Jornal Poeira (11ª Edição - Novembro/75)

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LONDRINA

NOVEMBRO

1975

UM JORNAL NO DCE

GESTÃO 7576

NUMERO 11

"

,e I

CCA, CCR e CT fora da eleição para diretores

PAGINA 19' ! \.

Ousar Lutar. É o recado do nosso Editorial

Quando o Muro Tem Uma Ponte

JOÃO ANTO~IO E IMORTAL DA ABL JOGAM CONFETE NO POEIRA. DESCULPEM., É A FAMA PÁGINAS 2 e 3

Na tJSP 32 mil param, na UnB dois são presos e na UFRGS um diretório é batizado. Tudo isto por Vlado. Chico Buarque, Milton Nascimento e Gonza~uinha dão pau na UFF. Na UFMG,' uma visita cordial. 800 param Na UFSC para conhecer Re~imento da Escola e na UFBa 14 mil berram juntos: Abaixo o J ubilamen to! Diretor da ECA obri~ado a reconhecer: "Os estudantes têm razão". Na UnB, estudantes não ficam pra trás e exi~em: "Queremos um DCE"! Com Capoeira, Poeira invade UFP. Estudante londrinense assombra encontro do ECEM

I---

PÁGINA 9, 10 e 11

ARR II A,ESP

DA!


,Comunicohaver transcrito anais Congresso Nacional carta aberta Diretório Central Estudante Universidade Londrina

Abraços pt

Alvaro Dias

Viver é consumir-se de amor. dialogar. perder-se nos outros. participar constantemente da universal compreensão do mundo. A vida e a interpene-, tração total das almas e das inteligencios. E ISSO que deve acontecer ou está 'acontecendo em nos. voce nem imagina o quanto. sinto-me feliz pensando que existem ainda maior nO de pesoas boas

atualidade. limpeza de caráter e revelação de problemas nacionais que não podem continuar ineditos. Espero que continuem a luta de "Terra Roxa e Outras Terras". Coragem! Vocês jh encontraram o caminho. Um abraço

João Antonio

geral

elo~ia T. Roxa

do JOÃO

E. Joao.

ANTONIO.

"nao

pode

um

brasileiro.

citadino ou nao. intelectual ou nao. norar essa situação de insustentavel

Copacabana. 28 de agosto de 1975. Prezados. recebo hoje o numero 8. ano terceiro. de 'Terra Roxa e Outras Terras". justamente quando estava preparando um trabalho sobre o livro de 'Maria Conceição d'\ncao e Mello. "O Boia-Fria. Acumulaç,ão e Miseria",

que

ig. in.

dignidade". Nos nao estamos fazendo nada mais do que a nossa obrigação. tendo a coragem de revelar a situação

Tem 15 anos e]eá quer participar Araruna.

22 de setembro

de

1975.

90

nossa povo. da Terra Roxa e de Prezado' Nilson: Olá como vái tudo ~utras terras. Você também. como es. bem? é o que realmente desejo. Quantc critor e jornalista. nao esta fazendo a mim estou btirna. Você deve estar nada mais do que a sua obrigação ao achando muito estranho eu lhe esdizer. com muita poesia e honestidade. crever. pois não me conhece e eu toma nossa realidade londrinense e bra. bem não o oconheço. Eu explico: 5exta sileira: leira ultima dia 19 quando estava lendo

publicado pela Editora Vozes neste ano. E curioso e sintomatico como uma reunião de jovens estudantes produz uma publicação que se volta. em mergulho. para as realidades mais fundas da região em que vive. existe. respira.

rUim,

Com

pensamento

positivo:

Jeane. Ficamos contentes em receber sua carta e ainda mais por saber que pelos cantos dessa terra existem pessoas com a mesma preocupaçao nossa. Isso e importante porque nos anima cada vez mais a continuar nosso trabalho. Esperamos que voce continue se interessando por coisas realmente validas. se preocupando com o ser humano. preser" vando em si o espírito coletivo. Continue se correspondendo com a gente. E bom saber que você nao faro parte da ge.raçao embotada pelo X. de uma juventude sem passado e com o futuro mal comprometido. Um abraço fraterno do pessoal

do DCE

'No outro dia. na Avenida Parana. OU-, o jornal. vi sua foto e me interessei pelo vi a figura que mais mexeu comi~o nes- que podia ser. Quando vi que você havia la cidade.

Enquanto a imprensa tida e havida como grande. repete um trabalho de omissões e indiferenças. passando pela realidade local e não enxergando coisa alguma. na tárefa farisaica de evitar o centro dCJscoisas brasileiras. e o nosso epicen,trb foi. e e continuara sendo o nosso ,homem do trabalho. um grupo de jovens no Norte do Paraná. unido e limpo. com caráter e coragem se debruça sobre es'sa vergonha nacional que e a situação' dos boias-frias. Vrtima do proprio sistema do chamado desenvolvimento econômico que o gera o boia-fria continua marginalizado no momento de receber a sua parcela de .beneffcios desse sistema. E, mais grave. eles se incluem entre os 4"1Uo dos'lavradores brasileiros que, no ano de 1970. percebiam menos de 80~0

Um

boia- fria.

vermelho

de

terra. sandálias de borracha. enxada ao úmbro. se mexendo entre o povo passante. 50 conseguia enxergar a ele. ,unica ligura destacada. na calçada cheia. A enxada nas costas era levada como uma arma. leve e eficiente; era admirável a destreza. a leveza como ele se mexia entre as pessoas. imundo. tostodo de sol e tombem pardacento. esguio ligeiro. Ele mais deslizava que ano dava na calçada e, ao atravessar a rua. leve u~ intimo conhecimento. quase lamrliar. do trânsito naõ esbarrava em nada. Nem nas pessoas. nem nos

ao m(nimo saláno nacional. 1'0100 pode um brasileiro. citadino ou não, intelectual ou não, ignorar essa situaçao de insustentável indignidade. Publ icações como Terra Roxa e Outras 1 erras, corno esse O Boia-Fria. Acumulação e Miseria '. de Maria Conceição dlncao e Mello. tem a coragem de revelar esse continente que aumenta e esse conteudo que não se modifica. Ou antes, piora. se agrava, If1cha, cres-

ce. As materias sobre os indígenas brasileiros ganham Igualmente. em

veiculos.

Era rápido.

calmo

e. apesar

de

sido eleito

presidente

do DCE (Diretorio

Central dos Estudantes). então veio a Idéia de lhe escrever pedindo para que aceite as minhas congratulaçães pela brilhante vitoria obtida nas urnas da UEl. Sabe. eu admiro muito um jovem como você. tão empenhado em colaboro r com os estudantes paranaenses. Voc~ que hoje e o lider estudantil o qual principia a vida nascendo para o mundo desnudo. mas que dentro deste sentido exprime a auto-afirmação de um ser humano. que ele nasça. cresça. farte e rico de espírito. Quando o clarim tocar apanhe as armas e entre na luta sempre para vencer.

nunca

para

igualar

e nem

andrajoso. composto. ereto. inteiriço. A partir desta cena. pareceu-me que não linha mais nada o ver na vida urbana de Londrina". O que acontece Joao. e que hoje são poucos os que ainda cumprem sua obrigaçoo. que fazem o que deve ser feito. que dizem as coisas como elas

Imagine a derrota. Amando com dmor e bondade. esperança e muita fe. e o que realmente o desejo. para que faças de sua existência uma autentica harmonia universal. dando cada vez mais de suas forças, pois c 'refúgio destrói a matéria, a tranquilidade e o nleditação dão paz e renovam

devem ser ditas. Apesar disso. a coragem que você nos imputa ainda esta viva em muitos brasileiros. E muito bom. Joao,' você dizer que nos encontramos o caminho. Pode deixar que a gente nao sai dele, pois e nele que se encontram as pessoas

O' seu eu. Bem. eu so falei, e nada disse de mim Moro na pacata cidade de Araruna sou estudante da 80 serie. adoro estudar. tenho 15 onos e admiro tudo que e bacana. E gostaria de pedir-lhe minhas desculpas pela liberdade de lhe esuever

que preservam a todo custo a sua dignidade humana. intelectual e pol(tica.

sem que me conheças. por aqui. Com carinho

Um abraço

11lira. Jeane.

forte

de todos

nos.

Vou encerrandb de quem o ad-

ANONIMO: Quero outro prefeito o que vocês propõem para conseguirmos o passe universitário? Eu proponho o mais fácil a fundação de uma nova empresa de ônibus e um outro prefeito menos burocrático. Anônimo. A propósito. nao seria mais facil unirmos

para

essa e outras

nos'

lutas?

o

Pacote doOs Décio Jogos Universitários de

pacote ...

(Décio

estão caindo Antonio Segretli,

úireito, Londrina), Ja caíram. Decio. ia caíram. Leia matéria sobre neste POEIRA. E comece a fazer parte da equipe de socorro dos jogos.

o Reitor

cumprimenta limo. Sr. Nilson.

Corn prazer

cnviamos

(um~rimcntos p~la vitoria obtida por ...,cosla...,das clelç",es estudantis. exten, ~IVOS o lodos os Illcmbros Lstudantd. Atenciosamente, .cs,

deste ál gãOI Oscar AI

Reitor. Obrigado.

Você vai abalar as estruturas! Dê uma passadinha na Reco's Boutique para enfrentar o verão com muita classe.

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la ~

ANOS

II R U é:

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Rua

A SERViÇO

r i cJ u í 6"1 Pernambuco

DO ESTUDANTE

fone 42Q

22G /

11 [)

-226029

RECO'S Cenlro

Comerclol

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POEIRA 3

~cc Vo A

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"Hipotecamos solidoriedàde à carta aberta en!tida por esse órgão e demais ossociaçoes estudantis de Londrino, em relaçao 00 professor Dr. Nelson Ro drigues. Colocamo-nos à inteira disposição dos colegas e aguardamos notícias sobre o evolução do caso. Aceitem nossas conside rações de mais alto estimo SOuda'çães .Universitárias, Diretório Ac~mico Her cules Maymone, Unive.rsidade Estadual de Campo Grande, IV\atoGrosso".

.

~ Tu

Cumprimento-os pela edição de agosto de 1975. nO 8. da Revista Terra Roxa. Como professora de Sociologia Agrbria e de Estudos de Problemas Bras l/eiros , sinto a punjança dess,,! grupo que se preocupa coma nosso realidade. Gos.tarfamos de réeeber os primeiros exemplares e também os que seguirão. t assinatura? Seja como for aguardo noHeias.'Um abraço e parabéns. Maria de Lourdes Holzmann, Curitiba.

Kobayashi expulsa estudante~ da CUSP Carta a população e as autoridades . Nós, mo~ãdoriÓs da Casa da Universi tária de São Paulo, passando por séria dificuldades desde 1967, quando fora iniciadas as tentativas de desalojar-nos, encontramo-nos diante da ameaça de que essas tentativas se concretizem. depois que o imóvel foi adquirido pela Kobayashi Habitacional do Brasil, empresa japonêsa. Desde que foi fundada, em 11 de abril de 1951, a Casa abrigou centenas de estudantes do interior, desprovidas de recursos, proporcionando-lhes moradia e um centro de vivência e permitindo a realização de seus estudos. Dessa maneira, a CUSP tem tido um papel social da maior relevàncic. "AKobayashi noo interessam esses aspectos, mas apenas os rendimentos que pode auferir desse investimento e para isso, tudo faz paTa despejar-nos. Diante dessa ameaço cabe perguntar: para onde iremos, se não existem outras Casas de Estudante que p<?ssamnos abrigar? Para onde iremos, se a assistência que existia há alguns anos foi sendo gradativam~nte suprimida, até encontrarmo-nos numa situação de completo abandono para a realização de nossos estudos, por par-te dos órgãos oficiais? Para onde iremos, se não temos condições de pagar aluguéis altíSsimos? Para 'onde iremos, se o que o maioria de nós ganha, mal dá para pagar a anuidade de nossas escolas? A Casa é atualmente um dos últimos locais de moradia para estudantes. (: necessário que essa situação mude, mas não pela destruição do que ainda existe, . e sim pelo surgimento de novas casas de estudantes sob responsabilidade dos órgãos oficiais. Esseé um problema sociar uÉ!diz respeito a um grande número e estudantes. A nossa persistência na defesa da asa tem contadó sempre com a solidariedade dos nossos colegas, de artistas e particularmente da imprensa. Sabemos que não estamos sozinhas, esse é um problema que interessa o conjunto dos estudantes' e a todos que se . reocupam com a formação da juvenude brasileira. Juntos resistiremos a ais umá tentativa de destruição da asa da Universitária de Soo Paulo USP. As Moradores.

Merciol curioso Solicito alguns exemplares de revistas ou jornais confeccionados por esse diretório. Tenho curiosidade de saber como anda a imprensa universitária por 01 e a participação estudantil. Atenciosamente, Merciol Viscardi (Estudante de Direito e Comunicações em São Paulo).

.

Sentindo a pUjança

Leila, da ECA, quer ajudar

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ACAD(MICO

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Ytfória dos estudantes: devolução da taxa de matricula

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ImpassenaFormatura-75

.Terra Roxa no Rip

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Rodando por Curitiba

Senhor Editor. Sou estudante de JorSolicito a gentileza de me enviarem a nalismo da ECA-USP e tomei conheci- revista TERRAROXA E OUTRASTERRAS, Estamos enviando alguns exemplares mento da "Terra Roxa" através de um bem assim como o plano de assinatura do último jornal da gestão 74/75 com o colega, que recebeu um exemplar da mesma. Grato .e parabéns 'pela propósito de incentivarmos o intercàm(Bóias-Frias' e o Indio ...:.-aquele que 'iniciativa. Cordialmente, Mário Rôças bio 'universitário do Patená e do Pais. O deve morrer) de amiga residente em dos Santos, Rio de Janeiro. Poeira e o Terra Roxa estiveram rodanlondrina. (: bom saber que existe gente do por aqui, por~m em número insucomo vocês, se interessando por um jorficiente. Foram muito bem recebidos. nalismo idealista como o apresentado Esperamos que gostem e divulguem o no n~mero que citei. Os artigos menCHATO que por ora remetemos. EXPEDIENTE cionados por mim, principalmente o do abraços. Djalma de O.liveira, DARPP, Indio, convenceu-me que o bom jor- 'Composto e Impresso nas Oficinas da Folha de Curitiba. nalismo não é monopólio das :capitais. :Londrlna Cumprimento-os pelo bom trabalho e. Revisado e Diagramado pelo Departamento de Im. prensa do DCE. solicito de vocês alguma informação Todas os matérias sãa de respansabilldade da NOTA DA REDAÇÃO: Nào trans.sobre como e feita a distribuição da Conselho Editorial do Poeira e da Grupo de Es•. tudos de Imprensa Estudqntil do DCE. crevemos as nossas respostas a essa revista (sobre assinatura ou pagamento, Correspõndencias para DCE • Rua Anatanlna. três cartas, porque elas foram enviada . se for o caso). 1.777 Telefone. 22.4709 Londrln!, • Paranb. sem que ficasse u~a cópia no DCE. Informem-me também se aceitan:"l I colaboração, no caso, minha e de outros •colegas interessados. .Ficarei imensomente grata com uma resposta de. vocês e o envio de exemplares da "Terra Roxa". Parabéns. leila Reis Oliveira, São Paulo. Colega Leila. Como dizíamos na Chevette.76. agora em t~s os t!pos de estradas. apresentação do Terra Roxa a, quemodelos: Especial. Luxo e o novo Motor Chevrolet 1400 com remos contribuir, na medida das nossas Super Luxo. com interiores comando de válvulas no cabeçote: forças, para uma sistematização da cuImonocromáticos. em preto ou arrancadas rápidas. uhrapassagens tura em nossa região, que é muito nova, marrom. seguras. e muita economia. carente de conhecimentos científicos e Bancos'individuais. Freios a disco. com duplo cheia de contradiçães sociais. As idéias redesenhados. Rp.clináveis. em vi",l circuito hidráulico. em todos os que nos norteiam são as idéias progrese cote/~. com ou sem I3ncosto para modelos. jsistas e toda pessoa que se afine conosa cabeça, no SL Quem procura feliCidade co será bem-vinda, enviando colaboSuspensão redimensionada. também encor.tra economia no :raçães, criticando nosso trabalho, manmais macia e resistente. que enfrenta Chevette 76.~ tendo correspondência. com suaVidade e segurança todos A distribuição do Terra Roxa n~o é .feita através de assinatura~ e limitamonos a vendê-lo aqui na Universidade apenas para pagar o seu custo de produção. Normalmente, enviamos as nossas publicações a todos os diretórios do país, aos jornais e revistas e às pessoas que nos enviam correspondência fornecendo o endereço. Infelizmente não poderemos te enviar as edições anteriores, pois estão es-' gotadas. Estamos preparando a próxima edição e ficaríamos bastante ógradecidos se você nos enviasse algum material e nos ajudasse na divulgação dà nossa revista aí na ECA. Acreditamos que, de certa forma. com este trabalho estamos contribuindo para a recom.posição do espírito de participação e luta do estudante brasileiro nos destinos do país. DCE de Londrina;

CREVETTE. SEJA FELIZ COM ECONOMIA.

NOTA DA REDAÇÃO: Esclarecemos que o TERRA ROXA, õté o 70 número. era editado como jornal. A partir da edição passou a Revista TERRAROXA E .OUTRASTERRAS ..Todos os números das' jornais estão esgotados.

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\lollMl4o •• SIou Paulu. 1.~lNm em Um. H.IlTetu () rrol_ da Faculd.dc de blwdu, (~nc.. , I ctru de:' Adia, SP. (:.riaoI 1."lInam c o .Iuno 00 ~rt~no("l ••• ,Jc H.tonl oJoI Un,~~ de !Wo PIII"", ~p. ,.. 'i.ol • ...",... I-aro ••• ,. •••••.••. nw •.•

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Incompatfvel com OS estatutos dessa nossa gafieira da vida, Gonzaguinha Luiz Gonzaga Jr - está de volta com seu terceiro LP: Plano de Vôo. Um disco bonito, bem arranjado e o que é mais importante: com coisas para dizer, as vezes com ironia, zombativo, ouVas com voz triste e de quem não aceita "mergulhar nesse mar de veneno, nesNOYA FAU.YOWME U PUBLICAÇj.Q BIMESTRAl, DA CIVlLlZAçAO BRASILEIRA sa lama enfeitada, nesse.sa"gu_e das taças, bebendo o sofrer". Gonzaguinha é em cada mJsica sua um pouco de cada instante da vida, cantando a realidade nos seus variados tons mas preferindo sempre a voz dos que cantam mais alto, repetindo na sua m6sica "Geraldinos e Arquibaldos": "melhor se cuidar... no campo do adversário é bom jogar com • 2 • OS BOIAS-FRIAS/C.llao flegk'l. ch Sou" • , . HISmuita calma, procurando pela brecha TORIAS DE UM CRIOULO REPRODVTORlLulz C.rto. d. pro poder ganhar". 8ou& •••• O DESPERTAR DE GREGORIO SARAr..., ••••• s."' ..•.nn•• TRts Em "Plano de Vôo", Gonzaguinha traz CANTOS INtOlrOS/Mlllon Na.em.nto _ •• SAUDADES 11 musicas suas e uma de' parceria com DO BREGAlJoao Ant6nkt. 1 - OS C"lr,I"'RADA.8/W.nd.' Plroll ••• o HUMOR VAI Miltinho do MPB' 4 e voce pode enconMAlIJ." ••• , ••• o UITO CARLOS GAROElIJo.' Uno tra-lo em londrina por 50 cruzeiros. Orun •• ald • 10 • DOIS A propósito, Gonzaguinha teve um R.""6" Rlb."o • 11 • HORTA, O "E59'AS OU C CARTOlA OOS CARTOLASI sh'uw seu proibido no mês passado na • .,..10 M.rtl" •• ti • GAROfO LINHA DURA/lt,.,o Universidade Federal de Minas Gerais. ~rto • 11 • VIVA A "'OR. TE. H•• berto VI. Ir •• ,.. J .•••••••••. MOTO PROPRIO/C., • A polfcia invadiu a sede' do DCE de lá e ClDny. arrancou todos os seus cartazes. E no dia 4 de novembro, ele, Chico Buarque e Milton Nascimento iam se apresentar em Niteroi numa promoção do DCE da UFF mas foram proibidos e o prédio onde o show seria realizado foi cercado pela polfcia. Enquanto isto, Gonzaguinha vai procurando pela' 'brecha prá poder ganhar" e decolando o segundo número do "Livro de a procura de um ninho noutro lugar, Cobeceira do Homem", editado pelo ;or- otros do novo, da nova cria; do novo dia. nalista é es-::ritor João Antonio, 'do Editoro Civilização Brasileiro, ;á saiu e pode ser encontrado em todos os li-

•. Ia ••"",.

nUlut'"'~'

II

UVRO DE CABECEIRA

DOHOMEM

I.

