ponto de ver, Que sou o homem, Que lhe dedicará lealdade e respeito. Características que tanto presa. Deixarei que esteja no controle, E auxiliarei-a, a nunca enfraquecer diante de crises, Minha soberana princesa! Sei que possui muitos projetos a realizar, E que busca sempre o conforto, Pois o simples ato de preocupar-se com tudo, Não é um defeito, e sim um dom. Que se confunde com ambição e materialismo. Não desconfie dessas palavras, Mesmo que por palavras semelhantes, já tenha se decepcionado. Apenas haja com prudência, como sempre faz. E voraz com o tempo, Que sou um presente e futuro agradável. Sabedor de seu espírito irônico, Saiba que compreendo tal atitude, De seu já programado destino. Mas não compreenderei, Se rejeitar a felicidade! Burguesa contaminada Sou um nobre, Em um mundo dominado pela burguesia. Sou um Lorde, Tentando transformar uma burguesa, Em uma incontestável princesa. Sou alguém no sistema, Que pouco foi contaminado, Mas que precisa dele para sobreviver, E principalmente com ele jogar, Para a burguesinha de meus sonhos, conquistar. Pois sou um homem, Que compreende que a maior riqueza de uma pessoa, É a virtude e os dons naturais. Porém muita coisa me encanta no mundo burguês. Mas abnego toda forma de ganância e materialismo, Não porque não usufruo boas condições,

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Mas porque quando não controladas, Tornam as pessoas cegas, Como se estivessem drogadas! E infelizmente isto, a burguesia esta cheia. É por isto que decepciono cada vez mais com minha burguesa! Pedido divino No alto de um morro, Buscando inspiração, Aparece uma Deusa, Implorando-me meus versos, Relativo ao meu Universo, Que nesse instante, Busca respostas, Em uma realidade oposta. Difícil de conceber, Mais fácil de perceber. E sem exitar, Começo a recitar, Um canto de encanto, Revelador de desejos, Objetivos como o beijo, Que fala sem som, Sem necessitar interpretação. Um acontecimento que foge da razão. Mas de grande exaltação, De um espírito que guiasse pelo coração. Sem sofrer pressão, Do mundo em questão. Quero saber por quê? Houve um tempo que lhe escrevia, Versos que o seu amor, eu pedia. Houve um tempo que meus desejos, contei, E nem assim sua atenção conquistei. Houve um momento em que quis conversar, Mas você nem quis essa oportunidade me dar. Agora escrevo para saber, Por que nenhum pedido que fiz, quis me conceder? Gostaria de entender, E assim poder parar de sofrer, Por algo que nem sei que fiz! Mas que me separou do sonho que quis. Preciso saber,

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Para paz e sossego ter. E assim se você permitir, Escute o que eu tenho para falar, Para que eu possa partir, Sem o peso de uma missão para cumprir. E um novo rumo, a minha vida ganhar. Mas nunca deixando de você lembrar. A que ponto cheguei! Mesmo com pedidos e orações, Com você só tive decepções. Por isso vou procurar um terreiro, Para ver se minha romântica situação, Possui alguma favorável solução. Se um trabalho precisar, Eis que não vou exitar, E tudo que for preciso, Vou dar um jeito de arrumar, Custe o que custar. Tudo para vê-la encantada, Suplicando para ser amada, Por toda sua caminhada, Para ser feliz, Em um Reino que sempre foi a Imperatriz. Quero deixar, O tempo te mostrar, Que eu nunca quis te enganar, Quando busquei te conquistar, Com propostas de exclusivamente te amar. Versos e intenções moralmente corretos? Minhas cantadas, São versos, De um Universo, Que não entendo. Não entendo porque versos verídicos, Cheios de pureza, Reveladores das minhas intenções, Não fazem efeitos em você.

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Penso ser por causa, que não escrevo, Sobre as conseqüências quentes do amor. O que não há necessidade de escrever. Pois versos quentes não se redigem, Mas se colocam em prática. Como se estes fossem os últimos atos da vida! Odeio vulgaridade, Mesmo percebendo que faz parte da realidade, Das situações o qual as gerações novas absorvem. Seguindo suas regras de olhos fechados, Lembrando que existe a moral, Só quando a vulgaridade já corroeu a idoniedade. Subestimação vulgar Poderia redigir versos quentes e picantes, A ponto de serem alucinantes, Convidativos a mil e uma aventuras, Onde não vivencia-los seria uma tortura. Mas estes vão e vem com o vento, Não servem nem como alento. Porque são entorpecentes, Deixando o corpo e a mente, Viciados e doente. Estes versos na prática são excelentes, Mas com quem é competente. Não com pessoa irresponsável, De índole instável. Achar que sabe versar, Acaba na hora de recitar, Quando quem foi subestimado, Realiza o inesperado, Que é o que tudo que por você foi sonhado! Cruzada do amor III Havia um tempo, Em que minhas tropas sentimentais, Acostumaram-se a sitiar seu castelo. Mas hoje, elas nem em seu Reino conseguem entrar. Os tempos mudaram,

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As idéias também, Os objetivos são outros, E as tropas não são apenas compostas por sentimentos. Eis que agora, As tropas instintivas, Serão mais que uma alternativa, E sim as tropas principais. Talvez não adentre em seu Reino, De forma pacífica e ordeira, E sim com os mesmos objetivos, Dos invasores que tomaram seu castelo. Si estou certo ou não, Isto eu não sei, Apenas explorarei seu ponto fraco, Como minha última e desesperadora alternativa. Punição do destino Devo hoje, Estar sentindo, O gosto de minhas próprias atitudes. Eis que negam o amor para mim. Sofro por essa atitude. Mas quantas foram às vezes, Que também, o meu amor; neguei, Onde também, nem expliquei, Por que o meu amor, Não quis compartilhar. Sinto o que muitas já sentiram, A dor da incompreensão, A dor causada pelo silêncio, A esperança por algo sem definição, E a companhia da solidão. Ah! Se arrependimento matasse! Ele não mata. Mas faz-nos sentir como alguém, Que perdeu uma pessoa bem querida. Matando-nos aos poucos.

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Olhos encantados! Escrevo lendo os seus olhos, Aventureiros e prudentes, Uma contradição que só existe, No ser feminino, Que metaforicamente dizem coisas, Que não compreendo, Mas arrisco entender, Correndo o risco, De mais sofrer, Do que sorrir. Mas a vida é um risco! Uma caminhada de surpresas, Tão inesperadas, quanto, O que instintivamente posso escrever. Pois seus olhos são encantados, Que inviabilizam a razão, E despertam o meu coração, Que hoje, está confuso, Assim como meus princípios! Uma amiga! Ventos que sopram, Apanham-me sem esforço. Levando-me para um mundo que passou despercebido. Etéreo, mas real. Romanticamente desconhecido, Intruso no meu universo. Alimentado por sentimentos diversificados. Mulher metafórica, Indefinidas são minhas palavras, Sentimentalmente escritas, Tendenciosas, mas verdadeiras. Especialmente feitas para você! Retratando o que eu busco. Instinto natural, Ocultado pela ambigüidade, Sensivelmente expressadas, Alvorecido na sua lembrança.

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Falando sério Não sei mais o que escrever, Que expresse a minha intenção de ter, A sua companhia, zelos e olhar, Em noite de luar. Já escrevi o que posso oferecer, Sem a razão da realidade, perder, Fui muito puro, Talvez até burro. Mas escrevi sempre respeitosamente, Não de forma inconseqüente. Poderia ter mentido, Mas quis evitar um destino sofrido. Hoje sofro por ter escrito a verdade. Sempre seguindo os caminhos do amor, Muitas vezes fantasiando, Mas sempre com um melhor futuro sonhando. Analista de acontecimentos O meu mundo, É uma realidade fictícia. Tudo acontece, Conforme imagino. Parece ser controlado, Por meus pensamentos. Não é mais mágico, Tão pouco desconhecido. Por isso que você me fascina tanto! Eis que é um dos poucos elementos da vida, Á qual, não possuo controle. Não consigo prever seus passos. É uma variável que me desliga do mundo. Quebra a rotina por um breve momento. Mas quanto mais tenho contato com esses pensamentos, Mais vou perdendo você. Porque domestiquei meus instintos, Deixei de ser um animal a procura de uma companhia! Pois me tornei um analista de acontecimentos. Matei o instinto. Apaguei a chama romântica. Previ, compreendi e controlei,

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Minhas atitudes e sentimentos. E assim deixei de existir para você! Poetisa involuntária! Involuntariamente você escreve, Através de mim, A descrição de sua beleza. Dom máximo que possui! Transforma seus olhos em esmeraldas, Seus cabelos, em longos fios dourados. A sua pele, compara-a a uma pétala de rosa. E seus lábios a um pote de mel. Mas gosta de criar metáforas. Principalmente quando descreve sua personalidade! Em versos misteriosos. Mas que aguçam a curiosidade. Porém você esconde versos! Justos aqueles que tanto busco, Dando sentido, á minha vida, E que me forçam a escrever! Compare com quem você anda! Não fumo! Não bebo! Sou idôneo! Sou educado! Possuo boa índole! Possuo boas e importantes amizades! Venho de família respeitada, idônea e nobre! Sou saudável! Pratico esporte! Possuo bom grau intelectual! E trato as mulheres, da maneira como escrevo! Tenho defeitos: Sincero ao estremo! Personalidade própria! Bom coração! Responsável! Caridoso! Teimoso! Despreocupado com o que acontece comigo...

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Sonhador! Sou uma pessoa normal. Por que então me castiga com o silêncio? O que fiz ou possuo de errado? Entende o que vivo a escrever? O que pode ser? Estou distante de tudo. Perto do nada. Não sei o que procuro, Mas procuro! E o que acho; Avalio se serve! Mas não estou achando nada. Apenas estou perdendo tempo, Precioso por sinal! Mas mesmo assim procuro, Pois parece valer muito, Só que ainda não sei o que é. Que me prende, Que me inutiliza, Que transforma minha vida. Poderia dizer que é o amor! Mas na verdade se parece muito com sonhos. Que não trará satisfação apenas para mim. E sim será um momento especial. Talvez o último de meus desejos! Elegia Plantando amor, Colhendo a dor. Vivendo de ilusão, Acompanhado da solidão. Uma única causa. Um simples sonho, Que se torna pesadelo, Tornando-se sem fim! Queria compreender o silêncio, Para poder silenciar meus pensamentos. Que ontem, hoje e sempre, Carregarão você.

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Falo em silêncio, Talvez seja por isso que silenciosamente responde-me, O que finjo não escutar, Porque não era isso que queria ouvir. Consciência tardia! Você tirou tudo de mim! Meu futuro promissor, Meus amigos, Minha alegria, Minha juventude. Reordenou meu caminho. Cegando-me, Transformando-me em escravo, Mostrando-me o lado negro da paixão, Fez-me desacreditar no amor. Modificou meus conceitos sobre as pessoas. Virei um monstro! Minhas atitudes não condizem comigo, Ou quem eu sonhava ser. Até em sonhos você reinou. Dominou todos. Decidiu sobre meus pensamentos e decisões. Hoje tento libertar-me de você. Mas já é tarde. Pois me tornei um “zero a esquerda”. Dependente e ingênuo para a vida. Foi um erro tê-la conhecido. Oportunidade divina! A sorte sorriu de longe. Tímida. Parece estar testando-me. Aguardando uma atitude, Onde a decisão de libertar-me, Esta em minhas mãos. Velhos temores, Antigos pressupostos, Pesam nessa decisão, Que tem que ser breve, Objetiva e firme. O erro pode ser fatal. Mas a indecisão será um inferno! Esperei por um milagre,

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Ele aconteceu! Porém devo aproveitá-lo. Mas como? Gostaria de poder explicá-lo, Possuir ás palavras corretas, Um argumento convincente. Para não deixa-lo escapar. Pois não sei se haverá outra chance, Igual a que convivo agora. Admiradora secreta Não sei quem é, Não sei como é, Nem de onde é. Mas acredito no que escreve. Aguça minha curiosidade, Com sua criatividade, Na escolha de palavras, Que descrevem-na. Sei o que faz, De onde me conhece, O que em mim admira, E porque oculta o seu nome. Conta-me o que quer, Com objetividade e respeito. É idônea e sincera a intenção. Pois seu ato é do coração. Para minha lady! Como reflexo de uma alma apaixonada, Os poemas e poesias redigidas, Foram o brilhante resultado, De uma inesquecível loucura romântica. Grande parte das poesias, Explicitadas nesse capitulo, Tentaram ultrapassar, As barreiras e limites de um amor utópico. Carregaram a esperança e o desafio, De passar minhas explicações,

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Em forma de mensagens, Sobre meus sentimentos e motivos de tal paixão. Exclusivamente feitas para você. Minha lady! Que foi meu sonho, E principalmente a musa inspiradora. Procura viciada No mundo que criei, Tornei-me Rei! Sem companhia, De uma idônea Rainha. Procurei-a entre as princesas, Não a encontrei nem entre as burguesas, Sem sorte, não a achei nem entre as camponesas. Mas continuo a procurar, Em todo que é lugar. Uma mulher com um sincero olhar. Mesmo sendo minha inspiração, Você não passou de uma ilusão. Produzida pelo meu coração, Que trouxe a solidão. Inspiração viciada Sonhando escrevi sobre o amor, Iludido pela esperança, Lançado pelo seu olhar, Misterioso como seus sentimentos, Alienou-me a você. Revirando o meu destino, Acompanhando meus pensamentos. Sinceridade foi à maneira, Inspiradora que fez-me expressar, Lágrimas de felicidades, Manipuladas pelo coração, Atormentados por sentimentos, Românticos, mas complexos, Atiçados pela sua lembrança.

