MAIO 2014

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PRIMEIRO BANCO DE MERDA O cocô pode ser benéfico à nossa saúde, sim!. Ele pode curar infecções intestinais graves que não respondem a antibióticos. Assim, fezes de outra pessoa são introduzidas no intestino do doente e trazem bactérias benéficas que matam os micro-organismos causadores da infecção. Então foi criado o primeiro banco de merda do mundo, em Massachusetts. Recebem doações e repassam as fezes a 13 hospitais da região. Conclusão: nem sempre quando se faz merda na vida é sinônimo de coisas ruins.

Brasileirinhas, se preparem. O canal pornô Sexy Hot irá promover pela primeira vez no Brasil o Prêmio da Indústria Pornô. Segundo o canal, a premiação tem o objetivo de valorizar os profissionais do mercado e de estimular as produções nacionais do gênero. O evento será realizado no dia 14 de outubro, em São Paulo. Qual será a imagem do troféu?

O McDonalds acaba de lançar a sua primeira loja vegetariana. O local escolhido foi na Índia, onde as vacas são sagradas. O sanduiche mais vendido por lá é o McAloo Tikki, um hambúrguer de massa de batata temperada e frita.



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evido ao grande movimento hippie da década de 60, que defendia a vida comunitária, muitas duplas de super-heróis começaram a ser substituídas por equipes, nas histórias em quadrinhos. A DC decidiu trazer de volta o time Justice Society of America, que havia sido criado durante a 2º Guerra Mundial para lutar contra os nazistas. Mas o grupo foi rebatizado para A Liga da Justiça. Com o sucesso da rival, a Marvel tratou de criar seu conjunto de heróis. Surgiam, então, Os Vingadores, X-Men, Quarteto Fantástico, entre outros que iriam aparecer mais tarde. Desde sua estreia nas HQs, em 1963, o time liderado pelo professor Charles Xavier foi sucesso absoluto. Com cinquenta anos de estrada, as histórias dos heróis seguem (apesar das constantes reformulações de equipe, acréscimo de personagens e enredos bem mais complicados do que os da década de 60) até hoje entre as mais vendidas do mundo. Demorou quase quarenta anos para eles chegarem aos cinemas. Mas quando fizeram a sua estreia, o mundo passou a ver um novo conceito de filmes de super-heróis. A Fox dava um grande passo na indústria cinematográfica. A relação entre a Marvel e a Fox começou há bastante tempo, muito antes da primeira aventura dos mutantes chegarem às telonas. No início dos anos 1990, após ter uma considerável queda de vendas, a editora sofria uma de suas piores crises financeiras (o grupo, até então, liderava 90% de HQs vendidas, mas em pouco tempo passou a representar apenas um terço desse total), obrigando-se a fechar uma parceria com a Toy Biz, pequena empresa de brinquedos. A companhia já lançava produtos dos heróis, porém, por não ser um grande estabelecimento, não dava conta de uma demanda a altura da Casa das Ideias. Coube a Bill Bevins, CEO da editora, reunir-se com Ike Pelmutter, dono da fábrica, e seu sócio, Avi Arad. No fim da conversa, Bevins acabou adquirindo 46% do empreendimento e, em troca, a corporativa tinha licença máster da Marvel. Ou seja, obtinha os direitos de todos os personagens, podendo negociar com qualquer estúdio e emissora de TV. Com esse trunfo nas mãos, Arad tratou logo de começar a distribuição dos protagonistas das principais HQs da editora. Primeiro, vendeu a licença autoral dos X-Men para a Fox produzir uma animação. O desenho acabou por se tornar um fenômeno de audiência, sendo considerado por muitos fãs

como a melhor série animada da equipe. Apesar da união, a queda e a dívida na Marvel continuavam. O próximo passo era negociar com o cinema. Ainda nos anos 1990, Arad vendeu os direitos dos X-Men e de Home- Aranha ao estúdio Carolco (responsável pela série de filmes de Rambo, O Exterminador do Futuro 2 e O Vingador do Futuro). A produtora já havia contratado James Cameron, diretor de Titanic e Avatar, para dirigir a aventura de Peter Parker e trabalhar na produção do grupo de mutantes. Há boatos de que Cameron recebeu US$ 3 milhões de dólares apenas por ter entregado um argumento de 47 páginas (já com alguns diálogos) do herói aracnídeo. Porém, o local veio a falência antes de dar início às franquias cinematográficas. Sendo assim, os direitos dos personagens retornaram para a editora. Depois de receber um golpe de 200 milhões de dólares ainda na década de 90, as coisas na Marvel ficaram críticas. Nesse mesmo período, a Casa das Ideias vendeu, novamente, os direitos dos filhos do átomo para o cinema, mas dessa vez para a Fox. Após a aquisição, o estúdio entregou o projeto nas mãos da produtora Lauren Shuller-Donner e, em 1998, ela chamou Bryan Singer para ser o diretor. Até então pouco conhecido, ele tinha em seu currículo longas-metragens como “Os Suspeitos” e “O Aprendiz”. A obra nem sequer havia sido colocada no papel e os fãs já estavam com um pé atrás em relação à contratação do cineasta. Mas ele seguiu na frente do projeto. A próxima missão seria encontrar um roteirista. Muitos foram chamados e entregaram suas versões. Um deles foi Joss Whedon, na época conhecido “apenas” como o criador de Buff – A Caça Vampiros e que recentemente escreveu e dirigiu Os Vingadores (2012). Singer não se agradou com nenhum dos roteiros recebidos e, a partir do material que tinha em mãos, reescreveu, junto com Ton de Santo, produtor- executivo, um novo esboço. No entanto, a versão final ficou por conta de David Hayler, motorista do diretor (apesar de não ter escrito sozinho, os créditos finais são todos dele). Com texto finalizado, dava-se início à montagem de elenco e, posteriormente, às gravações. Porém, em meio às filmagens, mais um empecilho atrapalhava a tão conturbada adaptação dos heróis. O ator Dogray Scott, que havia sido contrato pela Fox para viver o vilão de Missão Impossível 2 e também Wolverine, sofreu um acidente enquanto gravava a produção estrelada por Tom Cruise. Não dava tempo para aguardar a recuperação de Scott, o jeito era chamar outro ator. Assim,