CONTOS

PERUANOS/Julio

Estudante de Londrina dá recado no LeH: Bóia-Fria é ~ente.

BRASIL MULHER

vrorias

00

preço

de Cr$ 25,00.

No edição, duas matérias muito importantes sobre Londrino. A. primeiro

delas. escrito pelo estudante de Economia, Célio Regina de Souza, do.DCE, é um retrato do vida que levam os bóias- ' frias do norte do Paraná. A segundo escrita pelo próprio João Antonio, conto o história "oculto" dos anos de ouro do café em Londrina. João Antonio apresenta os bóiasfrias: "Enquanto certos gurus da informótica fazem conferencias e dogmatizam uma nova verdade, a de que a grande reporfagem morreu, ela tem momentos em que parece estar mais viva da que nunca, nascendo o cada novo dia, Lavrada, muitas vezes, pelas mãos mais ;ovens e demonstrando claramente que, apesar de todos os pesares, a reportagem brasileira vive. Aqui, um exemplo definitivo: este foi o primeiro trabalho profi.ssional da repórter Célia Regina de Souza. de 20 anos. estudante do 2° ano de Economia da Fundação Universidade :Estadual de Londrina, no Norte do PClranó. Ela devia procurar uma fami/ia de bóias-frias, viver como eles, ir trabalhar como eles. Após tres dias de enxada, debaixo de sol, fugindo das cobras e com medo, tentando arrancar Clmendoim bravo com as mãos, Célia desistiu.Não tinha s~quer mãos cale,adas, muito menos consegui_' suportar o café frio que eles tomavam. Mas arrancou da roça um documento nacional, que inquieta pelo verdade e pela lImpeza de observação"_

Poeir~ é homená,~eado em livro de membro da ABL ~'No caminho aberto por este livro, uma das minhas mais gratas recompen" sas foi o convivio, com os estudantes da Universidade Estadual de Londrina, Paraná, em maio de 1973. A convite do Diretório Central dos Estudantes, lo estive durante três dias, fazendo palestras, visitando aulas e debatendo Lima Barreto. Foi tudo para mim uma festa que culminou com a representação de um auto escrito por Marcelo Eiji Oikawa, Marília Andrade e Nilson Monteiro Meneses, intitulado A.B.C. de Lima Barreto. A eles dedico esta quinta edição de "A Vida de Lima Barreto", Rio de Janeiro, outubro. Com estas palavras, o membro da /'.cademia Brasileira de Letras, Francisco de Assis Barbosa, biógrafo de ~Monso Henriques de Lima Barreto, dedica a 5° Ediçao de seu livro aos estudantes da Universidade de Londrina. Para nós, a homenagem é uma honra que fortalece e incentiva a continuidade do trabalho pela cultura. Em contrapartida, recomendamos aos colegas a leitura, imprescindível, das obras de Lima Barreto. Afonso Henriques de Lima Barreto, e seguramente um dos maiores escritores e jornalistas da história do Brasil. Retratou a sociedade brasileira do início do seculo com todas as suas contradiçoes, sem nunca desanimar ou exercer que e tao comum hoje em dia: a auto-censura. Por causa disto, Lima Barreto e tambem seguramente um dos maiores marginalizados da literatura nacional. Poucos estudantes conhecem suas obras, radssimos professores de literatura o comentam com detalhes nas salas de aulas. (leia a materia adiante). ~~d"'"

O_ATALt:tO_~.... ,.,....

1<_UNIAO_E_O

Um novo jornal está circulando em todo o país: Brasil Mulher, um tàbloide de 16 páginas. Brasil Mulher está dando seus primeiros passos, lançando o número O que já está sendo vendido na Universidade por dois cruzeiros. Que o' iornal da mulher prossiga na defesa da Anistia para os presos políticos (material cen-, trai do zero) e em sua proposta de iguald-:de entre os seres humanos e de se incorporar à imprensa ç1emocrática. Nós do Poeira, em nossa parcela de responsabilidade como imprensa democrática, só temos a dizer: bem vindo e bons passos.

CAMINHO

MAIS

CURTO

Todos as semanas, salvo "motivos-de forço maior", você encontro o realidade brasileiro em tamanho tablbide nas bancas de revistos, por 5.00. Leio Movimento, um jornal onde o vida do povo brasileiro está retratado, desde o operário na fábrica ate o feirante plantador de mandioca do nordeste. No numero 17. Movimento iniciou I eportangens e mate rias de análise sobre a situação dos Volantes "Os novos Nômades -- A situação dos trabalhadores do campo no Brasil". Nos,moradores do norte do Paraná. uma das regiões mais ricas em bóias frias no pais, não podemos ficar b parte destas publicações. Analise a situação do nurte do Paraná, compore o que diz o jornal com a nossa realidade, aprimore suo visão crítica do mundo que nos cerca. Movimento, um jornal que se propõe a descrever o cena brasileiro, a gente IJrasileira.

(f!fJ ~16 '."'t""'t' g, .[.).'' U•• I.'' tI'."Ju

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LIBERDADE LIBERDADE ABRE AS ASAS SOBRE NÓS UIA lOlfORIAL

A MORTE DO JORNAUSTA VLADIMIR HERZOG P'c•••• n.CI

NA P•••GINA 5

NÃO PERCA: riloU, o ",rilO'

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Mulh •.•.bo.t.p.1r. um nuki.ll ••.• rnH (p.isin.ll 10)

o EX.16 já está em todas as bancas. aa preço de Cr$ 6,00. O jornal de "texto, fato e liberdade de imprensa" traz nesta edição uma matéria sobre a Universidade de Londrina, que interessa diretamente todos nós; outra sobre a XXXI Assembléia Anual da Sociedade Interamericana de Imprensa; e o depoimento do jornalista Otávio Ribeiro, que tem muito a ver com o pessoal de Comunicação. Tem ainda o incrível depoimento do bispo do sertão de Mato Grosso, Dom Pedro Casaldáliga, e um relato sobre a m<:>rte do jornalista Vladimir Herzog, muito completo. Vale a pena0 EX-16. , Os' números 7, 8, 9 e 10 (Cr$ 5,00) e o número 12 (Cr $ 6,00) do ;ornal paulista EX - que ;á se encontra na sua 16° edição estão sendo vendidos na Livraria Arles de Londrina. Ex, "um ;ornal de texto, foto, quadrinho, imprensa e o Diabo",

"O Atalho" jornal do Associação dos h ofe.ssores Licenciados doPar'aná foi lançado no mes de oul!Jbro, de onde está sendo distribuído poro todo o Estado. .


Você sabe queDl Dlanda no Brasil? A primeira lei brasileira de orientação anti.trus. le apareceu em 1945, ao fim do Estado Novo: era oDecreto.Lei 7.666, batizado corno "A Lei Malaia", que criava a Comissão de Defesa Economica e dava poderes 00 Governo poro expropriar qual. quer orgonizaçõo cujos negácios lesassem o in. teresse nacional. Getulio Vargas foi quem assinou o Dccreto. elabor.ado pelo seu ministro do Tra. bolha, Agamcnnon Magalhães, Depois do assi. natura, Vargas durou apenas mais cinco rneses no poder: foi deposto por um golpe de Estado e, poucos d/os depois (9.12.45). o presidente pro. vi!oório, Jose L,nhores, desfez aquela lei. Por csta mesmo epoco, o Stondord Oil (Essa) miciava o fllovi,nentação de vultosos verbas para financiar o combC!te b componho pelo nociono. IlZoçõo do petróleo, no Rio de Janeiro, que acabou resultando no Petrobrás. Estes sõo apenas alguns dos inumeros capitulas do luto contra os trustes e corteis, principalmente csll allyeiros, intimamente ligado> b histário jecoIl011"CO do pois e que hoje se upr csentam com o nome de rllultinacionois: empresas de grupos de empresas capazes de influir na administração e nar

ieg"loçào <.Jo,poi,c, onde operam, podendo, in. duslve, contribuir poro o derrubado de governos ,Iegolmcnte constituido" como aconteceu no Chile. Em ,eu I,v/ o, ex tremomenle rico em 'dados, MonlZ Bondeoro cxpõe a penetroçQo destas em. presas no B,asil e o seu crescente controle sobre os mais diferentes setores do produçõo, principal. rllente no periodo 1964/1974. Uma p~netração que atinge Inclusive o campo (os estrangeiros já possuiam, segundo dados de uma Comissão Porlomcntar de Inquerito, realizada em 1970, '20.234.000 ha, somente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Maranhão. porá, Amazonas c território do Amapá, "obtidos por meio de com. pro a antigos proprietários. requisiçõo de terras devolutas aos governos estaduais e folsificação.de documentos). A Infiltração no campo, peirem, não ,se rclere apenas á posse dos terras em locais exj tremomentes r icos em minerios, corno tombem á 'comercialização dos produtos agrlcolas nas áreas -de .noior produção. como ocorre no Norte do 'Paraná, com a soja. No setor industrial, talve'z o mais atingido de 'todos. o que se observo e urna crescente des. . nacionalização, entendido esta não apenas corno aquisição de empresas nacionais por estrangeiras. "'OS corno controle de importantes setore~ da eco.nomlo brasileira pelos capitais do exterior. As ,industrios nacionais sucumbiram viol ••ntamenle, 'atraves de práticos pouco recomendáveis, corno o de dumpirlg". "Um dos casos foi o d~ Adesita, (omproao pela Union Corbide. Essa firmo brasileira produzia Iita colante e o Minnesoto Monufatureira e Mer. (antil lido (3M). subsidiário do Minnesotci Mining .~onufocturing Compony e detentora da marca regi~troda Scoth, que com ela concorria, passou o vender o IlIercadoria a preços aviltados, 30 a 4000 IIIois baratos. Seu faturamento caiu cada vez mais baixo e os bancos começaram a negar. lhe credito. Em desespero. o Adesita capitulou. A Union Cor. bide assumiU seu controle e. após o fechamento do lIegácio, entendeu.se com o 3M. repartindo com elo o IlIercado brasileiro e aumentando em 0 50 0 preço do fita isolante". Elltre abril de 1964 e .abril de 1968, as Com. ~onhjos Internacionais ossurnirarn o contram 'ocionár ia de pelo menos 74 empreendimentos brasileiros. dos quais um banco comercial e 17 bancos de investimcntos, dos 27 qúe então exis. tiom . Dos rncados ao fim de 1971, "houve. pelo lI,cnos (porque o listagem não e completa) 14 fusões c B I incorporações no s~tor da indllstria e do comercio". De 1971 o 1973, 'cerca de 40 firmas nacionais, 110 rninirno. passaram paro o çontrole de corporações internacionais, mediante osso. ciação, ,ncorporação ou simplesmente compro". I Esse, >uo alguns dados do livro. que fornece tambenl os nomes dos principais empreendimen.

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tos bro,deiros que coirom, o luto de alguns grupos 1I0cionoi,. que tombem ocobor'om sucumbindo, em Iodos os setores <)0 industrio c comercio, otraves <.Je dumping , boicote, sabotagem Industrial, ete. E os investimentos feitos por essas 'empresas estrangeiras compensaram o desnacionalização? Sempre utilizando uma Infinidade de dados II,uitás dos quais desconhecidos da grand~ '"0iOIlO. Moniz Bandeira revelo que não houvé compensaçõo alguma. Mostro tombem a situação do trabalhador brasileiro que, em virtude da for. rllO como se operou o desenvolvllnento brasileiro, arcou com O onus do trabalho, sem participar da riqueza que produziu. C/lo mais dados: 'Em 1973, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) crescia o 0 uma taxo de 11,4 0, mantendo. se elevodlssimo o "tmo de expansão do economia, cerca de 40 II .•lhões de brasileiros. dos quais 12 milhões de crianças, es. tovom desnutridos. 46,700 das familios não tinham I endimento Illini,l'IO necessário à suo manutençào, 38,500 padeciam de desnutllção colárica. 40~0 dos <.Jom/cilios não possuiom instalações sanitárias e 44.200 do população rural da região sul eram ,ubempregados. A desnutrição. direto ou indi. retamente, causava 6900 da mortalidade infantil e ycrava II,Jmeros problemas de sOllde. A tuber. culose. por exemplo. continuava a responder por uma dos m%res taxas de ábitos do Pais". E outros coísos, corno sarampo, malária, tetano, lepra, con. cer. doenças mentais', meningite e doenças trans. II .•ssiveis em geral. As IIlultinocionois são indispensáveis paro o 'desenvolvimento? A nação, o Estado precisa se <.Jobror diante delas poro conseguir manter altas loxos de desenvolvimento? Estas são as questões finais do livro de Moniz Bandeira, que demonstra que elas, as multi. precisam mais do Estado que este delas e que só o união entre os dois possibilitou que a situação chegasse 00 ponto em que está, (ARTEIS E DESNACIONALIZAÇÃO e um livro' que hoje (irculo em lodo o pais, desde os mais altos escalões da presidência 'da Repóblica. ate as mais IIl1portontes escolas universitários do pois. Um livro Indispensável poro o conhecimento do ver. .dedeira 5ituoçào econbrnic.o do pais. .

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CARTEIS E DESNACIONAlIZACAO (A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA: 19641974) Moniz Bandeira, Editoro Civilização Brasileir'a, 222' paginas. 40 cruzeiros. Em Londrina e encontrado na Livraria Arles.

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249

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trinta alunos à mesa de comando, sem fazer conexão .de dez gravadores". E os problemas foram se agravando, misteriosamente, com prejuizos paro os alunos, evidentemente. E surgiu -mais outro: a oscilação de voltagem (inexistente na Holanda, onde foram montados os aparelhos) obrigou o técnico a construir um estabilizador, com recursos próprios. E mais outros, que foram ~ solucionados pelo magia do técnico, a. segundo o diretor: "Ele está até sofrendo prejuízos, pois fez um orçamento na' base de Cr$ 13.500 e a montagem já vai 'para mlJis de 20 mil cruzeiros". Um dos professores acha que parte da culpa. cabê ao próprio técnico: "A Reitoria está pagando o técnico pelo seu serviço e pelo tempo. Assim, ele está Mais uma vez, agora sem a particIdemorando para ganhar mais. Este se'r~ pação da Educação Física, o pessoal ~o viço não pode ser' tão demorado assim". Centro de Ciências da Saúde papou os Os alunos não sabem se o problema é Jogos Universitários. E mais uma vez provocado pela multi, pela má adminis.voltamos a abordar um assunto já tração da Universidade, pela oscilação debatido em nossa Universidade: não se de voltagem, pelo t.écnico, pela marpode encarar o esporte de maneira cenaria, ou seja lá quem for. E nem isolada, distante dos outros problemas querem saber. O problema é que eles Q. da nossa realidade educacional. estão pagando por aulas que não tem e Quem ganhou os Jogos Universitánão estão aprendendo aquilo que a FUEL ,,-ios, em última análise, e com o perdão se propos a ensinar. g ;dos nossos colegas do CCS, foi o Ensino . Um' clima de mistério encobre fios e .Pago. É fácil de explicar, apesar de aparelhos. E os alunos, pagando há tr8s ii: serem do período integral, os estudang Um lotai de cinco mil cruzeirosserá distribuido!"tes da área do CCS são os que tem semestres por aulas práticas, continuam 'sem o laboratório de linguas no Centro ~ pelo DCEoos melhorestrabalhos sobre temos bl d b relacionados00 Norte do Paraná.Os trabalhos, ;menOS pro ema e so revivência. Na .de Letras e Ciências Humanas. A si-, que deverãoser entreguesate o dia 14 de fe.: sua maioria quem paga a escola são os tuação daquele laboratório está mesmol vereiro de 1976. poderãoser feitos individual-,seus pais, na sua maioria eles não enrolado: desde a inexistência de osmente ouporumgrupode umamesmoturma.' precisam trabalhar para pagar as cilação de voltagem na Holanda a comPoucosde nós conhecemo origem, os impli-, cações,o histórico,o mecanismo economico-socialanu~dades. Eles não entr~m as oito da pra de metade dos serviços de uma muido Norledo Parana,regiãoe realidadequeseráo matlna no. batente,eles nao saem cor. tinacionàl a Phillips, tudo tem conSegundo o Prefeit~ da Cidade Univer-' IlOSSO campode trabalhocomop~ofission.ais. E~-.rendo do' serviço para' não perder a tribuido poro o prej~izo dos alunos . sitária, Fernando Cauduro, o asfalto que .rudos. ainda raros . tornam.se.mpres.condlvels primeira aula da noite. O que explica - Isto aqui está uma palhaçada! poro .que possamosaprofundaro anblosedos b' dá acesso ao CCH e ao CE pode sair até problemas e os posslveissoluçõesregionais.Se,;tom em, porque o CESA, com 2.800 Reações como esta de uma aluna de dezembro! Aquele ralador que a gente desdeagora.nõonospreocuparmos emconhecer,alunos nunca consegue chegar. na co. Anglo-Noturno 'se repetem pelos corsofre cada dia vai ser abandonado e cie'ntificamente.os caracteristicasde nosso re-' beça. Lá, todo mundo dá o duro, não so ,redores e salas do CLCH, assim como a s~rá asfaltado o caminho um pouco mais gião. corremoso riscoce propiciaro :: agrava. para pa.9ar a escola como também para de diretor: ",ento de inumeros problemas, dando passo sustentar a família •. Na pior das hipó- ladainha de promessas a esquerda (de quem chega). Já po- 'decisivo poroo retardamentodossoluçães.Se,00 . '. :'Dentro de 15 dias, no máximo, teremos demos notar que existem máquinas contrário.atentarmosporo estes estudos,esta- teses, os colegas do CCS tem tempo de o laboratório funcionando". trabalhando por lá, retirando a terra. remos contribuindodesde já poro que, demo- .treinar.' O que não acontece com os Na verdade, pr0":lessas deste tipo. esAlém daquela via, será também asfal- eroticamente.junto o outros cam.adasdo p~pu- 'colegas do CESA e do CLCH, por exem-' tão sendo feitas desde que o CLCH laçõo. possamosencontrar soluçoesque selam 'pio . tada a que dá acesso ao almoxarifado benéficosporo o maioria dos pessoas.Será o '. d • • mudou da cidade para o campus univergeral, pois parece que muitos cami- primeiro contribuiçãoporo melhorarmoso nlvel Ironlzan o. em cima da trag.edla a sitário, quando os alunos começaram a nhões andaram encalhando por lá. E de entendimentodos problemas. gente pode dizer que se o obletlvo dos pagar por aulas práticas inexistentes. naquele atalho que dá direto pra ro-' Os estudos ser'bopublicadospelo revisto colegas do período integral é. aprimorar Na ocasião, através de um documento o obletivo dos dovia Celso Garcia Cid, seró feita uma. "Terra Ro~a e outros ler~as". O regulamentosuas performances, assinado pela maioria dos alunos, foi abaIxo(qualquerdÚVIda, apareçono DCCE I .d . d I I . di • I mistura de óleo e terra. Nõo é asfalto, segue ruo Antonino, 1.777, fone 22-4709) co egas: O ~eflo O pare a e mlnU r o solicitada ou a reposição do dinheiro. mas deixa ó caminho bem mais lisinho, ;indice de dlstensães por falta de mQpago ou a urgente instalaçà.:> do lasem muito pó, 'nem barro. E o prefeito: vimento. REGULAMENTO boratório. Mas, nem foi devolvido o garante que sai até dezembro! Dentro desse 'quadro, o analista esdinheiro, nem o laboratbrio foi instaPermitam, no entanto, dar uma de São 1° Todosos trabalhosdeverãoabordartemas portivo do Poeira prevê que o CCSainda da realidadenorte-paranaense. relacionados.com será, por alguns anos, o grande cam- lado. Tomé: "enquanto não ver, nãotoc'ar, A preocupação dos alunos aumentou: a economia, p olltica, sociologia,história, soude, peão dos Jogos Universitários. Por fim, não passar por cima, NÃO ACREDIeducação,arte, culturo,etc. . 'Por mais que a gente se esforce, não TAMOS! . 20 A particlpoção é abertaa todos,estudantese uma profecia: é altamente provovel que conseguimos aprender muito com a falprofe~soresda FUEL,e demoispessoaslnteres- os próximos centros a consegulrel1] boas A Reitoria deveria sodas,desdeque resida~ na região. posiçães nos .Iogos serão também do ta de laboratório. pensar na nossa formação, pois somos 3° Codaparticipantepoderbconcorrer'com,no período integral • mbxlmo,trêstrabalhos.(Ostrabalhosdeverãoser nós que ensinaremos amanhã outros datilografadosem espoçodois, 5 cópias). .alunos", reclama uma aluna do 5° 4° Ostrabalhosdeverãoser enviadosaté o dia perlodo de Anglo-noturno. . 14 de fevereirode 1976, na sededo DCE,b rua Todo mundo na FUEL, estudantes, Os professores também estão insatisAntonina 1.777, telefone 22.4709 professores e admini~tradores, têm 5° Os trabalhos,com títulos e pseu~nimo, feitos, apesar de não reclamarem comentado ou ouvido comentários úl- deverãoserenviadosem envelopefechado.Num oficialmente. Um deles acha que os timamente sobre a possivel criação do envelopemenor,contido no maior, participante erros começaram na antiga adminisfarb a sua identificação,colocandopseudônimo, curso de Agronomia. Diante da insistêntração de Ascêncio Garcia Lopes: "Fi. nome.endereçaInscritos.Esseenvelopedeverb Pois bem: a multi atrasou na entrega cia dos rumores, e da importância da estar lacrado. zeram a encomenda pela metade. Os 6° A premiaçãoserb conferidaaos três pri- da encomenda, o técnico assinou outros criação de um curso como este na nossa serviços de instalação da própria fábrica Cr$ 5.000.0° de contratos e os alunos, que não tinham regiao, procuramos entrevistar as pes- meiros colocados,perfazendo não foram encomendados, visando prêmiosem dinheiro.' nada a ver' com isto tudo, continuaram' soas mais credenciadas da Universidade economizar. Não sei se o técnico par7° Qualquerdúvidapoderbser esclarecidana d I pagan o, regu armente. para ver em que pé esta a coisa. Todas sededo DCE. ticular conseguirá montar o laboratório. 8 A Comissãolulgadorase reservarbo direito elas alegaram categoricamente que Está tentando desde quando?" CORTINA, FIOS, ETC••• nada têm a informar e que tal assunto de concedermaisprêmios,se assimjulgar necesO diretor do Centro justifica: "Con-' sbrlo. aindã não deve ser tratado a nivel estratamos um técnico, por sinal muito 9° Os trabalhasInscritospassarão' a pertencer tudantil. ao DCE,sem exclusividade,podendoser publi- Mas, nem só a Phillips atrasou: a mon- competente, para fazer a instalação. O O próprio reitor, numa reunião aberta cadosna revista'jerra Roxa",independentemen-ta'gem elétrica do laboratório só pode material chegou meio tbrde ~ técnico começar em dezembro do ano passado, aceitou outros contratos. com alunos do CCR, e a pedido destes, te de classificaçãono concurso. Desta ma10° A revista 'jerra Roxa e Outras Terras" porque o setor de marcenaria da Unidemonstrou, a julgar pelas informaçães' neiro, houve um atraso de meses. Ele promovera publlc':lçãa dastrabalhaspremiados. versidade demorou para colocar as cor- fez um contrato pelo qual receberia que deu, que a criação de Agronomia 11 ° Os casasomissosserão resolvidospela tinas, carpetes e os móveis para a ins- 50% no inicio do se~viço e o resto ao ainda está escrito numa linguagem mui- comissãojulgadoraa ser composta. 12° A divulgaçãodosresultadosserbfeita pela talação do som. Mas, quando tudo isto to dificil para qualquer estudante en, terminar. Como não existiam técnicos imprensade Londrina,que também divulgarb, foi feito, surgiu outro problema, seguntender. qualificados na região, tivemos que esoportunamente, a data,harbrloe localda entrega do o diretor: "Depois de concluidas as perá-lo". Infelizmente, a iniciativa que era a de dos prêmios. instalàções, o técnico poderia terminar elogiar a Universidade na criação do o trabalho. Mas surgiram problemas de curso de Agronomia, esbarrou mais vez adaptação deiSaparelhos enviados pela no silencio que pode ser interpretado, Phillips. Ela nos mandou um esquema no caso, claramente, como uma predispara trinta alunos e previamos o utiposiçao dos administradores contra o lização de quarenta. Os aparelhos da interesse de participação do estudante fábrica permitiam a comunicação dos na criaçao de uma boa' Universidade.