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Sentimentos brotaram, Iguais às rosas em um jardim, Lançando um perfume, Maravilhoso e convidativo, Apreciado apenas por quem quer amar. Renovador de esperança, Apagadas por períodos sombrios. Manifestação melancólica Sem sentido, são minhas palavras, Imperfeitos são meus versos, Lamentações melancólicas, Manifestada utopicamente. Apáticas e desorientadas, Remetidas a você; Amor derradeiro! Serviram para mostrar, Interesses impossíveis, Lembranças perdidas, Infelizes e sem um fim. Ainda que bem intencionadas, Nada mudaram, Em um mundo. Solitário, agora estou, Tombando no caminho do amor, Esperançosamente esperando-lhe. Devaneio maluco. Impossível, mas ao mesmo tempo possível. Loucura causada pela paixão. Envolvendo somente meus sonhos. Reação adversa Amor não compreendido, Reação não esperada, Aumentou minha decepção. Manifestada com versos tristes, Lamentações derradeiras. Impuseram um novo mundo. Solidão provisória! Ah! Se você tivesse compreendido! Repensaria; minhas intenções.

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Apaziguaria minha alma, Mudando nossa história, Libertando-me dos cárceres da solidão, Instituindo assim um novo começo. Sensivelmente romântico. Por alguns minutos Por alguns minutos, Alivio minha alma, Tendo você como sonho. Redescubro que o amor é espontâneo, Imprevisível dádiva! Começo a rever o tempo que perdi, Ignorado por alguém que amava, Algo que não aconteceria se fosse você. Praticamente crio um mundo paralelo, Alavancado pelos meus sentimentos. Tendenciosos em unirem-se aos seus. Raro um momento assim. Impulsionado por uma força que só explica-se, Com beijos e abraços! Influenciados pelos desejos que ardem em brasa. Apaixonados e involuntários. A missão do amor Ao alvorecer de meus sentimentos, Invoco o amor. Condenado às sombras, Indeterminadamente, pelos seus inconseqüentes atos. Redimo-o sobre condições: Trazer a felicidade; Antes do anoitecer. Pois não quero passar o resto do dia só. Aportou no coração, Inspirando-se nessa missão. Como caçador solitário. Instituindo um novo começo. Romances concretos! Todos com objetivos. A felicidade plena. Porque o amor não pode ser eternamente dor.

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Extraordinário! Mulher, moça, menina. Impressiona-me com seu jeito. Caliente e sedutor. Hipnotizador de homens. Especialmente eu; que a desejo! Linda e única. Exclusiva em meu coração. Manifestação romântica. Imprudente? Talvez! Corre por meu corpo um calor, Hipertensão! Explodindo meu coração. Liberando uma energia, Extraordinariamente harmônica. Mil pensamentos, Impulso animal! Controlar como? Hipóstase ou não? Especial momento. Livre e flutuante. Estive no céu! Senhorita selvagem! Estive a ponto de enlouquecer. Lembrando e martirizando-se, Especialmente por você. Hipócrita personagem de meu romance. Calou-me com beijos, Inventou sonhos. Manipulou meu coração. Estaria mentindo se escrevesse que não gostei. Lamento apenas em não tê-la para sempre, Exclusiva minha! Herege! Companheira vulcânica, Ilusão real! Moça atrevida. Espetáculo à parte, Liguei-me a você,

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Entorpecido de prazer, Hipnotizado pelo seu olhar, Cobiçoso por mais você. Impiedosa senhorita selvagem! Mulher voluptuosa! Comprometido com você! Meu amor tem essência, Diferente de devaneios da adolescência, Deixou de ser mistério, Sendo sempre sincero. É passível, De sua alma intangível. Pouco sensível, Tornando o que eu quero, impossível. Mas tenho esperança, De meu amor despertar confiança, Fazendo-a compreender, Minha intenção de se comprometer. Comprometer-se com você, Com suas necessidades, Que buscam a felicidade, Na realidade. O amor é único O amor que conheço, É o mesmo que você conhece, Porém tenho uma forma de senti-lo e expressa-lo. Assim como você tem a sua. Compartilhar estas formas de sentimentos, É o que eu busco, Compartilhando involuntariamente a minha. O amor tem propriedade recíproca. Compreender isto, Não é possível, quando teorizado, Mas é assimilado facilmente, Quando praticado. O amor é espontâneo,

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Nasce do que se sente, Não do que se racionaliza, Mas vive nos sonhos. Brilhando em um romance Luz que ilumina, Que me ensina, A brilhar; A trilhar; A amar! Quem vive na escuridão, Causada pela paixão, Que ficou descontrolada, Deixando quem a sentiu, revoltada. Afastando o desejo de ser amada. Quero brilhar em seu mundo, Trilhar ao seu lado, O caminho que leva até ao amor. Mostrando-lhe que nem sempre é dor. E sim um sonho que aparentemente acaba. Mas que recomeça, Toda vez que aceitasse, Incondicionalmente a amar, Quem voluntariamente resolve doar, Um espaço de sua vida! Quero um belo romance Tenho medo de ver o amor terminar, Antes de te conquistar. Viver de instinto, Por estar faminto, De um sentimento extinto. Tento manter vivo o amor, Mesmo sendo um sofredor, Por ser sonhador, Sendo acossado pelo desamor, Um sentimento desorientador. Não quero só viver de prazer. Mas começo a entender,

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Que não posso querer, O que poucos conseguem compreender. Quero um belo romance, De utópico alcance, Mas que acredito realizar, Quando por mim, se apaixonar. Mago dos versos Sou um homem romântico, Com o dom de fazer poesia, Encantando leitoras do mundo todo! Auxiliando com minhas mensagens, Há realizações amorosas de sonhadores, Que recitam para suas amadas, Meus versos sentimentais. Palavras perfeitas, Para momentos decisivos. Como gostaria que minhas palavras, Auxiliasse-me a conquistar o amor. Mas infelizmente, elas parecem não terem efeitos. Assim como um feitiço, Feito por um feiticeiro, Em proveito próprio. Nenhum resultado! Eu não sou feiticeiro, Mas pareço compartilhar, Da mesma maldição. Destino de meus versos Talvez chegue o dia, Em que minhas palavras, Alcancem o destino dado a elas. Sonho por esse dia, Imagino esse dia, Eternizarei esse dia. Não quero ver, perdidos meus pensamentos, No esquecimento, De quem tanto amo. Pois isto seria minha morte. Sei que viverei em cada verso,

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Sei que pelo mundo estarei, Mas não me conformarei, Se em teus braços eu não estiver.

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Capitulo II

Palavras universais.

“As damas e aos poetas se não pergunta a idade. A mocidade das damas está na beleza que apresentam: a mocidade dos poetas esta nos versos que fazem”.(BARROSO. Gustavo)

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Poesias contemporâneas. Idéias modernas, São bem vindas, Mesmo que ainda, Não sejam lindas. Pois são procuradas, No “nada”, Para serem exaltadas. São simples, Mas abstratas, Obscuras, Com novas estruturas. Chamam a atenção, Mesmo sem coesão, Diversificando uma simples visão. Mulher poética Mulher poética, De agradável estética, Com atitude sapeca. Passa como o vento, Variando como o tempo, Transformando o momento. Vira aventuras, Em estradas obscuras, Repletas de imprudentes loucuras, De conseqüências futuras. É o desejo, Que se acaba com um beijo, Que virá com encanto e magia, Nos versos de uma breve poesia. Relatos de um sonhador Tudo pode acontecer, Para quem fielmente crer, Que pode viver, Sem deixar o sonho morrer. 37


Quem tem sonhos, Possui objetivo, Que nos mantém vivos, Em um mundo de caminhos alternativos. Sonhar é provar, Que nossas vidas não estão passando em vão. E que a vida nada mas é, Que um grande livro de páginas em branco. Onde somos os escritores, De uma jornada derradeira, Sobre tudo verdadeira, Que relata nossa vida inteira. Sereias da Lua Belas e solitárias, Seres viventes em sonhos, Que desperta fascinação. São soberanas, Em meio às estrelas. Intocáveis. Nos enfeitiçam, Simplesmente com um olhar, Fazendo-nos a afogarmos, Em um mar de lágrimas, Sem fundo, infinito e de muitos perigos. Nunca antes desbravado. Nenhum mar em que vivem, É como o outro, Pois é formado de lágrimas, Originado de decepções de sonhos e desejos, Não realizados, E que previsivelmente, Nunca se realizarão. São seres mitológicos. Tão reais! Uma ilusão verdadeira? Ou uma verdadeira ilusão? Que domina minha vida.

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Cheiro de amor Respirar profundamente o amor, É ser um navegador, No mar da felicidade, Sentindo os ares da liberdade. O cheiro do amor, Possui o aroma da mais perfumada flor, Chegando a ser um entorpecente, Mas com o efeito sadio de nos deixar contente. O ar carregado de amor, É provedor, Das mais puras e nobres intenções, Oriundas da união de corações. O amor não é como o vento, Capaz de trazer o tormento. Pois se funda na paz, Só encontrada no amor verdadeiro que alguém traz. Noites eternas Noites estreladas com luar, São um convite para amar, E uma mulher em deusa transformar. Será para sempre lembrada, Nunca igualada, Talvez possa ser repetida, Mas nunca da mesma forma sentida. Em noites assim, Não existe a noção de fim, Porque termina com uma espetacular alvorada, Convite para uma nova jornada. Vivida no mais belo dia, Que expressa a mais intensa magia, Sentida em forma de paz e harmonia.

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Velhos sentimentos Primórdio romance, Que não passou de um sonho, Fora de meu alcance. Que como um cometa passou, Na lembrança ficou, E uma obsessão se tornou. Agora este sentimento envelhece, E mesmo assim cresce, Sem precisar de motivos, Para manter estes sonhos ativos. Viraram palavras, Que irão serem expressas, Além do término de minha jornada, Eternamente sendo lembrada. Direito de amar Nascemos com direitos naturais, De validade universal, Alguns expressados de maneiras formais. Outros fazem parte do direito material. Como sujeitos ativos desses direitos, Buscamos sempre os melhores jeitos, Para desfrutar de sua garantia, Mesmo que seja por alguns breves dias. Um deles é o direito de amar, Que garante a atitude de encontrar, Alguém especial para realizar, Tudo de bom que se pode sonhar. Mas este direito acarreta obrigações, Que existem para evitar decepções. Que podem gerar até separações, Partindo os mais frágeis corações. Este direito deve ser utilizado com responsabilidade, Pois nada mais é que a liberdade. Sendo usada no mundo da ingenuidade. Por isso que ele deve ser sempre usado com lealdade.

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Generoso sentimento O amor é um sentimento universal, Extremamente primordial, Para qualquer tipo de realização, Seja ela do coração ou não. Ele é divisível, Mas mesmo assim é multiplicável, Quanto mais se dá, com mais se fica. Nem a Matemática explica. É sempre verdadeiro, Muitas vezes aventureiro, Quase sempre desbravador, Isso tudo por ser sonhador. É o sentimento mais generoso, Justamente por ser o mais poderoso. Mesmo sendo indefinido, Mas sempre é compreendido. Palavras fugitivas Deixo escapar certas palavras, Que ao tempo ficaram condicionadas, A serem restritamente usadas. Em declarações exclusivas e apaixonadas. Hoje as declarações românticas que redijo, Perderam seu juízo, Tornaram-se independentes, Ganhando ares inconseqüentes. Casaram de estarem prezas, Muito indefesas, Sempre vivendo a incerteza. São palavras conspiradoras, Para os sentimentos; idéias libertadoras. Que provocam situações renovadoras.

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Amor passivo Esperar o amor chegar, É caminhar, Por um longo e triste caminho sem parar. É viver na ilusão, Ser escravo do coração, Renegando a razão. Pode se tornar bonito, Mas infelizmente é finito. E o que é encanto, Vira pranto. Pode um dia essa caminhada terminar, E o sonho se realizar. Mas o tempo não anda de vagar, Por isso que devemos para o amor facilitar. Formalidade romântica Simples gestos, Podem parecer até modestos, Mais extremamente significativos, Para deixar o amor vivo. Uma simples poesia, Devolve a magia, Para um amor que se repetia, Virando em apatia. Uma única flor, Tem o dom transformador, De um romance sem cor, Que logo deixaria de ter o amor. Uma musica sentimental, Um lugar especial, E tudo deixa de ser igual, Atrasando a chegada do momento terminal. E todas as loucuras, Feitas com ternura, Afasta a rotina do romance, E o amor não fica mais fora do alcance.