Hugh Jackman caiu de paraquedas no filme para interpretar o personagem que iria consagrá- lo nos cinemas. No dia 18 de agosto de 2000, depois de anos de enrolação e crises, fazendo com que demorasse tanto para ser lançado, chegava aos cinemas X-Men – O Filme. O longa foi um sucesso, arrecadou 296 milhões de dólares nas bilheterias mundiais, abrindo as portas para uma sequência. De desconfiança, Singer passou a ser unanimidade entre fãs e os chefões da Fox. Ele retornou para dirigir X-Men 2, lançado em 2003. Uma das poucas críticas negativas em relação à primeira aventura, foi o longo processo de apresentação dos personagens e a falta de ação. A continuação tratou de corrigir essa falha. Logo no início da trama, os telespectadores podem acompanhar o mutante Noturno fazendo um ataque ao presidente dos EUA dentro da Casa Branca (até hoje considerada uma das melhores aberturas de filmes de superheróis). O segundo capítulo da saga dos mutantes foi adaptado da graphic novel O Conflito de uma Raça, escrita por Chris Claremont. Como dificilmente acontece nos cinemas, a sequência conseguiu superar o antecessor. Isso fez com que a Fox apostasse todas as fichas em uma trilogia. Liberou um orçamento de US$ 210 milhões de dólares, até então inédito para a franquia. Ainda que tenha sido alta a quantidade de dinheiro investido, o projeto já dava maus indícios antes mesmo de ser lançado. Singer não quis retornar. O diretor trocou os X-Men por Superman – O Retorno, lançado em 2006, pela Warner Bros. No mesmo ano, chegava aos cinemas X-Men – O Confronto Final. O longa, mais uma vez adaptado de uma minissérie escrita por Claremont (dessa vez o arco de histórias foi A Saga da Fênix Negra), era a aposta máxima do estúdio. Mesmo sendo uma das principais sagas da Marvel e aclamada pelos fãs, a adaptação foi um fracasso. Com a expectativa de ver os mutantes de Xavier lutando em uma batalha final contra Magneto e sua Irmandade, a aventura foi a que mais rendeu bilheteria entre todos os três filmes. Apesar do sucesso financeiro, o filme não foi bem recebido pelos fãs e críticos. A dosagem de ação e enredo dos personagens, elaborada por Singer, principalmente em X-Men 2, foi ignorada na nova produção. O capítulo final da série cinematográfica exagera nos efeitos especiais, assassina personagens importantes (Ciclope e professor Xavier) e coloca um ponto final em sua trilogia de maneira trágica.


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om o encerramento da trilogia, a Fox percebeu que a franquia rendia muito financeiramente e não estavam a fim de perder essa fonte de dinheiro. Mas, com os eventos do terceiro filme sendo questionado por todos os espectadores, o estúdio entendeu que, naquele momento, seria arriscado demais fazer uma continuação de X-Men – O Confronto Final. Recomeçar com remakes e novo elenco também não estava nos planos do estúdio. A solução foi dar início a um novo projeto. Wolverine, Magneto e professor Charles Xavier receberiam suas próprias aventuras individuais. As histórias estreladas pelos heróis iriam se passar antes dos eventos de X-Men – O Filme. Como todos os três primeiros filmes tiveram Logan como figura principal, seria dele a missão de iniciar a nova série de longas-metragens. Em 2009, estreava X-Men Origens: Wolverine. Misturando os arcos das minisséries Origem e Arma X, o estúdio contou, nos cinemas, a origem do Carcaju. A produção era dirigida pelo sul-africano Gavin Hood. Porém, mais uma vez não foi bem recebido pelos fãs. O próprio Jackman afirmou que, após o término das gravações, sentiu como se estivesse faltando alguma coisa. Depois desse episódio, a Fox teve que repensar seu planejamento. Os títulos solos de Magneto e Xavier foram cancelados. Mais uma vez a ideia do estúdio era começar do zero e partir para um novo plano. Em 2011, surgia: X-Men: Primeira Classe. Houve uma reformulação de elenco para estrelar o novo longa. Mesmo assim, não se tratava de um remake. A trama se passa durante os anos 1960, antes dos acontecimentos do primeiro filme dos heróis e teria como foco a primeira turma dos mutantes e a amizade dos jovens Charles e Erik Lehnsherr. Entretanto, a principal novidade para os fãs foi o retorno de Bryan Singer. Por conta de seus compromissos do momento (estava na direção de Jack – O Caçador de Gigantes), o diretor voltou apenas como produtor. Apesar de não ser a turma original dos quadrinhos, a nova aposta