o CCS foi campeão mas quem ~anhou foi o Ensino Pa~o

~ Cavando ~' a Terra Roxa, _ ~ ,voce pode ~anhar ~ até Cr$ 5.000,00

Inacreditável: O asfalto do CCH está. saindo!

Desinteresse .Impede EIQgio À FUEL

I

Mistério, suspense, intri~a internacional

no laboratório do CCH

o

'i.


POEIRA ,7

A sabedoria ensina que aquele que se oficial e instituiu as calouradas. pagou acadêmicos foi realizada de maneira 11. Pelo integral respeito aos Direitos esquece do passado. que se recusa a todas as dívidas deixadas por gestão, sistemática. e a promulgação do ,de~ Humanos. enxergar nos erros cometidos as lições 'irresponsável. organizou. como van-creto-lei 477. a criação de ferrenhos Assim. os problemas que envolvem a que serão os instrumentos do trabalho' guarda. as lutas pelo nrvel de ensino. in- regimentos internos acabaram por Universidade constituem a base em torpresente.que não considera a história do de encontro às necessidades da gerar uma violentíssima recessão cultu~ no da qual devem se desenvolver as como sequência relacionada de acon- maioria; ampliou a campanha pela ral e polftica quase irreversivel.As con- atividades estudantis. Nesse programa. tecimentos. corre o serio risco de afas- federalização da Universidade como um sequ~ncias desta pressão assustaram a imprensa universitária precisa expantar-se do calor da luta. Menos por von- dos meios de extirpar as taxas e o en- inclusive as autoridaes do Ministério da dir-se porque desempenha importante tade do que por inconsciência. sino pago. lançou a revista "Terra Roxa" Educação que. pressionadas pelos es- papel de aglutinador de idéias' demoEsta lição "Poeira" aprendeu ao longo e realizou ala. Semana de Atualidades. tudantes. atualmente desenvolvem cer- cráticas. Os estudantes sempre se indestes dois últimos anos. Uma lição que reunindo artigos e intelectuais de ex- tas iniciativas no sentido de autorizar a teressaram em tomar parte de discuso faz retornar ao início sempre que um pressão. contribuindo para a siste- reabertura de diretórios ainda fechados. sões e decisões. sobretudo dos assuntos novo dado se acrescenta à realidade das matização da cultura em nossa região. como os da Universidade de Brasilia. da qye lhes dizem respeito. Na medida em atividades estudantis em Londrina. Em O trabalho. organizado em bases am- Universidade Federal do Paraná e que desenvolvem suas consciências. 1972. primeiro ano de atividades no DCE pias. desembocou na segunda vitória outros.. Paralelamente a este tipo de es- mais empenho demonstram em pare Diretórios Acadêmicos. o trabalho dos consecutiva do "Poeira", Nas eleições forço. não convém esquecer. os rrgidos ticipar. universitários em defesa de seus in- de setembro último. a quarta eleição controles persistem. E as atividades esE para que tudo isto se desenvolva da teresses se desenvolveu de maneira direta para o DCE e D.As .• vencemos tudantis. duramente atingidas. pros- maneira mais correta. é necessário que dmida e pouco organizada. O resultado com esmagadora maioria (1).Esta vi- seguem. a frente ampla democrática estudantil. disto fez por se concretizar em pouco tória tem um significado expressivo: a E necessário reconhecer que apesar reunida e cada vez maior em torno tempo: apesar dos esforços. os estudan- frente ampla democrática avançou em do progresso dos últimos tempos. as do "Poeira" ouse para reconquistar o tes progressistas foram derrotados nas suas pcsições. aprofundou suas ban- atividades reivindicatórias apresentam ,Tempo perdido. de 197.3. deiras e se estendeu a ponto de dominar problemas que precisam ser superados Revendo seus erros. esses estúdantes. todos os cargos de representação dis- no menor prazo. Para isso. a frente am( 1) - O "Poeira venceu as últimas muitos deles hoje' já formados. fun- cente. não só nos diretórios. como nos pia democrática estudantil da FUEL. eleições para o DCE com 4.751 contra daram o jornal "Poeira". ,em torno do órgãos da Universidade. reunida em torno deste jornal. tem uma 1021 votos. As chapas de frente ampla qual reuniram' estudantes de todas as Esta .situação pr.ivilegiada. conquis- modesta contribuição a fazer. E o nosso venceram no DASCCRcom 162 contra 14 áreas da FUEL. formando uma' ampla tada palmo a palmo no decorrer destes programa mínimo: 1. Pela liberdade. votos; no DASCT com 220 contra 31 frente de princrpios democrbticos. anos. não constitui uma ilha dentro do contra o código disciplinar 169 e contra votos; no DASCE com 176 contra 83 Unidos nessa frente e trabalhando panorama geral das atividades estudan- o decreto-lei 477; 2. Pela democracia na votos; no DASCCA com 354 contra 31 cotidianamente pela causa democrática. tis. Acompanhando" atentamente os educação. contra o ensino pago; 3. Pelo votos; no DASCCB com 379 contra o "Poeira" cresceu. vencendo com gran- acontecimentos nacionais. encontramos 'nivel de ensino. contra a deseducação 53 votos;no DASCCScom 722 contra 227 de margem de votos as eleições de sempre a presença do esforço estudantil tecnocrata; 4. Por 1/5 de participação votos; no DA~CCE com 453 contra 43 1974. derrotando o grupo Decisão. de 'nas outras Universidades. O que leva à nos Conselhos contra a desvaloriza,ção votos; no DASCLCH com 645 ,contra 72 arenistas. conclusão de que estas atividades não da representação discente; 6. Pelo pas- votos; e no DASCESA com 1.635 contra Durante a gestão. a frente reunida no acontecem por força da vontade de uma se universitário. contra a exploração 489 votos. Além de vencer em todos os "Poeira". derrubou o Exame Obriga- minoria. mas sim por fO'rça de um fe- nos transportes; 7. Pela desburocra- diretórios, elegeu-se em todos os órtório. sistematizou e recrudesceu a luta .nomeno social determinado pelas tização. contra a cobrança de taxas; 8. qõos de representaçõo discente da contra Q decreto-lei 477 e o código dis- graves deficiências do ensino. agra-' Pelas sedes dos D.As no Campus. contra . Universidade: nos Conselhos Superiores 'ciplinar 169. fundou os jornais setoriais vadas por tensões dos atos de exceção. a desunião; 9. P.ela educação física op- CU.CA,CEPE.COSEOR.COPERTlDE; em "A Matraca" e "O Bezerro Rebelde.... A história das atividades estudantis lativa. contra os interesses mercantilistodos os Colegiados. em todos os Conconquistou um prêmio nacional de Jor- na última década o comprovam: nos úl- tas; 10. Pelo Centro de Vivência e can- selhos Departamentais e em todos os nali~mo Estudantil. erradico~ o "trote" timos anos a intervençilO em diretórios tinas. contra o Campus desumanizado e Departamentos.


f'OEIRA 8 especial os do Centro de Ciências do Saúde e o Reitoria o que; conscientes do dever de solidariedade, tomem uma posição e assumam, em conjunto, todos os providências necessários. Por fim,conclamamos os autoridades competent~ que reconsiderem esta prisão que é inconstitucional, inusitado, tr6gica. O Conselho'Deliberativo decidiu também. no mesma reunião extraordin6ria. comunicar o foto á Presidência do República, aos ministros do Educação e Justiça, 00 Governo do Estado, à Secretario de Educação e demais autoridades, solicitando providências urgentes no sentido de que esta prisão seja esclarecido. Decidiu ainda divulgar amplamente o foto, com pedido de solidariedade o todos os diretórios aca,dêmicos do pois, aos éstudantes univer-_ sit6rios em geral, às direções dos e~colos medicas e associações de classe e 00 Congresso Nacional.

POSSE:

UMA CERIMONIA ANORMAL Apesar do repentino transferênc!Ç1dOI lcil:al marcado par~ o cerimônia (d~ Icatro . Universitario poro o Canadá Country Club depois do alegação do reitoria de que os instalações eletricas estavam estavam estragados). cerco de 300 estudantes estiveram presentes á posse do novo gestão do Poeira a frente do DCEe as posses dos novos diretorias dos DAs, realizado no di 17 de outubro as 20 horas. A solenidade não foi realizado em circunstâncias. normais, frente a prisão do. professor Nelson Rodrigues dos Santos, e um documento sobre o atual situação do ens'ino no país e particularmente do FUEl (vejo o editorial )que seria lido no ocasião. foi substituído pelo Corto Aberto. úiscutida, redigido e aprovado pelo Conselho Deliberativo do DCE. em reunião extraordinário do dia 13 de outubro. o corto e dirigido especialmente aos seis mil colegas. aos professores. a reitoria e demais autoridades. A corto. aplaudido de pe por longo tempo por todos os estudantes presentes a posse, e mais uma serie de telegramas protestando contra o arbitrariedade do prisão e enviados 00 presidente do República e os Ministros do Educação e Justiça mostram. mais uma vez, que os estudantes tem sido o vanguarda, em londrina. no defeso dos principios deIllocráticos e que se traduzem. nos dias que ocorrem. no respeito pelo integridade físico e intelectual do pessoa humano. no revogação dos atos de exceção Ato 5 e decreto lei 477 _, no luto pelo. impedimento de no,",as resIrições projeto de código disciplinar 169 no instauração de uma Universidadeaberta as especulações cientílicas. dirigido prioritariamente poro os necessidades e vontades do maioria do população brasileiro. Atitudes como esta são facilmente confundidos com agitação. Ao contrário, lai como afirmo o corto, movemo-nos: úbedecendo irrestritamente os ideais de . justiça e respeito pelo integridade do pessoa humano. Assim nos afirmamos corno patriotas. assim nos sentimos verdadeiramente brasileiros democratas.

APrisáo do Professor

Uma novo diretoria tomo posse hoje londrino, Nelson Rodrigues dos Santos. no Diretório Central dos Estudantes e Esta prisão acontece em meio o um outros nove nos Diretórios Acadêmicos clima de pânico no comunidade, criado Setoriais do Fundação Universidade .Es- por diversos prisões ocorridos também em l~_ndrina e região nos últimos dias. tadual de londrino. . .Estas prisões. sem exceção, são feito Nesta ocaSlao, poderíamos falar em sigilo, sem que o prisioneiro e suo sobre o grande problema que enfrenfamilia saibam poro onde é levad~, de tomos em nosso escola: o ensino pago. Poderíamos reivindicar o federalização que é acusado e por quanto tempo perdo nosso Universidade~ mais uma vez, manecer6 detido. A prisão do doutor Nelson Rodrigues como um posso poro o conquisto do ensino gratuito. Poderiamos falar dos dos Santos atinge diretamente o co~Ievadas taxas que dia o dia pesam munidade universit6ria de londrino, e sobre os ombros dos universitários em consequência disto, nós , estudanbrasileiros representando o imposição tes, sentimos o dever moral de manter o gradativo do ensino pago. Poderiamos nosso dignidade. manifestando-nos em também falar dos crises que o Univer- defeso desse prisioneiro. Todos nós conhecemos e convivemos sidade Brasileiro atravesso, do situação no Universidade com o professor detido, dos estudantes do Escola de Comunicação e Artes de São Paulo, que entre que é pessoa de reconhecido capacioutros dificuldades, reagem contra os dade did6tica, científico e profissional, pelos atitudes despóticos do diretor do escola; sendo respeitado amplamente dos estudantes do Universidade Federal que trabalham por um melhor nível de de Minas Gerais que se encontram im- ensino, destacando-se no luto pelo pedidos de promover o cultura; dos es- reformulação do ineficaz estruturo do tudantes do Universidade Federal do sistema de saúde no país. Dias atr6s, ele Bahia que se encontram em pleno com- esteve em Salvador falando sobre "O Ambulatório no Ensino Médico", como bote pelo extinção do jubilamento. especial do Associação Se isto não bastasse, poderíamos ain- convidado do reivindicar o fim do decreto-lei 477, Brasileiro de Escolas Médicos no XIII Congresso Brasileiro 'de Educação Medos códigos disciplinares que peramdico. Por tudo isso. o professor Nelson bulam pelos corredores dos escolas à só fez ganhar o amizad~ e o respeito dos espero do momento oportuno poro se do abater sobre os cabeças dos estudantes colegas. alunos e funcion6rios Universidade. atuantes. E aqui. em londrino, sentimos E, pelo intranquilidade em que se envivamente este problema com o ameaço contram suo familia, professores e que pairo no ar, de implantação do do código disciplinar 169, o 477 "caboclo". alunos, o Conselho Deliberativo Poderíamos repetir mais uma vez que os Diretório Central dos Estudantes resolestudantes necessitam do liberdade de veu redigir e aprovar este documento, expressão tonto ou mais do que do cor- munido apenas pelos ideais de justiça e teira que utilizamos poro sentar nos respeito pelo integridade do. pessoa humano, nanifestondo o nosso profundo solos de aulas. estranheza diante da prisão. Prisão que Assuntos não nos faltam, os reivindicações' são muitos. No entanto, somos atemorizo o comunidade e extermino obrigados o falar pouco sobre tudo isto. com os garantias individuais do cidadão. Ao tempo em que se manifesto, o No entanto, somos obrigados o comunicar, consternados, que o nosso Conselho Deliberativo propõe aos seis Universidade j6 não est6 imune à onda mil colegas universit6rios o discussão e amplo divulgação do foto, participando de prisões que assolo o pois. Foi preso no último dia 11, o professor do esforço pelo preservação dos direitos e diretor do Centro de Ciências do inalien6veis do ser humano. ConclaSaúde. do Universidade Estadual de momos os professores em geral, e em

Diretório Ce';tral dos Estudantes - gestão 74/75 Diretório Central dos Estudantes - gestão 75176 Diretório Acadêmico Setorial do CC-Saúde - ges. tão 7417S Dir ório Acadêmico Setorial do CC-Saúde - gestão 75/76 Diretório Acadêmico Setorial do C-Comunicação e Artes - gestão 7417S Diretório Acadêmico Setorial do C.Comunicoção e Artes - gestão 75/76 Diretório Acadêmica Setorial do C-letras e Humanos - gestão 7417 5 Diretório Acadêmico Setorial do C.letras e Humanas - gestão 75/76 Diretório Acadêmico Setorial do CC-Rurais - gestão 74/75 Diretório Acadêmico Setorial do CC-Rurais - ges-, tão 75/76 Diretório Acadêmico Setorial do CC-Biológicas gest2l0 7475 . : 'Diretório Acadêmico Setorial do CE-Sociais, Aplicados - gestão 75/76 ' Diretório Acadêmico Setorial do C-Tecnologia gestão 7417 5 Diretório Acadêmico Setorial do CC-Exatas - gestão 75/76. Representações discentes nos órgãos superiores da Fuel - gestães 74/75 e 75176. Represe,!taçã"" discentes nos colegiados e conselho departamental da Centro de Ciências da Saúde - gestães 74175 e.75176.