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Assim é o amor? O amor é assim, Com começo, meio e fim, É eterno enquanto dura, Mesmo não sendo em sua forma pura. O amor provoca loucura, Mas também é a cura, Pois produz o crescimento, Em cada derradeiro momento. O sentimento é universal, De sensação variada e especial, Vivida de forma irracional, Mas compreendido só por um ser racional. Produz a vida, De muitas formas concebidas, Com apenas uma formula conhecida. De varias maneiras definidas. Flagrância enfeitiçada O perfume felino, Transforma o homem maduro, Em um inocente menino. Provoca a liberação, Dos desejos mais íntimos do coração, Muitos sem nenhuma razão. Parece uma porção mágica, Que deixa o homem numa condição estática, Completamente carente, De um amor vertente. Que só a mulher pode conceder, Mesmo sem se comprometer, A realizar. O amor no homem começa a despertar.

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Zona de risco Lugares virgens, Dentro de nós existem, Esperando para serem desbravados, Condicionalmente explorados. Formados de pensamentos, Que se alteram, todo momento, Modificando nossa vivência, Alternando os objetivos de nossa existência. Passam despercebidos, Porque não são conhecidos, Pois são perigosos, Podendo, tornarem-se danosos. São desbravados em cada decisão, Seja pela razão, Seja pelo coração. Tudo é motivo para mutação. Não existe um nome específico, Mas se conhece como inconsciente, Um sentimento pacífico, Mas que indefine o presente. Decisão impulsiva Uma importante decisão, Deve ser fria como a neve, Firme como a terra, Ampla como o céu. Pois se for como brasa incandescente, Volúvel como a água, Sem direção como o vento. Não será decisão. Será um futuro incerto, Que sai do controle, Tornando-se um labirinto, Sem um suposto fim. É a vida que perde o gosto, É a noite que se reza para ser eterna.

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Pois existe o medo do novo dia. Por não ter como o enfrentar. É assim a decisão mal tomada, Uma derradeira jornada, Que vira calvário, Administrada pelo tempo. Abalado Minhas bases sentimentais são abaladas, A cada momento em minha jornada. Pois observo o amor ser aos poucos destruído. Por forças que não sei explicar seu sentido. É camuflada por sentimentos bons, Até parece ser dons, Por quem os utilizam, Mas, que com o tempo se banalizam. Passa-me a idéia, de que o amor não existe, E que tudo consiste, Em um instinto natural, Que estão perdendo a magia de um vital ritual. Sim! Um ritual. Que fantasia e deixa especial, O ciclo da vida, Que abençoa o nosso dia. Parece até absurdo, Mas o que é o amor atualmente? Será que ele é uma força existente? Ou algo que alguém disse ser profundo? A mão do destino O destino é um juiz supremo, Que julga nossos atos com sabedoria. Não há como não aceitar sua decisão, Pois a punição é imediata. E corre através de conseqüências, Que acumulasse como uma grande bola de neve, Que rola sobre nós, Sem haver como desviar ou segurar, O destino parece ser cruel.

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Porém ele é apenas a teia que fazemos parte. Ele julga sem estar presente, Pois transfere as decisões para nós, mesmo. Cada ato, um veredicto próprio e único, Se certo terá conseqüências, Se errado seguirá o mesmo principio. Há como evitar um destino ruim? Eis que as respostas estão nas leis, princípios éticos, mandamentos... Que existem justamente para proteger a teia. Ou seja, para proteger a nós, mesmo. Mesmo não parecendo. Balada romântica Canções que expressam o amor, Acrescentam sabor, Há momentos especiais, Tornando-os imortais. Letras e melodias, Si unem com magia, Criam um poder, Que nos faz muitas coisas rever. Uma simples balada, É uma convidativa estrada, Escondida, esquecida, desconhecida... Mas que sempre fez parte de nossa vida. Escutar os sentimentos, E dar vida aos pensamentos, Que viram musica, Uma experiência sempre única. Horas de reflexão No recinto do meu quarto, Vago por um mundo farto, Onde minha maneira de ver o mundo, É avaliada por um poder profundo. Um Juiz interior, Que julga com sabedoria superior, Transferindo suas decisões, Para minhas futuras ações.

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São horas em que as emoções, Confundem-se com as explicações, Formuladas pela razão, Tornando uma tese para reflexão. Um juízo, Entre o inferno e o paraíso. Que aspira a alvorada, Na perspectiva de uma boa jornada. Sistema da vida Cada um com seu problema, É assim o sistema! Que não possui esquema, Apenas dilemas. No sistema da vida, A viagem é só de ida, Sem a chance da volta, O que em alguns causa revolta. É o sistema da causa e do efeito, Que revela nossos defeitos, Tornando-nos sujeitos, Que não possuem direitos. Principalmente o direito de errar, O qual não consegue escapar, De um julgamento, Sem requerimento. Mais uma idEia sobre o amor. Quando o amor acontece, Ele nunca desaparece, Porque ele marca nossa história, Reordenando nossa trajetória. Não morre, Fica vivo, Eternizado em cada nova vida, Que surge por causa dele. O amor é uma teoria, Cercado de magia,

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Em meio ao descrédito, De um mundo séptico. Mas que resiste, Contra aqueles que dizem que ele não existe, Porque ele é o caminho da salvação, Para toda a população. E por amor que se exerce a bondade, E pelo amor que se encontra a felicidade, Ele nunca acaba, Apenas proporciona novas sensações. Instintivamente racional O amor é um sentimento forasteiro, Que chega seresteiro, Muito simpático, Sedutor e fantástico. Talvez seja uma energia, Que abastece a alegria, Fortalecendo a harmonia, Enfraquecendo a melancolia. Ele acontece, E dentro de nós cresce, Sem parar, Até vazar. É um sentimento comum, Que é sentido por todos, E não apenas por alguns. Porque o amor é instintivamente racional. Vento que nos levam... Ventos que mudam de direção, Aparentemente sem razão, Que sopram para um novo horizonte, Mas não mostra sua fonte. Tentam nos colocar, No caminho certo para se andar, Fazendo-nos os rastros da nossa missão encontrar, Para a nossa vida poder realizar.

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Mas é difícil aceitar, Para onde ele quer nos levar, Pois é um horizonte desconhecido, Nunca por nós vivido. Porque nossas ações, nos deixam condicionados, Há futuros programados, Há sonhos a serem realizados, E não a acontecimentos inesperados. Teste para vencer Fracassou, Foi porque tentou! Muitos não fracassam, Mas, também não tentam. A coragem em enfrentar, Novos caminhos para um sonho realizar, É um destino desconhecido, Completamente indefinido. Só o espírito desbravador, Tem o dom criador, De infinitas estradas, Em meio ao nada. Quem fracassa, Não está derrotado, Apenas convidado, A seguir pela estrada que seu sonho passa. Criticas a certos críticos Os arcaicos versos, Que rimam flor com amor, Ou luar com olhar, Podem parecer antiquados, Mas extremamente eficientes e mágicos, Quando recitados, Com tom carregado de amor verídico, Em momentos precisos, Únicos e mortais. Possuem vida não em sua forma ortográfica, Mas por sua essência,

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Com consciência mística, Que não se define. Apenas é compreendida, Mas somente por aqueles, Que no amor acreditam. Pois em um mundo onde se critica, A forma de expressar o amor, Não se pode acreditar, Que todas as pessoas acreditem em sentimentos. Mesmo que jurem acreditar. A prova de sua mentira, São suas próprias palavras, Que a propósito, São o reflexo, Do seu interior não desbravado. Flores especiais As borboletas, Que os dias colorem, São o contraste, Das flores que murcham de tristeza. Pois brincam alegremente, Em um ar carregado, Por energia que não compreendem, Caso compreendessem, Ficariam como as flores, Solitárias... Esperando por alguém que por elas se encantem, Que as abracem e cheire-as com prazer. Para que assim possam carregar, As mensagens dos sentimentos, Que apenas poderão ser, interpretados e compreendidos, Por aquelas que a receberá sem pedir, Mas que entendendo ou não irá sorrir. Por que verá algo mais que as mensagens, Verá que o amor não é feito de palavras, E sim de gestos e momentos, Que apenas são sentidos, E não compreendidos. Pesadelos e sonhos O destino esconde com mistérios, O futuro que nos espera. Mostrando-nos um horizonte diferente,

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Principalmente daquele que gostaríamos de ver. Tudo tem um motivo. Mas que motivo será esse? O destino é como a justiça, Tarda mas não falha. É frio e calculista. Não possui respostas prontas. Porém transforma sonhos em pesadelos, E quando menos se espera, O mais tenebroso pesadelo, Transforma-se em um sonho lindo. Não há necessidade de perguntar por quê? Mas há necessidade de perceber esta mudança. E não ir contra ela. Porque realizar sonhos é compreender o que aconteceu com nossa vida. Mais criar pesadelos, É simples e rápido, Pois é um equivoco que pensamos; Estar no caminho do sonho a realizar. Crise de pensamentos Sou um cara, Denunciado pelas minhas palavras, Por minha caligrafia, Que busco ser algo, Mas que ando meio com preguiça, Nessa busca sem fim. Nasci com inteligência. Pensei por este motivo, Ser inteligente, Mas descobri que sou limitado, Por este motivo que treino, Para aproveitar melhor meu ingênuo saber. Mas meus treinos são limitados, Sem muita vontade, Acho que é a canseira, Companheira dos fracos. Que nos empurra aos sonhos, Nos fazendo seus escravos.

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As faces do silêncio O silêncio é necessário, Mas irrita quando desnecessário. É o vazio preenchendo por tudo, De importante, que na nossa vida ocorra. Mas que pouco se aproveita. É o período que harmonizamo-nos e pacificamo-nos. Mas também nos trás o inferno! O silêncio é belo como o mar, Mas perigoso até para quem o conhece. É o começo e o fim ao mesmo tempo, Algo que só os poetas explicam, Mas só os vividos entendem. Porque o silêncio se explica por metáforas, E não com objetividade. Que não demarca sua verdadeira identidade. É a ausência. De organizada consciência. Que surge no começo, meio e fim do caos, De imprevisível final. Words Palavras podem ser em inglês, francês, ou português, Não importa a forma como é escrita, Ou como são ditas. O que importa, É que elas são mensagens, Tão infinitas, quanto os números. Que também expressam mensagens. Numa linguagem complexa e exata, Mas pouco utilizada. Evoluem com a vida, Mas não morrem como os humanos. Pois continuam, Como essência de seu inventor, Que pode ser qualquer um, De qualquer parte, De qualquer idade. De qualquer gênero. Até mudo fala! Do jeito especial dele. Mas também cria palavras. Porque criar, É um dom do ser humano.

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O amor-paixão O amor-paixão, Não se contenta com a presença, Do objeto amado, Pois o que experimenta esse amor, É o fato de estar junto, Da pessoa que o inspira. Sentir desejos, veemente de tocar as mãos, Que lhe agradam, Os cabelos, E a fronte cuja forma e beleza lhe encantam. Acariciar com ânsia e deleites incríveis, As formas do corpo que seduzem, atraem e empolgam, De juntar os seus lábios aos lábios que lhe falam e sorriem, De abraçar, De estreitar nos braços aquela mulher, Que é a única, Naquele instante, Capaz de satisfazer a ânsia de carícias, Que provocam a sua exaltação, Se toda essa paixão é experimentada, Nem sempre à habilidade em manifestá-la, Mas de aproveitá-la, E deixar acontecer. Observação formal do amor Escrevo sobre o amor, Sem um conhecimento técnico. Apenas utilizo a observação filosófica formal, A qual não dá respostas prontas, Mas visões diversificadas, De um campo que não possui, Uma organização hermética, Mas complexa, Pois se sabe que ela ocorre, Até se sabe por quê! Mas como sou leigo no assunto, Prefiro entender o amor, Como um elemento fundamental, De toda poesia. Que esta é como o amor, Tanto em essência, Quanto em fundamentação,

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Pois o que envolve uma observação filosófica formal, Envolve um estudo técnico, Que não precisa compreender, Apenas vivencia-lo. Ampliando a observação Nossa imaginação não se amplia, Porque a colocamos limites. Principalmente quando buscamos respostas. Eis que as condicionamos sempre a um começo e fim. A maioria tenta explicar tudo, Partindo da realidade que nos cerca. É por este motivo, que pouco sabemos, sobre a pós-morte, Sobre o Universo e outras formas de vida. Onde está escrito que tudo tem um começo ou fim? (O tempo não tem começo e nem fim!) Onde está escrito que o Universo tem que seguir os padrões, Matemáticos que consentimos? Temos que evoluir as nossas observações! Pois ela é a mesma de quando o homem, Aprendeu a ser homem! Pois não foram os eventos e descobertas conhecidas, ]que evoluíram a vida do homem. Mas sim eventos e descobertas o qual eram impossíveis. No parque O parque está vazio, Talvez porque esteja frio. Isto diminui a chance de ver, Uma deusa aparecer. Mas mesmo assim espero, Pois já acostumei, A ficar a esperar, Alguém que queira me amar. Nenhuma moça interessante, Á qual, me encantei, Mas preciso respeitar, O que meus sentimentos querem buscar. Percebo que ele anda exigente, Mas admiro que ele é consciente, Pois visa me deixar contente,

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Evitando decisões incoerentes. Nasce um poema Nasce um poema, Quando encontro um tema, Na selva de conhecimentos, Cheios de elementos. A inspiração aparece, E com a criatividade cresce, Enriquecendo com palavras belas, Geralmente dedicadas a uma donzela. A expressão lírica, É extremamente rica, Em intenções e pedidos, Que sempre são compreendidos. O poema vivente, Dura eternamente, Em cada leitura, Das gerações futuras. As pedras no caminho! Carlos Drummond de Andrade, Em eternizados versos, Escreveu que tinha uma pedra no caminho, E repetiu isto como se esse fosse um grande problema. Em meu caminho também tinha uma pedra, Escrevi bem. Tinha! Eis que a chutei para tão longe, Que repetiria esse longe um monte de vezes. Outras pedras apareceram em meu caminho, E os mesmos destinos tiveram. O problema foi o buraco! Se eu não tivesse chutado as pedras! E sim as guardados; poderia ter enchido o buraco, E assim não ter arriscado um salto. Daí apareceu um tronco no caminho, Não o chutei, e tão pouco o pulei. Mas o carreguei comigo. Pois já imaginava um rio, Ou algo do tamanho do tronco!