deu certo e os X-Men voltaram a respirar nos cinemas. Dois anos depois, Wolverine estrelou sua segunda aventura solo. Como Logan teve apenas uma pequena participação no último filme da franquia, estava na hora de regressar às telonas. A essa altura fazia quatro anos que ele não protagonizava um longa. Wolverine – Imortal, que estreou em julho de 2013, não era mais um prelúdio referente ao início da trilogia. A obra era a “primeira sequência” de X-Men – O Confronto Final. Isso porque os eventos presentes na trama se passam logo depois da última produção com o elenco original dos mutantes. Adaptado da minissérie The Wolverine, escrita por Chris Claremont, o novo filme do herói, apesar de ter muitas mudanças em relação a HQ, teve uma boa aceitação pelo público. As diferenças dos quadrinhos para o cinema é consequência da “força tarefa” que a Fox teve que fazer para unir o filme de Logan com o próximo lançamento do estúdio: X – Men: Dias de Um Futuro Esquecido. Apesar de altos e baixos, os X-Men foram os únicos a chegarem ao seu sétimo lançamento de maneira ininterrupta. Ainda que tenha tido uma trilogia original e prelúdios que se passam antes dos eventos da primeira aventura, em nenhum momento a série de filmes recomeçou sua história. Além disso, é uma das franquias de super-heróis que mais rendeu bilheteria: aproximadamente US$ 2,5 bilhões de dólares. E vem mais por aí. A Fox agendou mais duas datas para os mutantes. Em maio 2016 tem o lançamento de X-Men – Apocalipse e no ano seguinte Wolverine ganhará seu terceiro filme solo. Ainda há rumores de uma possível produção focada só na mutante Mística, interpretada por Jeniffer Lawrence, e outra em Gambit, um longa da equipe XForce e um possível crossover entre X-Men e Quarteto Fantástico (os heróis também pertencem a Fox nos cinemas).

nova aventura passará alguns anos após os eventos ocorridos em X-Men – O Confronto Final. Nesse futuro, os mutantes estarão vivendo em meio a uma guerra contra as Sentinelas (robôs criados para exterminar os mutantes). O conflito que está aniquilando as pessoas que contêm a mutação genética iniciou-se há bastante tempo. Professores Charles Xavier e Magneto decidem, por fim essa batalha. A dupla, juntamente com Wolverine e os poucos discípulos de Charles que ainda estão vivos, voltam ao passado para alterar o futuro em que vivem. Logan é o escolhido para retornar no tempo. O herói regressa até a década de 70 e tem a missão de convencer o jovem Xavier, que está sem fé e esperanças no mundo, a juntarse a ele e evitar o destino que os aguarda. A história será o primeiro crossover dos filmes do X-Men. A trama começará com o elenco da trilogia original, estrelada por Patrick Stewart (Professor Xavier), Ian McKellen (Magneto) e Hugh Jackman (Logan). Após Wolverine voltar ao passado, ele se encontra com o pessoal de X-Men – Primeira Classe. Essa será a segunda vez que Chris Claremont e Bryan Singer “trabalham” juntos. Claremont é o roteirista dos quadrinhos que deu origem à aventura. De todos os filmes lançados da franquia (já contabilizando o próximo lançamento), quatro foram adaptados de HQs escritas por ele: X-Men 2, X-Men – O Confronto Final e Wolverine – Imortal. E Singer foi o diretor dos dois primeiros longas dos mutantes, mas o primeiro não foi adaptado de um arco de histórias de Chris.


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qui do Rio Grande do Sul quase sentimos a marola vinda do vizinho Uruguai. Lá, onde há fumaça, pode haver maconha. Isso, graças ao presidente socialista José Mujica da Silva, que legalizou, em uma atitude quase pioneira, o uso da droga no país e fez brilhar os olhos trincados de 1,5 milhões de brasileiros que fumam maconha, regularmente. Mas por aqui, no país onde se plantando tudo dá, está apenas começando uma movimentação política para se pensar em debater a liberação e plantio legal da Cannabis Sativa.

URUGUAI, UM SONHO DE CONSUMO?