O Professor Libertado o professor Nélson Rodrigues Santos foi libertado no dia 28 de tubro, depois de uma permanência 17 dias no prisão. A pronta ação dos

dos ou-

de es-

tudantes, através do Conselho Deliberativo do DCE, contribuiu grandemente para o sua libertação, como o próprio professor reconheceu. .. Durante o processo de mobilização, efetivado pelo Conselho Deliberativo do DCE. em defesa do professor Nélson Rodrigues dos Santos, a grande maioria dos colegas demonstraram enorme capacidade de organização e coragem, cumprindo rigorosamente com as tarefas designadas, não esmorecendo diante do temor causado pela gravidade da situação. Todos sabemos o quanto é dificil ser capaz de uma conduta como esta, nos dias que correm. E principalmente por causa disto, as lideranças universitárias de Londrina tiveram o enorme privilégio de experimentar na prático a solidariedade de que o estudante é capaz de prestar, a unidade que ele é capaz de criar, o dominio sobre o temor que ele é capaz de exercer, sempre que o exercício da liberdade se. encontra ameaçado. Todos saímos mais maduros, mais experienles. enriquecidos pelo que fomos capazes de realizar em defesa de um

prisioneiro. Poucos foram os colegas incapazes de acompanhar o maioria. Mesmo assim, esses poucos também concordaram com todas as decisães votadas. Para esses, temos certeza de que a libertação do professor e seu pronunciamento de gratidão à defesa exercido pelo estudante. foi uma lição maior. O medo perde sentido quando a razão e o justiça estão do nosso lado.


POEIRA 9

CANTE COM A GENTE

PESADELO

Quando 'um. muro separa, umo ponte une.se a vingança encara, o remo~so pune. Voc,êvem me ogarrra, alguém ve":l me solta. Você vai na marra, ela um dia volta. E se a força é tua, el-aum dia é nosso. Olha C? muro, olha a ponte, olha o dia de ontem chegando ... que medo você tem de nós. Você corta um verso, eu escrevo outro.Você me prende vivo, eu es'capo morto. De repente olha eu de 'novo, pE~rturb.andoa paz, exigindo o troco. Vamos por aí, eu e 'meu cachorro. Olha o verso olha o outro, olha o velho, olha ,o moço chegando...que medo você tem de nós. O muro ~aiu, olha a ponte ,da liberdade guardiã. O braço do cristo horizonte abraça o dia de amanhã l

Paulo césar Pinheiro e M~ricio TapaiósMPB-4 (LP "Cicatrizes", da Philips).

ILondrina ,abre a boca 32 mil universitários da USP e da Es- reivindicação de libertar todos os sidade de São Paulo, vêem manifestar e abafa cola de Sociologia e Polltica de São resos. eu profundo pesar e sua preocupação Paulo, deixaram de ir às aulas nos dias .. a no, e que, possivelmente, o integridade no ECEM 29, 30 e 31 de outubro, em protesto con' ,la 25, o movimento recrudesceu e se ísica e psicológica dos cidadãos sob a'

USP PARALISADA çom

morte,de

Wladlrolr

Herzog,

tra as prisães e a morte do jornalista. Wladimir Herzog. No dia 31, os estudan. tes da Escola de Administração de Em. presas da Fundação Getúlio Vargas, da ~C paulista, das FaculdacJes Objetivo e do Faculdade de Medicina da Santa Casa também para_ramo O mesma ocorreu em Santos, na dia 27, onde alunos e professores do Departamento de Jornalismo da Falculdade de Comunicações suspenderam as aulas em 'sinal de luto. Ainda no dia 31, diversas escolas do país mandaram celebrar cultos ecu-

lastrou por diversas universidades do aís. Só em São Paulo, de 29 a 31 de utubro, todos os cursos da USP (com xceção da Faculdade de Odontologia e os cursos de Inglês e Alemão) paraIise . as aulás. A Escola de Sociologia ""'II,ca e 05 alunos de Engenharia da USP, em São Carlos, também pararam. Reunidos em assembléia; os estudanes da Universidade de São'Paulo elaboraram um manifesto aos traba. Ihadores, distribuido aos sindicatos, convocando para o culto ecumênico do dia 31. Grupos de trabalho percorreram mênicos em memória de Wladmir Her~ outras faculdades, fazendo a mesma zog. convocação. Nas sessões de teatro o O movimento começou em São Paulo, documento também foi lido. no dia 23 de outubro, quando 800 Os professores de Engenharia' de alunos da USP se reuniram em assem- Produção também decidiram paralisar bléia geral para decidir sobre as mé. suas atividades, enquanto a Comissão didas a serem adotadas contra as Universitária enviava uma carta aos prisões de professores e estudantes da demais professores, pedindo sua parescola e contra a circular do ministro. tidpação nas assembléias 'e reuniões. Armando Falcão. Na ocasião, foram Estes já tinham enviado uma carta ao denunciadas as prisões de três colegas. Governador de São Paulo, Paulo Egídio do Instituto de Tecnologia e Aero- Martins, dizendo o 'seguinte: , náutica, e de um do 3° ano de Medicina. "A nota distribuida a imprensa pelo 11 Lembraram tombem o fato ocorrido rio' Exército, comunicando a trágica morte dia 15, quando agentes de segurança do jornalista e docente desta Univerentraram no Hospital das Clínicas a sidade. Wladimir Herzog, após ter.se procura de um aluno, "e só não pene- apresentado para depoimento, causou, traram na enfermaria porque os profes- conforme noticiário, profunda comoção sares não permitiram". nos meios jornalísticos e manifestação Ao final da reunião do dia 23, os es-de apreensão de parlamentares nos u~antes da USP decidiram paralisar asãmbitos estadual e federal. a",las no dia 29, se até lá o Governo "Assim, como os jornalistas e, parFederal não tivesse atendido à lamentares, 05 professore,s dÇl Univer-

Dois estudantes de Geociências da UnB- Paulo Bernardo SiI a e Jos~ Patrocínio Landin -,foram presos' depois da missa que os iornalistas de Brasilia mandaram celebrarem mem' ia de Vladimir Herzog, dia,31 de outubro. Dois dias após foram soltos, depois que est~dantes da UnBameaçaram entrar em'greve se os órgãos de segurança assi m não' procedessem. Ess'a posição foi dirigida ao vice-reitor da UnB. Folha de São Paulo, 3. de. São Paulo, . 11.75 -Estado

m

custódia dos órgãos de segurança não. esteja sendo estritamente preservada.: "Pedimos encarecidamente, a V.Ex' cia, governador deste Estado a que servimos, gue interceda junto as autoridades competentes para que as dúvidas sejam esclarecidas, a fim de que se, restabeleça o clima de confiança impor. tante para nossa função no magistério superior", . Além das assemblélas,os estudantes promoveram uma' si!rie de atividades paralelas: encenação de "O Berço do Heroi", de Dias Gomes, e "Contrato de Riso", criação coletiva do grupo de' teatro do \c:urso~de Ciências Sociais; debates e~t~e alunos, professores, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, do clero, e jornalistas. 05 alunos da Faculdade de Comu'nicações da Fundação Armando Alvares Penteado - onde Wladimir Herzog tom. bém foi professor - decidiram guardar luto de uma semana, a partir do dia 29, determinando um minuto de silêncio diariamente numa das aulas. Na Pontifícia Universidade Católica, foi suspensa a Semana de Ciências Sociais, por decisão dos professores. A maioria dos cursos da PUC estão sem diretório e alguns alunos participaram individualmente dos reuniões do USP. até que houvesse ampla adesão da maioria dos cursos da escola. . Estado de São Paulo, Folha de ,Lon. drina e Panorama.

ECA Asituação do Escola de Comunicações e Artes da USP, durante os dois meses de greve geral no semestre passado. foi estudada por uma comissão especial. O relatbrio final dessa comissão, embora não caracterize a responsabilidade do -diretor Manuel Nunes Dias ante as acusações que lhe foram feitas na época, confirma as demais denúncias dos alunos, ao criticar duramente a estruturo curricular e departamental da ECA. Estado de São Paulo, 3.10.75. E no final das contas: os alunos da ECA, que fizeram'a greve no semestre passado, é que estavam com a razão ...

Dois mil estudantes de Medicina de fado o paEs - 53 delegaçÕes ao todo. incluindo Londrina participaram no último mês de julho do ]0 ECEM - Encontro Clentfflco' de Estudantes de, Medicina - realizado em Petrbpolls. Esado do Rio de Janeiro. O tema principal foi a discussão de problemas clen.tfrldossociais e ensino médico no Brasil. Em agosto último, recebemos o nO 5 do jornal ABERTURA, impresso pelo DCE do Universidade Federal de Juiz de Foto, Minas Gerais: Nele. a delegação neira comenta: "Na mesa redonda I (Ensino Médico. Especl/aização. Realidade Nacional). o que mais empolgou foi quando o delegado de Londrina chamou a atenção a um ponto deveras sério: "depois de 6 anos de estudos médicos. sai-se da {acuidade inseguro. faz-se mais dois anos de residência para u'!1a especialização qualquer num paEs como o nosso, em fase de des volvlmento, em que ainda morrem brasileiros de doenças primbrlas (chagas. ma/brio ... )".

mi-

Visita cordial na UFMG A Polícia Federal mineira invadiu três diretórios acadêmicos e a sede cultural do DCE da Universidade Federal de Minas Gerais, dia 23 de outubro. Os policiais arrancaram cartazes anunciando um sho~ de' Luiz Gonzaga Junior (Gonzaguinha) e jornais murais, tendo mencionado, durante a operação, a "circular urgente" do ministro Armando Falcão. A Invasão dos três diretórios (das Faculdades de Medicina, Arquitetura e Filosofia e Ciências Humanas) e da sede cultural do DCE ocorreu na parte da manhã e os agentes da PF portavam, nos' quatro casos, um "auto de apreen. são", qu;' os autorizava inclusive, a promover arrombamentos de portas de armbrios. Segundo o pessoal da UFMG, a Polícia disse que o cartaz anunciando o show do Gonzaguinha era contrário a segurança nacional. Ele continha parte da letra da música "Plano de Võo", já liberada pela censura. Folha de Londrina, 24.10.?5.


res dos 8 diretórios acadêmicos setoriais e pelos representantes estudantis nos órgãos superiores. O .reitor baixou portaria na ultima quarta feira, nomeando a comissão para elaborar o ante-projeto do Estatuto do Diretório Central dos Es-

eó-po~-re ~HJMO~'.

-

,~~õU1I-.qJ{;) ~ :-ruRJ.\~ e.. OJ05 1)E,.:P-A.iJ M a.rm ~

NaUFSC

-n.

Regimento

~ BEZERRD R1BEl"

Ag~ra~UFP' . temcapoe~a

Escolar provoca greve

.

.

Um ,grupo

de estudantes

da

Univer-

800 alunos da Universidade Federal sidade Federal do Paraná. de Curitiba. 'de Soa Carlos permaneceram em as. se uniu e fundou o jornal "CAPOEIRA". sembleia geral permanente do dia lOque já se encontra em seu. terceiro ate fins de outubro. As reivindicações se numero. No trabalho desse pessoal prenderam o tres topicos: Em primeiro fazemos dois destaques: o nome lugar. queriam conhecer o regimento ' ::apoeira" e a marca do jornal (dois. geral da universidade, encaminhado 00 MEC em 72. sem que ninguém tivesse tomado conhecimento do seu teor até o inicio da greve. As respostas da ad. ministraçao

variavam

gavetado, esta preso 'nao ha nada sobre

entre

"ficou

en-

no MEC", ou então isso".

lutadores de um POEIRA, passado.

de capoeira) foram copiados cartaz nosso. publicado no em nossa campanha do ano O que. aliás. muito nos honra.

Segundo:

o "CAP

OEIRA", surgiu

reunindo Chico Buarque de Holanda, Milton Nascimento e Luiz Gonzaga Junior. paro o qual já tinham sido vendidos mais de dois mil ingressos. Previa. também, apresentações de João Bosco, Elis Regina. Toquinho. tudantes. A comissão será presidida Vinicius de Morais. MPB-4, Sérgio Ricar. pelo acadêmico Vilson Dornelles, es-. do e outros artistas. bem como o discusludante de Medicina e representante são de temos importantes ("Os Direitos discente no Conselho de Administração Humanos e o Liberdade de Expressão e da UFP". Organização nos Universidades BraPara vocês, colegas de Curitiba, o sileiros "). do qual participariam TeIIOSSO abraço fraternal. Estamos aqui resinha lerbini, presidente da Movidispostos a ajudar e ser ajudados no que mento Feminino pela Anistio. padre lar preciso. Agora. apenas uma pergun'. Egidio Schwade. assessor do Conselho Indigenista Missionário. Dom Waldir la: as ~leiçÕes para o DCE serão 'diretas Calheiros, bispo de Volta Redonda, o como em londrina ou indiretas, como advogado Sobral Pinto, o jornalista em diversas universidades do país? Este Raimundo Pereira. editor do jornal as~ec!o e primordial. 'Movimento ", Alceu de Amoroso Limo e Dom Paulo Evaristo Arns. cardeal de São Paulo. A Semana foi idealizado pelos Universidades do Grande Rio. e dela participariam delegações do UPS. das Universidades Federais de Minas e do Bahia, entre outros. Além disso. o oromoção contava com o apoio da Igreja e do Missão da ONU no Brasil.

em

condições muito parecidas com o nosso jornal: um grupo de oposição criou o

O nivel de ensino nao escapou as jornal na escola de Economia e Adcriticas. os alunos disseram que os~ ministração para iniciar um processo de curnculos estao desatualizados e .des. participação democrática, contestando a vinculados da natureza dos cursos, men. atuação do Centro Acadêmico Visconde ciontlOdo que as escolas da UFSC .ten. de Mauá; qüe se mantinha isolado dos dem para bacharelado e pós.graduação. estudantes. Os primeiros passos já sem ter condiçoes para tanto. O baixo foram dados: o 'CAP OEIRA" derrubou numero de bolsas para pesquisas. a foi- -a situação !las eleiçaões estudantis e a ta de criterio para a contratação de nova diretoria promoveu. entre os dias 3 professores e a falta de professores e 7 de novembro. a Semana de Mauc. para materias basicas foram os outros reunindo economistas e historiador~s problemas levantados. agravantes do do gabarito de Chico de Oliveira e Monlz baixa nível do ensino. Diante disso. os professores de todos os departamentos. com exceção do de Biologia. se solidarizaram com a assem. bleia geral permanente, dispondo-se a fazer uma analise do ensino em Sao Carlos.

aandeira. Para finalizar, transcrevemos uma nota do "CAPOEIRA", muito auspiciosa: "Nas ultimas semanas os jornais têm noticiado q~e brevemente serc reaberto o DCE DA UFP, que se encontra fechado desde a gestão do ex-reitor Flávio

No dia 13 de outubro. diante da insistencia do reitor p.ara que valtassem as

Suplicy de Lacerda (antecessor reitor Theodócio Atherino).

do atual

aulas. todos os alunos. reunidos em as"p ara que os demais colegas acomsembleia. geral. elaboraram um do- panhem as atividades acerca da reaber. cumento endereçado a reitoria. recu- :Iura elo órgão, estamos divulgando '0 sonda o "convite" e reforçando as "que ate o momento existe de concreto. reivindicaçoes. Foram feitas duas reuniões, nas quais os ,estudantes indicaram uma comissão de Estado de Sao Paulo. 10 , 14 e 13 e Iementas. composta pe I'd os presl en-

22.10.75.

REPRESSÃO

INTERNA

Todo o programação, entretanto. vinho sendo ameaçado por pressães do reitoria do UFF e suo AESI (Assessoria de Segurança e Informações). já há 0/qum tempo. No dia 29 de outubro. os es'udantes foram aos jornais. com uma noto oficial, poro protestar contra o ameação do chefe de segurança universitário (expulsar alguns colegas e fechar J DCE do UFF). coso o Semana dos Direitos Humanos não f()sse cancelado. E depois de seguidos reuniões com o reitor, o oposição à promoção permaneceu inalterado. o ponto do reitoria ,recorrer o Policio poro inpedf-/a. A nova gestão do Diretório AcadêA noto oficial dos alunos mico do Centro de Ciências Rurais já diz o seguinte: 'Este ano completam-se 7 anos de lançou o novo número de "O Bezerro I Rebelde". A maior inovação: o tamanho aprovação, pelo 3° Assembleia Gera , d t blo'd do ONU, da Declaração Universal dos f~, aume~ta o poro o f~' e; ~ Direitos Fundamentais do Homem.E os oag/7as, Impresso ~m ; t-S~ ' .. o e 1- estudantes do Grande Rio resolveram 'oria, os co egas o e e:/nfarl,ha prdo-, realizar suo primeiro Semana dos Dimetem corrigir os eventuaIs o os o' d f d I'b d d _ . rei tos Humanos, em e esa a I er o e rJdministraçao passado. continuar com o d'_ .e reunlao, expressa0 e organtzaçao, e luto-e, importante, com bater o decreto- d d"t 'd h b't de e lei 477 e o códi o disciplinar 169, No os /feIos. e o laça0, sou . 'I dg I b d trabalho, Hote• tantos anos depOIS. madis, eDes pe em aDCcoo "oOraBçao e vemos que o dignidade do homem, tão do os. o porte •E ezerro , • d nos campos e Re b e Id'"e tera. opala.. /n t egra I . A van t e.I cruelmente _ Ignorado concentraçao, guetos e carceres, conlinua sem 9arantias. "É exatamente no momento em que os direitos de àmplos setores do sociedade brasileiro se encontram mais o sacrificados, que mais se foz necessário discutr-/os e defendê-los. Por isso. apesar de compreendermos que o O DCE da Universidade Federal realização do Semana não será suficienFluminense foi cercado pela Policio, o 'e para o conquista de todos esses dipedido da reitoria, dia 3 deste mês. com reitos, ela servirá para mostrar que os o objetivo de impedir o in feio da Semana esOtudantes não estão insensfveis o estes dos Direitos Humanos. Essa promoção "aroblemas ". Folha de São Paulo, 3. 1I. começaria nesse dia com um espetáculo Folha de Londrino. 30. 10 e 4.11. 75,

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Bezerro Rebelde .ataca na Veterinaria

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SaJve-se quem puder! Reitor da UFF , Não !{osta de gente

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POEIRA 11 repressão: cala a bocal Mas, acima de ,tudo, devemos examinar bem quem esita com a razão. Porque, como' dizia Galileu Galilei, "A verdade é filha do ,tempo, e não da autoridade". Obs. O DCE, DASCCHe o DACCEenIviaram telegramas aos companheiros da UFBa., solidarizando-se com esse ~ovimento.

Grande Berro contece na UFBa:

jUBILAMENTO,

NÃO!