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Até agora não vi o rio, Mas em meu caminho apareceu uma mulher, Não sei o que eu faço com ela. Por isto vou repetir sem parar, Em meu caminho tinha uma mulher... O medo! Percorre os pensamentos dos homens, Mostrando e vangloriando o perigo. Assustando a coragem, Que se prende ao bom senso. Um sentimento normal, Que tem que ser escutado, E levado a sério. Porém nunca se deve dar excessivo crédito a ele. Pois caso contrário, Ele torna-se um tirano idealizador, Transforma gatinho em onça, Cachorro em lobisomem... Buracos em abismos... Nos torna pequenos, E transforma nossos adversários em gigantes. Problemas simples, Tornam-se complexos, O medo afasta-nos de sonhos, Tudo porque ele deixa de nos precaver, Para simplesmente nos dominar. De amigo, vira inimigo, O medo deve ser respeitado, Mas sempre enfrentado, Se a algum lugar, Quisermos chegar! Gostar, mas não ser gostado! Gostar de alguém, Que não gosta de nós. Porque tem que ser assim, Uma história que não possui fim, Uma contradição, Uma negação, De tudo que prega o amor, Exceto o capítulo que fala da dor. Mas o amor nasce espontaneamente, Como também se conquista;

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Desde que haja pré-disposição do destino, Com o destino colaborando, Todo amor é possível, Desde que não o tornamos impossível. Pois impossibilidade, Não pode ser confundida com dificuldade. E tão pouco deve haver uma morosidade, Nas atitudes de conquista. Esperar acontecer, É se render e não merecer, O que visa ter. Só deve haver desistência, Quando existir a consciência, De que todos os meios alternativos foram tentados, E que este não produziram nenhum real resultado, Que formasse uma fundada esperança. Energia calorífica O calor do prazer, Não afasta a frieza da alma. Pois esta delimita muito bem, Sensações de sentimentos. O calor da paixão, Afasta o frio do coração, Mas delimita muito bem, As sensações, sentimentos e ilusões. O calor do amor, É um fogo permanente, Fundado no conjunto vivo de sentimentos, Sentidos e compreendidos. Mas o frio da solidão, Queima como fogo negro, Não congela apenas os sentimentos, Mas sim os pulverizar. Confidência de um poeta A missão do poeta, É escrever sobre o abstrato, O indefinido, O ambíguo.

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Tento fazer isto, Mas, viciadamente escrevo, Sobre o que já foi escrito, Reescrito, analisado, refletido... Queria escrever sobre algo novo, Com uma forma inovadora, Viajar não por um novo mundo, Mas por um novíssimo Universo! Mas estou preso, No cárcere de todo poeta, Onde só terei a liberdade, Quando eu dominar a arte de voar. Teoria X Prática Escrever é fácil, Basta criativamente colocar no papel, As observações e experiências que ocorrem, No cotidiano de nossas vidas. A palavra criatividade assusta. Mas na verdade é ela, Que é a magia com a qual, Transforma-se uma frase simples, Em um verso poético! A palavra criatividade assusta. Mas na verdade é ela, Que é a magia com a qual, Transforma-se uma frase simples, Em um verso poético! Comparação, palavras formais, coesão... Mas estes elementos criativos só poderão ser aproveitados, Se houver vontade e uma definição, De que se quer escrever. Perceberá rapidamente que para ser poética, É mais fácil que beijar! Porém descobrirá que mensagens e conselhos, São fáceis de idealizar e escreve-los, Porém, difícil de serem colocadas em pratica na vida real!

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Sem limites para criar O poeta é um atleta das letras, Que acha que possui limites. Quando na verdade, Ele é um criador, Que manipula palavras, Um elemento variável e infinito, Que unida, forma uma outra infinidade. O poeta é um recordista. Que vai até onde ninguém chegou, Sem precisar estar presente. Possui o dom da alquimia, Pois transforma palavras simples, Situações cotidianas, Em obras primas. Vê a beleza onde ela não existe. Transforma a fera em um ser belo. Não há obstáculos, Pois aprende a ampliar seus horizontes, Com versos que escreve. Considerações sobre o sonho Sonhos não se contam, Enquanto não realizados. Sonhos se realizam sozinhos, Sem ajuda de ninguém. Sonhos são solitários, Sonhos são voluntários, Não se pode sonhar por alguém sem sentir os pesadelos. Não se realizam sonhos através de alguém, Mesmo achando que se está fazendo algo importante. Não se pode realizar o sonho de outra pessoa, Se esta não considerar tal fato uma realização. Quem sonha, causa inveja. Principalmente nas pessoas que sempre acharam, Que seus sonhos, deveriam ter um auxilio. Não existe sonho difícil para se realizar. Existe um caminho penoso, Que nos força a ser o que somos; Adaptando-nos as realidades do sonho. Quem sonha deve compreender, Que é um ser diferente, Pois é superior em visão de mundos. Porque faz o que gosta.

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Não se preocupando em demasia com quem não gosta. Chat Navegando pelo mundo do caminho do conhecimento, Aporto no Chat do mundo Bol, Antes de deixar o Universo digital. Nesse mundo minha identidade é um apelido, Simples, discreto e convidativo. Porém triste; mas real. Sou o SOLITARIO! Rapidamente acho alguém para teclar, Uma garota, que apenas imagino como deve ser. Tecla legal. Aparentemente busca algo especial, Porém as armadilhas são muitas. Eis que criam perspectivas, Deixando-se de aceitar a realidade. Com o tempo se aprende lidar com isso. Às vezes, não entro para conversar, E sim para espiar a conversa alheia. Nessa espiada descubro que a solidão, É um mal que esta se propagando. Companhia necessária Todo ser precisa de uma companhia. Instintivamente o animal atrai seu companheiro. Até os vegetais precisam de um semelhante. Já o homem não possui apenas instinto, Mas é provido de sentimentos, Que determinam uma vontade maior, Que a própria seqüência da espécie. Torna o homem um ser dependente, Principalmente de um companheiro, Que sinta o mesmo sentimento. É uma relação recíproca, Que acontece espontaneamente, Onde menos se imagina. Surge da vontade, De não morrer acompanhada da solidão. Mesmo a morte sendo um acontecimento solitário, Mas os momentos que antecedem; não!

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A mão do conhecimento O conhecimento sem sabedoria, É como uma arma na mão de uma criança. Que não vê o perigo. Porque não sabe analisar profundamente, As conseqüências de seus atos. A sabedoria é a mãe do conhecimento, Um filho rebelde, Que tornam os homens ignorantes. Porque apenas receberam o conhecimento, Ao invés de tê-lo o gerado. O conhecimento é bom, Desde que não queira substituir a sabedoria. Caso contrário, O próprio conhecimento morre, Virando um exemplo de erro fatal. A sabedoria é um dom que se aprende com a vida, Que nasce com o homem. É o conjunto de todos os conhecimentos juntos, Que gera os conhecimentos básicos, Para que os homens sobrevivam com equilíbrio. Trova da competência O maior incompetente, É sempre incoerente. Procurando culpados, Para os erros do seu passado. Ser competente é admitir, Que seu erro nasceu a partir, De um sonho que não vingou, Porque seu mentor desanimou. Quem na vida sempre lutou, E por nenhum motivo nunca parou. Não teve tempo de se desanimar. E consegui cedo ou tarde, seus objetivos alcançar. Quem reclama parado, Nunca será escutado. Não merece o que pede;

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Pois em suas mãos, tudo se perde. A vida é feita por vencedores. Que antes de tudo eram sonhadores, Que sempre tiveram um objetivo a realizar, Sem esperar que alguém fosse os ajudar. Jardim do poeta A flor, Que tradicionalmente rima com amor, Metaforicamente representando uma mulher, Que expressa tudo que um homem quer. No jardim do poeta, Ganha mais cor, Mais brilho, Mais estética. A flor, Ganha sabor, Provocando os sentidos, Completamente desconhecido. No jardim do poeta, A mulher é poesia, A flor é magia, Com pitadas de sabedoria. Versos renegados Quando a vida, Vira uma poesia triste, Tudo que se acredita, Deixa de fazer sentido. Redigimos com lágrimas, Momentos derradeiros. Representados por versos, De pouca força vital. Os sentimentos experimentados, São sentimentos renegados, Que proporcionam, Uma nova visão do horizonte.

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Não dura para sempre, Mas ficam gravados na lembrança. A qual, tentamos esquecer. Mas sempre sem sucesso. Mar traiçoeiro Lágrimas que levavam a alma, Aliviando-a de sentimentos negativos, Presa a ela, Pela falta de coragem de enfrentá-los. O fim da decepção, Alvorece como um belo dia, Mas ronda a noite, Nos momentos de fraqueza. É incoerente enfrentá-los, É inconseqüente aceitá-los, É fatal guardá-los. Cada lágrima é um rio, Que forma um mar, Pronto para tentar afogar-nos. Utopia metamórfica Sonhos que deixam de ser sonhos, Mas que não vira realidade, Que não desaparecem. Viram talvez um sonho maior, Com objetivos mais amplos, Possível de realizar, Mas controlado pelo destino. Um romance, Que virou história, Repleta de sentimentos, Que se misturaram com a vida. Mistura hipersensível, A qualquer outro sentimento ou elementos, Que surja num futuro próximo.

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Sabedoria romântica O sábio romântico, É cego e surdo! Vê a vida passar, Mas não a sente. És louco! Hipnotizado por um sonho, Exclusivamente sentimental, Que ultrapassa os limites do mundo real. Um filósofo do amor, Que analisa cada fator, De um elemento provedor, Do mais intenso sentimental calor. Teoriza os atos apaixonados, Versado-as e recitando-os, Para sua alma amada, Esperando uma reação programada. Escrituras românticas Sentimentos ganharam força, Vazando para o exterior, Em forma de palavras. Se certas ou erradas, Só o tempo e o destino dirão. Pois foram feitas por um homem, Cegado pelo amor. Que redigiu cada palavra, Com sabedoria formal, Observada em cada relação, Originada pelo coração. Um Universo complexo. Reflexo da alma, Compreendido diferenciadamente por cada ser!

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Capitulo III

Palavras naturais.

“ Nem mesmo toda a ciência do homem lhe bastaria para conhecer a extensão de sua ignorância”.(KASEFF, Leoni)

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Mentes poluídas Mentes poluídas, Não comprometidas, Com os bons costumes. Que facilmente se propagam, Na sociedade, Não importando raça, credo e idade. Corrompendo as pessoas com mente vazias, Que não possuem uma simples ocupação. Mas que vagam sem buscar solução, Para essa situação. Não faltam opções, Artes, esportes, leituras são interessantes diversões, Podendo virar até profissão, Mas se necessita dedicação. O fumante O simples ato de fumar, É o mesmo que na cabeça um revolver apontar, E por vontade própria o gatilho apertar. O fumante é um suicida, Que não acredita, Que aos poucos esta morrendo, Mesmo estando com a doença, já convivendo. É um ser prejudicial, Para o meio ambiente no geral, E para os não fumantes em especial. O fumante é oneroso, Pois o governo tem que gastar, Recursos com propagandas educativas e tratamentos, Para tentar estes viciados salvar. Evoluir sem destruir Como evoluir, Sem destruir? Esta é uma questão, Que merece toda atenção.