Para você que já está de malas prontas para passar umas férias bem relaxadas em Montevidéu, aí vai uma má notícia: por lá o uso da maconha não é um “liberou geral”. Há regras, e bem claras, como ser ilegal a venda para turistas. Agora, se vão ser seguidas, aí é outra coisa. No país de Mujica, o usuário terá um cadastro, carteirinha e poderá comprar apenas 40 gramas por mês. Quem não for cadastrado e não tiver a carteirinha, turista, por exemplo, não terá acesso ao mercado legal da droga. Além de consumir, o “maconheiro de carteirinha” poderá cultivar até seis plantas por vez, em cada casa, apenas para consumo próprio. Mesmo o governo afirmando que o cadastro dos usuários é sigiloso, esse é o ponto mais polêmico da nova lei. Para fazer com que o consumo fique apenas na droga legal, as autoridades do Uruguai garantem uma erva pura, da boa. A maconha vendida legalmente será diferente das comercializadas no mercado negro. O produto oferecido pelo governo tem cinco variedades, com a mesma substância química que se adquire dos traficantes. Só que essa maconha, diferente da que é vendida ilegalmente, não será prensada e com mofo. A legal será feita e armazenada com rigoroso controle de qualidade. O governo do Uruguai acredita que um dos grandes trunfos desta medida é vender apenas a erva, separando-a da pasta-base, essa última muito mais viciante. Mas Mujica não legalizou a droga apenas para satisfazer usuários e aparecer na mídia internacional. A intenção é que a comercialização legal tire o poder dos traficantes, mexendo no bolso deles, pois a receita do tráfico vem da venda de drogas. Se o consumidor comprar nas farmácias, o mercado negro perde cliente e dinheiro. Mas há quem acredite que isso é balela, já que a maior receita do tráfico vem de drogas mais pesadas, como o Crack.


BASEADO MADE IN BRASIL O barulho – e a marola - vindos do Uruguai parece que mexeram com alguns políticos brasileiros. Além do já conhecido defensor da maconha, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e o deputado Jean Wyllys (PSOL-RS) se manifestaram a favor da liberação da maconha e já apresentaram um projeto de lei, que foi apoiado por mais alguns políticos como o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ). Cristovam Buarque assumiu a relatoria de um projeto de lei para a legalização do plantio e consumo da maconha. O projeto, de iniciativa popular, criado por meio do portal E-Cidadania chegou ao Senado com mais de 20 mil assinaturas. O deputado Jean Wyllys protocolou um projeto de lei - muito parecido com o regulamentado este mês no Uruguai - que legaliza a produção e venda da maconha no país. Pela proposta, ficaria a cargo do governo garantir a qualidade do produto e o controle da comercialização por meio do registro dos locais de produção e venda. O projeto também permite o plantio caseiro limitado da Cannabis Sativa (no máximo 12 pés, apenas para consumo próprio). Pela lei ficará a cargo do Ministério da Agricultura a responsabilidade pelos trâmites de registro e padronização do comercio da Cannabis. Já o Ministério da Saúde ficará com a inspeção de aspectos sanitários da droga.

UMA QUESTÃO DE SAÚDE Maconha faz mal? Essa pergunta é bastante comum. Para responder esta e outras perguntas referentes à saúde do usuário da droga, conversamos com a enfermeira Michelle Ruprecht, que ministra, entre outras disciplinas, a de Enfermagem Neuropsiquiátrica, na Escola da Paz, de São Leopoldo. Jornal Opa! - O que a maconha pode trazer de benefícios e malefícios se e quando utilizada? Michelle - Os “benefícios” são temporários, imediatamente após o uso, provocando sensação de confortável bem estar. Muitos estudos vêm sendo realizados no sentido da utilização terapêutica da Cannabis, porém há controvérsias. Segundo as pesquisas, ela pode ser utilizada como antiemético ( medicamentos que possuem como principal característica o alívio dos sintomas relacionados com o enjoo, as náuseas e os vômitos), analgésico e para tratamento de glaucoma. Porém, há um tênue limiar que separa a utilização terapêutica da possibilidade de vício, que pode ser apenas o primeiro passo para outras drogas. Jornal Opa! - Há quem acredite nos benefícios da maconha como tratamento. Como isso funciona? Michelle - Há diversos estudos que referem que a droga pode ser utilizada desde o tratamento do glaucoma até para esclerose múltipla (European Neurology), porém os efeitos colaterais ainda são muito discutíveis. Jornal Opa! - No longo prazo, o que a droga faz com quem fuma quase todo dia e por muitos anos? É possível ter dependência? Michelle - Na maioria dos estudos é demonstrado que a maconha não provoca dependência química e sim psicológica. Porém, isso refere-se a uma gama enorme de usuários, pois em alguns casos provoca sim a dependência de sua utilização. A longo prazo, a maconha provoca efeitos, principalmente na memória recente. Jornal Opa! - A droga pode prejudicar o cérebro em relação ao desempenho ou distúrbios psicóticos? Quais? Michelle - Sim, transtornos persecutórios e de memória. Jornal Opa! - Se legalizada, você acredita que poderá ser comercializada como medicamento ou forma medicinal? Michelle - Já existem vários medicamentos em testes, porém para sua comercialização ainda deve ocorrer uma gama muito maior de testes.