Emfins de setembro, os estudantes de Geologia e Geografia da Universidade Federal da ,Bahia entraram em greve: Aconteceu: numa forma de protesto contra qualquer forma de jubilamento, a falta de conNo dia 21, a Universidade recebeu a dições materiais para a realização de visita do Secretário de Segurança Púseu curso, o baixo nível de ensino e o blica."sto porque, desde o dia anterior, aumento alarmante das taxas. Uma :todas as unidades da UFBa, mesmo as 'semana após, o movimento contava com 'que não se e!"contravam em greve. esa aáesão de mais cinco cursos. O nú- tavam sob um forte aparato policial. Os alunos de Biblioteconomia e mero de adesões foi 'aumentando, e com cassetete, revólver, gás lacrimorapidamente cerca de 14 mil estu'dantes gênio e tudo. O secretário falou aos es- Comunicação da UFRGS'escolheram o nome de Vladimir He~zog paro o seu -estavam em greve. tudantes, que estavam rodeados de O' diretor do DAU, Departamento de viaturas policiais, criando um forte clima diretorio. A escolha foi feita na sextaAssuntos Universitários do MEC, Edson de intranquilidade. Pouco'após a fala do feira pela manhã e uma placa colocada Depois de dois anos discutindo com a na porta do diretorio. homenageando o Machado de Souza, foi enviado a Sal- secretário. decidiram. por maioria, reitoria (sem nenhum resultado prático) vador para tentar 'dar uma solução ao jornalista morto. Inicialmente. ficou que continuariam o movimento e esa reabertura do DCE, os alunos da problema. Mas o encontro não foi muito tudariam as maneiras de "romper o cer- acertado que o placa permaneceria na Universidade de Brasilia resolveram frutífero, principalmente por causa da co". Redigiram um documento, no qual porta. sem ser inaugurada oficialmente. recorrer ao MEC. Na primeira visita, 150 inflexibilidade de suas posições que, protestaram contra a interferência de ate que uma assembleia geral decidisse estudantes conversaram com o ministro se ela deveria ser mantida ou não. segundo os estudantes, eram difíceis de outras autoridades num problema Ney Braga na porta do ministerio, lhe No dia seguinte. entretanto, o placa serem aceitas. meramente educacional. Queixaram-se, entregaram uma carta com suas reivinDurante todo o tempo da greve, os es- também. da proibição de divulgação de tinha desaparecido e a sede do diretorio dicações e solicitaram uma audiência.' tudantes fizeram várias assembléias e qualquer notícia vinculada 00 movimen- permanecia fechada por ordem do seu ,Ney Braga preferiu marcar para o dia participaram, sempre em grandes to, pois os jornais, por determinação da presidente, Ricardo Torres. Interpelado seguinte um encontro com uma comispor dezenas de colegas, Ricardo fez grupos, de todas as reuniões da reitoria ~censura, estão limitando-o. :são de cinco. No dia seguinte, a hora questão de dizer que a culpa não ero e da Cãmara de graduação (encarreA repressão se tornou cada vez m'ais :marcado, chegaram ao' MEC 200 esgada da questão do jubilaménto). forte. Dois estudantes foram presos. sua e que "agentes do SNI estiveram tudantes, acompanhando a comissão. Quando não eram convidados a entrar, tirando informações de alunos da Facul. Todos foram impedidos de realizar asEles pretendiam assistir todos ao encon- ficavam do lado' de fora, esperando. dade na tarde de sexta-feira". sembléias. tro, mesmo sabendo que apenas a Estado de São Paulo. 9. 11. 75., O reitor, no entanto, mantinha concomissãô de cinco poderia se manifes- dição para o início das conve~sações,'0, ~Extraído do Estado de São Paulo.) A circular do Ministro da Justiça, Artar. Na portaria, foram impedidos de retorno as aulas. E os estudantes, em entrar. Cinco minutos depOIS vinham. contra-partida, sempre orgaÍlizadõs em mando Falcão, saiu no i:tia 23 de ou_O conversar com os estudantes, na por- assembléia fizeram um documento es- tubro, data das últimas noticias oficiais taria mesmo, dois enviados do minis-' tabelecendo suas condições para o' que tivemos da crise. Sugerimos a todos tro: o diretor do Departamen'to de As" retorno.: 10 suspensão do jubilamento; os colegas que se informem e procurem saber como está sendo resolvida a si'suntos Universitários e o chefe de, 20 que sejam tuação. Como sempre, foi difícil um gabinete do ministro. Chamaram os cinatendidos os pedidos de cada esco- diálogo entre estudantes, reitoriapAU e; co da comissão para dizer que o ministro la (centro) quanto as condições de en- o MEC. e o diálogo veio .em forma de os receberia de bom grado, ficaria com sino e envio de verbas; 3. o abono de eles toda a tarde se necessário, mas os faltas (para o período de greve) e o outros não poderiam entrar e nem direito a realização de provas; 4, que se aguardar lá em baixo, "poro evitar constituisse uma comissão de estudantumulto". A questão foi colocada em tes e professores para se fazer cumprir. votação ali mesmo, e os estudantes o que foi estipulado. aceitaram a condição. Fizeram uma Mas o reitor permaneceu inflexível. E, imensa roda e ficaram sentados na por causa da sua recusa em dialogar grama em frente a catedral. Os cinco com os estudantes, estes foram obrisubiram. foram cumprimentados pelo gados a recorrer a mediadores. Naturalministro, que, se retirou em poucos mente, o greve teve forte repei"cussãó, minutos e delegou a seu chefe de gae o Cardeal D. Avelar Brandão Vilela binete e ao diretor do DAU poderes para ofereceu-se para falar com o reitor decidir o que lhes parecesse mais conAugusto Mascarenhas. Este, por fim, veniente. Garantiu que endossaria recebeu os alunos. No entanto contitodas as decisões da reunião. nuou irredutível na sua posição de que Enquanto isso, 9s 200 que ficaram do os estudantes deveriam, antes de tudo lado de fora eram fotografados por ( retornar as atividades. Isso provocou policiais. Dezenas de carros a Policia revolta entre os universitários, que o Militar passavam vagarosamente perto acusaram de querer o movimento. Em dos estudantes. deixando ver as teleassembléia geral, resolveram, ,também objetivas. . realizar uma reunião a nível nacional, Os dois delegados do ministro. numa para serem debatidos os problemas ententativa invulgar de resolver o impasse frentados pelas universidades brasicriado pela reitoria da UnB (que insistiu por mais de dois anos em manter o DCE leiras , A repressão, porém não se fez esfechado) acabaram proporcionando aos perar foi retirando um mural da Escola estudantes uma primeira vitoria ao de Administração, que continha noticia apresentarem a seguinte proposta. sobre o andamento da greve foi apreen- Cada departamento criará o seu dido um mimeógrafo adquirido com diretorio acadêmico e estes fazem parte recursos de todos os universitários, pela da estrutura nor,mal de um DCE. diretoria da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Mas, pior que isso foi a informação do diretor da DAU de que, Outra reivindicação dos estudantes se a greve continuasse, todos os esda UnB foi parcialmente resolvida: a tudantes estariam sujeitos a reprovação questão das eleições livres e diretas do semestre, e também sujeitos a para o diretorio, O diretor do DAU con- serem incluidos no decreto 477. Nem a cordou em que elas sejam diretas, mas UFBa,nem o MECquerem dar o braço a os candidatos deverão se submeter ao torcer. Segundo eles, "nenhuma medida, direito de veto da reitoria, alem de. ,será tomada sob pressão da paralização , preencher certas condições (completar das aulas". um terço dos creditos exigidos para seÚ No último di.a 19, os estudàntes curso e não ter sido reprovado nos dois promoveram uma reunião com os pais e semestres anteriores). parentes, a fim de ser explicado o O DCE da UnB estava fechado desde motivo da crise. Desta reuniã. resultou 1968. ,um abaixo-assinado elaborado pelos Rua Ser1(ipe, 918 Movimento, 20.10.75. próprios pais, que foi enviado a reitoria

A UFBacercada.

Diretório homena~eia com placa e é emplacado

A teimosia na UnB vai reabrir o DCE-

Loja do Ibrahim

galeria do edifício ribeiro pena praça do minhocão - em frente .a~ loj.o$,a~r.icanos.

Mantenha seu espírito esportivo nestas .férias.

A Casa Esporte tem de tudo, a preços que não obrif{am ninl{uém a .fazer {;{inástica para pa{;{ar.

I

CASA ESPORTE


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No dia 18 de agosto de 1975, o professor Tsutomu Higashi foi cJemitidosumariamente pela. Universidade de Londrina. O fato sensibilizou tOdos aqueles que conviviam com ele, docentes e alunos, repercutindo intensamente em todo o pais Nodia31 de outubro de 1975, o professor recebe o grau de Comendador da Cruz dolVlérito Cultural, registrado no Ministério da Educação e Cultura, nem reconhecimento aos seus dotes inteleduais, de bondade, de honra e de amor à humanidade". Ainda em outubro; o professor concedeu a entrevista que segue, relatando a sua demissão e ainda demonstrando perplexidade diante do iniUstificado.


OCASOIDGASm No dia 4 de junho, o professor Tsu- cação, o Conselho aprova moção d tomu Higashi tomou conhecimento, apoio à Reitoria na suo ação odmlnis.através de portaria assinada pelo novo: ,trativa, otribui ao, Reitor plenos poderes supervisor, Dr. Riuzzi Nakanishi, do seu para instaurar inquerito administrativo des,ligamento da supervisão temporária e disciplinar e também para odota do Laboratório CI(nico do Hospital medidas necessórias para manutenUniversitário. No dia 16 do mesmo m~s ção da "tranquilidade". O inquérito adé publicado a portaria comunicando o ministrativo proposto pelo Conselho contratação, do Dr. Riuzzi Nakanishi, Departamental do Centro de Ci~ncias do feito no dia 19 de maio deste ano. Antes Saúde é transformado em inquérito da publicação, o Dr. Riuzzi já havia os- apurar fotos ou pessoas' que "estão tensumido a supervisão do LaboratóHo tandoconturbar a !rdnquilidade d Clfnico, em substituiçpo ao professor Universidade". ,Os' representantes disdemitido. , centes nos conlielhos superiores não No dia 18 de agosto o professor concordam com o transformação e se Tsutomu Higashi é demitido da Univér- abstém de votar, atitude de protessidade, sem justo causa, mas acom- to. panhado de comentários de que estaria' No dia 10 de setembro,.em reunião d ligado a supostos atos ,de sabotagem e Departamento de Patologia Aplicado, corrupção no Laboratório. Diante dis'so, presidida pelo diretor do Centro d no dia 28 do mesmo m~s o professor en- Ci~ncias da Saúde, os cinco professores, trQ com recurso no Conselho Univer~ autores do ofício lido pelo reitor na sitário, pedindo revisão do ato de sua reuniãó do Conselho Universitário, são demissão e solicitando a divulgação de categoricamente desmen'tidos pela todo o teor da sindicância que teria sido, apresentação da ata do reunião anaberta contra a sua pessoa. O reitor Os- terior. Diante da evid~ncia, eles acabam car Alves nega o pedido, baseado em reconhecendo o erro cometido. parecer do Assessor Jurldico, Oro Hos-, Os esforços são indt~is. O r~itor ccmken de Novaes, que afirmou ter reitor siaera o-~aso Higashi encerràdo, a (lesamplos poderes de rescisão de con- peito das recentes declarações do tratos de trabalho. Ministro do Educação -: "Há dificuldades No dia 19 de setembro a Assessoria que ,sempre podem ser evitaâas quanto Juridica indefere o pedido de certidões à insuficiência de recursos materiais e da sindicância. A justificativa: "não há humanos. Reconhecer posslveis falhas e sindicQncia contra o professor Higashi" procurar dar-lhes pronta solução, é ainmas sim contra, atos danosos ao Ho~pital da, o melhor caminho para impedir o Universitário. Como e sigilosa, não pode fermento da agitação". ser concedida ao requerente". Conforme a edição de S/9nS do jorUm mês antes, dia 19 de agosto, o nal Panorama, "ou o Reitor Oscar Alves, Departamento de Patologia Aplicada simplesmente não tomou conhecimento discutiu a demissão e seus' membros da circular com os conselhos do Minismanifestaram estranheza à atitude da tro, ou se julga por algum motivo,l reitoria, solicitando reunião extraor- inating(vel no ped~stal em que se codinária do Conselho Departamental. No locou". I dia 30 volto o se reunir, resolvendo, por NOTAS:OprofessorTsutomlHlgashléautorde43 unanimidade, solicitar da direção do trabalhos apresentados em Congressos Clentr. Centro de Ciências da Saúde as pro- ficas; foi Integra'!te da banca examinadora para vidêndas necessárias para que o recur-, concurso de t(tulos de especialista pela AliO'!

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so dO pro ~ssor HI.gas I osse lU ga o, ouloramento defendidas na Universidade de' com a maior brevidade possrvel pelo Londrina: orientou três trabalhos clentfflcos Conselho Universitário. No dia 5 dei aureados com prêmios' de Incentivo b ciência; setembro, cinco dos 16 professores qUE!!participou de 18 Congressos Clent'flcos Nacionais havia aprovado a solicitação (profes- e Internacionais; redigiu e publicou alto trabalhos, .

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sqres Pa!Jlq_RobertoMOita da ~a1va.Jose cu!,os de Aperfeiçoamento e Extensão Unlver: Luiz Ketzer de SOlJza,Alair Alfredo Ber- sltbrla no Brasil e exterior; proferiu 11 Pol.tras e bet, Riuzzi Nakanishi, - e t<osa Harâ. conferências no pais e foi homenageado ,como Manaka) enviam f" à R' • ,.,;,paraninfo dos formandos de Farmbcla.Bloqulmlca I. _, O ICIOS eltona. e~ no ano de 1973. IdlreçÇlodo Centro de Ciências da Saúae, ' lafirm6'-i9 que no dia 30 de agosto,' durante li reunião do Departamento de 'Patologia Aplicada, o ..pedido de providências não havia sidq sequer discutido e votado. Afirma que o Dr. Mauro Marzochi estaria usando indevidamente o nome do Departamento e seus docen. teso Este ofício é lido em reunião do Conselho Universitário, pelo r.eitor, em 6 de sete'mbro, utiHzando-o, entre outras isas, para queo CU. avocasse para si 'xame de toda a Situação, principal. nte nos inquéritos administrativos e :iplinares. Imediatamente à, avo-


POEIRA

14

todos os conselheiros departamentais, na tentativa de conciliar, de fazer um ."diálogo'". Pelo que consta, pelo que me' disseram depois, a reunião foi mesmo e, um monólogo do reitor. Tambem nessa reunião o reitor disse que o docente~ demitido tinha graves implicaçães em irregularidades no laboratório c1(nico. Disse tambem que isto estava sendo apurado sigilosamente numa sindicãncia. Em duas reuniães oficiosas, sem atas, o reitor tentou me difamar, colocando-me como pessoa marginali-, zada.

o Terreno Estava Prepárado "Poeira - O reitor afirmou, numa Jas reuniÕes do Conselho Universitário, que o senhor havia sido demitido em consequência de várias faltas inustificadas, Higashi - Muitas vezes eu esqueci de colocar a minha assinatura no livro de presenças. Este tipo de esquecimento é generalizado. E outra: toda vez que esqueci de assinar fui descontado na folha de pagamento ... Poeira - A CLTtambém garante que se houver três faltas seguidas ... Higashl - Tá certo. Ai vem a advertência, só que eu não recebi nenhuma .dvero tência. Não recebi nenhuma advertência Poeira - Gostariamos de ouvir, primeiro chéfe de departamento, em toda a minha vIda universitária. seu depoimento completo sobre a sUeli Mauro Marzochi. Ele missão. ' : acreditar e comentou: "eu acho qu' Poeira - Foi dado algum motivo para exIgashi - Eu queria aproveitar a' en.l você, não tendo portaria nem nada as- plicar seu afastamento da supervisão do revista e agradecer o amparo moral sinado, nao há nada que possa ser feito laboratório do HU? daqueles que tiveram coragem e auten- Para mim, você e um docente e antes Higashl - Não, simplesmente houve uma ticidade em demonstrar estranheza que saia essa portaria você continua ordem de serviço, sem justificativas. Poeira - Você não tem idéia do por que? ~iante do ato do reitor. ,Eu queria en- sendo um docente". Voltei então seção e pedi que eles me dessem qualHigashl : Idéia eu tenho, não tenho é fatizar também a atuação do professor Nelson Rodrigues dos Santos, que sem- quer coisa por escrito dizendo que eu provas ... pr~ soube representar a opinião da estava demitido da Universidade, por- Poeira - Você tem algum tipo de promaioria, tendo corãgem de tomar po- que eu precisava dar satisfações ao blemas com a pessoa que o substituiu? já que não ia mais Higashi - Acontece que eu tenho um sições. Queria lembrar, também, que o departamento, 'que aconteceu comigo não pode ser en-' trabalhar. Então o chefe do pessoal me laboratório particular e ele outro. A Apenas carado como um caso isolado, já que 'disse que embora ele não soubesse o questão é extra-universitária. todos os docentes ,desta Universidade número da portaria, a verdade é que eu de concorrência profissional. sao contratados pelo regime da CLT e tinha sido demitido sem justa causa. Ele Poeira - Para você, isto não constitui que por issa correm o mesmo risco. escreveu isso num of(cio. Levei o of(cio razão. Mas e para os outros? Aí que, Higashi - A minha razão não precisa ser, Queria agradecer também a oportu- ao chefe de departamento. começaram os trâmites e reuniões ex- obrigatoriamente, a razão deles. nidade desta entrevista que me permite levar ao conhecimento dos meus co- traordinárias na esfera administrativa Poeira - :De onde. partiu a ordem de le as e dos' alunos, com quem convi- da Universidade. Primeiro no Depar- afastamento do laboratório? vemos durante' cinco anos, toda a si- tamento de Patologia Aplicada, depois Higashi - Bom, o atual diretor do laO Con- boratório diz que partiu da direção do tuaçãó. Eu me afastei muito invonlun- no Conselho Departamental. tariamente desta Universidade, com selho Departamental solicitou abertura hospital ,muita mágoa, mas não revoltado. de inquerito na CA. ~u também solicitei Poeira - Seria temerário afirmar que Cheguei em Londrina em 71, depois de com um recurso no Conselho Univer- nessa época já havia alguma coisa terminar a minha residência médica em sitário, único ó~gão capaz de analisar preparada para a sua demissão? Patologia Clinica, com muita esperança atitudes do reitor. Logo a seguir fui Higashi - Eu acredito que não. Por que numa Universidade que estava sehdo vetado pelo assessor jurídico, que, afir"- um único docente, no meio de outros implantada e que por isso possibilitava mou ter sido a demissão sem justa causa 150 do Centro de Ciências da Saúde, um trabalho baseado em novas filo- por isso, sem razão de recurso. Para- 'com atribuições didático-científico-as-. sofias de trabalho na minha especia- lelamente a essas reuniões oficiais, çistenciais, subitamente perde a sua" houve outras, oficiosas, sem ata, con- atividade assistencial? Veja bem, se há lidade. Poeira - Mas antes poderia contar a his- vocadas oralmente pelo reitor. Numa um doente que tem exames para fazer, delas participou o meu chefe de depar- precisamos fazê-lo. Esta é a atribuição tória. fazer um retrospecto? Higashi - Antes da demissão, o diretor tamento, o vice-diretor do CCS, profes- mais árdua no CCS, atender o doente. Já do laboratório clinico me afastou das sor LuizWalter, o diretor do CCS,profes- 'que essa atribuição me foi tirada, eu funçoes assistenciais que eu tinha den- sor Nelson e o reitor. Nessa reunião o fiquei, realmente, sem muito que fazer. que o! Compensei tudo assessorando teses de tro do laboratório do Hospital 'Univer- reitor afirmou categoricamente e trabalhos científicos. sita rio. Segundo ele, a ordem partiu do docente demitido, eu, tem implicação doutoramento diretor do HU, Ibrahim Soubhia. Depois em graves problemas de irregulari- Tive oportunidade de ajudar no des/andesse afastamento passei a ser apenas dades ocorridas no laboratório c1(nico. 'chamento de umas três teses que estavam meio paradas. Nesses dois docente com atividades em salas de Disse que tinha sido condescendente à aulas e com atividades cientl'ficas. Pas- comigo, tinha demitido sem justa causa, meses, dediquei-me integralmente sei o ser, talvez, o único docente do para nao causar problemas. Com isso, ciência. Se alguém diz que nesse peCentro de Ciências da Saúde com eu fui obrigado a solicitar oficialmente, 'riodo eu não trabalhei, está mentindo. apenas duas das três atribuições exi- amparado pela emendo constitucional, o Tirei um mes de férias, o resto trabalhei gidas. Depois "e um mês e meio desse pronunciamento da acusação. A Cons- duro. Eu acho que a caracterização que afastamento, fui demitido. Acho inte- tituição garante que todo acusado tem se quis dar/foi a de que um docente que ressante ressaltar' a maneira como a direito de saber do que está sendo perdeu siua atribuição não tem sentido demissao aconteceu. Fui convidado por acusado. Baseado neste princfpio, re- dentro da estrutura do CCS.Então, pe~a-\ !'elefone pela seçao do pessoal para que queri, que todos os laudos e todo o teor .se CLT e. sem justa causa, corta-se o fosse la trotar de assuntos de interesse da sindicância realizada contra a minha pescoço dele. Nesse raciocinio, então, pessoal. O funcio'nario pediu que eu pessoa. fossem colocados para meu eu acho que o terreno pode ter sido levasse a carteira de trabalho. porque conhecimento. Solicitei provas. Então, preparado. Queria lembrar que nos dois mcu contrato teria. vencido. Cheguei lá e recebi da ossessoria jurídica uma res- meses que precederam a contratação do ouvi apenas que tinha sido demitido. posto dizendo que não havia nenhuma professor Riuzzi, eu estava chefiando o Pcrguntei onde estava a portaria do sindicãncia contra mim. Ora, que con- laboratório, em substituição ao profesrcitor me demitindo. A resposta foi I a tradição, nao? Primeiro me demitem sor Mauro que estava de férias. Nesse portaria nao tinha saidr- Recebi então lembrando "graves ocorrências". Depois período eu encontrei uma série de uma ordem de serviço de. reitoria. Voltei dizem que nao há nada ... Outra reunião dificuldades criadas pela administração. para comunicar o acontecimento ao meu oficiosa foi a que o reitor convocou O professor Ibrahim quis me podar.'