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É muito complexa, Mas necessita de pressa, São muitos os problemas, Que não podem se limitar a velhos esquemas. Respostas viciadas, no que é possível, Deve ser substituída com o que se acha impossível, Pois se as idéias que valem, não resolvem nada, Deve-se acreditar em novas idéias que guiem a nova jornada. Pois o absurdo, Nada mais é do que um produto, Manipulado pela passividade, De um povo que tem medo de enfrentar a novidade. Tudo gera conseqüências, Pois este é o preço da sobrevivência, Que deve ser avaliado com prudência e coerência, Para não experimentarmos os erros da imprudência. A árvore! Vou escrever, Sobre um ser, Que nos dá condição de sobreviver. A poesia é tradicional, Mas a mensagem é especial, Pois ela expressa preocupação, Com todas as espécies, formadora da mundana vegetação. Escrever sobre a árvore, É escrever sobre uma forma de vida, Que vive diferente, E com sua beleza nos deixa contente. Devemos as árvores respeitar, Pois são elas que purificam o ar, Sem nunca reclamar. Xeque–mate O mundo em perigo. E o homem sabe disso! Ou acha que conhece esse perigo.

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Pois são leigos de seus próprios atos. O mundo precisa de progresso, Em todas as áreas que dependa sem disparidade, Principalmente na relacionada com a manutenção, Do lugar que lhe dá ás condições para sobreviver. Porém o que progride é a devastação, De um mundo com a vida fragilizada, E que está preste a ser um deserto, Sem vida, ar, água e minerais. Um mundo feito de pó, O mesmo que deu origem ao homem, E o mesmo em que ele viverá. Mas só que dessa vez acompanhado. Nosso planeta é algo de valor? Ou é uma “coisa” que tem um valor? Perguntas, aparentemente semelhantes, Mas que farão diferença conforme for considerada. Gaia pede socorro Nem o poderoso Clóris, Consegue controlar os filhos de Deimos, Que influenciados por Mânia, Devido á cegueira proporcionada por Pluto e Cratos, Fazem aumentar a jurisdição de Limos, Sobre Gaia. E até o poderoso Urano, Vê seus domínios encobertos por súlfur e carbono, Coisa até então do Reino de Hades. Ponto é manchado com substancias nocivas, Entristecendo Poseidon, Que nada pode fazer, Se não esperar Moira e Têmis, Obrigar a Poiné a agir, Sobre os descendentes de Pandora. Hemera não é mais a mesma, Pois Bia é soberana e se fortalece ao lado de Nix, Aumentando o contingente de Tánados, A ponto de assustar até o poderoso Ares, Pois não se vê mais Afrodite brilhar nos campos, E nem Pã caminhar feliz.

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Animal artificial Um dia o animal ganhou consciência, Do ato reflexo que praticava, E ganhou consciência do distanciamento, Que havia entre ele e o objeto que utilizava, E ganhou consciência do relacionamento, Existente entre ambos por ocasião do ato. Do trabalho nascera á consciência, Com a consciência o ato reflexo, Passara a ser trabalho. Pelo trabalho, ao gerar consciência, O animal transformara-se em homem. E com essa consciência, Inventou e criou, Mudou o mundo, E tornou esse mundo seu. Essa consciência que cria, E analisa o perigo, Proporcionou-lhe soberania, A tal ponto de achar, Que é independente do natural. Esta nova consciência, É a regressão para o mundo animal. Se não preservar; o fim será para todos: Mal e bem! No questionamento que eu irei fazer, Não importa o lado que suas atitudes irão estar. Se no lado ruim ou bom. Não ache por isso esta mensagem tola. Pois o que ela irá tentar passar, É que devemos ter o bom senso de preservar, O mundo em que nossas histórias irão passar. Pois tanto quem vive de boas ações, Quanto aqueles, que impregnam com o mal às situações, Devem ter consciência que suas atitudes, Só poderão existir num mundo que exista! Que possua vida! E não em um mundo morto. Um grande deserto sem animais, vegetais, ar, água... Sei que não tenho poder para combater todo esse mal, Que põe em perigo o mundo. Porém posso provar, a partir de fundadas teorias, Que o mundo sofre por uma maldade,

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Tão poderosa, que será capaz de exterminar o mal e o bem, Ao mesmo tempo. Por isto vamos tentar combater o mal que esta corroendo o meio ambiente. Eis que é uma que atitude beneficiará a todos. Atirando em quem mais ama! Sobre um morro, Observo a beleza natural, Que convive com o artificial. E começo a pensar, Como pode, as pessoas destruírem, O que Deus criou, para a nossa alma apaziguar, E para a nossa vida manter. Quem destrói a Natureza, É como se estivesse atirando em quem mais ama. Ou seja, matando por interesses materiais, A sua mamãe. Não é um absurdo tal comparação, Porque esta é uma simples visão, De terrível agressão, Que logo ficará sem resolução, Colocando um fim na evolução, De toda a civilização. Mas há ainda tempo, Dessa situação, alterar, Bastando nossos hábitos mudar, Condicionados a idéia de a Natureza preservar. Atitude ecológica Tomar consciência, Das conseqüências, De nossos hábitos, Que causam maus-tratos, Em nosso meio ambiente, Que é um elemento vivente, E uma atitude, De magnitude, Não porque é bondosa, Nem caridosa, Mas porque é preservadora, Pois evita que a vida morra, E ainda forma mentalidades, Que busquem mudar a realidade, Que é a da destruição,

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Do mundo por uma simples razão, A ganância, Que se mostra sem tolerância, E não teme a vingança, Da Natureza sem esperança. Mudanças já! Livre para voar, Sem se preocupar, A que altura pode-se chegar. Lá em cima o mundo é diferente, Percebe-se o quanto ele é dependente, Dos inimagináveis elementos existentes. Ao perceber sua fragilidade, Aparece com naturalidade, Uma outra visão, De nossas atitudes nesse mundo em questão. Vê-se necessário as mudanças, Como a última esperança, De um fim antecipado, Para um presente preservado! Ignorantemente séptico O homem é um ser natural, Seduzido pelo artificial. Troca certos sacrifícios, Por um destino tenebroso. Não sente medo, Pois não quer compreender as conseqüências, Que em breve sentirá. Sentira-se como uma mosca, Em um ar cheio de inseticida. Como um peixe, Que agoniza em um lago de lama! Porém exemplos não possuem créditos, Pois o homem se tornou ignorantemente séptico. Economicamente técnico.

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Ah! Se mamãe enfurecer-se Como filho da Natureza, Devo defender-la, De meus irmãos, Que abusam de suas dádivas, Tento diplomaticamente aconselha-los, Pois sei que a mãe Natureza, Pode perder a paciência, E por este motivo, Sem avisar, revolve colocar a ordem no planeta, Mostrando quem manda. O problema é que quando mamãe enfurece, Não distingui bom filho do mau filho, Sobrando conseqüência de sua fúria, para todos. Diante disso, minha mensagem, Não é simplificada em apenas preservar a Natureza, Mas sim em preservar o homem. Pois a verdadeira agressão quem vai sofrer, Não é a Natureza. Mas nós mesmos! Lei natural O homem precisa dos vegetais, animais e minerais. Os minerais só existem porque são reações químicas, Realizadas involuntariamente por animais e vegetais. Mas essenciais para as sua sobrevivências. Á falta de um ser vivo, E sentido pelo outro ser vivo. E a falta de um elemento sem vida, Pode dificultar a vida de um ser com vida. O equilíbrio é essencial, É uma lei natural, Que deve ser respeitada, Pois não pode ser imitada. Se isto acontecer, O julgamento é rápido, frio e doloroso. A sentença é sempre a morte! Que acontece, cruelmente aos poucos.

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Conflito A evolução do homem, Transita conflitante, Entre o natural e o artificial. Neste conflito, o maior prejudicado, É a vida! Que se assusta, com as terríveis perspectivas. Um mundo que nasceu especial, E se tornará infernal. O equilíbrio pendeu para um lado só, E isso criou o caos. Um caos com cor, som e cheiro. Que modifica paisagens, Que deforma gerações, Que extingue aos poucos a vida! Vida recíproca A vida que renova, Maravilhoso momento, Bendito seja esse acontecimento. Infinita beleza, Existente em um único lugar, Naturalmente distribuído, Totalmente organizado, Especialmente planejado. Abençoado é o ser que desfruta dessa dádiva, Mundo que a propósito nos cerca, Benéfico e recíproco. Influenciando até nossos sentimentos. Envolvendo-se nele. Normalmente aceitável. Tornando-nos um elemento, Elementar para a sua sobrevivência. O maior de todos os perigos! Um astro iluminado, Que vaga no vácuo. Um ponto microscópico no Universo.

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Um lugar onde a vida vingou, “Vida na concepção terráquea!” Que ainda evolui. Um mundo tão grande, E ao mesmo tempo frágil. Um asteróide, um cometa, um desvio de órbita,... Instantaneamente colocaria em xeque o planeta. Porém esse perigo aparentemente fictício, mas possível; Não se compara ao perigo que nos cerca. O perigo que nos alimentamos, A tímida e ineficiente consciência ecológica. Desperdício abusivo! Desperdiçar água, Desperdiçar alimentos, Desperdiçar energia. Desperdiçar recursos minerais. Uma questão ecológica, De simples lógica, Mas que não se dá importância, Em um mundo cheio de ganância. Não são todos que desperdiçam, Mas é a maioria das pessoas. Que usam os elementos fundamentais de sobrevivência, Mais que o necessário. O nosso sistema quer que se consuma, Mas não diz que este ato, Vai fazer com que a vida suma. Agonizando de fome, sede e doenças. Lobisomens contemporâneos A Natureza caça o predador, Que vorazmente consome tudo. Imune as defesas naturais, Mas, uma conseqüência de seus atos. O predador se defende, Destruindo, explicando que esta construindo. O natural morre,

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Nas mãos do artificial. O predador pensa! Mas não compreende que esta se maltratando, Com o simples ato de assassinar o natural, Com ataques pela sua costa. A Natureza não suporta mais o homem, Um ser racional, Mas de instinto animal, Como o lendário lobisomem. Midas contemporâneos Midas era um Rei, Que transformava tudo que tocava em ouro. Um terrível dom, Desejado por ele próprio. Reconheceu seu erro, Mas viu que mesmo em meio a tanta riqueza, Sua vida era infeliz, Pois não podia comer e nem tocar quem amava. O homem tem o dom de Midas, Pois tudo que toca, Vira lucro. Porém deixando um traço de destruição. Mata o amor, comprando-o, Criou a necessidade de ter mais que precisa, Deixou de buscar a necessidade dos objetos, Para buscar a satisfação com eles. Porém não percebeu ainda, Que o ouro que criou, É o mesmo que irá consumi-lo. Antes de suplicar a salvação para Deus.

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Capitulo IV

Palavras esportivas.

“Fraqueza não é vicio, principio”.(ADAGIO POPULAR)

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mas

conduz

ao


Camisa rubro-negra O manto sagrado, Desse clube tão idolatrado, Possui a cor rubra da paixão, Presente em cada torcedor que forma a grande nação. Um simples pedaço do mais nobre pano, Produz um fascinante encanto, Só compreendido, Por quem já tenha um dia a vestido. A camisa atleticana, O mais audacioso sentimento proclama, Porque é a tradição, De um clube de grande expressão. Só pode ser vestida por amor, Por quem não teme a dor, Que seja grande, Mesmo enfrentando um gigante. O uniforme do Atlético Paranaense, É uma armadura onipotente, Feito do sonho de muita gente, Tornando quem a veste imortal e eficiente. Pedalando pela Serra Trilhando pela Serra do Vutuverava, Apenas a luz do Sol me acompanhava, Proporcionando muita sede nessa jornada, Aliviada pelas fontes presentes na estrada. Eu, Deus e a Natureza, Velhos amigos com toda certeza! Juntos nessa aventura, Cheia de sadias loucuras. A Serra esconde surpresa, Só vencida com destreza, Pois ela não da moleza, Mesmo tendo tanta beleza. Sigo com minha bicicleta, Em busca da mais alta montanha da Serra,

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Tudo para sentir o sabor de ver o horizonte, Com o gostinho da liberdade. Seleção brasileira Onze jogadores, Todos portadores, Do dom de alegrar, Até quem queira chorar. Formam um time que não joga. Porque dá espetáculo, Com a bola no pé, Vivendo de olé! Cada jogador sabe, Que a camisa canarinho, Veste-se com carinho, Não interessando se o jogador vale ou não. É uma camisa com muita tradição, Pois é a marca registrada da Seleção, Que muito orgulha a Nação, Acostumando seu povo a sentir-se como campeão. Sedução esportiva Quem não gosta de esporte, Boa coisa não é! Não precisa praticar, Apenas o fato de ter simpatia com algum, Já mostra a virtude do homem. O esporte é como uma linda mulher, Cheia de virtudes. Poderia escrever; perfeita! A ponto de seduzir e traze-nos para seus braços, Sem precisar força alguma. Não existe esporte que não chame atenção, Mesmo aqueles que não gostamos (porque achamos chatos), Consegue nos prender por alguns momentos. Principalmente se estes possuírem protagonizantes, Nacionais contra internacionais. O esporte traz alegria,