EU FUMO SIM, E ESTOU VIVENDO... O vendedor Caio Crepaldi Machado fuma maconha há 10 anos. Começou a fumar maconha porque era muito antissocial. A droga, segundo ele, lhe abriu a mente, deixou-o mais tranquilo. O grande complicador de usar foi quando sua família soube. Foi bem conflitante, mas hoje, com mais informação por parte da mídia, a relação com a família melhorou bastante. Caio fuma todos os dias, o que dá um certo estress com os vizinhos que já fizeram várias reclamações por causa do cheiro forte. Para adquirir a maconha é bem difícil, segundo ele. Quando se entra numa vila para comprar de um traficante se corre o risco de ter problemas com a polícia. Para muitos, a maconha é a porta de entrada para drogas mais pesadas. Embora amigos de Caio tenham migrado da Cannabis para o Crack, por exemplo, ele acredita que a maior entrada para outras drogas é o álcool, “o álcool é o pior, é o que mais mata. A Cannabis nunca matou ninguém”, compara Caio. Com a ideia de legalização aqui no Brasil, Caio acredita que os traficantes vão, sim, ganhar um grande concorrente, o governo. Mas isso não vai mexer no bolso do mercado negro, pois o traficante, hoje, vive da venda de outras drogas, não apenas da maconha. Quando questionado se, caso a droga for liberada no país, vai aumentar o número de usuários, Caio acredita que não, vai aumentar o número que pessoas que assumem que fumam. Jonas Maia Machado, 25, design gráfico fuma frequentemente há 5 anos. Ele criou um grupo no Facebook, que une usuários e curiosos da maconha e também um site, que reúne informações sobre a Cannabis e também um guia de plantio. Ele começou a usar no impulso, mas após ver que as relações com outros ficou melhor, ele passou a usar todos os dias. A droga nunca fez mal para Jonas. Após sofrer de asma e fazer um tratamento, continuou usando a maconha normalmente e isso nunca fez mal à sua saúde, “eu fumava cigarro desde os meus 17 anos, era horrível, agora eu parei. Pratico esportes e a maconha não me prejudica em nada”.


MACONHA CANTADA EM VERSO E PROSA Que a “erva” causa certo asco de algumas pessoas isso é uma realidade. Mas ela já faz parte da história musical do Brasil, cantada por grandes músicos e usuários.

1971 – Erasmo Carlos cantou Joana, com parceria de Roberto Carlos, a música faz menção à Maconha.

1972 – Raul Seixas canta o clássico “quem não tem colírio, usa óculos escuros”. 1995 – Mamonas Assassinas lançou Sábado de Sol, quem não lembra? 1995 – A banda Planet Hemp lança o disco “Usuário”, que trazia músicas recheadas de

mensagem pró-legalização da maconha no Brasil. Quanto a cantar a erva, o Planet Hemp fez escola. A maconha sempre esteve presente na história da banda e de seu vocalista Marcelo D2 continua causando.

1997 – Cachimbo da Paz, de Gabriel o Pensador, foi lançada e cantada até hoje. 2000 – Mr. Catra canta Bonde dos Maconheiros que diz: confesso para você eu gosto muito de fumar bagulho.

2006 – Chico Buarque, quem diria, lança Outros Sonhos com o refrão: Sonhei que o sonho

gelou/ Sonhei que a Neve fervia/ De noite raiava o sol/ Que todo mundo aplaudia/ Maconha só se comprava/ Na tabacaria/ Drogas na drogaria.

2010 – O rapper Criolo canta Vasilhame. “Fala pra mim qual das três é mais vendida:/ Cerveja, Maconha ou Cocaína?


Com mais de dez anos de carreira e muitas histórias pra contar acumuladas com o tempo, a banda Cartolas lançou seu novo disco na cidade de Guaíba prometendo mostrar aos fãs composições bem humoradas, como sempre, e um repertório que muda ao longo do tempo assim como seus integrantes.

A banda, que nasceu em uma quinta chuvosa de dezembro de 2003, conquistou espaço no cenário musical gaúcho por levar seu trabalho a sério sem deixar a qualidade dos repertórios de lado e, ao mesmo tempo, trazer ao público músicas com letras divertidas e arranjos bem elaborados. Foram momentos importantes conquistados pela banda as várias participações em eventos como o festival nacional Claro que é Rock, em 2005, onde a banda derrotou mais de 3 mil bandas saindo vencedora do concurso, Planeta Atlântida, Coca-Cola Vibe Mix, entre outras, fizeram parte do amadurecimento natural do quinteto que, ao longo da década, soube equilibrar a essência dos grandes pioneiros do rock e a modernidade necessária para oferecer um som sempre atual. Confere a entrevista com o baterista, Dé Silveira:

Jornal Opa! - Depois de mais de 10 anos de carreira, o que os fãs da banda podem esperar de novidades no lançamento do novo disco? Dé Silveira - As novidades aparecem em vários níveis, desde mudanças no processo de composição, que se transforma à medida que nossas experiências de vida nos mudam, interna e externamente, até novas aberturas com relação a nossas influências musicais, que também vão mudando ao longo do tempo. Nesse disco, estamos com um integrante novo, nosso baixista Pedro Mariano que entrou com ideias, percepções e conhecimentos novos. Acho que a sonoridade da banda teve algumas mudanças nítidas. Jornal Opa! - O nome do disco “Apavorando o flashdance” é bem divertido. De onde surgiu a ideia? Alguma história engraçada? Dé Silveira - Não lembro bem. Acho que foi minha ideia em alguma de nossas reuniões. Esse nome é um tanto pretensioso, o que eu acho bastante engraçado pra nós. Rimos muito e acho que esse nome é um efeito colateral disso. Jornal Opa! - As novas faixas trazem canções bem pesadas. Como foi apostar nessa nova vertente do rock de