A Demissão Por Telefone

Qualquer coisa que eu pedia era glosado. Uma podação solene . Poeira - Tem algum exemplo prático disto? ! Higashi - Eu pedia certos reagentes que não vinham nunca, apesar de extritamente necessário. Poeira - O reitor afirmou que houve microscópio quebrado no pé, certas misturas de reagentes ... O que você acha disto? Higashi - 'sto é sabotagem. Ele quer caracterizar sabotagem. Na realidade, não vi aparelho nenhum quebrado. Porque no dia 4 de junho fui afastado da minha atribuição assistencial. Logo a seguir tirei férias. Nesse período, a minha pessoa fisica não permaneceu no laboratório clínico. Acho muito estranho .esse tipo de acusação. É a tentativa, novamente, do senhor reitor de forjar alguns atos na tentativá de justificar a minha demissão. O problema é que é impossível querer que, numa estrutura que vive com 6000 pessoas, docentes, alunos, funcionários, haja unidade de pensamento. Quem convive com a ciência, quem raciocina cientificamente sabe que isto é' impossive/. Eu, particularmente, tinha e tenho minhas convicções cientificas e as defendo sempre que é preciso. Acontece que sempre há aqueles que se propõe a trabalhar e aqueles que se prpõe a fazer outras coisas. Esses que se dispõem ao trabalho sempre são caracterIzados como "pessoas de dlficll relacionamento". Sempre lutei pelo a"o espfrito universitário, na tentativa de construir esta Universidade.

"OIbrahim tem duas palavras"

I

Poeira - Você sabe de alguma coisa em andamento? Higashi - Eu desconheço. O que há,é que o sr. Ibrahim, diretor do HU, afirmou em reunião do CD que foi em meados del junho que houve a "sabotagem". Afirmou também que a minha demissão não tem nada a ver com isto. E isto consta em ata. Ora, eu estranho que ele diga isto numa reunião ofici.al e depois saia dizendo por ai, tentando se justificar, que eu tenho implicações. Esse tipo de coisa aconteceu em diversos hospitais em que tenho atividade. O Ibrahim saiu me difamando. Porque ele não escreve e assina isto? Poeira - Porque não se abre um inquérito para apurar tudo? '" I Higashi - Numa reunião do Conselho Universitário, foi d.ecidido que a reitoria abriria um. Estou muito interessado em conhecer a conclusão deste inquérito. Poeira - Sem nenhuma acusação oficial, não há jeito de deduzir o motivo da demissão? Higashi - Eu preciso aguardar uma resposta oficial da Universidade. Porque declaração por escrito são duas: uma dizendo que o docente não tem recurso no C.U.,e outra dizendo que não existe sindicância c.ontra o demitido. PoeiraO reitor afirmaque e o caso e~tá encerrado. Higashi - Logicamente, é interessante para ele que o tempo passe. O tempo cura tudo e coloca tudo no esquecimento, não é mesmo? Poeira' - Enquanto isto, o que você pretende fazer? Higashi - Devo acreditar no Conselho Universitário, que instaurou inquérito, administrativo. A reitoria tem obrigação de continuar e tornar o resultado público.


.-

o CASO

fazer?

Higashi - Olha, o nosso estatuto

é muito omisso na parte da demissão sem justa causa. O meu propósito é tentar re. g..,Iamentar isto para que outros docen. tes não sejam jogados nessa. Enviei uma carta ao Conselho Nacional de Reitores solicitando análise do assunto. Ares. posta foi positiva. , Poeira - Você está achando que a melhor ofensiva é a defesa? ' Higashi - Certo. Poeira . Mas se não houver nenhuma posição oficial? Vai ficar para sempre aquela impressão de que quem errou foi o professor, que houve sabotagem, etc?., Higashi - Eu vou na defesa. Defesa dos direitos. Poeira - Há alguma possibilidade de a SBPC tomar alguma attude? Higashi - O Or. Riuzzl Nakanishi, além de mim, é membro da Sociedade Bra. silira de Patologia Clinico. Nesse caso,

ela poderá tomar alguma atitude com relação a esse docente, se houver refor. ço do Conselho Regional de Medicina, qualificando o seu comportaml:nto como anti. ético.

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HIGASHI

Poeira - A reitoria alega que não quer comprometer a tua vida e te despediu sem justa causa e acabou. Outra coisa, ficou claro na reunião do C.U. que o in. quérito não é administrativo e sim ideológico, para se identificar quem são as pessoas perniciosas a reitoria. Higash( - Eu desconheço qualquer in. querito ideológico no mundo inteiro,"O importante é o que a pessoa faz e não o que ela penslJ~' Poeira - Além de esperar o promun. ciamento da reitoria, o que mais você pretende

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Higashi - Oficialmente, não sei de nada. O que sei é que lutamos quatro anos para realizar esse Congresso em Lon. drina. A resposta sempre foi a de que à Sociedade nunca tinha realizado o Con. gresso no interior do país. Foi conseguir sediar o Congresso e acontecer o ne. gócio destes. Poeira. Há um comentário dizendo que a sua demissão foi uma especie de teste para saber que tipo de reação haveria. ,Se não houvesse reação, as demissões continuariam. Segundo, que se queria saber exatamente quem está do ladc da reitoria ou não. Você acha que isto tem consistência? Higashi - É uma hipótese. Acho muito estranho aparecer o nome de certos docentes em certos listões, que não se sabe de onde vêm nem para onde vão. Listoes de possiveis demissões, onde aparecem' apenas os nomes dos mais eminentes professores e cientistas que a Universidade já p'Õde reunir., Pessoas que são eminentes porque são cientis. ,tas inquietos. Poeira. Ouvimos falar que você tem um problema com a sua tese. Higashi - Est6 aí uma coisa que até me irrita falar. A minha tese foi entregu'e a Coordenadoria de Assuntos Educa. cionais faz um ano e meio. Depois devar quatro anos estudando, concluí a tese em I j volumes. Solicitei formação de banca examinadora ao CO, depois ao CEPE. Tudo foi bem e até a data para defesa foi marcada. Uma semana antes, já na gestão do Oscar Alves suspen. deram tudo, alegando que precisava haver um reexame no cronograma de defesa de tese da Universidade. Isso foi há um ano e meio. Já esgotei todos os meios leguis para conseguir defender a minha tese' continuo esperando pelas

Poeira - Você sabe como a re'itoria recebeu a notrcia de que o congresso da SBPC em Londrina foi suspenso por aquela entidade enquanto o Clrovidências. quadro não se modificar?

PRAÇA SETE DE SETEMBRO, 489 • FONE 22.3811 • LONDRINA

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POEIRA 16

Lima Barreto Faz 94 Anos e Prevê Mudanças na Bruzundan~a

o POVO

SERÁ FELIZ

NO ANO QUE TIVER DOIS 7

"A vi'da~infelizmente,. deve ser uma luta., "Nasci sem dinheiro, mulato'e livre" Lima Barreto escorregou pro mundo em 1881, a 13 de maio, sabendo que ia serfiel a seu tempo, descrevendo a vida dos ultimos tempos monárquicos e os primeiros tempos da Republica. Cedo aprendeu o preço que paga um,homem por ser preto. Cedo aprendeu o preço que paga um homem por ser pobre. Por ISSO, aprendeu cedo a treinar seus pulnlões, berrando pra quem pudesse ouvir, mostrando que a vida palpita, atrás das aparências, atrás. das impotentes rodas de intelectuais 'do país, atrás da corrupção. E cedo aprendeu a procurar o que os simples fatos não dizem. "Se me fosse dado ter o dom completo de escritor, eu hovia de ser assim, um Rousseau, ao meu jeito, pregando à mosso um ideal de vigor, de violência, de força, de coragem calculada". Seu' nome, Afonso Henriques de Lima Barreto, pode não dizer muito aos brasileiros do nosso tempo, talvez ate não diga muito aos conhecedores da literatura brasileira, mas os historia. dores que registram a nossa historia com fidelidade não se esquecem nunca de um mulato escritor que, por todos os jornais que passou e em todos os livros que escreveu sempre combateu a opressão e a exploração que pesavam sobre o povo sofredor: - O geral dos homens suporta, com ou sem religião narcotlzadora, a po' breza; mas muito poucos suportarão a miséria, a fome, a nudez, quando tem mulheres e filhos e trabalham mais que os antigos escravos. Tudo encareceu devido à ganância e outros coisas, sobretudo, porém, à ganância dos ricos ou os que se fizeram ricos, sem que os salários e ordenados subissem proporcionalmente, sendo insuficientes. Paro Lima Barreto, romancista, cronista, jornalista, não interessava a literatura contemplativa, Literatura não era escrever bonito. Não era instrumento de prazer para os ricos. Não era, em suma, "o sorriso do sociedade".

Equem não sabe lutar, não é homem". E ele lutou, com unhas e dentes, durante os 41 anos de sua existência, contra o racismo, o imperialismo americano , a falsa moral, a,exploração do homem pelo homem na cidade e no campo:"Não é possivel compreender que um tipo bronco, egoista e mau, residente no Flamengo ou em São Clemente, m casarão monstruoso e que não .sabe plantar um pé de couve, tenha a propriedade de 40 ou 60 fazendas nos Estados próximos, muitas das quais ele nem conhece nem as visitou, enquanto, nos lugares em que estão tais latifúndios, há centenas de pessoas que não t1õ!mum palmo de terra para fincar quatro paus' e erguer um rancho de sapé, cultivando nos fundos uma quadra de aipim e batata-doce",

"Precisamos deixar de panacéias: a época é de medidas radicais". Nenhum de seus outros colegas de imprensa, mesmo os colaboradores dos grandes jornais, pode ser comparado a ele em termos de visão critica sobre a realidade que o cercava. Nenhum dos outros soube, como ele, penetrar o seno t ido profundo dos acontecimentos que se desenrolavam'aos olhos de todos. Enquanto, por exemplo, todos clamavam patrioticamente para que o Brasil entrasse na 1 a. Guerra Mundial, acompanhando o~ americanos, que faziam pressão para isto, Lima Barreto procurava demonstrar que a guerra tinha fins unicamente econômi.cos. Enquanto todos aplaudiam o tratado de Versa lhes (uma farsa sinistra .que os paises be. Iigerantes representaram naquela cidade, preparando-se' para futuras guerras), Lima Barreto protestava, em nome de uma paz verdadeira, que aten. 'desse aos reais interesses da humanidade progressista. A paz era para ele, acima de tudo uma necessidade his-


f'OEIRA 17 tÓrica e sua defesa, por consequência, uma questão de principios que não adlI,itia transigências. Enquanto a grande Imprensa, silenciada pelos governos fortes da RepiJblica Velha, .dava respaldo a politica externa do país, de colI,inha'r ao "compassa de Washingtan" e os camadas mais ricas da população procuravam imitar em tudo os americanos, ele advertia: - Falo, sem temor, dessas cousas da pal(tica internacional porque canheço o estôfo dos pedantes que a querem fazer transcendentes. O que eles pretendem é tapar o sol com uma peneira; e, nesse caso dos Estados Unidos, disfarçar a .sua falta de hombridade, de decoro, de' vergonha, de orgulho, com um palavreado oco e parlapatao. Nao há livros verdes ou de todas as cores do arco-iris que possam negar a triste ignominiosa verdade de que o Brasil é e está sendo caudatário desavergonhado da América do Norte. ( ...) Se lêssemos os autores corajosos, sinceros e honestos, veriamos bem que os processos politicos dos Estados Unidos são os mais ignÓbeis poss(veis; que ele tem por todos nós um desprezo rancoroso e humilhante; qud quando falam em liberdade, em paz e outras cousas bonitas, é porque premeditam alguma ladroeira ou opressão. Menos cavalheiros que a Alemanha, enchem-se de disfarces ... Em 1922, ano de sua morte, profetizou: - Nao dou 50 anos para que todos os paises da América do Sul, Central e o "O divórcio Mexico se coliguem a fim de acabar de uma vez com essa atual opressão disfar- seria completo" çada dos ianques sobre nós e que cada "E podia ser requerido por um dos vez mais se torna intolerável. A aversão de lima Barreto pelos Es- cônjuges e sempre decretado, mesmo tados Unidos provinha tombem do racis- que o motivo alegado fosse o amor de mo. E quando certa vez um navio de um deles por terceiro ou terceira". Já naquele tempo, Barreto falava em mariners" se preparava pára aportar ma distribuição da renda, criticava a exno Brasil, ele dizia: - A dolorosa'situação dos homens de cessiva atenção destinada ao "football", cor nos Estados Unidos nao devia per- a falta de vagas nas escolas, os exames mitir que' os nossos tivessem alegria, c1assif icatór ios... Talvez por pensar assim, Lima Barreto com semelhante coisa, pois tem. Eu me entristeço com tal". ficou por algum tempo esquecido na hisnas escolas raramenMas o preconceito racial,..se era, como tória do Brasil e de fato, mais agudo mais bruto nos te era mencionado, inexistindo seus Estados Unidos, ele o sentia aqui 'tam- livros nas bibliotecas. Em vida, sempre bem na terra brasileira, e sentia, bem a teve dificuldades para imprimir suas sua volta, na sua própria pele de mu- obras e apenas a Editora Brasiliense lato. A sua revolta e protesto contra as possui uma coleçõo completa de suas consequências de tal preconceito se obras, editadas em 1961 (2° edição)" manifestaram em sua obra, pri,ncipal- com 17 volumes de contos e romances. mente em "Isaias Caminha" e "Clara dos A memória do escritor ficou a margem Anjos", esta e aquele criaturas de cor, da história que ele l?judou a fazer parda mesma cor do autor. t icipando çle todos os movimentos Barreto não aceitava a deturpação da progressistas da epoca. missão de escritor, não admitia a liHoje ele começa a ser respeitado teratura apenas pela literatura seu pelos que não viveram seu tempo, assim oficio era parte 'de um dever geral, um como Monteiro lobato o respeitou. O trabalho assim como serrar uma tábua e livro "A Vida de Lima Barreto", de Franfazer cadeiras, tornear o aço e fazer cisco Assis Barbosa, foi editado pela 5a. máquinas, plantar o trigo para se ter o vez, sendo inclusive esta edição depão. dicada a elementos do DCEde londrina, Seus livros ainda hoje sãó vivos. Em que escreveram um auto sobre o es1918, pasme senhor Nelson Carneiro, critor, em 1973, com o qual ilustraram lima Barreto já falava em várias refor- palestras do próprio Assis Barbosa. Em l11as judiciÓrias, pregando inclusive o várias escolas a técnica do romance das divórcio. Dizia ele numa crônica de 11 crônicas e dos contos de Lima, est~dos de agosto daquele ano: criticos e comparativos vem sendo Eu sou por todas as formas de feitos. Seus livros tornam-se dia a dia casamento; nao me repugna admitir a elementos indispens6veis para o estudo poligamia ou a poliandria; mas tran- de literatura e jornalismo e história sigiria se fosse governo. Continuaria a brasileira. monogamia a ser a forma legal do matrimônio, mas suprimiria toda essa palhaçada de pretoria ou juizado de paz_ O Estado só interviria para processar condenar o bigamo; tudo o mais correria por conta das familias dos nubentes. Os pais e que se encarregariam do processo, dos "papéis de casamento", das cerimonias que fossem do seu gosto realizar... .

Triste país da Bruzundanga parece inté de Deus deslelllbrado lá o povo anda na canga Amarelo, pobre, esfaimado

e

"Como acabará tudo isto?"

Afonso Henriques de Lima Barreto' (13-5- 188I a I- 11-1922) era filho de um tipógrafo quase negro, João Henriques, e de Amália Augusta, 'uma mulata. Provavelmente era bisneto de Manuel Feliciano Pereira de Carvalho, "pai da cirurgia brasileira", de quem a avó de sua mãe era escrava.

lima Barreto morreu aos 41 anos, em 10 Ainda estudante da escola Politécde novembro de 1922.'Nesse "Poeira" nica, em 1902, começou'a participar do de ~ovembro, decorridos 53 anos da jornal estudantil A Lanterna. Depois, morte, Lima está com a gente, vivo nas participou dos jornais: A Quinzena páginas do nosso jornal, assim como foi Alegre, Tagarela, O Diabo, Revista da viva a realidade descrita por ele.. Época, Correio da Manhã, .Fon-Fon, Nossa intenção principal e que todos Floreai, O Papão, Gazeta da Tarde, Joros nossos colegas procurem ler as obras nal do Comércio, O Riso, Correio da de Lima Barreto, das qupis ,destacamos Noite, A Noite, ABC, Careta, Hoje. "Bruzundangas", "Triste Fim de PolicarEm 19lO fez parte do juri da Primapo Quaresma", "Bagatelas", "I saias vera de Sangue (julgamento de miliCaminha" e outros, para qu~ todos pos- lares que assassinaram estudantes som conhecer a vivacidade de seus tex- durante uma passeata) e é o principal tos, conhecer o grande brasileiro, pa- responsável pela condenação dos réus. triota e nacionalista. Participou do movimento para a A propósito: Lima Barreto bebia criação da Academia dos Novos e 50muito, a pinga praticamente consumiu ciedade dos Homens de Letra. Em 1919 seu físico, mas não conseguiu ,roubar suspende sua colaboração no semanário sua lucidez e diminuir seu caráter. Nem político ABC, devido à publicação de ,em épocas tão difíceis como o pós- um artigo contra a raça negra. Fez inguerra, quando ele viu 'novamente os tensa campanha contro Hermes da Fonpaíses, inclusive () Brasil, envolvidos em seca, em 1909, através do jornal O campanhas ufanisticas e de exaltaçães Papão, "semanário dos bastidores da patrióticas. Dizia ele, por volta de 1919, política, das artes e... das candidaturas". temeroso e alerta: Por quatro vezes é recusado como "Onde iremos parar com essa me- membro da Academia Brasileira de galomania patriótica? Que sairá desse Letras, da qual, entretanto, recebe mendeliria de grandezas dos nossos dirigen- ção honrosa pelo seu livro "Vida. e Morte tes, exaltando a simplicidade das mas- de M.J. Gonzaga de Sá". sa.s nesse fervor pela pátria polftica, . ~rabalhou durante 14 anos no Miniscousa obsoléta na Europa e sem motiva terra da Guerra como amanauense. de ser ,entre nós? Escreveu as seguintes obras: Roman- Eu não digo nada, pois sou doido: ces: Recordações do Escrivão Isaias mas, parece-me que os cadáveres dos Caminha" ...:...."Triste Fim de Policarpo milhares de alemães que morreram na ?u.aresma" "Numa e a Ninfa" guerra, não foram sepultados. Estào se VIda e Morte de M. J. Gonzaga de Sá" decompondo ao ar livre e infeccionando "Clara dos Anjos ". Humorismo: a Terra toda, co~ os ideais que tinham, "Aventuras do Dr. BogoloH", em dois quando vivos, de violência, de bruta- fascfculos "Fiz-me então Diretor da lidade, de 'carnagem, em nome da Pecuária Nacional" e "Como 'escapei de Pátria, pelos quais morreram... "salvar" o Estado dos Carapicus ". Con_ Boas,festas, meus senhores. tos: "Histórias e Sonhos ". Sátiras: "Os Bruzundangas" - "Coisas do reino do Jambon". Crônicas: "Bagatelas""Feiras e Mafuás" "Marginália". Memórias:' "Diário Intimo" - 'Diário do Hospício" - "Cemitério dos Vivos" "Inventário da Biblioteca".