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Mesmo no meio da maior tristeza, É o momento de sonho, Para muitos que não sonham, E uma realidade diferente para quem o vive. Atitudes desportivas Saber perder, Para vencer. Olhar na derrota, Os atalhos para a vitória. Ser humilde, Não medroso! Reconhecer o erro, Aperfeiçoar acertos. Não olhar dificuldades, Mas criar desafios. Admirar ídolos, Mas nunca imita-los, E sim criar um estilo novo, Para um dia ser admirado por isso. Vencer a si mesmo, Antes de vencer a competição. Acreditar em si próprio, Para realmente acreditar que pode vencer. Compreender que seu adversário, Possui os mesmos objetivos. E acima de tudo, Ser leal e responsável. Só assim estará pronto para ser chamado de atleta! Vitória! Só quem a sentiu, Sabe do que eu estou falando. Um sentimento de êxtase, alegria e realização. Possui a mesma fórmula sentimental, Do sabor de conquista da pessoa que mais queremos. Mas sentida diferente! O sabor da vitória, É um prazer diferente, Talvez seja o momento em que se pensa: “Fui melhor que alguém em alguma coisa”. Ou pensamos com sentidos semelhantes. Mas não é só isso. A vitória é o momento em que se vê premiado,

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Todos os esforços e dedicação realizada em nossa vida. A primeira vitória é uma surpresa, E até um questionamento! “Será que mereci”? Humildade à parte, Olha-se agora não quantos ficaram na frente, Mas quem foi deixado para traz! Porque o primeiro não se desculpa, E sim escuta desculpa dos vencidos, Como se fosse um juiz ou um rei, Que vê do lado oposto, O resultado de sua competência. A derrota! Sentimento ligado com a revolta, Incompreensão do fato concreto. Sentimento de “vingança”. Muitas vezes um impulso para a vitória! Outras vezes um empurrão para o buraco! A derrota não é um sentimento de perda, Como muito descrevem-na. Mas um sentimento de: “E agora; perdi”! Um sentimento de vergonha, De humilhado, E até de pisado. “Principalmente para quem fala demais”. A derrota é uma lição de vida. É um conjunto de erro, Revelador da incompetência. Pois não se ganha o segundo lugar, E sim se perde o primeiro! É lógico que tem pessoas, Que não disputam contra adversários, Mas contra elas mesmas. Para essas, a derrota é pior que a derrota externa. Pois quem não vence a si próprio, Não vence ninguém. Apenas empata com outro incompetente. A coragem! Para ser esportista, Ou até mesmo bem sucedido na vida, Não basta ter técnica, Não basta ter a força,

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Nem a precisão. Não basta aprender com os erros. Mas precisa quase que simultaneamente, A tudo isso; ter coragem! De enfrentar os limites, Que separam o homem comum, Do gênio desbravador. Pois sabemos que ninguém é bom o suficiente, Para ir até os limites de quem um dia lá chegou, Sem ao menos ter deixado de aprender com ele. E principalmente ter tido a mesma coragem daquele. Pois o esportista busca superar seu adversário sempre, E muitas vezes os limites são os obstáculos para superar. Esses limites não possuem nome, nem características, Geralmente é o reflexo do que mais tememos, Supera-lo não é apenas uma vitória, E sim uma prova de coragem. Dizem que o corajoso não teme os obstáculos, Não na hora que os enfrenta; E sim depois que já os venceu! Pois compreendeu o perigo, E mesmo assim o domesticou! Futebol amador Como um bom e legitimo brasileiro, Sou apaixonado por futebol! O meu coração, Bate mais forte sempre pelo “Furacão”! Mas o Brasil não é só futebol profissional, Pois tenho um carinho especial, Pelo futebol amador, O qual; sou um fanático torcedor. Em minha cidade tenho simpatia pelo Tupã. Mas quando ele não ganha o campeonato local, Torço pelos outros representantes da cidade na Taça Paraná: Boca Junior, Garotos de Ouro, Tanguá... Quando os clubes de minha cidade são eliminados, Acompanho os clubes da região, Principalmente os clubes de Colombo e Campo Largo. Juventus, Tigre, Ferraria, Fanáticos, Internacional... Os campeonatos amadores são duros,

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Geralmente o pessoal do interior vem e acaba com a festa. Resta então torcer, para os clubes da capital: Combate Barreirinha, Vila Hauer, Vila Fani, Trieste, Iguaçu... Cultura futebolística Brasileiro adora futebol, Adora jogar. Não é uma mania, E sim uma característica. Brasileiro não se contenta em assistir futebol. Pois acompanha tudo que é campeonato profissional e amador, No Brasil e no mundo. Ou melhor. Tem um time em cada parte do planeta. Brasileiro não se contenta em apenas acompanhar, Tem que jogar! Se não pode. Organiza torneio! Não importando onde. Brasileiro que é brasileiro, Tem um time de coração, um time regional, Um em cada estado, país, bairro... Não interessa o nível e onde é o torneio ou o campeonato. Não se contenta com tudo isso. Então se apaixona pelo Futebol de Salão, Futebol de Areia, Futebol em grama sintética, Travinha... Por este motivo que o brasileiro não tem tempo para fazer guerra! Natação Homens que viram peixes, Que buscam a perfeição, Em um reino onde não dominamos. Imitamos seres desse reino, Mas estamos longe de ser um golfinho, Ou ter a fluência de uma rã na água. Busca-se então, saber qual o melhor; Dos homens peixes. Que voluntariamente disputam entre si, Qual é o mais veloz.

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Em um mundo tão diferente do nosso, O domínio sobre as águas se marca com o tempo. Que acaba tornando-se a personagem principal, A ser vencida. Cronômetro Se existe um adversário terrível, Por unanimidade entre os esportistas. É o tempo! Para o jogador de futebol, basquete, handebol... O tempo passa rápido quando se busca a vitória, E lento quando se busca manter a vitória. Para o atleta, ciclista, piloto, nadador. O tempo é o adversário primordial, Pois se quiser buscar a vitória, Tem que ganhar dele primeiro. Já para a turma da ginástica, nado sincronizado... O tempo se alia com a precisão, Impondo um controle tirânico, Que se desobedecido, a pena é a derrota. Adrenalina A atitude de enfrentar o perigo. A vontade misturada com o temor, A ação misturada com o medo. A satisfação com sabor de alívio. A coragem de tudo novamente fazer, E por tudo passar. Apenas com o desejo de sentir o êxtase. Que é único. Impossível de ser repetido, Mas eterno quando sentido, Mesmo sendo por um breve momento. Que vicia. Faz-nos viajar para fora de nós. Onde a realidade não esta. Não é proibido usá-la e senti-la. Porém à busca com prudência.

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Jogos Panamericanos. O esporte unindo a América, Uma olimpíada particular. Grandes atletas, Emocionantes disputas. Um período de paz. Onde todos os homens são iguais, Mesmo com uma breve derrota. Não existe perdedor. Só o fato de estar defendendo as cores de sua bandeira, Já é uma vitória, Que não é explicada nem por quem já a sentiu. Tudo é festa. Agitada por momentos que ficarão na história. Imortalizando seus participantes. Recordes O limite é alcançado. Ultrapassado... Pulverizado! Criasse outro limite. Imortalizando seu criador, Desafiando alguém a conseguir a mesma façanha! Tempos a serem ultrapassados, Quilometragem a serem aumentadas, Quantidade de pontos a serem feitos, Maior números de gols.... Esse é o mundo dos recordes, Que apimentam a prática esportiva. O adversário invisível. Uma vitória sobre todas as vitórias. Desafio esportivo Uma vontade irresistível nos convoca. A testar nossos dons, Em um mundo, Onde só o melhor é premiado. 84


Nesse mundo a outros como nós! Com a mesma vontade, Mas com um único objetivo. O local é especial. Mas conhecido de todos. Uma arena onde todos fazem os mesmo movimentos, Mas com técnicas únicas. Vencer os adversários, Vencer o tempo, Ser por um breve momento perfeito, Estes são os desafios a serem enfrentados. Furacão rubro-negro Feito de raça, Um time se formou. Reinante sobre o gramado, Adversários, derrubou. Conquistando títulos, Agitando emoções. Ostentando seu nome com honra, Futebol é seu mundo, União é seu lema, Renovado sempre por sua torcida, Apaixonada e fanática. Celebre patrimônio de sua historia. Agigantada pela tradição. Oferecida a quem adora o bom futebol. Furacão é seu apelido. Único e mais querido das Américas. Reconhecido por seus méritos, Abrilhanta qualquer competição, Com seu futebol alegre. Atlético Paranaense; Orgulho do Brasil. Entretenimento saudável O esporte é um entretenimento, Poderosamente sedutor. Que mexe com os sentimentos,

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Que desperta a vontade. É um prazer saudável, Que faz o homem trabalhar, Sem reclamar. É diversificado, Tornando-se dessa forma, mais encantado. Porque torna o homem igual a qualquer outro. Transforma o dia em alegria, Porque afasta os problemas. Mostrando que a vida é para ser vivida. E não estagnada em lamentações. Paixão esportiva Sou um apaixonado pelo esporte. Não porque ele tornou-me forte. Mas porque ele proporcionou que eu vivesse, Não importando o que acontecesse. É um mundo radical, Completamente sensacional, Único a cada momento, Marcado de alegres acontecimentos. Hoje sou um adepto do Mountain Bike, Não esqueço do tradicional futebol, Onde além de praticante, Sou um torcedor fanático. Gosto de outras atividades esportivas, Principalmente quando bem disputada. Pois proporciona uma emoção, Que se resume em comentários de satisfação. O esporte tornou-me um homem saudável, Tanto de saúde, quanto mental. Porque é um mundo de pessoas virtuosas, Que não possuem tempo para arranjarem problemas. Tempo para recreação Momento de recreação, Faz bem para a alma e coração.

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Rejuvenescer com alegria, Uma incrível magia. Reservar um tempo, Exclusivamente para brincar. Não é pecar, E sim praticar um bem. Descansar a alma, Não é apenas dormir, Mas fazer atividades diferentes, Das que se vive cotidianamente. O esporte é o companheiro ideal, Para tornar a vida especial, E mantê-la sempre em alto astral. Principalmente em momentos em que tudo vai mal.

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Capitulo V

Palavras de gratidão.

“Boa fama grageia quem não diz mal da vida alheia”.(ADAGIO POPULAR)

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Uma vez brasileiro, eternamente brasileiro! Se um dia adiantado eu morrer, E por este motivo eu ganhar a chance de renascer, E ainda poder escolher, Onde eu gostaria de viver. Não aceitarei ser estrangeiro, Apenas brasileiro, Preferencialmente paranaense, E com certeza tamandareense. Pois não haverá duvidas em aceitar, Por essas terras maravilhosas novamente caminhar, E sentir todos os seus encantos, E confundi-la como um gigante recanto. Como posso deixar de ver o céu mais azul, E sentir o frio especial do Sul, Ser aquecidos pelas polacas mais belas do Brasil, Em noites de luar belo e sutil. Mas isto é pouco para explicar, Os motivos que me levam para o mesmo local retornar. Porque lugares mágicos não são explicados, Apenas são admirados. Presença angelical Presença angelical, Confere-me proteção especial, Desviando-me do mal. Presença constante, Que não nos deixa em nenhum instante, Porque a nossa missão é importante. São poucos os que esta presença percebem, Como também poucos são os que agradecem, Lembram apenas na hora de partir, Quando a missão esta perto de se cumprir. Sua presença, É também uma prova de confiança, Que Deus vive a demonstrar, Que o homem ainda pode se salvar.