vocês? Dé Silveira - É mesmo? Não entendo bem esse tipo de conceito. Pesado é o Black Sabbath. Por sermos independentes, fazemos a música que nos dá vontade de fazer e sai como sair. Não é uma aposta de maneira nenhuma. Inclusive eu pensava que esse disco seria entendido como mais leve. Jornal Opa! - O terceiro trabalho da Cartolas resgata influências do rock inglês e melodias daqui do Sul. Muitos fãs já acompanharam as novas faixas por download, mas para quem ainda não viu qual o tema principal das letras? Dé Silveira - Relacionamentos. Nesse disco, entramos com algumas temáticas mais sociais. Pinguim de Frigider, Mario Bros, Um Segundo e Incendiô! são algumas das faixas que tocam nessas questões. Jornal Opa! - E agora que vocês já possuem reconhecimento no cenário do rock gaúcho, qual o balanço da banda hoje em dia? Algum desejo, em especial, que vocês ainda pretendem realizar em conjunto? Dé Silveira - Esse momento está sendo ótimo pra nós. Temos cada vez mais reconhecimento do público, com shows cheios e com muitas pessoas conhecendo e cantando nossas músicas conosco. Estamos gravando nosso quarto disco e pretendemos seguir vivos na música, apesar das dificuldades que encontramos com arte. Não vamos desistir tão fácil.


Muitas foram as manifestações de leitores indignados pela cobrança, por parte da União dos Estudantes do Rio Grande Sul (UEE/RS), de um selo no valor de R$ 9,00 que dá direito a meiaentrada. Conversamos com o presidente da UEE/ RS, Fábio Kucera, que neste mês completa um ano à frente da instituição. Ele respondeu sobre esta e outras questões ligadas às taxas pagas para renovação do TRI estudantil.

Jornal Opa! – Por que é cobrada essa taxa de R$ 16,80 para a renovação do TRI? Fábio - Esta taxa está prevista por lei e é dela que a entidade retira seus recursos para suas ações. Jornal Opa! - Para onde vai esse dinheiro? Fábio - O dinheiro é utilizado para as despesas da entidade como o aluguel da sala do mercado público, telefone, pagamento do salário de quem atende e outros gastos estruturais, mas também utilizamos na contrapartida de projetos sociais como o Pop/Enem de Porto Alegre, ajudamos DCE’S e DA’S com demandas estudantis, promovemos encontros, manifestações e etc. Jornal Opa – Por que em algumas instituições de ensino é cobrado um valor inferior a este de seus alunos? Fábio - A lei do meiopasse de Porto Alegre prevê um teto, mas deixa que suas representatividades possam ter a possibilidade de cobrar menos, nas instituições filiadas a UEE/

RS. Isso ocorre para que o estudante da IES faça seu TRI no local e ajude seu DCE e seu DA com o recurso que lá irá ficar, pois para ter autonomia, o movimento estudantil precisa ter recursos, senão estará sempre à mercê de quem o disponibiliza para suas ações. Jornal Opa! - Esse valor é cobrado a cada seis meses? Qual a quantidade de estudantes que renovam o TRI? Fábio - Este valor é cobrado anualmente.

nossa gestão, pois com o Estatuto da Juventude terá que se modificar o modelo, priorizando a confecção de uma CIE. Começamos a implantar essa mudança quando ajudamos a construir o programa do passe livre intermunicipal que utiliza a CIE e o estudante pagando a taxa única já adquire a mesma e pode utilizá-la para ter acesso ao beneficio do passe livre e os benefícios que a CIE traz. Em Porto Alegre estamos estudando como implementar esse modelo com a EPTC.

Jornal Opa! - Está sendo oferecido aos estudantes, ao renovar o TRI, um selo que dá desconto na meia-entrada. Mas é cobrado um valor de R$ 9,00 por esse selo. Por que esse valor? Fábio - O selo de meiaentrada foi criado como uma alternativa de agregar ao cartão TRI os benefícios oferecidos pela CIE (Carteira de Identificação Estudantil), que é um documento à parte e que dá o benefício para meia-entrada e outros. Porém, temos discutido esse modelo em

Jornal Opa! - Você assumiu a presidência da UEE/RS em maio do ano passado. Quais os seus projetos? Fábio - Sim assumi dia 21/05/2013, o ano em que a sociedade questionou as instituições e seus representantes indo para as ruas e cobrando mudanças. Nossa gestão tem o compromisso de retornar a ter dialogo com os acadêmicos, não apenas da capital, mas de todo estado do RS. Nós interiorizamos a gestão e abrimos um canal que antes era inexistente, com as