POEIRA 18

ELEIÇO ES .,

No dia 22 próximo serão ~Ieitos os novos chefes de departamen. tos da FUEl. E no.dia 7 de dezembro os novos diretores de Centros. Essas eleições apresentam características inteiramente novas, fruto de modificações radicois no estatuto e regimento da FUEL.iniciadas depois que Oscar Alves ass~miu a reitoria. As mais importantes: no CCA, CCR 'e CT, os três centros extintos na ultima reunião do CU, não haverá eleições para diretor. Ea escolha dos c~fes d~ departamentossero feita através de lista tríplice, cabendo 00 reitor a indicação.

Aos Mestres COlO Com rarlssimas exceções, os docentes que são membros dos mais diversos Conselhos da FUELtiveram um comportamento Qjgno de registro durante o ano que est6 acabando. , 'Vamos pela ordem: Logo de entrada, assim que começou o ano, o Conselho de Administração discutiu e aprovou u m aumento de 30% nas nossas anuidades. Só o representante discente votou contra. Os nove diretores de centro, que são membros do CA; votaram a fevor. Em seguida, o mesmo Conselho discute e aprova a criação da AESI - Assessoria Especial de Segurança e Informação - Votam contra o representante discente e o diretor do Centro de 'Comunicação e Artes, professor Vanoli Acosta Fernandes. Os outros 8 diretores de Centros votam todos a favor. Mais rece.ntemente, na delicadíssima questão da avocação de inquérito disciplinar e voto de confiança à reitoria, em face de problemas acontecidos no CCS, discutida e aprovada no Conselho Universit6rio, todos os professores com exceção do professor Vanoli, votaram a fav.or (alguns com ressalva) e dois representantes discentes abstiveram-se diante do absurdo da situação, anexando um protesto por escrito na ata. Mais rece'ntemente, ainda. na sum6ria suspensão de 20 dias apli~ada ao diretor do Centro de Comunicação e Artes, nenhum dos professores se mani. festou no- Conselho Universitário, com exceção, do diretor do Centro de Letras e Ciências Humanas, professor Donato Parizotto, que tentou ler uma carta do professor suspenso. Os representantes discentes ajudaram a distribuir cópias da carta aos outros conselheiros,

Na questão da agregação de Departomentos, discutidos no Conselho de Administração e Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, e que preparou o' terreno para a extinç'ão de três Centros de Estudos Profissionais da FUEL,todos os professores votaram a favor, inclusive os pertencentes aoscentros atingidos: CCA, CCR. Os representantes discentes, mais uma vez sós, votaram contra. Na reunião do Conselho Universit6rio que discutiu e aprovou a extinção desses centros, diante das agregações, mais uma vez, todos os professores votaram a favor, com exceção do diretor do Centro de Tecnologia, professor Junker de Assis Grassiotto que votou contra e do diretor do Centro de Comunicação e Artes, que não participou da reunião diante da suspensão a que está sub. ,metido. Mais uma vez, os representantes discentes foram contra, ,Estes são os ,càs.osmais importantes em que o'comportamento docente muito colaborou para aprimorar a estrutura universit6ria. Os outros, inúmeros, e que tiveram básicamente o mesmo tipo de participação docente, deixam de ser citados por serem secu'nd6rios. Em tempo: estamos espantados com a excessiva timidez dos professores que, praticamente não se manifestaram no episodio da demissão sumária do professor Tsutomu Higashi, eminente cientista do Centro de Ciências da Saúde; e do episódio da prisão do professor Nelson Rodrigues dos Santos, diretor do mesmo Centro, igualmente respeitodo por sua capacidade dldáticacientífica. profissional, e que, com exceção dos estudantes e dos amicissimos, ficou abandodado b própria sorte.

o Manifesto

Ao Conselho Universitário da Inconformados com a extinção do Universidade Estadual de Lond~ina Centro de Ciências Rurais e do Centro de NESTA Comunicação e Artes, pelos conselhos superiores da FUH, "de maneira uniPela presente cartã, os estudantes lateral", os colegas desses centros, do Centro de Comunicação e Artes e do apoiados pelo DCE, se reuniram e Centro de Ciências Rurais, em conjunto elaboraram uma carta aberta ao Con- com suas representações nos'' deparo

Dos Alunos.

selho Universitário, reivindicando o seguinte: 1) ,Que as ;'edidas se/'am tamentos, revogadas. 2) Que o CCR e o CCA não. sejam anexados, em hipótese alguma, a ~utros centros, 3) Que todas as prioridades dos dois centros sejam preservadas. 4) Que não se mude a atual estrutura de representação discente. O documento foi assinado por todos os alunos dos dois centros, pelo DCE, pela representação estudantil nos con. selhos superiores da FUH, nos depar-

conselhos departamentais', colegiados de cursos e colegiados suo penores, vêm coIocar ao Egrégio Conselho Universitário os resultados das reuniões gerais realizadas nos últimos dias 3 e 5 do corrente mês, frente as recentes

d

alterações

~:a;:;ar:a~:~~:~hi

promovidas, ::~n~ã~g:;;at~~~1

centros de estudos profissionalizante'so' 1. Considerando que o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e o Conselho

tamentos, conselhos departamentais e d d colegiados de cursos do CCR e do CCA. e A ministração aprovaram a agreOs diretórios do CCH CCS CT CESA e gação, no Centro, ,. Ciências Rurais, dos CCf assinaram em s~/idaríeda'de. .Departamentos de Clínicali Veterinárias; O texto do documento é o seguinte:' Zootecnia Patologia e Inspeção Vete-' ,

rinária e de Fitotecnia;

o processo Que os dirigentes da FU eleições que se aproximam adquirem, EL percorreram antes de chegar a também, uma roupogem muito diferenessa situação, foi o seguinte: ! te. O processo normal de escolha dos 1. No começo deste semestre o Con- diretores é o seguinte: Todos os selho Universitario, aprovou uma docentes do centro votam seis nomes. proposta do reitor, segundo a qual a es- Desta lista sextupla o reitor escolhe o colha do cbefe de departamento não seu preferido que, na qualidade de mais seria feita dentro do próprio de- diretor, vai administrar o centro, desp~rtamento, sem interferência da pachar com a reitoria e participar reitoria. Ficou decidido que o depar- (com voz e voto) das reuniões dos tamento escolherá três nome,s e os en- Conselhos de Administração e Univercaminhará ao reitor, que indicará um sitário. deles para o cargo de chefe. Tal processo não vai vigorar no CCA, 2. Em outubro, numa reunião do CCRe CT, extintos desde 10 de novemC.onselho.de Ensin~, Pesquisa e Exten- bro. Para cada um deles o reitor indicará sao, o reitor propos (e foi aprovado) um chefe de departamento que também que os departamentos com menos de 10 administrará o centro, também desp.rofessores, num,mesmo centro, fossem pachará com a reitoria mas que não luntados num so. poderá votar em nenhum dos dois or-

3. Uma semana depois, ainda em, gãos máximos da FUEL(o CA e o CU). outubro, o Conselho de Administração As. eleições. para chefes de deparaprovou o,utra proposta do reitor;'juntamentos nesses três centros, então, tar num so os quatro departamentos do podem ser/interpretadas como a própria Centro de Tecnolog!a; juntar num só escolha de "diretores". Normalmente, os quatro departamentos do Centro de como já foi dito, essas eleições são Ciências Rurais; e juntar num só dois feitas da seguinte maneira: o depardos ~r~s d:partamentos. do Centro de tamento se r~úne e vota o seu chefe, ComUnicaça0 e Artes (Além destes, com autonomia e sem interferência da outro,s departamentos de outros centros' reitoria. Depois da proposta d~ reitor, tambem foram agregados). aprovada pelo CU, no começa deste 4. Na ultima reunião 'do' Conselho semestre, ti departamento apenas vota Universitário, dia 10 novembro, o reitor uma lista tríplice, que é submetida a propôs,(~ també_mfoi aprovado) que, ~preciaç.ão do reitor,antes d~ indic?ção para a mstalaçao de qualquer centro fmal, feita por ele mesmo. Com ISSO, "exigir-se-a a existência de nO além de influir diretamente na escolha mínimo três Departamentos". Com isso dos novos diretores dos demais centros, o CCR e o CT, com um departamento o reitor poderá infll)ir tambem direcada. e o CCA, com dois, ficavam au- tamente na escolha dos "novos diretomaticamente extintos. tores (chefes de departamentos) do Na mesma reunião, ~ CU aprovou CC~, do CCR e do CT. outras propostas do reitor: A primeira .Da par~ perceber, portan.t0' que o ~stabe!ece que, enquanto o centro não reitor esta chamando para SI cada vez tiver um mini mo de três departamen- mais poder, e que os centros estão en-: tos, "a sua direção será exercida por regando: na mesma proporção, a sual chefe de departamento •.. por delegaçõo outonomla. do reitor". A se~un~a que, "ocorrendo red~p~rtamentallzaçao de que resulte a ,~xtmçao d~ departamento, extinguir-sea automaticamente o mandato do respectivo chefe"', eleito no próximo dia 22. as Diante dessa nova 2. Considerando que esses mesmos con. selhos aprovaram a agregação, no Centro de Comunicação e Artes, dos Departamentos de Comunicação e de Artes; 3. Considerando que o Conselho Universitário aprovou o artigo 12 do Estatuto da Universidade, estabelecendo a existência de nove centros de estudos, entre os quais os de Ciências Rurais e Comunicação e Artes; 4. Considerando que esse mesmo Conselho aprovou o artigo 13 do mesmo Estatuto, estabelecendo a, existência mínima de três departamentos para que qualquer desses Centros possa ser instalado; 5. Considerando que esse mesmo Conselho aprovou o artigo 116, estabelecendo que, enquanto a Unidade não preencher QS condições constantes no artigo 13, a su~ direção será exercida por Chefe de Departamento por delegação do Reitor; , 6. Considerando que esse mesmo Conselho aprovou o artigo 117, que estabelece que, ocorrendo redepartamentalização de que resulte a extinção de departamento, extinguir.se-éJ auto-

maticamente, com este; o mandato do respectivo chefe; 7. Considerando que frente a estas alterações os Centros de' Ciências Rurais e o de Comunicação e Artes foram considerados extintos perdendo direito a voto nas reuniões dos Colegiados Superiores e passando a ser administrados por chefe de departamento e não mais por diretor; 8. Considerando que diante das alte. rações e frente a nova situação criada, aquilo q~e se denominava como Centro de Estudos colocou-se em situação ambígua, sendo reconhecidos como Centros de Estudos de direito mas não de fato; 9. Considerando que todo o processo de extinção dos Centros citados, iniciado a partir' da reunião do CEPEe concluido em reunião desse Conselho Universitário, realizou-se de maneira unilateral, sem nenhuma informação, comunicado, debate ou consulta aos estudantes atingidos, para se conhecer previamente suas vontades, como maioria na universidade; 10. Considerando que as reuniões com


POEIRA 19 reitor, tentou adiar o inicio dos cursos Uma estranho su.spensoo de 20 dias, às vésperas, impediu que o de Comunicação e Artes,. cujos primeiros vestibulares já haviam sido professor Vanoly Acosta Fernandes, diretor do CCA, participasse realizados. Perdeu por um voto. Passade da reunião de 10 de novembro, em que o Conselho Universitário o primeiro ano do seu ~andato, as três unidades vem encontrando inúmero!> decidiu extingu'ir o CCA, o CCRe o problemas para começarem a existir de ,Universidade. para aquisição de ma- " que er.a interesse da reitoria que eu es- fato (falta de professores, de bibliotecas instalações, principalmente). teriais. No processo. nem o diretor e tivesse af asta de o de minhas funções No dia 28 de outubro ele tinha re- nem os professores do Departamento de exatamente para a prêsente reunião. Especificamente no CCA, a situação cebido um aviso prévio de férias com. Comunicação foram consultado$, emcriada levou a um total desentendimenPois bem. Senhores Conselheiros. por pulsórias de 80 dias (duas férias acu- bora tal medida viesse adiar ainda mais to entre direção de centro e reitoria. As que tanta insist,encia em que eu não muladas). com data dQ dia 24. O aviso a instalação do laboratório de lornalisarticipasse dessa re iã?" (2) relações chegaram a tal ponto que, P uni o. . . ; d' V I A prévio terminaria. portantá, no dia 31 mo impresso do CCA, para os estudan- , A resposta corre insistentemente na mumeras vezes, o Iretor ano y costa de outubro, as vésperas da reunião do tes de Comunicação. Universida...le em for d b t. Fernandes teve que esperar, na ante4 , ma e oa o. I d . " h 'd CU. No segundo documento. a professora Dizem que Oscar Alves. desde que a's- sa a o reitor, ate seis oras. seguI as Ele se recusou a assinar os papéis e Norma Saraceni pedia demissão da sumiu a reitoria. tem . t para conversar com ele ..DepOIS.passou .eresses em . h d' ( esperou que o reitor retornasse de chefia do Departamento de Bibliote- boicotar o CCA o. CT e m CCR M t' . a escrever o que tm a para Izer cerca , o. o IVOS, d 120 f'" ) N Brasília, para encamin~ar-Ihe um oficio conomia. Alegava, entre outras coisas. Ascencio Gqrda lopes, o ex-reitor, teria e o ICIOS.so neste ano. unca em que explicava os motivos da re. que o diretor do centro vinha pres- instituido os três centros as vésperas da rec~be~ resposta. . cusa, Nesse meio tempo. a vice diretora sionando sistematicamente a ela e eleições para reitor. com o objetivo de ~ r~ltor al.ega que vanol y sempre se do CCA, chefe do Departamento de demais docentes, para que assinassem acumular mais t C Ih opos Irrestntamente a el e e que o vo os no onse o d" I .••.. Biblioteconomia e Diretora da Biblioteca documentos de protesto contra medidas Universitário contra a candidatura de la o.gol' nessas clrcun~tanclas, era ImCentral, Norma Saraceni, rec~bia a con- da reitoria. Deixava transparecer com Oscar. De a'ntemão, portanto, o novo pos~lve. . vocação para'a reunião do CU. que oor- isso e com outras afirmações, que os 12 reitor teria três "inimi os" dentro do Registro: Os 12 professores que asslmalmente era enviada, a Vanoly Acosta professores signatários do protesto Conselho g naram o protesto com Vanoly Acosta Fernandes. . tinham sido forçados pelo diretor a as-o Ele me'smo. em várias reuniões com Fernandes, contra os remanejt!lmentos' logo que o reitor recebeu o ofício do siná.lo. Afirmava. ainda, que na reunião estudantes, afirmou que a criação do de verbas do CCA, pela reitoria. foram diretor do CCA, no dia 31 de outubro, em que o Conselho Departamental dis- CCA, bem como a desvinculação do CCR chamados para depor na Assessoria Esordenou a sua suspensão por 20 dias. cutiu o protesto. Vanoly chegou a ofen- ao CCB, e do CT ao CCE,tinha muito a pecial de Segurança e Informações da alegando "indisciplina", A sua argu- de-Ia porque se recusava a assinar o ver com interesses pollticos da adminis- FUEl (AESI). . mentação baseava-se em dois docu- documento, e que não conseguia mais tração anterior. Mas insistia que não era (I). O representante ~studanttl no Conmentos, sardos do CCA: No primeiro. o suportar tais pressões (1). . contra os tr~s centros: 'apenas julgava selho Departamental do CCA Informou f' I t' . que.. todos os presentes à reunião do CD diretor. apoiado por 12 dos 18 profes'Inconformado com a suspensão. 't mopor uno. pouco unclona e con rarlO' f sores d<:> centro. protestava~ contra um Vanoly entregou uma carta aberta aos a sua política de conten'ção de despesas critICaram d~ramente a pro essora Nor. t d I ma Saracenl. quando ela se negou a asremanelamento das verbas do CCA. O membros do Conselho Universitário o apareclmen o e es. d d d . E .. CA sinar o ocumento, acusan o-a e omtsreitor tinha tirado 19.500 cr~zeiros durante a reunião do dia 10. em qu~ m sua pnmelra reunlao no ,como sõo diante de lesão ao centro. E não - de um orçamento de 100 mil - e relatava os acontecimentos rebatia as apenas o diretor. destinado essa verba b Editora da. denuncias aa vice-diretora' e afirmava

a.,

VANOLY

I

Londrino. la de novembro de 1975, AO EGR~GIO CONSELHO UNIVERsIr ÁR/O, PREZADOS COLEGAS CONSELHEIROS: Era poro eu estar convosco 01 neste Conselho hole. agora, discutindo assun. tos do mbxima Importoncla, no entanto, um ato do Reitor ali/ou-me. de vez, dos debates sobre os reformas que oro se pretende, . Primeiramente o Reitoria pegou.me de surpreso no dia 28 p,p. querendo qu eu assinasse um aviso prévio de férias compu/sbrlas de 80 dias, Apolava.se elo no direito que assiste o empregador de dor férias quando bem entendo, porém negligenciava o mesmo o direito do empregado o pelo mínimo oito dias de aviso prévia, ~ bem verdade que no Im. pressa constava o doto de 24 de ou. tubro, jb que era do interesse do Univer. sidade que eu estivesse afastado de ninhos funções exatamente poro o presente reunião, No entanto, como efetivamente tive clêncía de minhas (érias no dia 28, não assinei e encaminhei oficio sob na CCA.D/R 137/75, reclamando meus dl~eltos,

e os férias me ser/am atrlbuldas o partír do dia de novembro; porém, era questão fechado no Reitoria que eu não participasse 'dessa reunião; não restan-

la

do, pois, mais nado de legal. o Senhor Reitor lançou mão de seus recursos coersitlvos, Impondo-me uma suspensão de 20 dias o partir de ontem às 18 horas, quando seus agentes me foram entregar o sansão, Pois. bem, Senhores Conselheiros. por que tonto Insistência em que eu não. participasse dessa reunião? O CCA tinha tres departamentos. o Reitoria os reduziu poro dois e agora propõe que apenas com tres departamentos possam funcionar os centros. CCR e eram plurldepartamentals, hoje têm um departamenfo cada, Quem melhor poderio argumentar sobre essas proposições senão o Diretor do Centro, que tem vivido todos suas viCissitudes desde o começo? Mos o reitoria prefere os vice, lembrando poro os senhores que no coso do CCA. o vice é também Diretora do Biblioteca Central e Chefe de Departamento: E o apolo legal poro o minha suspen-

cr

são? O artigo 88 do Regulamento do Pessoal, onde o Reitor se apego, refere.se o "infração não constbvel, Oro, Colegas, usam-se suposições ou no mbximo delações de gente interessado no mondo do CCA poro abalar moralment,e uma administração que não mediu consequências no defeso do seu

discentes, da parte da Administração Superíor do Universidade, realizarom-se apenas depois, que todo o processo havio sido consumado; 11. .Considerando que os medídas odotados ratificam a carência de contratação de professores, notadamente nesses Centros; 12. Considerando que as nossas re. presentações discentes receberam as pautas da última reunião desse Con-, selho Universitári'o apenas no noite ,anterior a manhã em que o reunião foi realizada; ;13. Considerando a inexplicável suspensão do diretor do Centro de Comunicação e Artes que, em consequência, não p~de participar da reunião desse Conselho Universitário; Os estudantes do Centro de Ciências Rurais e do Centro de Comunicações e Artes resolvem. por unanimidade dos p'resentes as reuniões dos dias 3 e

5.