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Mão de Deus Existem acontecimentos sem explicação, Cujo às respostas não estão na razão, Mas simplesmente na aceitação, Que há algo além da imaginação. Pois existem horas na vida, Em que o caminho só de ida, De repente muda, O que nos faz recorrer à ajuda. Nem percebemos, Esta ajuda que recebemos. Pois preferimos acreditar, Que são as conseqüências de nossas atitudes a nos guiar. Com sua sabedoria, Deus nos guia, Por um caminho que possamos caminhar, Sem obstáculos impossíveis de se enfrentar. Quantas foram às vezes que Deus nos guiou, E pelo caminho me amparou, E nem um obrigado ganhou, E nem por este motivo ele me abandonou. Cinema nacional O cinema nacional, É sensacional, Pois transforma a realidade brasileira, Em ficção verdadeira. Busca através da criatividade, Demonstrar a infinidade, Da diversidade cultural, De nosso país natal. Criam obras artísticas, Extremamente criticas. Com excelente qualidade, Sem perder a credibilidade. O cinema brasileiro é uma poesia,

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Repleto de magia, Com toques de sabedoria, Que transita entre o moderno e a nostalgia. Grandes sonhos; grande Curitiba! Uma grande cidade, Cheia de diversidade. Irradia o progresso, De investimentos de sucessos. Longas e largas avenidas, Por onde passam histórias de vidas, De sonhos que por elas passaram, E nela acabaram. Prédios crescem como árvores, Pessoas convivendo aos milhares. A tecnologia, Exterminando a magia. Tudo muda tão de pressa! Que o tempo até faz festa, No meio da agitação, Proporcionada pela própria população. Tudo parece ser fácil, Mesmo sabendo que esse “mundo” é instável, Porque ele vive de sonhos que viram realidade, Em meio a potenciais adversidades. Kúr’ýt’ýba Hoje Curitiba. Outrora foi Kúr’ýt’ýba. No mesmo lugar que era os Campos de Coritiba, Que era chamado de Queretiba. No primeiro planalto, Uma vila sonhou alto, Desmembrou-se de Paranaguá, Para virar Capital do Estado do Paraná. A pequena Villa Nossa Senhora da Lux dos Pinhais, Foi um local estratégico para as desbravações meridionais. Porte de Vila, mas ares de Capital,

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Devido a sua magnitude em tempo provincial. Terra Tinguí, Cortada pelo rio Bariguí, Onde corre o sangue africano e europeu, Irrigando o chão onde uma metrópole cresceu. Bairrismo explícito Pinto minha cidade, Sem fantasiar a realidade, Mas sempre com alegria, Pois sou fruto de sua harmonia. A vaidade não permite, Que se evite, Falar de todas as maravilhas, Que transformam-na em utópica ilha. Mas e daí? Se não acredita, venha até aqui! Ver de perto as belezas, Artificiais e as produzidas pela Natureza. Pois são marcas de um povo, Que vive entre a nostalgia e o novo, Que não produz apenas para sobreviver, Mas para ver um novo horizonte nascer. O Paraná de hoje O Paraná de hoje, Um dos mais importantes Estados da Federação, Não tem mais nada que possa lembrar, O tempo de matas e bugres. Estados das Missões, Território do Iguaçu, A Revolta do Contestado, São coisas do passado. Os limites tornaram-se efetivos, É o Paraná moderno, Estado modelo, Fonte de inspiração, Erguida por sua população, Formada de imigrantes, E gente da própria região.

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Que aqui vê o futuro, Como um horizonte de realizações, Sem medo de enfrentá-lo, Porque o povo paranaense, É brasileiro de verdade. Miss Universo Representante da máxima beleza, Nos seus países são altezas. Reúnem-se como perfeitos versos, No concurso de Miss Universo. Um dia de Cinderela, A difícil escolha da mais bela, Entre tantas lindas donzelas. É um concurso injusto. Pois não é justo, Julgar mulheres tão lindas, Através de analise que não se finda. Porque além de belas são especiais, Pois possuem diversos dons universais, Quase parecendo seres imortais. Hercules contemporâneos O exemplo de atleta, O qual seus feitos ninguém contesta, É Hercules, filho de Júpiter. O qual todos mortais querem seus dons ter. Um herói de verdade, Mas fora da realidade, Pois hoje os feitos de nossos heróis são complexos, Capaz de deixar até Hércules perplexo. Pois os monstros são outros, Completamente diferentes e perigosos, E muito gulosos, Não respeitam nem os Deuses. Os trabalhadores são Hércules contemporâneos, São nobres mortais! Pois enfrentam o dia-a-dia de forma genial,

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Para não se darem mal. Um trabalhador é como um atleta, Incansável, esperançoso, virtuoso... Mas com um desafio novo todo o dia, O de sobreviver com honra. Profissionais da saúde; meus poéticos agradecimentos! Irei elaborar, Uma forma de homenagear, Os profissionais e a instituição, Que foram minha salvação. Pois algumas vezes precisei, Quando em minhas brincadeiras me machuquei, E quando nos treinos me acidentei. Graças aos profissionais do hospital, De minha terra natal, Que hoje sou uma pessoa normal. Para vocês explicito minha gratidão, Expressada de coração. Nessa poética ocasião, Que redijo com satisfação. Os parques de Curitiba O que eu mais gosto de Curitiba, São as diversas opções de lazer, Principalmente dos parques, Que me proporcionam descanso e prazer. Tem o Parque Tinguí, Que fica perto do Parque Tanguá, Que ás vezes vou visitar. Mas eu prefiro o tradicional Parque Bariguí. Mas nenhum desses se compara, Ao Parque São Lourenço, O qual, muitos amigos eu tenho. Como também é rico em Natureza. Esses parques não negam a presença, De nenhum tipo de pessoa, raça, condição ou crença.

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São democráticos. Por este motivo, que são simpáticos. Bíblia sagrada E nos livros que se encontra sabedoria, Diversifica o conhecimento, E ainda se diverte no mundo da fantasia. Todo livro é um resumo de experiências, Construídas com a vivência, De cada efêmera existência. Dos livros que li, Foi com a Bíblia Sagrada que mais aprendi, Pois nela, estão as respostas de cada passo de nossa caminhada. Um guia completo para uma justa e boa jornada. A Bíblia é imune ao tempo, Seus conhecimentos, não se vão com o vento, Porque sempre são atuais, Devido as suas corretas aplicações vitais. Jesus Cristo: Um exemplo de homem! Por nosso planeta, Pisou um homem. Um homem diferente! Atitudes idôneas, Sinceridade diplomática, Elevada sabedoria, Extremamente poderoso! Piedoso, justo e misericordioso. Paciente e de atitude soberana. Porém, o que o tornava diferente, Era a humildade como procedia, Para realizar seus dons. Não possuía recursos materiais, E mesmo assim era solidário. Jamais se perverteu para o mundo da ganância. Sua vida é um exemplo. Lembrada a mais de dois mil anos. E sua morte, foi uma condenação, Porque simplesmente praticava o bem!

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Homenageando Reconhecer o bom exemplo, De um ser com dons especiais. Reconhecer o bem estar, Proporcionado por lugares únicos. Às vezes faltam palavras, Para explicar os diversos sentimentos, Que permeiam a lembrança, De um ser ou local. Nesse momento, As atitudes, Valem mais que mil palavras. Porque são oriundas da alma. Queria criar a homenagem perfeita, Para cada elemento que faz da vida, Um acontecimento maravilhoso. Precioso e insubstituível. Minha cidade querida! Ah! Lugar belo e aconchegante. Livre, ainda são os pássaros, Manifestando um sinal de harmonia, Inexistente em outras cidades. Renovado á cada amanhecer, Alvorada de riquezas naturais. Transformados sabiamente em progresso. Engrandecendo ainda mais o sonho de seus fundadores. Terra de um povo homogêneo. Abençoado por Deus. Mantido pelo seu próprio esforço. Ascendente de um destino promissor. Naturalmente previsto. Determinado pela necessidade de sua própria natureza. Alternativa encontrada sabiamente, Remontado em sua história, Especialmente resumido agora.

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Colégio São José Comecei minha caminhada, Olhando involuntariamente o horizonte. Lembro que achava estranho, Estudar ao invés de brincar. Ganhei um novo mundo. Inexistente até então. Orientado por grandes professores. Segui em frente, Adentrando nesse mundo cada vez mais. Observando e gostando desse mundo. Jovial lembrança. Onde tudo era novidade, Sinalizada por cada limite que ultrapassava. Especialmente eternizado em meu ser. Agora viajo independente, Bendizendo sempre cada conhecimento aprendido. Renovados graças aos conhecimentos de leitura e escrita. Aprendido ainda no começo de minha jornada. Numa época em que nem sabia sua importância. Colégio São José do bairro Abranches. Homenageio agora. Externando minha gratidão. Sempre com carinho. UNOESTE Universais conhecimentos, Navegados com sabedoria, Orientados por Mestres e Doutores. Especializados em História. Sempre com amor, Teorizando e repassando seus conhecimentos. Em uma área cientifica, tão importante para a humanidade. Um marco eu alcancei, Nunca sonhado até então, Ocorre em um momento tão preciso, Espontaneamente ascendeu meu destino. Servindo como caminho, Tanto tencionado, Encontrado a partir do momento que me formei.

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UNOESTE, Não há palavras suficientes para minha gratidão, Ostentado por estes versos, Expressados voluntariamente em sua homenagem. Sinceros mas imperfeitos. Tudo porque não encontro o que defina, Explicações que resumam meus sentimentos. Mulheres paranaenses Mulher do Paraná, Universais em beleza, Líricas por natureza, Humildemente ofereço-lhe estes versos. Expressados com sentimentos verdadeiros, Raros nos dias atuais. Provedoras de emoções, Altivas donzelas, Românticas e apaixonadas. Adoro ter vocês como inspiração. Nada se compara, Aos seus zelos e virtudes. Externados espontaneamente, Num simples gesto, Sincero e consciente. Exclusivos seus. Sacerdotes Não importa a religião, Se Católico, Ortodoxo, Protestante... Não importa a importância hierárquica cultural que possui. O que, importa são os objetivos da missão. Paz, harmonia, justiça e consciência religiosa. Entre todos os povos do planeta. Pregados com sabedoria. Essa é a missão de um verdadeiro sacerdote. Admiro tal missão, Agradar e guiar pessoas, Ao caminho da luz. Compreendo as dificuldades. Mas sei que o possível e até o impossível é feito.

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Por este motivo que tentei homenagear-los.

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Capitulo VI

Palavras fatais.

“Esquecer os mortos é esquecer de si mesmo”.(Lamartine)

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Quando as recordações morrem Os elementos do passado, Aos poucos vão morrendo, E na lembrança desaparecendo, Porque ficariam no tempo estagnado. Desaparecem as últimas evidencia, Que traziam a lembrança da existência, Que um dia se fez presente, Em um mundo vivente. Como posso lidar com o fim, Se ele acontece assim, Tão de repente, Sem precedente. Que é possível, Num momento impossível, Faz as coisas mudarem, Sem avisar. Tristeza Sentimento fúnebre, Que expressa o fim, Através da idéia da perda, De algo que representa muito. Muitas vezes é passageiro, Mas também pode ficar guardado para sempre. É o mundo que muda, Que nos faz enxergar algo que não queremos ver. É estar por alguns momentos só, E sentir isto como se fosse a eternidade, A transmissão do sonho com a realidade, Um dia sem Sol com muita garoa e frui. É quando a esperança desaparece, E demora, para ser achada. É a realidade que tentamos ver como pesadelo, Para acordar e seguir uma vida tranqüila.

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Desaparecemos? O fim pode chegar, E sem motivos nos carregar, Dando poucas alternativas para escapar, De uma viagem que não há como voltar. Até pode ser adiada, Mas esta é uma operação complicada, Que envolve o desconhecido, Que reescreve o destino. Do fim não se pode fugir, E nem se iludir, Que ele vai se omitir, E nos deixe a não ir. De repente aparecemos, Onde? Não sabemos. Mas descobriremos! Não sabemos, Nem se apareceremos, Depois que desaparecermos, Do mundo em que vivemos. Últimos versos Últimos versos, De palavras ao inverso, Presas a um universo, Muito disperso. Relataram a existência, Também a sobrevivência, Da displicência, Que é o fruto da consciência. O que hoje é o fim, Nem sempre foi assim, Pois foi o começo, Que sofreu um tropeço. Inusitada maneira de expressar, Que se gostaria de amar,

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Provando que nada pode acabar, Enquanto a vida continuar. Analise da morte Se fantasma realmente existisse, Os mistérios da morte já estariam desvendados. E talvez o medo do fim, Passasse a ser revisto. Não sabemos realmente para onde vamos. E será que vamos? Tudo pode ser mais um estágio. Que não consideramos, Porque não os conhecemos. Pois nascemos, crescemos, reproduzimo-nos, envelhecemos e morremos. E...? Inferno ou céu? Uma outra dimensão? Um plano espiritual? Vagaremos entre os vivos? Ou seremos captados pela nova vida que surge? Vidas passadas, é uma tese em questão! A morte é tão complicada, Que não sabemos quando ela aparecerá. O que sabemos é que desconhecemos o fim, Eis que não sabemos nem que tipo de energia que a vida é! O certo é que a morte só se desvenda morrendo, E deve ser muito boa, Pois ninguém até hoje voltou para contar, Ou voltou? Devaneios sobre a morte A morte é o destino inoxorável, O qual passa todo ser vivo. Mas só o homem tem consciência, De seu derradeiro fim. Um fim que imagina, mas não compreende. A morte, como clímax de um processo. É antecedido por diversas formas de fim, Que permeia o tempo todo, A vida do ser humano. Explicada abstratamente na busca pelo concreto. O próprio nascimento é a primeira morte, No sentido de ser a primeira perda, A primeira ruptura,

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A primeira separação. Mas sempre com sentido de termino por traz desse sentido? A oposição entre o velho e o novo, Repete indefinidamente a primeira ruptura, E explica a angustia do homem, Diante do seu próprio dilaceramento interior. Muita informação, mas poucas certezas ou nenhuma! Os heróis, santos, artistas, revolucionários... São sempre os que se tornam capazes, De enfrentar o desafio da morte. Eis que são capazes de construir uma nova ordem, A partir da separação do velho sistema. Mas isto é uma equivoca explicação do começo em relação ao fim! Buscar o fim Quem busca o fim, Acha que o mundo acabou para ela, Antes mesmo dele assim suceder. Não existem problemas que não se resolva, O tempo é a prova vivente disso. O ato de negar a vida, É uma viagem só de ida, A um lugar desconhecido, O qual não existe garantias, De que seja melhor ou pior, Do lugar onde estamos. A falsa idéia de acabar com a vida, Para acabar com um problema, Pode acabar gerando outro. O qual; sou leigo para falar, Como também me falta conhecimento, Para eles versar. Pois nunca vivi a “pós-morte”. Si vivi em algum tempo de minha história, Eis que esqueci. Por que arriscar a vida em um caminho duvidoso? Quando se tem um fato concreto a resolver. Vida e morte Vida e morte, Não são para os homens, Simples acontecimentos biológicos, Como disse um filósofo. As coisas aparecem e desaparecem,

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Os animais começam e acabam, Somente o ser humano vive e morre, Ou seja, existe! Vida e morte são acontecimentos simbólicos, São significações, Possuem mistérios, Mas fazem sentidos! Viver e morrer, São a descoberta da finidade humana, De nossa temporalidade, Até da nossa identidade. Morrer é um ato solitário. Morre-se só. O morto, parte sozinho, Os vivos ficam sozinhos ao perdê-lo, A essência da morte é a solidão! A vida é o contrario. É a realidade, que vivemos. Observe a sua volta. Filosofando sobre a morte Filosofam sobre a morte, Tentam explica-la, Mas apenas comparam-na com o fim, Com um mundo que acabou, Mas não definem o que ela é realmente. Bem diferente quando explicitam a vida. Eis que se filosofa com fluência, Com consciência e objetividade. Mas falar sobre a realidade, É apenas explicar e analisar o que acontece. Mas a morte é uma realidade! Freqüente se observar, O problema é que não possui uma realidade, Para se explicar depois que se morre. Pois não se consegue imaginar a realidade, na outra fase do ciclo. Apenas se tem uma idéia, Criada com objetivos práticos, Que hoje perdem suas veracidades, Pois morrer, É não entender, O que estamos acostumados a ver, De forma diferente.