Associações dos Estudantes Universitários, hoje temos mais de 280 associações filiadas a UEE/RS, mais os DCE’S, no primeiro ano de Gestão visitamos mais de trezentos municípios do Estado e eu, pessoalmente, estive em boa parte deles, em audiências públicas ou ações estudantis. Abrimos sedes novas em Pelotas, na rodoviária de lá, em Santa Maria, Caxias, Santa Rosa e Osório. Estes são alguns exemplos das ações que temos para a gestão. Mas um dos nossos maiores projetos é o portal da transparência, que pretendemos colocar no ar ainda este mês, quando completamos um ano de gestão. Acreditamos que a transparência é fundamental para que os estudantes e a sociedade possam acreditar novamente nas instituições. Nossas metas não se esgotam mas, ao contrario, temos que lutar pela implementação efetiva do Passe Livre, Nossa Jornada de Lutas desse ano, queremos que dialogue com os anseios da sociedade e tenha uma maior adesão por parte dos estudantes. Nosso jornal

deve fazer o mesmo, queremos promover debates entre os candidatos ao governo do Estado, realizar o primeiro rodeio universitário do RS com o apoio do MTG, a Primeira Bienal da UEE/RS, um Festival de Música, termos cada vez mais ações regionalizadas, melhorar a estrutura de atendimento ao estudante em todas as nossas sedes, uma casa Estadual do Estudante que possa ser usada por estudantes de IES que não oferecem este benefício. A ampliação de nossos programas sociais para todo o Estado e a implementação de outros que temos, enfim temos muito a fazer ainda. Mas esta gestão tem sido incansável e um time. Eu posso ser o presidente, mas sem esse time de pessoas jamais teríamos chegado às conquistas que chegamos, por isso agradeço a todos desta gestão que fazem da UEE/RS uma entidade cada vez mais dos estudantes.


A vela é uma modalidade esportiva que envolve barcos onde é usada apenas a força do vento como meio para deslocamento. Os barcos a vela já existiam há séculos mas, por volta do século XVII os países europeus desenvolveram técnicas de navegação, chegaram a novos lugares e ajudaram no desenvolvimento da civilização, forma que facilitou o transporte de mercadorias e fez com que ocorresse de forma mais rápida e segura. O barco fez muito sucesso e conquistou admiradores que ajudaram a elaborar outros barcos. A vela, que também é conhecida como “iatismo”, ganhou forma e passou a fazer parte de competições, as quais são classificadas de acordo com o número de tripulantes no barco. Cada “partida” desse esporte é chamada regata. Os pontos são acumulados ao final de cada regata de acordo com a posição de chegada do barco. Ao final de uma série de regatas, a equipe que conseguir acumular o menor número de pontos, vence. Segundo a Bióloga e praticante do esporte, Mariana Gliesh, o iatismo no Brasil está trazendo cada vez mais adeptos, aumentando significativamente a sua prática: “Eu acredito que a vela está ganhando mais espaço na mídia nacional. Como é um dos esportes que mais tem ganhado medalhas para o Brasil (junto com o judô), há sempre grande expectativa sobre os nossos atletas”. No entanto, a vela é considerada por ela um esporte não muito dinâmico e acaba, por sua vez, não atraindo espectadores e diminuindo o interesse dos patrocinadores, “Competições com duração de mais de uma hora, normalmente, durante vários dias”. Para Mariana, que já competiu em diversos campeonatos e foi instrutora de vela infantil o Rio Grande do Sul é um celeiro de velejadores, “O Rio Grande do Sul possui velejadores de altíssimo nível e os clubes têm investido cada vez mais no desenvolvimento de seus atletas”. O crescimento do esporte no Estado, não para por aí, a atleta afirma que Porto Alegre tem uma das melhores organizações: “As raias do Guaíba estão entre as melhores do país, propiciando a disputa de grandes competições em Porto Alegre, o que traz sempre maior visibilidade para o esporte”, finaliza. Diferentemente de outros esportes que atraem o público desde cedo e são vistos como oportunidade de seguir carreira – como o surf – a vela tem grande importância no cenário esportivo mundial, pois é um esporte com grande preocupação em relação aos cuidados com a natureza:

“Acredito que a vela é um dos esportes mais importantes do mundo, pois está sempre atraindo atenção às questões ligadas ao meio ambiente”, declara Mariana. Disposição, força de vontade e perseverança, são as únicas exigências para a prática do esporte. A vela pode ser praticada por crianças e adultos, tanto homens, quanto mulheres. A idade mínima é 6 anos e não há uma idade limite, basta procurar uma escola para ter as noções básicas e se associar a um clube náutico, ou marina. O maior empecilho talvez não sejam as exigências para a prática, mas sim a compra do barco: “Muitas pessoas acabam desistindo pelos altos custos associados ao esporte”, afirma Mariana. Mas para quem tem interesse em praticar, ainda há alternativas: “Utilizar barcos dos clubes ou da CBVM (Confederação Brasileira de Vela e Motor)” são as saídas alternativas sugeridas por Mariana. Com o intuito de proporcionar oportunidades, mostrar o potencial e qualidade dos atletas através do esporte, em 1999, o Projeto Água-Viva trouxe para o Brasil a vela Adaptada, tornando o esporte inclusivo: “A inclusão no esporte é importantíssima, acredito que ajude muito a vencer os preconceitos contra as pessoas com deficiências, além de ser uma grande oportunidade para estes atletas”, conclui Mariana.