1:

so

Reivindicar a revogação das ';'edidas aprovadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Univer-

Centro, E o oficio '27/75, aparentemente movei do situação? Foi o unlco oficio que os docentes do Centro fizeram questão de assinar com o Diretor. porque entendiam que o Centro estava sendo desmoralizado pelo Senhor Reitor, Foi antes uma atitude de defeso do que propriamente de ataque. como o Assessor/o Jurldico deve ter interpretado, Dos 18 professores do Centro, 12 assinaram o oficio de livre e expontanea vontade, como poderão confirmar poro os senhores; os seis que não assinaram são todos do departamento de Biblioteconomia e funcionbrias do Biblioteca Central, ambos cargos chefiados pelo Sro, vice-diretora do Centro, atualmente. no exercício do direção, Acredito que esses esclarecimentos lhes auxíllarão no julgamento do reunião. do foto e do situação, Hoje, prezados conselheiros, que o respeito humano, que os direitos do Pessoa Humano andam tão espezlnhados, se nem nos Conselhos Unlversltbrios encontrarem o suo defeso, é porque realmente o sinal dos tempos estb<hegando, Resp"ltosomente. Prolessor Vanoly Acosto Fernandes Diretor do CCA (suspenso)

'sitário. treinamento dos estudantes de Bi!2.Reivindicar a não junção, em qualquer, blioteconomia,. a criação de um 'jornal hipótese, do Centro de Ciências Rurais laboratório, com. as condições de comao Centro de Ciências - Biológicas e do pleta experimentação para os estudançentro de Comunicação e Artes ao Cen-tes de Comunicação Social, salas' estro de Letras e Ciências HumanCls,tendo :peciais, montadas segundo os' padrões em vista, principalmente, que os dois retomendados, para a prática artística Centros extintos são de caráter espe- dos estudantes de Educação ArtístiCa, a cificamente profissionalizante e que os, ,manutenção das matérias práticas dendois centros cogitados para receber as tro do tempo já previsto no currículo. a junções são de caráter especificamente ocupação da área destinada ao Centro básico. de Comunicação e Artes, com a cons~ 3. Reivindicar a contratação de profes- trução do Centro e seus órgãos prev;ssores especializados, a criação de la- tos, com as estações de Rádio, Televisão boratórios específicos a formação .dees- e Cinema, e do Laboratório de Fotopaços físicos próprios, a implantação do grafia, além do laboratório de JornalisHospital Veterinário, a implantação de mo Impresso. área reservada para gado e forrageiras 5; Reivindicar a garantía da manutenção para um estudo sistemático do compor- da atual estrutura de representação, dista~ento das pastagens na nutrição cente nos Centros de Ciências Rurais e animal e a formação da biblioteca de Comunicação e Artes. básico no curso. de Medicina VeteriAo tempo em que nos manifesnária. tamos, respeitosamente. ratificamos o 4. Reivindicar a manutenção das nosso espírito de luta pelo aprimoraprioridades curriculares independente mento da nossa formação profissional. das alterações' estatutárias, a contratação de docentes especializados, a Atenciosamente. ,criação de uma biblioteca básica para.

Hoje que os direitos da Pessoa Humana andam tão espezinhados, se nem nos CDnselhos Universitários encontrarem a sua defesa, e porque o sinal dos tempos real mente está chegando.

Diretoria Central dos Estudantes Diretoria Acadêmico Setorial do Cenfrl de Ciencios Rurais Diretoria Acodemico Setorial do Centr de Comunicação

e Artes

Repres. Discent. no Cons.lho Uni ver sita rio Repres. Discent. no Conselho Adminis traça0 Repres. Discente no Conselho de Ensino Pesquiso e ExtensDo Repres, Discente no Colegiado de Cur sos/CCR Repres. Discente no Colegiado de Curo sos/CCA Repres. Discen.e no Conselho Oepartamental/CCR IRepres. Discente no Cons.lho Depor tamental/CCA ; Represo Discente no O.pto. d. Zootecnia Repres, Discent. no Depto. de Clinico. Veterinárias

Repres. nicação Repres. ~epres.

Discente Discent. Disc.nt.

no Depto.

de Comu.

no Depto. d. Art.s no Depta. de Biblio.

teconomia

EM SOLIDARIEDADE Dir.torio Acad.mico Setorial do de Estudos Sociais Aplicados. Diretoria Acadêmico s.toilcil do de Letras e Ciências Humanos Diretoria Acadêmico Setorial do de Tecnologia Diretoria Acadêmico Setorial do 'Ide Ciências da Saúde .Jir.torio Acadêmico Setorial do

Centre Centro C.ntro C.nt,o C••.ntro


POEIRA 20

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POEIRA 22

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Só, sozinho, para as lágrimas todas reunidas, para uma eternidade de mãos mortas ,e orhos apodrecidos, só em uma cova de teu inferno, comendo pus silencioso e san~ue por uma eternidade maldita e solitária. N""oo mereces dorr"ir aihda qu~ teus olhos sejam cravados de alfmetes, deves estar desoerto, caudilho, desperto eternamente entre a pooriãoo das recém-paridos, rnetralhadas no outono. Todos, as tristes crianças rígidos, esquartejadas, estão enforcadas, esperando em tE~uinferno esse dia de festa fria: tua chegada. Crianças negras pela explosão, pedaços vermelhos de miolo, corredores de brandas vísceras te esperam todos, todas, na mesma atitude de atravessar a rua; de chutar a bola, de comer uma fruta, de sorrir ou nascer. "FRANCO NOS INFERNOS", de Pablo Neruda.

,

I

.ARRIBA ESp. HA! J

No frnal de setembro último, cinco esanhóis, foram condenados por discorarem do regime do Generallssimo Franco, que hó 36 anos governa com . mão de ferro a Espanha. Uma onda de protestos e revolta tomou co~ta do mundo. Nas ruas de Paris, Estocolm9J Oslo, Lisboa o povo protestava contra o regime de F:anco e principalmente pela forma como foram julgados os condenados, que contrariava os direit~s primórios de defesa de qu?lquer CIdadão. Embaixadores de VÓrlOSgovernos estrangeiros foram chamados de volta a seus palses. Mas todos estes fatos não são novos. Se repetem desde que Franco subiu ao poder, em 1939, depois de uma guerra civil que durou 3 anos e matou cerca de um milhão de pessoas. Todos os condenados foram julgados por tribunais previamente preparados para dar uma sentença, que antes mesmo do ,julga, mento jó se sabia qual seria: ~morte;Os tribunais militares 'não aceitavam as provas apresentadas pelos advogados

,

e, quando estes protestavam, eram simplesmente expulsos do tribunal e eleito um novo defensor que, na maioria das vezes, era tão ou mais hóstil que o próprio acusador, (estes julgamentos duram, no móximo, um dia). Só tinham valor as provas apresentadas pela acusação. Um exemplo: no processo dos cinco de setembro, um dos acusados se encontrava na França na época em que "foi cometido o crime (a morte de um policial). As provas foram ignoradas e tribunal' o considerou culpado. Assim sempre foram' julgados os que discordavam e assim morrem os que se opõem a Franco. Os Conselhos de Guerra decidem os destinos dos acusados com a mesma parcialidade do perlodo que seguiu p Guerra Civil, quando os vencidos estavam destinados aos pelotões de execução. Seus tribunais de exceção, ditos hoje de "ordem pública", pronunciam senteças tão pesadas como as dQ 30 anos atrós, para os crimes de "associação ilegal" (qualquer agr~pamento de pessoas que

o

não seja autorizado pelo regime, mesmo que para fins'não pollticos, pode ser considerado "ilegal" e ser punido pela lei).

Espanha:

Um país de Orfõos e Viúvas logo depois de assumir o ,poder, em 1939, Franco iniciou um esquema de aniquilação total a qualquer tentativa de resistência ao seu regime. Naquela época, 1940, a Guerra Civil tinha' acabado. Franco não se contentou em ver a Espanha arrasada e destrulda. Um milhão de mortos não eram suficientes. Muitos dos sobreviventes ainda estavam contra ele. Dal, desencandeou-se uma onda de prisões e fuzilamentos dos ,"rebeldes", ou seja, os que lutaram em

favor da república que se havia estabelecido em 1931 pelo voto do povo. O estranho I:'isso tudo é que, na realidade, não era os' republicanos os rebeldes, pois estes tinham lutado pela conservação do governo. Rebelde era ele, Franco, que se tinha levantado contra a ordem estabelecida. Este perlodo caracterizou- se por prisões e matanças indiscriminadas. Foi montado um esquema de repressão dos mais perfeitos' da história. Em 1940, Franco recebeu a visita de Himmler, chefe dei policia secreta alemã (Gestapo) que lhe deu todas as dicas de como este esquema deveria funcionar. Foi criado um fichório secreto onde constavam dados da vida de cada espanhol. Ali se sabia o que o cidadão tinha feito, o que fazia e o que poderia vir a fazer. Assim, aquele que representasse qualquer perigo, era recolhido. e mais tarde, sua famllia recebia um comunicado de que deveria buscar Seus últimos pertences. Entre 1939 e 1942, quase 2 milhões


POEIRA 23 de pessoas passaram pelos córceres da Espanha por apoiarem os republicanos. E cerca de 200 mil foram ~ecutadas. A vingança de Franco foi v.el.e sangrenta. Em pouco tempo os inimigos da Espanha" foram extermin.ados. Falar e~ resistência era utopia, pOISFranco havia se tornado senhor absoluto de um pais onde parte da população havia lutado com ele, e o restante era constituído de órfãos e viúvas.

'e.r.r.!

Ai de Ti Espanha! Se naquela época Franco conseguiu apoio de parte da população e do exército, o mesmo não acontece agora. O número de descontentes dentro da Igreja - sua fiel aliada - ~as univ~rsidades e dentro do própr'lo exército cresce a cada dia. O povo quer a liberdade, quer ter os mesmos direitos. de outros povos vizinhos que podem dizer "não" sem correr o risco de serem fêndega, que permitissem a entrada do fuzilados. Mesmo seus partidórios per- capital estrangeiro, e abrir as portas ao cebem que trocaram um regime de turismo, sua principal fonte de riqueza. liberdade, durante a república, por uma A Espanha tornou-se rota obrigatória ditadura que oprime qualquer forma de para os turistas, e com eles, vieram os manifestação. Este desejo de liberdade preciosos dólares para a economia não ocorreu gratuitamente. Vórios nacional. fatores concorreram para isto. O capital estrangeiro entrou a rodo, De 1940 até a metade de 50, a Es- impulsionando a industrializQção. Hoje, Durante todo o tempo em que Franco panha permaneceu fechada em si m~s- o turismo (com uma receita liquida de 3 ma, e sofreu um isolamento total. ,NIn- nlilhões de dólares em 1973); a absor- esteve no poder, espanhóis espalhados guém saia e ninguém entrava. no pais. <? ção de mão-de-obra excedente (mais de pelo mundo inteiro, fugitivos da opresfato de Franco ter sido apoiado macl- 700 mil espanhóis tem emprego fora do são e da ditadura sempre estiveram orçamente, durante a guerra civil, pelos país o que, além de manter o índice de ganizados e prontos para um dia voltar nazistas e fascistas, o deixou numa desemprego a uma taxa de 1%, proà Espanha. Outros partidos de oposição situação dificil frente aos países que move a remessa de capitais, superior a dentro da Espanha, venceram a II Guerra Mundial. E veio 70 milhões de pesetas anuais); e mais a sobreviveram então'o boicote internacional. O país foi inversão de capitais estrangeiros (entre apesar de serem considerados ilegais. O impedido de entrar na ONU, que na 1960 e 1972 mais de um bilhão de Partido Socialista úemocr6tico Esp~lnhol. época estava sendo criada; foi tam?ém dólares foram investidos em ações, a (PSDE)ia fez inclusive, um programa de excluído do plano Marshall, de aluda maioria capital estrangeiro). propor- ação exigindo o restabelecimento das, aos países que participaram da Segunda cionam o que Franco também chama de liberdades democróticas. _ Guerra. 'E ate hoje, ainda não foi in- "o milagre espanhol". Enquanto isso lider do Partido Coc1uído no Mercado Comum Europeu. munista Espanhol, Dolore~ Ibarruri, de Seus unicos uliados foram Peron, na' 79 anos, conhecida como" La Posionaria," Argentina e ::'ulazar em Portugal. que fugiu em 1939 e desde então viveu Este foi um dos períodos mais negros exilada declarou numa. entrevista: da história espanhola. A guerra jó havia "Regressaremos a nosso amado país deixado a econ'omia totalmente arrasem amargura, mas com firme decisão sada. Ainda somaram-se perlodos de de fazer nossa multinacional Espanha secas que destrulram o que restara dos um país de paz, progresso, democracia e campos. Eenquanto a própria Alemanha e a Itólia se reerguiam lentamente dos Com a abertura do país e a concessão liberdade. Conseguimos o que ontem. destroços da guerra, os espanhóis pas- de passaportes, os espanhóis que du- '!-,arecia lora de IIOSSO a.lcance"e Q.uetem uma Importancla consavam fome. O pão, feito de farinha de rante quinze anos só conseguiram viajar grão de bico, com um tamanho que não no móximo "daqui ali", saíram do país sideróvel: a aceitação da democracia passava de 5 centímetros, era disputado para trabalhar e conhecer novas formas por parte da Igreja e o fato de ~ue a ferrenhamente. Nas ruas. a mendicôn- de vida. E o espírito de liberdade que maioria dos integrantes do clero nao escia era ger.al. sempre norteou os destinos do povo es- tó disposta a se afastar do povo na luta panhol r~cebeu novo ânimo. Uma ge- por uma vida digna, pelo progresso e ração de descontentes foi se formando. pela cultura. Ecom a Igreja estó a parte A classe média, resultante da indus- n ,ais progressista e moderna do Exértrialização do país, começou a ter aces- cito que, como esperamos, não se oporó so às universidades. No meio estudantil, à marcha de nosso povo em seu firme . revolta veio logo: Franco havia 'subs- desejo de criar um novo pais". Na cidade do México, FranCISco tituído a FUE (Federação Universitória Espanhola), pelo SEU (Sindicato Espanhol Barea, presidente do Centro RepubliA vida do espanhol, na verdade, não Universitório), cujo presidente era, cano Espanhol, que conta com a parIera nem um pouco colorida assim. E, como em todos os sindicatos oficiais ticipação de cinco mil exilados espaI,este c~ima de I11lsé'r.ia"surgiu uma or- sempre indicado pelo governo. Todo es- nhóis declarou: "Franco era o elemento gonlzoçao de ultra-dl~e;ta: qu~. ten:JJos tudante tinha que pertencer ao SEU, e oglutinCldor das forças nacionalistas e Op0Sgerou os conhe~ldlsslmos cursdhos ma certa quantia anual. agora viró a luta pelo poder. Se houver queprollferam por ai: a famosa Opus pagar dU' d d 50 d t Dei. N.a. eca a .e ,os estu .an es abertura democrática ocorreró uma verEsta organização, fundada e dirigida decidiram ressucltar .a FUE..O .movlmen- dadeira avalanche popular. Se se impela Igreja católica, recrutava e dou- to, no entanto, fOI reprimido rom a plantar o regime repressivo, have~ó trinava jovens intelectualmente ou habitual violência e vórios, entre eles uma revolta popular, que o governo nao "monetariamente" capacitados, com in- foram presos em campos de concentra- teró condições 'de controlar". tuito de formar uma elite pensante que ção. A pers'~guição é tão violenta que difundisse a_s idéias franquistas. For- até hoje estudantes que participaram do mau-se entao uma classe d~ tecno- movimento, mesmo que sejam agora c~atas. Os melhores engenhelos, mé- "res eitóveis cidadãos ", não têm direito dlcos, advogados, professores, etc, per~ d E h tenciam à Opus Dei. a sair a span a. . ,. Estamos em meados da década de 50. O descontentamento, que a prinCipiO A nova classe começa a influenciar na estava apenas no plano ideológico, foi direção do país. Franco, que até então evoluindo para o plano prótico. Hoje, é se vira assessorado por militares raro um espanhol que não discuta a perApesar de serem considerados ile"brilhantes" na guerra mas não tanto na nlanência de um sistema caduco e cain- gais, clandestinos, etc, vórios grupos paz (se é que pode se chamar isso de do aos pedaços como o de Franco. existem, dentro da Espanha, ao lado das !-,az), começou a colocar em postos do instituições franquistas, As "Comisiones governo membros desta nova classe em Obreras", ou comissões operórias, nasascenção. Dentro de poucos anos os ceram espontaneamente no fim da postos-chaves estavam nas mãos dos década de quarenta, e são instrumentos novos tecnocratas, que começaram a eficientes de mobilização e de defesa pressionar Franco para "abrir" um ,;os Interesses dos trabalhadores. pouco o país ao estrangeiro. A Espanha precisava de dinheiro. Em'bora 'e'x'ista a or'ganização sindical O primeiro passo foi criar leis de alofic,ial, as "Comisiones Obreras" são

o Caudilho A~oniza.

A Oposição Está Maié Viva que Nunca

a

o Abrir de Portas

para Novas Idéias

De Colores se Vestem Los Campos en La Primavera

°

Dentro A Oposição Não É Menor

compostas de trabalhadores mais conscientes, e abrigam todos as tendências políticas da esquerda espanhola. o elas que mobilizanõ e Orientam o movimento operório espanhol. Ao lado da oposição dos operórios, existem ~arios movimentos separatistas:.bascos', catalães, valencianos, das Ilhas Canórias - que querem sua autanomia e indeppndência da Espanha. Se o objetivo das revoltas não é propriamente a oposição aberta ao regime, estes movimentos têm causado muita confusão e servido para enfraquecê-lo. Os separatistas saem às ruas, fazem passeatas, praticam o terrorismo, numa afronta direta ao regime e à ordem estabelecida.

Juan Carlos EI Breve . o

herdeiro do regime do generalissimo Franco é o principe Juan Carlos de Bourbon, neto do rei Alfonso XIII. Treinado para ser rei, Juan Carlos passou por todas as academias militares da Espanha e formou-se em Economia por uma universidade de Madri. E hó seis anos espera a vez para receber a heran"a Lle I. 'anco. O povo espanhol não o vê com bons olhos. Enão podia ser de outra forma, jó \.iue ele 5era o continuador da obra do generalíssimo. Um dito popular reflete a impopularidade do príncipe: "Juan Carlos, EI Breve: lo empossomos en la mariana e lo matamos en la' noche". Para o povo,que sempre persistiu em sua luta, a morte de Franco representa um marco, um avanço do movimento popular num país cujo regime estó envelhecido mais do que seu caudilho. O operariado insatisfeito recorre a greves, como a dos mineiros, nas Astúrias em fins do ano passado, e a dos 5 mil .,empregados da StandOl'dIH, em fever' i o último, e organiza-se. Erribora a cens ra tente freó-Ios, são frequentes os pro estos contra as sentenças dos tribunais militares. Esta Espanha, dividida e tumultuada, seró a herança de Franco a Juan Carlos.


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'40 mil ssoasvão ler aFOL dia iàmente Existeni inúme.as razões para você assinar a FOLHA DE LONDRINA. Uma delas é você mesmo. que tem necessidod. de estar a par de tudo ao seu redor, que p-ecioa se atualizer dia a dia sobre o que aconteee ne cidade, no Estado, no pais e no mundo. Por enquanto circulam diariamente 30 mil exemplares da FOLHA DE LONDRINA. Agora partimos para e consec~lIo dos QUARENTA MIL, diariamente (ceda exemplar da FOLHA é lido. em médie, por 6 pesso8I. Teremos entio, 240 mil leitores diirios, um i"di" .Icençedo por poucos iomais brasileiros). Pera assinar a FOLHA utilize uma destas alternativas: 1) • Dirij.se pessoalmente 11 sala 7 de Galeria FOLHA DE LONDRINA (Cine Vile Rical . . 2). Telefone par. 23-2010 • peça • visita de um ,",presentante. 31 • Use o Cúpom e aguarde.

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