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Pós-morte. Sou leigo quando escreve sobre a morte, Pois sou um jovem cheio de vida, Com pouco conhecimento sobre o fim de nossa caminhada, Os mesmos conhecimentos que enchem páginas de livros, Mas não definem que realidade possui a morte. Sabedor disso, prefiro explicitar sobre ela, Utilizando os conhecimentos esotéricos, E principalmente a sabedoria popular. Sou um poeta, não um cientista escrevendo! Por isso para falar poeticamente do instante fatal, É necessário que se adentre no mundo mágico, Misterioso, fictício, lendário e religioso. Que envolve este fenômeno. Pois não quero falar sobre o momento derradeiro, Mais sim, sobre o que acontece depois desse momento. É difícil tanto quanto falar sobre que não existe. Pois não compreende a realidade, que vivemos. Mas uma realidade, que morremos, E nela nos enchemos de morte! Uma vida que não é vida? Onde sentimos o desconhecido; “morrer”? E os que vivíamos deixaram de existir, Pois estaremos morrendo uma viagem nova! Onde nosso fim não vai ser mais a morte! Cidades dos mortos! Resolvi fazer esta poesia, Dentro de um cemitério, Para tentar adentrar no mundo dos mortos, Sem precisar morrer. O que aqui me surpreendeu, É a paz e harmonia, Proporcionado por um silêncio, Que para muitos é frio, Mas para mim é um silêncio raro. Talvez o cenário assuste. Não a mim! Eis que compreendi a fase final de minha jornada, Mesmo sem compreender o que depois virá. Mas como estou vivo, Buscando algo que não foi escrito sobre a morte, Apenas observo o que esta a minha volta. Vejo solidão e esquecimento,

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Mas vejo gesto de saudades, Como se algo importasse para quem aqui esta! Talvez importe! E com isso observo que o fim não esta apenas na morte, Mas na nossa própria vida enquanto vivo. Qual a próxima história? Cada um tem uma vida, Uma vida única, Diferente de qualquer outra. Só parecida em acontecimento. Como se lida com esses acontecimentos, É o que torna a vida complexa, Faz-nos prever um futuro, Sem dar-se conta que o fazemos no presente. Cada vida, uma história, Cada dia uma pagina, Cada ano, um capítulo, Sendo a morte um fim. Um novo livro, Proibido para os vivos, Que buscam lê-lo, Mas sem sucesso. Pois não consegue o decifra-lo, Nem pouco concebê-lo, Como pode ser defino, Algo que acontece já no estado de fim. Destino desconhecido V. Aguardo cada aurora, Desejando o crepúsculo vespertino. Que traz a paz e a harmonia da noite. Onde sonho, Com o dia harmonioso e pacifico, Que faça parte de meu destino. Mostrando-se desconhecido em seu meio, Nunca em seu fim! Pois o fim de todo destino é o silêncio. O qual, eu não importo tanto. Eis que tenho uma caminhada a desbravar,

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Até que esse silêncio chegue. Se longe ou perto esta, Também não importa. O que importa é que eu possa livrar-se, Da companhia da solidão, O qual é a mesma, Que o silêncio aguarda, Quando a hora final chegar. Hora e dia marcado! O momento derradeiro, Tem hora e dia para ocorrer, Não pode ser antecipado, Tão pouco retardado. Ele não necessita do perigo para chegar, Pois ele acontece em qualquer situação, Pois ele não possui uma definição, E ta pouco, dá explicação. Se a morte não fosse assim, Sair de casa seria uma aventura. Pois os riscos que não percebemos, Iriam estar em tudo que vemos. Imagine a paranóia, Que seria a nossa efêmera história. Daí sim, poderia se perceber a sorte. A qual não existe em nossa realidade. A sorte de escaparmos com vida, Nada mais é, que uma pré-destinação, Que nos ensina a sermos prudentes. Em conservar nossos sentidos! Mais um dia perdido Mais um dia perdido, Praticamente sem sentido, Onde percebi o nada, Com minha alma estagnada. Não fiz nada de interessante, Tão pouco algo estressante, Nem descansei,

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Nem me desgastei. Hoje foi um daqueles dias, Em que nem o Sol aparecia. Pois só fiquei esperando, Enquanto o tempo passava voando. Que tédio! Uma situação sem remédio, Uma agonia, Que só cessará com um novo dia. Morre um poeta O poeta em mim morreu. Morreu junto com o amor. Com meus sonhos. Com minha vontade de fazer algo especial, De ser alguém especial. De tornar a vida dos outros, especial. Minhas palavras buscam apenas, Terminar o que comecei. Querer viver para sempre! Desisti disso. Isso é algo utópico demais. Complexo demais para quem nem sabe porque vive. Hoje vi tudo que acreditava, Ser transformado em pesadelo. Colhi o que despercebido plantei. Plantei a inveja nos outros! Cavei meu buraco. Só não cai dentro, Porque fiquei na dependência de alguém me empurrar. Escrevi mais de oitocentas mensagens poéticas, Que falavam de amor. Todas sinceras. Todas reais. Todas mortas! Porque poucos acreditaram nelas. Antes e depois Entender o fim, É mais complexo que compreender o começo. O que vem depois do fim? O que vem antes do começo?

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Segredo ou mistério? Mundos diferentes, Que se ligam? Em viciadas teorias! Um não existe ainda, Outro deixa de existir, Mas o que existe antes? E o que existe depois? Perguntas e versos que se repetem. Assim como o fim. Que se repete antes do começo, E depois dele próprio. Confusa ou obvia dedução? Mas isto não explica nada. Apenas desvia do verdadeiro objetivo. Que se resume no antes e no depois! Noite eterna Noite que se eterniza, Espírito que vaga, Por um rumo não conhecido, Mas muito discutido. O tempo não comanda mais, Tudo é para sempre. Não a dor, nem alegria, O que existe, não existe! Há os que voltam, Assustando os que não entendem, A morte após a vida. A morte é o futuro, Para todos sem exceção, E a eterna luz, ninguém sabe! O fim, antes do fim! O fim é frustrante, Pois encerra os sonhos. E considerado maléfico,

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Talvez porque não o compreende. Momento único, Nada termina duas vezes. Momento solitário. O fim é exclusivo a um único ser. O fim gera lamentações, Sentimentos de perda e não de morte! Ilude com idéias de que tudo mudará, Fazendo-nos esquecer do dia de amanhã. Porém quem compreende o fim, Compreende sua existência. Não se preocupa obcecadamente com ele, Porque está preocupado com sua existência. Saída do labirinto Fiz de meu caminho, Um labirinto, Com obstáculos em cada corredor. A alternativa agora é criar azas, Para voar alto, E observar a entrada e saída. Mas para criar azas, Preciso estar com o espírito leve e livre. Ser o reflexo de um anjo. Seguindo sempre a luz! O futuro eu conheço, Pelo menos o dia final. É a saída do labirinto. Mas quando chegarei lá! Nexo de transição Na transição do último dia da semana, Com o primeiro dia, Em hora esotérica. Busco o céu, Sem sair do chão. Tento trazer o amor, Ao invés de ir até ele.

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Busco numa rota contrária, O caminho certo, Morro para o dia que passou, E vivo o novo dia, Esperando a alvorada me guiar, Ao crepúsculo de um entardecer. Refletido no brilho de seus olhos. Antes do sombrio final, chegar. Tão breve quanto esse momento. Quinto fim! Com o término parcial, De mais uma jornada poética, Espero ter deixado alguma contribuição. Cento e noventa e duas poesias, Romperam mais uma fase, De um sonho de eternidade, Que se resume em um sonho romântico! Quando o verdadeiro fim chegar, Serão minhas últimas palavras, Que definirão, O que é fim! Talvez elas demorem. Como também espero que demore, Minha história poética a desaparecer!

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Biografia do autor. Antonio Ilson Kotovski Filho, paranaense natural de Curitiba, mas residente desde seus dois dias de vida até os dias atuais em Almirante Tamandaré. Nasceu às 10:00 horas de um domingo datado de 10 de outubro de 1976 no hospital Nossa Senhora de Fátima (Curitiba). Sua primeira escola foi o Colégio São José do Abranches (Curitiba), onde terminou o ginásio. Ingressou o Ensino Médio no Curso e Colégio Unificado (Curitiba). Mas completou o mesmo Ensino Médio no Colégio Estadual Ambrosio Bini (Almirante Tamandaré). Cursou Estudos Sociais e foi licenciado em História pela UNOESTE. Graduou-se como Mestre em Ciência da Educação pela Universidade de Lisboa (Portugal). Graduo-se em Direito pela UNIBRASIL. Especializou-se em História do Brasil pela Faculdades Integradas de Jacarepaguá e em Geografia do Brasil pela Faculdade Internacional Signorelli. Até este momento é professor de História e Geografia, onde leciona para alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio da Rede Pública do Estado do Paraná. Desempenha atividades esportivas (Mountain Bike), onde no auge de sua carreira como competidor de ciclismo, foi medalha de bronze nos Jogos Universitários Brasileiro de Ciclismo (2000), modalidade Mountain Bike. É um dos pioneiros do Mountain Bike no Paraná. Já serviu a Seleção Paranaense de Mountain Bike (APRMTB). Antes de ser ciclista, foi jogador de futebol onde defendeu o Clube Atlético Paranaense (categoria Cobrinhas) e o SERAT (categoria Infantil). Como escritor iniciou sua trajetória com o livro “Amor descrito por um apaixonado pela vida!” (Uma declaração de amor que virou livro). Participou de várias antologias poéticas além de ter lançado outros livros. Possui suas obras espalhadas nos acervos de bibliotecas do Brasil e do mundo.

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Divulgando. A satisfação de um escritor é saber que suas criações foram bem aceitas pelos leitores. E mais ainda, é saber que existe uma busca e curiosidades sobre novas obras. Diante de tal fato meus livros são:

1. AMOR DESCRITO POR UM APAIXONADO PELA VIDA! (Poesias); 2. SONHANDO ESCREVI SOBRE O AMOR, (Poesias); 3. VERSOS IMPERFEITOS. INTENÇÕES VERDADEIRAS, (Poesias); 4. VIAGEM VERSADA, (Poesias); 5. POESIAS: O REFUGIO DE UMA ALMA ROMÂNTICA, (Poesias); 6. INSPIRAÇÃO DERRADEIRA, (Poesias); 7. ESCRITURAS ROMÂNTICAS, (Poesias); 8. VOZ INTERIOR! (Poesias); 9. REFLEXOS DE MUITOS MOMENTOS, (Poesias); 10. A HISTÓRIA DA HUMANIDADE EM VERSOS, (Poesias); 11. A HISTÓRIA BRASILEIRA EM VERSOS, (Poesias); 12. OS PAÍSES DO PLANETA TERRA EM VERSOS, (Poesias); 13. LIVRO NEGRO. O LADO OPOSTO DO AMOR, (Poesias); 14. HORIZONTE TERMINAL. (Romance); 15. A INDISCIPLINA NO CONTEXTO ESCOLAR. (Dissertação); 16. O INTEGRALISMO NO BRASIL. (Monografia); 17. RELATOS DE UM TAMANDAREENSE. HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ, (Histórico Científico).

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