Essa é uma pergunta que muitos devem fazer todos os dias quando realizam alguma atividade física e se sentem cansados ou quando reparam seu colega de treino com um shake na mão. Mas afinal, será que você precisa? Costumo dizer que a suplementação surgiu junto com a tecnologia, pois os suplementos facilitam nossa vida, nosso resultado, seja ele para queima de gordura, massa muscular ou performance. A suplementação é uma opção para você conseguir suprir as necessidades nutricionais do seu corpo, de forma rápida e pratica. Os diversos shakes, barras protéicas e emagrecedores que prometem resultados, estão disponíveis por todos os cantos da cidade, portanto tenha bom senso. Suplementar é coisa seria! De prioridade para marcas conceituadas, não se deixe enganar por propagandas milagrosas (fotos de antes e depois). Pois sabemos que nada funcionará sem uma educação alimentar e um treino adequado para seu perfil de tempo e objetivo. Procure profissionais da área como nutricionistas e treinadores que irão ajudar com seus resultados. São eles que serão lembrados nos meses de janeiro e fevereiro. Então galera, antes de comprar aquele pastel de forno, aquele suco “natural” da lanchonete, pense que vocês podem estar consumindo alimentos funcionais, como barras protéicas, shakes de proteínas ou sua própria refeição.



Baseado no conto da Bela Adormecida, o filme conta a história de Malévola (Angelina Jolie), uma mulher movida pelo sentimento de vingança e pelo desejo de se manter no poder. Para enfrentar o rei, ela coloca um feitiço na filha dele, Aurora (Elle Fanning), fazendo com que a garota fique indecisa entre defender o reino dos humanos e o reino da floresta, de que aprendeu a gostar. Quando Malévola percebe que Aurora está prestes a estabelecer a paz entre os mundos, a vilã é obrigada a tomar uma decisão drástica.

LADO A LADO

Entre o fato e a ficção, a narrativa de Matadouro 5, obra-prima do autor americano Kurt Vonnegut, apresenta um relato antiguerra, no qual Billy Pilgrim – um americano que vai lutar como soldado na Segunda Guerra, é feito prisioneiro, vivenciando o bombardeio da cidade de Dresden, na Alemanha. Descrito com uma pitada de exagero, sarcasmo, ironia e humor, o texto transporta o leitor ao universo anacrônico de Pilgrim, que retoma aspectos do passado histórico e pontua acontecimentos do presente ficcional. Solto no tempo, assim está o personagem de Matadouro, que ao fechar os olhos é capaz de se transportar ao planeta Tralfamador, onde a vida e a morte ganham novas perspectivas. Ainda em relação ao tempo, Pilgrim é condicionado a “assistir” a sua trajetória, sem poder alterá-la – revivendo bons momentos e “saltando” por entre os fatos mais desagradáveis. A obra de ficção científica de Vonnegut, em paralelo à realidade, sugere ao leitor uma crítica social frente à percepção desencantada e ingênua do mundo, tendo como antecedentes o trauma da guerra, a desilusão, a alienação e o niilismo. E, ainda, propõe uma reflexão sobre a existência como um todo. Afinal, essas são coisas da vida!

A série Agents of SHIELD, da ABC, foi criada com o intuito de fazer ligação com os filmes lançados pela Marvel Studios. A ideia consiste em mostrar a entidade secreta resolvendo suas missões. A história do programa gira em torno do agente Phil Coulson, que foi dado como morto em Os Vingadores, lançado em 2012. Na trama, Coulson organiza um pequeno grupo de agentes para resolver casos que ainda não foram classificados e também tenta descobrir mais sobre o seu retorno dos mortos, que ainda não está bem explicado. Em meio a tudo isso, eles ainda enfrentam a “Centopeia”, um grupo liderado pelo misterioso Clarividente, e que anda fazendo experimentos com humanos para criarem “superhumanos”. Mas o grande diferencial do seriado não está somente no conceito de mostrar as missões da SHIELD em paralelo com os filmes do estúdio, e sim fazer uma ligação direta com os longas-metragens. As clássicas cenas extras exibidas após os créditos também acontecem em determinados episódios. Além, também, da participação de personagens importantes no universo Marvel nos cinemas. Como Nick Fury (Samuel L. Jackson) e Maria Hill (Cobie Smulders). Sem contar que Agents of SHIELD passa – se ao mesmo tempo em que as aventuras dos heróis na chamada Fase 2. E alguns eventos ocorridos nos longas podem afetar o andamento da série. Os episódios 7 e 8, por exemplo, fazem ligação direta com Thor: O Mundo Sombrio. Foram lançados em novembro de 2013, alguns dias depois do Deus do trovão ter estreado nos cinemas. O capítulo 15 faz, novamente, uma referência a Asgard: Lady Sif (Jaime Alexander), companheira de combate de Thor e que já esteve ao lado do herói nas telonas, é a protagonista do episódio. A última jogada do seriado foi unir o enredo final (a partir do capítulo 17) com os acontecimentos de Capitão América 2: O Soldado Invernal. As duas tramas estão, de fato, lado a lado e totalmente ligadas. E, ao que tudo indica, os eventos do filme do Primeiro Vingador, e talvez, da série, terão importante relevância para o principal lançamento da Marvel no próximo ano: Os Vingadores: A Era de Ultron, previsto para 30 de abril de 2015. Agents of SHIELD teve sua segunda temporada confirmada pela ABC.


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NÃO FIQUE PARA TRÁS.


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